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CAPITULO I O nascimento do teatro moderno Nos thimos anos do sel is ntmenon, abot ‘Hales da elugi tence, de uma impor deci para Soiuss do spertul eal medida cm que contra pa Sulla gue deigamos como 0 agimens do enenadar. Em prito ieee cmegon tse saga» nogio das fonts, 3s» dat deincar Bax Sgunde, ram decoberor 0 reuse da duminasio she Spo exmpo, no inicio do ul pasado, digo 1840, xia uns verdad onc, a0 en tempo peng poli, ‘Cperandoo chamado bm gm un gost spccament anc, da Mose shakespearana, 2 pri ov anor 186 as ors eps ‘ets no podem mais car canst den dliiteseogrdcs, om er adequndamente expend por ma tadio tacoal A nso aliens no neal: dois aos 38 4 ciao, pot ‘Amine do Thelwe Lire em Far (1887) lnaogursase em Bri {ice Buln, 11 anes mais ade, em Moscu,o Teno de Are de Scanian ¢ Nemirvich Danchenko, Os Epes de Tse, em Tanamento ta Noruega em 1861 e em 1890 Anvoine monta oto cm Pat, As prodagbet de Os eelba de Hauptmann, na Panga na ‘Means datum do mesmo ao (1892), Tse de um fendmeno de Gifu qu no sca cone conser esti sos produtos, i obvas Been verade, wma conseqiéncla de ura divlao andog de tevin, penis priv, Dae pono de t,t urdsempree- ‘aes parr de 1874 por a Europa — com ecg da Fang plot Meninge. eonjuno cdo alguns anor tes plo dugue de See Meiningen sun tepescasosbre volun do eat eopen 20 A lingua de ener er ‘consitulram a primeira manifetagio deste fendmeno caracteritco do teatro moderno ‘A mesma multipoleridade marca a corentesimbolise. A deter minagdo de asumire explora of rcuros da veualidade, 2 tcus Jo camiseedefo da 08 Moscou. Levando-se em conta as amarras materials (tecnoldgicas € ‘econdmicas) inerentes 8 prtica do teatro, as diferengas de datas nso tém grande significado: as transformagées sb naturalmente mais rip das na pineura do que no palco, Enttetanco, as coisas nfo cardam a preciprar-se: Paul Fort funda o Théite d'Art em 1891, Lugné-Poe o ‘Théitre de 'CEuvre em 1893. © ensaio de Appia inttulado Le imiseen-scéne du drame wagnérien, que n0s anos 1950-1960 viria a ser 4 inspirgao do nove Bayreuth, data de 1895. Dex anos depois surge a obra fundamental de Craig, De Cart du thre (1905), € no ano seguince 0 sugo e o inglés, estimulados por uma grande ari eigica italiana, Eleonora Duse, associam-se para montar em Florenga a obra dde um dramarurgo noruegués: Resmerholm, de Ibsen. Em 1912, 4 convite de Sranislavski, Craig vai a Moscou para dirigit Harmer, com 0 elenco do Théitre d'Art Voltaremos oportunamente is teoiassimbolista. Mas desde js Pode-se consatar que a condenagio das priticas dominantes da época Por alguns inteleccuais do teatro no tera sido por s 6 suficente, por mais veemente que fosse, para fzersurpiem a transformagBes que viriam a caracterizar © teatro moderno, Seria mais exao, sem divida, dizer que esss transformagSes se concretizaram — de modo bem gradual, alts, se considerarmos as resiténcias que Vilar © Wieland ‘Wagner encontraram na década de 1950, respectivamente na Franga © nna Alemanka, antes de fazer triunfar ar concepsbes herdadae de Appia, Crag e Copeau — grag coexistncia de um deseo de ruprara de uma possibildade de mudanga. Em outras palavras, as condigBes, pra uma transformagio da arce cnica achavam-se reunidas, porque ‘stavam reunidos, por um lado, oinstrumento intelectual (a recusa das teorias © férmulas superadas, hem como propostas concretas que levavam &realizagso de owine cosa) ea frramenta técnica que tornava (mere de a dens Fa vidvel uma revolugio dese alcance: a descoberta dos recursos da iluminagio elérca. Lote Fler fez incrvel sensagio na transicio enre os dois séculos. (© que impressionahoje, quando pensamos nos expecéculo da dangarina norte-americana, nfo ¢ tanto a sua dimensio coveogrdfica ou gestual aparentemente rudimentar (embora consttuisse, para os seus cantem- porlneos, o exemplo tangivel de uma arte expresiva mas liberta das preocupagées da representagio figurativa); mas € aquilo que esses tspetéculos revelam em relagio 20 cspaco cEnico; ow seja, que @ iluminagio elérca pode, por si sé, modelar, modular, esculpir um ‘spago nu e vazio, dar-the vida, fiver dele aquele espago do sonho e da poesia ac qual aspiravam os expoentes da representaio simbolista Em 1891, Lote Fuller apresenta-se nos Follies Berges de Paris Em 1900, Craig mostra a sua encenagio da pera de Purcell, Dido e Enéias, que 0s seus contemporincos admiram pelo seu despojamento, pelo seu rebuscamento pictérico. Os dois acontecimentos no tém aparentemente nada a ver um com 0 outro. E, no entanto, tém algo fem comum: a iluminasio, elétrica ou oxidrica, torna-se 0 principal instrumento de estrururagio e animagio do espaso cénico. Em 1951, Vilar assume a diego do Theatre National Populate no Chailloce faz Furor com as suas encenagoes de Cid e de O principe de Hombarge. No ‘mesmo ano, o Fesspiclhaus de Bayreuth reabre suas poras, e0 Parifal montado por Wieland Wagner desconcerea ou sufoca of especadores noseilgcos do culeo de ants da guerra, Mas urn ver, erata-se de dois acontecimentos sem ligaio aparente, ani sero fato de que em cada tum deles a luz torna-se elemento preponderance da cenografia Essas referéncias, escolhidas mais ou menos atbitrariamente, nto. deve ‘ocultat outras pedras angulares. Os textos tebricos, por exemplo, que costumam pasar quate despercebidos quando sio lancados, mas que acabam assumindo, com o recuo do tempo, a importincia que thes ‘abe. Jé foram citados 05 ensaios de Appia e de Craig. Poderlamos actescentar O teatro eseu dypo, de Artaud, que reine, em 1938, uma série de textos, alguns dos quais anteriores iqucla data. Cada um desses surores nio se cansa de aftmar a importancia da luz no teatro, e de lamentar a mediocridade com que os pacos de seu tempo exploram os seus recursos. Uma conclusfo, pelo menos, pode sr trada disso tudo: 2 ‘inguin ere arte da encenago et sujeia a as presesecondmica soioligicas «que sa evolu sofre em Fungo delas um peculiar aso, esua istria Dec ia de fae repettivas A 300450 anos de distinc ss mesmat Tenatvassuscitam o mesmo espanto, a mesma supresa or indignada, om chia de entusiasma, Voltemos, porém, a Lowe Flr. A utlizagio cspeciculos, ¢ importance sbretude no sen tua definigao atmos nevoeio do erepiseulo ou un ar sentimental, Clorida, fda, maura. paesiro de danga meamorfoia de modo iimiado”E ie lar tnde a proragonixa doespeticulo, por sua ver lead 2 nfo ser mais do.que uma soma de formate volumes despovido de ‘mateialidade, Precursor, sob ese aspect, de um Alwin Nikolas. coredgrafonorte-americano que hoje em dia promove ainteprasio da ituminagio com a dana, Lote Faller no hea em experimentar novas técnias, em langar mo de projesSe, combinagées de espelhos et Jogo feéico, magia. estes so os temos que melhor craterizam, Para os seus contemporineos, a arte da dangarina nort-americana. A represenacio reatal reencontta uma dimensio que havia progresiva mente perdido no decorter do século XIX — exceto,talves, em certos textos destinados ao “grande piblico" — e que o séculos XVII e XV haviam culivado, nos seus epetculos com mdguinas a dimensio do sonho edo encantamento. Uns 30 anor depois, Artaud prconizar, rma linguagem teenicamentepouco precisa mas poderotamente su. stva, uma imaginags eradorssemelhante a utliagso da uz” O {qe confrmaria se tal confirmagio fossenecesiria, que a sensagso, provocada pels pesquisas de Loie Fuller nee terreno no detou ‘etgios percepiveis na priica restr dos anos subsequentes da Juz, nos seus a Seren eet tame i pd ‘moi pans flu de spars de ae eos babes dead em “pha snr adornment heeded Ofc SS (0 naxment de ere madene 2s (+ equipamenosluminor hoje em wo ot etn 1k bam mai Extando em jogo + gio patiulr da lux sobre 0 caplet, deve ser procrades efeitos de ibrar laminoss, ovis mancas deepal 2 Hlminago em onda, ow em cama, ou como ur chu de Mechs de Fogo. Agama de cores dot equipumentes hoje wad pei er evita dr ponth sponte: Pea prod eases de wnt pariplens devee inti uf ton men de emldade de dontide de pace sisando produ o clon o io,» cles, 0 medo ec A evolugio potencal ue luminagioeltrca permite a0 menos imagina enriquece ateora da espeticulo cam wm nova polo dereflexzo cde experimentagio, com uma temitia da fluideque se totna dalética aravés das oposigées ene 0 material € 0 neal a etabilidade © a tmobilidade a opacidadeca risa et. Em sum aparece pela primeiea ‘ve, sem divida,apossiblidae eenica de realizar um tipo deencenagio libero de todas as amareas dos materais tadicionais” Esse sonho,, meimo se reencantea modernamente ima nora javentade, foi sempre alimentado pelo teato, como testemunha o requnte dos processos ilusionistasinventados e postos em pritca pels cendgrafos dos séculos, XV e XVI. (© debate que acompanhs toda a pivica testa do séclo Xx . ‘aitncta de vapeur’ qual foi reduzido pelo naturliemo, para associ-lo 23 “Da thee wale de an em Cabs de Compe Maeine ro Bare 1953, 8p 3835. 20 “Lessig Tht Let sli Pin Clad, 1963, 1953 O meinen dears moderne » 40_trabalho do auror, do delew“o quarto af” ibid). Por conseguinte, no aro. hold as convens ‘eto explictamente assumidas como wis, aseatralidade nunca deizard de exibirse no paleo, de wl modo que o ator ndo possa nunca ee feamente com o seu personagem, no possa nunca apagar a presenga real do expectador da sua conscincia de comediant; ede tal modo que, simetrcament,o espectadorndo deixe de petecber © teatro como teatro, of cenfios como objetos de teatro, 0 ator como uum individuo que estd represenando ou atuando... Seri necessirio Tembrar © quanto uma tal concepgS0 vai concrbuir para a ceoria do cespetéculo brechtiano? ‘De Crag a Vila, durante a primeira metade do século XX, havers lum consenso quanto 3 condenagio do espeticulo mimético herdado do naturalism; e isso por visas aabes, entre as quais o fato de que neste tipo de expeticulo 0 espectador estéreduzido & pura passividade ingelectual. Uma ver que eudo the é mosado e dado, néo Ihe resta ‘outa area endo a de en urge Finalmente aafirmasio cde que é possivel um outro modo de relacionar o espectador com 0 cexpeticulo, engajando o espectador no grande jogo da imaginagio. Isso pressupse uma outa opgio exéica, na qual a sugestio substiui a afitmagio, a alusio ocupao lugar da desergho, a eipse o da redundin- cia. Ese deseo de engajat especador na realizayio dramitica, até ‘mesmo de comprometé-lo com ca, passou anortear permanentemente a pesquisa do teatro moderno: as de Arcaud entre as duas guerras, também as que dominaram a década de 1960, com a5 realizagbes fo Living Theatre Julian Beck e Judith Malina) do Teatto Laboratério «de Wroclaw (Grotowski), de Luca Ronconi e de Ariane Mnouchkine, por mas diferentes que sjam, ais, as bases teéricas que orientam cada ‘um dessesempreendimentos. A inrerrogasio exsencial que emerge do debate entre o naturalismo € © simbolismo é na verdade a questo basilar de roda encenagio, a ‘questi da qual nase liceralmente a Figura do encenador: 0 que é um ‘xpeticulo qeatal? Cabe insstr no fato de que ances de Antoine tal ‘questio ndo se apresentava, pelo menos nio nos mesmos termos. O ‘Eile dager o que £uma pera de eae? Oséulo XVI como fazer para que o paleo dé a iluso de realidade? Os rominticos. como 0 A linguage ds emcenaci eral waduit, através da escrca dramitia, a divesidade do rea? todas cssasindagages provinham de escrtores, de inelecuais (Cornell © ccabaded Aubignac; Diderote Beaumarchais: Stendhal e Flugo..). Seria ingéno, sem divda, pensar que os profissionais do rato nos fariam Perguntasrelatvas sua arte. Exstem mesmo boa rizbespaa acreditat que a are do aor se renovou, de Molite a Talma, de Rachel a Sarah Bernhardt, por meio de uma continua interogago sobre as trades 25 condigées de inerpretagio dos textos. Inflamente, x6 reos dso ‘ages vestgion Com Antoine, a questio do expeiculo formula-se nos termos ‘que utlzamos a€ hoje. Ele foi © primeto, por exemplo, a indagat como intodusit a eneenagio de um ext elissico-no_psseaie do spectador. Sua resposta merece reflex, Em primeir gat porque ela observa que aestéica naturals € mais complexa e menos ingénua do «que se costuma pensar: Mas também porque esa respostaé mati, ds mals realagies do lo new een parla Na sua Conversa sobre a “mise-en-scéne”(1903), Antoine decla- ra: "Qualquer busca de cor local ou de verdade histrica parece-me supérfua para tas obra-primas (as tragédis clissicas).” E escarece: “Actedito firmemente que sitwar esas maravilhosas tragédias, a no ser fo pals €no tempo em que nasceram, equivale a akera osu sgn ado,” Eis aqui os germes da teoria que serve de base &representag30 Fistorcisa do texto cisco. Esa concepcio vai gera algumae das tencenagées mais reveladoras que o teatro moderno jé produ: basta Jembrar a sensagio — 3s vees 0 escindslo — suscitados pela visio «que Roger Planchon propas de Gorge Dandin, ou de Tartu, ou da Segunda supra do amor, 8 de Berenice, Jem 1907, quando Antoine apresenta no Odéon o seu Tarufo cle reela o que pode sera fungio de uma encenagio moderna da obra clissca, A unidade de lugar explode. Quatro eendrios mostram quatro aspects da casa de Orgonte. Oexpaco cénicoclisio nfo é mais apenas © local de encontros, a encruzlhada da tadigio. Ele raduz 0 meio 2,0 In ea po nl 0 Mai de Chin. Shee peroutlaa gco gree escantenotgen ama emacs (gia nd Ses = ( meinen deere maders a social de Orgone, a ambigo de Tart Tal naturalism not interes tmenos plo seu sonho isons tanas vere denunciado do que pelo fo de far possibilidade de urna mince do palo. Epo fro

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