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TOMO HL YY TRANSFORMADORES ©0090000090090099909990099 ccoococea CO PROFS RAED PO COCeCOG oO oO oO a oO oO coco oC REEERENCTAS BIBLIOGRARICAS + Maquinas Blétricas Transformadores Autor: Irving L. Kosow - Bditota: Globo ‘ransformadores Autor: Alfonso Martignoni ~ tora: Globo + Transformadores Teoria ¢ Ensaios Autores: José Carlos de Oliveira Jotio Roberto Cogo José Policarpo G. de Abreu Editora: Edgard Blticher Ltda # Maquinas Elétricas Autor: A. B. Fitzgerald ~ Charles Kingsley Jr— Alexander Kusko Editora: Me Graw-Hill ‘« Transformadores Autor: Rubens Guedes Jordao - Editora: Edgard Bliicher Ltda + Fundamentos de Maquinas Blétricas Autor: Vincent Del Toro - Editora: LTC + Méquinas Elétricas Autor: Syed A. Nasar - Editora: Me Graw-Hill ‘+ Manual de Equipamentos Elétricos Autor: Joao Mamede Filho ~ Vol 2 ~ Editora; LTC CONTEUDO BASICO DA DISCIPLINA © Transformador monofisico © Autotransformador monofisico ‘* Transformador triftisico ‘Apostia de Transformador(revisto agosto Ue 2009) — Prof. RAED ~ Pigina I de 107 999939332 999905 >OODD9NNNSDO Oc oO Oo Oo TRANSFORMADOR MONOFASICO Definigaio ~ & um dispositive eletromagnético que acopla dois ou mais circuitos elétricos de iguais ou diferentes tensdes, sem haver conexto condutiva entre cles através de um circuito magnético condutor. © transformador tem como principal fungfo a transferéncia de poténcia, por indugao eletromagnética, transformando tensfo e corrente alternada entre dois ou mais circuitos sem mudanga de frequéncia. © transformador é constituido de dois ou mais enrolamentos ¢ de um nticleo que poderd scr 0 Proprio ar ou feito de ferro ou outro material. Existem na pratica dois tipos de citcuitos ‘magnéticos: os de niicleo envolvido e os de micleo envolvente, O niicleo envolvido possui a forma indicada a seguir para o transformador monofisico e trifisico. Neste tipo de niicleo os enrolamentos colocados sobre as colunas envolvem 0 respective circuit magnético sem serem envolvidos por este. H EI ay x" x' x ‘Apostia de Transformador (revisto agosto de 2009) ~ Prof: RAED — Pégins 2 de 107 Q niicleo envolvente adquire a forma indicada abaixo. Neste tipo de niicleo os enrolamentos envolvem o respective circuito magnético, ficando, porém, envolvidos por este, Os enrolamentos ficam quase totalmente cobertos pelo nucleo, de onde surgiu também o nome de encouracado. Hi is H. He aplicactes formador * Circuitos de poténcia (transformadores de forga usados nas redes de distribuigiio ¢ nas subestapiies); ‘* circuitos de controle ¢ protegdo (transformador de corrente - TC ¢ transformador de potencial - TP); + circuitos eletrénicos (transformador de acoplamento) para desempenhar fungdes de casador de impedancias, ou seja, transferir a méxima poténcia da fonte para a carga; + isolamento de circuitos. CCOCOCO00000090000000090999999999595¢ oO Prineipio de funcionamento do transformador Uma caracteristica do transformador & transferir energia elétrica de um enrolamento elétrico para outto. © seu funcionamento se baseia no principio da indugdo eletromagnética ¢ exige apenas a presenga de um fluxo alternado no tempo, concatenando todos os enrolamentos. Tal agao pode ser obtida de forma mais eficiente nos transformadores com o niicleo de ferro, porque a maior parte do fluxo est confinada a um caminho definido. A indugo cletromagnética serii mais intensa nos materiais ferromagnéticos, devido a permeabilidade magnética ter um valor muito maior que no nticleo de ar. Apostila de Trans ormador (revisto agosto de 2009) — Prof. RAED — Pigine 3 de 107 9O00909000900999595093¢C O000 »O Para entender o principio de funcionamento do transformador, é necessério analisar um transformador ideal, no qual sejam nulas as resisténcias clétricas dos enrolamentos, as perdas no ferro e as disperses magnéticas, Funcionamento a vazio Considerando um transformador com dois enrolamentos ¢ se for ligado a um destes onrolamentos uma fonte de tensio alternada no tempo de valor eficaz {V,), este enrolamento passa a ser denominado de primério (N,), © nele apareceré uma pequena corrente de regime, chamada de corrente de excitagGo (I,). Essa corrente produz um fluxo miituo alternado (®,,) no circuito magnético, concatenando com 0 enrolamento primario e com o outro enrolamento que é chamado de seoundario (V,). E caso 0 enrolamento secundario esteja funcionando em circuito aberto, ¢ definido que o transformador esté operando a vazio, Supondo nula a resisténcia éhmica, o enrolamento primario comporta-se como um circuilo puramente indutivo, Este absorverd, portanto, determinada corrente de magnetizago denominada de /,,, defasada de 90° em atraso com respeito a tensdo aplicada V,. Esta corrente produzira um fluxo ©, que na hipétese feita, fica totalmente canalizado no micleo. Este fluxo é evidentemente ‘um fluxo altemado que varia com a mesma fase da corrente 1, que o produz, Se ©,,, €0 valor maximo deste fluxo e @ =27 f (sua puisagdo) cle induz em cada espira que o abraga uma fem cujo valor é de O,,.,. Esta fem & defasada de 90" em atraso com respeito a0 fluxo. No enrolamento primério composto de N, espiras agrupadas em série, gera-se uma fern (ptiméria) que adquire o seu valor maximo igual a: Ey, =O. pee-N, Esta fem & representada no diagrama pelo vetor E, a 90° em atraso com reepeito ao vetor 4 que representa o fluxo, Analogamente o mesmo fluxo induz to outro enrolamento composto por N, cespiras, a fon secundéria cujo valor maximo seré: E,,, =. ,4,.N; Aposila de Transformador (revist0 agosto de 2008) -Prof. RAED — Pagina d de 107 yOD9D9909N909909N90C 99090 O00000 COCCOCOCOONCO™ Cc ececaece fCECC Esta fem é representada no diagrama pelo vetor E, a 90° em atraso com respeito a ® ¢, portanto, em fase com Ey. Mit-E: 90° Ej EQ Os valores eficazes das duas fem, primaria e secundéria, so dadas por: Duy Ny N20 f Opie v2 A4N, Sf De As duas fem, primétia e secundaria, esto entre si na relago direta dos nuimeros das espiras dos respectivos enrolamentos, Apostita de Transformador (cevisdo agosto de 2009) - Prof. RAED ~ Pégina $ de 107 ~ Dt 9999909939'99935 900 ececococcoa diagrama mostra que as fem induzidas nos dois enrolamentos resultam em opo com a tenso priméria, Portanto, a fem priméria £, reage sobre a tenséo aplicada ¥, como uma forga contraeletromotriz, (/eem). Supondo nula a resisténcia Ghmica e as disperses magnéticas, portanto, nula a queda de tensio correspondente, deverd resultar V, = £,. Esta condigio determina o valor do fluxo que deve produzir-se no nicleo. O fluxo no miicleo devert adquirir o valor maximo ®,., que fica determinado pela relagao: E, Gee 4A FN, Se ¢ fixada a tensio priméria M,,, 0 fluxo no micleo é completamente independente da forma ¢ da reluténcia do sistema, a qual interviré somente para determinar o valor da cottente de magnetizacdo [,, necesséria a produzi-lo. Se a relutéucia R do niicleo, correspondente ao valor maximo @,,, do fluxo, a corrente de magnetizacao J, deve alcangar um valor maximo /,_’ que fica determinado pela relagao: Nila, = RD gag No funcionamento em vazio do transformador a tensio V, aplicada ao enrolamento primério produz um fluxo que por sua vez gera no enrolamento primétio a fem E, igual e contritia tensio aplicada. Este fluxo ¢ produzido pela corrente magnetizante J, , defasada de 90° em attaso sobre a tensfo F,. Para se reduzir esta corrente ao menor valor possivel, é necessario que a relutncia do micleo seja a menor possivel. No transformador ideal, a fem priméria E, foi considerada igual a tensto aplicada V, Substituindo-se a fem secundaria £, pela tensio que se manifesta nos extremos do circuito secundério V, (com circuito aberto) pode-se escrever: Apostita de Transformador (evisto agosto de 2009) ~ Prof, RAED ~-Pigina 6 de 107 D9D9999905 €0 fluxo magnético, em weber (wb). B-» éa densidade magnética, em wb/m? ou tesla (Tt). A- €a dca da segiio reta do nitcleo, em m?. 4 ~ €0 Angulo entre a normal do plano © as linhas do campo magnético. a ote ‘Apostita de Transformador (revisdo agosto de 2005) Prof. RAED — Pigina 9 de 107 oO oO 0 ®, =0,,,-senot 0 a ®,, — 60 fluxo miituo instantaneo, em weber (wb); oO ©, > €0 fluxo métuo méximo, em weber (wb). oO oO o d®,, Oo 4 dt oO ° @, ~ ¢ forga contra-eletromotriz do primério ou fem induzida do primétio. 2 N, > €0 ntimero de espiras do enrotamento primatio. : Oo ae — €a taxa de variagio do fluxo miituo no tempo. ° oO . N, 4 (© pe, Sen t)= — Ny... COSTt = NT. (cost) 0 a 6, = NOW, sen (Gt-90°) = Epa, Sen (Gt-90°) Oo Oo @-> éavelocidade angular @=2-2-f Oo J — a frequéncia da fonte, em hertz (Hz) Oo Oo O Engg = Ny D* @ yay = N27 f Dy O oO Na operarao em regime permanente, 0 que interessa ¢ 0 valor eficaz da forga eletromotriz be induzida ¢, , valor esse dado por: O Oo Oo oO Portanto, os valores eficazes das forgas eletromottizes induzidas no primério e no secundatio, oO expressos em fungio do valor maximo do fluxo mituo, serao, respectivamente: a £,=4,44-N,-f-O,,, o O Ey =4A4.N Sf Daag oO Oo Ga 7 - -Agosilade Transformador (visto agosto de 2009) ~ Prot: RAED ~ Pigins 10 do 107 oe DOC 9999953959 O00 O00 oooo CECCCCCOECOCCTCOCOOCOCOCOCO0N As caracteristicas magnéticas do niicleo determinario a corrente de excitag#o. Esta corrente deverd se ajustar de forma a produzir uma fmm (forga magnetomotriz) necessiria para gerar 0 fluxo magnético requerido. Som = ND Ht Onde: Som ~9 & 4 forga magnetomotriz, em ampéres (A), N €0 ndmero de espiras. I~+ 6a intensidade da corrente elétrica, em ampéres (A). H ~ Eaintensidade do campo magnético, em A/m, £-4 €0 comprimento do circuito magnético, em metros, (mn). lb n W Ble Onde: > €aconstante magnética (permeabilidade magnética), em Tan/A.e B-» éa densidade magnética, em tesla (T) ou wb/m? H ~ 2 intensidade do campo magnético, em A/m fm = N-p =5£ B=2 “ Onde: © ~ 0 fluxo magnético, em weber (wb) A 62a area da segao reta do nucleo, em m? e fram = NT 8 x K+ 6 a rolutincia magnética, om A/wb fam = NT =R.® Apostita de Transformador (tevisto agosto de 2009) ~ Prof: RAED ~ Pigina 11 de 107 0999999990 o 0000009090 lolerere) C000" ccecececceccce c Quanto maior for a permeabilidade magnética, (42), menor sera a corrente de excitagaio necessiria para gerar 0 fluxo requerido. Em outras palavras, quanto menor a relutancia magnética do niicleo, menor, também, seré a corrente de exeitagdo necessiria para produzir a tensdo induzida nos enrolamentos do transformador. Esta condigio, menor relutancia do circuito magnético, contribui para redugao das perdas no niicleo (ferro) do transformador, Nel NT L weber = 10° linhas do fluxo magnético Os transformadores projetados para operarem a uma dada freqiiéncia, nd devergo operar com uma outra freqiiéncia, sem as correspondentes alteragies na tensto aplicada, de forma que 0 fluxo mituo maximo fique inalterado, et 444-N-f i ‘Transformador Ideal Se um transformador de dois enrotamentos, com .N, espiras no primétio © N, espiras no secundatio, tiver as propriedades descritas a seguir, seré chamado de éransformador ideal. * As resisténcias dos enrolamentos primérios ¢ secunditios sto despreziveis, nfo hiavendo, portanto, perdas no cobre; + 0 fluxo esta todo confinado no micleo © se interliga com os enrolamentos primicio secundério, no existindo, portanto, fluxo de dispersio. Desta forma, as reatancias de disperses de ambos os enrolamentos sio despreziveis; * nio ha perdas no micteo (histerese e corrente dé Foucault); * a permesbilidade do micleo é tao alta que uma corrente de excitagiio de valor desprecivel, & suficiente para produzir 0 fluxo requerido. Essas propriedades s&o hipotéticas e, portanto, ntio ocorrem nos transformadores reais: Apostila de Transfor sdor(rvisfo agosto de 2009) ~ Prof: RAED Paina {2 de 107 DDOD9DL 99099999 O0000000 OC00000 Cococoo oO coc ecececcecce Coeficiente de Acoplamento (K’) O coeficiente de acoplamento (K) entre duas bobinas é a relapfo entre o flux muituo ¢ 0 fuxo total. Onde: K ~+ 60 coeficiente de acoplamento; : ©, > €0 fluxo miituo, em weber (wb); HZ ©, > 60 fluxo disperso na bobina priméria, om weber (wb); ‘M ~ €a indutancia unitua, em henry (ED); L, ~ 62 indutincia do enrolamento primério, em henry (H); 1, ~> €a indutancia do enrotamento secundario, em henry (H). Se as duas bobinas estiverem frouxamente acopladas, como ne transformador de niicleo de ar, 0 cocficiente de acoplamento ¢ baixo ¢ nesse caso haverd uma reduzida transferéncia de poténcia do circuito primério para o secundario. Se todas as linthas de fluxo do primério acoplassem com todas as espiras do secundério, como no caso do transformador ideal, 0 cocficiente de acoplamento (K) teria um valor igual a 1 ou 100%, e neste caso: K @ MeJi-t, Corrente a vazio ou de excitacda (1) E a corrente de linha que surge quando em um dos enrolamentos do transformador sio ligadas a sua tensio nominal © freqtiéncia nominal, enquanto os terminais do outro enrolamento (Geoundétio) sem carga, apresentam a,tensfio nominal e a mesma fiequéncia primaria, A corrente de excitagio 6 varidvel conforme o projeto ¢ tamanho do transformador, atingindo valores percentuais mais altos quanto menor for a poténcia do mesmo. Apostila do Transformador(revisio agosto de 2009) — Prof: RAED ~ Pagina 13 de 107 9990390¢ ‘A fungdo da corrente em vazio & suprir as perdas a vazio (iicleo) e produzir 0 fluxo magnético oO mituo. A a 0 Considerando-se estes aspectos, esta corrente pode ser subdividida em duas parcelas, a saber: oO a) A corrente ativa ou de perdas, (f,,), responsavel pelas pordas no niicleo ¢, esti em fase com oO a tensio aplicada ao primério V,. oO Oo 3° ») A corrente magnetizante ou reativa, (J,,), 6 responsavél pela criagdo do fluxo magnético (©) °o eesté atrasada de 90° em relagio a %.” 5 oO Oo O grafico a seguir representa a corrente a vazio em relagfo & tenso aplicada no transformador, Oo onde: Oo Oo oO oO Oo le) oO oO Oo Oo oO Oo Oo Oo oO Oo Oo v De acordo com o grifico anterior, tem-se: Cs Io=ly-cosp oO 1, =Ty-seng uu VO oO oO OU Apostila de Transformador (ovisto agosto de 2009) ~ Prof, RAED - Pégina 14 de 107 oO »w A perda em vazio pode ser calculada por: Py Vly cos Onde 0 angulo gy €a defasagem entre V; © I, E de interesse prético que as perdas no niicleo sejam as menores possiveis. Para que tal ocorra, a corrente de excitagio (Z,) deve ser, em quase sua totalidade, utilizada para a magnelizagio do niicleo, ou soja: I, >>, Em transformadores bein projetados, é comum considerar que a corrente de excitagto seja igual a corrente de magnetizagio, pois [,, >> Ic. Assim o valor de p deverd ser o mais préximo possivel do angulo de 90° e nestas condigées, 0 fator de poténcia do transformador em vazio (cosg) é sempre muito baixo, cerca de 0,1. Forma de onda da corrente a vazio A corrente a vazio assume valor bastante baixo. E compreendido em geral entre 6% © 1% da corrente nominal do ciccuito primério, Dessa forma, a queda de tensio no priméio é pequena, ot seja: YW s8, Se a tensao aplicada ao primério (M;) possuir forma de onda senoidal, a tensio induzida no enrolamento primério (E,) também o seré. Por outro lado, considerando-se as expresses de E, € E;, tem-se que o fluxo possui a mesma forma de onda de £,, porém com defasagem de 90° elétricos. A tensio induzida no enrolamento secundario (£,) é: Ez, Apostle de Transformador (visto agosto de 2009) — Prof, RAED ~ Pigina 15 de {07 6 Da lei de Ampére e utilizando-se a expréssio da relutincia (8), observa-se que o fluxo magnético (@,) € senoidal, 0 mimero de espitas do primario (NV,) é constante, porém a relutincia varia devido aos diferentes estados de saturagao que ocorrem no niicleo, R-®, £ ge wa L Com tais consideragdes, conclui-se que a corrente a vazio, obrigatoriamente, no € senoidal, devido a corrente de magnetizagao (F,) néo o ser. Como conscquéncia do formato néo senoidal da comente a vazio, ha a produgdo de harménicos, principalmente os de terceira ordem. O processo grifico para obtengdo da forma de onda da corrente de magnetizagiio é mostrado na figura a seguir, 6 enpoeron\ (8) Para a construgdo da forma de onda, adota-se o seguinte procedimento: a) Para um determinado instante (t,), determina-se o valor de ®,, ) Para este valor de @,, (crescente ou decrescente); verifica-se na curva de histerese o valor de ©) Transporta-se para 0 dado f,, 0 valor de Z, correspondente e, assim, tem-se um ponto da curva dehy; 4) Repetir 0 proceso para outros pontos ¢ tragar a forma de onda da corrente. Apostila de Transformador (revisto agosto de 2008) - Prof, RAED ~ Pigina 16 de 107 Oo Oo. rrente transit6ria de magnetizacdo ou corrente de ene: acto (INRUS E o valor maximo da corrente de excitago (/,) no momento em que o transformador é conectado @ linha, ou seja, no instante que for energizado. Esta comente depende das caracteristicas construtivas do transformador. Esta corrente € maior quanto maior for x indugo usada no nécleo ¢ maior quanto menor for 0 transformador. O valor maximo varia em média de 4 & 20 vezes a corrente nominal. O fabricante deverd ser consultado para se saber o seu valor. Costuma-se admitir seu tempo de duraeo em tomno de 0,1 segundo, apés a qual a mesma jé desapareceu. ‘Um oscilograma tipico da corrente de magnetizagdo, incluindo o regime transitério, tora 0 aspecto itustrado nas figuras a seguir. fe, ee cane arnenpare ee eee cd By oid tas SE ‘Apostiln de Transformador(revsto agosto de 2009) - Prof: RAED — Pagina 17 de 107 YOD9D3DID99035902 DO99090 ° 2 5 eoceoe Relagdes do transformador ‘Transformador real operando a vazio, ~ Nao havendo carga, a corrente secundaria ¢ nula (J, = 0), logo a componente primétia de carga 7}, também, é nua + Attensfo aplicada %, faz aparecer um fluxo mituo altemado no tempo (#,.), produzindo E, (forea contra-eletromotriz priméria) © E, (forga eletromotriz induzida secundaria) com a polaridade instantinea conforme ®,,. ~ Uma pequcna corrente primria (,), conhecida como corrente de excitagao, deve circular mesmo quando o transformador estiver descartegado. Essa corrente de excitagdo (I,) & uma fungdo primariamente da relutancia do circuito magaético (3%) e do valor de pico do fluxo mtituo magnetizante (®, ), para um dado niimero de espiras primérias (.N,). - © fluxo magnético (,.), por sua vez, requer 90° pata produzir as tensdes induzidas Primaria ¢ secundéria, H, ¢ £,. Estas tensbes induzidas esto em fase uma com a outta, por Serem ambas produzidas por (@,,). De acordo com a lei de Lenz a tenséo induzide primdeia (E,) se opée a tensao aplicada no primétio (V;). vi ‘ranstormador ‘Transtormader ideal @ vezio com Rex, & vazio Apostila de Transformador (revisto agosto de 2009) —Prof: RAED — Pagina (8 de 107 90000% ooo ooo 5o CECCCCCCCCCOCOCSC c No caso do transformador ideal, pelo fato de no possuir resisténcia e reatancia no citcuito primério, nao ha queda ¢ por isso E, V,. No miicleo existe o fluxo @, que induz nos dois enrolamentos primério ¢ secundério as fem respectivas E? e E®, as quais constituem as fem a vazio do transformador. EP =4A4.N,.f.®, EL =444.N,f.@, No caso do transformador real, provido de resisténcia e induténcia, a cotrente priméria J, produz tuma queda de tensdo dhmica R,.Jo, em fase com J, © uma queda X,.t, defasada 4890" adiantamento com respeito a I,. Pode-se escrever: +R ly +X, ly Ou entio, , = Ty ~X Ig. Dessa equagio resulta claramente que em virtude das quedas de tensdo produzidas no enrolamonto primério, pela corrente I, a fem & menor do que a considerada no transformador ideal £?. Menor seré também o fluxo © necessivio a produzir esta fem e, por conseguinte, seré também menor a fem E, que se manifesta nos tertninais do enrolamento secundario, Esta fem continua sendo expressa pela relagio: ALM BE, MN, ‘Apostita do Transformader (revisit agosto de 2009) ~ Prof. RAED ~ Pigina 19 de 107 oO oO 0 Oo ce) Oo oO >CCC Sendo porém £, < resulta Ey < No funcionamento a vazio a corrente J, ¢ muito pequena o que permite desprezar as quedas Ghinicas e indutivas, podendo-se escrever: No diagrama anterior, observa-se que a corrente J, esté dofusada em atraso do angulo gy com respeito & tensio,V;. A formula P, =V,.f,.cos@, representa a potén ferro mais as perdas no cobre R, |, . é ia a vazio do transformador, isto ¢, as perdas no As perdas no cobre R,.J5, devidas @ corrente a vazio, so tio pequenas que podem ser praticamente desprezadas, e, por conseguinte, sendo consttuida unicamente plas pordas no foro, onsiderar a poténcia P, =V;.[,.cosy,, como \ © fator de poténcia cos g, chama-se fator de poténcia do transformador a vazio. ‘Transformador real operando com carga hlo+ty +h : “@ - » Supondo uma carga indutiva ligada aos terminais do secunditio do transformador ideal, uma corrente J, atrasada em relagdo a V, de um{ingulo @,. - Os ampéres-espiras secundarios (1M, +13) que reduz o fluxo mittuo (¢,,) ¢ as tensdes induzi Apostila de Transformador (revieio agosto de 2009) ftendem a produzir um fluxo desmagnetizante, las E, © E,, instantaneamente. Prof RAED ~Pigina 20 de 107 ce€Cccecccecececcece - Arredugio de £, produz uma componente priméria da corrente de carga (J',), que circula no primério, tal que N, -J',= NJ, ,restabelecendo ®,, em seu valor original. A corrente /', se atrasa om relagéo a components —E, de um angulo similar'a g,, enquauto I, se atrasa em relagio a E, de g,. Esta similaridade ¢ necessiria a fim de que os ampéres-espiras primérios restaurados (WV, -',) sejam iguais e opostos aos ampéres-espiras secundérios desmagnetizantes rh) + O efeito da componente priméria da comrente de carga ¢ mostrada a seguir, onde a corrente priméria f, 6a soma fasorial de J, ¢ J',. Transformador Bee ‘Transformador com Py eX & com Ri 5% iPe eX. vazio. com carga. - Acomposigo geométrica da corrente ; e da corrente J, fomece a corrente priméria 7, Esta corrente produz uma queda dhmica priméria R,.J, em fase com I, ¢ uma queda indutiva X,1y, defasada de 90° em adiantamento sobre /,. Estas duas quedas deduzidas da tensto priméria fornecem a,fem priméria £,, isto: E,=V,—R,.,—X,., Apostla de Transtormador (cevistio agosto de 2009) ~ Prof, RAED — Pagina 21 de 107 cco eco e¢cccce c ~ Esta fem £, & consideravelmente inferior a fem primétia E? que se manifesta com o transformador a vazio, isto porque, aumentando a corrente primétia, aumentam as quedas de tensdo e, portanto, diminui a fem que deve ser gerada. ~ Adiminuigao da fem E, traz como conseqiiéncia a diminuigao do fluxo ~ No funcionamento com carga, 0 fluxo no niicleo do transformador é levemente inferior 20 fluxo existente no mesmo quando 0 funcionamento é a vazio. > A diminuigao do fluxo traz uma diminuigao da fem E, gerada no secundério. Obsetva-se assim a interferéncia do circuito primério no funcionamento do citcuito secunditio do transformedor. ~ Accorrente 7, ao atravessar 0 enrolamento secundério provoca as quedas de tensdo Ry-[, © Xj.1,, respectivamente em fase e defesada de 90° em adiantamento com respeito a I,. Em vista destas quedas de tenstio, a tensio V, disponivel nos terminais do cnrolamento secunditio resulta: y= By Ry I, ~X,.f, - A composigiio das quedas R,.J, € X;.l, fornece a queda de tensio total primétia An= yl onde Z, =9[R? +X} + Analogamente a composigtio das quedas R,.l, ¢ X,.I, fornece a queda de tensio total secundaria: AV, =Z,.J, onde Z, = \R; +X} = O Angulo de fase do circuito primério ndo ¢ exatamente 0 mesmo do circuito secund: Para uma carga em-atraso, o fator de poténcia visto pelo primério (cosg,) ¢ menor que o da carga (cos@,), porque 9, > @, - Observa-se ainda que para cargas normais onde a corrente | é muito elevada em relagio Jy acorrente I, = J; 00 fator de poténcia primério ¢ aproximadamente igual ao do secundétio, EL os ~ Finalmente, outro fato importante a ser observado 6 que a relaglo =" coincide sempre zy com a relagdo das espiras &, chamando-se esta iltima de relago de transformagio a vazio. A relagao a ¢ levemente diferente da anterior, sendo chamada de relagao de transformagio com carga. Apostila de Transformador (revisto agosto de 2009) - Prof. RAED ~Pagius 22 de 107 aS Impedancia refletida, transformagio de impedancia ‘Transformador operando com carga % i Z, ° Qualquer alteragao na impedincia de carga (Z,) ¢ na corrente do secunditio (/,) reflete-se como alteragio na corrente priméria (J',) ©, algumas vezes, ¢ conveniente simplificar 0 ‘cansformador represontando-o por um tinico circuito equivalente. Isto implica cm rofl impedancia secundaria (Z, ) a0 primétio. Impedincia refletida do secundério para o priméri .Orzl|_* Apostils de Transformador (evisto agosto de 2009) — Prof, RAED ~ Pagina 23 de 107 DO005 a0000000 lolekererererere COCO0CCCO ce CCCCCce Cac ‘Transformador de Acoplamento © ttansformador de acoplamento ¢ utilizado para realizar o casamento de impedncia, Quando a ‘mpedincia intema da fonte € casade (igual) a impedéncia da carga, a maxima poténcia é ‘ansferida da fonte para a carga. Quando a impedincia da carga é maior ou menor do que a impedéncia da fonte, a poténcia na carga decresce. Ainda que a impediacia inclua resisténcia ¢ reatincia, somente a resisténcia é usada na discussio que se segue. Para entender a necessidade do casamento de impedncias, é necessério rever 0 significado do tcorema da transferéncia méxima de poténcia, Esta teoria pode ser explicada, inicialmente, de uma maneita simples através de um citcuito de corrente continua. A transferéncia maxima de poténcia da fonte para a carga ocorre quando a resisténcia interna da fonte (R,) € igual a resistencia da carga (R, ). Exemplo; Determine a transferéncia méxima de poténcia de uma bateria de 10 volts, que tem ‘uma resisténcia interna (.R,) igual a 5®, para um resistor de carga Ry. ‘Apostte de Transformador (visto agosto de 2009) ~ Prof: RAED ~ Pégina 24 de 107 0090 DOC 9999399953 oOo a0000¢ eoo000acN0 CCOO RQ) R,() 1(A)= Eek Pr, W=R oP 3 T 166 76 5 2 143 4,09 5 3 1,25 4,69 5 4 Til 493 3 3 1,00 3,00 a 6 0,91 4,97 3 3 077 a 3 io oe 4 Em cotrente alternada ¢ transferida uma quantidade maxima de poténcia de um circuito para outro, quando as impedéncias dos dois circuitos tiverem os mesmos valotes ou quando estiverem “casadas”. : Se Z, (impedancia intera da fonte) for diferente de Z, (impedancia da carga), deve ser usado ua transformador de acoplamento para “casar” ag duas impedncias. A razdo de espiras estabelece a relagdo correta entre a razéo das impedincias dos entolamentos do primério e do secundério. Esta razio 6 expressa através da equasiio. Z, Z(My Z, M, Exemplo: Uma fonte CA com impedancia interna de'100Q. alimenta wma carga com impedancia de 250. Determine a relagdo de espiras de um transformador de acoplamento, que deve ser instalado entre a fonte e a carga para casar as impedancias. Mf. fi Vz, V25 Ny, ‘Apostila de Transtormador (teviso agosto de 2008) ~Prof. RAED ~ Pagina 25 de 107 > Oo Oo o000 Oo oo cecccceccccoecoocea cece ~ Circuito sem o transformador de acoplamento. Z-100q No exemplo anterior a relagdo de transformagao (0) a ser escolhida sera igual a 2 (dois): A fonte de corrente alternada operaré com uma impedincia de 1002 ¢ a carga iré operar com uma impedincia referida 4 fonte igual a 100. Nesse caso, as impedincias estarto casadas e sera obtida a transferéncia méxima de poténcia, O casamento de impedancia ¢ uma aplicagzo importante dos transformadores de acoplamento em circuitos de eletricidade e etetrénica, = Circuito com o transformador de acoplamento 24 21100 25-25. v | : = No caso do transformador real, existem as perdas no cobre e no ferro (nttcleo). ‘Transformador Real Perdias no cobre_(R-J7): As perdas no cobre so devidas as resistéacias dos enrolamentos primétios ¢ secundétios e serdo apresentadas posteriormente, Perdas_no ferro (P,,): As perdas no ferro sio devidas a histerese e as correntes parasitas (correntes de Foucault). A histerese esta relacionada com o tipo de material da lamina que ¢ ulilizade para formar 0 micleo, As correntes parasitas estio relacionadas com 0 processo de montagem do niicleo © da ‘espossura de suas laminas. Apostla de Transformador (revisto agosto de 2009) ~ Prof RAED — Pagina 26 de 107 00099093 90 oo0000 Onde: Py ~> sio perdas por histerese. P, ~ sio perdas por Foucault. A determinagao prética das perdas por histerese (P,) ¢ feita a partir de: Py = Ky: By f [Wikg de nicleo} Onde: K, + 60 coeficiente de Steinmetz, que depende do tipo de material usado no néicleo; B,, > €a indugao maxima no niicleo, em wb/m’ ou tesla (T); Jf > €a frequéncia, em hertz (Hz). A tabela a seguir mostra a influéncia da escolha do material do, micleo nas perdas por histerese. MATERIAL Ky Ferro doce T2350 Ago doce 2,70 ‘Ago doce para méquinas 10,00 Ago fundido 15,00 Fundigio 17,00 Ago doce 2% silfeio 1,50 Ago doce 3% silicio 1,25 Ago doce 4% silicio 1,00 Laminagio doce 3,10 Laminagao delgada 3,80 Laminagiio ordindria 4,20 O aparecimento das correntes de Foucault ¢ explicado pela Lei de Faraday, a qual para este caso seria interpretada como "estando o nticleo sujeito a um fluxo altenado, onde serdo induzidas fem". Considerando um circuito elétrico formade no proprio nucleo, sero estabelecidas correntes obedecendo a sentidos, tais como mostra a figura a seguir. ‘Apostila de Transformador (revsio agosto de 2009) — Prof, RAED — Pégina 27 de 107 U cececcc, Para reduzir as perdas por correntes de Foucault, 0 niicleo deve ser constituido de laminas, ou finas chapas com uma finissima camada de isolamento entre as mesmas. As laminas sto orientadas paralclamente a diregdo do fhixo, conforme figura a seguir. A perda por cotrentes de Foucault ¢ aproximadamente proporcional ao quadrado da espessura de laminagao, a qual varia de 0,5 a 5 mm em quase todas as maquinas elétricas. Laminando-se um niicleo, aumenta-se 0 volume. A razio do volume realmente ocupado pelo material magnético para o volume total do niicleo € conhecida como fator de laminagdo, também conhecido por fator de empilhamento. Po et Niiglio Nieieo (2) Nio-taminado (6) Laminado © produto da resisténcia do circuito correspondente, pelo quadrado da corrente, significa um ‘consumo de poténci As perdas devido a0 efeito das cotrentes parasitas podem ser calculadas pela equacao a seguir. “SL? By? sd? 107 (Wikg] Onde: f > €a frequéncia, em hertz: (Hz); 8B, —> 6a indugéo maxima no nticleo, em wb/m’ ou tesla (T); d > éa espessura da lamina, em milimetros (mm) ‘Apostila de Transformador (evisto agosto de 2009) ~ Prof, RAED ~ Pigins 28 de 107 Geralmente 0 micleo de ago dos transformadores laminado para reduzir a indugo de corventes parasitas (corrénte de Foucault) no préprio niicleo, jé que essas correntes contribuem para 0 surgimento de perdas por aquecimento devido ao efeito Joule. Em geral se utiliza aco-silicio com 0 intuito de se aumentar a resistividade ¢ diminuir ainda mais essas correntes parasitas. Circuitos de transformadores res ‘Um transformador real, de miicleo de ferro, carregado & representado abaixo. Embora hermeticamente acopladg pelo micleo de ferro, uma pequena porgio de fluxo disperso é produzida nos enrolamentos primério ¢ secundério, ®, e ©, respectivamente, além do fluxo mituo, ®,,. lott O fluxo disperso primério, @,, produz uma reatincia indutiva priméria, X,. O fluxo disperso secundério, .®,, produz uma reaténcia indutiva secundéria, %,. Além disso, os enrolamentos primario e secundério siio constituidos de condutores de cobre, que tém certa resisténcia. A resisténcia intema do enrolamento primirio é R, e a do secundério 6 R,. As resisténcias ¢ reatincias de disperses dos enrolamentos do primario ¢ secundério, respectivamente, produzem quedas de tenstes no interior do transformador, como resultado das correntes priméria secundéria. Embora estas quedas de tensGes sejam internas, ¢ conveniente representé-las externamente como pardmetros puros em série com um transformador ideal, mostrado na figura “B”. O transformador ideal mostrado na figura “A”, é imaginado sem quedas intemas nas resisténcias ¢ reatancias de dispersdes de seus enrolamentos. A dispersdo foi incluida na queda de tensto priméria (Z, - /,) ena queda de tensio secundaria (Z, - /,). Uma vez que estas sio quedas ‘de tensdes indutivas, a impedancia interna priméria (Z,) ¢ a secundaria (Z,) do transformador é: Z,=R,+5X, Z,=R,+jXy Apostita de Transformador (revisto agosto de 2009) ~ Prof, RAED ~ Plgina 29 de 107 oO O° oO oO oO oO oO O CO} oO oO Oo Oo ‘0 Oo ° O O° OQ O° oO Oo oO O eccce ecc cece Para representar as perdas no ferro (P,,)) introduz-se no ramo magnetizante um resistor de perdas magnéticas (R-), que sendo percorrido por uma corrente denominada de perdas ativas do ferro Le, dissipa a perda no ferro. Onde: Pp, = Re +12. eh Figura “A” - Transformador ideal cy ni Quando os efeitos das resisténcias dos enrolamentos, das realancias de dispersées e de magnetizagao, e, finalmente das perdas do micleo sio incluidos, 0 circuit da figura “A” é modificado para aquele da figura “B” abeixo, onde o primétio e 0 secunditio esto acoplados por um transformador ideal. © ciréuito equivalente de um transformador real com uma carga Z, ¢ mostrado a seguir: Figura A Figura “B” - Transformador real Onde: ¥, > éa tensto terminal priméria; ¥, — €a tensGo terminal secundaria; @ éarelagio de transformagao; £, > 6a forga contra-eletromotriz do primétio ou fem induzida do prima Ey ~ 62 fom induzida do secundério; 1, > €acorrente prieaéria; 4, + €a corrente secundaria ou corrente de carga; 1; ~» &acomponente primaria da corrente de carga; I, > €acorrente de excitagao; R, ~ Earesisténcia do enrolamento primétio; Apostila de Transformador (revisto agosto de 2009) —Prof. RAED ~ Pagina 30 de 107 € O € y ooo Ry — 6 aresisténcia do enrolamento secundério; X, ~+ 6 a reatincia de dispersio do enrolamento primério; X, > éa reatincia de dispersio do enrolamento secundétios I, ¢ X,, —> 6a corrente ¢ reatincia de magnetizagto: Te © Re > € a corrente e resisténcia para representar © pardmetro equivalente as perdas de poténcia no ferro do micleo do transformador (perdas por histerese ¢ correntes parasitas); Z, > 6a impedancia da carga. Usando as relagdes anteriores, o transformador real da figura “B” e todo circuito equivalente, pode ser referido ou para o primério ou para o secundétio. Relagfo de transformacio ircuitos equivalen uin transformador real de poténcie, com uma carga Z, H=(R 45%) 1+, E,=(R+JX,)-L +h, ¥i=(R+jX)- 4 +0-B, Ka(R +i) h t0-(Ry + jXy)- Lh ta-V, Via (R + iM) ta? (Ry + jXg) 40-2, 1, ¥=(R +X, Ly +02 -(R, + jX,)- 1 +0?-Z, +1) Apostla de Transformador (revsdo agosto 6e 2008) ~ Prof. RAED — Pigina 31 de 107 oO o oO oO in Diagrama fasorial referido para o primario Cage nite oO a oO Oo oO Oo Oo oO 9 oO 2) Circuito equivalente referido ao secundério S HR + Kh +k, Oo E, =(R, + jX,)-I, +¥, 1 =H ~(R, + 3%): (Ra + AG), Oo Oo Oo Oo o oO oO Apostila de Transformacor (revisto agosto de 2009) -Prof: RAED — Pagina 32 de 107 Circuito equivalente aproximado referido a0 ito equivalente aproximado referido a0 secundério ircuito equivalente simplificado referido ao primério ircuito equivalente simplificado referido ao secundério Rez -Xez E ally, Ry=Rter-R, => éaresistencia equivalente dos enrolamentos primério © secundério, referida a0 primério; Xa=X,+02-X, => — 6areatincia equivatente dos enrolamentos primério ¢ secundério, referida ao primério; ‘Apostila de Transformador (revisit agosto de 2009) — Prof, RAED ~Pigins 33 de 107 »CCO oO r,CCCCCEa exexe: CHG EG Gi 2, =Ry+iX, => 6a impedincia equivalente dos enrolamentos primério ¢ secundério, referida a0 primério, Ra R eyed : atk => éaresisténcia equivalente dos enrolamentos primério e secund referida ao secundério; x, ; saree aa ; Xa=+X, = — Eareatncia equivalente dos enrolamentos primério e secunditio, @ referida ao secundario; Zq=Ra+jXq => — &a impedincia equivalente dos enrolamentos primétio ¢ secundario, referida ao secundério, CAlculo da corrente primaria (J,) y, A ifeareaeees seas geen i 2g #02, (Ry Kalra (R, £7) (Ry tar R,)t X, a-X,) Onde: : a2, =a? (Ry + jX,) O sinal (+) sera aplicado quando a carga for indutiva, O sinal (-) seré aplicado quando a carga for capacitiva. ‘Regulacio de Tensio A regulacio de tenso de uma maquina mede a variagZo de tensfio em seus terminais'devido a passagem de regime a vazio para o regime em carga. Para 0 caso especifico de transformadores, a rogulagio mede @ variago de tensio nos termineis do scoundério quando a este se concula uur carga. Cou o Gausforador a vaziv uv seoudaiv, tem-se a tensio E,, que passa para um valor V, ao se ligar uma carga, Se a regulago € boa, esta vatiago sera pequena e vice-versa, Apostita de Transformador(revisto agosto de 2009) ~ Prof RAED ~ Pagina 34 de 107 (Y sittas pustevy © uaduy pate Lut gis Lutte Ate we pes sinal negativo é usado para carga com fator de poténcia adiantado. Diagramas fasoriais Referido ao primério Carga com fator de poténcia unitdrio (p, = 0°) Y Ty a¥, Reh De Carga com fator de poténcia atrasado (0° < 9, <90°) Apostits de Transformador (ovisto agosto de 2009) ~ Prof. RAED ~Pigina 35 de {07 TL) ORE) 239 ceccecoco P= W-@ Carga com fator de poténcia adiantado (-90° <9, < 0°) wn x, wv Xeqhy en A av Foy [eeliestestaideyth mn tet reemn ) Referido ao secundario dae EEE EEE eee eet Rez -Xez E 2[]¥ Carga com fator de poténcia unitério (p, = 0°) ey |Pee Ig Vy Real2 Carga com fator de poténcia atrasado (0° < 9, <90°) ‘Apostila de Transformador (toviedo agosto de 2009) - Prof. RAED ~ Pagina 36 de 107 9999999999999" Oo Oc00c00og00009 oo coo cecececccoccce cc “el anig = MR Que bit GBRa TRARALHO Carga com fator de poténcia adiantado (-90° <9, <0") Céleulo do rendimento percentual do transformador Onde: P, > éapoténcia de saida; P, > &apoténcia de entrada; P, > so as perdas totais. [As perdas totais sto equivalentes a soma das perdas no cobre eno ferro do transformador. Perdas no cobre > Po, = Ry 12 + Ry Ti Perdas no ferro > Pr, = Re IE Pe 99 2 — Po F-208% 100 1% MOM BP, Vary 0089, + Pret Poy aqtpps 0% wzQ _xho_ fle +t 1, _Aposite de Transforrnaor(evisko agosto de 2008) ~ Prof. RAED — Pigina 37 de 107 COCOCCCCOOOCC0C0CN0N rn ° CCCCCCCCOS Procedimento para realizagao do ensaio: 1 - Os terminais secundérios, X1 — Xz, stio curto-circuitados, 2 ~ Lenta e cuidadosamente, aumenta-se a tensdo aplicada usando um autotransformador ajustado, até que a corrente nominal priméria seja lida no amperimetro. A corrente nominal priméria é determinada a partir da capacidade nominal do transformador em VA, dividida pela tensfio nominal do enrotamento de entrada, 3—Lé-se a poténcia de curto-circuito, Pac, a tensio de curto-circuito Vg, ¢ a corrente priméia de curto-circuito, Lge =, (nominal), 4~Caloula-se Ze, pela relagao das leituras do voltimetro ¢ do amperimetro, Jeg “> €2 leitura do amperimetro; Veg > 6a leitura do voltimetro; Poq “> 6a leitura do wattimetto. Se 0 secundario de baixa tensdo (enrolamento de tensio inferior) de um transformador é curts- circuitado, ambos, V, (a tensio terminal secundaria) e Z, (a impedancia de carga secundiria), fo zero. O citcuito equivalente é mostrado a seguir, com o secundario curto-circuitado, Nestas condigdes apenas as resisténcias ¢ reaténcias primérias e sécundérias esto carregando. Consegtientemente, a corrente Ig, drenada de Vo, & determinada apenas pola impedancia equivalente intema, Ze, Apostila de Transformador (revisa agesto de 2009) - Prof, RAED ~ Pagina 38 de 107 9909999999935 30329358 O000 oO }00 O00 © wattimetro mede essencialmente as perdas no cobre, ou seja, a poténcia correspondente as perdas nas resisténcias dos enrolamentos primério e secundatio, referidas .para 0 lado do enrolamento de tensao superior, As perdas do micleo do transformador neste ensaio so despreziveis, devido a tensto aplicada ser apenas uma pequena frado da tenstio nominal do lado do enrolamento de tens superior. Embora qualquer lado possa ser curto-circuitado, é usual curto-circuitar o lado de tens&o inferior, porque o seu enrolamento tem uma tenséo nominal menor e uma corrente nominal maior. wH OR, Ro @X2 x, A pp ow i v ve 2B ref | = Hy RX, op @X,- Rey Xe, | = Ae Veo Hy cleo Veo B, Re, =R, +a7-R, > Re, =< Tee F Yoo , = Re, + jXe, > Ze, = ce Xe, =X, +02-X, > Xe, = Ze} Re? ‘Apostiia de Transtormador (revisto agosta de 2009) Prof: RAED —Péqina 39 de 107 999009999990955.- 200 O00 wi CCECCCCOCCOOCOH! Ensaio a vazio ou de citcuito aberto x, Ha Procedimento para realizago do ensaio: 1 —Leva-se 0 autottansformador ajustével, desde zero até a tensio nominal, para o enrolamento em que esté ligado o voltimetro. 2 - Lé-se a poténcia de circuito aberto, P,, a tenstio nominal do Iado de tensdo inferior, ¥,, 6a corrente de excitagdo referida para o lado de tensio inferior, J,,, nos instrumentos. 4~Calculam-se as perdas no nitcleo a partir de Py, = Py ~Rpr +12, onde Ryy & 2 tesisiéncia do enrolamento onde foi aplicada a tensdo nominal, que nesse caso é 0 de tensio inferior. P, > €a leitura do wattimetro; : ¥, > €a leitura do voltimetro; Inj > 6a leitura do amperimetro. Executar 0 ensaio a vazio, para determinar as perdas do nticleo, através do enrolamento de tens¥o inferior, é usual ¢ mais seguro. A principal razio para realizado do ensaio a vazio € a medigo das perdas do niicleo A tensio Como 0 transformador esta a vazio, a corrente priméria é relativamente pequena, bem como a resisténcia do enrolamento de tensio inferior no qual o ensaio esta sendo realizado. Na maioria dos casos, assim, é usual tomar-se a leitura do wattimetro como o valor das perdas no niicleo, sem subtrair as pequenas perdas no cobre produzidas pela corrente de excilagao, Circuito equivelente aproximado do transformador, referido para o lado de tensio inferior. ‘Apostila de Transformador (evisdo agosto de 2009) - Prof. RAED ~ Pigina 40 de 107 OfOpOEa te 9000000009999909 Oo oO ccc y VU X co Circuito equivalente do ensaio a vazio. | faa Vo Re Konia As correntes a vazio do lado do enrolamento de tensilo inferior S40: Igy Tey ng A poténcia medida no ensaio (F,) é igual a perdas no ferro do transformador (P,,). x - BR FR = = = 3 —* ae rence) n Raat na = las Tes 2 x “A Rosa? Rey Ky HOP Xyg valor de ct utilizado seré como abaixador. Onde, R, e X,, esto roferidos para o lado tensio » superior. Apostita do Transformador (visto agosto de 2009) ~ Prof: RAED — Pigina $1 do 107 990009999090 9903C CoOOoCcoo00000cs oo CCooccco occ Justificativa da realizacto dos ensaios a vazio o-cireuit Além da regulagio de tensio, é possivel que sejam usados os dados do ensaio de curto-circuito ¢ © ensaio a vazio para prever o rendimento do transformador. Os ensaios empregam técnicas convencionais, em vez do carregamento direto. A vantagem das técnicas convencionais é a utilizagao de pouca poténcia para o teste, uma vez que usualmente nfo se dispéem de cargas grandes para testar transformadores de elevadas poténcias. Ponto de operacio de rendimento méximo Conforme ja mostrada, a equago abaixo é o rendimento do transformador, onde © numerador representa a poténcia vitil transferida do primério para o secundério, As perdas que ocorrem durante esta transferéncia siio de dois tipos: 1) Perdas fixas, as perdas no miicleo (ferro). 2) Perdas varidveis, as equivalentes perdas no cobre ref ¥, I, “cos, = tr 8% gg V,-1, +008 Q; + Pp, + Po, Ph, = Re 12. > Perdas fixas Pe, = Re, I} — Perdas varidveis A poténcia itil de saida ¢ as perdas equivalentes no cobre séo ambas eni fungéo da corrente secundaria, [,. 0 rendimento maximo ocorte quando as perdas fixas e varidveis so iguais, ou soja: Pog = Pre = Rey Tp Onde a perda do ferro é uma perda fixa, determitada a partir do ensaio a vazio. © valor da corrente secundaria, para o qual ocorre o rendimento maximo pode ser calculado da seguinte forma: : 1, = [fe R, ea Apostila de Transformador(revsto agosto do 2009) ~ Prof RAED ~ Pégine 42 de 107 Ore) 0: 99999999 C0000 O000¢" cecececec]e Oo o .endiment ins forma: indo o fator de ia da carga Sob cargas relativamente leves, us perdas fixas so clevadas em relago a saida, ¢ 0 rendimento é baixo. Com o transformador operando com sobrecarga, as perdas variiveis sfo clevadas em relagdo a salda ¢ 0 rendimento é novamente baixo. O rendimento miiximo, evidentomente, ocorre um valor de carga para 0 qual as perdas fixas (perdas no micleo) igualam as perdas vatidveis (perdas no cobre). A curva do rendimento, portanto, cleva-se desde zero (com saida zero, a vazio) até um méximo 3, aproximadamente, metade da carga nominal, ¢ cai novamente para cargas pesadas (acima da nominal), 100 - Rendimento% 8 02 of 96 os 0 12 Fragio da carga nominal Rendimento didrio Além de permitir 0 célculo da regulagao e do rendimento, os ensaios a vazio ¢ de curto-circuito fornecem dados iteis pare o céleulo do rendimento didrio de tcansformadores de transmissiio ¢ de distribuigdo, que & expresso por: : ; 7 (lot W+W, +0, +..4W, 14%=Rendimento diério = Your lolal) __W+W,+ Wy ++, . Wry (total) — Woyy (total) + W yor, (total) Onde: WY, +1, +1; +..+W, so as enorgias recebidas do transformador pelas diferentes cargas ligailas durante © periodo de 24 horas. A Wyong, (fotal) & a soma das enorgias pordidas, das das perdas do niicleo (fixas) ¢ no cobre (varidveis), para o periodo de 24 horas. Apostila de Transformador (ovisto agosto de 2009) - Prof. RAED ~ Pigina 43 de 107 oD C0O ecccecno POC Cre CGC Cee Cc CiOl oo Com a montagem do ensaio em curto-circuito, os instrumentos empregados permitem a obtencio de: Feo, @ poténcia fomecida ao transformador em curto; Vac, a tenstio de'curto-circuito medida no enrolamento de TS (tensio superior); ¢ J, e f,,, as correntes nominais nos dois enrolamentos, primério e secundério, respectivamente. Para 0 ensaio de curto-circuito sio vélidos os circuitos equivalentes representados abaixo, Verifica-se deste modo que o transformador, como elemento de um circuito, se comporta exatamente como“uma impedancia (Ze,) constituida pela associagao série de uma resisténcia (Re,) © de uma reatincia (Xe,). Reg Xea Zea 1 8, Vee, lagtlee vee, lanttec e a H I Como a poténcia ativa neste ensaio (P,.) corresponde a aproximadamente a poténcia dissipada em’ R, © Ry, ¢, sendo Re, uma resisténcia que representa a resisténcia equivalente dos dois enrolamentos, mas referida para o secundétio. P. Re, = Ee wM Caso interesse a resisténcia equivalente dos dois enrolamentos, referida ao primétio, basta substituir na expresso (1) Jy, por 1,,. Para evitar dependéncia com o lado de referéneia, procura-se representar tais resisténcias por um elemento que independa do lado a que séo referidas, Assim sendo, define-se um novo parametro: Q) ‘in A resisténcia percentual, 2%, que, embora adimensional, continua possuindo uma conecituagio de resisténcta, com a vantagem de aprescntar 0 mesmo valor, quer quando calculada para 0 primério, quer quando para o secundério do transformador; Apestila de Transformador (tevisto agosto de 2009) ~ Prof. RAED ~ Pagina 44 de 107 c) O° Oo oO oO oO QO oO oO oO oO oO Oo oO Oo oO Oo O Oo Oo Oo Oo Oo Oo a oO G oO U @cccce ¥,, €V,, so as tensdes nominais do primdrio ¢ secunditio, respectivamente; € 1), © 4,» 8 cortentes nominais do primério ¢ secundario. Substituindo a equagdo (1) na expressio de R %: @) Como o produto 74, J, é igual a poténcia nominal do transformador (Sy); P. R%=—L.100 4) Sy @ O inddulo da impedancia equivalente referida ao secundério (Ze,) pode ser calcutado como: Pee, at, Ze, 6) Que pelo mesmo motivo anterior deve ser, de preferéncia, exprossa em termos de seu valor percentual, que & definido por: (6) Substituindo Ze, pela expresstio (5): Vee, -I, 2% = ae 199 HL. 199 oO LV, By ah, Lembrando que o produto o-¥;, éiguala V,,: Vee, Z% = —1. 8) Z% v,, 100 @) Considerando a associagao série: X%=o(Z%YP —(R%)* @ ‘Apostila de Transformacdr (viedo agosto de 2009) ~ Prof. RAED —PAgine 48 de 107

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