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O documento descreve a história do protestantismo no Brasil desde sua chegada no século XVI com os calvinistas franceses até o século XIX. O calvinismo foi introduzido durante a primeira invasão francesa em 1555, mas a experiência não foi bem-sucedida e os calvinistas foram expulsos dois anos depois. Os holandeses trouxeram o calvinismo novamente no século XVII durante seu domínio no nordeste, organizando igrejas, porém também sem muito sucesso de conversões. No século XIX, diferentes denominações protestantes come
O documento descreve a história do protestantismo no Brasil desde sua chegada no século XVI com os calvinistas franceses até o século XIX. O calvinismo foi introduzido durante a primeira invasão francesa em 1555, mas a experiência não foi bem-sucedida e os calvinistas foram expulsos dois anos depois. Os holandeses trouxeram o calvinismo novamente no século XVII durante seu domínio no nordeste, organizando igrejas, porém também sem muito sucesso de conversões. No século XIX, diferentes denominações protestantes come
O documento descreve a história do protestantismo no Brasil desde sua chegada no século XVI com os calvinistas franceses até o século XIX. O calvinismo foi introduzido durante a primeira invasão francesa em 1555, mas a experiência não foi bem-sucedida e os calvinistas foram expulsos dois anos depois. Os holandeses trouxeram o calvinismo novamente no século XVII durante seu domínio no nordeste, organizando igrejas, porém também sem muito sucesso de conversões. No século XIX, diferentes denominações protestantes come
A mais antiga forma de protestantismo a se estabelecer
no Brasil foi o calvinismo, implantado durante a primeira invaso francesa, acontecida em 1555, sob o comando de Nicolas Durand de Villegaignon (1510-1571). O chefe invasor, depois de conquistar parte do Rio de Janeiro, pediu a Genebra o envio de pregadores reformados, solicitao esta que recebeu aprovao do concistrio local e do prprio Calvino. Isto posto, foram escolhidos para tal misso dois pastores, Matthieu Verneuil e Jean du Bourdel, auxiliados por um grupo de irmos de f. Eram eles: Pierre Bourdon, Matthieu Verneuil, Jean du Bourdel, Andr la Fon, Nicolas Denis, Jean Gardien, Martin David, Nicolas Raviquet, Nicolas Carmeau, Jacques Rousseau e Jean de Lry.[1]
Os escolhidos chegaram ao Rio em 10 de maro de
1556 e, no dia 21 seguinte, celebraram no Forte de Coligny a primeira ceia protestante da histria americana; mas, a aventura no foi feliz. As tentativas de converso dos nativos no deram resultado, levando Jean de Lery, a desabafar: apesar das prdicas feitas a este povo brbaro, nenhum indivduo quis abandonar sua crena e converter-se.[2] Como se no bastasse, Villegaignon abjurou ao protestantismo e expulsou os calvinistas que tiveram de voltar para a Europa em 4 de junho de 1557. Outros trs foram seriam estrangulados e jogados nas guas da baia de Guanabara no dia 9 de fevereiro do ano seguinte. Foi o fim da pioneira experincia protestante em solo brasileiro.[3]
Os portugueses conseguiram expulsar definitivamente
os ltimos franceses do Rio de Janeiro em 1567, mas, uma nova investida do calvinismo aconteceu quando os holandeses conquistaram a Bahia em 1624. Assim, no dia 11 de maio daquele ano se celebrou em Salvador o primeiro culto da Igreja Reformada. Tratou-se de uma experincia fugaz pois os invasores acabaram sendo expulsos em 1 de maio do ano seguinte. Em 1630, no entanto, os holandeses voltaram, estabelecendo-se no Pernambuco. Tambm desta vez, desde o incio tiveram ministros religiosos calvinistas servindo suas tropas a exemplo de Johannes Baers, que depois escreveu: Fiquei em Olinda dez semanas [] e ajudei a introduzir a prdica da Palavra de Deus e o verdadeiro culto divino.[4]
Ao tempo do governo de Johan Maurits van Nassau-
Siegen, conhecido no Brasil come Joo Maurcio de Nassau (1604-1679), o domnio holands atingiu sua mxima grandeza, englobando territrios que se estendiam do Sergipe ao Maranho; mas, o calvinismo permaneceu sempre uma nfima minoria. Mesmo assim, foram organizadas 22 igrejas e congregaes, dois presbitrios (Pernambuco e Paraba) e um snodo, o Snodo do Brasil (1642-1646). Suas comunidades eram servidas por mais de 50 pastores (predicantes), alm de pregadores auxiliares (proponentes) e outros oficiais. Apesar disso, por motivos de convenincia, os holandeses tiveram de tolerar a liberdade de culto dos catlicos, malgrado tenham expulsado vrios religiosos e ocupado arbitrariamente diversas igrejas para nelas celebrarem seus cultos. Tambm proibiram a presena de visitadores do bispo da Bahia, o pagamento de dzimo aos padres e a substituio dos religiosos falecidos com outros novos.[5] Por outro lado, as tentativas de fazer novos adeptos para o calvinismo, exceo feita a alguns grupos indgenas, foram um fracasso, como veio a reconhecer Gaspar Barlu (1584-1648): muito tnue a esperana de converso dos papistas...[6]
Deve-se acrescentar ainda que os protestantes
holandeses se envolveram em casos de intolerncia violenta, como os massacres realizados no Rio Grande do Norte em 1645. Por isso, a Insurreio Pernambucana que eclodiu naquele ano, tambm teve motivaes religiosas. Foi entoando a Salve Regina que os insurgentes brasileiros se lanaram contra os invasores na vitoriosa batalha do Monte das Tabocas em 3 de agosto de 1645. Eles reconquistaram a cidade de Olinda aos 24 de abril de 1648 e, aps o triunfo decisivo na segunda batalha dos Guararapes, no dia 19 de fevereiro de 1649, naquele lugar seria construda a igreja de Nossa Senhora das Vitrias. Enfim, em 27 de janeiro de 1654 os holandeses tiveram de firmar a rendio em Recife. Com a sua partida, acabaram sendo eliminados todos os sinais de presena calvinista no Brasil.[7]
No sculo XIX os protestantes reapareceram. Isso
aconteceu porque em 1808 a famlia real portuguesa, fugindo da invaso napolenica, se estabeleceu no Brasil, abrindo, no dia 25 de novembro daquele ano, os portos da colnia s naes amigas. Percy Clinton Sydney Smythe, Lord Strangford (1780-1855), diplomata britnico que acompanhara os nobres na sua fuga, conseguiu em 1810 que fossem estabelecidos dois tratados entre Portugal e Inglaterra, um de comrcio e navegao e outro de amizade. O primeiro deles, datado de 19 de fevereiro, continha dois artigos concedendo a liberdade de culto privado para os ingleses. Assim, eles passaram a realizar celebraes anglicanas em navios de guerra ancorados no porto do Rio ou em residncias particulares, entre as quais a do prprio Lord Strangford, at que, em 1816, chegou um capelo, Rev. Robert C. Craine. Em 12 de outubro de 1819 seria lanada a pedra fundamental do primeiro templo protestante do Imprio, localizado rua dos Barbonos (atual Evaristo da Veiga), inaugurado no dia 26 de maio do ano seguinte. Sucessivamente, outras igrejas anglicanas foram erigidas em Niteri, So Paulo, Santos e Recife; mas, a denominao jamais progrediu no Brasil, at porque, seu culto era celebrado somente em lngua inglesa e os ministros nunca desenvolveram qualquer atividade missionria.[8]
Nesse meio tempo, protestantes de outras
nacionalidades tambm comearam a imigrar, mas, como os primeiros, tampouco criaram razes. Por este mister, ao ser proclamada a independncia em 1822, nenhum culto reformado ainda celebrava em portugus no Brasil. Mesmo assim, a primeira Constituio brasileira, outorgada em 1824, tolerou o culto privado dos no catlicos. Foi justamente no dia 18 de julho daquele que um grupo de luteranos proveniente da Alemanha se estabeleceu em So Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Desde o incio contou com a presena de um pastor e, o grupo se reforaria com as levas subseqentes.[9] Antes que o Primeiro Imprio terminasse, em junho de 1827, o cnsul da Prssia, Karl Wilhelm von Theremin (1784-1852), organizou a "Comunidade Protestante Alem-Francesa do Rio de Janeiro", onde se reuniam imigrantes luteranos e calvinistas. O primeiro pastor foi um certo Ludwig Neumann; mas, com o tempo, dita comunidade perdeu seu ecletismo religioso, assumindo uma feio tipicamente luterana. Em seguida, no perodo regencial, novas tentativas de infiltraes protestantes se verificaram, provenientes sobretudo dos Estados Unidos. O primeiro ministro yankee a colocar os ps no Brasil foi Fountain Pitts, um jovem pastor metodista de 27 anos de idade, que desembarcou no Rio de Janeiro aos 19 de agosto de 1835, para uma primeira sondagem. Ele regressou sua ptria em 1836 e, com base nas informaes que deu, foi enviado para missionar no Brasil Justin Spaulding (1802-1865), que desembarcou em 19 de agosto de 1836. Para auxili-lo vierm depois outros missionrios, entre eles Daniel Kidder (1815-1891), che chegou em 1837, permanecendo at 1840. Nenhum desses pioneiros conseguiu resultados satisfatrios e o metodismo abandonou o Brasil em 1842, aonde retornaria apenas em 1867.[10]
A segunda metade do sculo XIX foi o perodo em que
o protestantismo se estabeleceu de vez no Brasil. Uma iniciativa de parcial sucesso foi realizada pelo mdico escocs, Robert Reid Kalley (1808 1888), membro da Igreja Congregacional, chegado ao Brasil em 10 de maio de 1855. Ele entrou no pas j conhecendo a lngua portuguesa, pois havia trabalhado durante oito anos em Funchal, na Ilha da Madeira, at que de l fora expulso. Em 11 de julho de 1858, com um pequeno grupo de nefitos, ele fundou a assim chamada Igreja Evanglica, rebatizada em 1863 como Igreja Evanglica Fluminense Paralelamente, aos 12 de agosto de 1859, chegou o pregador presbiteriano Ashbel Green Simonton (1833 1867) que, aos 12 de janeiro de 1862, junto de outro recm-chegado, o alemo naturalizado estadunidense Francis Joseph Christopher Schneider (1832-1910), inaugurou o primeiro templo da sua confisso no Rio de Janeiro. Seguiu-se a fundao do jornal quinzenal A Imprensa Evanglica em 1864, e a formao do presbitrio em 1865. Dito presbitrio contava apenas com a igreja me do Rio, e, fora da capital federal, as pequenas comunidades de So Paulo (fundada em 1863) e Brotas (1865). Depois dessas surgiriam novos ncleos em Lorena (1868), Sorocaba (1869), e Borda da Mata (1869).[11]
O primeiro pastor presbiteriano brasileiro foi um padre
apstata paulista chamado Jos Manoel da Conceio (1822-1873), ordenado em 1845. Homem psicologicamente instvel, acabou sendo dispensado da maioria das funes sacerdotais, indo viver numa pequena casa de campo, nos arredores de Rio Claro. Ao saber da sua situao, Alexander Latimer Blackford (1829-1890), cunhado de Simonton, foi contat-lo, convencendo-o a aderir ao Presbiterianismo. No dia 30 de outubro de 1866 ele foi condenado como herege e incurso ipso facto na pena de excomunho maior.[12]
Jos Manoel no parece ter se perturbado com a
condenao, pois no dia 17 de dezembro do mesmo ano aceitou tranqilamente de se tornar pastor. Suas crises, no entanto, no cessaram, e Simonton em pessoa diria aos 26 de novembro de 1864, que o ex-padre estava to deprimido com seus sofrimentos nervosos, que a morte lhe seria alvio.[13] Mesmo assim, a atuao que desenvolveu foi considerada determinante e quando morreu em Iraj/ RJ, na vspera do natal de 1873, as bases para a expanso futura do protestantismo no Brasil j estavam consolidadas.[14]
Outras denominaes protestantes tambm chegaram
naquele perodo. Foi o caso da Misso Metodista episcopal, em 1867 e da Misso Batista, em 1881; seguidas da Misso Episcopal, em 1890; e ainda da Help for Brazil, congregacionalista, fundada em 1893.[15] Todas elas contavam com apoio de certos anticlericais, que no dispensavam aliados na luta contra o ultramontanismo. Obviamente que nenhum opositor do Catolicismo se converteu ao protestantismo, pois se tratava de mero oportunismo poltico, razo pela qual Dom Vital viria a denunciar o trabalho incessante de protestantinizar o pas.[16] Dom Antnio de Macedo Costa manifestou igual apreenso em 1875, na dedicatria contida no catecismo popular que lanou: augusta, Imaculada Virgem Maria, protetora do Imprio de Santa Cruz; que no permitir jamais que nesta terra catlica lance razes a impiedade protestante.[17]
O receio era fundamentado, pois um verdadeiro
paradoxo se afirmou: o Catolicismo, na condio de religio de Estado, era cerceado por um sufocante regalismo, enquanto que o protestantismo, oficialmente sob variadas restries legais, gozava de grande liberdade de ao. Como bem explicou Dom Jos Pereira da Silva Barros, bispo de Olinda, tratava-se de verdadeira hipocrisia institucionalizada: Com efeito, os dissidentes, sem algum embargo do poder civil, faziam no Brasil a mais livre propaganda, pregando as suas descrenas particular e publicamente, distribuindo bblias falsificadas e folhetos plenos de heresias, de afrontas e diatribes contra a Igreja, seu Chefe, seu culto e seus ministros; batizavam e rebatizavam; casavam a quantos os procuravam nesse intuito, estrangeiros e nacionais, mesmo ligados a impedimentos dirimentes reconhecidos pelas leis civis; tinham seus cemitrios e sepultavam neles os seus mortos com as cerimnias de seus ritos e sem alguma dependncia do poder eclesistico; possuam seus templos com formas bem diversas das usadas nas habitaes particulares e neles celebravam seus cultos publicamente, com as portas abertas a todo povo; viviam enfim no Imprio, como se habitassem um pas protestante. Se alm da liberdade no havia igualdade (os grifos so do autor) dos cultos, era porque os acatlicos levavam vantagens aos catlicos no gozo de imunidades. Parecer absurdo e estranho isto, mas a verdade dos fatos.[18]
A secularizao do Estado em 1890 e Constituio
laica de 1891 instituiram a no interferncia poltica em matria religiosa. O Catolicismo se viu, enfim, livre para reestruturar-se, e o protestantismo, por outra parte, foi reforado com a chegada de novas denominaes. No sculo XX o pentecostalismo se tornou o grande fenmeno, vindo a se converter na mais numerosa e aguerrida faco neo-protestante no pas. A primeira seita pentecostal teve incio aos 8 de maro de 1910, por iniciativa de dois italianos: Luigi Francescon (ex- valdense) e Giacomo Lombardi, que deram origem, no bairro paulistano do Brs, a uma comunidade que viria mais tarde a ser chamada de Congregao Crist no Brasil. Contemporaneamente, dois pregadores batistas suecos, depois de residirem nos Estados Unidos, chegaram a Belm do Par no dia 19 de novembro de 1910. Eram eles Daniel Berg (1885-1963) e Gunnar Vingren (1879-1933). Desentendendo-se com a comunidade eclesial de origem, a causa das prticas pentecostais que adotavam, como a glossolalia, fundaram um grupo a parte chamado de Misso da f apostlica. Aos 11 de novembro de 1918, sabendo da existncia nos Estados Unidos de uma certa Assemblia de Deus, optaram por utilizar o mesmo nome, mas sem manter filiao com sua similar norte- americana. A partir da, a proliferao de novas seitas se transformou numa realidade dramtica.[19]
Isso levou depois Dom Sebastio Leme a lanar um
alerta ainda hoje no devidamente respondido: Nossas trincheiras esto sendo invadidas pelo inimigo. Espiritismo, Protestantismo, livre-pensamento, dios sectrios, anarquismo, o respeito humano, a descrena enfim, enfim, e o indiferentismo religioso penetram em nossos arraiais. Mas... os soldados so poucos, os soldados jazem por terra, sonolentos, feridos de tdio, cheios de torpor...[20]
Notas
Members of Stablished Church, The Christian
observer, vol. 26, Elierton and Handerson, London 1827, pp. 743-744. Jean de Lry, Viagem terra do Brasil, Livraria Martins, So Paulo 1941, pp. 31, 86. Jean de Lry, Viagem terra do Brasil, p. 27. Hlio Vianna, Histria do Brasil, 12 ed., Edies Melhoramentos, So Paulo 1975, p. 155. Gaspar Barlu, Histria dos feitos praticados no Brasil durante oito anos sob o governo do Ilstrssimo Conde Joo Maurcio de Nassau, pp. 47, 52. Gaspar Barlu, Histria dos feitos praticados no Brasil durante oito anos sob o governo do Ilstrssimo Conde Joo Maurcio de Nassau,, pp. 136-137. Cf. Maurlio Csar de Lima, Breve histria da Igreja no Brasil, Edies Loyola, So Paulo 2004, pp. 54-56. Carl Joseph Hahn, Histria do culto protestante no Brasil, ASTE, So Paulo 1989pp. 70 72. Ida Teresa Ceron, Conscincia viva, Editora Pallotti, Santa Maria 1987, pp. 404 405. Justice C. Anderson - Justice Anderson, An Evangelical Saga: Baptists and their precursors in Latin America, Xulon Press, Maitland 2005, pp. 39-40. Jlio Andrade Ferreira, Galeria evanglica, Casa Editora Presbiteriana, So Paulo 1952, pp. 14 15, 48. ASV, Circular(19-2-1867), em: Nunciatura Apostlica no Brasil, fasc. 185, caixa 41, fl 22 23. Ashbel Green Simonton, Dirio, 1852 1867, Casa Editora Presbiteriana, So Paulo 1982, p. 195. mile G. Lonard, O Protestantismo no Brasil, ASTE, So Paulo 1963, pp. 56 67. Cf. mile G. Lonard, O Protestantismo no Brasil, pp. 73 74. Vital Maria Gonalves de Oliveira, Abrg Historique de la question Religieuse du Brsil, Imprimerie de la Propagande, Rome 1875, p. 19. Antnio de Macedo Costa, Sobre a Igreja Catlica, Tipografia Moreira, Maximino & Cia, Rio de Janeiro 1875p. 3. ASV, Carta de Dom Jos ao Internncio (25-1- 1890), em: Nunciatura Apostlica no Brasil, fasc. 330, caixa 68, doc. 15, fl. 35. Dilermando Ramos Vieira, O processo de reforma e reorganizao da Igreja no Brasil (1844-1926), Editora Santurio, Aparecida 2007, pp. 507-508. Laurita Pessoa Raja Gabaglia, O Cardeal Leme, Livraria Jos Olympio Editora, Rio de Janeiro 1962, p. 106.