0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
92 vues3 pages
1. A sessão discutiu o xamanismo nas vanguardas artísticas e a relação entre o arcaico e o moderno. Também apresentou poemas que exemplificam a visão xamânica de transitividade entre sujeito e objeto.
2. Foi debatido o xamã como um performer e o trickster como símbolo dessa dimensão, citando exemplos em Snyder e Rothenberg. Questionou se o xamã é um funcionário do sagrado ou um rebelde.
3. A sessão ainda comparou iniciações xamânicas com mit
1. A sessão discutiu o xamanismo nas vanguardas artísticas e a relação entre o arcaico e o moderno. Também apresentou poemas que exemplificam a visão xamânica de transitividade entre sujeito e objeto.
2. Foi debatido o xamã como um performer e o trickster como símbolo dessa dimensão, citando exemplos em Snyder e Rothenberg. Questionou se o xamã é um funcionário do sagrado ou um rebelde.
3. A sessão ainda comparou iniciações xamânicas com mit
1. A sessão discutiu o xamanismo nas vanguardas artísticas e a relação entre o arcaico e o moderno. Também apresentou poemas que exemplificam a visão xamânica de transitividade entre sujeito e objeto.
2. Foi debatido o xamã como um performer e o trickster como símbolo dessa dimensão, citando exemplos em Snyder e Rothenberg. Questionou se o xamã é um funcionário do sagrado ou um rebelde.
3. A sessão ainda comparou iniciações xamânicas com mit
1. Ainda complementando a primeira sesso: Xamanismo, o moderno e o arcaico: a retomada do primitivo pelas vanguardas. Li Rothenberg, inclusive sua citao de Gertrude Stein, de que o novo antigo e o antigo novo; dadasmo, Tristan Tzara e Poemas dos negros. Apollinaire e os totens da Melansia em Zone, j em 1912. Breton e arte melansia. Arcaico e vanguardas. Manifestaes artsticas de um lado, florescimento da antropologia cultural, de outro, abalos no entocentrismo, sadas do sufoco na sociedade burguesa. Uma interpretao geral: o trecho de Octavio Paz sobre revolta, revoluo e rebelio como a restaurao do prestgio nefasto do mito. Quando entra no repertrio a categoria xam? O caso de Velimir Khlbnikov trarei Ka. Ginsberg e Burroughs: na poca das Cartas do Yage Burroughs em 1953, Ginsberg em 1960 no tinham a categoria, no designaram como xams os ndios que os receberam. Mas em 1983, conforme o relato de Barry Miles em Call me Burroughs, participaram de um impressionante ritual xamnico carves em brasa na boca, etc - , percebido como tal. Aproveitei para comentar faanhas xamnicas que j presenciei. Prxima sesso, tentarei uma interpretao. 2. Tambm prosseguindo a sesso passada: poemas xamnicos. Na diversidade do que pode ser tratado como xamanismo, o principal trao em comum o que chamo de transitividade na relao sujeito objeto: o objeto tambm um sujeito e vice-versa, conforme o ensinamento de Viveiros de Castro. Poemas xamnicos nos quais est presente essa relao. O poema de Jorge de Lima, j comentado a natureza animal, vegetal, mineral. Li dois poemas de Piva e um de Gary Snyder, Quanto aos poetas. Em Piva, animais; pedras, (lembrar Breton, Le langage des pierres e a mineralogia visionria dos romnticos), plantas, especialmente no final de Estranhos sinais de Saturno. O carter sui generis da poesia de Piva: xamanismo consciente nos livros finais, mas j se encaminhava nesse sentido, j escrevia poemas que podem ser considerados xamnicos. 3. O xam performtico: Poetas performticos, de diferentes modos: McClure (inclusive nos concertos de rock), Ginsberg (idem) dadastas, surrealistas, Antonin Artaud (principalmente). Promovem identificao de poesia e vida. Nesse sentido, Jorge de Lima no foi performtico. Mas poetizou isso: a presena do palhao, do claune, o circo mstico em sua poesia. Os dois poemas de Mira Celi em que o palhao seu duplo. 4. Smbolo ou arqutipo dessa dimenso performtica, o trickster, palhao sagrado: Citei novamente Rothenberg, as 7 gargalhadas de Deus. Coiote em Snyder. O extenso tratamento de Joseph Campbell retomarei na prxima sesso. 5. O xam um funcionrio do sagrado ou um rebelde? Minhas leituras me mostraram semelhanas do xamanismo em diferentes povos; contudo, h diferenas notveis de cosmologias ou teogonias. Em Kak Wer, xamanismo emanao e realizao de uma cosmologia. Tambm em David Kopenawa: Omama, divindade suprema, os xapiri, etc. Mas apresenta uma teogonia dualista, confrontando Omama, e seu irmo Joasi, maligno: lembrou- me o mito bogomilo da fraternidade de Cristo e Sat e outros mitos do gnosticismo, zervanismo etc (cf. meu Um obscuro encanto). No entanto, em Chuva de estrelas de E. L. Wilson (Hakim Bey) temos xams titnicos, prometeicos, ladres do fogo li um trecho. O trickster corresponde a eles ou os representa? Prometeu foi um trickster, pois enganou Zeus com um falso sacrifcio para roubar o fogo (Rimbaud: o poeta vidente, ladro do fogo). 6. Iniciaes e o mito rfico. Eliade em Ritos, iniciaes, sociedades secretas: iniciao, equivalente a nascer de novo ou a morrer e renascer, sempre individual. Marcada por crise, doena, sonho, chamado: os sonhos com xapiri em Kopenawa. Mas tambm pode haver deciso coletiva, escolha, descendncia de xams (em Kopenawa, ambos: sonhava, foi iniciado pelo padrasto e pelo sogro, xams). A universalidade da experincia de morte, descida catabase e ascenso anabase. Inferno, catabases e o mito de Orfeu xam exemplar para Chirstinger. Citei Christinger: todos desceram ao reino dos mortos Hrcules, Teseu, Ulisses, Dionsio, alm de Cristo, Osris etc. Li o poema de Herberto Helder em Servides, sobre morrer e ir ao inferno, e comparei com o todas as novidades esto no Inferno de Piva. Retomarei na prxima sesso, assim como as catabases na poesia: Dante Alighieri, Blake, Nerval, Rimbaud. E mais sobre Orfeu, mitos e mitologia. Observaes sobre o mito, composto por todas as narrativas do mito. Tambm pretendo examinar a fala xamnica, matriz da poesia, e tocar em dois temas importantes: sexo (androginia etc) e drogas ou substncias psicoativas.