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Módulo 6
Pregão presencial: orienta-
ções básicas
Sumário
Introdução ................................................................................................................... 3
Compreendendo a Raiva....................................................................................... 16
Driblando o Medo e a Insegurança........................................................................ 17
Conclusões ............................................................................................................... 22
Referências Bibliográficas......................................................................................... 23
Introdução
Neste módulo, trataremos de alguns pontos que podem facilitar a comunicação nu-
ma sessão de pregão presencial. Longe da pretensão de ser um guia, já que a co-
municação envolve uma dimensão de estilo pessoal e, portanto, de personalidade,
buscamos ressaltar a dinâmica de alguns elementos presentes no processo de co-
municação em uma sessão de pregão presencial, com algumas orientações práticas
básicas para a solução de possíveis problemas.
Em relação ao ambiente, é preciso estar atento a vários fatores que podem influen-
ciar a comunicação: iluminação, barulhos externos, disposição e conforto do mobiliá-
rio, funcionamento do aplicativo, uso do celular e interrupções, dentre outros, são
elementos que precisam ser administrados, a fim de não prejudicar a atenção e a
interação dos interlocutores durante a sessão de pregão presencial.
Existem vários tipos de equipamentos disponíveis e sua escolha depende dos recur-
sos reservados para o investimento e do espaço destinado às sessões de pregão.
Os mais utilizados são flip-chart, quadro branco, data-show e projetor. Indiscutivel-
mente, o projetor é o melhor recurso, pois permite maior nitidez, facilitando o acom-
panhamento por parte tanto de pequenos públicos, quanto de grandes públicos. En-
tretanto, é um equipamento que requer não apenas um investimento maior, mas
também a habilidade em seu manuseio. Para mais detalhes a respeito desses equi-
pamentos utilizados como recursos visuais, consulte a Midiateca deste curso.
• Localização do pregoeiro
O local ocupado pelo pregoeiro, preferencialmente próximo da equipe de apoio, de-
ve ser de fácil acesso e visibilidade por todos os presentes, para que possam acom-
panhar os atos praticados. Se houver equipamento de projeção, o pregoeiro não
pode ficar entre a tela e o público.
• Mesa de apoio
A equipe de apoio necessita de local apropriado para acomodar computador, manu-
sear documentos e material de trabalho. Essa mesa deve ficar disposta próxima do
pregoeiro e não pode obstar a visualização tanto do pregoeiro, quanto da projeção.
• Disposição de equipamentos
Os equipamentos (projetor, tela, computador, fax etc.) não devem atrapalhar a circu-
lação das pessoas, nem dificultar a visualização da projeção. Fios e conexões mere-
cem cuidados especiais para evitar acidentes.
• Disposição do público
Parte do mobiliário é destinada aos participantes da licitação. A forma de disposição
desse mobiliário depende do espaço e dos recursos disponíveis. Em um ambiente
pequeno, não há muito que se possa fazer; o público pode ser acomodado ao redor
de uma mesa, ou separadamente, com as cadeiras alinhadas, tal como em uma
escola. Já para espaços maiores, o público pode ser acomodado com maior conforto
e espaço. Um cuidado a ser tomado com relação ao mobiliário destinado ao público
é que ele deve facilitar a interação entre os participantes e o pregoeiro, já que isso
pode requerer, em espaços muito grandes, a utilização de recursos visuais e equi-
pamentos de som para acompanhamento do pregão. Para conhecer algumas alter-
nativas de disposição do público na sessão de pregão presencial, consulte a Midia-
teca deste curso.
• Sinalização
Aqueles que têm interesse em participar de um pregão pre-
sencial não são obrigados a conhecer os labirintos da organi-
zação. Desde a portaria, é recomendável dispor sinais indicati-
vos ou cartazes que auxiliem os participantes a localizarem o local da sessão de
pregão. Isso evita o estresse do licitante, que eventualmente pode perder-se pelos
corredores da instituição e chegar atrasado à sala da sessão, além de transparecer
o senso de organização do órgão que realiza o pregão. O local da sessão deve ter
• Facilite a compreensão
Se o que está sendo dito não é compreendido, tente explicar de outra forma. Metáfo-
ras e analogias são instrumentos poderosos para se fazer compreender. Comparan-
do uma situação com outra semelhante, fazemos uma analogia, um recurso útil, por
exemplo, num debate sobre a desclassificação de uma proposta. A metáfora consis-
te em relacionar uma palavra com outra com a qual não possui nenhuma relação
objetiva. Com a metáfora, empregamos um sentido expressivo na comunicação,
sendo um instrumento muito útil, por exemplo, na fase de negociação.
Avaliação/julgamento Descrição/apoio
Manobra/manipulação Espontaneidade/autenticidade
Distanciamento/indiferença Empatia
Superioridade Igualdade
Fonte: Adaptado de Fundap (2005, p. 47).
Devemos evitar críticas dirigidas à pessoa do licitante, pois assim focamos seu com-
portamento, passando a idéia de julgamento de valor. A atitude defensiva pode ser
evitada se o foco de nossa crítica se restringir à situação ou a fatos, transparecendo
uma genuína intenção de orientar e apoiar.
A forma como o pregoeiro pode realizar a abertura irá depender do perfil comunicati-
vo de cada um. Alguns preferem ler um texto previamente escrito; outros preferem
improvisar um discurso.
Além dos temas que devem ser abordados na abertura do pregão presencial, como
visto antes, o pregoeiro deve buscar adequar o formato de tal abertura ao seu estilo
pessoal. Alguns pregoeiros preferem usar a forma tradicional de exposição; entretan-
to, nem todos se sentem à vontade para falar em público.
Para driblar essa dificuldade, é possível adotar algumas medidas alternativas, como,
por exemplo, preparar uma projeção com tópicos a serem tratados. Assim, o prego-
eiro pode guiar-se pelos tópicos sem se perder em sua apresentação. Outra medida
eficaz é elaborar um resumo escrito, que pode servir de guia durante a explanação.
Para evitar transparecer nervosismo, esse resumo pode ficar apoiado sobre a mesa.
Posturas e Gestos
Alguns gestos são universalmente conhecidos; outros são reconhecidos num nível
local ou por um grupo de pessoas. Esticar o polegar para cima mantendo os outros
dedos flexionados equivale, em alguns países, a um sinal afirmativo, expressando
concordância; em outros, são considerados gestos obscenos. O uso e o costume
permitem a utilização desses gestos como recursos comunicativos.
O pregão não deve ser equiparado a uma palestra, por exemplo. Por isso, o pregoei-
ro não precisa ficar o tempo todo em pé. Porém, quando estiver nessa posição e
dando uma explicação ou fazendo uma explanação, o pregoeiro deve manter uma
postura ereta, com as pernas ligeiramente afastadas e ombros relaxados, distribuin-
do o peso do corpo uniformemente.
Quando sentado, o pregoeiro deve buscar uma postura adequada à coluna, encos-
tando completamente a coluna no espaldar da cadeira. Mesmo nas interrupções dos
trabalhos, deve cuidar-se da postura. As atitudes de sentar-se sobre mesas ou de-
bruçar-se sobre a mesa com as costas viradas para o público são posturas desagra-
dáveis e devem ser evitadas.
os ombros, ou mostrar as palmas das mãos é uma forma mais sutil, porém muito
mais eficaz para acompanhar nossa decepção quanto ao preço apresentado.
Manter contato visual com nosso interlocutor, em uma comunicação face a face, é
crucial para demonstrar abertura para o diálogo e atenção à conversa. O contato
visual demonstra que estamos “por inteiro” na conversa.
Sorria
• roupas sóbrias traduzem maior formalismo e menor intimidade. Não há uma re-
ceita certa sobre qual o tipo ideal de roupa a ser utilizado. O importante é que,
além de confortável, esteja de acordo com a ocasião, evitando-se os excessos,
como decote avantajado, camisa desabotoada, saia muito curta, cores berrantes
etc.;
• acessórios em excesso devem ser evitados, até porque podem prejudicar fisica-
mente a comunicação; cintos apertados, por exemplo, prendem o diafragma, difi-
cultando a vibração das cordas vocais e gargantilhas ou colares pesados dificul-
tam a respiração e a modulação da voz. Quando em excesso, acessórios podem
desviar a atenção de nosso interlocutor;
Territorialidade
Não se sabe com exatidão quanto espaço cada pessoa necessita, já que é uma es-
pécie de “aura” que se expande e se contrai constantemente, conforme nos aproxi-
mamos ou nos afastamos das outras pessoas. O importante é estar consciente da
importância e do respeito a esse espaço, bem como do que ocorre a qualquer pes-
soa quando o seu território é ameaçado ou invadido.
Compreendendo a Raiva
A raiva surge como resposta a uma frustração muito profunda ou como reação ins-
tintiva a uma agressão, real ou imaginária. É irrelevante que a agressão tenha existi-
do ou não, pois o que importa é que um dos interlocutores tenha entendido uma
situação como agressiva.
Reconheça a Raiva
Administre os Sintomas
Seja Pragmático
sultando num efeito paralisante. A melhor forma de lidar com o medo e a inseguran-
ça é trazer esses fantasmas à luz da consciência, isto é, exercitar o autoconheci-
mento e reconhecer nossas limitações e nossas competências.
Capacite-se
Ambiente-se
Por fim, a própria legislação prevê a possibilidade de erro e os remédios para quan-
do ocorrerem; por isso, há a possibilidade de recurso administrativo e o aproveita-
mento de fases, caso o recurso seja impetrado e aceito.
Trabalhe a Auto-imagem
Desenvolva a Auto-estima
Pessoas com sólida auto-estima: a) são confiantes, sem serem presunçosas; b) são
capazes de receber críticas; c) aceitam que podem aprender por meio dos erros e
que, em algumas circunstâncias, os erros são inevitáveis; d) são seguras de si e não
recusam ajuda dos outros; e) não fazem críticas destrutivas, nem procuram inferiori-
zar os outros; f) são capazes de rir de si próprias; g) e assumem a responsabilidade
por sua própria felicidade.
A redefinição do papel do Estado, vivenciado a partir da década dos 90, trouxe como
conseqüência a privatização e a desregulamentação de setores inteiros da econo-
mia, fazendo surgir novas oportunidades de negócios. Isso se traduz em novos obje-
tos de contratos, para os quais não se possui uma experiência acumulada, constitu-
indo um desafio a ser enfrentado.
• Utilização de tecnologia
• Licitação sustentável
Igualdade deve ser entendida como o tratamento a iguais na medida de suas igual-
dades. Tratar desiguais com igualdade não é dar tratamento igualitário. Cada vez
mais, a legislação busca reduzir a desigualdade de competição, preservando certos
setores do poderio de organizações gigantescas. Um exemplo é a legislação que
dispensa as micro e pequenas empresas da apresentação de alguns documentos.
Em alguns países, certos tipos e classes de contratos são reservados à disputa en-
tre pequenas empresas, preservando o mercado local.
Outro aspecto relevante, porém até agora não observado, diz respeito à possibilida-
de de acesso aos locais de licitações de pessoas com necessidades especiais. Co-
mo alguém com deficiência visual poderia participar de uma licitação? A legislação,
até o momento, tem-se calado a respeito; entretanto, a ampliação dos direitos civis e
a afirmação da cidadania rapidamente trarão esses assuntos à pauta.
Conclusões
Muitos fatores podem constituir obstáculos para uma comunicação eficaz no pregão
presencial. Neste módulo, buscamos realçar alguns desses fatores, apresentando
sugestões e orientações básicas para solução de possíveis problemas.
Referências Bibliográficas
BERLO, David K.
2002 O Processo de comunicação: introdução à teoria e prática. 4ª ed., Rio de
Janeiro: Fundo de Cultura.
BOOG, Gustavo G.
1995 Manual de treinamento e desenvolvimento. 2ª ed., São Paulo: Makron
Books.
CHIAVENATO, Idalberto
2005 Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações.
2ª ed., Rio de Janeiro: Campus.
POLITO, Reinaldo
2005 Assim é que se fala. 27ª ed., São Paulo: Saraiva.