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Auditoria ambiental: um instrumento para determinar a natureza e a extensão de todas as áreas de impacto

ambiental de uma atividade existente. A auditoria identifica e justifica as medidas apropriadas para reduzir as
áreas de impacto, estima o custo dessas medidas e recomenda um calendário para a sua implementação.

Auditoria Ambiental nada mais é do que um processo de auditoria convencional, mas que também inclui em
seus objetivos, escopo e critérios de avaliação, o quesito ambiental. Sendo assim, este tipo de auditoria segue
o mesmo processo de uma auditoria operacional.

Auditorias Ambientais têm como objetivo detectar problemas ou oportunidades em áreas ou atividades como:

• fontes de poluição e medidas de controle e prevenção


• uso de energia e água e medidas de economia
• processos de produção e distribuição
• pesquisas e desenvolvimentos de produtos
• uso, armazanagem, manuseio e transporte de produtos controlados
• subprodutos e desperdícios
• estações de tratamento de águas residuárias (esgoto)
• sítios contaminados
• reformas e manutenções de prédios e instalações
• panes, acidentes e medidas de emergência e mitigação
• saúde ocupacional e segurança do trabalho

A AUDÍPER possui profissionais habilitados e certificados em Auditoria Ambiental pela PROENCO


BRASIL LTDA em Convênio com a JPD Environmental Ltd do Reino Unido, aprovado pelo EARA -
Environmental Auditors Registration Association

4.3 AUDITORIA AMBIENTAL


O sistema de gestão ambiental está intimamente ligado à auditoria ambiental. O SGA depende da
auditoria para poder evoluir na perspectiva de melhoria contínua. Ao se implementar um sistema
de gestão ambiental,
automaticamente implementa-se a auditoria ambiental periódica. Assim, é necessário o
conhecimento da auditoria ambiental como instrumento de gestão ambiental que irá “pilotar” o
SGA, exemplificado no ANEXO B.
4.3.1 Conceito
De acordo com a NBR ISO 14010 (ABNT 1996c), auditoria ambiental é o processo sistemático e
documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências de
auditoria para determinar
se as atividades, eventos, sistema de gestão e condições ambientais especificados ou as
informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria, e para
comunicar os resultados deste processo ao cliente. Considerando o empreendimento habitacional,
os resultados de uma auditoria ambiental
retratam seu desempenho ambiental, com relação ao critério de auditoria considerado, em um
dado momento. O cliente constitui tanto os órgãos competentes que tratam da questão ambiental
e habitacional, como
o próprio morador.
4.3.2 Histórico
A auditoria ambiental surgiu nos Estados Unidos no final da década de 70, com o objetivo principal
de verificar o cumprimento da legislação. Ela era vista pelas empresas norte-americanas como uma
ferramenta de
gerenciamento utilizada para identificar, de forma antecipada, os problemas provocados por suas
operações. Essas empresas consideravam a auditoria ambiental como um meio de minimizar os
custos envolvidos com reparos, reorganizações, saúde e reivindicações. Muitas empresas
aplicavam, também, a auditoria para se prepararem para inspeções da Environmental Protection
Agency - EPA e para melhorar suas relações com aquele órgão governamental.
O papel da EPA com relação às auditorias ambientais tem-se alterado com o passar do tempo:
1980 - requeria a implantação de programas de auditoria ambiental a qualquer empresa que
causasse danos ao meio ambiente; 1981 - passou a encarar a auditoria ambiental como de
utilização voluntária por
parte das empresas e as incentivava a adotá- la fornecendo em contrapartida, por exemplo, a
agilização de processos de pedidos de licença e a diminuição no número de visitas de fiscalização;
e 1982 - assumiu o papel de incentivadora de auditorias voluntárias, sem conceder benefícios, e
de fornecedora de assistência a
programas de auditoria ambiental. Na Europa, a auditoria ambiental começou a ser utilizada na
Holanda, em 1985, em filiais de empresas norte-americanas, por influência de suas matrizes. Em
seguida, em
outros países da Europa, a prática da auditoria passou a ser disseminada em países como Reino
Unido, Noruega e Suécia, também por influência de matrizes americanas. É na Europa, em 1992,
no Reino Unido,
que surgiu a primeira norma de sistema de gestão ambiental, a BS 7750 (BSI, 1994), baseada na
BS 5770 de Sistema de Gestão da Qualidade, onde a auditoria ambiental encontra-se ali
normalizada. Na seqüência, outros
países, como, por exemplo, França e Espanha, também apresentam suas normas de sistema de
gestão ambiental e de auditoria ambiental. Em 1993, começou a ser discutido o Regulamento da
Comunidade conômica Européia - CEE no 1.836/93, em vigor a partir de 10 de abril de 1995, que
trata do sistema de gestão e auditoria ambiental da União Européia (Environmental Management
and Auditing Scheme - Emas).
No Brasil, a auditoria ambiental surgiu, pela primeira vez, por meio da legislação, no início da
década de 90, quando da publicação de diplomas legais sobre o tema, citados a seguir:
a) Lei no 790, de 5/11/91, do Município de Santos-SP;
b) Lei no 1.898, de 16/11/91, do Estado do Rio de Janeiro;
c) Lei no 10.627, de 16/1/92, do Estado de Minas Gerais;
d) Lei no 4.802, de 2/8/93, do Estado do Espírito Santo;
e) Projeto de Lei Federal no 3.160, de 26/8/ 92; e
f) Anteprojeto de Lei do Estado de São Paulo. Internacionalmente, a auditoria ambiental sobre base
normalizada começou a ser discutida em 1991 com a criação do Strategic Advisory Group on
Environment – Sage no âmbito da ISO. A discussão se amplia mundialmente, em 1994, com a
divulgação dos projetos de norma dentro da série ISSO 14000. Em 1996, tais projetos de norma são
alçados à categoria de normas internacionais, sendo dotadas pelos países participantes da ISO. No
Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT apresentou, em dezembro de 1996, as
NBR ISO 14010, 14011 e 14012, referentes à auditoria ambiental.
Observe-se, ainda, que projetos de normas de auditoria ambiental, da mesma forma que outros
projetos de normas de gestão ambiental, são submetidos à discussão e votação dos Organismos
Nacionais deNormalização dos países integrantes do Mercado Comum do Sul - Mercosul, para
aprovação como norma Mercosul.
4.3.3 Tipos de Auditoria Ambiental A auditoria ambiental, para um empreendimento habitacional,
pode ser interna ou externa. A auditoria interna, executada pelos moradores, por meio de uma
associação representativa
e, se necessário por auditores independentes contratados, tem seus resultados (conclusão da
auditoria) de uso interno ou condominial. A auditoria externa é realizada, necessariamente, por
auditores independentes
externos à organização, sendo seus resultados avaliados por terceiros, como organização de
certificação, e seu uso deve ser atinente ao Poder Público, por meio de órgãos responsáveis por
políticas habitacionais
e/ou ambientais, e mesmo disponibilizados para consulta pública, principalmente no caso de
determinadas leis.
4.3.4 Objetivos da Auditoria Ambiental Uma auditoria ambiental pode ser realizada com
finalidades diferentes, tais como:
a) CANTER (1984) trata a auditoria como uma ferramenta a ser utilizada no processo de Avaliação
de Impacto Ambiental. O autor argumenta que uma auditoria realizada após a implantação de um
empreendimento permite averiguar se as medidas de mitigação e monitoramento previstas foram
instaladas; se essas medidas
têm desempenho satisfatório; se, e como, os impactos previstos se realizaram; ou ainda, se
ocorreram impactos
que não estavam previstos;
b) POLIDO et al. (1993) refere-se à auditoria ambiental na contratação de seguro ambiental para
um empreendimento, ao citar a necessidade da realização, pela empresa seguradora, de uma
inspeção técnica criteriosa das instalações;
c) LEPAGE-JESSUA (1992) cita, entre outras, a realização de auditoria ambiental em cinco situações:
1. Auditoria de conformidade: consiste na verificação do cumprimento da legislação aplicável
existente. Segundo
a própria autora, é uma auditoria de ambição muito limitada, pois se restringe à legislação
existente e de caráter
“defensivo”.
2. Auditoria pós-acidente: centrada nos problemas de responsabilidade penal ou civil, tem por
objetivo eterminar
as causas de um acidente. Em geral, realizada paralelamente a um procedimento jurídico, pode dar
elementos
à procuradoria, mas também pode fornecer à empresa os meios necessários para sua defesa.
3. Auditoria de risco: pode ser aplicada no caso de um contrato de seguro ou, em um âmbito mais
geral, no caso de uma análise de risco. Neste último caso, ela é útil para a empresa conhecer com
precisão a extensão do risco
de um acidente para o meio ambiente e, conseqüentemente, os riscos jurídico, econômico e
financeiro. Com este tipo de auditoria, a empresa visa simplesmente limitar seus riscos.
4. Auditoria de operações de fusão, absorção ou de aquisição: uma empresa que deseja, por
exemplo, adquirir uma outra empresa pode solicitar uma auditoria ambiental para saber a natureza
dos riscos ao qual ela estaria sujeita. Outro caso, por exemplo, é o da venda de terrenos nos quais
serão colocados materiais descartados; a empresa vendedora pode realizar uma auditoria
ambiental para se desembaraçar de responsabilidades futuras no caso de contaminação. Da
mesma forma, uma empresa que vai comprar um terreno pode solicitar uma auditoria para saber
em que situação, com relação à qualidade do solo e das águas, ele se encontra.
5. Auditoria de gerenciamento geral: essa auditoria tem um objetivo maior. Trata-se de verificar
todos os possíveis impactos da empresa sobre o meio ambiente. Essa auditoria permite a definição
de uma orientação e de uma política da empresa por meio da totalidade dos dados ambientais e
considera as evoluções futuras do contexto jurídico.
d) no âmbito do sistema de gerenciamento ambiental sobre base normalizada - SGA, a auditoria é
realizada com diferentes finalidades: GILBERT (1995) cita a realização de auditoria ambiental na
revisão preparatória da BS 7750 (BSI, 1994); BRAGA et al. (1996) propõem a realização de uma
auditoria, a qual chamam de auditoria ambiental preliminar infor mal, como ROTHERY (1993), para
definição dos aspectos ambientais da organização
(requisito da etapa de Planejamento do SGA da NBR ISO 14001); a NBR ISO 14001 (ABNT,
1996a) indica
a utilização da auditoria ambiental na etapa de Verificação e Ação Corretiva, que permite a
realização da etapa seguinte (Análise Crítica pela Administração) que vai avaliar o desempenho do
sistema implantado e indicar as mudanças necessárias no mesmo, o qual passará a funcionar em
um novo patamar; a NBR ISO 14011 (ABNT, 1996d) indica a auditoria ambiental para avaliação
do SGA de uma empresa que vise o estabelecimento
de relação contratual com outra empresa; e com vistas à certificação. Para um empreendimento
habitacional,
os objetivos da Auditoria Ambiental consistiriam, principalmente, para a identificação dos aspectos
ambientais, para avaliação do sistema de gestão ambiental e para a avaliação da conformidade
legal. 4.3.5 Protocolo de Auditoria Ambiental Para a realização de auditorias ambientais, a NBR
ISO 14011 (ABNT, 1996d) faz referência
à utilização de documentos de trabalho e, entre eles, cita as listas de verificação, que seriam uma
tradução de check-list. De acordo com GRENNO et al. (1987, apud BRAGA et al., 1996) check-list é
um dos tipos de protocolo da auditoria ambiental. Para estes autores, o protocolo da auditoria
pode ser organizado de diferentes maneiras e ter variados formatos, havendo seis alternativas
básicas:
1. Protocolo básico: documento que organiza os procedimentos da auditoria em uma seqüência de
etapas, reservando espaço para pequenas anotações, como identificação de funções da equipe de
auditoria, comentários e indicação de páginas de registros de campo.
2. Guia detalhado: tem o objetivo de familiarizar os membros da equipe de auditoria com o
requisito ambiental (lei ou norma) sobre o qual a auditoria será conduzida. Apresenta a descrição
do requisito e as ações que devem ser implementadas pela empresa auditada, em função dele.
Não há indicação do que o auditor deve observar
ou perguntar.
3. Resumo de tópicos: é o chamado checklist, no qual apenas são citados os assuntos a serem
abordados, não estando especificados procedimentos para exame dos diferentes tópicos. Observe-
se que, o termo check-list tem sido usado erroneamente como sinônimo de protocolo, quando, na
verdade, é apenas um dos tipos de protocolo.
4. Questionário dirigido (sim/não): instrumento primário para obtenção de infor mações. As
perguntas são laboradas para obtenção somente de resposta sim ou não.
5. Questionário de respostas dissertativas: considerado o inverso do questionário dirigido, o
questionário de respostas dissertativas permite a obtenção de informações detalhadas e
aprofundadas.
6. Questionário com atribuição de pontuação: visa medir o desempenho ambiental, avaliando cada
atividade relevante, de acordo com um gabarito detalhado. Resulta em uma pontuação numérica
ou em uma avaliação qualitativa do tipo “Satisfatório” ou “Insatisfatório”. De acordo com BRAGA et
al. (1996), cada um desses protocolos tem suas vantagens e desvantagens em momentos e
situações diferentes. O protocolo básico requer,
necessariamente, uma documentação complementar de campo, na qual devem ser feitas
anotações, o que pode ser pouco prático no desenvolvimento da auditoria. O guia detalhado é ideal
para ser utilizado em auditoria
de conformidade legal, pois fornece informações detalhadas sobre determinados requisitos
ambientais, apesar de restringirse a eles. O resumo de tópicos só deve ser utilizado por auditores
com muita experiência,
pois não indica os procedimentos. O questionário dirigido (sim ou não) pode ser de utilização pouco
prática, por possuir, na maioria dos casos, muitas perguntas para obter uma única informação. O
questionário de respostas dissertativas é útil para obtenção de informações aprofundadas, e mais
próximas do real, sobre o objeto da auditoria, qualquer que seja ele, pois permite que o auditado
explique suas respostas e que o auditor explane suas observações. O questionário com pontuação,
se não for construído de acordo com critérios estabelecidos a partir de um profundo conhecimento
do objeto da auditoria, tenderá a apresentar resultado subjetivo e, além disso, poderá ocultar
aspectos específicos, com nota “baixa”, em uma avaliação global boa. Entre os tipos de protocolo
descritos anteriormente, considera-se mais adequado para a definição de aspectos ambientais o
protocolo de respostas dissertativas, pois, como visto, tal protocolo é organizado de forma a
permitir a aquisição de informações detalhadas e aprofundadas, o que é desejável em uma
auditoria ambiental que objetiva a obtenção dos aspectos ambientais, ou seja, dados sobre os
quais o sistema de gestão ambiental será onstruído. O ANEXO C apresenta um exemplo de
protocolo de auditoria ambiental, do tipo de respostas dissertativas, para identificação de aspectos
ambientais em empreendimentos habitacionais.
4.3.6 As Normas de Auditoria Ambiental da ABNT As três normas relativas à auditoria ambiental
da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, que consistem em traduções das normas da
International Organization for
Standardization - ISO, são: NBR ISO 14010 (ABNT, 1996c), NBR ISO 14011 (ABNT, 1996d) e NBR
ISO 14012 (ABNT, 1996e). 4.3.6.1 “Diretrizes para Auditoria Ambiental - Princípios Gerais” - NBR ISO
14010 Essa norma possui 5 páginas, sendo que na quinta encontra-se um anexo referente à
bibliografia. Ela estabelece os princípios gerais aplicáveis a todos os tipos de auditoria ambiental.
Está estruturada em três grandes temas: definições, requisitos e princípios gerais. É apresentada
definição de treze termos normalmente utilizados em auditoria (Quadro 29). A NBR ISO 14010
recomenda como requisitos para a realização de uma auditoria ambiental:
que o objeto enfocado para ser auditado e os responsáveis por tal objeto devem estar
claramente definidos e documentados; e que a auditoria só é realizada se o auditorlíder estiver
convencido da existência de
informações suficientes e apropriadas, de recursos adequados de apoio ao processo de auditoria e
de cooperação ao auditado. A norma aponta, ainda, os princípios gerais para condução de
auditorias que são
apresentados no Quadro 30.

Quadro 29 – Definição de termos apresentada na NBR ISO 14010


Termo Definição
Conclusão de auditoria é o julgamento ou parecer
Critérios de auditoria são os requisitos aos quais são comparadas as evidências da auditoria
Evidências de auditoria são as informações verificáveis, registros ou declarações
Constatações de auditoria são os resultados da avaliação comparativa entre as evidências e os critérios
Equipe de auditoria é o grupo de auditores ou um único auditor
Auditado é o que se submete à auditoria
Auditor ambiental é o que realiza a auditoria
Cliente é o que solicita a auditoria
Auditoria ambiental ver item 4.3.1 desta publicação
Auditor-líder ambiental
é a pessoa qualificada para gerenciar e executar auditorias ambientais. Exemplo de critério de
qualificação encontra-se na NBR ISO 14012
Organização é a empresa de qualquer tipo que tenha funções e estrutura administrativa próprias
Objeto de auditoria é a atividade, o evento, o sistema de gestão e as condições ambientais especificados e/ou
informações relacionadas a este
Especialista técnico é o que subsidia tecnicamente a auditoria, mas não participa como auditor Tema Recomendação
Definição dos objetivos Os objetivos da auditoria devem ser definidos pelo cliente e o escopo da auditoria pelo auditor-lider
e escopo da auditoria para atender aos objetivos do cliente. Os objetivos e escopo da auditoria devem ser comunicados ao
auditado antes da realização da auditoria.
Objetividade, Os membros da equipe de auditoria devem ser livres de preconceitos e conflitos de interesse;
independência independentes das atividade por eles auditadas; e devem ter conhecimento, habilidade e experiência
e competência para realizar a auditoria.
As relações auditor/cliente devem ser caracterizadas por confidencialidade e discrição. Salvo quando
Profissionalismo exigido por lei, é recomendado que informações, documentos e relatório final da auditoria não
sejam divulgados sem autorização do cliente e, conforme o caso, sem autorização do auditado.
Procedimentos A realização da auditoria deve seguir diretrizes desenvolvidas para o tipo apropriado de auditoria
sistemáticos ambiental. No caso da auditoria de SGA, a norma remete para a NBR ISO 14011.
Os critérios de auditoria devem ser definidos entre auditor e cliente, com posterior comunicação ao
Critérios, evidências auditado; evidências devem ser obtidas a partir da coleta, análise, interpretação e documentação
e constatações de informações; e as evidências obtidas devem permitir que auditores ambientais, trabalhando
independentemente entre si, cheguem a constatações similares.
Confiabilidade das As constatações e conclusões da auditoria devem possuir nível desejável de confiabilidade, devem
constatações e conclusões ser deixadas claras as limitações/incertezas de evidências coletadas.
de auditoria
O relatório de auditoria deve conter itens como: identificações; objetivos e escopo da auditoria;
critérios da auditoria; período e datas; equipe de auditoria; identificação dos entrevistados na
auditoria; resumo do processo de auditoria, incluindo obstáculos encontrados; conclusões; declaração
Relatório de auditoria de confidencialidade; e identificação das pessoas que recebem o relatório. É recomendado que o
auditor-líder, em acordo com o cliente, determine quais os itens que constarão do relatório. Em
nota, a norma indica que é responsabilidade do cliente ou do auditado a determinação de ações
corretivas; entretanto, se previamente acordado com o cliente, o auditor pode apresentar
recomendações no relatório.

4.3.6.2 “Diretrizes para Auditoria Ambiental - Procedimentos de Auditoria - Auditoria de Sistemas de


Gestão Ambiental”
- NBR ISO 14011 Essa norma possui 7 páginas, sendo que na sétima tem-se a bibliografia. Ela
estabelece
procedimentos para condução, especificamente, de auditorias de Sistema de Gestão Ambiental.
Está estruturada em quatro temas: definições; objetivos, funções e responsabilidades da auditoria
do sistema de gestão ambiental; etapas da auditoria de sistema de gestão ambiental; e
encerramento da auditoria.
A NBR ISO 14011 apresenta definições para três termos, quais sejam: 1. Sistema de gestão
ambiental. É citada a definição existente na NBR ISO 14001. 2. Auditoria do sistema de gestão
ambiental. “Processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de
forma objetiva, evidências de auditoria
para determinar se o sistema de gestão ambiental de uma organização está em conformidade com
os critérios de auditoria do sistema de gestão ambiental, e para comunicar os resultados deste
processo ao cliente”.
3. Critérios de auditoria do sistema de gestão ambiental. Que são os requisitos da NBR ISO 14001
e, se aplicável, qualquer outro requisito adicional. Quanto aos objetivos, funções e
responsabilidades da auditoria do sistema de gestão ambiental, essa norma apresenta
recomendações referentes à auditoria em si e às pessoas
que participam do processo (auditor-líder, auditor, cliente e auditado), que constituem diretrizes
para a auditoria ambiental (Quadro 31).
Quadro 31 – Objetivos, funções e responsabilidades da auditoria do SGA Tema Recomendação A auditoria deve ter seus
objetivos definidos, tais como: determinar a conformidade ao SGA do auditado aos critérios de auditoria de SGA; Auditoria determinar a
adequação da implementação e manutenção do SGA;
identificar áreas de potenciais melhorias do SGA; avaliar a capacidade do processo interno de análise crítica; e
avaliar o SGA de uma empresa que vise o estabelecimento de relação contratual com outra empresa.
O auditor-líder tem como função assegurar a eficiente e eficaz execução e conclusão da auditoria. É de sua
responsabilidade:
definir junto ao cliente o escopo da auditoria;
obter informações fundamentais;
determinar se os requisitos necessários para realização de uma auditoria foram atendidos;
formar a equipe de auditoria;
conduzir a auditoria de acordo com as normas NBR ISO 14010 e 14011;
Auditor-líder elaborar o plano de auditoria;
comunicar o plano a todos os envolvidos;
coordenar a preparação da documentação de trabalho e instruir a equipe;
solucionar problemas surgidos;
reconhecer objetivos inatingíveis e relatar as razões ao cliente e ao auditado;
representar a equipe em discussões;
notificar imediatamente o auditado casos de não-conformidades críticas;
relatar os resultados da auditoria de forma clara, conclusiva e dentro do prazo acordado; e
fazer recomendações para melhoria do SGA, se estiver no escopo da auditoria.
O auditor deve ser objetivo, eficaz e eficiente para realizar a sua tarefa e tem como responsabilidades:
seguir instruções do auditor-líder;
apoiar o auditor-líder;
coletar e analisar evidências de auditoria relevantes e em quantidade suficiente para chegar às conclusões da
Auditor auditoria;
preparar documentos de trabalho;
documentar cada constatação da auditoria;
resguardar os documentos da auditoria; e
auxiliar na redação do relatório de auditoria.
O cliente tem como responsabilidades:
determinar a necessidade da realização de uma auditoria;
contatar o auditado; definir os objetivos da auditoria;
selecionar o auditor-líder ou a organização de auditoria e, se apropriado, avaliar os elementos da equipe de
Cliente auditoria;
prover recursos para realização da auditoria;
manter entendimento com o auditor-líder para definição do escopo da auditoria;
avaliar os critérios de auditoria e o plano de auditoria; e
receber o relatório de auditoria e definir sua distribuição.
O auditado deve receber uma cópia do relatório de auditoria, salvo ser for excluído pelo cliente, e tem como
responsabilidades:
informar aos funcionários da organização sobre a auditoria;
Auditado prover os recursos necessários para a realização da auditoria;
designar funcionários para acompanhar como guias à equipe de auditoria;
prover acesso às instalações, ao pessoal, às informações e aos registros; e
cooperar com a equipe de auditoria para atingir os objetivos propostos.
1996d), existem quatro etapas no processo de auditoria do sistema de gestão ambiental, quais
sejam: etapa 1 (início da auditoria); etapa 2 (preparação da auditoria); etapa 3 (execução da
auditoria); e etapa 4 (elaboração
do relatório de auditoria). A norma descreve procedimentos para cada uma dessas etapas que são
apresentados nos Quadros 32, 33 e 34. Quadro 32 – Atividades das etapas 1 e 2 do processo de auditoria do
sistema de gestão
ambiental - Início e preparação da auditoria
Etapa Atividade Recomendação
o auditor-líder e o cliente devem definir o escopo da auditoria (descrição da localização
Definir o escopo física e das atividades da organização);
1 da auditoria o auditado deve ser consultado; e
Início da os recursos necessários para atender ao escopo devem ser suficientes.
auditoria
Realizar e analisar
a crítica preliminar a análise deve ser realizada pelo auditor-líder; e
da documentação devem ser solicitadas, se necessário, informações suplementares.
o plano de auditoria deve ser elaborado pelo auditor-líder;
o cliente deve avaliar o plano de auditoria;
o plano deve ser flexível para poder sofrer eventuais alterações;
o plano deve incluir:
⇒ objetivos e escopo da auditoria;
⇒ critérios de auditoria;
⇒ identificação das unidades auditadas;
Elaborar o plano ⇒ identificação dos funcionários da unidade que tenham responsabilidade direta com
de auditoria o SGA;
⇒ identificação dos elementos do SGA prioritários;
⇒ procedimentos de auditoria;
⇒ identificação de idiomas, dos documentos de referência, da época e da duração
2 previstas, das datas e dos locais e dos membros da equipe de auditoria;
Preparação ⇒ programa de reuniões;
da auditoria ⇒ requisitos de confiabilidade;
⇒ conteúdo e formato do relatório de auditoria e data prevista de sua emissão; e
⇒ requisitos de retenção de documentos.
Atribuir as a atribuição deve ser feita pelo auditor-líder, em entendimento com os membros da
funções/atividades equipe; e
aos membros da
equipe de auditoria o auditor-líder deve fornecer instruções sobre o procedimento da auditoria.
os documentos de trabalho podem consistir em formulários para documentar
evidências e constatações da auditoria, listas de verificação para avaliar os elementos
Preparar os do SGA e atas de reuniões;
documentos os documentos devem ser arquivados até o encerramento da auditoria;
de trabalho os documentos com informações confidenciais ou privativas devem ser adequadamente
resguardados pela equipe de auditoria.

Quadro 33 – Atividades da etapa 3 do processo de auditoria


do sistema de gestão ambiental – Realização da auditoria
Etapa Atividade Recomendação
apresentação dos membros da equipe; revisão do escopo, dos objetivos e do plano de
auditoria e ratificação do calendário de auditoria; apresentação do método de trabalho e
Realizar a reunião dos procedimentos; estabelecimentos de canais formais de comunicação; confirmação
de abertura da existência de condições para realização da auditoria; confirmação da data e do horário
da reunião de encerramento; promoção da participação efetiva do auditado; e revisão
dos procedimentos de emergência e segurança para a equipe de auditoria.
as evidências devem ser coletadas por meio de entrevistas, exame de documentos e
observação de atividades e situações, em quantidade suficiente para se determinar a
3 Coletar as conformidade do SGA do auditado em relação aos critérios de auditoria. As não-
Execução da evidências conformidades devem ser registradas e as informações obtidas por meio de entrevistas
auditoria devem ser verificadas, executando-se observações, registros e medições, sendo as
declarações não-verificáveis identificadas.
as evidências devem ser analisadas criticamente em comparação aos critérios. O gerente
Analisar as responsável do auditado deve analisar as constatações de não-conformidade. As
evidências conformidades podem ser registradas com o devido cuidado para evitar qualquer
implicação de garantia absoluta (sic), se estiver incluso no escopo da auditoria.
essa reunião deve acontecer antes da elaboração do relatório de auditoria. Nela é reco-
Reunião de mendado que participem: auditores, administração do auditado e responsáveis pelas
encerramento funções auditadas. As constatações devem ser apresentadas e eventuais divergências
devem ser resolvidas, sendo as decisões finais de responsabilidade do auditor

Quadro 34 – Atividades da etapa 4 do processo de auditoria


do sistema de gestão ambiental – Relatório de auditoria
Etapa Atividade Recomendação
os tópicos abordados no relatório devem ser os mesmos apresentados no plano de
auditoria, sendo que qualquer alteração deve ser realizada de comum acordo entre auditor,
auditado e cliente. Com referência ao conteúdo do relatório, que deve ser datado e
assinado pelo auditor-líder, a norma recomenda que estejam registradas as constatações
da auditoria ou um resumo delas, indicando-se as evidências que sustentam cada
constatação. Os tópicos que podem constar do relatório são:
⇒identificação da organização auditada e do cliente;
⇒objetivos, escopo e plano de auditoria acordados;
⇒critérios acordados, incluindo uma lista de documentos de referência segundo os quais
Preparar o relatório a auditoria foi conduzida;
de auditoria ⇒período da auditoria e a(s) data(s) em que a auditoria foi conduzida;
⇒identificação dos representantes do auditado que participaram da auditoria;
⇒identificação dos membros da equipe da auditoria;
⇒declaração sobre a natureza confidencial do conteúdo;
⇒lista de distribuição do relatório da auditoria;
⇒sumário do processo de auditoria, incluindo quaisquer obstáculos encontrados; e
⇒conclusões da auditoria, tais como a conformidade do SGA auditado em relação aos
4 critérios de auditoria do SGA; se o SGA está implementado e mantido de forma ade-
Relatório quada; e se a análise crítica realizada pela administração é capaz de assegurar a mede
auditoria lhoria contínua do SGA.
o auditor-líder deve enviar o relatório ao cliente;
a relação de interessados que receberão o relatório deve ser definida pelo cliente, tendo
sido registrada anteriormente no plano de auditoria;
o auditado deve receber uma cópia do relatório, a não ser que ele seja excluído pelo
Distribuir o relatório cliente;
de auditoria a distribuição para interessados externos à organização deve ser autorizada pelo auditado;
o caráter confidencial do relatório, que é de propriedade exclusiva do cliente, deve ser
respeitado por todos seus destinatários; e
eventuais atrasos na entrega do relatório devem ser comunicados ao cliente e ao auditado,
sendo indicada nova data de emissão.
Reter ou descartar
os documentos
da auditoria a retenção ou o descarte de documentos deve ser realizada conforme acordado entre
(documentação cliente, auditor-líder e auditado.
de trabalho, minutas,
relatórios, entre outros)

4.3.6.3 “Diretrizes para Auditoria Ambiental - Critérios de Qualificação para Auditores Ambientais”
- NBR ISO 14012 A NBR ISO 14012 (ABNT, 1996e) estabelece diretrizes quanto aos critérios que
qualificam um profissional a atuar como auditor e como auditor-líder ambientais, tanto externo
como interno. É salientado pela norma que os auditores internos devem possuir o mesmo nível de
competência dos auditores
externos, mas podem não atender a todos os critérios dessa norma, dependendo de fatores como:
características da organização (tamanho, natureza, complexidade e impactos ambientais) e
características necessárias para o auditor ambiental (conhecimento especializado e experiência).
A norma apresenta definições para: auditor ambiental (pessoa qualificada para realizar auditorias
ambientais); auditor-líder ambiental (pessoa qualificada para gerenciar e executar auditorias
ambientais); diploma
(certificado reconhecido nacional ou internacionalmente, ou qualificação equivalente, normalmente
obtido após a educação secundária, através de um período de estudo formal, em tempo integral,
com duração mínima
de três anos, ou outro período de estudo equivalente, em tempo parcial); e educação secundária
(etapa do sistema educacional completada imediatamente antes do ingresso em universidade ou
instituição similar).
Após as definições, são apresentados pela NBR ISO 14012 os critérios de qualificação de auditores
(Quadro 35); diretrizes para avaliação das qualificações de auditores ambientais; e diretrizes para o
desenvolvimento
de um organismo que assegure um enfoque coerente para a certificação de auditores ambientais.
A NBR ISO 14012 recomenda, em seu Anexo A, que o processo de avaliação de auditores deve ser
conduzido por pessoa dotada de conhecimentos atualizados e experiência em processos de
auditoria. Recomenda, ainda,
que a avaliação da educação (experiência profissional, treinamento e atributos pessoais dos
auditores) seja realizada utilizando-se os seguintes métodos: entrevistas; prova escrita e/ou oral;
análise de trabalhos escritos;
referências de empregadores anteriores e colegas;simulação de atuação; observações feitas por
outros auditores em auditorias já realizadas; análise das evidências apresentada pelo auditor;
apreciação das certificações e qualificações profissionais. Ainda de acordo com a norma, caso seja
apropriado, deve haver um organismo que assegure que os auditores ambientais sejam certificados
de forma consistente, que deve
ser independente e atender às seguintes diretrizes: certificar diretamente; credenciar entidades
que certificarão os auditores; estabelecer processo de avaliação de auditores; e manter cadastro
atualizado de auditores ambientais que atendam aos critérios especificados pela norma.
Quadro 35 – Critérios de qualificação de auditores
ambientais de acordo com a NBR ISO 14012
Critério Requisito
Educação a norma recomenda que o auditor deve ter, no mínimo, o 2o grau (educação secundária) completo.
a experiência profissional apropriada deve permitir o desenvolvimento de habilidades e conhecimento em um
ou mais dos seguintes tópicos técnicos e científicos: ciência e tecnologia ambientais; aspectos técnicos e
ambientais das operações da instalação; leis e regulamentos aplicáveis; sistema de gestão ambiental; e
procedimentos, processos e técnicas de auditoria;
no caso do auditor ter apenas o 2o grau, é recomendado que ele possua, no mínimo, 5 anos de experiência
Experiência profissional apropriada. Este mínimo pode ser reduzido se ele tiver realizado, após conclusão do secundário,
profissional um curso formal em pelo menos um dos tópicos técnicos e científicos citados. A quantidade de anos que pode
ser reduzida não deve ser superior à quantidade de anos do curso realizado e não deve exceder a 1 ano;
no caso do auditor ter um diploma de 3o grau (universidade ou instituição similar), é recomendado que ele tenha,
no mínimo, 4 anos de experiência profissional apropriada. Este mínimo pode ser reduzido se ele tiver realizado
um curso formal em pelo menos um dos tópicos técnicos e científicos citados. A quantidade de anos que
pode ser reduzida não deve ser superior à quantidade de anos do curso realizado e não deve exceder a 2 anos.
além da educação (2o ou 3o graus) e da habilidade e conhecimento em tópicos específicos, o auditor deve
realizar treinamentos tanto formal (teórico) como de campo, para realizar e desenvolver competência na
execução de auditorias ambientais. O treinamento formal ou teórico deve abranger um ou mais de um dos
tópicos técnicos e científicos citados anteriormente. Este critério (treinamento formal) pode ser dispensado se
Treinamento o auditor puder demonstrar sua competência por meio de exames reconhecidos ou qualificações profissionais
pertinentes. A norma recomenda que o auditor tenha realizado treinamento de campo (equivalente a 20 dias
de trabalho em auditoria ambiental), em pelo menos 4 auditorias ambientais, tendo se envolvido em todo o
processo de auditoria, sob orientação de um auditor-líder. O tempo de realização deste treinamento não deve
exceder a 3 anos consecutivos.
Evidência diplomas, certificados de cursos, trabalhos publicados, livros escritos entre outros devem ser mantidos como
objetiva evidências objetivas de educação, experiência e treinamento.
capacidade de expressar claramente conceitos e idéias, escrita e oralmente;
Atributos e ter diplomacia, tato e capacidade de escutar;
habilidades ser independente, objetivo e organizado;
pessoais saber julgar de forma fundamentada; e
saber respeitar convenções e culturas diferentes da própria.
ter participado em processos adicionais completos de auditoria, perfazendo adicionalmente 15 dias de trabalho
em pelo menos 3 auditorias adicionais completas; e ter participado como auditor-líder, sob supervisão e
Específicos para orientação de outro auditor-líder, em pelo menos 1 das 3 auditorias citadas; ou
auditor-líder ter demonstrado atributos e habilidades para gestão do programa de auditoria ou outros, por meio de entrevistas,
observações, referências e/ou avaliações do seu desempenho em auditorias ambientais feitas segundo
programas de garantia da qualidade; e
o atendimento a estes critérios adicionais não deve exceder a 3 anos consecutivos.
Manutenção da os auditores devem proceder à atualização periódica de seus conhecimentos, sobre os tópicos técnicos e
competência científicos citados no item referente à educação e experiência profissional.
Profissionalismo a norma remete à NBR ISO 14010 (item referente ao profissionalismo) e recomenda, ainda, que os auditores
sigam um código de ética apropriado.
Idioma quando o auditor não tiver capacidade de se comunicar com fluência no idioma necessário, deve obter um
suporte, que pode ser um intérprete, que seja independente para realizar seu trabalho de forma objetiva

FONTE: HABITAÇÃO E MEIO AMBIENTE - Abordagem integrada em empreendimentos de interesse social


Quadro 28 – Análise crítica pela administração - ACESSO EM:
http://habitare.infohab.org.br/pdf/publicacoes/arquivos/24.pdf
Auditoria Ambiental e Gestão Empresarial
Por Anderson A. A. Cantarino

A abertura do mercado brasileiro em vários segmentos a partir do final da década de 80, a busca do mercado
externo por várias empresas, auxiliou no desenvolvimento de um cenário altamente competitivo. A agilidade, a
inovação e a transparência são fatores fundamentais para as empresas se manterem competitivas neste mercado.
Paralelamente a este cenário, a legislação ambiental brasileira está se ampliando para cobrir as lacunas existentes
e se tornando mais restritiva no tocante ao controle dos impactos. Assim sendo, a incorporação da variável
ambiental na gestão empresarial não é apenas um diferencial competitivo, mas uma questão de sobrevivência em
longo prazo.

Nas últimas duas décadas, foram desenvolvidos sistemas públicos de gestão ambiental e um acervo que inclui
sistemas gerenciais, metodologias para caracterizar a qualidade do meio ambiente, identificar agentes poluidores,
analisar impactos ambientais, licenciar e fiscalizar as atividades produtivas, implantar equipamentos de controle e
programas de recuperação ambiental.

Tudo isso identifica um amplo campo de conhecimento e um grande


mercado de trabalho nos campos de engenharia, planejamento,
energia e redução de emissões e efluentes industriais, mitigação de
impactos e adaptação de projetos de investimentos.

Esse campo de atuação de empresas e políticas públicas vem


acarretando transformações nos processos produtivos, uma nova
distribuição espacial das atividades, incremento de legislações e
instrumentos de ação além do crescimento dos centros de produção.

Dentre as iniciativas do setor empresarial, se destaca a elaboração


de normas consensuais sobre diferentes aspectos da gestão
ambiental, incluindo orientações para a definição de políticas
ambientais nas empresas, implantação de sistemas de gestão e a
utilização de ferramentas e metodologias para a realização de
auditorias ambientais, certificação de empresas, processos e
produtos, análises de risco, ciclo de vida de produtos e outros.

A adoção de auditorias ambientais, se aplicada corretamente, pode fornecer informações significativas que
permitem o acompanhamento e a tomada de decisão em relação a aquisições, vendas, parcerias, processos e
gestão do negócio.

As auditorias originaram-se nos Estados Unidos, onde na década de 70 foram realizadas voluntariamente. Nos EUA,
os requisitos da Securities and Exchange Commission (SEC) exerceram um peso considerável no desenvolvimento
de auditorias como técnica. As auditorias consistiam de análises críticas do desempenho ambiental ou de auditorias
de conformidade, uma vez que seu objetivo era reduzir os riscos dos investimentos quanto a ações legais
resultantes das operações das empresas.

A partir do final da década de 80, as auditorias ambientais se tornaram uma ferramenta comum de gestão nos
países desenvolvidos, e é cada vez maior sua aplicação nos países em desenvolvimento, tanto pelas empresas
internacionais quanto pelas nacionais.

No Brasil, a busca pela certificação de acordo com a norma NBR ISO 14001, o incremento e rigor da legislação
ambiental e a determinação da realização de auditorias ambientais por alguns Estados como: Santa Catarina,
Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará e Amapá e, para alguns segmentos, em nível federal, como por
exemplo: portos, terminais marítimos e atividades de exploração e produção de petróleo, levaram as auditorias
ambientais a fazerem parte do cotidiano das empresas.

Existem diferentes aplicações do termo “auditoria ambiental”, de acordo com as necessidades da empresa. As
aplicações variam de auditorias únicas a sofisticados programas, que se desenvolvem junto com a gestão
empresarial de algumas empresas.

Independentemente de qual seja a sua solicitação, se externa ou interna à organização, é possível adequar a
auditoria ambiental às reais necessidades da organização. Diferentes tipos de auditoria servem a esse propósito. Os
tipos mais comuns de auditoria utilizados pelas empresas são: auditoria de gestão ambiental, auditoria de
conformidade legal, auditoria de sistemas gerenciais, auditoria técnica e de processos, auditoria de risco, auditoria
de desempenho e due diligence (ou de responsabilidade).

Aplicação de auditorias ambientais

Uma empresa pode executar a cada ano vários tipos de auditorias ambientais. Estas tarefas variam desde
auditorias internas rotineiras; auditorias de conformidade, exigidas auditoria de desempenho; e outras auditorias
externas executadas por autoridades públicas e por clientes.

As auditorias atualmente executadas utilizam uma grande variedade de protocolos, há pouca consistência nos
relatórios, os objetivos são redundantes e são pequenas as garantias de que ações corretivas apropriadas estão
sendo implantadas. Devido à qualidade variável das auditorias e ao valor limitado de melhoria do desempenho,
resultante dessas auditorias que estão atualmente sendo executadas, as empresas não estão somente deixando de
otimizar os benefícios de um programa eficaz de auditoria, como se expondo aos riscos identificados, mas
inadequadamente gerenciados.

Mundialmente, os sistemas de avaliação de desempenho atual evoluíram da área da gestão da conformidade, para
a área de responsabilidade corporativa. As companhias líderes utilizam atualmente a informação gerada pelos
programas de avaliação de desempenho para avaliar os riscos e gerenciar problemas, visando minimizar futuros
riscos e passivos ambientais.
Duas diretrizes internacionalmente reconhecidas ressaltam a necessidade de auditorias ambientais: 1 - Princípio de
Valdez: “As empresas realizarão uma auto-avaliação anual, tornarão públicos os resultados e realizarão uma
auditoria independente dos resultados”. 2 - Carta de Negócios para o Desenvolvimento Sustentável do ICC:
“Sinceridade sobre impactos e preocupações” “Assegurar a conformidade por meio de avaliação do desempenho, de
auditorias e da periódica divulgação de informações aos acionistas”.

Embora os requisitos relativos a auditorias se refiram primeiramente à avaliação do sistema, como no caso das
auditorias de qualidade, as auditorias ambientais se destinam não apenas a avaliar a conformidade, mas,
principalmente, à melhoria do sistema e do seu desempenho.

A abordagem básica da auditoria ambiental envolve três conjuntos distintos de atividades: atividades pré-
auditoriais, atividades de campo e atividades pós-auditoriais.

A responsabilidade pode ter várias interpretações, de gestos altruístas a pressões de mercado ou boas práticas.
Surgidas do uso de mecanismos de mercado e do crescente interesse dos acionistas no desempenho ambiental da
empresa, as auditorias têm sido usadas para demonstrar o compromisso, a economia e o maior controle interno
decorrentes de uma gestão empresarial apropriada, bem como, os benefícios decorrentes disto.

Avaliação de riscos e responsabilidade civil

As auditorias podem ser utilizadas em várias fases da avaliação de riscos ligados a questões ambientais, de
segurança e de saúde, que podem levar à responsabilidade civil. Aqui se pode aplicar o risco a sistemas de gestão,
tecnologia de controle e uso de certos materiais, bem como riscos de processo e produto. Portanto, pode-se usar a
auditoria para avaliar e minimizar os riscos. Auditorias mais especializadas e profundas podem ser usadas para
investigar a extensão dos problemas em potencial.

A responsabilidade civil, em termos ambientais, abrange indivíduos e empresas onde surja poluição ou não
conformidade legal. Podem-se usar as auditorias ambientais para o entendimento e ação nos casos de
responsabilidade civil em potencial, relacionados a eventos crônicos ou agudos ou ao sistema de gestão.

O campo de avaliação de riscos e o papel das auditorias ambientais podem ser aplicados a muitas situações, como
o planejamento interno de emergência, a fusão de duas empresas, a realização de parcerias, as renovações ou
aquisições de seguros, as aquisições e o planejamento.

Muitas empresas realizaram auditorias usando o argumento da economia de custos, em vez das pressões legais. As
áreas- chave para as auditorias que visam quantificar os benefícios financeiros agrupam-se sob o termo genérico
“minimização de perdas”, que se aplica à água, emissões, efluentes, energia, gestão de resíduos e de materiais.
Dependendo da natureza das operações e dos objetivos, o foco das auditorias pode variar da energia consumida
para produção à política de compras.

Em termos financeiros, a auditoria pode ser uma ferramenta de apoio nas decisões, fornecendo informações sobre
os custos ambientais atuais e os benefícios de ações existentes ou futuras.

Concorrência

Motivos adicionais para as auditorias é o crescente interesse na incorporação da questão ambiental na gestão das
empresas; como o progresso em relação a objetivos e o relativo impacto de seus produtos. As auditorias formam
parte integral dos sistemas de gestão, tanto como feedback do controle interno quanto para contribuir com os
objetivos da análise crítica pela administração. A crescente vigilância sobre as credenciais ambientais das
empresas, tanto interna quanto externa, requer da administração um bom sistema de monitoramento e de
informações, que as auditorias podem fornecer.

Adoção de práticas específicas considerando a variável ambiental pode ser usada em muitos setores como nicho
para a comercialização, apesar do argumento de que possuir um sistema de gestão que incorpore a questão
ambiental como parte indissociável do negócio vai se tornar uma condição “sine qua non”. As auditorias são então
usadas como ferramentas para atrair a atenção no que se refere às necessidades e ajustes no gerenciamento.

Estratégicas

Uma função adicional da auditoria ambiental está no planejamento, no “benchmarking” e na coleta de informações.
A preocupação com o nível de implementação de uma política ou norma ambiental, a comparação com as melhores
práticas industriais e os níveis internos de conscientização são motivadores típicos desta categoria de auditoria
ambiental.

Uma frase bastante conhecida entre os gerentes e diretores de empresas é que “Só se controla aquilo que se
mede”. Do ponto de vista ambiental, a frase é bastante verdadeira, onde o conhecimento é fundamental para a
tomada de decisão. Um processo de auditoria ambiental auxilia no acompanhamento das informações e na
verificação da confiabilidade das mesmas, possibilitando uma melhor definição das metas estratégicas em
alinhamento com a visão e missão da empresa.

Independentemente que a auditoria ambiental seja realizada de modo voluntário ou por atendimento a requisitos
legais, os resultados provenientes das auditorias podem possibilitar alguns ganhos competitivos para o negócio,
desde que se entenda o seu processo como uma oportunidade para a melhoria contínua.

Fonte: Revista Eco 21, ano XII, Nº 74, janeiro/2003.

AUDITORIA AMBIENTAL

Profa.: Ms. Helaine Resplandes UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - ENGENHARIA AMBIENTAL

AUDITORIA AMBIENTAL - Módulo 1


• Constituição Federal de 1988 –

Art. 225

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.”

Relatório Brundtland, 1987: Comissão Mundial da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED)

“Desenvolvimento sustentável é o que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade


das futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades".

• No século XX é que as empresas começaram a preocupar com as questões ambientais;

• Não existia a integração entre as medidas preventivas, corretiva e repressivas as ações era reativa;

Na década de 60 e 70 as empresas passaram a aplicar tecnologias de tratamento de emissões cumprindo os


padrões de emissões estabelecidos nas legislações.

• No fim da década de 70 e início da década de 80 diversos acidentes industriais mostraram que os problemas
ainda não estavam resolvidos;

• Acidente radioativo na Usina de Three Mile Island em 79 nos EUA e o do Césio 137 em Goiânia;

• A indústria química Allied Chemical Corporation foi uma das primeiras a implementar esta ferramenta;

• Em 84 foi criado o Programa de Atuação Responsável no Canadá, para as indústrias químicas, tornando um
instrumento de Gerenciamento Ambiental e de Prevenção de Acidentes;

• Hoje empresários de todo o mundo estão sob grande pressão para adotar políticas ambientalistas e incorporá-
las ao seu planejamento estratégico como uma matéria de rotina.

• Clientes tornam-se mais exigentes a cada dia, buscando produtos que agridam menos o meio ambiente, por
sua vez, as restrições legais tornam-se mais rigorosas tentando evitar a exaustão dos recursos naturais com
questões globais como destruição da camada de ozônio, emissão de gases poluentes na atmosfera,
crescimento populacional descontrolado, e tantas outras.

• Desta forma, enfatiza-se a idéia de que a questão ambiental é uma questão multidisciplinar e que, para ser
solucionada, necessita de ajuda coletiva.

Normalização

• Normalização X Normatização

Sistematizar: tornar ordenado, coerente;

Normatizar: procedimentos/rotinas;

Normalizar: procedimentos – um padrão mínimo.

• Tipos de Normatização

Normatização Organizacional - Rotinas e Regimentos Internos;

Normatização Legal - Regulamentação;


Normatização Técnica - Normalização.

• ISO “International Organization for Standardization” Organização Internacional para Padronizações, possui
sede em Genebra na Suíça Foi fundada em 1946;

• Objetivo: Desenvolvimento de normas internacionais para modelos de fabricação, comunicação, comércio e


sistema de gerenciamento.

• Cada país membro há um representante No Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

• EMAS, BS 7750, CSA Z750 e ISO 14001

EMAS: Eco-Managementand Audit Scheme

União Européia – 1990;

BS 7750: British Standard - Reino Unido – 1992

CSA Z750: Canadian Standards Association - 1994

ISO 14.001 -International Organization for Standardization – 1996.

EMAS

Eco - Managementand Audit Scheme (Procedimento de Eco- Gestão e Auditoria)

• EMAS - lançado em 1990 na União Européia;


• Válido a partir de julho de 1993;
• Somente local, para empresas com unidades na Europa;
• Não aplicável a outras.

BS 7750/92

• Um dos pilares da ISO 14.001;


• Tecnicamente equivalente ao EMAS;

• Em Janeiro de 93, a ISO estabeleceu o Comitê Técnico 207 para administrar o desenvolvimento das normas
ambientais.

• Até a criação do ISO/TC 207, atuava através dos seguintes comitês:


o ISO/TC 43 - Acústica
o ISO/TC 146 - Qualidade do Ar
o ISO/TC 147 - Qualidade da Água
o ISO/TC 190 - Qualidade do Solo

• A norma ABNT/NBR - ISO 14.001 tem como objetivo definir um Sistema de Gestão como um conjunto de
procedimentos, atividades, estruturas organizacionais e controles utilizados por uma organização de forma a
auxiliá-la a gerenciar e controlar as atividades, produtos e serviços que possam interagir com o meio
ambiente.

Definição Conceitual:

“a parte do sistema de gestão (organizacional) global que inclui estrutura, atividade de planejamento,
responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar
criticamente e manter a política ambiental”.

NBR ISO 14.001:04

COMPROMETIMENTO E LIDERANÇA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO

O primeiro passo para o desenvolvimento de um SGA é a obtenção do comprometimento dos mais altos
níveis administrativos com a melhoria do desempenho ambiental da organização na gestão de suas
atividades, produtos e serviços.

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL –


Revisão Ambiental Inicial

• identificação dos requisitos legais e regulamentares;


• identificação dos aspectos, impactos ambientais significativos e penalidades;
• avaliação e documentação das questões ambientais significativas;
• avaliação do desempenho comparado aos critérios internos relevantes, normas externas,
regulamentos, códigos de práticas e conjunto de princípios e diretrizes;
• práticas e procedimentos de gestão ambiental existentes;

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL –

Revisão Ambiental Inicial (cont)

• identificação das políticas e dos procedimentos relativos às atividades de aquisição e


contratação;informações resultantes da investigação de incidentes anteriores envolvendo não-
conformidades;
• oportunidades de vantagens competitivas;
• observações de partes interessadas; e
• funções ou atividades de outros sistemas organizacionais que podem ajudar ou impedir o
desempenho ambiental.

Elementos-chave de um SGA baseado na norma ISO 14001:

1- Política Ambiental

Aborda a política ambiental e os requisitos para atender a esta política, através dos objetivos, metas e programas
ambientais;

2- Planejamento

A análise dos aspectos ambientais das organizações, incluindo seus processos, produtos e serviços, assim
como os bens e serviços usados pela organização;

• A política ambiental deve considerar entre outros aspectos, os seguintes itens:


• a missão, visão, valores essenciais e crenças da organização;
• requisitos de e para comunicação com as partes interessadas;
• aprimoramento contínuo;
• alinhamento com outras políticas organizacionais (Qualidade, Saúde e Segurança);
• condições locais ou regionais específicas.

2- Planejamento

• ASPECTOS AMBIENTAIS;
• REQUERIMENTOS LEGAIS E OUTROS;
• OBJETIVOS E METAS;
• RECURSOS NECESSÁRIOS;
• PROGRAMAS DE GERENCIAMENTO;
• AMBIENTAL SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA.

Elementos-chave de um SGA baseado na norma ISO 14001:

3- Implementação e Operação

Implementação e organização dos processos para controlar e melhorar as atividades operacionais que são críticas do
ponto de vista ambiental. Devem ser considerados os produtos e serviços da organização;

4- Verificação e Ação Corretiva

Verificação e ação corretiva incluindo o monitoramento, medição e registro das características e atividades que
podem ter um impacto significativo no ambiente;
Elementos-chave de um SGA baseado na norma ISO 14001:

5- Análise Crítica pela Administração

Análise crítica do SGA pela Administração para assegurar a contínua adequação e efetividade do sistema;

6- Melhoria Contínua

O conceito de melhoria contínua é um componente chave do sistema de gestão ambiental, pois através dele a
norma ISO 14001 pretende estimular a melhoria do desempenho. Este conceito completa o processo cíclico do PDCA
(Plan, DO, Check, Review – Planejamento, implementação, verificação, análise crítica e melhoria contínua).

CERTIFICADO ISO 14001 NO BRASIL

• Para a obtenção do certificado ISO 14001, uma empresa precisa, em primeiro lugar, ter consolidada uma
política ambiental apropriada às suas atividades, que expresse basicamente o comprometimento com a
melhoria contínua, com a prevenção dos impactos ambientais e com o atendimento à legislação. A norma
internacional ISO 14001 tem por objetivo prover as organizações de elementos de um sistema de gestão
ambiental eficaz, passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar
seus objetivos empresariais e ambientais

• A primeira empresa brasileira a receber foi a Bahia Sul Celulose, fábrica de papel localizada em Mucuri,
estado da Bahia, ela atingiu o nível de qualidade em gestão ambiental depois de investir R$ 1 bilhão em
treinamento de funcionários e programas ambientais.
• Outra empresa a receber o certificado ISO 14001 foi a Panamco Spal, maior fábrica de Coca-Cola na
América Latina, localizada em Jundiaí, São Paulo. É a primeira franquia do mundo da marca Coca-
Cola a receber o certificado. Investiu R$ 100 mil em treinamento de funcionários e passou a reciclar
80% dos seus resíduos (tampinhas, latas, garrafas plásticas, água e açúcar desperdiçados nas linhas de
produção).

• A DSM Elastômeros Brasil, localizada no Pólo Petroquímico de Triunfo, Rio Grande do Sul, única produtora de
borracha sintética EP (D) M da América Latina, teve o seu Sistema de Gerenciamento Ambiental certificado
com base na ISO 14001 em outubro de 1996. Durante a implantação da ISO, foram avaliadas 91 atividades e
807subatividades. Dentre elas foram identificados 988 aspectos ambientais com 1960 impactos examinados.
Alguns dos fatores que levaram a DSM a buscar a certificação ambiental foram o crescimento da consciência
ambiental cada vez mais restritiva; busca de um diferencial no mercado; minimização de riscos ambientais e
de custos; e vantagens competitivas.

• Outras empresas que receberam o certificado ISO 14001 foram: Vale do Rio Doce; Centrex S.A; Petroflex;
OPP Petroquímica e OPP Politilenos; Usiminas; Riocelle Klüber Lubrication.

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