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O documento descreve as reformas implementadas pelo Marquês de Pombal na década de 1750 em Portugal e suas colônias, incluindo a reestruturação do sistema educacional, a consolidação da autoridade do Estado sobre a Igreja e a administração das colônias, e a criação de instituições como o Erário Régio para centralizar as finanças. As reformas tiveram como objetivo fortalecer o Estado e a economia, apesar de algumas medidas irem contra ideias iluministas.
O documento descreve as reformas implementadas pelo Marquês de Pombal na década de 1750 em Portugal e suas colônias, incluindo a reestruturação do sistema educacional, a consolidação da autoridade do Estado sobre a Igreja e a administração das colônias, e a criação de instituições como o Erário Régio para centralizar as finanças. As reformas tiveram como objetivo fortalecer o Estado e a economia, apesar de algumas medidas irem contra ideias iluministas.
O documento descreve as reformas implementadas pelo Marquês de Pombal na década de 1750 em Portugal e suas colônias, incluindo a reestruturação do sistema educacional, a consolidação da autoridade do Estado sobre a Igreja e a administração das colônias, e a criação de instituições como o Erário Régio para centralizar as finanças. As reformas tiveram como objetivo fortalecer o Estado e a economia, apesar de algumas medidas irem contra ideias iluministas.
A partir da dcada de 1750 tm-se uma srie de reformas em muitas
polticas de Estado, a maior parte delas sob jurisdio de Pombal, tanto em
Portugal quanto em suas colnias. A maior parte de suas reformas so consolidas e ampliadas a partir de 1960. Dentre as muitas reformas inclui-se a estruturao de um novo sistema de educao pblica para substituir o dos jesutas, a afirmao da autoridade nacional na administrao religiosa e eclesistica, o estmulo a empreendimentos industriais e a atividades empresariais, a consolidao da autoridade para lanar impostos, [consolidao das] capacidades militares e da estrutura de segurana do Estado. Tudo isso paralelamente a um esforo pessoal para fortalecer sua posio, obtendo inclusive um corpo de escolta pessoal. Pombal deu alta prioridade para a poltica colonial. Empenhou-se em reestabelecer uma poltica de controle nos principais centros brasileiros de comrcio e produo, sobretudo em Pernambuco e Paraba. Ainda na dcada de 1960, Pombal introduziu sistemas de manufaturaro na colnia, alm aumentar as exportaes do acar tambm acrescentou nas rotas comerciais outros produtos ainda pouco explorados como algodo e arroz. Com o objetivo de racionalizar e centralizar todo o tesouro da Coroa, o Marqus criou em 1961 o Errio Rgio, intitulando-se inspetor-geral do Tesouro. O objetivo do Tesouro era ser responsvel por toda a administrao fiscal. Kenneth Maxwell afirma que em nenhum outro pas da Europa a Contrarreforma havia sido implantada de maneira to cabal e com tanta firmeza. O Vaticano por sua vez ficava horrorizado, chegando a afirmar que Pombal queria implantar a religio protestante em Portugal. Essa luta com o papado foi consequncia inevitvel da expulso dos jesutas do poder, tendo em vista a reestruturao da educao. Em 1960 houve um rompimento definitivo entre Lisboa e Roma, que durou nove anos, perodo importante em que Pombal pode agir de modo a criar um Estado secular. Fazendo valer o seu poder, Pombal tambm secularizou a Inquisio, aboliu a distino entre cristo-novo e cristo-velho e colocou as propriedades confiscadas pela inquisio sob jurisdio do Tesouro nacional. Caminhava dessa maneira a passos largos para estabelecer um dos seus principais objetivos: colocar a igreja sob o firme controle do Estado.
A fim de se fazer entender o ttulo de seu livro, Marqus de Pombal
Paradoxo do Iluminismo, o autor relata tambm algumas das atitudes de Pombal que hora vo de encontro com ideias iluministas, hora vo contra o que pregam os reformadores. Um desses exemplos que, Pombal apesar de colocar a igreja sob o controle do Estado, proibiu obras que eram consideradas perniciosas para a religio, para tanto criou a Real Mesa Censria que funcionava com o intuito de impor limites circulao de ideias; a Mesa Censria deveria permitir a difuso de obras consideradas teis e proibir aquelas que comprometessem a ordem vigente: trabalhos que se supunham contivessem irreligio e a falsa filosofia dos livros dos chamados filsofos cujo atesmo e materialismo continuaram formalmente condenados. Mas os principais censores provinham da ala reformista da igreja. Maxwell afirma que Pombal e seus colaboradores eclesisticos selecionaram e adaptaram aquilo que servia para seus objetivos, contedos que fossem ao mesmo tempo regalista e catlico. Ou seja, aceitavam a supremacia do Estado mas no queriam ver o catolicismo derrubado. A reforma educacional na dcada de 1960 foi uma das prioridades de Pombal, e uma das primeiras atitudes foi destituir os jesutas do fronte. Seus trs principais objetivos eram: trazer a educao para o controle do Estado, secularizar a educao e padronizar o currculo. Os experimentos iniciais ocorreram no Brasil, tendo os diretores como substitutos dos jesutas; estabelecendo escolas pblicas em aldeias, dividas em meninos e meninas; estabeleceu um currculo comum entre as escolas, levando em conta tarefas apropriadas para os sexos. Anos mais tarde ampliou o nmero de aulas e estendeu o sistema aos territrios ultramarinos. Mais tarde, objetivando a reforma da educao superior, formou a Junta da Providncia Literria. Os professores seriam concursados e pagos pelo Estado, alm de contar com privilgios dados aos nobres. Umas das figuras mais notveis desse grupo de reformadores foi o Frei Manuel de Cenculo, um dos colaboradores mais ntimos de Pombal e presidente a partir de 1772 da junta do subsdio literrio, que segundo o autor promoveu uma verdadeira comisso de educao nacional. Resumindo todo o contexto da reforma educacional, Kenneth Maxwell afirma: basicamente, a reforma educacional pombalina teve um objetivo altamente utilitrio: produzir um novo corpo de funcionrios ilustrados para
oferecer pessoal burocracia estatal e hierarquia da igreja reformada.
Seria aqui, entre esses burocratas e clrigos recm-forjados, que as reformas pombalinas encontrariam seus perpetuadores e defensores. Sendo que, entre todas as implantaes e reformas educacionais, tanto em territrio portugus quanto nas suas colnias, nenhuma foi mais enaltecida do que os feitos modernizadores realizados na Universidade de Coimbra em 1772. Na Universidade de Coimbra houve a criao de novos cursos, elaboraram-se novos e esplndidos edifcios que incluam laboratrios modernos para a poca. Todas essas reconstrues foram acompanhadas de um plano que estava ligado promoo do desenvolvimento industrial. Durante todo o perodo sob administrao de Pombal prevaleceu o clientelismo e o interesse prprio. As formulaes estruturais advindas dessa administrao respaldavam-se em um sistema de leis secularizado, nascidos de uma construo logica e racional que definia o que era justia e injustia. Tinha em vista aplic-las como um meio de fortalecer os objetivos do Estado tanto na poltica econmica quanto na administrao. Tudo isso aplicado com uma interveno pessoal contnua e muita represso.
MARQUÊS DE POMBAL E A REFORMA EDUCACIONAL BRASILEIRA. Colônia Período Pombalino (1759-1822) - Períodos. História, Sociedade e Educação No Brasil - HISTEDBR - Faculdade de Educação - UNICAMP