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DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E
DA DIFERENCIAÇÃO CELULAR

1 – INTRODUÇÃO

 Alterações do ambiente ⇔ adaptação celular

 Adaptações Fisiológicas

 Adaptações Patológicas

 Definição
“ A adaptação celular é um estado que fica entre o normal, de célula
não estressada, e a lesão, de célula estressada.”

 Tipos de adaptações celulares


1. Regulação de ↑ ou ↓ de receptores celulares específicos
2. Indução de nova síntese de proteínas pela célula –alvo
3. Mudança na produção de um tipo de família de proteínas para
outro
4. Acentuada produção de proteínas

As adaptações celulares envolvem todas as etapas do


metabolismo celular de proteínas, como ligação ao receptor, transdução
do sinal, transcrição, tradução ou regulação do preparo e liberação de
proteínas.
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2 –HIPERPLASIA
“ A hiperplasia constitui um aumento no NÚMERO DE CÉLULAS em um
órgão ou tecido, que pode então ter um aumento de volume. ”

 Hiperplasia √ Hipertrofia ( ↑ tamanho da célula )

 A hipertrofia não envolve a divisão celular, mas a hiperplasia ocorre se


a população de células for capaz de sintetizar DNA, permitindo assim a
divisão mitótica.

 HIPERPLASIA FISIOLÓGICA ou PATOLÓGICA

2.1 – HIPERPLASIA FISIOLÓGICA : hormonal ou compensatória

 Hormonal : Proliferação do epitélio glandular da mama feminina na


puberdade e durante a gestação e hiperplasia no útero grávido.

 Compensatória : Hiperplasia decorrente da retirada de uma parte do


fígado - hepatectomias parciais (Figura 15):
1. A proliferação celular é dependente da ação de fatores de
crescimento polipeptídicos (TGF-α e o fator de crescimento do
hepatócito : HGF) e sinais “precurssores” iniciais (uma sobrecarga
metabólica secundária à hepatectomia, citocinas ou estresse oxidativo),
pois estes são conhecidos como ativadores de genes de resposta ao
crescimento (c-fos, c-jun e c-myc)
2. Alguns hormônios também podem agir como adjuvantes à
proliferação celular: a insulina, o glucagon e a norepinefrina, cujos
níveis sanguíneos estão aumentados após a hepatectomia.
3. O término do crescimento celular, após a restauração da massa
hepática, parece ser causado por inibidores de crescimento (TGF-β )
produzidos no próprio fígado
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2.2 – HIPERPLASIA PATOLÓGICA

 Constituem-se em casos de estimulação hormonal excessiva ou efeitos


dos fatores de crescimento sobre células-alvo.

 Hiperplasia do endométrio : Proliferação no endométrio, após período


menstrual normal, potenciada por hormônios hipofisários e estrogênio
ovariano, e interrompida pelos altos níveis de progesterona, 10 a 14 dias
antes do período menstrual. O desequilíbrio estrógeno-progesterona, pode
resultar em aumentos relativos ou absolutos de estrógeno ou ambos, e
conseqüentemente desenvolver a hiperplasia das glândulas endometriais.

A hiperplasia patológica constiuti um solo fértil no qual a


proliferação cancerosa pode eventualmente surgir. Assim, os pacientes
com hiperplasia do endométrio estão em risco aumentado de
desenvolver câncer endometrial .

 A hiperplasia também é uma resposta importante das células do tecido


conjuntivo na cicatrização de feridas, nas quais os fibroblastos proliferantes e
os vasos sanguíneos ajudam no reparo, sendo os fatores de crescimento, os
responsáveis pelo processo.

3 – HIPERTROFIA

“A hipertrofia refere-se a um AUMENTO NO TAMANHO DAS


CÉLULAS e, com tal alteração, um aumento no tamanho do órgão.”

 Portanto, o órgão hipertrofiado não tem novas células, apenas células


maiores.
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 O aumento no tamanho das células não ocorre devido à entrada de


líquido (tumefação celular ou edema celular agudo), mas sim devido à
síntese de mais componentes estruturais.

 FISIOLÓGICA ou PATOLÓGICA , causada pelo aumento da


demanda funcional ou por estimulação hormonal específica.

3.1 – HIPERTROFIA FISIOLÓGICA POR ESTIMULAÇÃO HORMONAL

 O crescimento fisiológico do útero durante a gestação, envolve tanto


hipertrofia quanto hiperplasia. A hipertrofia celular é estimulada por
hormônios estrogênicos através de receptores de estrogênio de músculos
lisos, que permitem a interação dos hormônios com o DNA nuclear,
resultando eventualmente no aumento da síntese de proteínas do músculo
liso e em um aumento no tamanho da célula.

3.2 – HIPERTROFIA FISIOLÓGICA ADAPTATIVA

 A alteração ambiental que produz hipertrofia de músculos estriados,


parece ser principalmente o aumento de trabalho, visto que as células da
musculatura estriada, tanto no coração quanto nos músculos esqueléticos,
são capazes de se hipertrofiar por não se adaptarem ao aumento das
demandas metabólicas.

 No coração, o estímulo mais comum é a sobrecarga hemodinâmica


crônica, devido ou a hipotensão ou a válvulas cardíacas defeituosas,
enquanto nos músculos esqueléticos, é o trabalho pesado.
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 Ocorre síntese de mais proteínas e filamentos, atingindo um balanço


entre a demanda e a capacidade funcional da célula, sendo que um número
maior de miofilamentos permite um aumento da carga de trabalho com um
nível de atividade metabólica que não difere do da célula normal.

Embora a hipertrofia e hiperplasia sejam dois processos


distintos, freqüentemente ambos ocorrem juntos, e podem muito bem
ser disparados pelo mesmo mecanismo. O crescimento induzido por
estrógenos no útero, envolve tanto o aumento da síntese de DNA
quanto o aumento da musculatura lisa e epitélio.
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4 – ATROFIA
 “É a DIMINUIÇÃO do TAMANHO DA CÉLULA pela perda da
substância celular.” Representa uma forma de resposta adaptativa e quando
um número suficiente de células está envolvido, todo o tecido ou órgão
diminui de tamanho ou torna-se atrófico.
 CAUSAS:
1. Diminuição do trabalho
2. Perda da inervação
3. Diminuição do suprimento sanguíneo
4. Nutrição inadequada
5. Perda de estimulação endócrina
6. Envelhecimento (Figura 16)

 Os estímulos podem ser fisiológicos (perda de estimulação endócrina na


menopausa, nutrição inadequada, envelhecimento) ou patológicos (perda da
inervação: poliomielite ou diminuição do suprimento sanguíneo:
aterosclerose), entretanto a alteração celular fundamental é idêntica em todos
os estímulos, representando uma regressão pela célula a um tamanho menor
no qual ainda é possível sobreviver.
 A atrofia representa uma redução nos componentes estruturais da
célula. A célula contém menos mitocôndrias e menos miofilamentos, e uma
quantidade menor de retículo endoplasmático. Seus mecanismos
bioquímicos são desconhecidos, mas sabe-se que há um balanço entre a
síntese de proteínas e a degradação nas células normais, e tanto a
diminuição da síntese como o aumento do catabolismo, podem causar a
atrofia.
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5 – METAPLASIA
 “É uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto (epitelial
ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular adulto.” Pode,
também, representar uma substituição adaptativa de células mais sensíveis ao
estresse por tipos celulares mais capazes se suportar o ambiente diverso.

 A metaplasia adaptativa mais comum é de colunar a escamosa, como


ocorre nas vias respiratórias em resposta à irritação crônica.

 Em fumantes, as células epiteliais normais colunares ciliadas da traquéia


e brônquios, são freqüentemente substituídas focalmente ou amplamente por
células epiteliais escamosas estratificadas. O epitélio escamoso estratificado
mais resistente, é capaz de sobreviver sob circunstâncias nas quais o
epitélio mais frágil , provavelmente teria sucumbido.

** OBS: Embora as células metaplásicas escamosas das vias


respiratórias sejam capazes de sobreviver, um importante
mecanismo protetor – a secreção de muco – é perdido. Assim, a
metaplasia epitelial é uma faca de dois gumes, e na maioria das
vezes representa uma alteração indesejável. Além disso, as
influências que predispõem a tal metaplasia, se persistirem,
podem induzir uma transformação cancerosa no epitélio
metaplásico.

 A metaplasia pode ocorrer também em células mesenquimais, mas menos


claramente como uma resposta adaptativa. As células do tecido conjuntivo
fibroso são transformadas em osteoblastos ou condroblastos, para produzir
osso ou cartilagem onde normalmente não é encontrado, como ocorre
particularmente em focos de lesão.

 As metaplasias podem surgir de uma reprogramação genética das células


básicas dos epitélios e células mesenquimais do tecido conjuntivo, sob ação
de substâncias químicas, vitaminas ou fatores de crescimento.
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6 – DISPLASIA

 Termo utilizado para descrever uma proliferação desordenada, mas não


neoplásica e encontrada principalmente no epitélio.

 “É uma perda da uniformidade das células individuais, bem como


uma perda de sua orientação arquitetônica.”

 As células displásicas exibem considerável pleomorfismo (alterações no


tamanho e forma) e geralmente possuem núcleos fortemente corados
(hipercromáticos), anormalmente grandes para o tamanho da célula.

 As alterações de pequenas a moderadas não envolvendo toda a espessura


do epitélio podem ser reversíveis, e, com a remoção das supostas causas
iniciantes, o epitélio pode reverter ao normal.

7 – HIPOPLASIA

 “É a incapacidade dos órgãos ou tecidos de atingir o tamanho total.”

 As causas conhecidas incluem (1) mutações genéticas que alteram a


diferenciação adequada e a migração das células do embrião e (2) a
destruição das populações celulares críticas, por vírus e toxinas que
produzem degeneração e necrose

8 – APLASIA

 “ É a falta completa do desenvolvimento de um órgão. ”

 O órgão pode estar totalmente ausente (agenesia) ou pode ser


representado por uma estrutura rudimentar composta por tecido
conjuntivo.
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ROTEIRO DE ESTUDO

1. Defina adaptação celular e diferencie as adaptações fisiológicas das


patológicas.
2. Explique como podem ocorrer os diferentes tipos de adaptações
celulares.
3. Defina hiperplasia e cite os diferentes tipos de hiperplasia encontrados.
4. Explique como ocorre a hiperplasia compensatória em pacientes que
sofreram hepatectomia parcial.
5. Explique o mecanismo da ocorrência da hiperplasia das glândulas
endometriais.
6. Defina hipertrofia e explique como ela ocorre.
7. Qual o principal mecanismo intracelular envolvido na hipertrofia
fisiológica por estimulação hormonal ?
8. Como pode ser causada a hipertrofia fisiológica ?
9. Porque as células da musculatura estriada e esquelética são capazes de
se hipertrofiar, na hipertrofia fisiológica adaptativa ?
10. Defina atrofia e cite suas principais causas.
11. Que fatores funcionam como estímulos para as células se atrofiarem ?
12. Cite os mecanismos bioquímicos responsáveis pela atrofia.
13. Defina metaplasia e explique a metaplasia que ocorre em fumantes
crônicos.
14. Qual a principal vantagem da ocorrência de metaplasias nas vias
respiratórias de fumantes ?
15. Cite os fatores que podem influenciar na ocorrência das metaplasias.
16. Defina displasia e cite suas características celulares.
17. Quais as conseqüências das displasias para o organismo ?
18. O que é hipoplasia e quais suas principais causas ?
19. Defina aplasia e explique como o órgão apresenta-se
macroscopicamente.

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