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Os livros apócrifos e pseudépigrafos são escritos bíblicos não canônicos que surgiram entre o Antigo e Novo Testamento. Os apócrifos foram aceitos pelos judeus do Egito e pela Igreja Católica, mas rejeitados pelos judeus da Palestina e protestantes. Os pseudépigrafos nunca foram plenamente aceitos e tratam de temas como evangelhos e profecias atribuídas a figuras bíblicas.
Os livros apócrifos e pseudépigrafos são escritos bíblicos não canônicos que surgiram entre o Antigo e Novo Testamento. Os apócrifos foram aceitos pelos judeus do Egito e pela Igreja Católica, mas rejeitados pelos judeus da Palestina e protestantes. Os pseudépigrafos nunca foram plenamente aceitos e tratam de temas como evangelhos e profecias atribuídas a figuras bíblicas.
Os livros apócrifos e pseudépigrafos são escritos bíblicos não canônicos que surgiram entre o Antigo e Novo Testamento. Os apócrifos foram aceitos pelos judeus do Egito e pela Igreja Católica, mas rejeitados pelos judeus da Palestina e protestantes. Os pseudépigrafos nunca foram plenamente aceitos e tratam de temas como evangelhos e profecias atribuídas a figuras bíblicas.
O vocbulo apcrifo, que significa escondido ou secreto,
aplica-se genericamente a uma srie de livros surgidos no perodo entre o Antigo e o Novo Testamento, chamado de interbblico ou 400 anos de silncio.
Os livros apcrifos, cujo nmero varia de onze a dezesseis,
chegaram at ns de certo modo unidos aos livros cannicos da Bblia.
OS APCRIFOS DA SEPTUAGINTA SO:
1. Terceiro Livro de Esdras;
2. Quarto Livro de Esdras;
3. Tobias;
4. Judite;
5. Adies ao Livro de Ester;
6. Sabedoria de Salomo;
7. Sabedoria de Jesus o Filho de Siraque ou
Eclesistico;
8. A Segunda Parte de Baruque conhecida com a
Epstola de Jeremias;
9. Acrscimos ao Livro de Daniel;
10. A Orao dos Trs Moos;
11. Susana;
12. Bel e o Drago;
13. A Orao de Manasss;
14. O Primeiro Livro dos Macabeus;
15. O Segundo Livro dos Macabeus.
AS OPINIES ECLESISTICAS
As opinies eclesisticas atravs de vrias pocas tem
diferido quanto ao valor dessa literatura. Os judeus da disperso no Egito revelaram alta estima por estes escritos e os incluram na traduo do Antigo Testamento para o grego, chamada de Septuaginta, mas esses mesmos escritos foram eliminados do cann hebraico pelos judeus da Palestina. Jernimo no ano de 405 d.C. incluiu-os tambm em sua traduo latina do Antigo Testamento, chamada Vulgata, porque lhe fora ordenado pelos lderes da Igreja Catlica Romana, mas recomendou que esses livros no fossem usados como base doutrinria.
Os reformadores foram em parte os grandes responsveis
pela eliminao dos apcrifos da Bblia, por haver neles elementos inconsistentes com a doutrina protestante. Entretanto, em 1546, no Conclio de Trento, a Igreja Catlica Romana proclamou alguns livros apcrifos como cannicos detentores de autoridade espiritual para seus fiis, excluindo apenas os dois livros de Esdras e a Orao de Manasss.
OS APCRIFOS DA BBLIA CATLICA
Os apcrifos mais conhecidos na Bblia catlica so: 1 e 2
Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria de Salomo, Eclesistico e Baruque. Os quatro primeiros so histricos; Sabedoria de Salomo e Eclesistico so poticos, mas tambm chamados de sapienciais; Baruque proftico. Sintticamente tratam dos seguintes assuntos:
Macabeus 1 e 2 ambos os livros contam a historia da
revolta contra a opresso sria, liderada pela famlia dos Hasmoneus no perodo da historia conhecido como interbblico.
Tobias um conto histrico que revela o misticismo
juntamente com uso da magia. O autor se refere ao emprego do fel, do fgado e do corao do peixe para influenciar a Deus ou entidades espirituais.
Judite narra a historia de uma destemida viva judia que se
serviu dos artifcios de sua beleza para assassinar holofernes, general do exercito inimigo.
Sabedoria de Salomo este livro jamais foi formalmente
citado, nem mesmo os escritores do Novo Testamento se referem a ele, porm tanto a linguagem como as correntes de pensamento deste livro encontram paralelos no Novo Testamento.
Eclesistico em grego era chamado de Sabedoria de
Jesus, Filho de Siraque. O texto original se perdeu, todavia, desde 1896, conhecemos alguns fragmentos de cinco manuscritos descobertos na genizah do Cairo, contendo cerca de dois teros do texto hebraico. Suas mximas sapienciais provavelmente se inspiram no livro de Provrbios e esto agrupados por ordem de assuntos, sem diviso perceptvel.
Baruque ao que parece, teria sido o amanuense do profeta
Jeremias, que o escreveu.
Diante de tais testemunhos, surge a seguinte pergunta: por
que a Igreja Catlica continua a se apegar a estes escritos no inspirados? A razo no poderia ser outra: estes livros contm as doutrinas esprias que confirmam os falsos ensinos dessa igreja, como por exemplo: as oraes pelos mortos, as curas falsas, dar esmolas para libertar da morte e do pecado (justificao pelas obras) e a intercesso pelos mortos.
O ponto de vista evanglico
Os evanglicos, ou protestantes, geralmente aceitam os
apcrifos como possuindo algum valor histrico, mas rejeitam a sua canonicidade. Por esta razo esses escritos foram eliminados das edies evanglicas da Bblia. Os argumentos so os seguintes:
1- Nunca foram citados por Jesus (Jesus citou todos os outros
livros do VT), e duvida-se que os apstolos tenham feito aluso a eles. 2- A maioria dos primeiros pais da igreja os consideram como no inspirados.
3- No aparecem no cann hebraico antigo.
4- Quando comparados aos cannicos, os livros apcrifos por
sua qualidade inferior se revelam como indignos de ocupar um lugar nas Escrituras Sagradas.
O QUE SIGNIFICA PSEUDEPGRAFO?
O termo deriva-se de duas palavras gregas: pseudo (falso)
e epigrafe (escrito), significando falsos escritos. Embora tenham surgido na mesma poca dos apcrifos, os pseudepgrafos no foram plenamente recepcionados pela comunidade judia e crist, devido a no gozarem do mesmo favor que os livros cannicos, ou seja, o apoio dos pais da igreja. Esta literatura foi conservada pela Igreja ocidental da Idade Mdia, bem como pelos abissnios, os coptas e as igrejas da Sria, com a denominao de extra cannicos. O nmero de pseudepgrafos bem maior do que a Bblia cannica, podendo ser classificados como:
Evangelhos, Atos, Epstolas, Apocalipses, Testamentos, e
Outros.
So eles:
Livro de Enoque (etipico), que citado em Judas 14.
Atribuem-se vrias datas, pelos ltimos dois sculos antes da era crist.
Os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu
helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro sculo d.C.
O Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gnesis,
tratando de particularidades do Gnesis duma forma imaginria e legendria, escrito por um fariseu entre os anos de 135 e 105 a.C.
Os Testamentos dos Doze Patriarcas: este livro um alto
modelo de ensino moral. Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a.C., e a traduo grega, em que a obra chegou at ns, foi feita antes de 50 d.C. Os Orculos Sibilinos, Livros III-V, descries poticas das condies passadas e futuras dos judeus; a parte mais antiga colocada cerca do ano 140 a.C., sendo a poro mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos.
Os Salmos de Salomo, entre 70 e 40 a.C.
As Odes de Salomo, cerca do ano 100 da nossa era, so,
provavelmente, escritos cristos.
O Apocalipse Siraco de Baruque (2 Baruque), 60 a 100
a.C.
O Apocalipse grego de Baruque (3 Baruque), do 2
sculo, a.C.
A Assuno de Moiss, 7 a 30 d.C.
A Ascenso de Isaias, do primeiro ou do segundo sculo
d.C.
Os Livros Pseudepigrafos do Novo Testamento so:
O Evangelho segundo os Hebreus (h fragmentos do
segundo sculo);
O Evangelho segundo Tiago, tratando do nascimento de
Maria e de Jesus (segundo sculo);
Os Atos de Pilatos.(Segundo sculo).
Os Atos de Paulo e Tecla (segundo sculo).
Os Atos de Pedro (terceiro sculo).
Epstola de Barnab (fim do primeiro sculo).
Apocalipses, o de Pedro (segundo sculo).
CONCLUSO
Ainda que casualmente algum livro no cannico se ache
apenso a manuscritos do Novo Testamento, esse fato contudo to raro que podemos dizer que, na realidade nunca se tratou seriamente de incluir qualquer deles no Cnon. Fontes de pesquisa: