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Juliana nos fala sobre como ocorreu a desapropriao das terras que hoje
acolhem a casa que outrora abrigou Joo Pedro Teixeira, sua mulher Elizabete
Teixeira, e seus onze filhos. O terreno onde encontra-se a propriedade
pertencia a um dono de terras da regio. E foi desapropriado h apenas alguns
anos, segundo Juliana, quando Toninho - autor da tese que nos introduziu
devidamente s questes do campesinato - iniciou um pequeno alvoroo entre
as pessoas que ele conhecia, pessoas as quais detm certo poder poltico, e que
conseguiram levar adiante a desapropriao. O terreno foi comprado pelo
Governo Estadual, que efetuou as devidas aes.
Comecaram no dia em que Joo Pedro Teixeira conheceu Elizabete - que por
hora ainda no ostentava o sobrenome Teixeira. Joo, trabalhador de uma
pedreira localizada prxima as terras latifundirias de Sap, Elizabete, filha de
um comerciante local. Os trabalhadores deste local precisavam realizar
compras de produtos necessrios sobrevivncia. E o faziam no comrcio do
pai de Elizabete, e numa dessas compras se conheceram.
O pai de Elizabete no aceitou que eles namorasse. Ele no queria que sua filha
se casasse com um trabalhador braal, e Joo era o deles, alm de ser de pele
escura o que aumentou ainda mais a no aceitao da unio entre eles.
Ento, fugiram. Seguiram a Pernambuco, onde havia uma pedreira e Joo Pedro
poderia trabalhar. Aps alguns anos l, Elizabete e seu marido so trazidos de
volta a Sap onde seu pai lhes dera uma casa, na verdade um stio pois havia
plantaes em toda a propriedade.
Junto com alguns trabalhadores rurais Joo criou As Ligas camponesas. Tais
Ligas tinham como objetivo garantir alguns direitos ao trabalhadores
camponeses. Se alguma injustia era cometida contra um trabalhador, Joo
Pedro recorria ao latifundirio responsvel. Logo as lutas passaram a motivos
maiores, como o da terra como meio essencial ao cidado do campo. As lutas
que era a respeito de direitos rurais tornaram-se lutas pela diviso justa da
terra, a Reforma Agrria.