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Poesia

LER DRUMMOND
Waly Salomo

Pico de Itabira
que mquina mineradora no corri
a prpria obra potica de CDA,
pice do modernismo brasileiro.
Fulano de tal situa sua poesia entre o smbolo e a
alegoria
e beltrano vislumbra nela o princpio-corroso
e sicrano percebe uma potica do risco;
enquanto este escrutina a tcnica da palavra-puxa-palavra
aquele outro detecta uma estilstica da repetio.
Entanto as interpretaes subsidirias
no criam uma pelcula fantasmtica
entre o leitor treinado, o leitor plurifocal, e a poesia de
Drummond.
Esta permanece qual rtilo e incorruptvel diamante,
imune aos assaltos dos exrcitos da hermenutica.

Pratico umas leituras luteranas,


e, desde que fato nunca nem h mais,
giram que giram celeradas as roldanas das interpretaes

enfio um p aqum e o outro p alm,


um contato direto e sem intermedirios
com as sete faces dos seus veios polidricos.
Reler Drummond pela milionsima vez uma aventura
admica,
um convite renovado ao espanto e a surpresa.
Close readings nas internas das galerias das minas.
Magia lcida, esfinge clara:
chiar para no ser destitudo do estmulo do simples
enigmtico.
Uma pedra de tropeo quebra o sono dogmtico.
Aucarado? Edulcorado? Nunca de nncaras.
Dissoluo de Minas, famlia, Deus.
Morte do absoluto & despetalar da rosa do bloco
histrico & reduo eidtica
Em clave sinttica:
Chega um tempo em que no se diz mais: Meu Deus
Tempo de absoluta depurao.

Oficina irritada em direo a um sereno/escalavrado


agnosticismo.
A vida passada a limpo no em nome da restaurao
do perdido
Mas sim da almejada: Nudez.

Estoicismo sem consolo nem vanglria.


A procura da poesia um aparelho processador/
reprocessador
Que nulifica bazfias.

Ler Drummond:
pela milionsima e mais uma vez e mais...

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