Vous êtes sur la page 1sur 7
50 |ARMANDO COELHO FERREIRA DA SILVA Garis 199% M. V Gaeta Quiocla, Miologiaymitos del Hispania preromana Jorge Almeids 1980: V. O.Jorge~C. AF Alida, A esttun meni ie de Chaves (Tebalhos do GEAP 6) ‘orgs — Jorge 1983: VO. Jorge ~ S. ©. Jorg, Nétlapraiminar sobre uma nova esticux mene do orc de “Arguenogia7, 44-47. Jorge ~ Jorge 19: V. 0. Jonge ~ S. . Jorg, Sutuesmenhirs et stéles dv Nord du Portugal, Revista da Faculdade de Lats Unit Port 72) 299-313, Lopes, A. B. etal 1994: A estcurestela do Marco (Vein de ales, Vila Pouea de Agus, Porcgais 13, 17-150, Martin 1998 A.M. Marta Bravo, Los orgenes de Is Lastnia Perera 1908: FA, Persea, Novo material para o estudo ds estarira e arquiterura do Alto-Minho, ‘Arquesloge Portugués 13, 202-244, Sarmento 199%: FM armen Antiqua I GuimarSs, Socidsde Martins Sarmento Silva 1986: A.C. FSi, A cultura esse no Noroeste de Porugel Silva 1996 A. C. Siva, A cultura eats no Nore de Pore intgragio no mando romano, emi . Féander Ochoa (coord), Los fnisteees aldvicos em la Antguedad, Elects, 49-88, Siva 199%: A. C.F Sika, A eutars eastrja do Nore de Portal em: Actas do Congress de prot-histria curopis, Guimieles 19991, 11-132. Sil 1999b: A. CF Silva, Citiis de Saline. Catlogo do Muses Arqueoligico da Cts de Suni. Sousa 1744: D. Antonio Cactano de Sous, Agilogo lusiano. Regia Offcina Sylvian eda Academia Real 1 ‘523-534 1 S66587 1-22. 1V 138-13), Tranoy 1981: A Tranoy, La Galice romaine. Recherche sur le Nord-Ovest de la Péninsule Irie dans Panui LUntermann 1965 Untrmsnn, Elementos de un sls anctopanimic dle Mspanis angus. ‘ZUSAMMENFASSUNG Die Kriegerstatuen als Ausdruck der Castro-Gesellschafe Die Krigesstatuen stellen im geographischen, chronologischen und kulturellen Kontext der cisonzeitchen Plastik des Nordwestens der Iberichen Halbineel, namentlich im sidichen Gcbiet der Casto-Kultue cine der bedeutendstenatchiologischen Denkmlergruppe dar. thre Gestale wird aus den bronzeridichen Stelen erklirt, welche um mittelmeerische und kehische Einflisse berei- chert wurden. In der Gestalt heroischer Vorfahren und Stammesfirsten wird Ihnen eine Schutefunkion rugeschrieben, Enderego do sutor: Prof. Dr Armando Costho Fda Siva, Fa, de Letras da Universidade de Porto, Via anorimicas/,P-4180:364 Port, MARTIN HOCK (OS ‘GUERREIROS LUSITANO-GALAICOS' NA HISTORIA DA INVESTIGAGAO, A SUA DATAGAO E INTERPRETAGAO “CULTURA CASTREJA’E‘CELTAS’ . Estes achados recentes io, de certeza, Santa Comba e So Judo. my 1988, na nova obra de referéncia queers com ‘© dominio romano em Portugal” defende que <0 século 1° d.C. parece sera data mais provivel, no sem advertir que «a cronologia © 0 sigifica- 4 dot guerriros tim gerado discussdo.» ‘Alarcfo nfo dé ideia de seguir a argumentagioestilistica de Lute de Matos, quando excreve: «A ‘norte do Douro sio extremameate raras as esculturss romanas que podem, pela iconograia ou pelo cstilo, clasifiear-se de clisscos. Encontram-se todavia algumas curiosas pegas que, lavradas em gra- sempre a mesma iconografia,s8o geralmente designadas pelo nome de ‘guerriros ¢ilsicos' ou uerreros lusitanor’» (Alario 1988, 195 «). Nio as designa por arte provincial roma- ’na, nem aponta exemplos ou protstipos romanos em que, porventurs, excultores indigenas se teiam insprado, ‘barbarizando-o Francisco Calo Lourido 1994, abordando o problema do lado ‘oposto’, nfo do romano mas do da proto-histéria,chega a uma defesa muito mais decidida da eronologia romana de todos os _guertcirosgalsicas, embora no negue, antes afime fortements, a tradigio da cultura eattrej, mas apenas em tudo que nio sej2 2 esculturac, nomeadamente, os ‘guerciros lusitano-glaicos’. N3o 1posso concordar com a a argumentagio, de que todes os contextos conhecides obrigariam a datar (0 ‘guerteiros’ como tipo em época romana. Mesmo um concexto seguro 56 muito excepcional- ooo DS ‘GUERREIROS LUSTTANO-GALAICOS’ NA HISTORIA DA RVESTIGACKO 7 ‘mente dstaiaa produgfo de uma estitua, mas sempre sus lima utilizagio. Aqueles‘contextos’ que ele cis, ni paseam da aplicagio da cronologia dos achados conhecidos de ums estagho, mais cconeretamente daqueles achados mais antigos que, segundo cle, ‘alam’. A banalidade de que a aucencis da evidincia ndo é a evidéncia da auséncia, em Sanfins foi demonstrads pelo achado de ‘ceramic pica (agradecemos a informagio a A. Coclho da Silva), mais antiga que os achados que ‘Calo tinha admitdo. Ainda em Sanfins,o8fragmentos de esitus encontrados por Afonso do Pago ‘estavam nitidamente em situagio secundiria. As arae encontradas nos mesmos espagos dio, quan- do muito, um términus ante quem ov usque ad quem para a dima colocagio da estitua ou das ‘esticuas, ¢ em sentido muito mais lato ainda para o seu fabrico. Para ‘contextos’ como o de Santa ‘Comba (n° 28 do extélogo), encontrado em tabalhos agecolas, é de considerar que em tas cir- ‘cunstincias, o material romano é sempre mais facilmente reconhecivel e predomina na informag- 4o transmiida. Além disso, mesmo um contecto estratigrifico seguro, romano, no surpreendaria para uma estitua com inscrgio latina ~mas sé muito dficilmente nos eselareceria sobre a con emporaneidade, ou dironia, entre estétua e inscriio, sobre uma reutlizagio ou uilizaglo pri- ‘Tranoy (1988) soms uma posigio equilibrada (muito préxima da assumida por mim préprio) em ‘que nem nega aexsténca ow produgio de guerreios em épocs romana, nem as svat origens ante= ores -eteepigiafistanio se deixou ofusear pelo “brilho’ das dstagbesepigeifias. Hipéteses de trabalho para a investigacio Se aduzo argumentos quanto i exsttncia de uma escultériea indigena no Noroeste da Peninsula, ‘fo tenho a iluio de dizer uma coisa nunca dita, nem de apresentar uma sie tipolégica que con- cduzs facilmente das estcla pré-histricas 20s guerteros sitanos. Quero simplesmente chamse & _atengio para a existéncia de obras artistcas que, por apresentarcm difculdades de interpretacSo para nbs, arqueélogos, nfo deixam de existir nem podem ser desconsideradas (Hck 1986; id. 193: id. 2004; id. 2002). A este de 8. Joio de Ver (Hck 2001, 385; Queiroge 1992; Sousa 1996, 22.) representa um ‘guerrero. Ningim a quereri datar em época romana, as cronologias propostas oscilam entre 2 Idade cdo Bronze e 0 siculo 5° a C. (Queiroga 1992, 83) (fig, 1). Apresenta, nos quatro lados de um pilar -parelepipédico, um desenho gravado em relevo muito baixo de elementos do respective aspecto do mesmo. Apenas na cabesa, © quase 56 nos ladose na part de tis, © artista ‘treve-s’ a suavizar a transigi entce os Iados até uma representaio tridimensional incipient. (Os guersitoslusitano-galacos io esulturas, nia simplesmente pedras com desenhos linesres ‘gravados nos quateolsdos. Mas, de manciraalguma denocam um tratamento tridimensional desen- ‘olvido (xt Héck 2001) come a estaruiria romans, bascada numa larga antecedéncia que jé passou pola etatsriaclisea e helenistica. Mesmo nas obrss provincianas de escultura romana se nota pelo menos a tentativa de imitar tal tatamento, ca adaptagio de tipos romanos mis vezes mal conseguid, ‘como no rogatus do Douro, mas insofismavelmentevisivel Tendo ouvido aconferéncia de Th, Schattner ficou, mais uma ver, claro que os 'gucrrsros lusit~ sno-galsios’ no sfo a representagio de uma comaiticsindigens em escultérca romana. Os plausiveis mas ténuesindicios de influéncia romana, Schatiner deteecou-os em pormenores observados com ‘muita mindca, em alguns exemplares, Embors, obviamente, os procurasse em todos os “guerreros lusitano-galico,Schattner conclu, claramente, ue tas indicios em outros exemplars no exister, ‘A sun andlise mostra, assim, a incidéncia das possieisiflutncias romanas sobre um tipo pré-exis- teate,fortemente enrsizado: 0 ‘guerreir’. 38 arin HOoK Fig, Esta de gutreio de Sto Joto de Ver. Vsus de tents, deus dos ladon Que, no Império Romano do séeulo 1° d. C, foi executada escultura romana sobre a temética do ‘guerrero indigens’, esilistcamente diferente de estatuiria indigena, esté fors de dGvida, Demostra-o 0 guereiro de Vachéres, na Gili, que representa um ‘principe’ ou ‘guersiro! ou men- bro da olgarquiaindgena (xp. e. Waurick 1969). 'Nio faz, pois, sentido exchir do estudo comparativo dos ‘guerreros’, cja origem antes ou depois da romanizagio se discue, 0 mundo da Idade do Ferro. Se ninguém demostrars protétipes cstilisticos romanos para os ‘guerrsios’ Schatnerexpressamente, e com raz, 05 nega. ara lembrae a capacidade dos habitantes do Noroeste de apropragio de ifluéncias culerais, comparivel na sua qualidade & do mundo hallettice, basta olhar para o chamado diadema de Ribadeo ou Moiés (Fig. 2), que por sina igualmente parece uma ilustragio do texto de Estrabio 3,36. (Pick 2091, 384). Se necesirio fosse provar que este txto nio descreve estritamente uma panéplia cexclusivamente contemporines 20 seu autor, bsstaria um olhar sobre es exttuae de Obulco, que, séculos antes de Estabio e fora da Lusitinia, mostram praticamenteo armamento descrto. De facto, Estrabio nfo afirma que 86 no tempo dele os Lusitanos usaram aquelas armas, nem quando teriam comesado a us-las, nom que eram sé eles. Enfim, Estrabio, sobre a Peninsula Ibérics, baseou-se, ‘ruito provavelmente, auma fonte mais antiga nfo conservada, Poseidonios. (05 ‘CUERREIROS LUSITANO-GALAICOS’ NA HISTORIA DA INVESTGNGAO 3” Fig. 2 ‘Diadema de Moses’ Deulhe Perante isso, a comparagio entre ‘guerriras lustano-galaicos'e estituas como Hirschlanden, GGlauberg ou Casale Maritimo, facilitaa e, mais uma vez, frtemente sugerida pela sua apresentagso (Frey e Marzoli) neste coldquio, uma exigéncia metodolégica |i Afonso do Pago, comparou o set achado em Sanfins com o “Homem de Hirschlanden’, eneontrado também na inicio do anos 60. Este achado, ¢ 05 mais recentes do Glauberg,alteraram profundamenteasituagio das fontes que tos, 15a Europa Central, sobre a estauiria de [dade do Ferro. Acrescentaram extituasclaramente datados, Mostram claramente que nclas sio reprssentados acestrios cotrespondentes a pegs enstents em contexts contemporineos Dirce Marzo, na sus conferéncia, mostrou-nos p.&. 0 "capacst’ da esté- ta de Hirschlanden, o chapew de exsca de bétula do ‘Principe de Hochdort’ co chapeu ou capacave Aecorativo de Oppeano. Nas esituas do Glauberg,temos mesmo a reproduso de pesas depasitadas ‘80 monumento funeririo no mesmo local (conferéncia de Oxzo-Hermann Frey). Nos ‘guerrsiros lusitano-galsicos’ nfo temos nenhum contexto tio expressivo, mas estéigualmente representada ‘uma pandpliseaderesos indigenas, No Glauberg temos 3 colocagio das esttuss num lea sgnifiea- tivo para o acsso 20 préprio povesdo foriieado, para além de tm significado funcrério, Esta po ‘80 €comparivel a da base deesttus de Sanfins~independentemente de uma cronologia que af nunca poderemos delimitar exactaments, eda existneia provivel de uma etétua naguce local em épacs jé romanizada ‘Do Glauberg toms s certezs de 4 estiruss idémtiess procederem do metmo lugar, De vérios locais temos a indicagio de pelo menos dois ‘guerrstos lusitano-glsicos'procederem do mesmo castro: Armed (n* 2 €3 do catilogo}; Lezenho (as duns ‘estatuas da Ajuda’, n™ 11 ¢ 12 do catélogo, « possivelmente também as duas encontradas em Campos, a 13 ¢ 14 do extslogo); Santa Combs (0? 28 do eatslogo €“O Basto’ n? 29 do extilogo). No caso de Sanfins (a 26 do cailogo),éigual- ‘mente possivltratarse de mais do que uma estituas,iguas ou muito parecidas © Max HOCK Volksndo a0 arpscte formal eestilistico das estituas de Hirschlanden e do Glauberg: antes de conhecermos aquelesdoig chads, dificilmente se admitira a continuidade um tipo escultérico 30 carscerstico, ulrapsssando um limite Go claro como o que estabeleceram of arqueslogos entre as artes de Halltate ¢ Latene. Também nfo tinhamos um paralelo io claro, uanto ao gesto de bragas, pata o ‘guerreso” de Sabanle (n° 22 do eatalogo) quanto a0 capacete ou chapéu do de Capehudos (n° 6; F Quesado, na sua conferBncis, alo convence com a expicagio deste atributo como sendo 0 interior de um eapacet). ‘Todos estes argumentos por uma origem indigens, prérromans, nfo contradizem 3 urlizagio ou 0 fabrico de ‘exttuas de guerrcros lustano-galscos'sinds em époea romana, nem sua incerpeets- ‘so como represemtando chefes indigenas, enti ‘romanizados’ como prope J. Alarcio (e nto 56 le), Tio-pouco contradizem &ideia de 3 colocagio desasextituas te sido habilmente sproveitado pelo império. Todas estas explicagdes histérias tém mais sentido, quando admitirmos tatarse de ‘uma estrufia com tradigo indgena ‘Uma dificuldsde & eonstituids, sem duvida, pelos muitos anos que separam as pegs de Hirschlanden, Glauberg e Casale Maritimo com que scabimos de comparae alguns ‘guerrecos', dd epoca em que 0 Norocste da Peainsula foi integrado no Império Romano, ¢ em que foram ali plicadasinccriges sobre “guerreiros galaico-Iusitanos' e, também na minhs pinto, ainda fabri- cadas tas estétuas. No entanto, na Europa Central, no estado momentineo do nosso conhecimento das fontes arqueolégicas, existe um problems idéntio: o leque que se abre eatre Hrschlanden e Glsuberg, ede outrasestituas, ativeis também al, ji préximas da romanizagio. Esta ala de pegas -4¢ li,um problema do nosso conhecimento das fontes, que um ou dois chados novos podem alters, rsdiealmente. No caso dos ‘guerreros lustano-galaicos’,flagrantes exemplas de ‘eutilizagio em épacss posteriores & Antiguidade, demostram o interesse que as estatuas desperta- ram em épocas mais recentes do que a sua produsio, e chamam 3 atengio i failidade de aprovei- tamentos secundirias(voltamos a um disgnéstico que Martins Sarmento nos ensinou ser aplicével 308 guerreiros). Finalmente, uma nota que rtoma um problems levantado por Lus Reposo, quando nos cum- primentou no MINA, na ceriménia de abertura deste coléquio: a interpretagio dos guerriros pelos Arquedlogos, pessoas insridas, inevitavelmente, no ambiente politico dos rogimes autortirios em Espaia ¢ Portugal, do seu declnio eda sua queda. O ‘vai-vem* do aproveitamento ‘aacionlista' ¢ ds reacgdo contra cle, particularmente ds parte de quem tem a preocupagio tea da isengioe eri ca cientifies, patecesme, neste momento ainds, dficultaraproximarmo-nos 2 uma posigio de nev tralidade Sabemos que, em sitima andi, esta nevrlidade éimpossivel. Oxal, num futuro col quio sobre o tems, jf teremos ganho mais distincia aqueles acomtecimentos da nossa historia contemporinea, 30 ponto que estes deixem de nos influencae ti de perto nas nossas opinises sobre fontes scqueolégicss que chegam a nds da Antiguidade, neste caso os ‘uerreios lusitano-galicos. BiauiocRaria ‘cua, 1977 Panorama de a Cleura Catena em el NO des Peninsula brea, Brera Augusta 31 (7/72), 235-253 largo, J de 198: Roman Portugal ‘Alarso,J-de 19886: O dominio romano em Porta ‘Aids, CA. Feria de 1961: Nova esta de guereio gaico-minhoto (Refojs de Bas), Arqueologis 3 1981, 11-116. (08 ‘GUERREIROS LUSFTANO-GALAICOS" NA HISTORIA DA INVESTINCAO ot Almeida, C. A. Fersirs de 1982: Respon, Arqucologi 5, 1982, 82. Blanco, A Fiero 1971: Monutnentos romanos dela conqust de Gali, Habis 2, 1972, 223-232. Borch-Gimpera P1920: Arquolos preromana hipaa, em: A. Schulte, Hispania 33-205 Bosch-Gimpera, P1921: Cals y Ia evilizaion eica dela Peninsula brea, Bolvn del Sociedad Espoola dd Excursions 25, 248-301 Borch-Gimpoa, 1928: Pyrensenalbinal, cm: M. Ebert (),Relexikon der Vorgeichiehte X 336-391 Bosch-Ginpera, 1982: Etmoogi de a Peninsula Ibis CCabré Agu, J. 1940: La exces yl seutum en Hispania durante le Sends Edad dl Hieeo, Bolein del Seminivo de Esai de Arce y Argueologis 6 22-24, 57-83, Clo Lourido, F. 199: A pss da eulurs easton galog-poruguess.Catlogacién arqueoigis y arvticn <4 Galicia del Museo de Pontevedra. Corrs, A.A. Mendes 1924: Or porosprmitvos da Luis, (Corrs, A.A. Mendes 1928: A Lositiniapré-romans, em: Hitria de Portugal 179-214 Ean, K. 1940: RBmische Doehscheiden mi Tavschicrung und Emailverzierung, Germania 2, 22-28 Gucer L de Figueiredo ds 1874 Eabogo histrio. Viana do Castel, Hc, M. 1986 Studien 2ue sogenannten Casto-Kuleur. Dissertation Marburg. Mikofin ick, M, 1993: Castros nd Kricgerstelen der Eisonzaiz, em: Funde ia Poragal Strnstunden der Atchologie XI 103-120 Hick, M. 1999: BeevesrflaBes sobre guerceos lustanos, ems Actas Congreso de prot-histria crops, Guimaries 199 ( Revista de GuimarSex, vo. exp) 189-82 Hcl, M. 2001: Die Eenzct im Nordwerten der Ihrischen Halbinal, em: T, Uber (od), Denkmler der Frohosi. Hispania Antigua 377-37. Hcl, M. 2002 Sticrne Krieger am ‘Ende der Wel’ Archiolgi in Desschland 2002 (2), 30 Hike M, 2002 Di LastaischenKriegerstatun’ in Nordportugal, a: Das RitslderKeten vor Glauber (Aussllungskaalog FrankfurMain 2002) 229-231, Hubner, E1861: Stason gallikischer Krieger ia Porsgal und Galiien, Arciologische Zeitung 194, 185-195, Hose, E. 1862: Die aniken Bildwerke in Madrid, nebetcinem Anhang, enhakend die Ubigen anvken Bildwerk in Spanien und Portugal IX 328-338, ‘Hubner E1869: CIL M. Hidbner E1892: CL Supp. Kalb Ph 1991: Zum Kelcabegilf in der Archiologic der Iberischen Halbinsel, MM 31,1990, 38-347. Kalb, Ph 1993: Sobre el trmino Cle en Is investigacin aquealiies dela Peinsls Tis, em: Lengus y clus de la hispana prerromana. Acts dl V Cologuo, Colonia 25-28. de novembre de 1989 (= Acta Slmamticensia Estudios Folic 21) 43-188 Maluguer de Mote, j~ Tracena, B. 1986: Pusbos dela Espa Ceca em R Menénder Pal), Historia de Espa 1G), Maris; M.~ Silva, A. Coslho da 1984 Esta de guerctogahico de 8. Julio (Vis Verde), Cadernos de ‘Arqueologia 1 (2), 29-47. Maton. Marin de 1966: Subsidio pra um eatlogo da erator luxo-omans (Distro Lshos). Moi, 1 1971: Povosdes, edutas esatuirioscastenses (nso de elsificao), em: Actas do Il Congreso ‘nacional de Arquclogis, Coimbra 1970, 271-28, Pago, A do 1968 Ciciis de Sanfins VI Pragmentos de esttuas de guerriosgalicos, Brera 86, 710-72, Pi 1903: Era ue 'art ct Vindastre de Espagne primitive 12 Paris. 1903: States lsitniennes de syle primi, © Archedlogo Portuguts 81-6 Pris, E.Ales 1906: Novo material para oextudo da estate Architecturs dos estos do Alte-Misho, O ‘Achedlogo Portugués 13, 02-248. (Queirogs, FM. Vl Reimio 192: War and Castros. New Approaches tothe Northwestern Portugues leon ‘Age Tess Universicy of Oxford) e any HOex Sermo, F Martins 193% Dispertas.Coletinea de artigo publicaos 1876-189 sobre aqueoogi, enclo- 1 itologi, piraliaeartepr-histrc. Schull, U. 1977: Ketiche Eisenhelme aus vorsmischer Zeit JOZMusMainz 21, 1974, 49-204 Schl, W 1968 Die Mere Kelrren auf dr Therchen Halbinscl, MF 3 Schulte, A 1920: Hiapans, Gografis,Etnograi, Historia Sila, Av Coelho Ferra da 1982; Uma carta 2 propésito ds cxsivea de guerrero de Refoios de Basto, Argucloga 8, 1982, 805 Silva A. Coelho Fersra da 1986: A Cultura Cassa no Norost de Portage, Museu Arqueoligco Cina de anf Sous, O. Caro Petia de 196: Extauiria antropoméria prs protoshistriea do Nore de Portugal (Disseragio Por), “Tarrael M1976: In semotiam Pero Bore Gimpors (1891-1974), MM 17, 1976, 01-308 vvsconellos, J. Let de 1913: Religious da Lustinia ne pace que princpalmnce se eferea Portugal I “ramoy, A. 1988 Do heros au che, Limage des guerre da ls soit indigines du nord-ovest de la pénin Sul bique (Js. vant JCI. apr jC), em Actes ds Colloque su Te monde ds images en Gaul © dans es provinces wosincs, vrs 1987 (= Caesardunum 23, 188) 219-227. ‘Wari, . 1968: Schtzwalfen im numidichen Grab von EsSoums, em: Nomide Reiter und Kenige in der riche Sahara (Aurstellung Landesmuscum Bonn 1969) ‘Zoern, H. 16H; Die hallattasitiche Stele von Hirschanden, Kes. Leouberg (Wortembep)- Vorberch, Germania 42, 27-36. ‘ZUSAMMENEASSUNG. Die ‘lustanisch-gallikischen Krieger’ in der Forschungsgeschiche, ihre Datierung und Deutung, ‘Castro-Kuleur und ‘Kelten’ Der Begriff der 'Castro-Kultur, zu der die ‘hsicanisch-gallikischen Kriogee’gemeinhin gezihle werden, it durch den Gebrauch unprizise geworden; aus der zitierton Literatur kann man cine extrem weit (kupferzitlich bis spitrimisch) wie auch cine extrem enge (praktsch das 1. Jh. a. Chr) CChronologieableren. Daher stelle ich die Nutzlichkeit des Begifes in Frag. Ich stimme mit den Kollegen, die den Begrif benutzen, darn Ubersin, dass die Eisenzet des Nordwestens der Iberschen Hilbinselstarke cegionale Eigenheiten aufweist und dass man Vergleichsfunde im mittleuropai- schen tnd mittelmeerisehen Bereich suchen muss. Die ethnische Bezsichnung “klisch’ kann von der wesenlichon Frage dieser Tagung ablenken, cob nimlich die “lustanisch-gallikischen Kriegerstaruen’ in der einheimischen Eisenzcit ihren Ursprung haben oder aber erst unter rémischem Einfluss entstanden sind. ierauistesgleichgilig, ob wir die Einwohner des Nordwestens als ‘Kelten’ anschen;cbenso unetheblich ites, welche der ribmischen Definitionen fir Gallaecia und Lusitania wir vorzichen, um dem Gegenstand unserer Forschung cinen Namen 2 geben Der Begriff Das Konzept der Cultura de ls eastros portugusss’ wurde zwischen 1920 und 1921 von Pedro Boseh-Gimpera geprigt. Was Miguel Tarradell 1976 in seinem Nachruf auf Bosch-Gimpera ber die von ihm geschaffene Dokarinscheobr, hat auch fr die ‘Castro-Kultur’ immer noch Gilkigkeit: Der Begriff wird weiterhin benutes, wobsi man vergessen 2 haben scheint, dass die Definition von Bosch-Gimpera stamme (sie entspriche seiner Nordgruppe der ‘Cultura de los castros portuguesess auf die Sidgruppe wid si nicht mehr angewendet. (5 ‘GUERKEINOS LUSTFANO-GALAIGOS” NA HISTORIA DA INVESTIGNGAO 3 Die Quellenlage zum Zeitpunke der Definition Zu der Fille archiologicher Quellen, die auf der Iberitchen Halbinsel bis 1920 zusammenge- stele worden waren und die Bosch-Gimpera in eine Ordaung bringen sollte, hatte Francisco Martins Sarmento mit ssinen Grabungen in den Castros von Briteiros und Sabroso sowie mit seinen ‘Beitrigen zu den ‘Kriegern’, werentlich beigetragen, Sarmento betrich cine ‘illustrative’ Archiologie, die zur Erginzung der aus den Schrifquellen gewonnenen historischon Erkenntnis wichtg, aber riche wesentlch war. Der in Berlin, seine Stellung als Auslinder geschickt ausmutzend, gleichzctig bie Schuchharde und Kossinna geschulke Bosch-Gimpers bringt methodisch Neues: Er definiert seine ‘Kulturen’ anhand der matrillen Hinterlassenschat. Gleichzeitig leitet er eine geschickte ‘Arbeitscilung mit dem Historiker Adolf Schulten ein: Einer behandelt die archiologischen, der andere die historischen Quellen. Die Ergebnisse werden als Synthese 2weier verschiedener “Methoden vorgeleg, was ihr Gewicht in der Argumentatio erhdhe, zuma somit Zirkelschlisse nur noch schwierigsuszumachen sind ‘Zu den Castros verweist Bosch-Gimpera dara, dass x praktisch nur Quellen aus Portugal vor: liggen hat dh. im Nordwesten die von Martine Sarmento gegrabenen Casteos von Britciros und Sabroso, Fir Martins Sarmento wichtige Punkte gehen damie in die Forschung ein, so die tenden- Ziele Glechheit aller Fundplitze mi dem Ortanamen ‘Castro, die Unterscheidung zwischen ‘coma- nisieren’ Castros (definiert am Beispel Brtezos) und ‘rein vorrémischen’ Castros (definiert am Beispiel Sabroso) wie auch die direkte Ubereragung des Daum des Fldzugs des Brucus Galscus au die Datierung archiologischer Funde und Befurde. Die ‘Krieger'in dr Forschungsgeschichte Emil Hibner hat se fir die Archiologie entdecks und zwei Inschrifen auf "Kriegern’ im CIL verffenlcht, Martins Sarmento hat si fr die Antike geretet, indem er bestimmmte Atribute als spitere Verinderungen nachwies. Letzzeree trug den Vergleich mit Strabons Beschreibung der LLusianier bei, seitdem wird allgemein anerkannt, dass es sich um die Darstellung cinheimischer Kiger handel. Hibner und Sarmento haben die wichtigen Fragen vorgelegt: Kénnen die lateinischen Inschriften sekundir sein oder datieren sie dzekt die Seruen? Sollte dies der Fall sein gilt diese DDatierung auch fir die (Mehrzabl der) anderen die keine Inschrife ragen? Kann man aus den Inschriften auf die urspriingliche Funktion der Stauen schlieen oder auf cine sekundire Verwendung? Eine methodische Schwirigkcit ist in den Veroffenlichungen 2um Thema immer wieder spir- bar: Die Atrbute, so die Delche und, im Fale von Sanfins, der Helm, snd Funden vergleichba, die cisonacitlich zu dateren sind, aber ohne grofe Verinderungen bis in die Ausstatung des rémischen Heeres fortdauern, Die Darstellung im grobleirigen Material der Statuen wie auch die Typologie der Verglechefunde erlaubt keine eindeutigen chronologischen Anschlsse. Die als Beispeleziierten Autoren (P. Pars, J. Leite de Vasconcellos, P. Bosch-Gimpera, A. Mendes Cortés, M, Maluquer de Motes, B. Taacena, A. do Pago) aehmen insgesamt einen voreémi- schen Ursprung der ‘Krieger’ an, die Inschriften werden fir sekundir gehalten oder, alleflls, zur Dationung cines Tels der Stataen herangezogen. Der Stil wied ertwoder als vorrémisch angeschen coder gar nicht erértert, da dies fr viele wohl selbseverstindlich ist. "José Luis de Matos reihe die “Krieger’ 1966 in seinen Katalog rimischer Plastik in Portugal cin, finder hierfirstilistische Grinde und fuhrt den Vergleich mit dem "Togatus vor Douro’ als leg an, m. E, 24 Unrecht. Seine Meinung wird niche aufgegrifen, auch Blanco Frejeiro bleibt 1971 mit seiner rBmerzeitichen Datierung der ‘Krieger’ aufgrund des Vergleiches eines

Vous aimerez peut-être aussi