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c.teast Cataonsiogs Fone (Gimars Brat do io SP i Raa Shine / Ca Re ss appapert. 5S Palos EPUL 181 iio ote: v1, Tora do dsenvolviment, — 1 oa J dere 1 Th ‘clo do desenolsiesto 185 eppss Clara Regina Rappaport Wagner Rocha Fiori Céudia Davis Psicologia do Desenvolvimento Volume 3 A idade pré-escolar Coordenadora: Clara Regina Rappaport €RU. Eéitora Pedagégica e Universitaria Lida, ‘So Paulo Capitulo 2 Desenvolvimento cognitivo "A mente tormese consclente de si mesma, ¢ consegientemente exiue, pscolopicamente flando, apenas quando esté em contato. com ‘bjetes ou com outras mentes" (Grulel e Vontehe, 1977). 241 Desenvolvimento da intligencia: periodo pré-operaciona, 2-6 anos) Clara Regina Rappaport, Antes de iniciar esta scinta revsio de alguns dos principals aspectos deste perioda da evolugio, mental, sereditamos. ser dil Tembrar que, de-acordo com # concepsdo pingetians, 0 deseavovi- ‘mento oeorte no sentido de 0 sujet adguirie uma. determinada ‘Visio do mundo que o cerca, que the permita um estado de adapiacio © de equifrio em relagio stuagtes fs quas ests continvamente fexposto. Tso & assim como o organismo & Diologieamente datado Se estruturas e de tim modo de funcionamento estas esruturas que The permite procurar manter am estado de confeto interno iteto, Embore estas priras ages imiatvasscjam improcinas © inca Tudimentres os poucos 4 crangt vai apeleigoendo 20s movimento, 6 ser capaz de reprodusir intemamente tis ages. Paget 0 nome se sinbolos mentas a estas ages tteraaliadak Os simbolos mena, por extrem sempre dctamentevinculados S"cxpenncia Ua eianga, x50, pestis esemelhantes A aGa0_ le Tepisrentam, No. cremplo cssico de Paget a evancl, 20 tenlar {eoolver um problema pratico como de abit-uma esta, mio id Inui proveder como. ahteriormente, 00 set, por Tetativa © ero. jo Uo peri sensorimotor, a condi Ser. ova Gk imitard oetcito # ser sleangado, reolvond, asim, 0. problema Som que se depart, A. chang abr Targamente ocd ie Sltament, bre, amber, a cal “Cabe. portant, & imiiagao 0 papel de intemedira entre. as agbes conereas,expeaseexterires © as bes gurada, implitas SSinesores que consitem a estncia da linguagem &, consequent fpente, do pensamento. O_ sparecinento dos sons e” das palavras {eg uma esolugio semlhant, ot Set, 0s sons Slo associados ‘Slerminadas goes, e # agsigi de Tnguagem se proces através {i imitagio, estes sons, As primoiras palavas esti, poriant, inte Imei lao com o dc sper fins Os on elt” que at pulavrs expessam (significado) sto bastante prim> tes, lm srs 6 angio demasiadaneie precsos ‘R'ieuagem de ertanga que comege a fla &, desta Toe, esen- Gialmente diferente daquela do alo ‘in dos primeios estos de Piaget sobre linguagem propsi- rene ata fo) conduzido en um ee pablca de, Gencor. Nel ringuagem Je Joss meninas de seis anes oi minuciosamente Sivertada ¢-repstada, “Ax eningis eram prowerentes de fas Ge bina endo que habitavam uma das zonas mats pobres da cidade, ‘Ko final da cbservagionateralisie, que dirow aproximadamente fim, ms, Piaget tne. colstado om ico. materal que serv de Embacamento © apoio para suas propos. "Tentando clewicar cad sontenca emitida pelos eviangas, Pi et chegou a conclosio de que enstom duas amples cateporas de Iinguagen: 1) Linguagem nfo-comuncativa ou egotntia 2) Linguagem comuniativa ou soeializada 6 1) Linguagem ndo-comunicatva ou egocéntrica & aquelayonde, além de no exist uma intengio de comu- nica, nfo se observa, também, nenhuma tentatva de levar em con- Sideraea0 0 ponto de vista do ouvinte. A mensagem nio € adaptads 4s necessidades de informagdes da audiéneia, Aquele qve fala aren 1u-se, principalmente, de acordo com seus prGprios interests, E por sta razio que Piaget emprega o temo egosintice: ara indica que 2 linguagem empregada ‘pela crianga pequena centeada em sua propria atividade, nao Tevando em conte o papel on as necessidades fas demas pessous Piaget distingue t1és tipos de linguagem egoct fn ecoaliz, monalogo © monslogo coletivo Na repetoao, 2 evianga simplesmente cops aquilo que aeabou de dizer ou de ouvie- Por exempta rica: repetioao cote ported tly melitamente Tape: "Vj mah slg ta set isha (Pinges, A afiemativa de Pie & um exemplo de repeicio — que clara- mente envolve a cépia de uma outra fala — porque nio era ver dir: a calea ¢ a camisa de Pie se encontravam abotondas. Conse ‘entemente, nao havin em tal comentario uma Tungso informative. ‘Um segundo tipo de linguagem epocéntcica & 0 mondlogo. Em eral, quando ecorre 0 mondlogo, a eviancs, apesar de se encontrar soz, fala alto por um espaco de tempo relativamente long. Par exemple: “Ley sentaae soinho em um ment: “Ba quero far sale deena wT gueo.deenhar gum cote ssa, fu vor feosar de psig tem rand de pope pare fazer Bt” Pat 1988) [Na medida em que Lev estavasozinho na ssla, obviamente io estavase dirgindo a ninguém. Novamente, « fala da cranga nig ‘parece fer um carster informativo. ‘0 terceira tipo de linguagem egocéntica , sem vida, 0 meis inleressante € 0 chamado mondlogo coletivo, Para que o monslogo coletivo corr, diferentes eriangas se encontram reunidas falando Sobre coisas semclhantes. Entretano, cada cvianga far um solldquio 20 qui as demals nao prestam a mioima atengao, Portanto, pode-se dizer que as sentencas emitidas pelos participants desst “conversa” rio sfo comunicaivas porgue cada um deles fala para si proprio, Por exemplo, no tangue de areia do playground de'um edifcio em ‘So Paulo fo} eoystrada a sepuinte “conwerst™ 64 a: “0 fp ym cio Bla Adami a Som Hn fino Cami" Saga net pat titario mort, hem grand, que come (cab aman ete Seer pear towante dou via pin, Nia, icy mare a gene pie tencr pct. Seno afta "more asad Ferman "Quando sar ese burt et son comer met anche Mibs E interessante oar que ¢ possvel que a rianga tenha a intuit de chamar a atengio de seus edmpanheltos pars aquilo que est a Ie também, que cheeue a serediae que seus ami- 0 escutando, Entelanto, & natureza epoctnitica do mondloga mgo permite que isto ovorra. A‘ frases sho pou prec, filo havendo decorréneit Hgice ene elas Além iso, 04 coment Fiog de eada crianga parecem aio ter 2 menor relagio com 0s das demas, Nio ‘hd fespostas ou continuidade nas discusses. Cada crianga fala daguilo em que ests intressada no momento e. parece fetretida em sit puOpria avidade. Conseqlentemente, nao se pode ‘dizer que este ovortendo interagho sociale, portanto, communicado, ‘© monGlogo colelivo nada mais ¢ do que a ocorrénciasimultanea ‘de dois ou mais mondloges. Neste sentido, ela se utliza do srupo para falar ash propia 7 De cord com Piaget, cerca de 456% da linguagem falada por eangas pequenss (2 46 anos) € do tipo egoctntnca. Tentando ‘explisar qual sera o propésto desse tipo de liguagem, Piaget ponta para algumss hipétese inferesants. Para cle, 2 repetigao ocorre por repetir. Neste instincia do principio de ‘os exjuemas' para exerciti-lon, Desea manera, 4 repeticeo no seria Drodutida por um dessjo de comunicar, mas sim pela necessidade de ‘xerctae exquemas verbal. Em relagio aos mondlogos, Paget oerece das explieagdes que rio io sutuamente exchivas, primeira delas €a de que 0 Imondlogo tem como fangio a realzagio de desejos, Por exemplo, Sea craanga_descjaapanhar uma boneca que esti guardeda ng litina estante portant, fore de seu aleance, ela pode ordenar 3 bponeea que pule para 0 chlo. Assim sendo, as. palavras tem umd stuagao mégle, capaz de realizar, para a crianga, ayuilo que sus tages no comseguem, Nesta medida a linguagem consul em part ‘um tipo de fantasia, 7 ‘Uma segunda explicssio para a ocorséncia dos _mondlogos seria o foto de que para a evianga pequena as palaveas © as agbes hove encontram sind difereniadas umas das outras. Em geral, em ‘Ss primeiras atvidades com Tinguagem, a ecianga nomeis ou 6s rmenciona objelos que estio presenes ou agSes que estio. presente- mente ovorrendo, Dessa forma, os objets, as aghes e as palavras que ‘os representam, a modida em que ocorrem simiultancamente, passim 2 formar um todo nic, indisocive. A palavra'é parte da agio {ou do objeto) e vice-versa. A fads a sua agdes: "Eu Vou entrar na piscina, pra nadar. Agora eu von pular. Conseqlentemente, ao monologar, Eeviangasimplesmente indiea que a relacdo entre objeto, agGes © ‘ous respoctvos referemtes no € clara, Nestas condigoes, fies bass fante evidente por que 0 mondlogo no fem uma fanedo eomunies- tivas cle ocorte porque far parte das acdes da cvianga, AS mesmas cexplicagdes se aplicam ao mondlogo coletiv. [Em uma situaglo socal, a erianca pode: a) repetir aquilo que ise, ou ouvity por causa da assimagao funcionaly b) sae a Tite fguagem para produzir, magicamente, um detcrminado resultado; ©) falar para acompanhar sas agoes 2) Linguagem comunicaiva ou socialleada EE aquela onde, alm de tevar em considerasto © ponto de vista do oUvinte, evianga tentatransmitir_alguma informacto. Embora iste de fato oor, € interessante motar que as sentencas preventam deficiéneas que muito dificultam a cominicagio, Nao hi fntativa de explicagio de eventos, jusificativas opens, razdes Claas. Novamente 0 egocentrsmo da eranga-€ 0 prinipa’respon- Sivel:ela ndo acredita que 0 otinte poss ter opines, fdas e con Cepgbes stints dis suis, Portanto, evlanga no sente a necessi- lade de explicar ow josificar su afirmagbes. Por outro lado, & ‘riaga tambien parece no entender bem aguilo que The dizem. De cord com Piaget, ela assimila nquila que avabou de ousir em seus propries esquemas,deixendo de Tao aquilo que 0 “emissor” estava {entande dizer. A cflangz-ouvinte divorce aguilo que esc, amok dando o discueso do emissor a sua propria necesidade e interess, Mais uma vez, ¢ pelas mesmas razies, 0 egocentismo da canes parece sor o grande responsivel pelas dstorgoes no processo de eo- Imunicagto, Piaget dstingue cinco subelases de linguagem socializade: formagitn adaptada, erties, ordens, quests erespostas. AS tres Stas subclases cio auto-explicaivas.Entetante, —informacio Waptada © erties sequerem maiores explicagdes. Injormaco adaptada consis 4 base dos verdadeiros didloges. ela. 0 emissor eo aivintereceplor conseguem realmente falar sobre mesmo assunt! 66 Emboca exista um coaflto de intereses no dilogo acima, cle do 6 egocdntico. Fxiste, de fai, um intercimbia verbal entre as ranges (Criticas sto comentitios onde 0 emissor ou afirma sua superio- ridade ou depreciaaqueles 4 quem se diige. Exemplos de erica so "Eu tenho uma pulscra muito mais bonita do que a sii", "Ew sou muito mais abediets”, “Voce € a mais {rin aqui de css”, ete. A evidincia de que bi comunicagio € 0 fato de tas sentengas provo- carem, em gerl,brigas e malentendides. ‘Segundo Piaget, & medida em que as eriangas vio crescendo, ve- rificase um aumento da linguagem comunicatva em detrimento da Tinguagem egocénirica. A explicagao para ese foto ¢ que a8 eiancas ‘mais velhas sofrem intense pressdo social no sentido de buscar ides de comunicagio mais adequados. Enquanto a crianca mal ova tem a seu dispor um ambiente que procura entendé-ta, trianga mals velha nao se pode permitir uma lnguagem pouco ela Com 0 corter dos anos, a interagio com companheiros da mesma dade exige que ela se comunique de mancita precisa o efciente, Seus comentitios eafimagies $40 eonstantemente contestados. A cerianga precisa justfcar-se © defender-se: a necessidade de comuni- asto se impoe 3 realidade da erianca importante resalar, mais uma vez, que o coneito central da anise de Piaget no que se refere 2 aquisigio de linguagem & 0 {do egocentrismo. A crianca pequena € 0 cerne de seu universe, So- mente seu ponto de vista tem importincia. Ela ndo se di conta de {que as pestoas podem pensar e raciocinar de maneiras distinas, Essa nog do egocentrimo na Hinguagem da erianga,pré-es- colar ser, posteriormente, esendida 20 coajunto de suas atvidades oanitvas,sovais afetivas. Neste sentido, 0 egocenrismo passa a fer visto como oma das caractrisicas esenciais da cranga. pre operatéria 2.2.5 Conctusio A disputa entre os adeptos da, abordagem racioalsta_ de Chomsky e'daquela diftundide pelos tericos da aprendizagem tende 2 continuar. Um nimero maior de pesquisas € necessiio.antes que ‘Se possa entender como se procsssa © desenvolvimento da Hngoagem. TNelse meio tempo, a quesdo de quanto de aguisigao da linguagem & 67 evo a uma capacidade inata © quanto € devigo & aprendizagem Continua em aberta, Talver a proposta interacionista, difundida por Piaget, representetim caminho\ mas seguro na elucidagio dos. pro- blemat aqut levantados, 2.2.6 Bibliograsio 1. Brown, Ru Cake, €; Rash, U. The ei rumng fom 11 Hl I Ha Poe inet Sipin a l cos. Mier 2, Choma, C8. The equation of nev in children fom $10 10 Cai Nass. Mc Pre, 1968 2, Dae Philp © Lanturge development” aracure and fusion, Hine, Mini The Bugden Press Tne, 197, 44, Gunes, CALs Gardena OP) Teaching sgn langage to 2 chimpanzee Sconce See tt, be 5. Lemeberte EN soe! foundation of lanuage, New York, Wiley, 196. Pine Te Fie lingua and thowgh of the chi Chev, Merion 1. Stioner,B-E, Verbal behavior. New Jertey, Englewood Clits, Prentice-Hall, os

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