0 évaluation0% ont trouvé ce document utile (0 vote)
63 vues1 page
Este texto descreve como o artista Frans Krajcberg foi profundamente influenciado pelo trauma da perda de sua família na Segunda Guerra Mundial e como isso influenciou seu trabalho artístico. Ele ficou chocado ao ver as florestas queimadas no Paraná, o que lhe lembrou da Europa devastada, e decidiu dedicar sua vida à causa ecológica, usando materiais queimados em suas esculturas. O texto explica o processo poético de Krajcberg de coletar os materiais, montar as esculturas em seu estúdio
Este texto descreve como o artista Frans Krajcberg foi profundamente influenciado pelo trauma da perda de sua família na Segunda Guerra Mundial e como isso influenciou seu trabalho artístico. Ele ficou chocado ao ver as florestas queimadas no Paraná, o que lhe lembrou da Europa devastada, e decidiu dedicar sua vida à causa ecológica, usando materiais queimados em suas esculturas. O texto explica o processo poético de Krajcberg de coletar os materiais, montar as esculturas em seu estúdio
Este texto descreve como o artista Frans Krajcberg foi profundamente influenciado pelo trauma da perda de sua família na Segunda Guerra Mundial e como isso influenciou seu trabalho artístico. Ele ficou chocado ao ver as florestas queimadas no Paraná, o que lhe lembrou da Europa devastada, e decidiu dedicar sua vida à causa ecológica, usando materiais queimados em suas esculturas. O texto explica o processo poético de Krajcberg de coletar os materiais, montar as esculturas em seu estúdio
CATTANI, Icleia B. A re-significao da obra pela poitica. In: Icleia Borsa CATTANI. Pensamento Crtico. ed. 3. Rio de Janeiro: Funarte, 2004. p.100 p.105.
Este um texto que aborda o processo de instaurao das esculturas de
Frans Krajcberg, artista com uma trajetria pessoal e artstica marcada pelo trauma em ter perdido sua famlia durante a Segunda Guerra Mundial, na Polnia, motivo esse que influenciou toda sua potica e escolha dos materiais utilizados em suas obras. Segundo a autora, Krajcberg teve um choque ao visitar o estado do Paran quando descobriu as queimadas e as florestas devastadas pelo fogo. Como sua famlia foi morta pelo fogo na Polnia, o momento que esteve no Paran foi como reviver o horror que lhe lembrou da Europa devastada pela guerra. A partir desse momento, o artista decidiu mudar sua vida e consagrar-se pessoalmente e artisticamente causa ecolgica, trabalhando com o resto das queimadas e dando- lhes uma segunda vida, a vida da arte. A autora cita Chiron 2002 quando este afirma que "Na arte, tudo tende a ser repetido trs vezes", fazendo uma anlise sobre a trajetria de Krajcberg, pois para ele, a terceira vez foi a instaurao da obra, na qual o artista, a cada vez, afronta de novo a morte para dar a vida. O artista ento decide viver na orla da floresta, em uma casa construda em um toco de rvore e vive os quatro elementos da natureza: a gua, o fogo, a terra e o ar. Cattani afirma que para entendermos a potica de Krajcberg, precisamos seguir as seguintes etapas: primeiro, ele vai a floresta e descobre as queimadas, fotografa e expe como forma de revolta. Depois ele seleciona os elementos queimados, como troncos, galhos e cips, tendo um cuidado com a qualidade esttica desses elementos. Na terceira etapa, o artista leva os materiais para seu ateli e faz a montagem das esculturas, respeitando as caractersticas de cada elemento, sua estrutura, textura, levando em considerao os desgastes sofridos pelo tempo e pela agresso do fogo. E por fim, quando os elementos no so suficientemente queimados a seu gosto, o artista acrescenta alguns retoques no ateli, sendo esse ato, segundo Barthes 1980, o punctum de sua potica, pois o fogo do ateli no o fogo da floresta, no o fogo que destri e sim o fogo que cria. Ele vai ao corao da morte para dela extrair uma nova vida. Vida que ele no pde fazer em relao sua famlia e nem em relao s queimadas, agindo em sua condio de artista em transformar a perda em ganho, preencher o vazio pelo ato da criao. A autora encerra o texto afirmando que o artista possui em seu comportamento potico as trs etapas que fala Chiron: sendo a primeira e terceira bem evidentes, presentes nos documentos e nas obras em si mesmas, e a segunda, ficando em geral, escondida do conhecimento dos espectadores e que, este ato potico se repete incansavelmente a tragdia que o traumatizou um dia, mas que o que o transforma pelo fenmeno da criao artstica. Ela ainda destaca a importncia de conhecer esse artista e tentar desvend-lo, sendo um poderoso instrumento para a histria da arte, especial a contempornea, possibilitando a ressignificao das obras de arte.
Palavras-chave: Frans Krajcberg. Poitica. Escultura.
Denise Cristina Madureira Mino 3 srie Licenciatura em Artes Visuais - UEPG