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Internacional sobre Patologia e Reabilitagao de Estruturas desenvolvimento econdmi- co e social de uma nagao é freqdentemente associado 20 investimento em infraes- trutura civil. Portos, rodovias, aeroportos, pontes, obras de saneamento basico em geral, usinas hidrelétricas e nucleares, dentre Outras, so obras que garantem o escoamento da producao, 0 fornecimento de energia e de Ineograntes de Mesa de Abertura ddo Cinpar 2008: Carlos Roberto Giublin; Mauro Lacerda Filho: (Gésar Henrique Daher; Enio Pazini Figueiredo: Luis Cesar De Lucca: Jase Marques Filho; José Rodolfo de Lacerda; e Thomas Garcia Carmona {p/air}; no palpivo, o professor Francisco Carvalho}. Congresso pauta-se durabilidade obras gua; que asseguram o conforto, a seguranca, ahigiene e a locomogao de pessoas; e, por fim, que geram empregos diretos e indiretos. Prova dessa afirmacao é 0 Programa de Aceleraco do Crescimento - PAC, onde se pode constatar 0 provisionamento e a previsto de gastos do governo para essas obras. Porém, tao importante quanto investir em novas obras é conservar as que existem. O patriménio construido nacional é a base do es- tagio at esenvolviment ciedade brasileira. Os recentes obras puiblicas e particulares no pais - 0 mais recente foi o rompimento da barragem Alg does, no Piaul - mostram certa displicéncia do joverno € da sociedad para com o tema Desde a fase de projeto, uma obra é Otimizacao de Estruturas de Concreto Cee ee Universidade de Tecnologia Bmo, na Republica ec eee er pert iery eo pean ee ce teed ert e incerteza, que pode eee eed eee Bsr oeeetrns Pte Pre unor Snes etait y wos Sea te asada ere heey rcLy bmi cue te peer cn os ae aE numero de anos. Hoje, j4 € possivel construir ‘obras que durem mais de 100 anos, devido aos avancos experimentados pela tecnologia do concreto e de seus sistemas construtivos, Mas, independentemente da vida util de uma cons- uso, ela necessita de cuidados de manuten- para que consiga ating ° ida, ou ainda para prolongé-lo, estendendo ino tempo os servicos prestados pela obra, tendo sta sua importancia sécio: Mesmo uma obra bem projetada e bem construida demanda cuidados, basicamente porque o proceso de dearadacao daquilo que é fabricado pelo homem é natural e afeta di- ferentemente as distintas partes da estrutura, Se a reparacio é feita no momento certo, tem cardter preventivo, ela objetiva substituir ou re- forcar as partes da estrutura mais submetidas ao desgaste, de modo a fazer com que a obra esgo- tea vida util preconizada em projeto. Quando feita em estagio avancado de deterioracao, quando as manifestacoes so de tal ordem que ameacam a seguranga e 0 desempenho, além da durabilidade da construcdo — por isso, ditas patolégicas -, entao a intervencdo é corretiva, de reabilitacao, uma tentativa de prolongar sua vida, ¢ muito mais custosa. A reabilitagao corre- tiva pode também ser concebida para prolongar a vida Gtil da obra ou para alterar algumas de suas caracteristicas de servico. Este foi 0 escopo das discussées ocor- ridas no 5° Congresso Internacional sobre Patologias ¢ Reabilitacao de Estruturas, que aconteceu de 11 2 13 de junho, em Curitiba. 0 evento reuniu palestrantes brasileiros e es- acne QD CINPAR 2009 trangeiros, pesquisadores, profissionais e estu dantes em torno de estudos sobre patologias ‘em obras civis, das boas praticas de inspecao, manutencao reabilitacao de estruturas de concreto e da necessidade de disseminacao do tema da recuperacao e da conservacao do patrimonio construido. Formado por trés paingis tematicos ~ patologia nas obras civis, reforco de estruturas @ reacdes deletérias e falhas nas estruturas ~, entre 0s quais foram divididas as 23 palestras, 79 trabalhos técnico-cientificos apresentados em sessdes plenarias e posteres, seis cursos de sss0r Enio Pazini Figueiredo fala sobre os trabalhos: ‘és Comiseao Cientifica curta duragdo, cinco apresentacdes técnico- comerciais, o evento atraiu a participacao de 248 profissionais, brasileiros de todas as regides do pais e 11 estrangeiros de Portugal, Espanha, México, Argentina e Paraguai; de 11 expositores; e contou com 0 apoio da Capes da Fundacdo Araucéria. A organizacao ficou por conta do Instituto Brasileiro do Concreto - IBRACON, do Instituto de Estudos de Materiais da Construcdo- |EMAC e do Instituto IDD, este ltimo responsavel pelo local, sob coordenacao dos professores César Henrique Daher e César De Luca. Professor José Marques Filho em sua palestra ‘sobre Novas Tecrialogias de Monitoramenta para obras de infreestrutura) “Como tem sido tradigo no Cinpar, os trabalhos apresentados foram produtos de alta qualidade, com aplicabilidade direta nas ativide: desdo dia-a-dia das empresas. dos profissionais", avaliou o presidente do Comité Cientifico do Ginpar 2009, professor Enio Pazini Figueiredo. A seguir, uma sinopse dos principais aspectos discutidos. trimonio construida problemas e des Segundo o palestrante José Marques Filho, professor da Universidade Federal do Parana e cor sultor da Companhia Paranaense de Energia—Co- pel, ainfraestrutura civil brasileira esta envelhecida »,0 que € pior, faltam critérios e processos claros esistematicos de verificacao de suas condicoes de ‘operacao. Essa situagao geral de falta de inspecao ede manutencao tem levado ao aumento das manifestacbes patologicas e aos diversos acidentes corridos recentemente no Brasil. “Eles tendem a crescer exponencialmente, se nada for feito para mudar o quadro geral', alertou. Com ele concorda Jarbas Milititsky, cujo livro “Patologia das Fundacées” foi tema de palestra no Cinpar 2009, apresentada pelo en- genheiro Edgar Odebrecht. “Cerca de 40 paises adotam programas de seguranca de barragens. Nesses paises 0 indice de acidentes esta dentro do considerado tolerével: 1 acidente em 10 mil. Jé, no Brasil, pais que ndo adotou nenhuma politica de seguranca, ocorre 1 caso para 1000. Nosso atraso em desenvolver um Programa Na- cional de Seguranca de Barragens nos custa um Indice de acidentes dez vezes maior do que 0 toleravel”, afirmou Milititisky em entrevista na ‘edicao anterior da Concreto & Construsdes. Como se nao bastasse, além da falta de ritérios de inspecdo, manutengdo e operacao, © pais carece em relacao ao seu patriménio construido: + De documentagao técnica ou da su de documentacao técnica + De profissional responsavel pela obra, para a maioria dos casos + De um banco de dados sobre o comportamento da estrutura durante sua operacdo + De recursos, que séo majoritariamente voltados para novos investimentos em detrimento da recuperacao e manutencSo. “Qual a porcentagem de investimentos iéncia ‘no PAC previstos para recuperacao?”, pergun- tou Marques Filho. Para responder: “Zero”. Com vistas a esse quadro geral, Marques propés como medida para assequrar 0 bom desem- penho da estrutura e 0 controle de suas manifes- tacdes patoldgicas um sistema de avaliaco perma- nente de cada obra. Este sistema de avaliacao: a)Seria composto por uma anilise holistica da obra, onde se levaria em conta seus aspectos geotécnicos, estruturais, de construgao, de uso, ambientais, de maneira interligada, considerando-se: + Investigacdes preliminares * Levantamento de dados dos materiais * Levantamento do historico da obra + Levantamento do comportamento estrutural previsto em projeto Acompanhamento permanente da ‘obra, por meio de bateria de inspecoes @ ensaios sistematicos, realizada periodicamente, para geracdo de um banco de dados confiavel e dinamico Avaliag3o constante dos dados gerados para verificar sua confiabilidade e consisténcia b)Seria aplicado a todas as fases do ‘empreendimento, desde o inventario, estudos de viabilidade, projeto basico e executivo até sua construgao, comissionamento, operagao e manutencdo * O comissionamento, fase em que a obra ¢ avaliada em suas condicoes antes de ser posta em operacao, constituiria 0 primeiro banco de dados da obra acabada, de onde seria possfvel criar o marco de balizamento para 0s manuais de inspecao e manutencdo periddica da obra As inspecées periddicas durante a operacao da obra possibilitariam verificar a evolucao de seu comportamento frente ao esperado, de onde surgiria a oportunidade de antecipar intervensées, assim como a de avaliar a eficiencia dessas intervencées, woe DS contribuindo efetivamente para a sustentabilidade de obra, um dos pilares do exercicio da profissao do engenheiro civil Para as obras construidas, duas medidas politicas seriam necessdrias para implementar 0 sistema de avaliagao: 0 recomissionamento obriga~ rio das obras com dads inconsistentes e a imple- mentacdode uma legislacao especifica obrigando a manutenco do patriménio construido atual © recomissionamento possibilitaria um instantaneo da situacao real de cada estrutura, com 0 uso de novas tecnologias de ensaios e de ferramentas estatisticas, que levaria a geracao de um novo manual de inspecao e manutencao, a um sistema estruturado de inspegao e manuten- do € 20 monitoramento confiavel da obra. Por sua vez, a legisiacao tornaria tais procedimentos obrigatérios, tanto para o setor ublico como para o privado, gerando no longo prazo uma cultura benéfica de inspecdo e manu- tengao de construcdes. © modelo exigiria ainda cursos de com- plementacao da formacao universitaria e a obrigatoriedade da residéncia técnica para os engenheiros egressos, para que entrem no mer- cado com conhecimento e capacidade técnica para bem construir, bem gerir e bem reparar. “A chave do-problema assenta-se no tripé - conhecimento, responsabilidade e mé- todo”, resumiu Filho. Comprometer projeto e execugaa A formacao e as responsabilidades dos engenheiros para bem construire bem reparar OD wren Professor Thomaz Ripper discute 2 arte de bem reabiltar estruturas as estruturas foram os temas abordados na pa- lestra do sécio-fundador e responsavel tecnico da LEB — Projectistas, Designers e Consultores em Reabilitacao de Construcées, empresa por: tuguesa de andlise e consultoria sobre o desem penho das construgoes, Thomas Ripper. Numa exposicao extrovertida, que, se- gundo 0 palestrante, reunia suas experiéncias, crengas, reflexes e queréncias, Ripper postulou as exigéncias feitas a0 exercicio responsavel da profissao como sendo a: a) Cultura construtiva: por ele definida como os conhecimentos e as praticas reconhecidas como as melhores, necessariamente baseadas no conhecimento das construcées e de sua historia Aplicando a exigéncia ao campo da reabi- litagao, Ripper defendeu que o levantamento de informagdes historicas simplifica 0 trabalho de reparacao, porque transforma o levantamento de caracterizacao geométrica e estrutural em simples verificag3o de conformidades. Como conseqliéncias diretas, temos: a reducéio de cus- tos; a elevacao dos niveis de confiabilidade; e a utilizacao de niveis de incerteza mais discretos b)Boa formagao: programa de aprendizagem que valorize, antes de tudo, a construcao como patriménio da Humanidade. Para ele, nao cabe mais formar arquitetos-artistas e engenheiros- calculistas ou de obras: o ensino deve promover a interacdo entre esses profissionais. ‘© engenheiro de reabilitacao lida com aspectos variados e ligados da obra, que ele precisa conhecer e dominar. Sao: * Informacao hist6rica; + Caracterizacao ambiental; + Inspecdo e ensaios para caracterizacao das areas degradadas, dos mecanismos de degradacao e dos agentes agressores # Interpretacao dos resultados, segundo ‘osniveis de confiabilidade, para estabelecer as classes e consequiéncias das manifestacdes patolégicas encontradas; Verificagao estrutural para a especificagao do dimensionamento do reforco, dos produtos, sistemas e métodos, segundo a normalizacao pertinente * Assisténcia pro-ativa a empreitada ©) Aptidao para fazer: definida como a responsabilidade pelo desempenho dos processos construtivos. Segundo 0 Palestrante, essa responsabilidade é Compartilhada entre o: + Contratante: deve perceber o que quer e por quanto tempo; bem selecionar a equipe; e respeitar as obrigacdes contratuais Projetista: deve conceber uma construgao resistente e duravel a {stos justos; definir pormenorizadamente produtos e métodos que facilitem a execucao; dar assisténcia técnica pré-ativa 4 empreitada; estabelecer 0 processo de manutencao Empreiteiro: deve garantir a melhor feprodugao do projeto em obra; ter atitude, tolerancia e interacao para questionar o projeto, para reverter especificacdes falhas; promover o adequado sistema de controle da produgo; implantar 0 processo de manutencao; garantir assistencia apés a entrega da obra + Fiscal: deve zelar pelo bom cumprimento das premissas contratuais + Usuario: deve conservar Técnicas de reabilitacao de estruturas de madeira Crack Pci Decne keane Pattie tetris Penreeth Ce eae es stculoXX produtosda cee ae ‘Cujo projeto baseia-se Cu an See | tect aed Prater ec eoeetoi) Cert eur) convidou 0 engenheito consuitor . 7 ey ae iC ne reat ry ett eee Cer) Renee cece ory Cen Pee aaa any ere poet erent sare attend ete Cet cree hone Pe ee aod Brett eraser teed ee Pete tetra ene ented Cece ue crea Reet ete lat! eee cunt ee To) Poteet eter quente ea fio; e medidas de caraterestrutural para peer ne es fret nies ene) Processa de Dessalinizacao da Vieduto da APS, em Sines, Portugal: ‘Sistema anodieg malha em titania CINPAR 2009 €)Disposicao para estar sempre se atualizando Por conta do advento do concreto no sé- culo XX e da crescente regulamentacao na are de reabilitacao estrutural, o engenheiro precisa conhecer bem o material usado na construcao (suas potencialidades e evolucao) e as leis recomendacées para a reabilitagao eficiente e responsdvel (intervir respeitando o patriménio original), que estao sempre em mudando Aregulamentacao européia recente para manutencao e reabilitacao das construcées, segundo o palestrante, especifica como parame: tros a serem observados pelos engenheiros a de finicdo de procedimentos de inspecao, ensaios, andiises, niveis de confiabilidade e critérios de especificac4o de produtos, sistemas e métodos que permitam a consciente reabilitacao das cons. trugées em concreto armado, exigindo integral compromisso entre projeto e execucao )Gostar da constru¢ao: vé-la como seu patriménio. Para Ripper, para ser um bom engenheiro, é preciso ter paixio pelas construcoes, Para justificar seu ponto de vista, Ripper trouxe ao Congresso dados sobre a frequéncia de ocorréncia de falhas e 0s custos relativos 4 re- paracdo, extraidos de pesquisa feita pelo Bureau Securitas, empresa internacional especializada no gerenciamento de riscos. De acordo com os dads, apresentados, 51% das ocorréncias de falhas esto relacionadas & execucdo, enquanto 37% refere-se a0 projeto. A reparacdo de cada uma delas divide ocusto de 43% cada. Ainda: das falhas de projeto, 78% estao relacionadas com a pormenorizaco e apenas 14% com a concepcéo. Na seqiiéncia, Ripper apresentou alguns casos em que sua empresa esteve envolvida, a titulo de ilustracao. Destacamos dois: a repai 0 da Ponte da Barra, em Aveiro, Portugal, com idade de 35 anos; e a reabilitacao do Viaduto APS, em Sines, no mesmo pais. Na Ponte da Barra, foi constatado 0 mecanismo basico de deterioragao de corrosao de armaduras causada pela difusao e intensa concentracao de cloretos, transportados por via aérea. Com isso, os niveis de confiabilidade fo- ram excedidos numa fase prematura, exigindo, no curto prazo, intervencdes de reabilitacao. Foram especificados os seguintes materiais e tipos de reparacao a)Para as zonas despassivadas: + Recobrimento * Pintura + Bons materiais * Boa execucdo + Manutengao b)Para as zonas onde foi verificada inicio de corrosao * Pintura + Aumento do PH * Dessalinizacao # Inibidor de corrosao ©) Para zonas onde foi constatada corrosao visivel: protecao catédica d)Para zonas destruidas: + Reforso + Reparacao No tabuleiro da Viaduto APS, em Sines, Polostra sobre prevencao de patologias has estruturas feita pela professor Franeisco Carvalho! Entreda do evento, onde foram expostos (8 produtos e servicas aferecidos pelas jempresas do recuperacao de estruturas (0s ensaios apontaram a dessalinizacao da massa de concreto. Como medida corretiva foi feita a Tepassivacao do aco da armadura pela extracao de cloretos pelo metodo eletroquimico, Aumentar a durabilidade: Pequisitos preconizados ‘Como visto nos casos e dados apresenta dos, as patologias tém, freqtientemente, origem em falhas de projeto e de construcao, outra Wertente explorada no Cinpar 2009. Tanto que, fem sua apresentacdo, o professor Marques Filho 9B chamava a atencdo dos congressistas para ‘que 0 sistema de avaliacdes permanentes por fle proposto cuide de todas as fases da obra. Eo {Professor Thomaz Ripper, ao dividir as responsa- lidades pelo processo construtivo, fez de modo lances-las entre contratantes, arquiteto: as, engenheiros de obras, fiscais e usuarios. Em tempos da preméncia da responsa- Tecursos e materiais, o emprego de recursos js, a minimizagao de desperdicios e G20 de produtos degradantes do meio jiente sao varidveis com densidade cada maior nos projetos construtivos, uma so- iconstrutiva sustentavel muito explorada lidade das construcSes. Em outras pala- Drojétar e construir com conhecimento, f responsabilidade de modo que as durem mais, que fiquem por mais tempo ido seus servicos dentro dos limites de fanga ¢ estabilidade requeridos. ‘Todos os palestrantes discorreram sobre ema, mas coube ao professor da Universidade do Vale do Acaral, Francisco Carvalho, a maior énfase. © professor Carvalho foi 0 idealiza- dor do Congresso Internacional sobre Patologias € Reabilitagao de Estruturas, a0, em 2000, notar a caréncia de conhecimento da comunidade téc- nica relativo ao tema. Resolveu, entao, convidar eminentes pesquisadores da area para proferirem palestras na Universidade Federal do Vale do Aca: rai, em Sobral, organizandoo primeiro Cinpar. De 14 para cé, 0 evento viajou para Fortaleza, esteve em Portugal, aconteceu neste ano em Curitiba, , para 2010, esta programado para ocorrer em Cérdoba, na Argentina. Em sua exposicao, 0 professor Carvalho tragou um breve panorama das construcdes, 0 qual mostrou que a durabilidade foi um requisito sempre perseguido. “No Império Romano, o ar- quiteto construtor Vitruvius j4 ensinava que as cconstrugGes precisam ser resistentes, duraveis e be- las". Prosseguiu: “esses mesmos principios estavam presentesna Standard Building Regulations for Use of Reinforced Concrete, a primeira norma norte- americana sobre concreto armado, de 1910, onde se postulava que as armaduras devem ser colocadas corretamente dentro das formas fixadas para no se movimentarem; que 0 concreto deve ser dosado ‘numa proporcdo que asseguireresist8ncia minima a compressao a época de 15IMPa;e que as armaduras precisam ser protegidas pelo concreto por camadas de cobertura especificadas pela norma”. Qualquer construtor pode perceber que, apesar de as especificagdes citadas terem sido formuladas num ambiente onde se procurou as- segurar a seguranga e durabilidade das obras de concreto, elas nao sao as atualmente aceitaveis. Os limites de cobertura e de resisténcia & compressso foram majorados, para novamente fazer jus a0 requisito da durabilidade das construcoes. E assim mesmo. Cada norma espelha as experiéncias de seu tempo. “Os codigos precisam ser dinamicos, atualizando-se conforme surgem novos materiais, ~moome @ CINPAR 2009 Patologia das Fundacoes Em sua palestra, 0 engenheiro Oscar Odebrecht apresentou as origens mais comuns das patologias em fundacdes. A Penien ek ier OW tre eR er ee Ce eg ‘de problemas de fundacées; patologias decorrentes de incertezas quanto as condicées do subsolo Peer as ‘a)Auséncia de investigaca0:tipico de obras de pequeno porte; em geral, por motives e¢onémicos; prtica inaceitavel; Eyes ie i Dee urea ree ee eee eee de problemas em obras correntes, devido a extrapolacao indevida de informacoes Profundidade de investigacao insuficiente nao caracterizando camedas de comportamento distinto, em geral, e pior desempenho, também solicitadas pelo carregamento; problema muito comum: Gee ec eet aa eee cet eect ed Poirier cen eeu eure cd Preece accor) Oe ee et ee a Petr ate Falta de nivelamento dos furos em relaco a referén Descrigao equivocada do tipo de solo ON enee oka teksts Pe ee er ee cd Pe aegis a) Consideracoes referentes 20 comportamento do solo e nao somente as cargas permarientes e ac da superestrutura 1b) Possiveis formas de transferéncia de cargas, com célcule de seus elementos verificagdo de sua sequranca ©) Dimersionamento estrutural de fundacdo com planta contendo todas as caracteristicas da solucao adotada © 0s Creare ae CU ket uc Scud Oa eee ery ere eet) eee aes eter) novas demandas construtivas, novos métodos de Gélculo, novossistemas construtivose maior conhe cimento do concreto”, completou Carvalho. A norma brasileira de projeto de estru turas de concreto, a ABNT NBR 6118, que é de 2003, define a durabilidade como a capacidade da estrutura em resistir 4s influéncias ambientais previstas, definidas em conjunto pelo projetista € pelo contratante, no sentido de conservar sua seguranca, estabilidade e aptido em servigo du- rante periodo correspondente a sua vida util. Qs principais mecanismos de deteriora- ao da estrutura relativos as ameacas ambien- tais so classificados pela norma quanto aos: a)Relativos ao concreto: + Lixiviacdo: ago de aguas puras, carb6nicas e dcidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta de cimento ' Reacées expansivas deletérias entre sulfatos presentes na gua e produtos da pasta de cimento + Reacdes expansivas deletérias entre Alcalis do cimento e agregados reativos na presenca de agua ++ Reacdes deletérias superficiais de agregados + Reacdo deletéria provocada por ferruginosos presentes no agregado b)Relativos 4 armadura: + Despassivacao por carbonatacao (acao do gas carbénico da atmosfera) + Despassivacao por elevado teor de cloreto ©) Relativos a estrutura: + Ages mecdnicas # Movimentacdes de origem térmica * Agées ciclicas * Retragao e fluéncia * Relaxacao Para estipular 2 durabilidade da obra, 0 projetista leva em conta as condicées ambientais de macro (regiao) © micro-clima (lugar da obra) onde serd construida a estrutura, para, entao, determinar a escolha certa dos materiais e de suas proporgées, para estabelecer as melhores praticas construttivas eo melhor desenhode projeto, "Oam- biente agressivo de Fortaleza tem demandado um concreto menos permeavel, mais denso-e, portanto, mais durdvel, com osimples bom senso de seguir as normas ¢ recomendacbes”, exemplificou. No que concerne 20 projeto, a ABNT NBR 6118 preconiza os seguintes parametros apresentados pelo palestrante: a) Evitar a acumulagao de agua proveniente da chuva ou da limpeza sobre as superficies De maio. eee ranged Se ont) Griese noe cis fee ee ee Peete ences Oe er tee ar eur er i) Roehm acute cee eee eee ue as reais condicdes construtivas jam checadas e avaliadas para a conformidade do projeto a situacao real Pea inet eet tc nee ees Caracerstcas do concreto inadequatdas falta ou excesso de energia de cravagdo; uso inadequado de emendas; Oe f)Deac Geen eer SL ec 4, Pode ainda haver problemas de fundacées decorrentes da movimentacao ou instat Pee ea ee re et eae a) Novas construgbes sem o cuidado de promover juntas entre elas e a fundacio existente Der Cuneo ome cad sficies expostas e horizontais dever ser convenientemente drenadas, com disposicao de ralos econdutores + Juntas de movimento ou dilatacao devem ser seladas, de modo a torné-las estanques 4 passagem de gua (percolacdo) + 05 topos de platibandas e das paredes devem ser protegidos com chapins; encontros com niveis diferentes, por tuifos; e os beirais devem ter pingadeiras Estabelecer parametros minimos, segundo Ottipo e nivel de agressividade do ambiente: # Da qualidade do concreto + De espessura de cobrimento das atmaduras ‘e)Detalhar 0 posicionamento das armaduras: + Para facilitar as operagoes de lancamento e adensamento do concreto + Para prever espaco suficiente para a ‘entrada da agulha do vibrador d)Controlar a fissurac3o do concreto: Pela especificacao de um concreto de boa qualidade # Pela especificacao do cobrimento adequado das armaduras )Buscar formas arquiteténicas + Que aumentem a durabilidade da estrutura + Que permitam 0 acesso a inspecao e manutencao de partes da estrutura com vida util inferior ao todo, tais como: aparelhos de apoio; caix6es; insertos; impermeabilizagdes; etc f) Estabelecer medidas especiais em casos de condig6es de exposicéo adversas, tais como: * Aplicacdo de revestimentos idrofugantes e pinturas impermeabilizantes sobre as superficies + Revestimento com argamassas, ceramicas, etc * Galvanizacao de armaduras, protecdo catédica de armaduras, etc 9) Prever a inspegdo e manuteng3o preventiva da construc3o Num balango final do evento, o enge- nheiro Luiz César De Luca, um de seus organi- zadores, arrematou: “o quinto Cinpar superou 5 expectativas. Reunindo grandes nomes da engenharia, o evento mostrou que o setor esta bastante preocupado e investe muito em aprimoramentos, na troca de informacGes ena atualizacao profissional”. © CINPAR 2009

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