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OS TOMATES PODRES

Recordo minha adolescência quando saia de férias da escola, e nesse período buscava
arrumar um emprego temporário para ganhar alguns trocados. Em uma das vezes fui
trabalhar em uma fazenda de produção de tomates. Os trabalhos eram pesados, mas eu
gostava porque aquilo me fazia sentira adulto. Durante todo o processo de produção,
algumas atividades não eram tão pesadas, mas de uma extrema responsabilidade. Uma
delas eu lembro bem, que era o processo de expedição, que consistia em selecionar os
tomates em tamanhos, cores, maduros e verdes.

Essa atividade era a ultima antes da entrega do produto. Mas a que iria garantir o sucesso
de toda produção daquela safra. Os clientes eram muitos, e às vezes repetiam os
compradores, se ficassem satisfeitos com o lote comprado anteriormente.

Mas existia um grande problema, que vi muitas vezes ocorrer. Devida a uma expedição
mal feita, com alguns tomates estragados, e outros até podres, quando chegava a carga
para o cliente e encontrava o lote com alguns tomates nessas condições, a carga toda era
devolvida, generalizada como irregular. Essa carga voltava para o produtor, e chegando
até a fazenda era descartada como lixo. O responsável pela produção ficava revoltado, não
somente pelo prejuízo, mas também pela perda do cliente no qual a sua imagem de
produtor seria desmoralizada, por apenas alguns tomates podres.

Quem possui um coração missionário, e sente prazer em falar do amor de Cristo, sabe
muito bem as dificuldades que encontramos para falar de seu amor. A igreja perseguida
nos países fechados, onde sofrem pela perseguição religiosa, causada pela intolerância,
comunismo, cultura local, ditadura político-religiosa e outras mais que ferem a igreja de
Cristo pelo mundo. Aqui em território brasileiro não sofremos essa repressão, quanto à
obra missionária. Mas a nossa maior dificuldade hoje, seria o preconceito a nossa imagem
de cristãos evangélicos, pelos péssimos exemplos de conduta, deixado por alguns supostos
crentes.

Esses supostos crentes, que mais distorcem a imagem de Cristo e a igreja, expõem de
forma vergonhosa um evangelho que Jesus nunca pregou, e na maioria das vezes
repugnou. Ao invés de pregar a salvação, arrependimento, arrebatamento, mudança de
vida e outros fundamentos da mensagem cristã, anunciam um Cristo materialista que
nunca existiu, um Cristo que quer você sem transformação e libertação nenhuma, um
Cristo que leva a vida de qualquer jeito, independente das consequencias.

Esses tomates podres no meio do evangelho acabam dificultando o crescimento verdadeiro


da igreja, criando uma imagem distorcida do reino de Cristo. Quando fui pela primeira vez
evangelizar um amigo advogado, ainda com poucas palavras dirigidas a ele, começou a
rebater com palavras como; “não quero comprar terreno no céu”. Isso devido aos
escândalos e imagens criadas pelos teólogos da prosperidade. Também tem caso daquela
ex-dançarina Carla Peres, que sempre está na mídia em trajes nada decente, e às vezes
comentando em programas de TV sobre assuntos nada convenientes. Também o caso
recente do jogador Felipe Melo da seleção brasileira, que por várias vezes declarou uma
pessoa diferente, calma, de autocontrole e que não se envolvia em casos de discussão
mais em campo, decepcionou uma nação inteira com uma atitude antidesportiva, ao
agredir o jogador holandês Robbin.

Todos estão sujeitos a falha. A frase dita por Jesus aos acusadores da mulher adúltera se
tornou um ditado de justificativa. Mas convém a nós cristãos sermos vigilantes, para que
nossas atitudes, não venham envergonhar e macular o evangelho de nosso Senhor. Os
tomates podres sempre existirão. Mas convém aos cristãos lúcidos e ouvintes da voz do
Senhor, não se render a podridão.
Luciano Vieira

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