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determinada, porém, alguns fatores imprevisíveis provocaram um resultado adverso para nossa equipe".
Isso não existe.
Uma entrevista pingue-pongue exige do repórter planejamento. Ele deve ter em mente, ou por escrito (de
preferência), um roteiro das perguntas que serão feitas. Esse roteiro vai mudar conforme as respostas.
O ideal é que a edição desse tipo de reportagem tenha intertítulos e forma e tamanho de corpo que
diferenciem as perguntas das respostas.
O exemplo mais clássico desse tipo de entrevista é o publicado nas páginas amarelas da revista Veja.
Pirâmide invertida - É o modo de se estruturar um texto de forma que a informação mais importante
seja colocada nas primeiras linhas, compondo assim o "lide". Nunca o texto pode, por exemplo, falar
sobre a vida de um escritor, suas preferências, seus prêmios etc e na última linha ser colocada uma
frase: "Ele morreu ontem". Tal observação parece ridícula, mas é muito comum nas redações.
Projeto - é o planejamento de uma nova publicação. Nele se definem as estratégias de publicidade,
viabilidade comercial e também os aspectos predominantes a serem abordados nos textos.
Quadro - Também é conhecido como "caixa". Trata-se de um recurso para enquadrar o texto entre fios.
Rafe - aportuguesamento da palavra inglesa rough. É o "boneco" de um projeto gráfico.
Rebuscado - significa um texto confuso. É muito comum os repórteres colocarem expressões
desnecessárias no texto, que tornar difícil sua compreensão.
Retranca - palavra que identifica um texto. "Samba" pode ser uma retranca que identifica um texto sobre
as escolas de samba. O ideal é que a retranca tenha uma só palavra.
Selo - recurso gráfico que marca uma reportagem uma série de reportagens. É muito comum seu uso
em série de reportagens. Normalmente é composto por uma pequena expressão e um desenho que se
repete. Por exemplo: "Crise no INSS" pode ser acompanhado de um desenho de uma maca. Todo texto
que se refira ao assunto é acompanhado desse selo.
Side - termo usado para designar um outro lado da reportagem. São assuntos paralelos que se publicam
nos sides. Um texto sobre um jogo de futebol pode trazer um side com o jogador que teve o melhor
desempenho na partida.
Standard - tamanho padrão dos jornais. Mede 54 x 33,5 cm. O único caso no Brasil de jornal que
conseguiu sucesso sem ser standard é o Zero Hora, de Porto Alegre, publicado em tamanho tablóide. O
tamanho tablóide é a metade do standard.
Stand by - Textos que podem ser publicados em qualquer época. Também são conhecidos como textos
de "gaveta". Um texto que mostre os planos da empresa IBM para o Brasil, por exemplo, pode ser
publicado em qualquer época (claro que sem exagero. Esse texto não pode ser publicado um ano depois
de ser escrito, mas pode muito bem ser publicado duas semanas depois de ter sido escrito).
Tamanho do texto - Os jornais cada vez estão mais informatizados e a edição é cada vez feita de um
modo mais rápido. Isso exige que o repórter já saiba o tamanho do texto que ele deverá produzir quando
sai para apurar as informações. Evidente que isso pode mudar. Porém, um texto sobre uma nova fábrica
de sabonetes em São Paulo dificilmente será a manchete do jornal e é bem provável que tenha no
máximo 30 linhas.
Texto final - é o que vai ser publicado. Com a extinção do cargo do copidesque nos jornais, todo
repórter deve ter um texto final. O que ele escreve é o que vai ser publicado.
Tipo - é o formato da letra. Os tipos se dividem em famílias. A família mais usada nos jornais é a Times.
Travessão - recurso ortográfico que não se usa mais nos textos jornalísticos no meio das frases.
Exemplo: "João Figueiredo - ex-presidente do Brasil - chegou ontem em ....". O travessão não deve ser
usado nunca como substituto da vírgula.
Viúva - letra ou palavra que sobra no final de texto depois que ele é impresso. Quanto menor a palavra,
pior é o aspecto da diagramação.
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