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David Mourao-Ferreira Disciplina de Lingua Portuguesa 89, ‘Trabalho realizado por: Débora Coelho n26 Diana Santos 127 Ménica Basilio n® 17 Biogratiia David de Jesus Mouréio-Ferreira nasceu a 24 de Fevereiro de 1927 e morreu a 16 de Junho de 1996. Foi um escritor e poeta lisboeta licenciado em Filologia Romanica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951, onde mais tarde foi professor, tendo-se destacado como um dos grandes poetas contemporaneos do Século XX. ‘S40 famosos alguns dos poemas que compés para a voz de Amalia Rodrigues, ‘como Sombra, Maria Lisboa, Nome de Rua, Fado Peniche e sobretudo Barco Negro, entre outros. Mourao-Ferreira trabalhou para varios periédicos, dos quais se destacam a Seara Nova e 0 Diario Popular, para além de ter sido um dos fundadores da revista Tavola Redonda. Entre 1963 e 1973 foi secretario-geral da Sociedade Portuguesa de Autores. Apés 0 25 de Abril, foi director do jornal “A Capital’ e director-adjunto do “O Dia” Desempenhou no governo-geral o cargo de Secretario de Estado da Cultura. Assinou, em 1977, o despacho que criou a Companhia Nacional de Bailado. Foi autor de alguris programas de televisdo de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia’, para a RTP. Em 1981 & condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Em 1996 recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e recebe a Gra-Cruz da Ordem de Santiago da Espada Poemas Elegia do Cidme A tua morte, que me importa, ‘se 0 meu desejo nao morreu? ‘Sonho contigo, virgem morta, © assim consigo (mas que importa?) possuir em sonho quem morreu. ‘Sonho contigo em sobresselto, nao vas fugir-me, come outrora. E em cada encontro a que néo falto ainda me turbo e scbressalto tua minima demora Onde estiveste? Onde? Com quem? —Acordo, livido, em furor. Subito, sei: com mais ninguém, 6 meu amor! Com mais ninguém repartiras 0 teu amor. E se adormego novamente ‘vou, tdo feliz!, sem azedume —agradecerte, suavemente, @ tua morte que consente: tranquilidade ao meu citme. David Mouréo-Ferreira, in "Tempestade de Verso" Gostei muito deste poema porque me cativou e porque sou muito ciumenta. Ménica Ternura Desvio dos teus ombros 0 lengol, que 6 feito de temura amarrotada, da frescura que vern depois do sol, quando depois do sol ndo vem mais nada... Olho a roupa no chao: que tempestade! Ha restos de temura pelo meio, como vultos perdidos na cidade onde uma tempestade sobreveio... Comegas a vestir-te, lentamente, e 6 temura também que vou vestindo, para enfrentar [4 fora aquela gente que da nossa temura anda sorrindo... Mas ninguém sonha a pressa com que nés a despimos assim que estamos sos! David Mourdo-Ferreira, in "Infinito Pessoal” Gostei muito deste poema porque chamou-me & atencdo, porque é interessante. Débora E por vezes E por vezes as noites duram meses E por vezes os meses oceanos E por vezes os bracos que apertamos nunca mais so 0s mesmos E por vezes encontramos de nés em poucos meses © que a noite nos fez em muitos anos E por vezes fingimos que lembramos E por vezes lembramos que por vezes ao tomarmos o gosto aos oceanos 860 sarro das noites néo dos meses (4 no fundo dos copos encontramos E por vezes sorrimos ou choramos E por vezes por vezes ah por vezes num segundo se envolam tantos anos. Gostei muito do poema porque é muito giro e acho que faz sentido. Diana

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