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oaa2017 tiple oc fo jus txleproc\Zleanrclader php?acao=mintka_imprimirBacao_erigem=acessar_documento&hash=| Toon2929199 -&Proe Poder Judiciario JUSTICA FEDERAL Sesio Judiciaria do Parana 1* Vara Federal de Jacarezinho ‘Rua Parand, 833 -Baimo: Centro -CEP: 8640-000 - Fone: (43)3511-0200 - wwwfprjusbe- Email: pracOl @jfprjusbe PROCEDIMENTO COMUM N° 5003533-78.2016.4.04.7013/PR AUTOR: CAIXA ECONOMICA FEDERAL -CEE MUNICIPIO DE JACAREZINHO/PR SENTENCA 1, Relatério, Trata-se de PROCEDIMENTO COMUM que move CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF em face de MUNICIPIO DE JACAREZINHO/PR com pedido de tutela antecipada, em que alega a existéncia de Lei Municipal n° 3.171/2014, regulamentada pelo Decreto 5407-13/2016, em que hé determinagao de instalago em bancos © cooperativas de crédito de cabines blindadas de seguranga para vigilantes em todos os acessos destinados ao piblico. Informa que sua Geréncia Local foi cientificada por meio de Circular n° 01/2016-SL, em 26/4/2016, da Camara Municipal de Jacarezinho de que possui 120 dias para adaptagdo de seu estabelecimento. Alega existéncia de inconstitucionalidade ¢ ilicitude da obrigagao imposta. Postergada a andlise do pleito liminar (ev.4), a parte ré foi citada (ev.10), vindo a oferecer defesa (ev.11) sustentando, em suma, a constitucionalidade e legalidade da Lei Municipal n° 3.171/2012, auséneia de fundamentagao ou prova da alegada ineficiéncia da medida, prazo suficiente para atendimento da medida legislativa, auséncia dos requisitos para concessio da antecipacdo de tutela ‘Comportando julgamento, vieram conclusos para sentenga, Decide. 2. Fundamentagio, Oportunamente, verifico que 0 feito foi processado com observancia do contraditério e da ampla defesa, inexistindo situagao que possa levar prejuizo aos principios do devido processo legal. Pois bem. A jurisprudéncia firmou-se pela competéncia municipal para legislar sobre assuntos de interesse local, ai incluso padrdes de seguranga e conforto para atendimento dos usuérios dos servigos bancirios, Neste sentido, anotem-se: EMENTA: ESTABELECIMENTOS BANCARIOS - COMPETENCIA DO MUNICIPIOPARA MEDIANTE LEI, OBRIGAR AS INSTITUIGOES FINANCEIRAS A INSTALAR.EM SUAS AGENCIAS, DISPOSITIVOS DE SEGURANCA - INOCORRENCIA DEUSURPACAO DA COMPETENCIA LEGISLATIVA FEDERAL - ALEGAGAO TARDIA DEVIOLAGAO AO ART. 144, § 8°, DA CONSTITUIGAO ~ MATERIA QUE, POR SERESTRANHA A PRESENTE CAUSA, NAO FOI EXAMINADA NA DECIS4O OBJETO DORECURSO EXTRAORDINARIO (PLICABILIDADE DO PRINCIPIO "JURA NOVITCURIA" RECURSO IMPROVIDO.- O Municipio pode editar legislagdoprépria, com fundamento na autonomia constitucional que the éinerente (CF. art. 30, 1), com 0 objetivo de determinar, dsinstiuigdes financeiras, que instalem, em suas agéncias, em favordos usuérios dos servicos bancérios (clientes ou nao), equipamentosdestinados a proporcionar-thes seguranca (tais como portaseletrénicas e edmaras filmadoras) ou a propiciar-thes conforto,mediante oferecimento de instalacées sanitérias, ou fornecimento decadeiras de espera, ou, ainda, colocacio de bebedouros. Precedentes.(Al 347717 AgR, Relator(a): Min, CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 31/05/2003, DJ 05-08-2005 PP-00092 EMENT VOL- 2199-06 PP-01098) AdSGactO8tectAOcaMteGale2tcidd 18 oaa2017 Toon2929199 -&Proe EMENTA Agravo regimental no recurso extraordindria com agravo. Representagio por inconstitucionalidade, Lei n" 4.344, de 29 de abril de 2010, do Municipio de Contagem/MG, que obriga agéncias bancdrias a instalarem divisérias entre os caivas e 0 espagoreservado para os clientes que aguardam atendimento. Lei de iniciativa parlamentar. Auséncia de vicio formal de iniciativa. Matéria de interesse local. Competéncia municipal. Precedentes. 1. A lei impugnada nao dispée sobre nenhuma das matérias sujeitas d iniciativa legislativa reservada do chefe do Poder Executiva previstas no art. 61, § 1°, da Constituigdo Federal, cuidando, tao somente, de impor obrigazdes a emtidades privadas,quais sejam, as agéncias banedrias do ‘municipio, que deverdo observar os padres estabelecidas na lei para a seguranga eo conforto no atendimento aos usuérios dos servicos bancérios, de modo que 0 diploma em questo ndo incorre em vicio formal deiniciativa, 2. A jurisprudéncia da Suprema Tribunal Federal firmow-se no sentido de que os municipios detém competéncia legistativa para dispor sobre seguranga, rapide: e conforto no atendimento de usuirias de servigos baneérias, por serem tais matériasassuntos de interesse local (art. 30. inciso I, Constitui¢do Federal), orientagdo ratificada no julgamento da Repercussdo Geral no RE n° 610221-RG, de relatoria da Ministra Ellen Gracie (DJe de 20/08/10). Precedentes. 3. Agravo regimental no provide (ARE 756593 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 16/12/2014, ACORDAO ELETRONICO DJe-029 DIVULG 11-02-2015 PUBLIC 12-02-2015) menta: AGRAVO REGIMENTAL NO. RECURSO EXTRAORDINARIO. COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO, LEL MUNICIPAL QUE OBRIGA OS ESTABELECIMENTOS BANCARIOS 4 INSTALAR, EM SUAS AGENCIAS, DISPOSITIVOS DE SEGURANCA PARA OS SBUS CLIENTES. COMPETENCIA DO MUNICIPIO PARALEGISLAR SOBRE ATIVIDADE BANCARIA, INTERESSE LOCAL, PRECEDENTES. ALEGADO VICIO DE INICIATIVA, SUMULA N° 280/STE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.(ARE 774305 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 29/03/2016, PROCESSO ELETRONICO DJe-081 DIVULG 26-04-2016 PUBLIC 27-04-2016) EMENTA: MANDADO DE SEGURANGA. AUTUACAO E APLICAGHO DE MULTA EM RAZIO DE A AGENCIA DA CEF NAO TER INSIALADO ESLACIONAMENIO PARA UTILIZAGAO GRATUITA DOS USUARIOS DO SERVIGO BANCARIO, CONFORME DELERMINAVA A LEI MUNICIPAL N° 4.249/14. AUSENCIA DE DIREITO LIQUIDO E CERTO.Nao ha direito liquido ¢ certo de nao ser multado por descumprir lei municipal que impée a instalagio de estacionamento para wtilizagio gratuita das usudrios da agéncia hancéria.Nao hi abuso de poder ou inconstiucionalidade da lei porque a Lei Municipal n* 4249/14 objetiva aleancar maior seguranca aos usuarias das servigas bancérios, atendendo a tum interesse local do municipio, 0 que esta inserido na competéncia legislativa municipal prevista no art. 30,1, da Constituigdo Federal. Ha precedente do Supremo Tribunal Federal no sentido de que 0 Municipio pode editar legislagdo prapria, com furdamento na autonomia constitucional que Ihe & inerente (CF 30, 1), com 0 objetivo de determinar, ds insttuiges Jfinanceiras, que instalem, em suas agéncias, em favor dos uswirios dos servigas bancérios (clientes ou nao), equipamentas destinadas a proporcionar-Ihes seguranca ou a propiciar-Ihes conforto (AI 347.717-AgR).Nao ha violagio do principio da ixonomia porque a instituigao financeira tem condides econdmicas diferenciadas dos demais estabelecimentos citados pela ‘apelante, no podendo ser tratada de forma igual Sentenga mantida. (TRF4, AC 5002373 {85.2015.404.7002, QUARTA TURMA, Relator CANDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR. Jutado aos autos em 10/06/2016) E certo que o legislador ordinério ndo se encontra imune aos ditames constitucionais, devendo atentar & proporcionalidade das medidas legislativas adotadas. Neste sentido, ja decidiu o TRF da 4* Regio: EMENTA: BANCO, SEGURANGA. LEI MUNICIPAL, PORTA GIRATORIA, CAIXA- ELETRONICO, INCOMPATIBILIDADE. RAZOABILIDADE.Competéncia do municipio para legislar sobre norma de seguranca de agéncia bancéria, Forte no principia da razoabilidade e conforme finalidade do posto. de atendimento bancirio eletrénico, incompativel com instalagdo ‘de porta giratéria, (TRF, AC 5000499-38.2010.404,7100, TERCEIRA TURMA, Relatora MARIA LUCIA LUZ LEIRIA, juntado aos autos em 16/03/2011) Assim, no caso em testilha, uma vez afastado os alegados vicio de iniciativa, inconstitucionalidade ¢ ilegalidade, cumpre observar que as alegagdes de ineficdcia e dezarrazoabilidade da medida legalmente determinada (instalagdo de cabines blindadas com assento apropriado para o descanso de vigilantes, duamte 0 expediente para 0 piblico ¢ enquanto houver movimentak somam quaisquer estudos téenicos ou suporte probatério. ipviegeoc fo jus txleproc\Zleanrcader pp?acao=minua_imprimirBacao_erigem=acessar_documentoBhash de numeririo no interior do estabelecimento - art. 1°) nao se AdSGactO8tectAOcaMteGale2tcidd 28 oaa2017 Toon2929199 -&Proe Com efeito, aos argumentos de letargia ou privilégio dos vigilantes, passando pela redugdo de espago de circulagdo de clientes, cumpre igualmente considerar que 0 uso de todo equipamento exige treinamento e fiscalizagao dos operadores bem como as eventuais, adaptacdes ambientais. Assim, ndo se desincumbindo a parte autora do énus probatério que Ihe competia - inclusive porque tecnicamente bastante apta a fazé-lo - ndo hi razdes para desconstituir as conclusdes legitimamente tomadas em sede de poder legislativo municipal, inclusive porque proximo is demandas de interesse local Por iltimo, no mesmo sentido, a concessio do prazo de 120 dias contados de 14/04/2016 (Lei 3.171/2014, art, 3° cc. Decreto 5.407/2016, art4) para as adaptagoes necessérias & legislagdo ndo se mostrou insuficiente, ndo sendo a alegada necessidade de abertura de processo licitatério razao suficiente a excepcional dilagao pelo prazo de 12 meses requerido pela CEF. Nao havendo, ademais, precedente obrigatério a observar (CPC, art.927) ou outros argumentos capazes de, em tese, infirmar as conclusdes acima, passa-se ao dispositivo, 3. Dispositive. Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE 0 pedido, resolvendo 0 mérito nos termos do art, 487, ine. I, do Cédigo de Processo Civil, nos moldes da fundamentagao. Condeno a parte autora em custas e honorarios advocaticios, os quais, sopesados os critérios legais (CPC, art. 85, §§2° ¢ 4°, II), arbitro em 10% do valor dado a causa (R$20,000,00 x 0,10 = RS2.000,00), atualizado pelo IPCA-E. Registre-se. Publique-se. Intimem-se. Aguarde-se o prazo recursal. Havendo recurso ¢ intimada a parte recorrida para contrarrazSes, remetam-se os autos & Superior Instincia, nos termos do artigo 1.010, §§ 1° ¢ 2, do :0 contrério, certifique-se o transito em julgado e remetam-se ao arquivo com as baixas necessérias. Documenta cletrinico assinado por ROGERIO CANGUSSU DANTAS CACHICHI, Juiz Federal na Titularidade Plena, na forma do artigo 1°, inciso Il, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 ¢ Resolusio TRF 4" Regio n° 17, de 26 de maryo de 2010. A conferéucia da autenticidade do documento esti disponivel uo enderego eletrinico htp:/wwwtft jus britetiprocestosiverificaphp, mediante o preeachimento do cédigo verficador 700002939199V7 c do cbddigo CRC 47142540. InformapSes adicionsis da assinature: Signatirio (): ROGFRIO CANGUSSU DANTAS CACHICHI Data e Hora: 07/02/2017 14:22:56 '5003833-78,2016.4.04,7013 700002939199 .V7 DNS© DNS

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