se aproxime ao de leve p ante p at ao meu ouvido Enquanto no peito o corao estremece e se apressa no sangue enfebrecido Primeiro a floresta e em seguida o bosque mais bruma do que neve no tecido Do poema que cresce e o papel absorve verso a verso primeiro em cada desabrigo Toca ento a torpeza e agacha-se sagaz um lobo faminto e recolhido Ele trepa de manso e logo to voraz que da luz a noz e depois o rudo Toma gil o caminho e em seguida o atalho corre em alcateia ou fugindo sozinho Na calada da noite desloca-se e traz consigo o luar com vestido de arminho Sinto-o quando chega no arrepio da pele, na vertigem selada do pulso recolhido medida que escrevo e o entorno no sonho o dispo sem pressa e o deito comigo