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Assembleia Municipal da Covilhã - Partido Socialista

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INTERPELAÇÃO À MESA

Sr. Presidente,

A Lei n.º 169/99 de 18 de Setembro, com a redacção da Lei n.º 5-A/2002 de 11 de


Janeiro confere as assembleias municipais vastas competências, designadamente
compete-lhe a fiscalização da actividade da câmara municipal, a aprovação de
posturas ou regulamentos, do plano e orçamento;
O Partido Socialista sempre entendeu, e entende a Assembleia Municipal como um
órgão de grande importância, onde são objecto de debate e deliberação, as grandes
questões políticas do concelho.
Este entendimento tem-se traduzido numa participação sempre correcta e assertiva
dos seus membros, respeitando os princípios que devem nortear este órgão, os
princípios da democracia e do respeito pelo próximo.
As várias situações experimentadas por todos quantos estão nesta Assembleia, os
atropelos à lei, a forma como se passa com ligeireza sobre estas e outras matérias sem
lhes dar a devida importância, é absolutamente inaceitável. Senão vejamos:
• A alínea 1, do artigo 49º, da Lei n.º 5-A/2002 de 11 de Janeiro,
que estabelece o quadro de competências dos órgãos
autárquicos, diz o seguinte “A assembleia Municipal tem
anualmente cinco sessões ordinárias, em Fevereiro,
Abril, Junho, Setembro e Novembro ou Dezembro…”
que mês é que estamos hoje? Como é que a Câmara
consegue enviar as Contas de Gerência e os vários
relatórios, para o tribunal de contas, até ao dia 30 de
Abril?

• A incapacidade evidenciada por V. Ex.ª em não conseguir


fazer com que a Câmara Municipal respeite o ponto da
informação escrita, indo claramente contra o que diz a
alínea e, do número 1 do artigo 53º, da já referida lei,
“Compete à assembleia Municipal apreciar, em cada uma das
sessões ordinárias uma informação escrita do Presidente da
Câmara acerca da actividade do Município, bem como da
situação financeira do mesmo, informação essa que deve ser
enviada ao Presidente da mesa da Assembleia com a
antecedência de cinco dias sobre a data do inicio da sessão,
para que conste da respectiva ordem do dia”.

• O desrespeito pelos partidos da oposição uma vez que o


Partido Socialista por diversas vezes, quer em plenário
quer por cartas enviadas a V. Ex.ª, tem vindo a solicitar
uma reunião com todas as forças partidária aqui
representadas, sem que a reunião ocorra nem haja a

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Assembleia Municipal da Covilhã - Partido Socialista
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mínima resposta às nossas solicitações escritas. A
manutenção da actual situação é inadmissível para o
Grupo Parlamentar do PS, pois limita o Estatuto do
Direito de Oposição, nomeadamente no que diz respeito ao
Direito de Participação (art.º 6º), o qual determina de forma
clara que “Os partidos políticos da oposição têm o direito de
se pronunciar e intervir pelos meios constitucionais e legais
sobre quaisquer questões de interesse público relevante, bem
como o direito de presença e participação em todos os actos
e actividades oficiais que, pela sua natureza, o justifiquem.”.

• Os atrasos sucessivos na apresentação e votação das actas


das anteriores Assembleias Municipais

Sr. Presidente,

A última situação, extremamente gravosa, foi a convocatória para esta Assembleia


Municipal, a qual seguiu no dia 30 de Abril, cumprindo o preceituado legal mínimo
dos 8 dias, mas retardando o envio da ordem do dia que só chegou ontem a nossas
casas.

DIGA-ME SR. PRESIDENTE, COMO PRETENDE QUE


QUALQUER DEPUTADO MUNICIPAL NESTA ASSEMBLEIA
LEIA A DOCUMENTAÇÃO QUE V. EX.ª ENVIOU DE UM DIA
PARA OUTRO, ainda para mais de uma Assembleia com 12
pontos na agenda.

O número dois do artigo 87 diz claramente que “A


ordem do dia é entregue a todos os membros com
antecedência sobre a data do inicio da reunião de pelo
menos, dois dias úteis, enviando-lhes, em simultâneo,
a consulta da respectiva documentação.”

Todas estas situações aqui relatadas evidenciam uma falta de


respeito grave para com esta Assembleia Municipal, para com os
direitos dos Partidos da oposição, mas acima de tudo evidencia
um desrespeito pelos princípios mais básicos da democracia, o
garante do cumprimento da lei.

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Assembleia Municipal da Covilhã - Partido Socialista
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Estas competências aqui relatadas dizem respeito ao Sr.
Presidente da Assembleia Municipal, e é a este que a lei
confere a responsabilidade de as fazer cumprir.

O Partido Socialista já por diversas vezes alertou, apelou,


tentou junto do Sr. Presidente resolver estas questões.
Nem resposta.

O Partido Socialista, em nome da liberdade e da democracia, não


pode continuar a pactuar com este tipo de atitudes, para com a
lei, para com este órgão e em última instância para com todos os
Covilhanenses que nos elegeram.

Covilhã, 14 de Maio de 2010

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