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da CM
L
8 de Julho
Julho/Agosto 2010
Pág. 10
●
Director: Delfino Serras ■ Corpo Redactorial: Luís Dias, Vítor Reis, Mário Rosa, Mário Souto, Francisco Raposo,
o trabalhador
da C M L
Frederico Bernardino ■ Propriedade: Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa ■ Administração e
Redacção: Rua de São Lázaro, 66 - 1º Dtº 1150-333 Lisboa - Telfs. 218 885 430 / 5 / 8 - Fax 218 885 429 - Email:
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2 O TRABALHADOR DA CML
RIP: Vitória dos trabalhadores
A luta pela actualização do Sub-
sídio de Risco, Insalubridade e
Penosidade valeu a pena e só
demonstra que lutar vale a pena!
Há oito anos atrás, o STML e os tra-
balhadores denunciaram a ilega -
lidade do congelamento de actuali-
zação do RIP, decidido pelo então
presidente da CML, o Sr. Santana
Lopes.
Durante oito anos, o STML e os
trabalhadores não desistiram de exi-
gir o cumprimento do direito à actua- ideia de que: "Tenho muita pena mas recorrentemente afirma e este exem-
lização deste subsídio, determinado é ilegal...". plo de determinação, con fiança e
legalmente em 1990 na Assembleia Nesse dia, 24 de Fevereiro, o pre- persistência dos trabalhadores da
Municipal de Lisboa. sidente do STML aborda a questão autarquia, deu o resultado que co-
Em Fevereiro do corrente ano, a na sessão pública de Câmara. A nhecemos.
nova vereadora dos Recursos Hu- resposta, já repetida e gasta da Sra. A CML reconheceu o direito de
manos era peremptória "Tenho mui- vereadora foi a mesma, ou seja: "Te- actualização anual e considerou que
ta pena mas é ilegal...". nho muita pena mas é ilegal..." logo 2003, 2004, 2005, 2007 e 2008 de-
Desde Novembro que o STML pro- secundada pelo Sr. vereador Santana veriam ser actualizados, calendari-
curara reunir com a nova vereadora, Lopes, como não podia deixar de ser. zou o pagamento de retroactivos em
todavia, a nova responsável pelo Pe- Não baixámos os braços, a razão duas tranches, em Setembro de
louro dos Recursos Humanos da au- era nossa e o caminho só podia ser 2010 e Janeiro de 2011 respectiva-
tarquia não tinha até então encon- um! Organizámos forças, unimos mente e, desde já actualizou o pa-
trado um pequeno espaço na sua esforços e fomos à luta. gamento do RIP.
agenda para reunir com o STML, a Falta o ano de 2009. No momento
maior organização sindical da CML. Dois dias de greve depois! em que se escreve este artigo, os
Não tivemos outra solução que não Nas vésperas da greve, novamen- departamentos jurídicos, da CML e
realizar uma concentração, nos dias te em Sessão de Câmara, o tom ge- do STML, estão a preparar uma pro-
23 e 24 de Fevereiro, à porta dos Pa- ral mudou um pouco... "Há que ver posta que dê uma resposta satis-
ços de Conselho com os trabalhado- juridicamente..." afirmou então o fatória às justas reivindicações dos
res que estavam a ser prejudicados presidente da CML. trabalhadores.
pelo famigerado congelamento, que O parecer jurídico da CML dava o Foi uma pequena GRANDE vitó-
teve início em 2002. A Sra. vereadora, dito pelo não dito... "afinal não era ria! Contudo, a luta tem que conti-
nesse mesmo dia (!), lá encontrou um ilegal... havia anos que o RIP podia nuar e a certeza do STML é só uma:
pouco de tempo para falar com os ser actualizado" . nada é inevitável se nos unirmos
dirigentes do STML, mas insistiu na A união faz a força, como o STML e lutarmos. ■
O TRABALHADOR DA CML 3
A União faz a força!
Os trabalhadores dos cemitérios de Lisboa decidiram paralisar
o trabalho no dia 23 de Junho
degradação das condições
4 O TRABALHADOR DA CML
Reorganização dos Serviços Municipais
Mais um processo obscuro
A menos de meio ano da data de reorganização dos serviços
estabelecida para a sua municipais em nome de um ter-
conclusão, a reorganização mo caro aos cidadãos – "descen-
dos serviços municipais tralização" -, mas quase sempre
continua selada nos tão nebuloso que só faz anunciar
gabinetes, compreendendo-se a alienação de serviços públicos
cada vez mais que, num aos interesses privados. A trans-
cenário de crise, se avizinham ferência de funções da CML para
tempos difíceis para os as juntas de freguesia é eviden-
trabalhadores da Câmara temente uma manobra encapo-
Municipal de Lisboa. tada para privatizar serviços pú-
Sintomático parece ser o modo como se iniciou blicos, uma vez que nenhuma junta de freguesia da ci-
o processo de descentralização de alguns serviços dade tem, no imediato, meios humanos e técnicos para
para as juntas de freguesia. assumir este tipo de competências.
O STML soube-o pela imprensa! Mais, o que está subjacente a este tipo de "descentra-
lização" é que não se acautelam nunca, nem os interes-
Descentralização. O termo prepara-se para se instalar
ses das populações nem os interesses dos trabalhado-
no léxico dos trabalhadores da CML. Que o digam aque-
res (só assim se percebe que não tenha havido da parte
les que desempenhavam funções no "porta-a-porta" e
do actual executivo camarário uma palavra sobre o as-
"motocão", ou aqueles que ligados a alguns serviços de
sunto com o STML). Até à data, e apesar de já termos
acção social se preparam para ver as suas funções pas-
pedido uma reunião de urgência com o presidente da
sarem a ser desempenhadas pelas juntas de freguesia.
CML, continuamos sem saber em que moldes se vai
Segundo o jornal Público, em 9 de Junho, as novas fun-
processar esta operação de "descentralização" e qual vai
ções a assumir pelas juntas de freguesia da cidade apon-
ser o futuro dos trabalhadores da CML directamente
tam para um reforço de 4 milhões de euros, este ano, na
afectados com a transferência das funções que até aqui
verba a transferir pela CML.
desempenhavam. ■
A medida parece ser o primeiro sintoma do processo
Agravam-se as condições
de trabalho na Brigada
de Colectores
s trabalhadores da Brigada de Colectores do Depar-
O tamento de Saneamento enfrentam diariamente,
problemas extremamente graves, quer no plano das tare-
fas que têm que desempenhar, quer no plano dos meios,
(in)existentes, que tem à sua disposição para o efeito.
Ferramentas inadequadas e/ou em condições de pro- nese deste mesmo desinvestimento em que os prejudi-
funda deterioração, colocam diariamente a integridade cados, directamente são os trabalhadores e num plano
física destes trabalhadores em risco. secundário, mas não menos importante, os munícipes da
cidade de Lisboa. Recordamos que a CML quer transferir
Mais… para a EPAL a totalidade do Departamento de Sanea-
O espaço físico onde se encontram estes trabalhado- mento e as respectivas competências. Se aliarmos a este
res não reúne as condições mínimas para quem desem- facto, as noticias dos responsáveis do governo que afir-
penha este tipo de trabalho, recordamos, penoso, insa- mam em querer privatizar a EPAL em 2013, percebemos
lubre e de risco. o actual desinvestimento e o objectivo de criar as condi-
Por exemplo, a caldeira que actualmente existe, não ções para a destruição deste importante serviço público.
funciona há largos meses, impossibilitando objectiva- O ataque aos direitos e condições de trabalho dos tra-
mente, que os trabalhadores possam ter o seu banho de balhadores que servem a autarquia e Lisboa, é um ata-
água quente depois do trabalho realizado. que aos serviços públicos e, consequentemente, à po-
A política da CML, no contexto específico do Departa- pulação de Lisboa, com a diminuição da qualidade do
mento de Saneamento / Brigada de Colectores, caracte- serviço público que lhes deve ser prestado.
riza-se pelas mesmas matrizes que se tem verificado
noutros serviços municipais e onde o desinvestimento e Uma certeza…
o esvaziamento são factores comuns. O STML continuará a lutar pela resolução destes pro-
É óbvio que as negociações que neste momento de- blemas, que se agravam perigosamente, com o passar
corre entre o executivo camarário e a EPAL, estão na gé- do tempo! ■
O TRABALHADOR DA CML 5
SIADAP Revogação impõe-se
processo de avaliação de desempe-
Mais de 300
mil
na mega
manifestação
da CGTP-IN!
m sábado grandioso, um sá- balhadores, do sector público e pri-
E de Bombeiros Sapadores de
Lisboa acompanhados de re-
presentantes de corporações de sa-
te diminuição do poder de compra;
● O aumento zero dos salários
para o ano de 2010, com a intenção,
aplicação de cotas e a sua utilização
no desbloquear dos escalões;
● A Falta de regulamentação da
padores e municipais de todo o país consubstanciada no PEC, do alarga- nossa carreira profissional, que há
nesta grande manifestação do dia 29 mento do congelamento até 2013; mais de 2 anos deveria estar con-
de Maio de 2010! ● O aumento da tributação em se- cluída.
Os Bombeiros sapadores trans- de de IRS de 1,5 % nos vencimentos Por estas e mais razões, dia 8 de
portaram um pano com palavras de- ilíquidos dos sapadores bombeiros; Julho voltamos à luta no Dia Nacio-
monstrativas da indignação, que ● O aumento da tributação pela re- nal de Protesto e Luta convocado
igualmente reina neste sector pro- dução das deduções fiscais; pela nossa central sindical, a CGTP-
fissional, face a este Governo. ● A retirada do 13.º e 14.º Mês; IN. A concentração será às 14h30
Repudiamos e combatemos: ● O SIADAP e a arbitrariedade e in- nos Paços do Concelho. ■
s trabalhadores da Câmara para efeitos recreativos, desportivos Câmara Municipal de Lisboa, é fácil
o dia 12 de Maio a Comissão PSD, agrava a injustiça em Portugal. de Portugal admitiu já que o desca-
Degradação dos
refeitórios municipais
ctualmente, os Refeitórios Municipais são terra de
A ninguém! É notória a degradação de vários refei-
tórios que servem os funcionários da Câmara Municipal
de Lisboa, com efeitos nefastos para todas as traba-
lhadoras e trabalhadores que neles trabalham e dão o
seu melhor.
A indefinição de competências ao nível da gestão des-
tes, é motivo suficiente para uma menor qualidade na
prestação de um serviço, que a gestão do município tem
negligenciado a tal ponto que, a ASAE já teve de en-
cerrar um dos refeitórios que serve os trabalhadores.
Que mais irá acontecer se as visitas da ASAE se veri-
ficarem em todos os refeitórios municipais? dos refeitórios, as principais vítimas da má gestão
É obvio que o primeiro alvo de críticas, são as traba- destes, bem como, da indefinição da Câmara Municipal
lhadoras e trabalhadores que neles laboram e que são de Lisboa e dos Serviços Sociais ao nível das compe-
os menos culpados do estado deplorável a que muitos tências nesta matéria.
destes refeitórios chegaram. O STML, por saber que são os funcionários e utiliza-
A passagem da gestão dos Refeitórios Municipais dores dos refeitórios, os principais castigados pelo
para os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lis- estado em que se encontram os "nossos" refeitórios,
boa está num limbo que transforma os refeitórios em exige à Câmara Municipal de Lisboa uma célere reso-
"terra de ninguém". lução deste problema que tem de deixar de afectar
Obviamente, são os trabalhadores que necessitam quem trabalha e tem de se alimentar nestes locais. ■
14 O TRABALHADOR DA CML
Por uma Escola Pública Universal e Gratuita
Direito ao Ensino Universal e lhadores... Básico do 1º Ciclo e a constituição
Piquenique do STML
reuniu mais de 200 pessoas em Constância!
Realizou-se no passado dia 16 de Maio, com mais de Para além da sardinha e do porco no espeto, houve
duzentos associados e respectivos familiares, o ainda a realização de vários jogos para os adultos e
piquenique do STML, no âmbito das comemorações do brincadeiras para as crianças, que ajudaram a distrair e
33º Aniversário deste Sindicato. a reforçar o espírito de camaradagem, amizade e
O c o n v í v i o r e a l i z o u - s e n a b e l í s s i m a Vi l a d e solidariedade que por norma caracteriza as actividades
Constância, junto ao local onde aflui no Tejo o Rio do STML.
Zêzere, o que proporcionou a todos um dia bem passado Piquenique, agora só para o ano e esperemos com
num ambiente descontraído, agradável e "com muita muito mais associados, amigos e familiares!■
beleza natural à mistura".
O TRABALHADOR DA CML 15
A luta continua na Grécia e em Espanha
ataque cada vez mais insistente dos governos
16 ■ O TRABALHADOR DA CML