Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
esta ltima categoria para a qual o menor trao de msica escrita sobrevive. O
conhecimento atual da poesia e da msica medieval sugere que todos os poemas eram
destinados para cantar, mesmo que tenham nos chegado muito pouco com resqucios de
msica nos manuscritos. A msica era normalmente notada em neumas adiastmicos,
uma espcie de taquigrafia musical. Quanto ao estilo musical as canes amorosas so
semelhantes s dos troveiros; em vrios casos, a mesma melodia aparece em ambos os
repertrios. As msicas mais goliardicas teriam uma forma mtrica simples, melodias
mais silbica, e um estilo repetitivo.
Os Goliardos foram, decerto, entusiastas de um movimento de protesto, marcando um
passo no fenmeno da crtica aos crescentes abusos da Igreja, s suas contradies e o
fracasso das Cruzadas, mesmo dentro de suas prprias fileiras; chegando a adulterar
textos litrgicos e filosficos com finalidades satricas.
Os Goliardos tiveram enfim de enfrentar a ira da Igreja. Em 1227, o Conselho de
Trier os proibiu de participar dos servios de canto. Em 1229, tiveram notvel
participao nos distrbios que abalaram a Universidade de Paris, relativos s intrigas
do legado papal. Eles foram objeto de muitos conselhos eclesisticos, particularmente
em 1289, quando foi decretado que "os clrigos no deveriam ser malabaristas, nem
goliardos ou palhaos"; e em 1300 no Conselho de Colnia, eles foram proibidos de
pregar ou se envolver no comrcio de indulgncias. Os Goliardos foram muitas vezes
completamente privado dos "privilgios do clero.
Alguns nomes nos chegaram dos que foram Goliardos, como: Hugues dOrleans, Pierre
de Blois, Walter de Chatillon, Hildebert de Lavardin, Phillipe o chanceler e Hugo o
Primaz, indentificado como o Arquipoeta, ttulo que nos remete a uma figura de
destaque entre eles e possvel fonte de inspirao.
De Carmina Burana: