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Guia de Profissões
Química

Q
uímica (do Egípcio keme (chem), tal, começa um século mais tarde,
significando "terra") é a ciência que com os trabalhos do francês
trata das substâncias da natureza, Antoine Lavoisier e suas
dos elementos que a constituem, de suas descobertas em relação ao
características, propriedades combinató- oxigênio, à lei da conservação da
rias, processos de obtenção, suas aplica- massa e à refutação da teoria do
ções e sua identificação. Estuda a maneira flogisto como teoria da combustão.
como os elementos se ligam e reagem O curso de Química pode ser divi-
entre si, bem como a energia desprendida dido em duas habilitações: bachare-
ou absorvida durante essas transforma- lado e licenciatura. O licenciado em
ções. Química é um profissional que atua
A história da Química está intrinsecamente como educador nos ensinos fun-
ligada ao desenvolvimento do homem, já damental e médio. Dentre outros, o
que abarca todas as transformações de papel do licenciado se estende a
matérias e as teorias correspondentes. A ci- buscar alternativas educacionais,
ência Química surge no século XVII a partir planejar e organizar laboratórios pa-
dos estudos de alquimia, populares entre ra o ensino de Química, escrever e
muitos dos cientistas da época. Considera- analisar criticamente livros didáticos
se que os princípios básicos da Química e paradidáticos educacionais e ela-
são reportados, pela primeira vez, na obra borar programas para o ensino de dera o atendimento das necessidades do
do cientista britânico Robert Boyle, The Química. Estado. Com isso, o licenciando em
Sceptical Chymist (1661). A Química, como Já o bacharel é o profissional capacitado a Química poderá identificar e compreender
identificar, isolar, purificar, planejar e os problemas do cotidiano que têm reflexo
preparar substâncias para aplicação na no meio ambiente natural e social e propor
indústria, na saúde e no meio ambiente. Os soluções técnico-científicas adequadas.

Índice químicos trabalham no desenvolvimento de


métodos e de produtos em universidades e
em centros de pesquisa dos governos ou
O profissional formado pelo Curso de Quí-
mica-Licenciatura estará capacitado a de-
das empresas, estando aptos a realizar
senvolver atividades didático-pedagógicas,
análises químicas e físico-químicas,
LITERATURA químico-biológicas, bromatológicas,
utilizando habilidades, conhecimentos, po-
sicionando-se política e eticamente, promo-
Romantismo (parte II) .............. Pág. 03 toxicológicas, biotecnológicas e legais,
vendo o entendimento dos fenômenos quí-
além da padronização e do controle de
(aula 61) micos e sendo capaz de se engajar no pro-
qualidade. Nas indústrias, os químicos
cesso de transformações científicas, sociais
QUÍMICA atuam na execução e no controle dos pro-
e humanísticas.
cessos e dos produtos. O químico tem, ain-
Funções inorgânicas I .............. Pág. 05 da, a atribuição de formação de recursos O licenciado em Química poderá atuar nas
(aula 62) humanos no magistério superior. instituições educacionais públicas e priva-
das, nas Secretarias de Educação Munici-
GEOGRAFIA A fiscalização do exercício da profissão de pal e Estadual, em entidades da sociedade
químico, regulada no decreto-lei n.° 5.452, civil organizada, entre outros. O regime
Crescimento populacional ....... Pág. 07 de 1 de maio de 1943 – Consolidação das acadêmico do curso é de oito períodos, em
(aula 63) Leis do Trabalho, Título III, Capítulo I, Seção sistemas de créditos. O período de realiza-
XIII –, será exercida pelo Conselho Federal ção é de, no mínimo, três e de, no máximo,
MATEMÁTICA de Química e pelos Conselhos Regionais sete anos.
Função logarítmica ................... Pág. 09 de Química, criados pela Lei N.° 2.800, de
Da forma como o Curso está estruturado,
18 de junho de 1956.
(aula 64) os dois primeiros anos, ou seja, os quatro
O Curso na UEA primeiros semestres são comuns aos Cur-
FÍSICA O curso de Química na Universidade do Es- sos de Licenciaturas em Física e Biologia, o
que permite que, ao concluir o curso de
Hidrostática ............................... Pág. 11 tado do Amazonas está estruturado na mo-
dalidade de Licenciatura Plena, com dura- Química, o interessado possa cursar as
(aula 65) duas outras licenciaturas da área em ape-
ção de quatro anos, habilitando profissio-
nais para o Magistério dos Ensinos Funda- nas mais quatro anos. Essa possibilidade
PORTUGUÊS poderá vir a ser construída pela entrada em
mental e Médio, com base em uma forma-
Regência Verbal III ................. Pág. 13 ção, sólida e abrangente em conteúdos dos um novo vestibular ou pela apresentação
(aula 66) diversos campos. O curso é oferecido nos de diploma. Dessa forma, o Ensino de Ciên-
Centros de Estudos Superiores de Parintins cias nos níveis Fundamental e Médio pode-
Referências bibliográficas ...... Pág. 15 e Tefé. rá ser contemplado com profissionais capa-
citados e com ampla formação para minis-
O projeto pedagógico do curso pauta-se
trar Ciências Naturais, nas últimas séries do
nas diretrizes curriculares nacionais e con-
Ensino Fundamental, assim como Física,
tém a necessária visão regional que consi-
Química e Biologia, no Ensino Médio.

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AMOSTRA POÉTICA

Literatura Soneto
Pálida à luz da lâmpada sombria,
Professor João BATISTA Gomes Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Aula 61 Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria


ROMANTISMO (parte II) Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
POETAS DA SEGUNDA GERAÇÃO
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
1. ÁLVARES DE AZEVEDO
Era mais bela! O seio palpitando...
Nascimento e morte – Manuel Antônio Álva-
Negros olhos as pálpebras abrindo...
res de Azevedo nasce em São Paulo, em 12
Formas nuas no leito resvalando... Caiu no vestibular
de setembro de 1831, onde falece em 25 de
abril de 1852. Não te rias de mim, meu anjo lindo!
01. (FGV) Assinale a afirmativa INCORRETA a
Por ti – as noites eu velei chorando,
Direito – Depois dos estudos primários e se- respeito do Arcadismo.
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!
cundários no Rio de Janeiro, volta para São
Paulo (1848) e matricula-se no curso de Direi- a) A temática amorosa árcade apresenta-se
2. FAGUNDES VARELA
to. Na faculdade, faz parte da Sociedade Epi- como expressão de contenção emocional e
curéia, fundada em 1845, para difundir, no Nascimento e morte – Luís Nicolau Fagun-
des Varela nasce na Fazenda Santa Rita, mu- da simplicidade da vida pastoril.
Brasil, a existência de Byron, poeta inglês.
nicípio de Rio Claro, Rio de Janeiro, em 17 de b) Revigorando a estética clássica, o Arcadis-
Sonho e evasão – O desejo de morte, com agosto de 1841. Morre em Niterói, em 1875.
tendência para o sonho e para a evasão, é a mo enfatiza o racionalismo, o bucolismo e a
Infância peregrina – Passa a infância em vá- mitologia greco-romana.
característica central de sua poesia. Veja uma
rios lugares: Catalão (Goiás), Angra dos Reis,
estrofe de um dos poemas mais conhecidos
Petrópolis e Niterói. c) O herói árcade não é um guerreiro fisica-
do autor, Lembrança de morrer:
Direito e boêmia – Aos dezoito anos, ingres- mente poderoso. Personifica o pastor de vi-
Descansem o meu leito solitário
sa na Faculdade de Direito de São Paulo. Pre- da simples, natural e dedicado ao trabalho.
Na floresta dos homens esquecida,
fere, entretanto, a vida boêmia aos estudos.
À sombra de uma cruz, e escrevam nela: d) No Arcadismo, a natureza torna-se também
– Foi poeta – sonhou – e amou na vida. Envolvimento com Alice – Em 1862, conhe-
personagem, cúmplice do sujeito poético e
ce Alice, uma artista de circo. Casa-se com
Poesia madura– Apesar da vida breve, Álva- totalmente integrada às suas emoções.
ela e, no ano seguinte, nasce-lhe o filho Emi-
res de Azevedo é, talvez, o mais maduro dos
liano. Varela faz, então, de Emiliano o seu e) Os poemas árcades O Uraguai e Caramuru
poetas da Segunda Geração Romântica, quer
motivo de vida correta: deixa a boêmia, volta
pela qualidade literária de seus versos, quer antecipam a temática indianista, posterior-
aos estudos e ameaça trabalhar.
pela erudição que sobressai nos temas abor- mente revigorada pelo ideal nacionalista ro-
Morte do filho – Infelizmente, o filho morre
dados. mântico.
aos seis meses de idade, inspirando-lhe o cé-
Timidez – A leitura dos contos de Noite na Ta- lebre poema Cântico do Calvário, que co-
verna faz supor um poeta boêmio, constante- 02. (FGV) Leia com atenção a crítica de Alfre-
meça assim:
mente ébrio e ligado a mulheres. Total enga- do Bosi sobre à obra de Gonçal-ves Dias:.
Eras na vida a pomba predileta
no: Álvares de Azevedo é tímido, quieto,
Que sobre um mar de angústias conduzia [...] é preciso ver na força do Gonçalves Dias
dedicado aos livros e à poesia. As mulheres,
O ramo da esperança. – Eras a estrela indianista o ponto exato em que o mito do
ele as cria nos recônditos da imaginação, tal-
Que entre as névoas do inverno cintilava
vez para combater o tédio e acalmar a libido. bom selvagem, constante desde os árcades,
Apontando o caminho ao pegureiro.
Em Lembrança de morrer, o poeta confessa acabou por fazer-se verdade artística.
Eras a messe de um dourado estio.
que apenas sonhou com virgens:
Eras o idílio de um amor sublime. (Bosi, Alfredo. História concisa da literatura brasileira.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda, Eras a glória, – a inspiração, – a pátria,
3. ed. São Paulo: Cultrix, 1981. p. 115.)
Se um suspiro nos seios treme ainda O povir de teu pai! – Ah! no entanto,
É pela virgem que sonhei... que nunca Pomba, – varou-te a flecha do destino! Agora leia os versos citados abaixo e assi-
Aos lábios me encostou a face linda! Astro, – engoliu-te o temporal do norte! nale a alternativa em que Gonçalves Dias
Morte aos vinte – Aos vinte anos, morre viti- Teto, – caíste! – Crença, já não vives!
NÃO retrata o perfil do herói nacional a
mado pela tuberculose, não vendo reunidos Morte de Alice – Em 1865, vai estudar Direito
que se refere Alfredo Bosi:
em livro os poemas de Lira dos Vinte Anos. em Recife. A morte da esposa, todavia, faz que
Poemas famosos – Lembrança de morrer, retorne a São Paulo. a) Andei longes terras,
Se eu morresse amanhã, Idéias íntimas, Vir- Natureza – Varela destaca-se pela poesia lidei cruas guerras,
gem morta. com cheiro de campo e de exaltação da na- Vaguei pelas serras
tureza. Veja uma estrofe do poema A Flor do Dos vis aimorés
OBRAS
Maracujá:
1. Lira dos Vinte Anos (1853, poesias) b) Um velho Timbira, coberto de glória,
Por tudo o que o céu revela!
2. Noite na Taverna (1855, contos fantásticos Por tudo o que a terra dá guardou a memória
e macabros. Numa taverna, em noite es- Eu te juro que minh’alma do moço guerreiro, do velho Tupi!
cura de tormenta, entre mundanas, bêba- De tua alma escrava está!...
c) Adeus qu’eu parto, senhora;
das e adormecidas, jovens boêmios – Sol- Guarda contigo esse emblema
fieri, Johann, Gennaro, Bertran, Hermann Da flor do maracujá! Negou-me o fado inimigo
e Arnold – contam casos escabrosos como Decadência – Após a morte do filho, deixa-se Passar a vida contigo
se os tivessem vivido). levar pela decadência física, pelo alcoolismo d) Viu primeiro os íncolas
3. Macário (1855, teatro. Diálogo entre Satã e pela inadaptação social.
Robustos, das florestas,
e Penseroso, tendo por centro os vícios e Poesia variada – Faz uma poesia variada,
os desatinos da cidade de São Paulo). Batendo os arcos rígidos
densa, aproximando-se ora do byronianismo
4. Pedro Ivo (1855, poema épico). de Álvares de Azevedo, ora da ingenuidade e) Tamoio nasceste,
5. Conde Lopo (1886, poema dramático). de Casimiro de Abreu. Valente serás. (p. 89)
Poemas famosos – Cântico do Calvário (ele-
(DIAS, Gonçalves. Poemas. 14. ed. Rio de Janeiro:
gia em versos brancos dentro de Cantos e
Fantasias), A Flor de Maracujá. Ediouro, 1996.)

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OBRAS Amei-te sempre: – e pertencer-te quero


1. Noturnas (1861, poesias) Para sempre também, amiga morte.
2. O Estandarte Auriverde (1863, poesias) Quero o chão, quero a terra – esse elemento
3. Vozes da América (1864, poesias) Que não se sente dos vaivéns da sorte
4. Cantos e Fantasias (1865, poesias, obra Céu x inferno – É comum, nos poemas de
máxima do autor) Junqueira Freire, a confusão entre o sagrado
5. Cantos do Ermo e da Cidade (1869, poesias) e o profano. E, para um monge beneditino, é
6. Anchieta ou O Evangelho nas Selvas (1875, estranho que, de vez em quando, queira morrer
poema em dez cantos) e ir para o inferno.
7. Cantos Meridionais (1869, poesias) Poemas famosos – Morte, Desejo.
8. Cantos Religiosos (1878, poesias)
OBRAS:
Vozes d’África
3. CASIMIRO DE ABREU 1. Inspirações do Claustro (poesias, 1855)
Castro Alves 2. Contradições Poéticas (poesias, ?)
Nascimento e morte – Casimiro José Mar-
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? ques de Abreu nasce na Barra de São João,
Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes Rio de Janeiro, em 4 de janeiro de 1839, onde POETAS DA TERCEIRA GERAÇÃO
Embuçado nos céus? morre, vitimado pela tuberculose, em 18 de
outubro de 1860. 1. CASTRO ALVES
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito... Comerciante – Por imposição do pai, não se Nascimento e morte – Antônio Frederico
faz bacharel; faz-se comerciante. de Castro Alves nasce em 14 de março de
Onde estás, Senhor Deus?...
Simplicidade e ingenuidade – Casimiro de 1847, na Fazenda Cabaceiras, Curralinho (ho-
1. ESTROFE – Todo o poema Vozes d’África é Abreu é dos poetas mais apreciados de nos- je Castro Alves), interior da Bahia. Falece em
composto de estrofes de seis versos (sexti- sa literatura, graças à simplicidade e à inge- Salvador, em 6 de julho de 1871.
lhas). nuidade de seus versos. Órfão de mãe – Em 1859, é matriculado no
Ginásio Baiano, dirigido por Abílio Borges, on-
2. MÉTRICA – Todas as estrofes do poema apre- Única obra – Produziu um único livro de poe-
de também estudou Rui Barbosa. Neste ano,
mas: Primaveras (poesias, 1859).
sentam versos com a seguinte métrica: fica órfão da mãe (vítima da tuberculose).
Saudade – Quase todos os seus poemas
a) Versos maiores: 10 sílabas (decassílabos). Direito em Recife – Em 1862, muda-se para
convergem para um único tema: saudade
b) Versos menores: 6 sílabas (hexassílabos). Recife, onde inicia a Faculdade de Direito.
(da infância, da família ou da pátria). Veja a
primeira estrofe de Meus oito Anos: Dupla fama – Em 1866, o talento de Castro
REGULARIDADE – Pode-se concluir, pois, que Alves já é reconhecido em Recife. Duas famas:
o poema apresenta regularidade métrica: Oh! que saudades que eu tenho
de poeta inflamado e de conquistador fogoso.
Da aurora de minha vida
todas as estrofes mantêm a métrica exibida na Eugênia Câmara – Ainda em 1866, morre o
Da minha infância querida
primeira. pai do poeta em Salvador. Em Recife, tem iní-
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores, cio o romance do poeta com a atriz portu-
3. RIMAS – A análise das rimas deve ser feita em
Naquelas tardes fagueiras guesa Eugênia Câmara.
cada estrofe. Na primeira, acima exposta, te-
mos:
À sombra das bananeiras, Sucesso no teatro – Em 1867, Castro Alves
Debaixo dos laranjais! e Eugênia Câmara apresentam, com sucesso,
a) Rimas pobres: todas as palavras que rimam a peça Gonzaga ou A Revolução de Minas.
Amor e medo – No poema Amor e Medo, o
têm a mesma classe gramatical.
poeta sintetiza o drama dos poetas da Segun- Alencar e Machado – Em 1868, Castro Alves
b) Rimas femininas: todas as palavras que da Geração: tinham muito amor, mas tinham e Eugênia, a caminho de São Paulo, passam
rimam são paroxítonas. medo de amar: pelo Rio de Janeiro, onde o poeta lê sua pe-
c) Rimas perfeitas: respondes/escondes; ça para José de Alencar e é apresentado a
Quando eu te fujo e me desvio cauto
grito/infinito (as palavras apresentam perfei- Da luz de fogo que te cerca, oh! bela, Machado de Assis.
ção sonora a partir da vogal da sílaba tôni- Contigo dizes, suspirando amores: Acidente – Em São Paulo, o poeta engaja-se
ca). “– Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!” na vida literária e intelectual da cidade, reto-
d) Rimas imperfeitas: céus/Deus (as palavras mando o curso de Direito. No fim de 1868,
Como te enganas! meu amor é chama
apresentam imperfeição sonora: céus = som separa-se definitivamente de Eugênia Câmara
Que se alimenta no voraz segredo,
aberto; Deus = som fechado). e sofre um acidente de tiro.
E se te fujo é que te adoro louco...
És bela – eu moço; tens amor – eu medo!...
Pé amputado – Em 1869, Castro Alves tem o
4. FIGURAS DE LINGUAGEM – A estrofe em pé esquerdo amputado no Rio de Janeiro.
questão contém as seguintes figuras de lingua- JUNQUEIRA FREIRE Frágil e doente, regressa à Bahia.
gem: Primeiro livro – Em 1870, publica Espumas
Nascimento e morte – Luís José Junqueira
a) Apóstrofe: o mesmo que vocativo. A es- Freire nasce em Salvador, Bahia, em 31 de flutuantes (poesias).
trofe inicia-se com um chamamento: “Deus! dezembro de 1832, onde falece em 24 de ju- Morte – Vitimado pela tuberculose, Castro
ó Deus!”. nho de 1855. Alves morre em 1871, na Bahia, aos vinte e
b) Prosopopéia: o poema inteiro representa a Ordem Beneditina – De frágil constituição, quatro anos de idade.
“voz da África”, ou seja, o poeta transforma após estudos irregulares das primeiras letras, Características – Características centrais de
matricula-se no Liceu Provincial, de onde saiu sua poesia: lirismo (amoroso e erótico) e
o Continente Africano em ser pensante, dan-
para ingressar na ordem Beneditina. abolicionismo.
do-lhe vida, ação, movimento e voz.
Decepção religiosa – Em 1854, depois de Poemas famosos – O adeus de Teresa, Boa-
5. VOCABULÁRIO – O poema exibe um vocabu- um ano de sacerdócio, abandona o hábito, noite, Adormecida, Navio negreiro, Vozes
lário condizente com texto literário. Na estrofe voltando para a casa paterna. Passa a dedi- d'África, O livro e a América.
em questão, merecem cuidado: car-se à elaboração de sua obra poética. Fa-
lece no ano seguinte, deixando apenas dois OBRAS:
a) Embalde: o mesmo que “debalde”: inutil-
livros. 1. Espumas Flutuantes (1870, poesias líricas)
mente, em vão.
Dramas interiores – Nessa vida brevíssima, 2. Gonzaga ou a Revolução de Minas (1876,
b) Embuçado: o mesmo que “rebuçado”: enco- os acontecimentos são todos interiores: a teatro)
berto, escondido, oculto. infelicidade na vida familiar, as ilusões sobre 3. A Cachoeira de Paulo Afonso (1876, poema
a vocação monástica, as dúvidas e as angús- narrativo antiescravista)
tias que o levam a fazer declaração de amor 4. Os escravos (1833, poesia social, obra
à morte: máxima do autor)

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Lewis, em 1923, ampliou ainda mais a definição


de ácidos, teoria que não obteve repercussão até
Química alguns anos mais tarde. Segundo a teoria de
Lewis, um ácido é aquela espécie química que,
Professor Pedro CAMPELO em qualquer meio, pode aceitar um par de elé-
trons. Dessa forma, incluem-se substâncias que
se comportam como ácidos, mas não cumprem
Aula 62 a definição de Bronsted e Lowry, sendo denomi-
nadas ácidos de Lewis, visto que o próton, se-
Funções inorgânicas I gundo essa definição, é um ácido de Lewis (tem
vazio o orbital 1s, onde pode alojar-se o par de
1. FUNÇÕES INORGÂNICAS
elétrons). Pode-se afirmar que todos os ácidos de
São grupos de compostos inorgânicos que apre- 01. Assinale a alternativa que apresenta a fór-
Bronsted-Lowry são ácidos de Lewis, e que todos
sentam propriedades semelhantes. Podemos di-
os ácidos de Arrhenius são de Bronsted-Lowry. mula de um ácido.
vidir em quatro grupos ou funções:
a) Ácidos Exemplos de ácidos de Bronsted e Lowry: a) KOH b) NaCl c) H2O
b) Bases HCl, HNO3, H3PO4 – se doarem o H+, durante a d) CaO e) HI
c) Sais reação. 02. Qual das seguintes substâncias é classifi-
d) Óxidos Se estiverem em solução aquosa, também são cada como um óxido?
Identificação ácidos de Arrhenius.
a) HIO b) KNO2 c) P2O5
a) Ácido: H____ (inicia a fórmula com H, exceto a Exemplos de ácidos de Lewis: Ag+, AlCl3, CO2, d) H3PO4 e) LiOH
água) SO3 – se receberem par de elétrons.
b) Base: ____OH (termina a fórmula com OH) Classificação
03. Sobre os ácidos, é incorreto afirmar:
c) Sal: ___ ___(não inicia com H nem termina com a) São compostos moleculares.
OH) Os ácidos podem ser classificados em dois gru-
pos: hidrácidos e oxiácidos. b) Apresentam ligações covalentes.
d) Óxido: ___O( é formado por dois elementos,
sendo o último o O) Hidrácidos: Observe a fórmula dos seguintes c) Sofrem ionização em meio aquoso.
ácidos: ácido iodídrico, HI; ácido sulfídrico, H2S; d) São formados por íons.
Obs.: Essa é uma maneira bem simples para
identificar as funções inicialmente. As definições ácido clorídrico, HCl . Observe que esses ácidos e) Neutralizam as bases.
mais detalhadas serão apresentadas mais adian- não possuem átomos de oxigênio. Os hidrácidos
são, portanto, os ácidos que não possuem oxigê- 04. O ácido pirofosfórico é:
te.
nio em sua fórmula. a) Um hidrácido. d) Fraco.
2. ÁCIDO
Oxiácidos: Considere, agora, os seguintes áci- b) Diácido. e) Poliprótico.
Função ácido consiste nas seguintes substân- dos: ácido carbônico, H2CO3; ácido sulfuroso, c) Um composto binário.
cias: ácidos sulfúrico, H2SO4 ; ácido nítrico, H2SO3; ácido sulfúrico, H2SO4; ácido nitroso,
HNO3 ; ácido clorídrico, HCl ; ácido sulfídrico, HNO2; ácido nítrico, HNO3. Como você pode 05. Assinale o ácido mais forte.
H2S. Todos esses ácidos possuem, em sua estru- perceber, esses ácidos apresentam átomos de a) HI b) HF c) H2CO3
tura química, o elemento hidrogênio combinado oxigênio. Os oxiácidos são, portanto, ácidos que d) HCN e) H3BO3
com um ametal (Cl, S) ou com um radical negati- possuem oxigênio em sua fórmula.
vo (SO–24, NO–3). Pode-se, assim, definir essa Equação de ionização 06. Qual dos compostos a seguir é classificado
função da seguinte maneira: como diácido?
Os ácidos são compostos moleculares, ou seja,
Função ácido é o grupo de compostos que, em apresentam ligações covalentes, portanto, são a) H3PO3I b) H3PO2 c) H3PO4
solução aquosa, se ionizam, produzindo o cátion formados por moléculas (espécies neutras). d) H4P2O7 e) HPO3
hidrogênio como íon positivo.(Definição de
Arrhenius). Em solução aquosa, sofrem ionização e formam 07. A substância mais adequada para neutrali-
íons. zar as propriedades do HCl é:
Os ácidos apresentam as propriedades relacio-
nadas abaixo: a) HCl + H2O → H3O+ + Cl–
a) CO2 b) NaCl c) NaOH
Têm sabor azedo. O limão, por exemplo, é azedo b) H2S + 2H2O → 2H3O+ + S2–
+ 3– d) CO e) HClO3
porque contém ácidos do cítrico. Conduzem bem c) H3PO4 + 3H2O → 3H3O + PO4
a eletricidade quando em solução. Por exemplo, d) H4SiO4 + 4H2O → 4H3O+ + SiO44– 08. A fórmula do ácido hipoiodoso é:
para realizar a eletrólise (ou quebra de molécula
Obs.: O número de hidrogênios ionizáveis é igual a) HIO b) HIO2 c) HIO3
por corrente elétrica) da água, faz-se passar uma
ao número de hidrogênios na molécula do ácido,
corrente elétrica por uma porção de água acidu- d) HIO4 e) HI
exceto nos ácidos FOSFOROSO (H3PO3), que
lada, pois a água pura não é boa condutora de
apresenta dois hidrogênios ionizáveis, e HIPO- 09. O ácido que corresponde à classificação
eletricidade.
FOSFOROSO (H3PO2), que tem apenas um hi- monoácido, oxiácido e ternário é:
Alteram a cor dos indicadores. (Indicadores são drogênio ionizável.
substâncias que têm a propriedade de mudar de a) HNO3 b) H2SO4 c) H3PO4
Número de hidrogênios ionizáveis
cor; essa mudança de cor indica o caráter ácido
ou básico da solução). Por exemplo, a fenolftaleí- Os ácidos são classificados pelo número de hi- d) HCl e) H3PO3
na vermelha se torna incolor quando a ela é a- drogênios ionizáveis em: 10. As fórmulas dos ácidos hipofosforoso, fos-
crescentado um ácido; o papel de tornassol azul a) Monoácidos ou monopróticos: apenas 1H+ foroso, fosfórico e metafosfórico são, res-
fica vermelho quando mergulhado em ácido. (HNO3) pectivamente:
Reagem com os hidróxidos (bases), produzindo b) Diácidos ou dipróticos: 2H+ (H2SO4)
sal e água. O ácido clorídrico, por exemplo, rea- a) H3PO2, H3PO3, H3PO4 e HPO3.
ge com o hidróxido de sódio (soda cáustica), for- c) Triácidos ou tripróticos: 3H+ (H3PO4) b) HPO2, H3PO4, H3PO2, HPO3.
mando cloreto de sódio e água. Assim: d) Tetrácidos ou tetrapróticos: 4H+ (H4SiO4) c) H3PO3, H3PO2, H3PO4 e HPO3.
HCl + NaOH → NaCl + H2O Obs.: Diácidos, triácidos e tetrácidos são chama- d) HPO3, H3PO2, H3PO4 e HPO2.
Ácido + Base → Sal + Água dos de poliácidos ou polipróticos. e) H3PO4, HPO2, H3PO3 e H3PO2.
Definição Força dos ácidos 11. Ao se aplicar o conceito atualizado de
Ácido, segundo Arrhenius (1887), é toda substân- Um ácido forte é aquele que se ioniza completa- Arrhenius a um ácido inorgânico, forma-se
cia que, em solução aquosa, libera única e exclu- mente na água, isto é, libera íons H+, porém não uma certa espécie química característica
sivamente os íons H+. Um exemplo é o ácido clo- os recebe. O exemplo anterior (ácido clorídrico) é que:
rídrico, de fórmula HCl: HCl → H+ + Cl– um ácido forte. Outros são o ácido sulfúrico e o
ácido nítrico. a) É um cátion, no qual o número total de pró-
Alguns anos mais tarde, em 1923, Bronsted e
+ tons é menor que o número total de elétrons.
Lowry propuseram a idéia de que ácido é uma Um ácido fraco também libera íons H , porém
substância que pode ceder prótons (ions H+). parcialmente, estabelecendo um equílibrio quí- b) É um ânion, no qual o número total de elé-
mico. A maioria dos ácidos orgânicos é desse ti- trons é menor que o número total de prótons.
Essa última definição generaliza a teoria de áci-
dos de Arrhenius. A teoria de Bronsted e Lowry po, e também alguns sais, como o cloreto de alu- c) É uma molécula polar.
de ácidos também serve para dissoluções não- mínio. d) É um íon, no qual o número total de prótons é
aquosas; as duas teorias são muito parecidas na HAc H+ + Ac– ( em solução aquosa ) maior que o número total de elétrons.
definição de ácido, mas a de Bronsted-Lowry é Nesse caso, HAc equivale ao ácido acético, e a e) É um íon, no qual o número total de prótons
muito mais geral. seta dupla indica o equilíbrio. é igual ao número total de elétrons.

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Aspectos gerais da força dos ácidos sendo consideradas bases as soluções que têm
Ao tratar de hidrácidos: pH acima de 7. Possuem sabor adstringente (ou,
São fortes os ácidos HCl, HBr e HI. HF é o único popularmente, cica) e são empregadas como
moderado, e os demais são ácidos fracos. produtos de limpeza, medicamentos (antiácidos)
entre outros. Muitas bases, como o hidróxido de
Ao tratar de oxiácidos:
magnésio (leite de magnésia), são fracas e não
Considere a notação geral: HxOy. Teremos um:
trazem danos. Outras, como o hidróxido de sódio
a) ácido forte se: y – x ≥ 2
(NaOH ou soda cáustica), são corrosivas, e sua
b) ácido moderado se: y – x = 1
manipulação deve ser feita com cuidado. Quan-
c) ácido fraco se: y – x = 0
do em contato com o papel tornassol vermelho,
Nomenclatura dos ácidos apresentam a cor azul-marinho ou violeta.
Os elementos da Química inorgânica estão divi- Em 1923, o químico dinamarquês Johannes Ni-
didos em quatro grupos, segundo o conceito de colaus Bronsted e o inglês Thomas Martin Lowry
01. É um diácido, terciário, fraco e oxiácido. Arrhenius: ácidos, bases, sais e óxidos. Cada um propuseram a seguinte definição: uma base é um
dos compostos desses grupos recebe um siste- aceitador de prótons (íon hidrônio H+)
a) H2SO4 b) H2SO c) H2S ma de nomenclatura dinâmica, baseado na com- Mais tarde, Gilbert Lewis definiu como base qual-
d) H3PO4 e) H3PO3 posição da espécie em questão e no número de quer substância que doa pares de elétrons não-
oxidação (NOx). Note que este artigo cobre ape- ligantes, numa reação química – doador do par
02. A fórmula do ácido pirossulfúrico é nas as regras de nomenclatura, em função do electrônico.
uso para consulta. É necessário ter conhecimen- As bases neutralizam os ácidos, segundo concei-
a) H2S2O7 b) H4S2O7 c) H4S2O8 to das propriedades dos grupos para entendê-los to de Arrhenius, formando água e um sal:
d) H2S e) HCN melhor. H2SO4 + Ca(OH)2 → CaSO4 + 2H2O
Nomenclatura dos Hidrácidos: (ácido sulfúrico + hidróxido de cálcio = sulfato
03. Sobre o hidróxido de sódio, é incorreto a- Ácido + elemento químico + ídrico de cálcio + água)
firmar: Exemplos: Classificação das bases
Ácido Clorídrico (HCl); Ácido Bromídrico (HBr); a) Quanto ao número de hidroxilas
a) É uma base inorgânica.
Ácido Iodídrico (HI); Ácido Sulfídrico (H2S); Ácido Monobases (1 OH–): NaOH, KOH, NH4OH
b) É um composto iônico. Selenídrico (H2Se); Ácido Telurídrico (H2Te); Dibases (2 OH–): Mg(OH)2, Ca(OH)2, Fe(OH)2,
c) Tem fórmula Na2O. Ácido Cianídrico (HCN) Ba(OH)2
d) Sofre dissociação iônica. Nomenclatura dos Oxiácidos: Tribases (3 OH–): Al(OH)3, Fe(OH)3
Para facilitar a nomenclatura dos oxiácidos, é ne- Tetrabases (4 OH–): Sn(OH)4, Pb(OH)4
e) Apresenta uma ligação covalente na sua es-
cessária a memorização dos ácidos fundamen- b)Quanto ao grau de dissociação
trutura. tais: Bases fortes: São as que dissociam muito.
a) HNO3: ácido nítrico
04. A fórmula do hidróxido platínico é: Em geral, os metais alcalinos e alcalino-terro-
b) H2CO3: ácido carbônico
sos formam bases fortes (família IA e IIA da Ta-
c) H3BO3: ácido bórico
a) Pb(OH)4 b) Pt(OH)4 c) Pb(OH)2 bela periódica). Porém o hidróxido de berílio e
d) HClO3: ácido clórico (Br e I seguem a mesma
d) Pt(OH)2 e) Pt(OH)3 o hidróxido de magnésio são bases fracas.
fórmula do Cl)
Bases fracas: São as bases formadas pelos
e) H2SO4: ácido sulfúrico (Se e Te seguem a mes-
05. Qual das seguintes substâncias é insolúvel demais metais e o hidróxido de amônio, por te-
ma fórmula do S)
rem caráter molecular.
em água? f) H3PO4: ácido fosfórico (As e Sb seguem a
mesma fórmula do P) c) Quanto à solubilidade em água
a) NaOH b) KOH c) LiOH g) H4SiO4: ácido silícico Solúveis: Todas as bases formadas pelos me-
d) NH4OH e) AgOH tais alcalinos são solúveis. Podemos citar, tam-
Oxiácidos com diferentes Números de Oxida- bém, o hidróxido de amônio, que, apesar de
06. O número de oxidação do cobre no ção (NOX): ser uma base fraca, é solúvel.
hidróxido cúprico é: a) Ácido PER_______ICO = fundamental + 1 Pouco solúveis: São as bases formadas pelos
átomo de oxigênio metais alcalino-terrosos em geral.
a) 0 b) +1 c) +2 b) Ácido __________ICO = fundamental Insolúveis: As demais bases. Vale lembrar
d) +3 e) +4 c) Ácido __________OSO = fundamental – 1 sempre que alguma parcela dissolve, mas se
átomo de oxigênio chama insolúvel quando essa quantidade é in-
07. Analise as afirmativas abaixo e indique a d) Ácido HIPO_________OSO = fundamental – 2 significante em relação ao volume total.
átomos de oxigênio
incorreta. Equação de dissociação
Exemplos: Ácido PERclórICO = HClO4
a) Na ionização de HCl, ocorre a formação do As bases são compostos iônicos, ou seja, apre-
Ácido clórICO = HClO3
sentam ligações iônicas, portanto são formadas
H3O . + Ácido clorOSO = HClO2
Ácido HIPOclorOSO = HClO por íons (espécies eletrizadas).
b) O HClO4 apresenta um hidrogênio ionizável. Em solução aquosa, sofrem dissociação iônica.
Oxiácidos com diferentes graus de hidratação: a) NaOH → Na+ + OH–
c) O H3PO4 apresenta três hidrogênios ionizá-
a) Ácido ORTO______ICO = fundamental b) Ca(OH)2 → Ca2+ + 2OH–
veis. b) Ácido META______ICO = fundamental – H2O c) Al(OH)3 → Al3+ + 3OH–
d) O H3PO3 apresenta dois hidrogênios ionizá- c) Ácido PIRO_______ICO = 2xFundamental – Nomenclatura
veis. H2O
Exemplos: Ácido ORTOfosfórICO = H3PO4 Hidróxido de __________(nome do elemento ou
e) O H3PO2 apresenta três hidrogênios ionizá- cátion)
Ácido METAfosfórICO = HPO3
veis. Ácido PIROfosfórICO = H4P2O7 Exemplos:
BASE a) NaOH : hidróxido de sódio
08. O HCl, quanto ao número de hidrogênios b) Ca(OH)2 : hidróxido de cálcio
Algumas bases (álcalis) conhecidas:
ácidos, elementos químicos, presença do Soda cáustica (NaOH)
c) Al(OH)3 : hidróxido de alumínio
carbono, presença do oxigênio e estado Leite de magnésia (Mg(OH)2) Obs.: É necessário que saibamos o NOX de al-
físico, classifica-se, respectivamente, co- Cal hidratada (apagada) (Ca(OH)2) guns elementos.
Cloro de piscina Elementos com NOX fixo:
mo: a) Grupo 1 (1A) e Ag : NOX = +1
Água do mar (devido aos sais e a outras substân-
a) Monoácido, ternário, inorgânico, oxiácido, cias diluídas nessa água, ela apresenta um pH re- b) Grupo 2 (2A) e Zn : NOX = +2
lativamente alto, pois isso a torna básica) c) Alumínio : NOX = +3
líquido.
Banana verde d) Cátion amônio(NH4) : NOX = +1
b) Monoácido, binário, inorgânico, hidrácido, Antiácidos em geral Elementos com NOX variável:
gasoso. Produtos de limpeza a) Cu Hg : NOX = +1 e +2
c) Diácido, binário, inorgânico, oxiácido, Amônia (NH3) b) Fe, Co e Ni : NOX = +2 e +3
Sabão (todos) e detergente c) Au : NOX = +1 e +3
gasoso.
d) Sn, Pb e Pt : NOX= +2 e +4
d) Diácido, ternário, orgânico, hidrácido, Definição Obs.: No caso dos elementos com nox variável,
gasoso. Segundo Svante Arrhenius, uma base (também devemos indicar o nox com algarismos romanos
e) Monoácido, binário, orgânico, hidrácido, chamada de álcali) é qualquer substância que li- ou com as terminações ICO e OSO para o maior
berta única e exclusivamente o ânion OH– (íons e menor nox, repectivamente.
líquido. Fe(OH)3 : hidróxido de ferro III ou hidróxido férrico
hidroxila ou oxidrila) em solução aquosa. As ba-
ses possuem baixas concentrações de íons H+, Fe(OH)2 : hidróxido de ferro II ou hidróxido ferroso

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sidade mundial esconde grandes contrastes. A Ásia


Geografia apresenta mais que o dobro da densidade mundial e
concentra cerca de 60% da população do Planeta. Paí-
Professor HABDEL Jafar ses-continentes (grande extensão territorial) apresentam
baixa densidade populacional, enquanto outros de di-
mensões reduzidas estampam altas densidades demo-
Aula 63
gráficas.

Crescimento populacional QUADRO: 02


O desafio populacional
“O problema do crescimento demográfico, hoje,
não consiste só no fato de que, a cada ano, existe
01. Nessa fase da Transição Demográfica, que é
um acréscimo de quase 80 milhões de pessoas
caracterizada pela ocorrência de baixas ta-
no planeta, que consomem recursos. O fato
xas de natalidade e de mortalidade, resultan-
básico é que povos diferentes produzem padrões
do em baixíssimo crescimento e até em es-
demográficos diferentes – alguns crescendo
tagnação do crescimento populacional, a
depressa , outros estagnados e outros, ainda, em
declínio absoluto. Entre hoje e o ano de 2025,
transição demográfica encontra-se concluí-
Fonte: L’état du monde, 2001 e Calendário Atlante De da. Atualmente, nela, estão os países de-
cerca de 95% de todo o crescimento mundial da Agostini, 2000. La Découverte, 1999.
população ocorrerá nos países do Sul, sendo que senvolvidos, a maior parte deles com taxas
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA POPULAÇÃO de crescimento muito baixas (geralmente in-
a taxa média de crescimento demográfico mundi-
al de 1,7% nos anos 1990 (e cerca de 1,5% no Áreas anecúmenas feriores a 1%), nulas e até negativas. Esta-
início da século XXI) esconde desigualdades mos referindo-nos à:
A distribuição da população mundial ocorreu de
sociais incríveis: na África, esse crescimento é de a) Primeira fase: baixo crescimento populacional.
forma desigual no tempo e no espaço. Vários fa-
3% ao ano e, na Europa, de somente 0,4%”. b) Segunda fase: aceleração do crescimento po-
tores concorrem para esse fato. Um ambiente
(Kennedy, Paul. Preparando para o século XXI. Rio de pulacional.
desfavorável pode ser o motivo de uma ocupa-
Janeiro, Campus, 1993. p. 33). c) Segunda fase: desaceleração do crescimento
ção rarefeita. As altas montanhas, as regiões po-
ASPECTOS DA POPULAÇÃO MUNDIAL lares e os desertos são exemplos desses lugares. populacional.
Essas são áreas conhecidas como anecúmenas, d) Terceira fase: baixo crescimento populacional.
No estudo sobre a população, é necessário ter
pois dificultam a fixação do homem. A disponibi- e) Segunda fase: baixíssimo crescimento popula-
atenção a alguns conceitos. Quando nos referi-
lidade de capital e de tecnologia podem reverter cional.
mos à população de um país, estado ou cidade,
esse quadro. Técnicas como a irrigação ou a dre-
estamos referindo-nos ao conceito de população 02. A primeira aceleração do crescimento popu-
nagem de solos pantanosos, por exemplo, po-
absoluta (número total de habitantes). Entretanto lacional coincide com a consolidação do sis-
dem tornar essas áreas menos inóspitas.
igualmente importante é o conceito de população tema capitalista e com o advento da Revolu-
relativa (número de habitantes por quilômetro Áreas ecúmenas
ção Industrial, durante os séculos XVIII e XIX.
quadrado). Assim, podemos perceber que al- Outros espaços apresentam características que
Nos países que se industrializavam, a pro-
guns países são mais populosos ou mais povoa- facilitam a fixação de populações. Áreas planas,
dução de alimentos aumentou, e a popula-
dos do que outros. Ásia, América e Europa são solos férteis ou climas amenos são, entre outros,
ção que migrava do campo encontrava na c-
muito mais populosos do que a África e a Ocea- os grandes atrativos da população. Essas áreas
são chamadas de ecúmenas.
dade uma situação socioeconômica e sani-
nia.
tária muito melhor. Assim, a mortalidade se
QUADRO: 01 Antigüidade do povoamento, decisões políticas,
...........1........... e os índices de crescimento
perseguições religiosas, étnicas ou ideológicas
populacional se ........... 2 ...........
podem constituir-se em fatores históricos que de-
A alternativa que completa corretamente os
terminariam este ou aquele povoamento. Uma
espaços 1 e 2 no texto acima é:
maior taxa de natalidade, associada ou não a um
saldo migratório positivo, podem desencadear a) Elevou / elevaram.
um processo de ocupação ou esvaziamento de b) Elevou / reduziram.
um local. A modernização de uma economia, a c) Reduziu / elevaram.
exemplo das revoluções industriais, possibilitou a d) Acelerou / desacelerou.
Fonte: L’état du monde, 2001 e Calendário Atlante De
evasão do campo e o inchaço das cidades. As- e) Estagnou / desaceleraram.
Agostini, 2000. sim, cada lugar do Planeta vivenciou a conjunção
de um ou de mais fatores que vão caracterizar a
03. No estudo das populações – tanto no âmbito
“A densidade demográfica varia segundo as con- local quanto no âmbito mundial –, os dados
atual distribuição de suas populações.
dições ambientais, o desenvolvimento tecnológi- estatísticos são uma poderosa ferramenta
co e a organização social, sendo, ao mesmo tem- O crescimento demográfico
para a análise dos fenômenos demográficos,
po, efeito e causa” (Madagascar, ile entre toutes. “Com o surgimento das sociedades modernas
da estrutura e das condições de vida do con-
In Géographie universelle, Berlim/ Reclus, 1994). (caracterizadas por forte urbanização, industriali-
tingente humano.
Se, por um lado, esse conceito é essencial, quan- zação, produção sistemática de mercadorias,
Entre os principais indicadores demográfi-
do estudamos a distribuição da população pelo consumo, globalização das relações etc.), a velo-
cos, estão o crescimento vegetativo e as mi-
espaço geográfico, por outro, é preciso ter bom cidade do crescimento populacional tornou-se o
grações. Por meio desses indicadores, é
senso para perceber que estamos lidando com centro de preocupações. Esse novo modo de vi-
dados numéricos que escondem as diferenças da passa a transformar ou a eliminar as formas
possível observar a dinâmica de uma popu-
entre regiões, o nível de vida, as necessidades e naturais de sobrevivência dos povos, fundamen- lação: se ela cresceu ou não, quantas pes-
a cultura de cada povo e de cada lugar. talmente das ligadas à terra. soas nasceram e quantas morreram no perí-
odo em estudo etc.
Para calcular a densidade de um lugar, é preciso A partir desse marco, grandes massas populacio-
Assim, em uma população que tenha apre-
dividir a população pela área disponível (em qui- nais terão sua sobrevivência subordinada à com-
lômetros quadrados). pra e à venda de mercadorias em uma economia
sentado crescimento vegetativo de 1,5% ao
monetária (uso do dinheiro), ou seja, ao merca- ano, podemos concluir que:
Fórmula: 01
do. É nesse contexto que o tamanho maior ou a) A mortalidade superou a natalidade.
População
Densidade absoluta menor de uma população passa a ser entendido b) A mortalidade foi igual à natalidade.
demográfica = ––––––––––––– = N.º hab/km² como uma variável econômica”. c) A natalidade é menor do que a mortalidade.
Área (em km²)
d) A população está em declínio.
Por ordem decrescente em densidade demográfica ou (OLIVA, Jaime e GIANSANTI, Roberto. Espaço e
e) A mortalidade é menor do que a natalidade.
população relativa, temos os continentes Ásia, Europa, Modernidade: temas da Geografia Mundial. São Paulo:
África, América e Oceania. Pode-se perceber que a den- Atual. p. 184, 2001).

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QUADRO: 03 se equilibrar, na medida em que diminuem as


taxas de natalidade e de mortalidade”. (Marcos
A. Coelho e Lygia Terra. Geografia geral: O
espaço natural e socioeconômico. 4ª ed. São
Paulo. Moderna, 2001.).
Fases do crescimento demográfico

Fonte: ONU, Indicators on population, fev. 2000.


Primeira: abrange os primórdios da humanidade
até o fim do século XVIII. Apresentou elevadas ta-
O homem foi, provavelmente, o animal que mais xas de natalidade e de mortalidade resultando,
se propagou no Planeta. Sua capacidade de por isso, em baixas taxas de crescimento vegeta-
adaptação aos lugares e de desenvolvimento de tivo. A expectativa de vida era muito baixa. Nesse
01. O mecanismo responsável pelo declínio do outras técnicas proporcionaram um formidável período, a população estava totalmente submeti-
crescimento demográfico nos países desen- crescimento populacional. Esse crescimento da às influências das forças da natureza. Aconte-
volvidos foi (foram): também se deu de forma diferenciada no tempo ciam elevadas taxas de mortalidade. A falta de ali-
e no espaço. “Durante todo o Paleolítico, mante- mentos, as doenças (não havia medicamentos
a) As multas aplicadas às famílias com mais de
ve-se relativamente estável. Com a Revolução ou tratamentos eficientes e, inclusive, a compre-
três filhos.
Neolítica, ocorre um crescimento acentuado, que ensão sobre o ciclo evolutivo da doença) e as
b) A melhoria dos padrões de vida da população se mantém praticamente até os dias atuais (com
em geral. guerras eram seus mecanismos mais eficazes.
algumas quedas pouco significativas). É impor- Os países desenvolvidos superaram essa fase
c) Um rígido controle de natalidade. tante salientar que, com o crescimento vertigino- antes dos subdesenvolvidos. Podemos apontar a
d) A distribuição gratuita de pílulas anticoncep- so ocorrido nos últimos trezentos anos (de 1650 Revolução Industrial (século XVII) como marco
cionais e os incentivos às famílias para terem a 1950), a população mundial cresceu de 500 mi- desse período.
menos filhos. lhões para 2,5 bilhões e que, nos últimos quaren-
ta anos, duplicou, ou seja, de 1950 a 1990, pas- Segunda: a “revolução médico-sanitária” provo-
e) A primeira Revolução Industrial.
sou de 2,5 bilhões para mais de 5 bilhões”. cou a queda das taxas de mortalidade. Enquanto
02. Analise as seguintes afirmativas: (PITTE, Jean-Robert (coord). Geografia: a natureza
isso, a natalidade manteve-se elevada, resultan-
I. O progresso econômico e a melhoria nas con- humanizada. São Paulo: FTD, p. 42, 2000). Hoje somos
do numa aceleração do crescimento. Isso ocor-
dições gerais de saúde da população, ocorri- mais de 6 bilhões. reu devido aos avanços na agricultura e na pecu-
dos a partir do final do século XVIII, fizeram ária, proporcionando uma melhoria quantitativa e
O crescimento de uma população envolve três qualitativa na alimentação. Desde a modernida-
despencar as taxas de mortalidade. componentes fundamentais: as taxas de de, o desenvolvimento das ciências, entre elas a
II. Como a natalidade continuou alta, a redução natalidade (e a fecundidade), de mortalidade e as Biologia, a Medicina e a Farmácia, proporcionou
da mortalidade provocou uma alta muito rápi- diversas modalidades de migração. A diferença um melhor conhecimento do corpo humano, das
da na taxa de crescimento vegetativo. entre as taxas de natalidade e de mortalidade doenças e dos tratamentos. A urbanização da
III. Nos países da Europa e da América do Norte, mostra o crescimento vegetativo. Este, por sua população desencadeou uma série de reformas
a queda da mortalidade, registrada desde o vez, pode ser analisado do ponto de vista de três nas cidades, com a instalação de esgotos, coleta
fim do século XIX, ocorreu devido a duas fases. de lixo, tratamento da água, entre outros. Um am-
ordens de fatores: as revoluções agrícola e A taxa de natalidade é obtida pela relação entre o biente mais saudável reduz a proliferação de do-
industrial de um lado e, do outro, as número de nascimentos ocorridos em um ano e enças e pragas.
descobertas médicas e as melhorias das o número de habitantes. Em 1900, a Europa era o segundo continente
condições sanitárias. Fórmula: 02 mais populoso (em primeiro lugar estava a Ásia),
Assinale a alternativa correspondente: Nascimentos X 1000 e, no ano 2000, já era o penúltimo em população.
a) V – V – V. b) V – F – V. c) F – F – F. N = ––––––––––––––––––– Os países da Europa ocidental, os chamados
d) F – F – V. e) V – F – F. Habitantes “desenvolvidos velhos”, foram os primeiros a
A taxa de mortalidade é a relação entre o número atingir essa fase, principalmente durante o século
03. “Sob a influência de seu primeiro diretor-
de óbitos ocorridos em um ano e o número de XIX. Nos países “desenvolvidos novos” (EUA,
geral, Julian Huxley, a Conferência Geral da Canadá, Rússia, Japão), ela ocorreu na primeira
habitantes.
UNESCO reconhecia, já em 1948, que o metade do século XX. Nos subdesenvolvidos, a
mundo pós-guerra tinha pela frente três Fórmula: 03
partir da segunda metade do século XX e, segun-
grandes focos de problemas: o nacionalis- Mortes X 1000
do a ONU, perdurará até 2050.
M = –––––––––––––––––––
mo, o aumento populacional e os obstácu- Os países menos desenvolvidos, os mais pobres
Habitantes
los ao desenvolvimento tecnológico”. da África (região do Sahel), da Ásia (sudeste e
(Urzúa, R. “O Correio da Unesco” – 1992)
O crescimento demográfico ou vegetativo é a di-
leste), da América Latina e da Oceania, ainda es-
ferença entre as taxas de natalidade e de mortali-
Passados mais de 50 anos dessa conferên- tão na segunda fase. Apresentam, ainda, grande
dade. E pode ser obtida da seguinte forma:
cia, a declaração: crescimento populacional, pois a melhoria de
Fórmula: 04 suas condições de vida só ocorreu depois da Se-
I. Continua em parte atual, pois o naciona- gunda Guerra Mundial, período em que o mundo
CV = Natalidade – Mortalidade
lismo recrudeceu, principalmente após a assistiu à mais espetacular explosão demográfica
A diferença entre as taxas de natalidade e de
desintegração do bloco soviético. de todos os tempos.
mortalidade indica o quanto uma população
II. Perdeu em parte a atualidade, pois se ve-
cresceu no período observado. Quando compa- Terceira: caracterizada pela ocorrência de baixas
rifica, em praticamente todo mundo, uma taxas de natalidade e de mortalidade e por um
ramos esse crescimento com o tempo que uma
tendência à redução das taxas de fecun- população precisa para duplicar, estabelecemos baixíssimo crescimento populacional, a transição
didade e, conseqüentemente, do aumen- a velocidade do seu crescimento. Dependendo demográfica encontra-se concluída. Atualmente,
to populacional. da população e do contexto histórico, econômico estão nessa fase os países desenvolvidos, a mai-
III. Continua em parte atual, pois grande par- e social, um volume maior ou menor pode-se or parte deles com taxas de crescimento muito
te das nações do mundo ainda não tem configurar ou não em um problema. baixas (geralmente inferiores a 1%), nulas e até
acesso ao progresso tecnológico alcan- QUADRO: 04 negativas.
çado pelos países industrializados do Nos países desenvolvidos, tem ocorrido uma
norte. transformação na estrutura familiar. A taxa de fe-
IV. Perdeu parte da atualidade, pois, no cundidade é baixa, permanecendo em torno de
mundo globalizado, o nacionalismo de- 1,5 filho por mulher. Muitos países apresentam ta-
sapareceu e o progresso tecnológico se Fonte: GEORGE, Pierre. Geografia da População. 2. ed. xas inferiores a 2,1 filhos por mulher, mantendo,
disseminou por todo o Planeta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 84. assim, estabilizado o tamanho de sua população.
Diversos fatores, como a urbanização, o aumento
Das afirmações acima, são verdadeiras: Segundo a ONU (Organização das Nações
da escolarização e a incorporação das mulheres
a) Apenas I, II e III b) Apenas II e IV Unidas), a população mundial reduzirá bastante
ao mercado de trabalho (dupla jornada de traba-
c) Apenas I e II d) Apenas I, II e IV o crescimento a partir de 2050. “Este conceito,
lho), contribuem para que as mulheres tenham
e) I, II, III e IV transição demográfica, é parte de uma teoria ela-
menos filhos.
borada para explicar a tendência da população a

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Nota: Chamamos de cologaritmo de um número

Matemática positivo N, numa base b, ao logaritmo do inverso


multiplicativo de N, também na base b. Ou seja:
cologbN = logb(1/N) = logb1 – logbN = 0 – logbN
Professor CLICIO Freire
= – logbN.
Exemplo: colog10 = –log10 = –1.
Aula 64
g)logabn = n.logab
Função logarítmica Exemplo: log5256 = 6.log525 = 6.2 = 12.
O Conceito de Logaritmo 1
h)logam b = —––. logab
Sejam a, b ∈ IR*+ e a ≠ 1. O número x que sa- m
tisfaz a igualdade ax = b é chamado logaritmo na 01. Sendo log2 = 0,301 e x = 53. , então
logab
base a de b. i) loga b = —–––––– , com logca ≠ 0 o logx é:
O símbolo para representar a sentença “O loga- logca
a) 2,997 b) 3,398 c) 3,633
ritmo na base a de b é igual a x” é: logab = x. Notas: d) 4,398 e) 5,097
Portanto logab = x ⇔ ax = b
a) Na resolução de problemas, é sempre muito 02. O produto das raízes da equação log(x2 –7x
Exemplos: mais conveniente mudar um log de uma base + 14) = 2log2 é:
a) log28 = 3 porque 23 = 8; maior para uma base menor, pois isso simplifi-
b) log41 = 0 porque 40 = 1; a) 5 b) 7 c) 10
ca os cálculos.
c) log39 = 2 porque 32 = 9; d) 14 e) 35
b) Duas conseqüências importantes da fórmula
d) log55 = 1 porque 51 = 5. 03. Se 12n+1=3n+1.8, então log2 n é igual a:
de mudança de base são as seguintes:
Notas: a) –2 b) –1 c) 1/2
c) logbN = logN / logb (usando a base comum
a) Quando a base do sistema de logaritmos é d) 1 e) 2
10, que não precisa ser indicada).
igual a 10, usamos a expressão logaritmo deci-
mal e, na representação simbólica, escreve- d) logba . logab = 1 04. O domínio da função y = log [(2x–3)/(4–x)]
mos somente logN ao invés de log10N. Assim, Exemplos: é:
quando escrevemos logN = x, devemos con- a) (–3/2,4) b) (–4,3/2) c) (–4,2)
a) log37 . log73 = 1
cluir, pelo que foi exposto, que 10x = N. d) (3/2,4) e) (3/2,10)
b) log23 = log3 / log2 = 0,4771 / 0,3010 = 1,5850
b)Existe, também, um sistema de logaritmos
chamado neperiano (em homenagem a John 05. Determine o valor de x que satisfaz à
Exercícios resolvidos equação log2 (x–3) + log2 (x-2) = 1.
Napier – matemático escocês do século XVI,
inventor dos logaritmos), cuja base é o núme- 01. Se logab a = 4, calcule .
ro irracional e = 2,7183..., e indicamos esse lo- 06. Existe um número x diferente de 10, tal que
Solução:
garitmo pelo símbolo ln. Assim, logeM = ln M. o dobro do seu logaritmo decimal exce-
Reescrevendo a expressão, com o uso das pro- de de duas unidades o logaritmo deci-
Esse sistema de logaritmos, também conheci-
priedades dos logaritmos indicadas abaixo do si- mal de x–9. Determine x.
do como sistema de logaritmos naturais, tem
nal de igualdade, temos que:
grande aplicação no estudo de diversos fenô-
menos da natureza.
07. O logaritmo, em uma base x, do número y
c) Os logaritmos decimais (base 10), normalmen- = 5 + x/2 é 2. Então x é igual a:
te, são números decimais cuja parte inteira é
a) 3/2 b) 4/3 c) 2
denominada característica, e a parte decimal é
4 4 4 d) 5 e) 5/2
denominada mantissa. Assim, por exemplo, Nota: logab a = 4 ⇒ a = (a.b) ⇒ a = a b
sendo log20 = 1,3010, 1 é a característica, e ⇒ b4 = 1/a3 ⇒ b = (1/a3)1/4 = 1/a3/4 08. Se x+y = 20 e x – y = 5 , então log(x2 –
0,3010, a mantissa. y2 ) é igual a:
d)Da definição de logaritmo, infere-se (conclui- a) 100 b) 2 c) 25
se) que somente os números reais positivos d) 12,5 e) 100
possuem logaritmo. Assim, não têm sentido as
expressões log3(-9) , log20 etc. 09. Observando que o logaritmo é um expoen-
te, complete as sentenças de modo a tor-
ná-las verdadeiras.
02. Se a, b e c são reais positivos com a diferente
de 1, e a.c diferente de 1, prove que: a) log3 81 = 4 ⇔ 34 =
logab = logacb(1 + logac) b) log100,01 = –2 ⇔ 102 =
Propriedades dos logaritmos Solução: c)
Note que a expressão do lado direito da igualda-
a) Sejam a, b, c ∈ IR*+ e a,c ≠ 1, o logaritmo da
de possui um logaritmo na base ac. Assim, nada 10. Identifique as sentenças verdadeiras e as
unidade, em qualquer base, é nulo, ou seja,
mais natural do que efetuarmos, inicialmente, a
logb1 = 0 porque b0 = 1. falsas. Justifique sua resposta.
mudança para essa base na expressão do lado
b)O logaritmo da base é sempre igual a 1, ou a) log3/24/9 = –2 b) log32 1024 = 4
esquerdo da igualdade. Assim:
seja, logbb =1, porque b1 = b. c) 3log2= 3 d) 3log5 + log6 6 –log3 1 = 6
c) logbbk = k, porque bk = bk . 11. Nas sentenças a seguir, circule de verme-
d)blogbM = M, ou seja, b elevado ao logaritmo lho o logaritmo, de azul a base e de preto o
de M na base b é igual a M. logaritmando.
e) loga(b.c) = logab + logac a) log21/32 = –5 b) 80 = 1
Exemplo: log20 =log(2.10) = log2 + log10 = c) 10–1 = 0,1 d)
0,3010 + 1 = 1,3010. 12. Determine a expressão cujo desenvolvi-
Observe que, como a base não foi especifica- 03. Se a e b são raízes da equação x2–px+q=0 mento logarítmico é
da, sabemos que ela é igual a 10. (p, q > 0 e q diferente de 1), demonstre que: 1 + log2 (a + b) – log2 (a – b).
f) loga(b/c) = logab – logac logqaa + logqbb + logqab + logqba = p
Exemplo: log0,02 = log(2/100) = log2 – log100 Solução: 13. Sabendo que log25 = x, então obtenha:
= 0,3010 - 2,0000 = -1,6990. A = alogqa + blogqb + blogqa + alogqb a) log21/5
Do exposto anteriormente, podemos concluir Colocando os termos comuns em evidência: b) log1/2 10
que, sendo log0,02 = –1,6990, então 10–1,6990 A = (a+b)logqa + (a + b) logqb ⇒ A = (a + b)
= 0,02. (logqa + logqb)

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E, pela propriedade L1, Vamos determinar a função inversa da função


A = (a + b) logqab [1] y=ax, onde 0<a ≠ 1.
Em uma equação do segundo grau mx2+n.x+k Permutando x por y, vem: x = ay → y = logax
= 0, a soma e o produto de suas raízes valem, Portanto a função logarítmica é, então:
respectivamente, S = –n/m e P = k/m. f: R*+ → R ; y = logax , 0 < a ≠ 1.
Daí, pelas condições iniciais do exercício: Mostramos, a seguir, os gráficos das funções ex-
a + b = p e a.b = q ponencial (y = ax) e logarítmica (y = logax), para
Substituindo esses valores em [1]: A=p.logqq=p os casos a > 1 e 0 < a ≠ 1. Observe que, sendo
as funções inversas, os seus gráficos são curvas
04. Se a, b e c são as medidas dos lados de um
simétricas em relação à bissetriz do primeiro e
triângulo retângulo de hipotenusa de medida a, e
terceiro quadrantes, ou seja, simétricos em rela-
01. Resolvida a equação log3 (x + 5) = 2. sabendo que a–b e a+b são diferentes de 1,
ção à reta y = x.
Solução: demonstre que: loga+bc + loga–bc = 2loga+bc.
Devemos ver a condição de existência: x + 5 > 0 ⇒ loga–bc
x > –5 Solução:
log3 (x+5) = 2 ⇒ x+5 = 32 ⇒ x = 9–5 ⇒ x = 4 ou Como o triângulo é retângulo, pelo Teorema de
então, log3 (x+5)= 2 ⇒ log3(x+5)= 2 . log3 3 ⇒ Pitágoras:
log3 (x+5)= log3 32 ⇒ x+5 = 32 ⇒ x=9–5 ⇒ x=4 a2 + b2 +c2 ⇒ c2 = a2 – b2 =(a – b)(a +b)
Como x = 4 satisfaz a condição de existência, então c2
a solução é S = {4}. ⇒ a + b = –––––– [1]
02. Resolver a equação log2 (log4 x) = 1. a–b
Solução: Efetuando a mudança de base (de a + b para a
A condição de existência: log4x > 0 então x > 1 – b) da primeira parcela:
log2 (log4 x) = 1 ; como 1 = log2 2, então log2 (log4
x) = log2 2 ⇒ log4x = 2 ⇒ 42= x ⇒ x = 16
Como x = 16 satisfaz a condição de existência, então E substituindo no primeiro membro da igualdade
a solução é S = {16}. a ser demonstrada:
03. Resolva o sistema:
Solução:
As condições de existência: x > 0 e y > 0
Na primeira equação, temos: log x + log y = 7 ⇒ log
y = 7 – log x . Daí, substituindo log y na segunda E, por fim, de [1] e [2] vem que:
equação, temos:
3.log x – 2.(7 – log x) = 1 ⇒ 3.log x – 14 + 2.log x = Notas:
1 ⇒ 5.log x = 15 ⇒ log x = 3 ⇒ x = 103 a) Para a > 1, as funções exponencial e logarítmi-
Como x=103, então log y=7 –log x, temos: log y=7 – ca são CRESCENTES;
log 103 ⇒ log y= 7 – 3 ⇒ log y= 4 ⇒ y= 104. b) Para 0 < a ≠ 1, elas são DECRESCENTES.
Como essas raízes satisfazem as condições de exis- c) O domínio da função y = logax é o conjunto
tência, então a solução é S = {(103;104)}. 05. Demonstrar que .
R*+ .
04. Resolver a inequação log2(–4x + 13) = 2 Solução: d) O conjunto imagem da função y = logax é o
13 conjunto R dos números reais.
{–4x + 13 > 0 ⇒ x<–––} e) O domínio da função y = ax é o conjunto R dos
4 06. Se a, b e c são reais positivos e diferentes de números reais.
–4x + 13 = 22 ⇒ x = 9/4 um e a = b.c, prove que: f) O conjunto imagem da função y = ax é o con-
junto R*+.
g) Observe que o domínio da função exponencial
Solução: é igual ao conjunto imagem da função logarít-
05. Resolva a inequação: log2 (x + 2) > log2 8 . mica e que o domínio da função logarítmica é
Solução: igual ao conjunto imagem da função expo-
A condição de existência: x + 2 > 0 ⇒ x > –2 e a Da condição inicial, aplicando-se o logaritmo na nencial. Isso ocorre porque as funções são in-
base é maior do que 1, então: x + 2 > 8 e, daí, base b, obtemos: versas entre si.
x > 6 . Como satisfaz a condição, então a solução é logba = logbbc = logbb + logbc = 1 + logbc [2]
Equações Logarítmicas
S = {x ∈ IR; x > 6}. Substituindo [2] em [1]:
Chamamos de equações logarítmicas todas
06. Resolva a inequação: log2 (log3 x) > 0.
aquelas que envolvem logaritmos com a incógni-
Solução: ta, aparecendo no logaritmando, na base ou em
Condições de existência: x > 0 e log3 x > 0 e, portan- ambos.
to, x > 1 Função Logarítmica Exemplos:
Como log2 1 = 0, a inequação pode ser escrita as- log3x =5 → x=243
sim: log2 (log3 x) > log21. Como a base é maior que Considere a função y = ax , denominada função
exponencial, onde a base a é um número positi- log(x2–1) = log 3 → x’=–2 e x’’=2
1, temos: log3 x > 1. log2(x+3) + log2(x–3) = log27 → x = 4
Como log3 3 = 1, então log3 x > log33 e, daí, x > 3, vo e diferente de 1, definida para todo x real.
Observe que, nessas condições, ax é um número logx+1(x2–x)=2 → x = –1/3
porque a base é maior que 1.
Como satisfaz as condições, então a solução é S = positivo, para todo x ∈ IR, onde IR é o conjunto Inequações Logarítmicas
{x ∈ IR; x > 3} dos números reais. Chamamos de inequações logarítmicas todas
Denotando o conjunto dos números reais positi- aquelas que envolvem logaritmos com a incógni-
07. Resolver a inequação log2(3x – 5) ≤ log26.
vos por R+*, poderemos escrever a função expo- ta aparecendo no logaritmando, na base ou em
Solução:
(A) {3x – 5 > 0 ⇒ x > 5/3 e (B) 3x – 5 ≤ 6 ⇒ x ≥ nencial como segue: ambos.
11/3 f: R → R*+ ; y = ax , 0 < a ≠ 1 Exemplos:
Esta é bijetora, pois: log2x > 0 → x > 1
a) é injetora, ou seja, elementos distintos pos- log4(x+3) → 1 → –3 < x → 1
suem imagens distintas. Para resolver inequações logarítmicas, devemos
b) É sobrejetora, pois o conjunto imagem coinci- realizar dois passos importantes:
de com o seu contradomínio. 1. redução dos dois membros da inequação a lo-
Assim sendo, a função exponencial é BIJETORA garitmos de mesma base;
e, portanto, é uma função inversível, OU SEJA, 2. aplicação da propriedade:
admite uma função inversa. Se a > 1, então logam > logan ⇒ m>n>0
{x ∈ IR|5/3< x ≤ 11/3} Se 0<a<1, então logam > logan ⇒ 0<m<n

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Pressão absoluta (ou total) – No fundo do reci-


piente, a pressão total leva em conta a pressão
Física atmosférica:
pabs = patm + pef ∴ pabs = patm +dgh
Professor Carlos Jennings

Aula 65

Hidrostática
De maneira simples, pode-se dizer que um fluido
adquire o formato do recipiente que o contém.
São considerados fluidos os líquidos e os ga- 01. (UFRGS) Um corpo cuja massa é 1kg flutua
ses.
inteiramente submerso na água (massa es-
Nesta aula, estudaremos as propriedades dos lí-
quidos em equilíbrio estático, embora tais pro- pecífica 1g/cm3). Qual o módulo da força
priedades possam ser estendidas aos fluidos em Aplicações
geral.
resultante com que o corpo afundaria no ál-
01. (FAAP–SP) Calcular, em N/m2, a pressão que
Massa específica de uma substância – É a ra- cool (massa específica 0,8g/cm3)?
exerce uma determinada quantidade de petróleo
zão entre a massa de uma quantidade da subs- sobre o fundo de um poço, se a altura do petróleo, Considere g=10m/s2 e despreze o atrito do
tância e o correspondente volume ocupado por
no poço, for igual a 10m e a sua densidade corpo com o álcool.
essa substância:
m 800kg/m3. Dado: g = 10m/s2.
Solução: a) 1N b) 2N c) 4N
μ = –––
v d = 800kg/m3; h = 10m; g = 10m/s2. d) 8N e) 10N
Uma unidade muito usada para massa específica A pressão pedida é hidrostática (ou efetiva):
é g/cm3. No S.I., utiliza-se kg/m3. A relação entre p=d.h.g 02. (UFRGS) Um morador da ilha de Fernando
essas duas unidades é: p = 800 . 10 . 10
10–6kg
de Noronha costuma mergulhar no mar,
g kg p = 80.000N/m2
1 = –––– = ––––––– = 103 –––
3 –6 3
sem equipamento, até profundidades de
cm 10 m m3 02. No interior do Amazonas, é comum a prática
da pesca do bodó com as mãos. Se um pesca- 25m. Sendo po a pressão atmosférica ao ní-
Densidade de um corpo – É a razão entre a
massa do corpo (porção limitada de matéria) e o dor mergulhar a 10m de profundidade, em rela- vel do mar, a 25m de profundidade, ele
correspondente volume que ele ocupa: ção à superfície de um lago, para capturar alguns
submete seu corpo a uma pressão de,
m desses peixes, qual será a pressão a que ele es-
d = –––– tará submetido? aproximadamente,
v Dados: patm = 105N/m2 (pressão atmosférica
Pressão – Conceito que relaciona a força local); dágua = 103kg/m3. a) 26po b) 6po c) 3,5po
aplicada sobre uma superfície com a área dessa d) 2,5po e) 2,0po
superfície. Assim, a pressão de uma força sobre Solução:
uma superfície é a razão entre a componente Deseja-se calcular a pressão total (ou absoluta)
normal da força e a área da superfície na qual ela sobre o mergulhador:
03. (UFRGS) Considere as afirmações se-
atua: pabs = patm + pef ∴ pabs = patm +dgh
F pabs = 105 + 103 . 10 . 10 guintes:
p = –––– pabs = 2,0 .105 Pa I. A força de empuxo sobre um copo de vi-
A
No S.I., a unidade de pressão é N/m2, também LEI DE STEVIN dro totalmente submerso na água (e
conhecida como pascal (Pa). cheio de água) é igual à soma das for-
Pressão atmosférica – A atmosfera, composta
de vários gases, exerce pressão sobre a superfí- ças de empuxo que sofreriam os cacos
cie da Terra. Ao nível do mar, tem-se: desse copo, se ele se quebrasse dentro
patm = 1,01 . 105 N/m2 = 1,01 . 105 Pa.
da água.
Pressão hidrostática (ou efetiva) – É a pressão
exercida pelo peso de uma coluna fluida em II. A força de empuxo que sofre uma canoa
equilíbrio. Considere um cilindro com um líquido
de alumínio que flutua sobre a água é
até a altura h e um ponto B marcado no fundo de
área A. O líquido exerce uma pressão no ponto B, maior do que a força de empuxo que so-
dada por:
As pressões em A e B são: freria a canoa totalmente submersa na
pA = po + dghA água (e cheia de água).
pB = po + dghB
Então a diferença de pressão (Δp) entre A e B é:
III. A força de empuxo sobre uma pedra
pA – pB = dg (hA – hB) ou Δp = dgΔh irregular, totalmente submersa na água,
Conclusão: dois pontos na mesma horizontal, mas suspensa por um cordão, é maior
dentro de um fluido em equilíbrio, estão submeti-
do que a força de empuxo sobre ela
dos à mesma pressão.
quando, livre do cordão, está deposita-
P Aplicação da no fundo do recipiente.
p = ––––, como P = mg, temos:
A No tubo em U da figura, tem-se água e óleo em Quais estão corretas?
mg m equilíbrio. Sendo hA= 10cm a altura da água, de- a) Apenas I b) Apenas II
p = ––––, como d= –––– ∴ m =dV, temos: termine a altura hB do óleo, sendo dados: dA =
A V 1,0g/cm3 (densidade da água); dB = 0,8g/cm3 c) Apenas I e II d) Apenas I e III
dVg (densidade do óleo). e) Apenas II e III
P= –––––, como V=Ah (volume do cilindro),
temos:
A 04. (UFRGS) Duas esferas maciças, X e Y, de
dAhg mesmo volume, flutuam em equilíbrio na
p = –––––– p = dhg
A água. Se X tem o dobro da massa de Y,
Importante! a) X está menos submerso do que Y.
A pressão hidrostática ou efetiva depende da
b) X e Y possuem pesos iguais.
densidade do fluido (d), da altura do fluido acima
do ponto considerado (h) e do lugar da expe- c) X e Y possuem massas específicas iguais.
riência (g), independendo do formato e do tama-
nho do recipiente. d) X e Y sofrem forças de empuxo iguais.
e) X desloca mais água do que Y.

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Solução: e o corpo fica sujeito a uma força resultante


Na horizontal que passa pela superfície de sepa- para cima (R = E – P).
ração dos líquidos, a pressão hidrostática é a • Se d= μ f, o peso é igual ao empuxo e o corpo
mesma: encontra-se em equilíbrio (R = 0).
p1 = p2 ∴ dB . hB . g = dA . hB . g
PESO REAL E PESO APARENTE
dB . hB = dA . hA
Suponha que um bloco cúbico, maciço, de alu-
0,8 . hB = 1,0 . 10 ∴ hB = 12,5cm
mínio, imerso no ar, seja pendurado em um dina-
EMPUXO mômetro (medidor de forças) que indica um valor
Quando um corpo é colocado totalmente imerso P para o peso do bloco. Em seguida, o bloco é
em um líquido, duas forças agem sobre ele: a força imerso em água, e uma nova leitura é feita. Seja
peso, devido à sua interação com a Terra, e a força Pa a indicação do dinamômetro para o peso do
• Os navios modernos são metálicos, de empuxo, devido à sua interação com o líquido. bloco na nova situação.

basicamente construídos de aço. Por ser um


material de elevada densidade, o aço afun-
da rapidamente na água, quando tomado
em porções maciças. No entanto os navios
flutuam na água porque, sendo dotados de
descontinuidades internas (partes ocas),
apresentam densidade menor que a da
água. • Se ele permanece parado no ponto em que foi O valor P é o peso real. O valor Pa é o peso
colocado, a intensidade do empuxo é igual à aparente. Assim:
P > Pa
intensidade da força peso (E = P).
• Se ele afunda, a intensidade do empuxo é me- A diferença entre o peso real e o peso aparente
nor do que a intensidade da força peso corresponde ao empuxo exercido pelo líquido:
E = Preal – Paparente
(E < P).
E = P – Pa
• Se ele é levado para a superfície, a intensidade
Importante: quando um corpo flutua em um líqui-
do empuxo é maior do que a intensidade da
do, o seu peso aparente é nulo:
força peso (E > P) durante a subida.
Pa = P – E
E = P → Pa = 0
Aplicação
PRINCÍPIO DE PASCAL
• Em algumas praias, é tradicional o passeio Um mergulhador e seu equipamento têm massa O acréscimo de pressão produzido num líquido
total de 80kg. Qual deve ser o volume total do em equilíbrio transmite-se integralmente a todos
de buggy. Esses veículos são geralmente
mergulhador para que o conjunto permaneça em os pontos do líquido.
equipados com pneus que apresentam ban- equilíbrio imerso na água?
da de rodagem de largura maior que o nor- Solução:
mal (pneus tala-larga). Devido à maior área Dados: g = 10m/s2; dágua = 103kg/m3; m = 80kg.
Como o conjunto deve estar imerso na água, o
de contato com o solo, a pressão exercida volume de líquido deslocado (Vld) é igual ao volu-
pelos pneus sobre a areia torna-se menor, me do conjunto (V). Condição de equilíbrio:
dificultando o atolamento. E=P
d . Vld .g = m . g
103 . V . 10 = 80 . 10
V = 8 . 102m3
Dois recipientes ligados pela base são preenchi-
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES dos por um líquido (geralmente óleo) em equilí-
Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num brio. Sobre a superfície livre do líquido, são colo-
fluido em equilíbrio, sofre, por parte deste, a ação cados êmbolos de áreas S1 e S2. Ao aplicar uma
de uma força vertical, para cima, cuja intensidade força F1 ao êmbolo de área menor, o êmbolo
é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo. maior ficará sujeito a uma força F2, em razão da
mf = μ f . Vf transmissão do acréscimo de pressão Δp.
E = Pf = mf . g Segundo o Princípio de Pascal:
E = μ f . Vf . g F1 F2
Δp1 = Δp2∴ ––– = –––
• Na experiência ilustrada na figura abaixo, S1 S2
quando o corpo (sem porosidades) é intro- Importante: o Princípio de Pascal é largamente
duzido na jarra preenchida com água até o utilizado na construção de dispositivos ampliado-
nível do seu bico, certo volume do líquido res de força – macaco hidráulico, prensa hidráu-
lica, direção hidráulica etc.
extravasa, sendo recolhido no pequeno reci- CORPOS IMERSOS
piente lateral. O volume de água extravasa- Para corpos totalmente imersos em um fluido, o Arapuca
do é exatamente igual ao volume do corpo, volume de fluido deslocado pelo corpo é igual ao Numa prensa hidráulica, as áreas dos
e a intensidade do empuxo recebido por ele próprio volume do corpo. êmbolos são SA=100cm2 e SB=20cm2.
é igual à do peso do líquido deslocado Sobre o êmbolo menor, aplica-se uma
força de intensidade de 30N que o des-
(Teorema de Arquimedes). loca 15cm. Determine:
a) a intensidade da força que atua so-
bre o êmbolo maior;
Assim, o peso do corpo e o empuxo sofrido por
b) o deslocamento sofrido pelo êmbolo
maior.
ele são dados por:
Pc = mc . g = dc . Vc . g Solução:
E = mf . g = mf . Vf . g a) Pelo Princípio de Pascal:
Lembrando que Vc = Vf e comparando as duas FA FB FA 30
expressões, observa-se que: ––– = ––– ∴ ––––= –––– ∴ FA = 150N
• Se d > μ f, o peso é maior do que o empuxo, S1 S2 100 20
b) O volume de líquido transferido do êmbolo
e o corpo fica sujeito a uma força resultante
menor para o maior é o mesmo:
para baixo (R = P – E). ΔV = SA . hA = SB . hB
• Se d < μ f, o peso é menor do que o empuxo, 100 . hA = 20 . 15 ∴ hA = 3cm

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Nesse caso, convém não confundir intran-

Português sitivo com transitivo indireto. Tente perce-


ber a diferença pelos exemplos.
Professor João BATISTA Gomes
a) Ela nasceu em Itacoatiara.
Função de “em Itacoatiara”: adjunto ad-
verbial de lugar.
Aula 66 Regência de nascer: verbo intransitivo.
Texto b) Ela nasceu de pais separados.
Função de “de pais separados”: objeto in-
Livre pra viver direto.
Letra: Cláudio Zoli e Bernardo Vilhena Regência de nascer: verbo transitivo indi-
Intérprete: Pedro Mariano reto.

Viver é bom demais 4. PREDICATIVO DO SUJEITO Caiu no vestibular


Ninguém vai me prender
Depois do verbo intransitivo, a presença do 01. (FGV) Assinale a alternativa em que a
Eu não me escravizei,
predicativo do sujeito é normal, formando o grafia de todas as palavras seja
Nem me entreguei a você.
predicado verbo-nominal. Nesse caso, con-
prestigiada pela norma culta.
vém não confundir predicativo (termo variá-
Sou livre pra amar, vel) com adjunto adverbial de modo (termo a) Auto-falante, bandeija, degladiar,
Louco pra viver esse amor. ou expressão invariável). Sinta a diferença nos eletrecista.
Sou livre pra voar, exemplos seguintes. b) Advogado, frustado, estrupo, desinteria.
Não me importa o céu azul, ou blue. c) Embigo, mendingo, meretíssimo, salchicha.
a) Ela voou para casa.
Sou livre pra pensar, d) Estouro, cataclismo, prazeiroso, privilégio.
Função de “para casa”: adjunto adverbial
Eu não devo nada a ninguém,
de lugar. e) Aterrissagem, babadouro, lagarto,
E a liberdade, é tudo que sonhei,
Regência de voar: verbo intransitivo. manteigueira.
Eu vou viver, eu juro. Predicado: verbal.
b) Ela vou para casa, cansada.
Regência Verbal III Função de “para casa”: adjunto adverbial Arapuca
de lugar.
VERBOS INTRANSITIVOS Função de “cansada”: predicativo do su- 02. (FGV) Observe:
1. DEFINIÇÃO jeito.
Regência de voar: verbo intransitivo. “O diretor perguntou:
Intransitivo é o verbo que não precisa de
Predicado: verbo-nominal. – Onde estão os estagiários? Mandaram-
complemento. Observe as frases:
c) Quando juntas, elas falam alto. nos sair? Estão no andar de cima?”
a) O homem deve viver. Função de “alto”: adjunto adverbial de mo- O pronome sublinhado pertence:
b) O homem deve viver um grande amor. do.
a) À terceira pessoa do plural.
Na primeira, não há complemento para o ver- Regência de falar: verbo intransitivo.
bo “viver”. Por isso, ele é classificado de in- Predicado: verbal. b) À segunda pessoa do singular.
transitivo. c) À terceira pessoa do singular.
VERBOS DE LIGAÇÃO d) À primeira pessoa do plural.
Na segunda, a expressão “um grande amor”
e) À segunda pessoa do plural.
completa o sentido do verbo “viver”. Por isso, 1. DEFINIÇÃO
ele é classificado de transitivo direto. Aquele que, juntamente com o predicativo,
Em síntese, os verbos mudam de classifica- constitui o predicado nominal. É assim deno- 03. (FGV) Assinale a alternativa em que a
ção quanto à regência de acordo com o con- minado porque tem função precípua de ligar palavra sublinhada NÃO tem valor de
texto. o sujeito ao predicativo. Sinônimos: verbo adjetivo.
copulativo, verbo predicativo.
2. DEPENDÊNCIA DO SENTIDO a) A malha azul estava molhada.
2. PRINCIPAIS VERBOS DE LIGAÇÃO b) O sol desbotou o verde da bandeira.
A classificação do verbo depende da frase.
Peguemos o verbo votar, reconhecidamente Os principais verbos de ligação são: ser, es- c) Tinha os cabelos branco-amarelados.
transitivo indireto (a idéia lógica é votar em tar, parecer, permanecer, continuar, ficar. d) As nuvens tornavam-se cinzentas.
alguém). Analisemos as frases seguintes. Mas atenção: mesmo esses verbos podem e) O mendigo carregava um fardo amarelado.
apresentar-se como intransitivos, e outros
a) Ele votou em Eduardo.
verbos, tidos como transitivos, podem tornar-
Função de “em Eduardo”: objeto indireto. 04. (FGV) Assinale a alternativa correta
se de ligação.
Regência de votar: transitivo indireto. quanto à relação grafia/significado.
Veja exemplos analisados:
b) Ele votou em Manacapuru. a) Para sonhar, basta serrar os olhos.
Função de “em Manacapuru”: adjunto ad- a) Ela vive feliz.
Função de “feliz”: predicativo do sujeito. b) Receba meus comprimentos por seu
verbial de lugar.
Regência de viver: verbo de ligação. aniversário.
Regência de votar: verbo intransitivo.
Predicado: nominal. c) A secretária agiu com muita discrição.
Agora, peguemos o verbo amar, reconheci- d) Seus gastos foram vultuosos.
b) Ela vive no exterior.
damente transitivo direto (a idéia lógica é amar e) Tinha ainda conhecimentos insipientes de
Função de “no exterior”: adjunto adverbial
alguém). Analisemos as frases seguintes. Matemática.
de lugar.
a) Sou livre para amar a vida. Regência de viver: verbo intransitivo.
Função de “a vida”: objeto direto. Predicado: verbal.
Regência de amar: transitivo direto. 05. Assinale a alternativa correta quanto à
c) Ela está receosa.
relação grafia/significado.
b) Sou livre para amar. Função de “receosa”: predicativo do su-
Regência de amar: verbo intransitivo. jeito. a) Todos o consideram iminente médico.
Regência de estar: verbo de ligação. b) Cassaram o mandato do presidente.
c) Sou livre para amar sem preconceito.
Função de “sem preconceito”: adjunto ad- Predicado: nominal. c) Não se devem infligir as leis de trânsito.
verbial de modo. d) Ela está em casa. d) Sua beleza é fragrante.
Regência de amar: verbo intransitivo. Função de “em casa”: adjunto adverbial de e) Nos momentos de grande tenção, reflita
lugar. muito antes de agir.
3. PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA Regência de estar: verbo intransitivo.
O verbo intransitivo pode exigir preposição. Predicado: verbal.

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3. SEMÂNTICA 7. O debate cujo início assistimos tendia pa-


Os verbos de ligação podem indicar: ra a vulgaridade. (errado)
8. O debate a cujo início assistimos tendia
a) Estado permanente:
para a vulgaridade. (certo)
João é estudioso.
9. Ao filme de ontem, assisti-lhe pela TV.
Tatiane vive cansada.
(errado)
b) Estado passageiro:
Você agora está estudiosa. b) Assistir = caber
Depois do fracasso da Seleção, o povo 1. É transitivo indireto; exige comple-
anda triste. mento regido pela preposição “a”.
c) Continuidade de estado: 2. Admite construção com o pronome
PARECER Pedro continua deprimido. lhe(s).
Quando o sentido de parecer é “dar a impressão”, A crise passou, mas ela permanece cala- 3. Não admite voz passiva.
seguido de infinitivo, admite duas construções: da. Veja construções certas e erradas:
a) Parecer no plural e infinitivo no singular – A d) Mudança de estado: 1. Assiste os alunos o direito de exigir efici-
concordância é normal. Nesse caso, parecer é Danielle ficou estudiosa. ência dos professores. (errado)
verbo auxiliar. Com o casamento, a vida tornou-se insu- 2. Assiste aos alunos o direito de exigir
portável. eficiência dos professores. (certo)
1. Os ribeirinhos pareciam temer as conse- A lagarta virou borboleta.
qüências da cheia. 3. Poucos benefícios assistem os ribeiri-
e) Aparência: nhos que vivem da pesca. (errado)
Pareciam = verbo auxiliar. Esta garota parece comportada.
4. Poucos benefícios assistem aos ribeiri-
Temer = verbo principal. Ela parece esnobe, mas é pessoa bem
nhos que vivem da pesca. (certo)
Período simples (oração absoluta). simples.
5. Não o assiste o direito de humilhar os
b) Parecer no singular e infinitivo no plural – mais fracos. (errado)
Construção incomum, mas a concordância ver- Aplicação 1
6. Não lhe assiste o direito de humilhar os
bal é correta. Nesse caso, parecer não é verbo
mais fracos. (certo)
auxiliar: sozinho, constitui a oração principal do 01. Em qual construção o termo em negrito
é predicativo? 7. Não assiste a você o direito de humilhar
período. Veja construções analisadas.
os mais fracos. (certo)
a) Quando voltamos à fazenda, a casa tinha
1. Período com oração reduzida:
sido destruída. c) Assistir = ajudar, prestar conforto mate-
Os ribeirinhos parecia temerem as conse- b) Fizeram tudo para ocultar o cadáver, mas rial ou moral
qüências da cheia. o crime foi descoberto.
1. É transitivo direto; pede complemento
Período composto por subordinação (duas c) Durante muito tempo, nossa vida foi in- sem preposição.
orações). vestigada.
2. Não aceita para complemento lhe(s).
Oração principal: “parecia”. d) Chegamos tarde: todos os livros estavam
queimados. 3. Aceita para complemento os pronomes
Oração subordinada substantiva subjetiva
e) De repente, a cidade estava sendo inva- o, a, os, as e suas variações.
reduzida de infinitivo: “Os ribeirinhos temerem
dida, e o povo sem entender nada. 4. Admite voz passiva.
as conseqüências da cheia”.
Veja construções certas e erradas:
2. Período com oração desenvolvida:
Verbos especiais 1. Na crise política, os ministros pouco as-
Parecia que os ribeirinhos temiam as con- sistiram ao presidente. (errado)
seqüências da cheia. No âmbito da regência, especiais são os 2. Na crise política, os ministros pouco as-
Período composto por subordinação (duas verbos que admitem mais de uma predica- sistiram o presidente. (certo)
ção, quase sempre em função da mudança
orações). 3. Os médicos assistiram às vítimas do de-
de sentido. sastre aéreo. (errado)
Oração principal: “Parecia”.
Oração subordinada substantiva subjetiva: 1. ASSISTIR 4. Os médicos assistiram as vítimas do de-
“que os ribeirinhos temiam as conseqüências É usado em quatro sentidos. sastre aéreo. (certo)
da cheia”. 5. A enfermeira Heloísa assistiu aos aciden-
a) Assistir = ver
3. Período com oração reduzida: tados. (errado)
1. É verbo transitivo indireto; exige com-
Com a tempestade, as paredes da casa pa- 6. A enfermeira Heloísa assistiu os aciden-
plemento regido pela preposição “a”.
tados. (certo)
recia tremerem. 2. Rejeita o pronome lhe(s) para comple-
7. Aos acidentados, os paramédicos assis-
Período composto por subordinação (duas mento.
tiram-lhes. (errado)
orações). 3. Não admite voz passiva.
8. Aos acidentados, os paramédicos assis-
Oração principal: “parecia”. Veja construções certas e erradas: tiram-nos. (certo)
Oração subordinada substantiva subjetiva
1. Nos últimos anos, jamais assistimos cri-
reduzida de infinitivo: “As paredes da casa d) Assistir = morar, estar presente
mes tão bárbaros. (errado)
tremerem com a tempestade”. 1. É verbo intransitivo; vem acompanha-
2. Nos últimos anos, jamais assistimos a cri-
do de adjunto adverbial de lugar, regi-
4. Período com oração desenvolvida: mes tão bárbaros. (certo)
do pela preposição em.
Com a tempestade, parecia que as paredes 3. Algumas famílias assistiam assustadas o
Veja construções certas e erradas:
da casa tremiam. espetáculo. (errado)
1. Depois de viver um ano na Itália, ele as-
Período composto por subordinação (duas 4. Algumas famílias assistiam assustadas ao
siste agora em Fortaleza. (certo)
orações). espetáculo. (certo)
2. Por dois anos, ela assistiu à Rua Mare-
Oração principal: “parecia”. 5. As cenas que vamos assistir são desa- chal Deodoro. (errado)
Oração subordinada substantiva subjetiva conselhadas para crianças. (errado)
3. Por dois anos, ela assistiu na Rua Mare-
reduzida de infinitivo: “que as paredes da casa 6. As cenas a que vamos assistir são desa- chal Deodoro. (certo)
tremiam com a tempestade”. conselhadas para crianças. (certo)

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Gabarito do Gabarito do
número anterior número anterior
Aprovar n.º 10 Aprovar n.º 07

DESAFIO QUÍMICO (p. 3) ERRATA: As respostas publicadas na apostila 8


01. E; são dos exercícios da apostila 6. Abaixo, as
02. C; respostas da apostila 7:
03. D;
04. E; DESAFIO HISTÓRICO (p. 3)
05. B; 01. D;
06. D; 02. B; LEITURA OBRIGATÓRIA
07. D; DESAFIO HISTÓRICO (p. 4) O humor do português,
DESAFIO QUÍMICO (p. 4) 01. D;
02. E;
de João Batista Gomes
01. C;
02. C; 03. A; TEXTO PARA LEITURA
03. A; EXERCÍCIO (p. 4) Parir e dar à luz
04. E; 01. C;
05. C; — Quantos anos a senhora tem, mãe?
02. A;
06. D; Ela demora um pouco a responder. Está esco-
07. B; DESAFIO BIOLÓGICO (p. 5) vando os cabelos.
08. C; 01. D; — Vinte e dois... Vou completar vinte e três.
02. A; — Só? Então, a senhora me teve com... Pera aí...
EXERCÍCIOS (p. 4) 03. A;
01. D; Num diz não, mãe... Com...
02. A; DESAFIO BIOLÓGICO (p. 6) — Com dezessete, filho. Com dezessete anos.
03. E; 01. E; — E dezessete é com “z” ou com “s”, mãe?
04. C; 02. A; — Claro que é com “z”, filhinho. Vem de dez. Dez
03. A; mais sete, entendeu?
PERSCRUTANDO O TEXTO (p. 5 e 6 ) 04. A;
01. V, V, V, V e F; 02. B; 03. E; 04. B; — Isso eu entendi. Mas pera aí, mãe. A senhora
05. V, V, F, F e V; 06. V,F, V, V e V; EXERCÍCIO (p. 6) não era muito nova pra parir não?
07. V, V, V, F e V; 08. E; 09. E; 10. C; 01. D; — Era muito nova sim, filho. E preste atenção:
11. B; 12. A; 13. D; 02. A; não diga “parir”. É grosseiro. Diga “dar à luz”.
03. A; — Mas a senhora me teve... Ah, entendi. A se-
DESAFIO GRAMATICAL (p. 5) 04. E; nhora me teve e, para comemorar, deu luzes...
01. D; 05. D; — Não, filhinho. Não. “Dar à luz” é um modo de
02. B; 06. B;
03. E; dizer... É para evitar a palavra parir, mais usada para
04. B; DESAFIO MATEMÁTICO (p. 7) animais: a vaca pariu, a égua pariu...
05. ?; 01. C; — Mas com dezessete anos, a senhora tinha que
02. A; ter evitado tudo: parir, dar à luz...
DESAFIO HISTÓRICO (p. 7) 03. D; A mãe interrompe o penteado, agacha-se frente
01. B; 04. A; ao filho para poder falar de igual para igual.
02. B; 05. B;
03. D; — Escute aqui, meu filho. Você está falando
06. D; como gente grande. Se a mamãe não parisse, você
DESAFIO HISTÓRICO (p. 8) 07. A; não existiria.
01. B; 08. C;
— E com dezessete anos, a senhora já tinha os
02. D; 09. B;
10. A; peitos caídos assim?
03. B;
11. B; A mãe levanta-se, suspende os seios com as
EXERCÍCIOS (p. 8) 12. C; mãos, faz uma cara de tristeza. A voz sai apagada.
01. D; — Tinha não, filho. Tinha não. Eles eram assim.
02. D; DESAFIO MATEMÁTICO (p. 8) — E por que caíram? Foi por causa deu?
01. C;
DESAFIO FÍSICO (p. 9) — Que “por causa deu”, menino! Por causa “de
02. D;
01. A; 03. A; mim”.
— Quer dizer que você mesma fez os peitos caí-
DESAFIO FÍSICO (p. 10) DESAFIO QUÍMICO (p. 9) rem?
01. C; 02. C; 01. E; 02. A; 03. C; 04. D; 05. B; 06. A; — Não diga besteira, filho. Estou tentando ex-
03. a) 07. C; 08. A; 09. E;10. C; plicar a você que o correto é dizer “por causa de
DESAFIO QUÍMICO (p. 10) mim”, e não “por causa deu”. Entendeu?
01. A; 02. D; 03. C; 04. D; 05. C; 06. A; — Agora, entendi.
07. E; 08. B; 09. D; 10. E; — Então, já que você é tão curioso, aprenda
outra lição. O correto é perguntar assim: “Você mes-
DESAFIO LITERÁRIO (p. 11)
01. E; ma fez os peitos cair”?
02. E, — E como foi que eu perguntei?
03. A; — Você usou “caírem” em vez de “cair”.
— Então, mãe, vou fazer a pergunta de modo
b) Sim. A Fat em C pode equilibrar o DESAFIO LITERÁRIO (p. 12) correto. Seus peitos caíram por causa de mim?
sistema;; 01. D;
— Bem... Acho que sim... Pensando bem, não foi
04. 4N 02. E;
03. B; não, filhinho. Você não tem culpa nenhuma.
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 11) 04. E; Agacha-se de novo para falar cara a cara (atente
01. E; 02. A; na construção: sem crase) com o garoto.
DESAFIO HISTÓRICO (p. 13) — Olhe, filhinho. Quando os bebês nascem, os
DESAFIO GEOGRÁFICO (p. 12) 01. D;
01. D; 02. E; seios das mães crescem, ficam inchados, cheios de
02. D; leite. Com o tempo, o leite acaba, e os seios mur-
EXERCÍCIO (p. 12) DESAFIO HISTÓRICO (p. 14) cham... E ficam assim.
01. B; 02. D; 03. E; 01. B; — Que é isso, mãe? Não devem haver segredos
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 13) 02. B; entre eu e a senhora...
01. C; 02. C; 03. E; 04. D; 03. B; — Devagar, filho. Devagar. Primeiro, é feio dizer
EXERCÍCIO (p. 14) “não devem haver”. O correto é “não deve haver
DESAFIO BIOLÓGICO (p. 14)
01. D; segredos”. Outra construção feia é “entre eu e a
01. D; 02. D; 03. D; 04. B;
02. C; senhora”. O correto é “entre mim e a senhora”, “entre
03. A; mim e você”, “entre você e mim”...
(Gomes, João Batista. O humor do português. Manaus:
Linguativa, 2008, pág. 53 a 55).

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LÍNGUA PORTUGUESA REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo:


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CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dúvidas da língua AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de
portuguesa. 2. impr. São Paulo: Nova Fronteira, 1996. Biologia das células: origem da vida. São Paulo: Moderna, 2001.
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