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Lei Complementar 101/2000, para o que lhe
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Ante as várias disposições da citada lei, os ,
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Funcionário gastos com inativos não integram a despesa total.
de pessoal para fins de verificação do:
\, cumprimento dos limites específicos de cada.
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Poder e órgão, previstos no artigo 20, da LRF,
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com o limite global de cada Ente da Federação.
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Procurador ,Geral .".".
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THIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC N1-0247/00
[NA1lJREZA: Consulta
INTERESSADO: Ministério Público
Já se sabe por demais que a Lei de Responsabilidade Fiscal conferiu aos Tribunais
rde Contas novas e significativas atribuições, em vários de seus dispositivos e atinentes a
.várias e diferentes matérias, ampliando o controle por eles exercido.
Como bem observam CarIos Pinto Coelho Motta e demais co-autores da obra
_"Responsabilidade Fiscal" (Editora Dei Rey, 2000, Belo Horizonte, pág. 205), "os
"Tribtinais de Contas e os órgãos de controle, em geral, ganham, com a Lei de
~Responsabilidade .Fiscal, novos e eficazes instrumentos de controle sobre as finanças
,públicas, inclusive com inserção de mecanismo de ,alerta previsto no art. 59, § 1°.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC N°I0247/00
. .
A este Tribunal e SOlnente a ele cabe efetuar os nlencionados cálculos, daí porque
:í é legítimo e pertinente o ato de responder à consulta ora formulada. E, como bem se
~"observano parecer da douta Procuradoria do Ministério Público junto a este Tribunal, se
{tal competência remete à efetuação dos cálculos, implícita é em favor dos Tribunais de .
.,Contas a atribuição de defmir a base dos cálculos em referência.
','
Em suma, com relação a esse aspecto, aos Tribunais de Contas cabe, de maneira
{privativa ou exclusiva, a verificação dos cálculos dos limites da despesa total com
.pessoal de cada Poder ou órgão, competindo-lhe também a definição da cOlnposição da
basede cálculo.
Para isso, transcreve o que reza o artigo 18 da citada lei, onde está dito que a
despesa com pessoal compreende "o somatório dos gastos do ente da Federação conl os
ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletívos, cargos, funções ou
empregos, civis, militares e de membros de Poder, com' quaisquer espécies
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações,
horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e
contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência."
Afastada qualquer dúvida quanto aos componentes da despesa com pessoal para
os entes da federação, passa o parecerista a analisar algumas hipóteses, com vistas a uma '
interpretação coerente da Lei de Responsabilidade Fiscal, a saber:
1) para os fins dos limites globais de despesas com pessoal previstos no art.
19, da LRF, DEVEM SER COMPUTADOS os gastos com inativos e
pensionistas custeados diretamente com recursos. do Tesouro, face ao
déficit do respectivo sistema previdenciário;
2) enl razão das disposições da LC 39/85 c/c os dispositivos da Lei de
Responsabilidade Fiscal que tratam do controle dos gastos totais com
pessoal, não devem, ao nível da administração estadual, ser computados
os gastos com inativos e pensionistas custeados diretamente com·
recursos do Tesouro, face ao déficit do respectivo sistema
previdenciário, NOS LlMITES POR PODER/ÓRGÃO DEFINIDOS
NO ART. 20 DA LRF;
3) enl razão das disposições da EC 25/00, c/c os dispositivos da LRF que
tratanl do controle dos gastos totais com pessoal, não devem, ao nível
das administrações municipais, ser computados os gastos com inativos e
pensionistas custeados diretamente com recursos do Tesouro, face ao
déficit do respectivo sistema previdenciário NOS LIMITES POR
PODER/ÓRGÃO DEFINIDOS NOART. 20 DA LC 101/00;
4) sendo assim, os gastos com INATIVOS e com o pagamento da Pensão
• Complementar às pensionistas do Estado da Paraiba, não deverão ser
considerados nas despesas de pessoal dos Poderes e Órgãos para os fins
do art.. 20, mas t.ão somente para os fll1s do art. 19 e disposições dos
artigos 21 a 23, todos da LC 101/00: ~
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I TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO i
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Surge, então, uma indagação da maior relevância, lançada nos autos pelo lúcido
parecerista, repetindo o próprio objeto da consulta: os gastos com inativos seriam
também íncluídos quando Ida verificação dos limites especificas?
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO Te N&J0247/00
\ INTERPRETAÇÃO DOS §§ 1° E 2° DO ARTIGO 19 DA LC 101/00
\ .
\ Tocante ao entendimento dos §§ 1° e 2° do artigo 19 da LC 101/00, lembra o .
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,I' parecerista que a norma .exclui do limite global, imposto aos ENTES· DA
FEDERAÇÃO, algumas parcelas, dentre as quais: I) as relativas a decisões judiciais
concessivas de direitos a servidores que não sejam da competência do período de
apuração; lI) as correspondentes aos inativos custeados com recursos do sistema
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previdenciario.
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não dos limites específieos, impostos aos Poderes e órgãos aqui referidos.
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GERÊNCIA DOS SISTEMAS PREVIDENCIÁRIOS
\"; No artigo 53, por exelllplo, que trata do Relatório Resmllido da Execução
'~~;l OrçamentéÍfiã, cuj a elaboração é da cOlllpetência exclusiva do Poder Executivo, delega-
:'\ se a este a responsa~ili?ade de demonstrar, fmanceira e orçamentaria:r:lente, as receit~ e
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! k despesas previdencléÍflas, bem como pronl0ver o controle atuana1 dos receptivos
\ '\ sistemas. . .. ~
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TFHBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROCESSO TC No]"024 7/00
Assinala, então, () Procurador André Carlo Torres Pontes que o dispositivo está .}
em plena consonância com as competências constitucionalmente outorgadas aos:i
Poderes, em face da organização fundaIllental do Estado (lato senso)., Ao Poder ~'~
Executivo - diz o signatário - além das funções de governo, cabe a função de~t
administrar o respectivo ente federado, gerenciaIldo a atividade fInanceira local de modo Wi
a perseguir, através elo implemento dos serviços públicos, o atendimento das'~
necessidades coletivas correspondentes, perfilhando, por óbvio, as normas e ~i~i , I"i
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Assim, além da atribuição acima já referida, cabe ao Poder Executivo: ,'!' • <,;.\~
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a) a verificação do limite legal de comprOlnetimento das despesas com inativo, ,ti: "",tl;
para fms de aUlnento e adequação da despesa com pessoal, 1ratados no art. 21 ,:~~:' :;;~!iir~
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I \ \, ou à previdência própria de servidores públicos;
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c) direta ou indiretamente, a guarda adequada das disponibilidades de caixa dos
sistemas previdenciários, nos termos do art. 43, § 1°, da LI{F;
Ii \1•. d) a proposta de destinação de receitas de capital aos regimes de previdência
I: social, nos moldes do art. 44 da LRF.
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Conclui, então, que "as despesas COln inativos não podem ser consignadas a
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Poderes ou órgãos especificamente, posto que, afora o Poder Executivo, os demais
Poderes ou órgãos não teriam como gerenciar receitas e despesas previdenciárias, e '
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, EFEITOS DA EMENDA CONSTITUCIONAL N° 25/00
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TRIBUNAL DE CON1AS DO ESTADO
PROCESSO TC NOJ.0247/00
Ante o exposto, pois, VOTO no sentido ele que este Tribunal conheça da Consulta
e, no mérito, responda ao Consulente que os gastos com inativos não integram a
despesa de pessoal palra fms de verificação do cumprimento dos limites específicos
de cada Poder (Legislativo, Executivo e Judiciário) e órgão (Tribunal de Contas e
Ministério Público), previstos no artigo 20 da Lei Complementar 101/00,
compondo-a apenas para efeito de comprovação do limite global, de
responsabilidade de c:lda ente da Federação.
É o Voto.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
ProcessoTC 10.247/00
Origem Procuradoria Geral de Justiça
Natureza Consulta
Assunto: Despesas com'Instivos. Inclusão ou não nos Limites
fixados no art. 20, LC 101/2000.
I o Servidor Público na Constituição de 1988, p. 166, ed. Saraiva, São Paulo, SP.
2 Direito Administrativo Moderno, pp. 3061307, ed. Revista dos Tribwlais, São Paulo, sr.
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do limite global
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previsto no art. 1ge
\ lVUNCAe POREMe' PARA OS LIMITES
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INDIVIDUAIS DE PODER OU ÓG,ÃOe
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urevistos no art. 20.
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de assistência e previdência é do chefe do
Poder Executivo, sua inação
resultar em responsabilidade
não pode
solidária com os
titulares dos demais poderes e órgãos;
por força da LC Estadual número 39/85, as
Aposentadorias e Pens.ões Complementares
são obrigações do Tesouro e deveriam ser
tratadas, portanto, como ENCARGOS
GERAIS DO ESTADO;
as contribuições previdenciárias compulsórias
de todos os servidores estaduais são
adlllinistradas diretamente pelo Poder
Executivo Estadual, quem não arrecada
nern gerencia os recursos não pode ter o
ônus de controlar o gasto;
na esfera municipal, CO'ITl o fim de definir os
limites de gastos do Poder Legislativo, a EC
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
25/00, introduziu o art. 29 A na CF, que exclui'
de tais limites os gastos conl inativos;
v. por fim, se ao definir o controle sobre gastos
com inativos a LRF o faz considerando··os pelo
seu total, como definido na Lei 9.7.17/98, não
se afigura lógico admitir que para verificar
os limites do art. 20, dever-se-ia
considerar em çada poder. ou órg.ão os
gastos com os "respectivos" inativos.
~r "Ex positis", entende-se, não sendo outro melhor
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1 juízo, que a Consulta constante dos autos deva ser
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"~ respondida do modo seguinte:
r. para os fins dos limites globais de despesas
~
com pessoal previstos no art. 19, LRF, DEVEM
SER COMPUTADOS os gastos com inativos
e pensionistas custeados diretarnente
com recursos do Tesouro, face ao déficit
do respectivo sistema previdenciário;
11. em razão das disposições da LC 39/85 clc os
dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal
que tratam do controle dos gastos totais com
pessoal, não cfevemr ao nível da
administração estadualr ser comput43dos
os gastos com inativos e pensionistas
:custeados diretarnente com recursos do·
Tesouror face aQ déficit do respectivo
:sistema previdenciárior NOS LIMITES POR
PODER/ÓRGÃO DEFINIDOS NO ART. 20
A?A LRF; .
IH. em razão das disposições da EC 25/00 ele os
clispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal
que tratam do controle dos gastos totais com
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recursos do Tesouro, face ao déficit do
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ESTADO DA PARAíBA
TRIBUNAL DE CONTAS
MINISTÉRIO PÚBLICO
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,'~:,pessoal para efeito de verificação do cumprimento dos limites previstos na Lei de
Responsabilidade Fiscal.
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I }. O consulente,
após discorrer sobre a competência do Poder Executivo
\ ':, para gerenciar a função de governo "previdência e assistência social"; a composição de
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I despesas com folha de pessoal dos legislativos
:: municipais, prevista na emenda "~i
\, ,constitucional nO 25/2000, que exclui os gastos com inativos; e a eL'sência de comando 'fi,
J'i: Deve o gasto com inativos compor a base de cálculo das despesas de : ]\
pessoal, que serão confrontadas com os limites por Poder ou órgão, q,
. estabelecidos no art, 20, ou apenas com o limite global definido no art. ~'i\
19, ambos da LRF ? ::;,i
I .\ Pronunciando-se sobre a matéria, a Diretoria Executiva Geral desta~'r\
li. Casa, através do seu ilustre titular, Dr. Luzemar da Costa Martins, concluiu pela exclusão \
\':j~ qo gasto com inativos do montante da despesa de pessoal de cada Poder ou órgão, para,' f
:~~~feito de verificação do cumprimento dos limites específicos previstos no art. 20, sendo '. ;,,'.":.1\,:
'j; 1n~IUído, apenas, 'para efeito de confronto com o limite global previsto no art. 19, ambos da
\ '?~ Lei de Responsabilld~de Fiscal. '. ~~\\~
\ ~~~. E o relatório, , ,!~
\'~! Preliminarmente. saliento a legitimidade da autoridade consulente e a ;.j;
\\":,1, pertinência da matéria, i~serída dentre as competências consti~u.cionalmente 1 outorgadas às . ":{;i
:'J Cortesde Contas e passlvel de resposta em termos de tese jundlca . ';1,.
:'\!~'.~; . No mérito. . ',~tJ\
:\ - Em harmonia com os fundamentos técnicos da d. Diretoria Executiva: :~'}\
\.,í Geral,acrescentando-se as seguintes observações%,':l
'\ 1~\ A Lei Complementar n,o 101/2000 (Lei de Responsabiliciade Fiscal), inclusive, sublinha a competência . j:.'.\~
\ ;,~. constitucional dos Tribunais de Contas de fiscal da gestão pública ao encarregá-Ias da verificação dos "1 1
\':;~,l cálculos dos Iiniites da despesa total com pessoal de cada Poder (Executivo, Legislativo e .Judiciário) ',1\
\ "1\ e órgão (Ministério Público e Tribunal o~qu~e~-'
de con,~ta~s~)~, ~in:c~\U~i
~8~C~alT~;~p=os:\:ça~'
o:.-d:a=-:.ba::s~e~d:.:e:....c::á:..:.\C~L.:..:.:l\O~._-----
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ESTADO DA PARAíBA
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TRIBUNAL DE CONTAS
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I i MINISTÉRIO PÚBLICO
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\:i:~ 1- Introdução
\; Com a promulgação e publicação da Lei Complementar n° 101/2000,
\< comumente conhecida "Lei de Responsabilidade da Gestão Fiscal" ou "LRF", abstraindo a sua
\ :'4~origem alienígena, restou inaugurada uma nova fase no cenário da Administração Pública,
,X a~arretando significativas mudanças em procedimentos de execução orçam~nt,ária em todos, os
<
\ nlvelS de governo, envolvendo os Poderes Executivo, Leglslatlvo e Judlclarlo, o Mlnlsterlo
i~}Público, o Tribunal de Contas, os demais órgãos da administração diret8, as autarquias, as
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fundações, os fundos, os órgãos de regime especial e as empresas estatais dependentes.
,i, Suprindo uma lacuna que há cerca de doze anos perdurava no
\ g~ ordenamento jurídico pátrio, finalmente foram elaboradas as normas complementares prometidas
\;;"noartigo 163 da Carta constitucional, para regular as finanças públicas da Nação.
, Não há dúvida de que os gestores receberarr: uma considerável
,ar~sobrecarga em suas funções, e, doravante, deverão se manter um pouco mais vigilantes nos
·~l·,assuntos administrativos, especialmente, financeiros e orçamentários; mas a sociedade, é
r! de se festejar, foi agraciada com mais um valoroso instrumento de transparência,
li,
participação e controle.
'I,t A absorção e aplicação plena de seus preceitos vão ensejar uma
\:1 concentração de esforços de todos os segmentos envolvidos na gestão da coisa pública,
l/particularmente, dos administradores e dos operadores do direito em geral, para a eficiência
I: do novo regime.
I. .
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l~ Especialmente, tratando sobre despesa com pessoal, a LRF destinou
diversos dispositivos para regular sua composição;' seus limites; suas formas de apuração,
.:t:ll~ controle e redução;c bem como o gerenciamento das despesas de natureza previdenciáriac
,~ Sobre a composição, foi estabelecido no art.18, caput e § 1°, que a
,i,:~ despesa total com pessoal representaria para o ENTE DA FEDERAÇÃO - e nElo para
,çt; cada Poder ou órgão isoladamente - o somatélrio de gastos com os ativos, inativos e
'-:\'1 pensionistas, ~m suas variadas manifestações e formas de remuneração, inclusive os
'::' valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referirE",Y1à substituição de
;'.servidores e empregados públicos.
,;i
, O § 2°, do mesmo artigo 18, encarregou-se de definir a forma de
apuração - em doze meses - para efeito de comparação com os limites. O art. 19 repetiu os
·1<
'--1' limites para os gastos com pessoal que a Lei Camata, nas suas duas versões, já havia
;~';estabelecido, globalmente, para os ENTES DA FEDERAÇÃO, fixando como parâmetro a'
{I~'
Receit,a Corrente Líquida (RCL): nos Estados e Municípios a despesa com pessoal não
\ c'lepodera ultrapassar a 60% da RCLetz
I ' '1\!. _~ __ -- -----
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ESTADO DA PARAí BA
TRIBUNAL DE CONTAS
MINISTÉRIO PÚBLICO
ESTADO DA PARAíBA
TRIBUNAL DE CONTAS
MINISTÉRIO PÚBLICO
ESTADO DA P/\RAíBA
I TRIBUNAL DE CONTAS
i
MINISTÉRIO PÚBLICO
I inativos, para fins de aumento e adequação da despesa com pessoal, tratados no art. 21,
caput e inciso li, e art. 59, § 1°, inciso IV, da LRF: ..
\
\ . Art. 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa
com pessoal e não atenda:
\
li - o limite legal de comprometimento aplicacJo às despesas com
I. pessoal inativo.
i
Art. 59. (. ..) § 1º Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou
\"~\0,~ órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:
\ -:
\ - IV - que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do
limite definido em lei;
\
i • A submissão
aos requisitos descritos no art. 24, da LRF, quando da
\ criação, majoração ou extensão de benefícios ou serviços relativos à seguridade social ou à
\.; previdência própria de servidores públicos:
.\",~:li
, ' ,.~ê01~t::
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço cJe saúde,
-,
. previdência e assistência social, inclusive os destín8.dos aos servidores
. \
públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas .
1\' •Direta ou indiretamente, a guarda adequada das disponibilidades de
'rcaixa dos sistemas previdenciários, nos termos do art. 43, § 1°, da LRF:
\l,il
\ ~,
d~:r;;:;;~~gis~~;b~g::~'~:~a
~:,,;;;g:s
~~i:.s:a:;,fc::asconn~: c~~~
limites e condições de proteção e prudência financeira.s!1-_
\:,(~~ • A proposta de destinação de receitas de capital aos reglllies de
'\fi:" previdência social, nos moldes do art. 44, da LR~rc
'\J:~ill:
. ;::~tl:
'df5
,I!I'
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da
alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o
financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos
regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.
Outrossim, o Ministério da Previdência e Assistência Social, no uso de
t ,suas atribuições conferidas pela Lei n° 9.717/98 - as de supervisionar, acompanhar e
;, prlentar os sistemas próprios de previdência pública - estabeleceu através da Portaria n.o
.t I
~ ;4.992/99, alterada pela Portaria nO 7.796100 (art. 10), que: (1) fica vedada a existência de
~ !mais de um regime próprio de previdência social dos servidores públicos, e de mais de uma
~.'lunidade gestora do respectivo regime próprio de previdência social em cada ente estatal,
b isalvo disposição em contrário da Constituição Federal; (2) entende-se como unidade
~flgestora de regime próprio de previdência social, aquela com a finalidade de gerenciamento
1M; !
K~!.- )eracionalização do respectivo regime.
i
~ll Dessume-se, então, que as despesas com inativos não podem ser
~~!consignadas a Poderes ou órgãos, especificamente, posto que, afora o Poder Executivo, os
I
;J.~~demais Poderes e órgãos não teriam como gerenciar receitas e despesas previdenciárias, e
i.~. seriam, consequentemente,
'I' gravados com o ônus de não poderem remediar eventuais
3 excessos, comprometendo até mesmo as sua~ funções institucionais, o que
;:i I constitucionalmente seria inconcebível.
('li: -6 -C-F-.-
-A--rt-.
-2-49-.-·c-om-O-o-b-je-U-v-o
de assegurar recursos para o pa'gamento de proventos de aposentadoria e
li pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos
I, tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos integrados pelos
IR
!; recursos provenientes ele contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer· natureza, mediante lei que
i;t disporá sobre a natureza e administração desses fundos.
Il;
I
I '{, ~~~Í5~~:
ESTADO DA PARAíBA
'I ;~ Yi:F· TRIBUNAL DE CONTAS
i'~
MINISTÉRIO PÚBLICO
\'1
!'"~ /1_ C) Efeitos da Emenda ConstituCÍonal
A EC n.' 25/2000, de 14 de fevereiro de 2000, promulgada e publicada
no DOU dos mesmos mês e ano, ao erltrar em vigor em 10 de janeiro de 2001, modificará e
n. o 25/2000
.'fif
~
.,~::;;,e:I~ÊRIO.___ Hlffiif~~~~}r6~;~;~rt ~~l~~,
. i População do Município/ Receita Tributária
'~-~=~~~~~~~f~~~~'~b~"
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F--~~!f;~~~':;í~~\~"'-~==-_~
De 300.001 a SOO.OOOhab. v 6% da receita tributária
_. .__ ~
29-A, 11I
.__ ._~_. __ .. .
~;1' ·
Limite de gastos com 'Folha de Pagamento' da Câmara Municipal
t- (despesa compessoal, incluindo,subsídio de Vereadores) - 3rt. 29~A, § 1°~ .. _.
·j'.r
.r.',~,
~-;;
Receit::{r:;~~ra f]
.~i~~~::~l~~~~~~;~~:~t ~~~;:':1 w __
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\ ,J, I' <::::,:j'i:",':i:!",'i::,:i@'VéRIT~RI
OS.:"',·:' •...
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\ . Geral
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v 100% do subsídio do Ministro do STF 37, XI
--/
I Receita do Município S% 29, VII
--
Ii População do Município/ Subsídio de Deputado Estadual
i
!
Até 10.000 hab, v 20% do subsídio do Deputado Estadual 29, VI, a
ii De 10.001 a SO.OOO hab. v 30% do subsídio do Deputado Estadual 29, VI, b
de SO.001 a 100.000 hab. v 40% do subsídio do Deputado Estadual 29, VI, c
De 100.001 a 300.000 hab. v SO% do subsídio do Deputado Estadual 29, VI, cf
\ --
I De 300.001 a SOO.OOOhab. v 60% do subsídio do Deputado Estadual 29, VI, e
v 7S% do subsídio do Deputado Estadual 29, VI, f
\
!
'
Acima de SOO.OOOhab.
Anote-se
- .
bem, que a EC nO 25/2000 também eSÍl,;)elece limite para a
- ...-
despesa com 'folha de Pagamento' nas Câmaras Municipais, ou seja, !'imite específico de
gastos com pessoal.
Não se pode olvidar que a LRF - Lei Complementar n° 101/2000 -
-' também regulamenta o art. 169, da Constituição Federal, que delega a esta espécie
. " normalíva a competência para estagelecer limites de despesa de pessoal ativo e inativo da i
,
. 7 A base de cálculo (Receita Tributária) é composta pelos tributos próprios e transferidos efelivamente
)t, realizada no exercício anterior: IPTU + ISS + IT81 + Contribuição de Melhoria + Taxas + cota IOF/ouro -I-
. '~!\Rf~F sa\ário/remuneração/proventos + cota ITR + cota IPVA + cota ICMS + cota IPI/exp + FPM.
i·; ,'J:
I,'~
{ ~~t~'j,
ESTAD~<--ARlíBA
TRIBUNAL DE COI\;JTAS
'" ,. o!:
MINI5TERIO PUBI::..ICO
\~
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União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni~íPios. Logo, os dispositivos desta não
conflitantes com aquela (EC n.o 25/2000) serão plehamente aplicáveis, especialmente, os
que disciplinam os chamados !imites globais e a cOQlposição
"
da despesa com pessoal.
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Logo, o outro limite de despes$ com pessoal, o específico, no caso
das Cêmaras Municipais, será aquele consignadª na ECrLo25/2000,' posto que, o
legislador, no exercício do Poder Constituinte deriváClo,
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optou..,
jJbr estabelecer tal, regra
.
em
nível constitucional, a qual prevalecerá quando c~lnfrontada'cOm normas de hierarquia
inferior. li1l •. '.
Ocorre que, o art. 29-A, da EC:!in.o25/2000, exclui, expressamente, o
gasto com inativos do limite de despesa total deu.!Município com o Poder Legislativo,
vejamos: "
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Art. 29-A. O total da despesa d9
Poder Legislativo Municipal, incluídos
os subsídios dos Vereadores é excluídos os gastos com ínaUvos,
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li;· 8 Introdução à Ciência do Direito, F<io de Janeiro, 1976, apud SEÇÇO, Orlando de Almeida. Introdução ao Estudo dó
\t Direito. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1998. \il :
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ESTADO DA PARAíBA
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I' I TRIBUNAL DE CONTAS
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,~:, Ou seja, as despesas com inativos não seriam integradas, em nível
II estadual - tal qual ocorrerá em nível municipal -, às despesas de pessoal dos PoderE~s,do
:) ~inistério Público e do Tribunal de Contas, para efeito de verificação do cumprimento dos
;i tespectivos limites' específicos de gastos neste elemento econômico.
~ \ 11/- Conclusão
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~i À guisa
da possibilidade da exclusão dos gastos com inativos do
Ir ~ontante das despesas de pesso~1 dos Poderes e ó_rgãos, para fins d,e.cumprimento dos
i I"mltes legais, as vias da Integraçao e da Interpretaçao das normas Jur-Idlcas, bem como a
f~ $nálise da competência para criar e administrar regimes previdGnciários, oferecem
'i ~Iternativas aos operadores do Direito .
. ,
~: I Diante das disposições da Constituição Federal e da Lei de
:; li' jponsabilidade Fiscal, notadamente da competência dos Tribunais de Contas para dispor
I,~obre os cálculos da despesa com pessoal dos Poderes e órgãos (LRF, art. 59, § 2°), Ias
~r@astoscom inativos não integram a despesa total de pessoal para fins de verificação do
~:~umprimento dos limites específicos de cada Poder e órgão, previstos no art. 20, da LRf=,
ir '~ompondo-Ihe apenas para efeito de confrontação com o limite globll d'e cada Ente da
~i F:ederação.
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