24 _ ESTAGAO DE TREINAMENTO PRATICO | @ Avaliacdo e Atendimento Iniciais
a
> Treinamento Pratico I-A: Avaliacao Primaria e Reanimacao
Oaluno deve: (1) mencionar os preparativos necessarios
para facilitar a progresséo rapida das medidas de
avaliagdo e de reanimacao do doente; (2) indicar a
necessidade de vestir roupas apropriadas para protecao
pessoal e do doente contra doencas transmissiveis, €
(3) indicar a necessidade de despir completamente 0
doente, mas tomando as medidas cabiveis para evitar
a hipotermia.
Nota: Durantetodaaassisténciaaodoentetraumatizado,
devem ser tomadas precaugées universais.
>> VIA AEREA COM CONTROLE
DA COLUNA CERVICAL
ETAPA 1. Avaliagdo
A. Assegurar que a via aérea esteja
permedvel.
8. Diagnosticar rapidamente a obstrugo da
via aérea.
ETAPA 2. Tratamento — desobstruir a via aérea
A. Proceder as manobras de elevacéo da
mandibula ou do mento.
B, Remover corpos estranhos da via aérea
€. Colocar um tubo orofaringeo ou
nasofaringeo.
D. Estabelecer uma via aérea definitiva.
1) Intubacao
2) Cricotireoidostomia cirargica
E. Descrever a ventilagdo da via aérea em
jato, assinalando que ela é um proce
mento apenas temporério.
ETAPA 3. Manter a coluna cervical em posigéo neutra
através de imobilizagao manual durante as
‘manobras necessarias para desobstruir a via
aérea
ETAPA 4, Reinstalar a imobilizacdo da coluna cervical
com dispositivos apropriados apés 0 estabe-
lecimento da permeabilidade da via aérea.
>> RESPIRACAO: VENTILACAO E OXIGENACAO
ETAPA 1. Avaliagéo
A. Expor o pescogo e o térax: manter a
imobilizagao da cabeca e do pescoco.
Determinar a frequéncia e a profundi-
dade dos movimentos respiratorio.
C. Inspecionar e palpar o pescogo ¢ 0 térax
& procura de desvio da traqueia, de
movimentos tordcicos anormais uni ou
bilaterais, do uso de misculos acess6rios
e de qualquer sinal de lesao.
D. Percutir 0 térax para avaliar presenga de
macicez ou timpanismo,
E, Auscultar o térax bilateralmente.
ETAPA 2. Tratamento
A. Administrar concentragoes elevadas de
oxigenio.
Ventilar com dispositive de mascara com
valvula e balio.
Descomprimir pneumotérax hipertensivo.
Ocluir pneumotérax aberto.
Conectar um monitor de CO, ao tubo
endotraqueal.
Conectar um oximetro de pulso ao doente.
mon =
>> CIRCULACAO E CONTROLE DA HEMORRAGIA
ETAPA 1. Avaliacéo
A. Identificar fontes de hemorragia externa
exsanguinante
B. Identificar fonte(s) potencial(is) de
hemorragia interna,
€. Avaliar pulso: qualidade, frequéncia,
regularidade, presenca de pulso
paradoxal,
D. Avaliar a cor da pele.
E. Aferir a pressio arterial, desde que haja
tempo para tal
ETAPA 2. Tratamento
A. Comprimir diretamente locais de
sangramento externo.
Considerar a presenca de hemorragia
interna e a necessidade de intervencao
cirargiea, e obter uma consulta cirirgica.
C. Inserir dois cateteres endovenosos de
grosso calibre.
D. Ao mesmo tempo, coletar sangue para
andlises quimicas e hematolégicas, teste
de gravidez quando apropriado, tipagem
¢ prova cruzada e gasometria arterial
E. Iniciar reposigao endovenosa vigorosa com.
solugéo aquecida de cristaloide e reposigao
sanguinea.
F. Prevenir a hipotermia
>> DISFUNCAO NEUROLOGICA: EXAME
NEUROLOGICO ABREVIADO
ETAPA 1. Determinar o nivel de consciéncia usando o
escore da GCS,
ETAPA 2. Avaliar 0 tamanho e a resposta das pupilas ¢
verificar se séo iguais,
ETAPA 3, Avaliar sinais de lateralizagéo e de leséo
medular.
bb EXPOSICAO/AMBIENTE
ETAPA 1. Despir completamente o doente, mas
prevenir hipotermia.ESTAGAO DE TREINAMENTO PRATICO | @ Avaliacdo e Atendimento Iniciais 25
ETAPA 5. Considerar a necessidade de obtencéo de
radiografia AP de térax e de pelve.
>> MEDIDAS AUXILIARES A AVALIACAO
PRIMARIA E REANIMACAO
ETAPA 1. Obter gasometria arterial e frequéncia ETAPA 6. Considerar a necessidade de realizagao de
ventilatéria. LPD ou FAST.
ETAPA 2. Monitorar o CO, exalado pelo doente
utilizando dispositivo apropriado. >> REAVALIAR O DOENTE - ABCDE E
AG CONSIDERAR A NECESSIDADE DE
ETAPA 3. Conectar o monitor de ECG ao doente. TRANSFERENCIA
ETAPA 4, Inserir cateteres urinario e gastrico, a
‘menos que contraindicado, e monitorar 0
débito urinario do doente por hora.
> Treinamento Pratico I-B: Avaliacao Secundaria e Tratamento
(Ver também Tabela 1.1: Avaliagdo Secundaria)
b> HISTORIA AMPLA E MECANISMO DE
TRAUMA
ETAPA 1. Colher a histéria “AMPLA” por meio de
informagées prestadas pelo préprio doente,
pela familia ou pelo pessoal pré-hospitalar.
ETAPA 2. Pesquisar informagies quanto ao evento
que produziu a lesdo, identificando os
mecanismos de trauma
>> CRANIO E MAXILOFACIAL
ETAPA 3. Avaliagéo
‘A. Examinar e palpar toda a cabeca e a face
pesquisando a presenea de ferimentos,
contusées, fraturas e lesdes térmicas.
Reavaliar as pupilas.
Reavaliar o nivel de consciéncia eo
escore da GCS.
D. Examinar os olhos a procura de hemor-
ragia, lesbes penetrantes, alteragbes da
acuidade visual, deslocamento de cris-
talino e presenga de lentes de contato.
E. Avaliar a funcdo dos nervos cranianos,
F. Examinar as orelhas e o nariz para ver
se ha perda de liquor.
G, Examinar a boca para avaliar se ha san.
gramento ou perda de liquor, laceracées
de partes moles e dentes soltos.
ETAPA 4. Tratamento
A. Manter a via aérea, continuar a
ventilagdo e a oxigenagao de acordo com
as necessidades
B. Controlar a hemorragia.
C. Prevenir lesdes cerebrais secundérias.
D. Remover lentes de contato.
ard
b> COLUNA CERVICAL E PESCOCO
ETAPA 5. Avaliagio
A. Examinar a procura de sinais de lesées
penetrantes e contusas, de desvio de
traqueia e de uso de muisculos acess6rios
da respiracao.
B. Pesquisar hipersensibilidade e
dor, deformidade, edema, enfisema
subcutaneo, desvio de traqueia e
simetria de pulsos.
C. Auscultar as artérias cardtidas para
pesquisar sopros,
D. Realizar uma tomografia de coluna
cervical ou uma radiografia de coluna
cervical lateral com raios horizontais
ETAPA 6, Tratamento: manter imobilizagao e
alinhamento adequados e proteger a coluna
cervical,
>> TORAX
ETAPA 7. Avaliagéo
‘A. Examinar a parede tordcica em suas
faces anterior, lateral e posterior
& procura de sinais de contusdes e
ferimentos penetrantes, de uso de
miisculos respiratérios acessérios e de
assimetria nas excursdes respiratérias
B. Auscultar o térax em sua parede anterior
e nas bases das faces posteriores para
avaliar os batimentos cardiacos e 0
murmirio vesicular.
C. Palpar todo 0 térax a procura de lesoes
penetrantes ou contusas, enfisema de
subcutaneo, dor e crepitacao.
D. Percutir para evidenciar se existe
timpanismo ou macicez,