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Naquela tarde de setembro o tempo estava nublado quando senti uma dor
muito forte no peito, meu coração batia rapidamente, então vi a morte
chegando e caí, meus filhos vinheram ao meu socorro e me levaram para o
hospital, por sorte melhorei e rapidamente tive alta.
Ah como eu recordo da minha infância, as brincadeiras, as tardinhas lá
pelas 17 horas quando eu ia andar à cavalo, foram bons tempos aqueles,
quando comecei a trabalhar ajudando meus pais, não me arrependo disto.
Lá pelos anos de 1958 comecei a trabalhar socialmente no mercado, o
primeiro emprego foi em uma Serraria, depois numa Cerâmica e 20 anos de
guarda.
Sinto um grande alegria, mas ainda me lembro quando perdi a minha
esposa querida. Foi em uma tarde, estávamos em casa entre amigos, naquela
conversa, quando ela desmaiou, então eu desesperado pedi ajuda e levei-a ao
hospital, ela ficou lá duas semanas, ao sair ela estava maravihosamente bem,
quando de repente ela desmaiou, e aquele foi o último suspiro de sua vida,
mas como me dá uma raiva daquela doença que tirou ela de mim.
Tenho hoje uma pessoa maravilhosa, que me ajuda com esse sofrimento,
com ela me casei pela segunda vez e com ela ficarei para todo o sempre.
Sou um mestre no baralho, amo minha família mais do que tudo na minha
vida, meu apelido é Zézão, todos me chamam por ele, e eu gosto dele. Agora
moro no Alto Coeté, mas toda minha família mora em Rondonópolis, e eu
venho visitá-los de motocicleta, mesmo com a idade, que é 72 anos, e as
doenças.
Eu nasci em Araçuai, Minas Gerais, no dia 4 de maio de 1938, e essas
são minhas memórias, a história da minha vida.
Aluna: Ana Karulina Silva Santos - 2ª fase do 3º ciclo “A”
Memórias de Zanite
Numa bela manhã senti uma pontada no meu coração como se tivesse
acontecido alguma coisa que me deixaria triste. Mais tarde uma mulher bateu
na porta e minha irmã e todos a meu redor começaram a chorar, naquele
momento meu coração foi ficando cada vez mais apertado e minha irmã, que
estava triste, me disse, com carinho nas palavras, que nossa querida mamãe
tinha virado uma linda estrela no céu. Quando ouvi essas palavras não
aguentei a emoção, chorei e pensei em como seria a minha vida sem ela, já
que eu só tinha 10 anos. A saudade ficou dentro de mim, então meu pai me
abraçou bem forte, olhou no fundo dos meus olhos e falou apenas três palavras
“Eu te amo”, e aquelas palavras ficaram nos meus pensamentos. Minha irmã
disse que eu poderia morar com ela que eu seria bem feliz e que eu não
precisava ficar tão sozinha e tão sem alegria no coração.
Passado alguns anos me casei com um homem simpático que ajudava as
pessoas, tive três lindos filhos e pela primeira vez em toda minha vida fui muito
feliz.
No ano de 1989, perdi o meu marido e meu querido pai, duas pessoas
que eu amei. Minha saudade não teve tamanho, eu queria morrer, sem o meu
marido e meu pai parecia que minha vida tinha acabado, mas minha filha mais
velha veio falar comigo e disse “Minha querida mãe, eu preciso de você, por
favor fica comigo e com as minhas irmãs”, e foi com essas lindas palavras que
eu não desisti. Hoje todos os meus filhos se casaram e eu vivo feliz com meus
netos.
Aluno: Alex de Oliveira Lopes – 2ª fase do 3º ciclo “A’
Dias inesquecíveis
Com meus 51 anos tenho muitas coisas da minha vida para contar. Morei
com a minha mãe e minha irmã. Depois que minha mãe morreu, eu fiquei
morando com minha irmã, ela me tratava muito bem, aprendi muitas coisas
sobre a vida com ela.
Sempre morrei em Rondonópolis, uma cidade muito boa. Os meus pais
eram muito rígidos na nossa educação, fui muito bem educada por eles e pela
minha irmã mais velha.
As minhas brincadeiras preferidas na infância eram brincar de queimada,
pular corda e principalmente brincar de boneca. Minhas bonecas eram feitas de
milho ou de pano, minha mãe as fazia muito bem e com muito capricho.
Estudei até a 5ª série, pois não tive oportunidade de continuar a estudar.
No meu tempo existia a palmatória, que era feita de madeira e tinha um
formato de colher. Eu não apanhei, mas vi os outros alunos apanharem e
sentirem muita dor minha gente, eles choravam e gritavam com vontade de sair
correndo para nunca mais voltar.
Minha adolescência foi mais ou menos boa. Eu queria ser professora de
Lingua Portuguessa, mas esse sonho mas não virou realidade. Tive o primeiro
namorado com 17 anos, me casei com ele e hoje tenho três filhos, Leila
Regina, com 31 anos, Lidiane, com 30 anos, e Leonardo, com 29 anos.
Meu namoro foi muito bom, eu até beijava escondido da minha irmã,
lembro como se fosse hoje que o meu primeiro beijo foi muito divertido, nunca
vou esquecer.
Um momento marcante foi quando eu viajei com meu marido Lázaro para
Mirasol do Leste, eu com 24 anos e o Lázaro com 28. Outro evento marcante
foi a Exposul, um dia maravilhoso no qual todos por aqui ficaram muito felizes,
me lembro como se fosse hoje desse dia inesquesivel. Lembro também da
maior enchente que aconteceu aqui em Rondonópolis em 1980, a água chegou
perto da feira da Vila Aurora, foi um dia de muito sofrimento, ainda bem que já
passou, fico aliviada e peço a Deus para nunca mais acontecer isso aqui. Me
recordo também que antigamente quase não se ouvia falar de morte ou
violência, todo mundo vivia em paz e harmonia, e as festas eram maravilhosas,
nós dançávamos até o sol aparecer, todo mundo era contente, alegre e feliz
uns com os outros, era maravilhoso, não tenho nem palavras para falar como
eram bons os tempos na minha adolescência.
Com o passar do tempo meu marido morreu, eu tinha apenas 29 anos e
sofri muito, mas agora já estou recuperada e não sofro mais do jeito que sofria.
Minha mãe sempre dizia “Bola pra frente”, e é isso que eu faço.
Hoje tenho duas netas, a Luana e a Regina e um neto, o Luan. A minha
filha mais querida é a Lidiane, gosto de todos os filhos mas ela é a preferida.
Meu maior sonho hoje é ter um carro, não sei se vai virar realidade, mas
quem sabe um dia ainda vou ter um carro bem bonito. Não trabalho pois sou
pensionista. No momento não tenho marido e nem mamorado, mas quem sabe
daqui pra frente. Meu nome é Maria de Lurdes Sastas Oliveira e estas são
minhas memórias da vida.
Aluno: Ronison Rodrigues dos Santos - 2ª fase do 3º ciclo “A”