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Poema

Deixo que venha


se aproxime ao de leve
p ante p at ao meu ouvido
Enquanto no peito o corao
estremece
e se apressa no sangue enfebrecido
Primeiro a floresta e em seguida
o bosque
mais bruma do que neve no tecido
Do poema que cresce e o papel absorve
verso a verso primeiro
em cada desabrigo
Toca ento a torpeza e agacha-se
sagaz
um lobo faminto e recolhido
Ele trepa de manso e logo to voraz
que da luz a noz
e depois o rudo
Toma gil o caminho
e em seguida o atalho
corre em alcateia ou fugindo sozinho
Na calada da noite desloca-se e traz
consigo o luar
com vestido de arminho
Sinto-o quando chega no arrepio
da pele, na vertigem selada
do pulso recolhido
medida que escrevo
e o entorno no sonho
o dispo sem pressa e o deito comigo

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