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PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA
IDENTIFICAO DOS VETORES CUJA PRESENA
LEGITIMA O RECONHECIMENTO DESSE
POSTULADO DE POLTICA CRIMINAL
CONSEQENTE DESCARACTERIZAO DA
TIPICIDADE PENAL EM SEU ASPECTO MATERIAL
ATO INFRACIONAL EQUIVALENTE AO DELITO DE
FURTO 'RES FURTIVA' NO VALOR DE R$ 110, 00
(EQUIVALENTE A 26,5% DO SALRIO MNIMO
ATUALMENTE EM VIGOR) DOUTRINA
CONSIDERAES EM TORNO DA JURISPRUDNCIA
DO STF PEDIDO DEFERIDO. O PRINCPIO DA
INSIGNIFICNCIA QUALIFICA-SE COMO FATOR DE
DESCARACTERIZAO MATERIAL DA TIPICIDADE
PENAL.
- O princpio da insignificncia que deve ser
analisado em conexo com os postulados da fragmentariedade e
da interveno mnima do Estado em matria penal tem o
sentido de excluir ou de afastar a prpria tipicidade penal,
examinada na perspectiva de seu carter material. Doutrina. Tal
postulado que considera necessria, na aferio do relevo
material da tipicidade penal, a presena de certos vetores, tais
como (a) a mnima ofensividade da conduta do agente, (b) a
nenhuma periculosidade social da ao, (c) o reduzidssimo grau
de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da
leso jurdica provocada apoiou-se, em seu processo de
formulao terica, no reconhecimento de que o carter
subsidirio do sistema penal reclama e impe, em funo dos
prprios objetivos por ele visados, a interveno mnima do
Poder Pblico.
O POSTULADO DA INSIGNIFICNCIA E A
FUNO DO DIREITO PENAL: 'DE MINIMIS, NON
CURAT PRAETOR'.
- O sistema jurdico h de considerar a
relevantssima circunstncia de que a privao da liberdade e a
restrio de direitos do indivduo somente se justificam quando
estritamente necessrias prpria proteo das pessoas, da
sociedade e de outros bens jurdicos que lhes sejam essenciais,
notadamente naqueles casos em que os valores penalmente
tutelados se exponham a dano, efetivo ou potencial, impregnado
de significativa lesividade. 'O direito penal no se deve ocupar
de condutas que produzam resultado, cujo desvalor por no
importar em leso significativa a bens jurdicos relevantes no
represente, por isso mesmo, prejuzo importante, seja ao titular
do bem jurdico tutelado, seja integridade da prpria ordem
social' (HC n. 94.505/RS, Rel. Ministro CELSO DE MELLO,
j. Em 16-9-2008).
Publique-se.