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Excursdo scientifica ao. Estado de Matto Grosso na 3ona do Pantanal (Margens dos Rios S. Lous renco e Cuyabd) realisada em 1922. PELOS: DRS. LAURO TRAVASSOS, CESAR PINTO e JULIO MUNIZ (Com as estampas 128-144,), Sa Teve a excursio por objectivo prin- cipal pesquisas parasitologicas medicas e veterinarias. Com este fim partimos do Rio de Janeiro nos ultimos dias do mez de Maio, com destino ao Porto de Sto Joo, no Rio Cuyabé séde da Fazen- da do mesmo nome. Apés cerca de 15 dias de viagem, ora confortavelmente, ora com conforto problematico, attingi- mos 0 nosso objective. Em Sid Joao passamos mais de mez cercados de todas as facilidades conforto e carinho gracas 4 alta gentileza e cavalheirismo do Dr. OSCAR DA COSTA MARQUES e Exma. Familia, proprietarios da referida Fa- zenda. Uma vez installados, nossas pesqui- sas foram dirigidas para tres objectivos principaes: primeiro pesquisas helmin- thologicas realizadas por L. TRAVAS- SOS; segundo pesquisas protozoologicas principalmente de Protozoarios intesti- naes realisadas por JULIO MUNIZ; ter- ceiro pesquizas entomologicase de hema- tozoarios realisadas por CESAR PINTO. | Qualquer outro material ou observacio que apparecesse era colleccionado ou registrado. O nosso campo de accio foi em grande parte limitado 4 Fazenda de So Joo. O Dr. CESAR PINTO fez uma excursio 4 Fazenda de Joffre, doze le- guas abaixo de Sao Jodo e dahi 4 Fa- zenda «Brasil Land Cattle e Compiay 4 procura de cavallos atacados de mal de cadeiras ¢ ao lugar denominado «Capi- varas> onde tinhamos informacées da existencia de Triatomideos. Durante sua permanencia em Joffre foi hospedado pelo Dr. OCTAVIO DA COSTA MARQUES e Senhora, proprie- tarios da referida Fazenda que a0 nosso companheiro dispensaram conforto, gen- tilezas © facilidades illimitadas. Os resultados destas pesquisas que foram realizadas em cerca de 40 dias tem sidos registrados em varias publica- gées firmadas pelos especialistas que com ellas se occuparam. Até agora jé appareceram as seguin- tes _publicagées: 1) TRAVASSOS, L. 2) TRAVASSOS, L. 3) TRAVASSOS, L. 4) TRAVASSOS, L. 6) TRAVASSOS, L. 8) NEIVA & PINTO 9) NEIVA & PINTO, 10) NEIVA & PINTO, 11) di PRIMIO, RAUL 12) PINTO, C. 1927. 13) PINTO, C. 1927. —— 250 una_helmintho- 10. Grosso. In Folha- Anno. HI, Ne. 24. p. 187 idem. In Fotha-Medie: Iv, No 2 p. 12 (Acantocepha 1923.— Idem, idem. In Folha-Medica. Anno. 1V Ne 4 p. 29. (Cathlanidae) 1923.— Idem, idem. In Folha-Mediea. Anno. IV No. 5. p. 35. (Osyuridae 1923.— Idem, idem. In Folha-Medica Ne. 8 p. 38. (Pharyngodonidae 1923— Verdunia tricoronata identifi norchis anastrophus. In ( Biol. de Paris. t. 90. No. (1924), 1923.— Sebeckia du_poumen des la Amerique, In C. R. Paris t. 90, No. 3."p. 289 (1 1922.— Contrib. para o conhecimento das Ano- phelinas do Est. de Matto com a descripgio de uma nova es- cie. In Brasil Medico. Anno. 36 ‘ol. I. p. genero Celtia ‘ipcao de uma I-Medic« 1922.— Consider: sobre THEO, com a des nova especie. In Br: 36. Vol. II. p. 3 1923.— Sobre uma nova Anophelina bra (Celia cuyabensis_n. sp.). In Medico, Anno, 37. Vol. 1. p. a estudo das Haemogrega- Rio de Janeiro. : -docencia de Para- sitologia da, Fac. de Med. de Porto Alegre R. G. do Sub 1925.— Contrib. — Spiniger domesticus nova especie. In C. R. Soc. Biol. de Paris. 1927, = Crithidia spinigeri n. sp. do ap- parelho digestivo de Spiniger domes- ticus (Hemiptero-Reduviidae), In Bio- logico, 1927, Fasciculo 7 (20 junho). pp. 86-7). i HA, A. M. E MUNIZ, J. 1926.— 14) CU! ntribui¢io para o conhecimento dos liados parasitos dos Mammiferos do Bra Medica, Anno III, ne 15) CUNHA, A.M. E MUNIZ, J. 1926.— Contribuigio para o conhecimento dos flagellados parasitos do intestino das. Aves do Brazil.— ia Medica, Anno IY, ne 8. 16) CUNHA, A. M. E MUNIZ.J. les _flagellés parasites des oiseaux brésiliens. C. R. Soc. Biol., t. XCIIT, pg. 869. 17) CUNHA, A. M intestinaux; 2 Sces nouvelle: Biol. XCVE pg. 496 18) CUNHA, A. 1926.— Trois nouvelles spices du genre Cyclo- posthium. C. R. Soc. Biol. T. XCVI, pg. 494, 19) M. E 1926.— Sur quelques Ciliés parasiles des Mammi- feres du Brésil. C. R. Soc. Biol. T. XCVI, pg. 492. 20 A.M. E tes des Oiseaux 1926.— Sur les Flagellés pai du Brésil. C. R Soc. Biol. T. XCV, ps. 1159. 21) CUNHA, A.M. E 1927.— Estudo sobre os Flagellados intestinaes das aves do Brazil. Memori Instituto Oswaldo Cruz. T. X pg. 19-27, listas que nos prestaram 0 valio: auxilio de det mo os vertebrados | Todos os resultados oblidos sio de- vidos na maior part nos foram dispensadas por parte do Dr. | OSCAR DA COSTA MARQUES | OCTAVIO DA COSTA MARQUES pro- | prietarios das Fazendas de S$. Joio ¢ | Mém disto temos a referir os Natu- | min: capturados © examinados: Snr. Prof. ALIPIO DE MIRANDA RIBEIRO, do Museu Nacional e Snr. JOAO LEONAR- DO DE LIMA, do Museu Paulista I condicde: mos uma lig descripeao das da viagem e sobre o aspecto Jotive, representadas por distincta e con- fortavel hospedagem, animaes de sella, © condicées biologicas da zona estudada. | amaradas, as pes Devemos meneionar aqui a valiosa col- | lanchas para transportes sem os quacs, juboragao, dedicagdo e béa vontade des- | dados os reduzidos recursos financeiros imdas pal as, interessada dos dois auxiliares que nos acompanha da expedic¢io muito pouco se teria ob- tido. n nesta longiqua e traba- ——— 252 VIAGE) A nossa viagem foi realisada em duas partes: uma terrestre e outra fu vial. A’ primeira careee de inter: teve as seguintes elapas: S$. Paulo (Capi- tal) Bart’ Aracatuba. Tres Lagoas. mpo Grande e Porto Esperan Adeante de Baurd dispertou nossa attencio 0 febril desenvolvimento da esta cidade entre zona comprehendid 1 de Aracatuba zona essa que tin 10 annos de exploracdo. De Ara- rgem do Rio Parana o sipen: catuba al ma impaludismo nao permittiu ainda 0 ap- proveitamento do sdlo. Da margem Mat- togrossence do Rio Parana até Porto E peranea Pais & pouco povoado. Exis- tem trechos_ bellissimos minavelmente plano (Vae ada todos em cam- pos ora int caria) ora tendo cochilheas. A braves Serra de Aquidauana offereee um dos panoramas mais imponentes que a natu- reza pode exibir, A ultima parte da Zstrada de Ferro é uma tangente de 38 kilometros no pantanal. Observam-se neste trecho quadros bellissimos mov mentadas pela Fauna local representada sobretudo por aves de grande porte © abundantissimas e por florestas de Acurys. A viagem de Bauré a Porto Espe- ranca € feita pela Estrada de Ferro No- roeste do Brasil e permitte um conforto acima da mais lisongeira espectativa Nesta Estrada recebemos todas as faci- lidades © muitas gentilesas devidas ac illustre Director de entaéo Dr. ARLINDO LUZ. De Porto Esperanca até a Fazenda’ do S. Joo a viagem 6 fluvial e apresenta” fo accentuado e um a desconforto | mui panorama curioso, sobretudo para nés que o desconheciamos inteiramente, mas sobremodo monotono pois & sempre o mesmo. 1 obrigatoria a1 idade de Corumba que nos agradou immensamente nao sé pelt sua siluagio clevada a cavalheiro do immenso pantanal como pelo asseio ¢ relativo adiantamen- to. Ahi encontramos alguns © iltust reecebemos mu © entre elles LI de quem altengoes. De Porto E uma ¢: aa G peranc umba ha ira de vapores que embora pouco confortaveis fazem regula as viagens. De Corumbé em diante a condugio & comple regul geralmente feita em lanchas que rebocam chatas, verdadeiras cas ambulantes ¢ que viajam de aceérdo com mente amente re s comme os interesses_ commerce’ s dos respecti- vos proprietarios ZONA OBS! RVADA A zona que servio de campo as nos- mado «Pantanals. squisas € 0 absolutamente plana, que margeia os grandes Rios tri- os do Prata ¢ que no periodo das cheias € inundada por uma camada de area nterminavel variavel decrescendo agua que sobe o curso dos rios. } pantanal do Rio Para guay ¢ de agua allinge até mais de dois me- tros no alto pantanal do Rio Cuyaba, a média € de cerea de um mel centenas de leguas quadradas que ficam durante innundadas. Nos outros seis mezes a agua desapparece 0 solo argiloso torna-se duro e até poei- rento cortado aqui e acoli pelos Cori- seis mezes chos (pequenos corregos ligando as di- —— 253 ——_ diversas lagéas—bahias—aos Rios onde milhares e milhares de aves aquaticas fazem as suas abundantes pescarias e servem de caca dis jagualiricas ¢ sucurys. Infelizmente a nossa breve excur: nao permittin observar os dois aspectos {40 curiosos: «a cheia e a secca. Estive- mos Li nos primeiros tempos da vasante. Durante as cheias os homens emi- gram na quasi tolalidade, as aves tam- bem, ficam apenas os animaes aquaticos ou os mammiferos que se recolhem mattas que margeiam os grandes Cori- chos e que nio sao innundadas. O gado ahi 6 native (a exploracio € uma verdadeira industria extractiva) e ja esti tao adaptado ao regimen das cheias que as vaccas sé parem no inicio da vasan- te para que a cria, na cheia ja tenha robustez bastante para resistil-a, dormin- su: do nos altos, alias limitadissimos e pas- tando nos campos inundados, nio raro nadando. 0 period mais doloroso para os minantes do pantanal é a transicio da cheia para a no qual a vegetacto este periodo desapparece ¢ a do perio do secco comeca despontar. 0 tempo da miseria @ por occasiio da grande morta- lidade; além da fome que enfraquece ha © vento suf que entorpece e mata Uma v gindo a nova vegetacio ia-se a epoca da fartura e do nas Z su cimento. A vida do homem no pantanal segue thmo das cheias. Durante estas vaio 1-0 Alto gastar as cconomias feitas no tempo da secca, Na secca € a oct sido das vaqueiadas; sto seis mezes de vida intensa bohemia, esporti vio- lenta. Ea epocha da lucta com os gar- rotes bravios, touros que viram 0 ho- mem tres ou quatro vezes com intervallo de cados, derrubados strados com tanta presteza como liltoreanas se castra um c: ae Neste paiz onde tudo € grande a uni- dade de medida de terreno € a legua, 0 homem esté de accordo com as condi- des locaes & forte, resoluto, intelligente e de uma resistencia sem limites. una embora nio tenba a riqueza espe das zonas de matlas, tem « riqueza como em nenhums outra parte. Pequenos mammiferos e pequenas aves quasi no se vém. O que 1 abundancia fio os Luyuytis cabeeas seca sobretudo impressiona 6 das aves de grande porte: (Jabira americanus), (Tantalus toculator) aos milhares, as garcas (Ardeideos) os frangos d’agua (Ibididae). os biguis (Plofis e Carbo; slo. varinddissimos gavides (Accipitrifor- mis). A quantidade de peixes 6 formidavel © sobretudo a feroz piranha (Pygocen- (rus piraya) a terrivel mutiladora das tetas das vaccas ¢ as vezes da ponta da os. cauda. As capivaras (Hydrochoe bara) constituem praga terrivel, por destruirem as limitada como por facilitarem a disseminacio do mal de cadeiras. ANIMAES EXAMINADOS COM 0 OB- JECTIVO PARASITOLOGICO. Na excursio tivemos apenas 43 dias uteis nos quaes foram examinados com © fim: parasitologico 610 animaes regis- trados sob os numeros 2.051 a 2.660. Estes animaes eram de cento e quarentit © uma (141) especies diversas distribui- das do modo seguinte: MAMMIFEROS. 62 de 17 espe AVES. 155 « 106 REPTIS B < 6 BATRACHIOS. . . 2 1 PEIXES. . (ja mm 6 INVERTEBRADOS, 3 1 ‘ TOTAL, . . 610 141 Vamos dar em seguida um: lista das especies examinadas com ligeiras infor- macdes sobre seu parasitismo e habitos. Das aves examinadas trouxemos para © Instituto Oswaldo Cruz 185 pelles para a determinacio além de muitos craneos © couros de mammiferos. MAMMIFEROS. Primatas. Cebidae. Cebus carayd (HUMB) Bugio. Especie commum, viyendo em ban- Produz estragos nas lavouras Examinamos 5 exemplares sob os numeros: 2162, 2163, 2161, 2925 275, Todos estavam parasitados, sende 5 com Enterobius minutus; 3 com Tri- chostrongylidac ¢ dois com cestodeos. Pseudocebus azarae (REG.) Macaco. Muito frequente e tido como grande destruidor de rocas. Vivem em bandos dos. numerosos. ‘ Examinamos 13 exemplares sob os mumeros: 2139 2149, 2258, 2265, 266, 2267, 2268, 2269, 2321, 2130, 2526 e 2527. $6 um exemplar no estaya para- sitado; 12 tinham Trichostrongylidae; 6 tinham Oslerus; 5 Physalopfera: 1 tinha cestodeos; 1 tinha Filuridecs. Um exemplar tinha a vesicula biliar cheia de calculos semelhantes a semen- tes de abrieé e um outro, carie do al- veolo do canino direito (Fig. ). Chiroptera Noetilionidae. Mollosus_peroti. Examinamos desta especie um exem- plar que foi determinado pelo Dr. MI- RANDA RIBEIRO, sob 0 numero 2523. Nao estava parasitado. Rodentia. Coendidae. Coendu branditi_ JEN'TINK—Ourico, Animal relativamente frequente. Exa- minamos dois exemplares sob os nume- ros 2137 ¢ Um tinha Filarideos @ Wellcomia decorata, 0 outro sé W. deco- rata. Caviidae. Hydrochoerus capibara (L.) vara 2U31, Capi- 254 Mammifero muito frequete; € tido como grande destruidor de rocas. E° muito sensivel ao mal de cadeiras que as disima em grande quantidade. Foram examinados 7 exemplares sob os nume- ros: 2060, 2087, 2088, 2226, 2243, 2282 & 2650. Um exemplar nao era parasitado com helminthes 1 tinha Filaridcos; 5 5 tinham Viannella hydrochocri; 4 tinham Anoplocephalidae de 3 especies; 6 tix nham Prolozoophaga obesa; 3 Taxor- chis schistocotyle; 4 tinham Hippocre- pis hyppocrepis; 4 tinham Nudacofyle ¢ Neocatyle. - Carnivora Felidae. Felis concolor (L.). Onca parda. S6 capluramos um exemplar desta especie, FE’ animal pouco frequente © que da ca is capivaras. Foi examinado sob 0 numero 2124 € niio estava parasi- tado. Felis chibigouazon (GRIFF). Ja- gnartirica, Animal relativamente frequente, ali- se de aves ¢ «sinimbts» como mos no contetido estomacal. Examinamos 2 exemplares sob os numeros 2315 e 2652 Ambos estavam ‘asitados com ne- matodeos cestodeos ¢ acantocephalos. Mustelidae. Galera barbara (L.). Ivara. Deste mammifero examinamos um exemplar sob 0 numero 2470, Nio estava parasitado. Procyonidae. Procyon ‘cancrivorus (CUY.). Pé chato. Nao 6 raro. Examinamos um exem- plar sob 0 numero 21665. Nasua narica (L.). Quati-Quati de bando—Quatimundéo. Especie muito commum. Quando no- vos andam em bandos machos c feme Alguns machos velhos isolam-se tor nam-se muito bravos. quando os surprehendem no campo aberto, c: tram-no e soltam-nos novamente para _en- gordarem © em nova opportunidade se- rem abatidos para alimentagao. xaminamos varios exemplates. no s6 domesticados como brayios a0 todo 7 cxemplares, sob os ‘numeros 2078 2089, 2090, 2220, 2473, 2546 © 2577. Dois estavam parasitados; 2 tinham Stichorchis giganteus; 2 tinham Ascaris © Strongytideos; 2 tinham Trichuris. Tapiridae. Tapirus americanus (BRISS.}. anta Animal pouco frequente. Examina- mos um exemplar sob o numero 2634, Estava parasitado com grande numero de Cladorchis e duas especies de Stroz gylidae. Edentata. Myrmecophaga tridactyla (1... Ta- mandua bandeira. Animal relativamente frequente. Exa- minamos um exemplar sob 0 numero 2125, Estava parasitado com cestodeos, 256 —— Tamandud tetradactyla (L.) Taman- dua mirim. Animal commum. Examinamos um exemplar sob 0 numero 2363. tava parasitado com Physalopte- ras. Trichostrongylideos e Gigantorhyn- chus echinodiscus. Dasypodidae. Tatus novencinciys (L.). Tati. Animal frequente ¢ que quando se esconde na toca nio cava novo buraco como se dbserva no littoral. Examinamos 2 exemplares sob os numeros 2126 e 2503. Nao eslavam parasitados com hel- mintes, AV Tinamijormes. Tinamidae. Cryplurus noctivagus (WIED.). Ja Ave frequente € pouco arisca; vi occulta nas cordilheiras. Foram exami- ados dois exemplares sob os numeros 138 ¢ 2499. Ambos estavam parasitados, primeiro com 3 especies de nematodcos e 0 segundo com duas. Galliformes. Phasianidae. Gallus domesticus PALL. Gallinha. Geralmente pouco parasitado; & no- tavet_a frequencia do Prosthogonimuo ovatus, parasito raramente observado neste hospedador. Encontramos tambem um exemplar parasitado por um trema- todeo novo do genero Epis(hmium. Examinamos 17 exemplares sob os numeros: 2385, 2104, 2419, 2426, 2439, 2448, 2521, 2532, 2537, 2544, 2550, 2587, 2606, 2607, 2622, 2635 © 2643. Tres exemplares ndo tinham parasi- tos; 3 tinham Prosthogonimus ovatus; 1 tinha Episthmium oscari; 7 tinham cestodeos; 6 Ascaridia perspicilla; 1 He- terollis brevispiculum, 1 Tetrameres con. fusa. Ao todo pelo menos 6 especies diver- sas de helminthes. | Cracidae. Crax blumenbachi SPIX. Mutum. Ave pouco frequente e muito arisea. Domestica-se facilmente quando encu- bado em casa, vivendo em liberdade sem se afastar da habitacdo © em companhia das gallinhas. Examinamos um s6 exem- plar Sob 0 numero 2247 que estava para: sitado com uma nova especic de Hete- rakis: H. oscari. Ortallis. squamata (LESS.) qua Ave commum e mansa, sempre, em bandos e fazendo grande alarido, tr duzido popularmente pelas phrases «ma- ta guaté> «pode mata. A pelos machos ¢ a Os machos teem a alongada de taf modo a atlingir externamente o appendice xiphoide, voltado sobre si para penetrar no thorax. Este dispositive que representa um orgam de ressonancia chamado pelo povo de — «Cheristicus caudatus» da gritos estri- dentes ao perceber a visinhanga do ho- mem, deste modo avisa ao gado a ap- proximacdio dos vaqueiros. Em Julho estavam nidificando. O ninho é feito em arvores altas nao raro na mesma em que o nidifica; nao prefere porém os galhos mais altos. O material empregado 6 formado por gravetos seme- Ihantes aos usados pelas gareas, Durante a incubago nao abandonam o ninho a aproximacio do homem, ficando um dei- tado sobre © ninho e 0 outro ao lado dando gritos estridentes em signal de protesto, Examinamos numeros: 2248, © 2494, ‘Todos estavam parasitados, sendo 6 com cestodeos, um exemplar com duas especies; todos os 6 tinham Patagifer consimilis; um tinha Prosthogonimus sp. c um Strigeideos. Theristicus cajdalus caca—C. Branca, Ave dos campos, vivendo aos casaes ou em pequenos bandos. E’ bastante arisca endo muito frequente. Ao pre- sintir a approximagdo do homem da gri- tos estridentes, que servem de aviso ao sob os 2493, 6 exemplares 249, 2321, 2477, BODD.). Cur- 258 —— gado da approximacio dos vaqueiros. Este facto com que seja_antipathisadas por este Examinamos 3 cxemplares desta es- pecie sob os numeros: 2245 2448 e 2549. Dois nao estavam parasitados um linha cestodeos e Tetrameres. Horpiprion cayennensis (GM. velho, Ave commum nas margens dos rios © pouco frequente no: nao ser ns da cori- Ao contrario 0 aguas, (Phimosus nadifrons (S muito pi- ido com esta especie prefere os cam- pos. Infelizmente nao conseguimos cap- turar nenhum exmplar. Examinamos 3 exer mumeros: 2150, 2172 ¢ 2260, Um no estava parasitado; um era parasitado com Echinolomum necopinum e Striguideos; wm linha cestodees e mais os seguintes trematodeos: Sformyllotrema fastosum © Prosthogimus ovatus. Plataleidac. Ajaja ajaja (L.). Colhereiro Especie frequente mas bastante a Observamos duas variedades, uma abeca nua e outra com cabega co- Cha- peo sob os ares: ca. com herta de pennas além de differengas no da cauda e das coberteiras jacdes so interpreta- @as como devidas as idades diversas. Os orgios internos tém colloracio rosea, sobretudo na variedade em que a plumagem tem cr rosea mais accen- tuada. Foram examinados 6 exemplares sob 0s seguintes numeros: 2223, 2276, 2337, 2507, 25 2554. Todos os exemplares estavam p sitados com Cotylotretus grandis colorido das azas. em dois exemplares, que tinham perfuracio intestinal, alguns destes parasitos pen traram no intestino apresentando uma localisagdo anormal. Um exemplar esta- va parasitado com 53 destes trematodeos de grande tamanho. Dois exemplares tinham cestodeos; um tinha nematodeos € outro Strigcideos, —— Ciconiidae. Jabiru americans (L.). Tuyuyu Dos grandes pernaltas do pantanal este occupa o segundo logar em frequen- © © primeiro cm mansidio. Vivem nas margens dos corichos ou pequenas bahias, onde capturam os peixes de que se nutrem. Sio eximios voadores, um dos me- thores da nossa fauna. Nas horas calidas, eleva-se em com os «Cabegas seccas>, urubtis e cbiguatingas>, attin- gindo grande altura onde ficam pairando horas seguidas sem bater azas. © ninho do «tuyuyw, & constituido em uma grande arvore que sobrepuja em altura as circumvisinhas, geralmente uma . Euxenura maguari (GM.). ‘Tabuyaya. Das grandes aves do pantanal 6 esta a mais bella e elegante, Nao € muito fre- quente sem sér rara; é arisea ndo per- mittindo o tiro de perlo. Alimenta-se principalmente de crustaceos decapodos dos quaes frequentemente tem o veutri- culo e 0 esophago cheios até perto do bi- co. Observamos 10 a 12 crustaceos de 5 2 6 cm. de diametro, sempre sem patas. © estomago triturador € muito. grande © forte, o tubo intestinal & de paredes forte mas desproporcionalmente _ fino, de modo que os crustaceos tém de sol- frer completa digestio no estomago. Examinames 6 exemplares sob os numeros 2301, 2492, 2518, 2524, 2531, e 2578, muito parasilados, com Chaunocephalus panduriformis, 1 tinha Stomylotrema vicarius e 3. Epis- thmium prozimum. Tantalus loculatus (L..). Cabeca sec- ca, fre- Das grandes aves esta € am quente © uma das mais mansas. Geral- mente pastam reunidas em bandos e dor- mem tambem em colonias. Nidificam no ninhal commum ds garcas, Nas horas quentes do dia fazem em com- pinhia dos «tuyuyus» e «biguatingas» E numeros: 2504. uminamos 5 exemplares sob os 2135, 2167, 2272, 2979, e Dois individuos nao estavam para- sitados um tinha nematodcos no esto- mago dois timham Strigeideos 1 Eus- trongylides. Ardeidac. Ardea eocoi Baguari, Ave bastante commum no campo ¢ nis margens dos rios, isokwdas ou aos casaes ariseas. Foram examinados 15 exemplares sob os numeros: 2091, 2145, 146, 2147, 2156, 2161, 2173, 2208, 2: 271, 2280, 2281, 2368, 2530 © 2609, Todos os exemplares esta’ sitados com helminthes. Um estava para- sitado com acarianos subcutaneamente. Eram tambem portadores de muilas pu- piparas. © parasitismo por helminthes era o seguinte, 8 individuos com Clenostomyun, sen do um com 3 especies, 13 individuos com Ascaroidea no tomago, a 8 . Ascaroidea no intes- tino. 10 Strigeidae, sendo um com duas especies. 7 individuos com céstodeos. 1 Eustrongylides. 1 Tetramercs. 1 Opistorehis interrup- lus, 4 pisthmium proxim- mum am portanto parasitados por hel- minthos de 12 especies diversas He egretta (WILS.). Gar Ave muito commum mas muito aris- | ca, devido a guerra que soffre pelos cacadores de (de plumas). Fe- lizmente porém, na Fazenda de S. Joao a sua caga é absolutamente prohibida. Foram examinados 16 individuos sob 202, 2205, , 2390, 2402, 2103, 2 28, 2529, 2552, e 2553, Cinco exemplares nio estavam para- sitados; 2 tinham cestodeos; 3. tinham Clinostomum; 6 Opistorchis interruptus; 4 Ascaroidea; 1 Eustrongylides eum Camallonoidea, parasite accidental pro- veniente de algum peixe. dias Rei d Cancrona cochleania (L, Qua (Arapap Ave rara, da qual sé obtivemos um exemplar, examinado sob os numeros 2342. Estava muito parasitado com Eus- frongylides, Ascaroidea, trematodeos © cestodeos. Leucophoyx candidissima (GM.). real. specie muito menos frequente que a H. egretta, Estremamente arisca, devido perseguicdo impiedosa que soffre pelos cagadores de plumas. Vive nas margens dos corichos e nidifica em sociedade com a H. egretta, T. loculator, A. ajaja, P. anlinga © A. nos um Gareinha—Garg exemplar sob 0 numero 2538. Nyeticarax naevius (BODD.). Qu Ave de habitos crepusculares ou noc- lurnos, Mora nas mattas das _margens dos rios corichos ou bahias, mais ou menos em colectividade. Pescam a tarde e & noite nas bar- rancas dos rios e fagéas, sempre em logar limpo, Raramente apparecem nos. campos. E’ bastante commum ¢ manso. minamos 20 exemplares sob os nume- s: 2072, 2075, 2093, 2107, 2108, 2109, 2123, 2181, 2206, 2207, 2254, 2270, 2287, 2312, 2367, 2149, 2589, 2590, 2591 © 2633. Destes apenas um nao estava para sitado. 16 eslavam parasilados com aroides; 1 tinha Opistorchis infer- ruplas; 1 tinha Eustrongylides; 4 tinham cestodeos; 11 tinham Polymiorphus incr- me; 2 tinham Clinostomum; 1 tinha Episthmium proximum; 3 tinham Tetra- meres. Pilherodius pileatus (BODD.). ga reaf, G. Moura,—mirasol. Esta ave tem o nome vulgar confun- dido com o da L. candidissima. EF” pou- co commum, vivendo isolada ou aos ca- saes. Prefere as aguas sombrias, sob a malta ow as praias dos rios. Examina- mos 10 exemplares sob os numeros: 2168, 2201, 2352, 2456, 2480, 2519, 2535, 2536, 2565, © 2588. Tres exemplares ndo estavam para- sitados com helminthes: 4 tinham cesto- deos, sendo um com duas especies; 2 nham Opisthorchis interruptus; 2 tinham Ascaroidea; 1 tinha Eustrongylides. Syrigma. sibilatrix ( Ganso. Ave pouco commum. Vive aos ca- saes preferindo os banhados sombrios, mas frequentam tambem os campos. Exa- minamos 3 exemplares sob os numeros: 2169, 2170 © 2416. tavam Lodos parasitados; 2 tinham O. interruptas; 1 cestodeos ¢ 1 Nephro- tomum limai Trigrisoma brasitiense (L.). (M. P.). Gar- Ave frequente nas margens dos das. Esta ave apresenta 3 typos de © lagé: plumagem, segundo a idade 0 que faz ser tomada por 3 especies diferentes. aminam: 3 jovens, um semi-adulto © 5 adultos; a0 todo 9 individuos sob os. numeros: 2074, 2092, 2094, 2095, 2096, 235, 2504, 2597 © 2632, Quatro nao estavam parasitados; 4 tinham nematodeos; 2 tinham cestodcos 2 tinham trematodeos. Butorides striata (L.). Socdsinho. Ave frequente nas margens dos rios pouco arisca, Examinamos 3 exemplares. sob os numeros: 2166, 2421 © 2179. exemplar nao estava parasitado; 2 tinham cestodeos e um tinha O. interruptus. Anseriformes. Anatidae. Dendrocygna viduata (L,). Marreca Ave frequente, muito arisea. Exami- namos um exemplar sob o numero: 2311 » estava parasitado. Carina moschata (L.). Palo. Ave mas extremamente ue dificil de cagar. Vivem aos mi- Ds saes ou em bandos numerosos. Exa hamos 4 exemplares sob os nume 303, 2304, 2307 © 2319. Um exemplar nio estava parasitado; dois tinham cestodeos e um Teframeres de duas especies Nettium brasiliense (GM.). Marreca Mariquinhas—(Iréré). Bastante frequente, aos casaes ou, em bandos, muito ariscas. Examinamos 2 exemplares sob os mumeros: 2308, e 2397. Estavam parasitados com cestodcos um tambem com Tetrameres Palamiformes. Palamedeide. Chauna cristala (SW.). Anhuma. Ave commum nas margens do Para- guay, S. Lourenco ¢ Cuyabi. Vive aos casaes ¢ quando nio & perseguida, do- mestica-se aturalmente, vivendo nas visinhaneas das casas onde serve de vi | | durante a noite. Examinamos dois exem- plares desta bella ave sob os numero: 2224 © 2227. Um exemplar tinha cestodeos. Pelicaniformes. Carbonidae. Carbo viqua (NIEILL.). Bigua Ave muito abundante nas margens dos rios, onde se reune em arvores iso- ladas para dormir. Estas arvores deesta- cam-se pela cdr branca dos galhos e fo- Thas © da vegetacio de baixo, devido evacuagio das aves. Estes logares tém um mito cheiro que de longe se percebe. Examinamos 4 exemplares sob os nume- ros: 2277, 2313, 2540 © 2630 S6 um exemplar nio estava para- sitado. Um tinha um Stephanoprora ano- mala na cloaca; um Capilarids; dois As- caroidea; um Eustrongylideos livre no es- tomago. Plotida Plotus anhinga (1..). Biguatinga. Ave muito commum nas margens dos rios © bahias, Nidifica no ninh garcas e colhereiros. E’ ave de estructura muito forte e nas horas quentes faz everfio» 4 grande altura com os tuyuyus, urubiis ele. Examinamos 21 exem- plares sob os numeros: 2076 2118, 2132, 2134, M143, 2144, 251, 2 508, 57, 2525, 2171, 2542, 2209, 2543, 2210, 2631 2415, 2433, © 2654. Todes eram parasitados mais ou menos intensamente por Ascuroidea; 5 tinham Strigeideos; 3 tinham Filarideos nas meningeas; 3 Diasia diasi no pan- eas; 7 Macrobitharzia macrobitharzia na veia Porta; 1 tinha O. interruptes na vesicula biliar; 2 tinham Eystrongyli- des; 2 tinham nematodcos no peritone 2 tinham nematodeos no intestino; 1 ti- nha Trifolium trifolizm nas glandulas de Lieberkithn. Ao todo cerca de 12 especies diversas de helminthes. Catharlidijormes. Cathartidae. Catharista atratus (WILS,). Urubi —— 262 —— Aves communs como em toda a p: te, sio muito confundidas, Com o habito das cacadas nos campos onde ficam aban- donados muitos animaes grandes, habi- tuam-se a acompanhar as carayanas de cacadores. Um tiro 6 bastante para atrah- ios em grande quantidade. Nao se pode abandonar qualquer caga morta por pou- co tempo que nio seja estragady por uma multidio destas aves. Affir- mam que no ataca 0 corpo da onca antes de retirar-se 0 couro, receiando alguma cilada. Pelo menos para a onca parda este facto nao é real como verifi- camos uma vez, Examinamos 34 exemplares sob os numeros: 2242, 2293, 2295, 2296, 2297, 2298, 2316, 2317, 2320, 2338, 2339, 2340, 2341, 2345, 2356, 2857, 2364, 2391, 239: 2660, Doze individuos nao estavam para- itados; 15 tinham Tetrameres paradora; 5 Paryphostomum segregatum 10 tinham Strigeideos; 2 tinham Oligacanthorhyn- chus spira; 3 nematodeos no ventriculo: 1 tinha nematodeos no intestino delgado; Eram parasitados pela Hacmogregarina pintoi. Cathartes aura chem, Ave commum com os habitos obser- vados em toda a parte, Examinamos 14 xemplares sob os numeros: 2131, 2211, 5, 2222, 2225, 2938, 2973. 46, 2347, e 2351, iduos ndo estavam para- 2388, 2389, , 2658, 2659, & 27, 2, 24! (L.). Urubit chem: Quatro in sitados; 2 tinham Strigeideos; 4 tinham Oligacantorhynchus spira; 6 tinham Pa- riphostomum segregatum, 1 nematoides e cestoides. Eram parasitados pela He- mogregarina pintoi. Accipitriformes. Falconidae. Polybarus tharns (MOL.). Caracaré (Garancho), ‘ Ave commum, cacador de pintos de gallinha, Vimos uo ninhal roubar ovos de garga que cram conduzidos no ico. Alimenta-se tambem de carniga fresca. Vivem geralmente aos casaes; estavam ineubando em Julho, Examimamos "7 exemplares sob os numeros: 2130, 2217, 2854, 2855, 2393 e 2447. Um indivi- duo nio estava parasitado; 4 tinham As- caroidea; 3 tinham cestodeos. Milvago chima-chima (NIEILL.». P). Examinamos um exemplar jovem sob © numero: 2058, Nao estava parasitado. Geranospiza caerulescens (VIEILL.). Ave que parece rara e da qual sé vimos um exemplar, que foi morto ¢ examinado sob 0 numero 2629. ‘Tinha nematodeos no estomago Parabutes unicinctus (TEMM.) P.) Examinamos um M. M. semplar desta ave sob 0 numero: 2196. Estava parasitado com Ascaroidea. Heterospizias meridionalis (L.\TH.) Gaviaio. Na zona em que estivemos no ha nomes especiaes para os diversos ga- vides que sio muito frequente. 0 H. meridionalis 6 um dos gavides mais com- muns, vive nos campos pousados sob os arbustos isolados. Examinamos 3 exem- plares sob os numeros: 2361, 2428 e 2451, Um exemplar niio estava parasitado; um tinha acantocephalos e cestodeos e um tinha cestodeos. Rupornis magnirostris nattereri (SCL. & SALV.). (ML P.). Ave commum, Examinamos 4 ex plares sob os numeros, 2299, 2306, 2157 2 ‘odos estavam parasilados com Centrorhynchus timidalus; um ti- nha tambem Oligacanthorhynchus e Pla- tynosoma illiciens; outro tinha Op. in- terruptus e nematodeos. Busarellus nigricollis Ave relativamente frequente; vive aos casaes nas margens dos corichos e bahias onde apanha com unhas as Ampullarias de que se nutre. E’ pouco arica. Examinamos 4 exemplares deste (LAER —— 263 bello gaviéo sob os numeros: 2117, 2174, 2214 © 2425. Nao estavam parasitados t Urubutinga urubutinga (GM.). Ga- vido. Esta ave tambem chamada «gavitio preto> néo 6 muito commum e vive iso- Jada ou aos casaes. E’ bastante arisca. Examinamos dois cxemplares, um sob © numero 2398 ¢ outro joven, sem nu- mero. O 2398 tinha nematodeos. Rosthramus sociabilis (NVEILL.). Ga- vito. Este gaviio nao tem nome vulga particular, sendo tambem chamado de -gavido preto». Habita os banhados onde pesca os caramujos de que se nutre. Os novos tém manchas castanho-escura, mas exis- tem todos os typos de transicao. Vive durante 0 dia s6 ou mais frequentemente aos casaes. A’ tarde reune-se em arvores 4 margem dos rios, por vezes dezenas de individuos. Tinhamos visto esta es- pecie em passagem migratoria em Angra dos Reis. Nestas occasides, mesmo du- rante o dia andam em bandos nume- rosos. Nos campos, onde cacam, parece ter area de accio limitada e quando perseguidos, caminham numa direccio em voos curtos até o fim da area de accio, entio em um véo maior vollam ao ponto da partida, Examinamos 6 exemplares sob os numeros: 2073, 2 2424, 2476, 2505 e 2522. Dois nao esta: vam parasitados; 3 tinham Bothriogaster variolaris e um exemplar, nematodeos no estomago. Strigiformes. Bubonidae. Bubo virginianns magellonicus DAUD. (C. V2). Jo%o curut Ave pouco commum habitando os bosques. Capturamos dois exemplares sob os numeros: 2129 e 2516. Ambos estavam parasitados com Oligacantho- rhynchus iheimgi; um tinha um trema- todeo. Otus clamator (VIEILL.). Coruja. Ave pouco commum, examinamos dois exemplares sob os numeros: 2263 e 2348, Um nio tinha helminthes, o outro tinha cestodeos Pssittaciformes. Pssittacidae. Tiririca chirica (VIEILL,). Periquito (M. P.). Ave commum. Examinamos um casal sob 0 numero 2382 ¢ 2383 Nao estavam parasitados. Anodorhynchus hyacinthinus (LA- TH,). Arara azul, Ave relativamente frequente; vivem sempre aos casaes e€ so pouco ariscas, Examinamos 4 exemplares sob os nume- ros: 2127, 2128, 2141, ¢ 2148, Nao esta vam parasitadas. Conuras aureus (GM.). Periquito, ja- daia, Pouco frequente; examinamos um exemplar sob o numero 2610. Nao esta- tava parasitado, Pyrrhura molinae (MARS & SONAN- (M. P.) Ave relativamente frequente, geral- mente aos bandos. Examinamos um exemplar sob © numero: 2052. Nao esta- va parasitado. Myiopsitta monachus (BODD.). Peri- quito (M. P.). Periquito muito commum: apparecem em bandos na época da secca. Estraga os pomares ¢ faz muito ruido em torno das habitagdes. Nidifica nas bacau. veiras. Examinamos 9 exemplares sob os numeros: 2063, 2064, 2065, 2081, 2082, 2083, 2084, 2085, ¢ 2086, Nao estavam parasitados. Amazona jfestiva (L.). Papagaio. Ave bastante commum na zona do pantanal, onde fizemos nossas pesquizas; vive geralmente aos bandos de 6 a 8 Examinamos um exemplar sob 0 nume- ro: 2327, Nao estava parasitado. CE). —— 64 —— Primotius apricot cand. (M. P.). Ave relativamente commum; exami- namos 2 exemplares sob os numeros: 2112 e 2292. Niio estavam parasitados. Coraciiformes. Alcedinidae. Ceryle torquata (L.) Martim pesca dor. Ave muito commum nas margens dos rios; muito mansa. Examinamos 13 xemplares sob os numeros: 2.100, 2101, 2175, 2176, 2184, 2989, 2349, 2377, 2405, 2406, 2469, 2511 ¢ 5. Cinco exemplares nao estayam pai silados; 4 tinham Filarideos no_ perito- neo; 4 tinham Pulchrosoma pylchroso- ma; 3 tinham Episthmium proximum; um tinha Microscaphidinm facetum. dor. Especie menos commum que a pre- cedente. Examinamos um exemplar sob © numero 2350. Nio Caprimulgidae. Nyetibius grandis (WIED.). Urutéo. Ave muito rara, s6 vimos 0 exem- plar que examinamos; estava pousado cm uma arvore alta, no meio de um bosque espesso. Foi examinado sob o numero: 2414. Estava parasitado com Subjlura suctoria © Stomylotrema fasto- sum. Podager nacunda rito. Ave muito commum, habita os pos em socicdade por vezes muito nume- rosa, E’ 0 primeiro bacurio a voar e 0 ultimo a se recolher. Examinamos um exemplar sob 0 numero 2288. Estaya pa- rasitado com Subylura suctoria e ces- todeos. estava_ parasitado, (VIEILL.). Trogones. Trogonidae. Trogon variegatus (SPIX moga (Suruewi). (M. P.). Ave commum; vive aos casaes € com’ habitos communs, ‘is especies do gene- Peito de ro. Examinamos 4 exemplares sob os nu- meros 2219, 2271, 2413 © 2429. « Dois individuos estavam parasitados com cestodeos; 2 nao estavam parasita- dos. Coccyyes. Cuculidae. Piaya cayana (L.). Alma de gato. Relativamente frequente e com os habitos communs. Foram examinados 3 exemplares sob os numeros: 2255, 2450 e 2576. Um exemplar nio estava parasitado; um tinha duas especies de cestodeos; duas de nematodeos e duas de trema- todeos, Eumagacestes perodiosuis e Pros- thogonimum ovatus; wn tinha nemato- deos. ‘ Piaya ratila (ILLIG.). Alminha de gato. Menos commum que, a precedente; habita as mattas sujas procurando partes de vegetaciio expessa. Examinamos 2 exemplares sob os num 566. Nao estavam parasitados. Crotophaga ani (L.). (Ant). Pouco frequente, menos que o G. guira, Examinamos um exemplar sob 0 numero: 2628. Nao estava parasitado. Guira quira (GM.). (Ami branco). Ave commum, sempre em bandos. Examinamos dois exemplares sob os nu- meros: 2061 ¢ 2322. Ambos tinham ces- todeos e um tinha Echincsfoma yncatum. Scansores. z Rhamphastidae. Rhamphastus ioco (MUELL.). as Pca no. Ave muito commum, vive aos ban- dos, Examinamos um exemplar sob 0 nu- mero: 2067. Nao estava_parasitado. Pteroglossus aracari (L.). Tucaninho. Ave das mattas, nio rara, geralmente aos casaes, Examinamos dois exemplares sob os numeros: 2465 e 2618. Um nao estava parasitado com helminthes ¢ ou- tro tinha Prosthogonimus sp. ae ee Piciformes Galbulidae. Galbula rufoviridis (CAB.). Ave nao rs geralmente sob as mattas espessas. Examinamos 3 exemplares sob os numeros: 2306, 2443 e 2452. Um ‘exem- plar tinha cestodeos, os outros dois nao linham helminthes. Bucconidae. Monasa nigrifrons (SPIX,). Sabid da matta (M. P. Ave commum, 208 casaes ou aos qua- tro. Examinamos 10 exemplares sob os numeros 2113, 2133, 2257, 2333, 2334, 2374, 2875, 2417, WAS © 2441, inco exemplares mio estavam para- sitados; 1 tinha Prosthogonimns; 3 ti- nham Subulura fravassosi e oulra espe- cic de nematodeo no intestino delgado, Picidae, Ceophloens lineatus (L..). Pica-pio Ave frequente, confundida vulgalr- mente com « seguinte, que tambem é frequente, Examinamos dois exemplares sob os numeros: 2300 ¢ 2652, Nao esta: yam parasilados. Campophilus melanoleucus (GM). Ave frequente, confundida com a ane terior pela semelhanca de plumagem habilos, Examinamos 3 exemplares sob cs numeros: 2305, 2464 e 2485. S6 um exemplar estava parasitady com. cesto- deo: Celeus Iugubris (MATH.). Piea pio M. P.). minamos dois exembplares sob os numeros: 2261 © 2613, Um niio esta: itado, 0 outro tinha nematodeos e cestodeos. Passerijormes. Formicaridae. Thamnophilus radiatus (NYEILL Inhacéca (M. P.?. Examivamos um casal desta avesinha, sob os numeros: 2379 ¢ 2381, Nao esta: Cercomacza metanaria (Ménétr.). (M. P.), Examinainos 3 exemplares desta es pecie sob os numeros: 236: Nao estavam_ parasitados con thes 2370 & 2876, helmin- Batara major (NIEILL,). (M. P.). Ave dos serrados; exemplar sob os numeros 2373. Nao estavam_parasi examinamos aH ados com BTL © hel- minthes e tinham Haemogregarina tra- vassosi. Dendrocolaptidae. Furnarius assimilis Jogo de Barros (M. P). CAB & HE INE, Muito commum e com habitos com- muns 20 Joio de Barros. Examinamos 6 exemplares sob os mumeros: 2 2262, 2330, 2332 e 2571. vam p: Synatla. PELZ.). (M. P. Examinamos um exemplar numero: 2114, guajanensis v7 Cinco nao Nao estava parasitado. Campylorhaniphus trochilirostris la- nayanus (DORB.). ( rara; exan plares sob os numero 2482. Dois exemplares nao ests silados: um tinha nematodeo I. P. mos 3 3 esta sitados; um linha cestodeos. insrnata sob o sem 2410, 2181, vam para Xiphorhynchus qutiata dorbignyiane (PUCH, & LASFR ), (Mi P.). Examinamos um exemplar sob 0 nu- mero 2384. Tinha Prosthogonimus na Bursa Fabeicii>. Pseudoseusura cristata (SPIX). P). Ave das mattas; mplares sob 0s Nao tinham helminthes Tyrannidae. Fluvicola albiventer examinamos 2 numeros: 2467 ¢ 21 SPIX). (M. 2 Examinamos um exemplar sob 0 nu- mero 2422, Nao estava parasitado. Machetornis rixosa tevi cavalleiro (M. P.). VIEILL,), Ben- 3 M. deg Esta avesinha interessante é bastante commum, gosta muito das_visinhancas das habitagdes. Acompanha os porcos quando esto revolvendo as margens dos pantanos para caplurar os inverlebrados que sio descobertos. Ficam muito proxi- mos do focinho do porco e nao raro pousando no dorso destes, mesmo quan- do estio caminhando, Pousa tambem so- bre os bois e cavallos. Examinamos um exemplar sob o numero: 2547 que nio estava_parasitado. Myiozetctes. cayanensis. erythroptera (LAFR,). (M. P.). Vive sobre os corichos. E’ muito parecido com 0 nosso ou parecido, . vimos apenas um exemplar do qual nio foi possivel conservar a pelle. Foi exami- nado sob 0 numero: 2251. Tinha cesto- deos no intestino delgado e Stomylotre- ma gratiosum na cloaca, Troglodytidae. Heleodyctis unicolor (LAFR.) cagio.), (M. P.) Ave commum de canto alto e curio- so, donde é tirado o nome vulgar. Gosta de bacauveiras onde se esconde sob as folhas velhas, ouvindo-se apenas a voz. Examinamos 3 exemplares sob os nume- ros: 2059, 2060 e 2216. Um tinha Medio- rhynchus emberizae. Mimidae. Donacobius atricapills (L.}. Chupa chupa, Avesinha frequente; habita os -ca- malotes» das margens dos rios; geral- mente aos casaes. Examinamos 4 exem- plares sob os numeros: 2110, 2111, 2122 2142. Nao estavam parasitados. Tanagridae. Tanagra palmarum (\WIED.). (M. P.) Foram examinados dois exemplar sob os numeros: 2412 e 2563. Um nio estava parasitado, 0 outro tinha Platyno- soma marquesi. Rhamphocelus carbo _connectes (BERL, & STOZM.). (M, P.). Bico de prata, Ave commum, representando no pan- tanal o «tié sangue> do littoral. Exami- namos 5 exemplares sob os numeros 2068, 2116, 2395 v 2618. Nao estavam pa- rasitados. Eucometis DORB) (M. P.). Examinamos um exemplar sob 0 nu- mero: 2372 que nifo tinha helminthes. Fringillidae. Saltador coerulescens (VIEIL (Jodo. albicollis (LAFR. & ). M. P). Esta ave € chamada de -sabid © representa o «

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