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2104017 rast Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N° 12,815, DE 5 DE JUNHO DE 2013, Dispde sobre a explorago direta ¢ indireta pela Unido de portos e instalagdes portuéras © sobre as alividades desempenhadas pelos operadores portudrios; altera as Leis, 2 5.025, de 10 de junho de 1966, 10.233, de 5 de junho de 2001, 10.683, de 28 de malo de 2003, 8.719, de 27 de ‘Gonversfio da Medica Proviséria n° $95 ovembro de 1998, © 8.213, de 24 de julho de 1991; revoga as Leis n% 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, @ 11.610, de 12 de dezembro de 2007, ¢ dispositives das Leis n®8 11.314, de 3 de julho de 2006, e 11.518, de 5 de setembro de 2007; ¢ da outras providéneias. Mensagem de vet Requlamenta A PRESIDENTA DA REPUBLICA Faco saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei CAPITULO DEFINIGOES E OBJETIVOS Art. 12 Esta Lei regula a exploragao pela Unio, direta ou indiretamente, dos portos e instalagées portuarias e as atividades desempenhadas pelos operadores portudrios, § 12 A exploragdo indireta do porto organizado e das instalagdes portuérias nele localizadas ocoreré mediante concessao € arrendamento de bem public. § 22 A exploragao indireta das instalagées portuérias localizadas fora da Area do porto organizado ocorreré mediante autorizagéo, nos termos desta Lei. § 38 As concessées, os arrendamentos @ as autorizagées de que trata esta Lei serdo outorgados a pessoa juridica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. ‘Art. 22 Para os fins desta Lei, consideram-se: |= porto organizado: bem piiblico construido e aparelhado para atender a necessidades de navegagao, de movimentacao de passageiros ou de movimentagao e armazenagem de mercadorias, e cujo trafego e operagdes portuarias estejam sob jurisdigdo de autoridade portuaria; II érea do porto organizado: drea delimitada por ato do Poder Executive que compreende as instalagées portudrias a infraestrutura de protegao e de acesso ao porto organizado; IIl_~ instalagao portuéria: instalagao localizada dentro ou fora da area do porto organizado ¢ utiizada om movimentacao de passageiros, em movimentago ou atmazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte aquaviario; IV - terminal de uso privado: instalagao portuaria explorada mediante autorizagao e localizada fora da area do porto corganizado; \V - estagdo de transbordo de cargas: instalago portuéria explorada mediante autorizago, localizada fora da érea do porto organizado e utllizada exclusivamente para operagao de transbordo de mercadorias em embarcacées de navegagao interior ou cabotagem; VI - instalagao portuaria pablica de pequeno porte: instalagao portuaria explorada mediante autorizaco, localizada fora do porto organizado e utilizada em movimentacao de passageiros ou mercadorias em embarcagbes de navegagao interior, ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him 12 2104017 Lraets VII - instalago portuaria de turismo: instalagao portudria explorada mediante arrendamento ou autorizagao e utilizada ‘em embarque, desembarque e transito de passageiros, tripulantes e bagagens, e de insumos para o provimento e abastecimento de embarcagoes de turismo; Vill - (VETADO}: a) (VETADO); b) (VETADO}; 6 ©) (VETADO); IX - concessio: cessdo onerosa do porto organizado, com vistas a administracdo e a exploragdo de sua infraestrutura por prazo determinado; X = delegagao: transferéncia, mediante convénio, da administragéo e da exploragao do porto organizado para Municfpios ou Estados, ou a consércio piblico, nos termos da Lei n° 9.277, de 10 de maio de 1996; XI_- arrendamento: cessao onerosa de Area e infraestrutura pablicas localizadas dentro do porto organizado, para ‘exploracao por prazo determinado; XI - autorizagao: outorga de direito 4 exploragao de instalagao portuaria localizada fora da area do porto organizado e formalizada mediante contrato de adesdo; e XIII - operador portuério: pessoa juridica pré-qualificada para exercer as alividades de movimentagao de passageiros ‘ou movimentagao e armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de transporte aquavidrio, dentro da area do porto organizado. ‘Art. 32 A exploragéo dos portos organizados e instalagSes portuérias, com o objetivo de aumentar a compatitividade © 0 desenvolvimento do Pais, deve seguir as soguintes diretizes | - expanso, modemizagao © otimizagao da infraestrutura © da superestrutura que integram os portos organizados e instalagdes portuarias II - garantia da modicidade e da publicidade das tarifas e pregos praticados no setor, da qualidade da atividade prestada e da efetividade dos direitos dos usuarios: IIL = estimulo & modemizago © ao aprimoramento da gestao dos portos organizados e instalagées portuérias, & valorizago e & qualificagao da mao de obra portudria e a eficiéncia das atividades prestadas; IV - promogao da seguranca da navegagao na entrada e na saida das embarcagdes dos portos; ¢ V ~ estimulo a concorréncia, incentivando a participagao do setor privado e assegurando o amplo acesso aos portos ‘organizados, instalagdes e atividades portuarias. CAPITULO DA EXPLORAGAO DOS PORTOS E INSTALAGOES PORTUARIAS Segao! Da Concessao de Porto Organizado e do Artendamento de Instalagéo Portuaria Art. 42 A concessao e 0 arrendamento de bem piiblico destinado a atividade portuéria serao realizados mediante a celebragao de contrato, sempre precedida de licitagao, em conformidade com o disposto nesta Lei e no seu regulamento. Art, 52 Sao essenciais aos contratos de concessdo e arrendamento as clausulas relativas ~ a0 objeto, a area e ao prazo; II. a0 modo, forma e condigdes da exploragao do porto organizado ou instalago portuéria; Ill - aos eritérios, indicadores, férmulas e parmetros definidores da qualidade da atividade prestada, assim como as metas e prazos para o alcance de determinados niveis de servico; ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him 22 2104017 rast IV - a0 valor do contrato, as tarifas praticadas e aos critérios e procedimentos de revisdo e reajuste; \V - aos investimentos de responsabilidade do contratado; VI- aos direitos e deveres dos usuarios, com as obrigagées correlatas do contratado e as sangées respectivas; VII - as responsabilidades das partes; VIII ~a reversao de bens; IX - aos direitos, garantias e obrigagdes do contratante e do contratado, inclusive os relacionados a necessidades futuras de suplementacao, alteragdo e expansdo da alividade e consequente modemizagao, aperfeigoamento e ampliacao das instalag6 X - & forma de fiscalizaco das instalagées, dos equipamentos © dos métodos e préticas de execugdo das atividades, bem como a indicagao dos érgaos ou entidades competentes para exercé-las; XI - as garantias para adequada execugéio do contrato; XII - a responsabilidade do titular da instalagao portuéria pela inexecugao ou deficiente execugao das atividades; XIII -s hipéteses de extingdo do contrato; XIV - a obrigatoriedade da prestagdo de informagées de interesse do poder concedente, da Agéncia Nacional de ‘Transportes Aquavigtios - ANTAQ e das demais autoridades que aluam no setor portuério, inclusive as de interesse especifico da Defesa Nacional, para efeitos de mobilizagao; XV - @ adogdio e ao cumprimento das medidas de fiscalizagao aduaneira de mercadorias, veiculos e pessoas; XVI - a0 acesso ao porto organizado ou a instalagao portuatia pelo poder concedente, pela Antaq e pelas demais autoridades que atuam no setor portuario; XVII - as penalidades sua forma de aplicagdo; € XVIII «a0 foro § 12 (VETADO), § 22 Findo 0 prazo dos contratos, os bens vinculados & concessao ou ao arrendamento reverteréo ao patrimanio da Unio, na forma prevista no contrato. ‘Art. 62 Nas licitagées dos contratos de concesséo © arrendamento, sero considerados como efitérios para julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de movimentagao, a menor tarifa ou o menor tempo do movimentagao de carga, e outros estabelecidos no edita, na forma do regulamento. § 12 As licitagées de que trata este artigo poderdo ser realizadas na modalidade lelléo, conforme regulamento. § 22 Compete a Antag, com base nas diretrizes do poder concedente, realizar os procedimentos licitatérios de que trata este artigo. § 32 Os editais das licitagées de que trata este artigo serdo elaborados pela Antag, observadas as diretrizes do poder concedente, § 42 (VETADO). § 52 Sem prejuizo das diretrizes previstas no art. 38, 0 poder concedente poderd determinar a transferéncia das competéncias de elaboragao do edital ¢ a realiza¢o dos procedimentos licitatérios de que trata este artigo & Administracao 40 Porto, delegado ou néo § 6 © poder concedente poder autorizar, mediante requerimento do atrendatério, na forma do regulamento, expansao da area arrendada para area contigua dentro da poligonal do porto organizado, sempre que a medida trouxer comprovadamente eficiéncla na operagao portuaria. ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him a2 2104017 rast Art. 72 A Antag poderd disciplinar a utiizagao em cardter excepcional, por qualquer interessado, de instalagdes portuérias arrendadas ou exploradas pela concessiondria, assegurada a remuneragao adequada ao titular do contrato. Segao Il Da Autorizagao de Instalagées Portuarias Art. 8 Serdo exploradas mediante autorizagao, precedida de chamada ou aniincio pablicos ¢, quando for 0 caso, processo seletivo piblico, as instalagSes portudrias localizadas fora da area do porto organizado, compreendendo as seguintes modalidades: | = terminal de uso privado; II estagao de transbordo de carga; IIl-instalagao portuaria piblica de pequeno porte; IV - instalagdo portuéria de turismo; V- (VETADO). § 12 A autorizagdo seré formalizada por meio de contrato de adeséo, que conteré as cléusulas essenciais previstas no caput do art. 62, com excegéio daquelas previstas em seus incisos IV e VI § 2 A autotizacao de instalagéo portuaria teré prazo de até 25 (vinte @ cinco) anos, prorrogavel por periodos sucessivos, desde que: ~ a atividade portudria seja mantida; © I~ 0 autorizatario promova 0s investimentos necessérios para a expanséo e modemizagao das instalagdes portuérias, na forma do regulamento, § 32 A Antag adotara as medidas para assegurar 0 cumprimento dos cronogramas de investimento previstos nas autorizagées e poderd exigir garantias ou aplicar sangées, inclusive a cassagao da autorizagao. § 42 (VETADO). Art. 92 Os interessados em obter a autorizago de instalagdo portuéria poderéo requeré-la & Antaq a qualquer tempo, na forma do regulamento, § 12 Recebido 0 requerimento de autorizagao de instalagdo portudria, a Antag deveré = publicar 0 extrato do requerimento, inclusive na internet; & II promover a abertura de processo de aniincio pilblico, com prazo de 30 (trinta) dias, para identificar a existéncia de ‘outros interessados na obtengdo de autorizagao de instalagao portudria na mesma ‘regido e com caracteristicas semelhantes. § 22 (VETADO). § 32 (VETADO). Art, 10, © poder concedente poderd determinar & Antag, a qualquer momento e em consondncia com as diretrizes do planejamento e das politicas do setor portudrio, a abertura de processo de chamada piblica para identificar a existéncia de interessados na obtengao de autorizagao de instalagao portuaria, na forma do regulamento e observado 0 prazo previsto no inciso Il do § 12 do ar. $2. Art. 11. © instrumento da abertura de chamada ou andncio pablico indicara obrigatoriamente os seguintes parémetros: a regiao geografica na qual sera implantada a instalagao portuaria; ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him 423 2104017 rast II 0 peril das cargas a serem movimentadas; & Ill - 2 estimativa do volume de cargas ou de passageiros a ser movimentado nas instalagdes portuarias. Pardgrafo dnico. © interessado em autorizacao de instalagdo portudria deverd apresentar titulo de propriedade, inscrig&o de ocupagao, certidéo de aforamento, cessao de direito real ou outro instrumento juridico que assegure o direito de uso e fruigdo do respectivo terreno, além de outros documentos previstos no instrumento de abertura Art. 12. Encerrado 0 processo de chamada ou antincio piblico, 0 poder concedente deverd analisar a viabilidade locacional das propostas © sua adequagao as diretrizes do planejamento © das politicas do setor portuario. § 12 Observado o disposto no regulamento, poderdo ser expedidas diretamente as autorizagGes de instalagao portuaria quando: 0 processo de chamada ou aniincio piiblico seja concluido com a participagao de um tinico interessado; ou I~ havendo mais de uma proposta, néo haja impedimento locacional 4 implantagao de todas elas de maneira concomitante. § 22 Havendo mais de uma proposta e impedimento locacional que inviabilize sua implantagéo de maneira concomitante, a Antaq devera promover processo seletivo piiblico, observades os principios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia § 32 0 processo seletivo pubblico de que trata o § 22 atenderd ao disposto no regulamento e considerard como critério de julgamento, de forma isolada ou combinada, a maior capacidade de movimentagao, a menor tarifa ou o menor tempo de movimentagao de carga, e outros estabelecidos no edital § 42 Em qualquer caso, somente poderdo ser autorizadas as instalagdes portuarias compativeis com as diretrizes do planejamento e das politicas do setor portuario, na forma do caput. Art. 13. A Antag poder disciplinar as condigbes de acesso, por qualquer interessado, em cardter excepcional, as instalagdes portudrias autorizadas, assegurada remuneracdo adequada ao titular da autorizacéo. Sogdo II Dos Requisitos para a Instalagao dos Portos e Instalagdes Portudrias ‘Art. 14. A celebragao do contrato de concessao ou arrendamento e a expedi¢ao de autorizacao serao precedidas de: ~ consulta a autoridade aduaneira; II consulta ao respectivo poder piblico municipal; e IIL - emissao, pelo érg&o licenciador, do termo de referéncia para os estudos ambientais com vistas ao licenciamento. Segao IV Da Definigéio da Area de Porto Organizado Art. 15. Ato do Presidente da Repilblica dispora sobre a defini¢do da area dos portos organizados, a partir de proposta da Secretaria de Portos da Presidéncia da Repiblica, Pardgrafo tnico. A delimitagéio da area devera considerar a adequaco dos acessos maritimos e terrestres, os ganhos de eficiéncia e competitividade decorrente da escala das operag6es e as instalagées portudrias ja existentes CAPITULO IIL DO PODER CONCEDENTE Att. 16. Ao poder concedente compete: ~ elaborar o planejamento setorial em conformidade com as politicas e diretrizes de logistica integrada: ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him 52 2104017 rast Il - definir as diretrizes para a realizagao dos procedimentos licitatérios, das chamadas puiblicas e dos processos seletivos de que trata esta Lei, inclusive para os respectivos editais e instrumentos convocatérios; IIL - celebrar os contratos de concessao e arrendamento e expedir as autorizagdes de instalagao portuatia, devendo a ‘Antag fiscalizé-los em conformidade com o disposto na Lei n® 10.233, de 5 de junho de 2001; IV - estabelecer as normas, os critérios e os procedimentos para a pré-qualificagdo dos operadores portuérios. § 12 Para os fins do disposto nesta Lei, o poder concedente poderd celebrar convénios ou instrumentos congéneres de cooperago técnica e administrativa com érgaos e entidades da administragdo pilblica federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, inclusive com repasse de recursos. § 22 No exercicio da competéncia prevista no inciso I! do caput, o poder concedente deverd ouvir previamente a Agéncia Nacional do Petréleo, Gas Natural e Biocombustiveis sempre que a licitagao, a chamada piiblica ou o processo seletivo envolver instalagdes portudrias voltadas & movimentagao de petréleo, gés natural, seus derivados @ biocombustiveis. CAPITULO IV DA ADMINISTRACAO DO PORTO ORGANIZADO- Segao! Das Competéncias Art. 17. A administragdo do porto 6 exercida diretamente pela Unido, pela delegataria ou pela entidade ‘concessionéria do porto organizado. § 12 Compete & administragao do porto organizado, denominada autoridade portuéria’ ~ cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de concessao; 4 navegagao; assegurar 0 gozo das vantagens decorrentes do melhoramento e aparelhamento do porto ao comércio © & IIL - pré-qualificar os operadores portudrios, de acordo com as normas estabelecidas pelo poder concedente; IV - arrecadar os valores das tarifas relativas as suas atividades; \V - fiscalizar ou executar as obras de construgdo, reforma, amplia¢o, melhoramento e conservacdo das instalages portuérias: V1 fscalizer a operapSo portute,zelando pela realizendo des atviads com requried, eficiéncia,seguranga © respeito ao meio ambiente; VII- promover a remogaio de embarcagées ou cascos de embarcagées que possam prejudicar o acesso ao porto: VIII autorizar a entrada e saida, inclusive atracagao e desatracagao, 0 fundeio e 0 trafego de embarcagao na area do porto, ouvidas as demais autoridades do porto; IX - autorizar a movimentagao de carga das embarcagées, ressalvada a competéncia da autoridade maritima em situagdes de assisténcia e salvamento de embarcago, ouvidas as demais autoridades do porto; X + suspender operagées portuérias que prejudiquem o funcionamento do porto, ressalvados os aspectos de interasse a autoridade maritima responsavel pela seguranca do trafego aquavirio; XI - reportar infragGes © representar perante a Antag, visando & instauragao de processo administrative e aplicagao {das penalidades previstas em lei, em regulamento e nos contratos; XII adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades no porto; XIII - prestar apoio técnico @ administrative ao conselho de autoridade portudria e ao érgdo de gestéo de mao de obra; ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him 62 2104017 rast XIV - estabelecer 0 horério de funcionamento do porto, observadas as diretrizes da Secretaria de Portos da Presidéncia da Republica, e as joradas de trabalho no cais de uso ptilico; XV - organizar a guarda portuaria, em conformidade com a regulamentagao expedida pelo poder concedente. § 22 A autoridade portudria elaborard e submeterd a aprovagao da Secretaria de Portos da Presidéncia da Repiblica © respective Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto. § 32 0 disposto nos incisos IX ¢ X do § 12 ndo se aplica a embarcagao militar que néo esteja praticando comércio, § 42 A autoridade maritima responsével pola seguranga do tréfego pode intervir para assegurar aos navios da Marinha do Brasil a prioridade para atracagao no porto. § 52 (VETADO), Art. 18. Dentro dos limites da érea do porto organizado, compete & administragao do porto: ~ sob coordenagao da autoridade maritima: a) estabelecer, manter e operar o balizamento do canal de acesso e da bacia de evolugdo do porto; b) delimitar as dreas de fundeadouro, de fundeio para carga e descarga, de inspecdo sanitaria e de policia maritima; ) delimitar as areas destinadas a navios de guerra e submarinos, plataformas e demais embarcagées especiais, navios em reparo ou aguardando atracago navios com cargas inflamaveis ou explosivas; d) estabelecer e divulgar o calado maximo de operagao dos navios, em fungao dos levantamentos batimétricos efetuados sob sua responsabilidade; e €) estabelecer e divulgar o porte bruto maximo e as dimensdes maximas dos navios que trafegarao, em fungéo das limitagdes e caracteristicas fisicas do cals do porto; II. sob coordenagao da autoridade aduaneira a) delimitar a area de alfandegamento; © b) organizar e sinalizar 0s fluxos de mercadorias, veiculos, unidades de cargas e de pessoas. Art. 19. A administragao do porto poderd, a oritério do poder concedente, explorar direta ou indiretamente areas néo afetas as operagées portuérias, observado o disposto no respectivo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto, Pardgrafo nico. O disposto no caput no afasta a aplicacao das normas de licitagao e contratagéo publica quando a administrago do porte for exercida por érgo ou entidade sob controle estatal. ‘Art. 20. Serd instituido em cada porto organizado um conselho de autoridade portuéria, érgtio consultive da ‘administragao do port. § 12 O regulamento dispord sobre as atribuigdes, o funcionamento © a composi¢ao dos conselhos de autoridade portuéria, assegurada a participacao de representantes da classe empresarial, dos trabalhadores portudrios e do poder pulico. § 22 A representagao da classe empresarial e dos trabalhadores no conselho a que alude 0 caput sera paritaria, § 32 A distribuigdo das vagas no conselho a que alude o caput observara a seguinte proporgao: ~ 50% (cinquenta por cento) de representantes do poder ptiblico; II. 25% (vinte e cinco por cento) de representantes da classe empresarial; IIL - 25% (vinte e cinco por cento) de representantes da classe trabalhadora. Art. 21. Fica assegurada a participagao de um representante da classe empresarial e outro da classe trabalhadora no conselho de administrago ou érgao equivalente da administragao do porto, quando se tratar de entidade sob controle ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him 72 2104017 rast cestatal, na forma do regulamento. Pardgrafo Unico, A indicagdo dos representantes das classes empresarial e trabalhadora a que alude o caput serd feita pelos respectivos representantes no conselho de autoridade portuaria, Art. 22. A Secretaria de Portos da Presidéncia da Repiiblica coordenaré a atuacdo integrada dos érgaos e entidades piblicos nos portos organizades e instalagées portudrias, com a finalidade de garantir a eficiéncia e a qualidade de suas atividades, nos termos do regulamento, Segao Il Da Administragéo Aduaneira nos Portos Organizados e nas Instalagdes Portudrias Alfandegadas Art. 23. A entrada ou a saida de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas somente poderd efetuar-se ‘em portos ou instalagées portuérias alfandegados, Pardgrafo Unico. O alfandegamento de portos organizados @ instalagdes portudrias destinados a movimentagéio & ‘armazenagem de mercadorias importadas ou exportago sera efetuado apés cumprides os requisitos provistos na legisiagao especifica, Art. 24, Compete ao Ministério da Fazenda, por intermédio das reparticSes aduaneiras |= cumprir © fazer cumprir a legislagéo que regula a entrada, a permanéncia e a salda de quaisquer bens ou mercadorias do Pals; Il = fiscalizar a entrada, a permanéncia, a movimentacdo e a saida de pessoas, veiculos, unidades de carga mercadorias, sem prejuizo das atribuigdes das outras autoridades no porto; Ill - exercer a vigilancia aduaneira e reprimir 0 contrabando @ o descaminho, sem prejuizo das atribuigdes de outros érgaos; IV - arrecadar os tributos incidentes sobre o comércio exterior; \V - proceder ao despacho aduaneiro na importagao e na exportacéo; VI proceder & apreensdio de mercadoria em situaco irregular, nos termos da legislago fiscal; VII - autorizar a remogao de mercadorias da area portuatia para outros locais, alfandegados ou no, nos casos © na forma prevista na legislagao aduaneira; VIII - administrar a aplicagao de regimes suspensivos, exonerativos ou devolutivos de tributos as mercadorias importadas ou a exportar; IX - assegurar o cumprimento de tratados, acordos ou convengées intemacionais no plano aduaneiro; & X + zelar pela observancia da legislagao aduaneira ¢ pela defesa dos interesses fazendarios nacionais. § 12 No exercicio de suas alribuigées, a autoridade aduancira terd livre acesso a quaisquer dependéncias do porto ou instalagao portuaria, as embarcagées atracadas ou nao @ aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. § 22 No exercicio de suas atribuigdes, a autoridade aduancira poderé, sempre que julgar necessério, requisitar documentos @ informages @ 0 apoio de forga publica federal, estadual ou municipal CAPITULO V DA OPERAGAO PORTUARIA Art. 25. A pré-qualificagao do operador portuario serd efetuada perante a administragao do porto, conforme normas estabelecidas pelo poder concedente. rosa. (hs camas de proqaliicagéo devem obedecer aos pinipios da legaldade, impessoaldade, moralidae, publicidade e eficiéncia. ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him a2 2104017 rast § 22 A administragao do porto tera prazo de 30 (trinta) dias, contado do pedido do interessado, para decidir sobre a pré-qualificaga § 32 Em caso de indeferimento do pedido mencionado no § 22, caberd recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, dirigido 4 Secretaria de Portos da Presidéncia da Repiiblica, que deverd aprecié-lo no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do regulamento, § 42 Considera-se pré-qualificada como operador portuério a administragéo do porto. ‘Art. 26. O operador portuério responderd perante: | +a administragao do porto pelos danos culposamente causados @ infraestrutura, as instalagdes © ao equipamento de que a administragéio do porto seja titular, que se encontre a seu servico ou sob sua guarda; II - 0 proprietério ou consignatario da mercadoria pelas perdas e danos que ocorrerem durante as operagdes que realizar ou em decorréncia delas; II armador pelas avarias ocorrdas na embarcagéo ou na mercadoria dada a transporte; IV - 0 trabalhador portudrio pela remuneragéo dos servigas prestados e respectivos encargos; \ - 0 érgio local de gestdo de mao de obra do trabalho avulso pelas contribuigées néo recolhidas; I-08 érgios competentes pelo recolhimento dos tributes incidentes sobre o trabalho portuario avulso; © VII - a autoridade aduaneira pelas mercadorias sujeitas a controle aduaneiro, no periodo em que Ihe estejam confiadas ou quando tenha controle ou uso exclusivo de area onde se encontrem depositadas ou devam transitar, Pardgrafo nico. Compete administrago do porto responder pelas mercadorias a que se referem os incisos Ile VII do caput quando estiverem em 4rea por ela controlada e apés o seu recebimento, conforme definido pelo regulamento de exploragao do porto. ‘Art. 27. As atividades do operador portuario estéo sujeitas as normas estabelecidas pela Antaq, § 12 0 oporador portuairio 6 titular e responsdvel pela coordenagao das operagdes portuarias que efetuar. § 22 A atividade de movimentagéo de carga a bordo da embarcagio deve ser executada de acordo com a instrugio de seu comandante ou de seus prepostos, responsaveis pela seguranga da embarcacao nas atividades de arumagao ou retirada da carga, quanto a seguranga da embarcacao. Art. 28. £ dispensavel a intervengao de operadores portuarios em operagées: |. que, por seus métodos de manipulagao, suas caracteristicas de aulomacao ou mecanizagao, no requeiram a utilizagdo de mao de obra ou possam ser executadas exclusivamente pela tripulagdo das embarcagées; Il de embarcagées empregadas: a) om obras de servigos publicos nas vias aquaticas do Pais, executadas direta ou indiretamente pelo poder piiblico; b) no transporte de géneros de pequena lavoura e da pesca, para abastecer mercados de Ambito municipal; ) na navegagao interior e auxiliar; d) no transporte de mercadorias liquidas a granel; & @) no transporte de mercadorias sélidas a granel, quando a carga ou descarga for feita por aparelhos mecénicos automaticos, salvo quanto as atividades de rechego; IIL -relativas movimentagao de: a) cargas em area sob controle militar, quando realizadas por pessoal militar ou vinculado a organizagao militar, b) materiais por estaleiros de construgao e reparagao naval, ¢ ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him 92 2104017 rast ©) pegas sobressalentes, material de bordo, mantimentos e abastecimento de embarcagées; & IV - relativas ao abastecimento de aguada, combustivels e lubrificantes para a navegacao. Pardgrafo nico. (VETADO) ‘Art. 29. As cooperativas formadas por trabalhadores portuarios avulsos, registrados de acordo com esta Lei, paderdo ‘estabelecer-se como operadores portuarios. Art. 30. A operagao portuaria em instalagdes localizadas fora da area do porto organizado sera disciplinada pelo titular da respectiva autorizacao, observadas as normas estabelecidas pelas autoridades maritima, aduaneira, sanitaria, de satide e de policia maritima. Art. 31. © disposto nesta Lei ndo prejudica a aplicago das demais normas referentes ao transporte maritimo, inclusive as decorrentes de convengées intemacionais ralficadas, enquanto vincularem internacionalmente o Pals. CAPITULO VI DO TRABALHO PORTUARIO Art. 32. Os operadores portuarios devem constituir em cada porto organizaco um érgao de gestdo de mao de obra do trabalho portuério, destinado a: - administrar o fornecimento da mao de obra do trabalhador portuario e do trabalhador portuério avulso; II. manter, com exclusividade, 0 cadastro do trabalhador portuario e o registro do trabalhador portuério avulso; IIL -treinar e habiltar profissionalmente o trabalhador portuario, inscrevendo-o no cadastro; IV - selecionar e registrar o trabalhador portuario avulso: V - estabelecer 0 nimero de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuario avulso; VI - expedir os documentos de identificagao do trabalhador portuario; e VII - arrecadar e repassar aos beneficiérios os valores devidos pelos operadores portuatios relatives & remuneragao do trabalhador portuario avulso e aos correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciarios. Pardgrato dnico. Caso celebrado contrato, acordo ou convengao coletiva de trabalho entre trabalhadores © tommadores de servigos, 0 disposto no instrumento precederd o érgao gestor e dispensard sua intervengao nas relagdes entre capital @ trabalho no porto, Art. 33. Compete ao érgo de gestdo de mao de obra do trabalho portudrio avulso: | + aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em lel, contrato, convengdo ou acorde coletivo de trabalho, no caso de transgressdo disciplinar, as seguintes penalidades: a) repreenso verbal ou por escrito: b) suspensao do registro pelo periodo de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; ou c) cancelamento do registro I promover: a) a formagao profissional do trabalhador portudrio © do trabalhador portudrio avulso, adequando-a aos moderos processos de movimentagao de carga e de operasao de aparelhos © equipamentos portuarios; b) 0 treinamento muttfuncional do trabalhador portuario e do trabalhador portuario avulso; & ©) a ctiagao de programas de realocagao e de cancelamento do registro, sem 6nus para o trabalhador; Ill - arrecadar @ repassar aos beneficiarios contribuigées destinadas a incentivar o cancelamento do registro @ a aposentadoria voluntatia; ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LetL12815.him 021 2104017 rast IV - arrecadar as contribuigdes destinadas ao custeio do érgéo; V - zelar pelas normas de saiide, higiene e seguranga no trabalho portuatio avulso; & VI - submeter & administragéo do porto propostas para aprimoramento da operago portudria valorizagao econémica do porto. § 12 0 drgio néo responde por prejulzos causados pelos trabalhadores portudrios avulsos aos tomadores dos seus servigos ou a terceiros. § 22. 0 érgo responde, solidariamente com os operadores portudrios, pela remuneragio devida ao trabalhador portuério avulso e polas indenizagées decorrentes de acidente de trabalho. § 32 0 érgio pode exigir dos operadores portudrios garantia prévia dos respectivos pagamentos, para atender a requisigao de trabalhadores portuérios avulsos. § 42 As matérias constantes nas alineas a @ b do inciso II deste artigo serdo discutidas em forum permanente, composto, em cardter paritario, por representantes do govemo e da sociedade civil. § 52 A representagao da sociedade civil no forum previsto no § 42 sera paritaria entre trabalhadores © empresérios, Art. 34, O exercicio das atribuigées previstas nos arts, 32 © 33 pelo 6rgao de gesto de mao de obra do trabalho portuério avulso néo implica vinculo empregaticio com trabalhador portuério avulso. ‘Art. 35. © érgdio de gestéio de mio de obra pode ceder trabalhador portuério avulso, em cardter permanente, a0 ‘operador portuatio. Art. 36, A gestdo da mao de obra do trabalho portuario avulso deve observar as normas do contrat, convengao ou acordo coletivo de trabalho, Art. 37. Deve ser constituida, no Ambito do érgéo de gestéo de mao de obra, comissao paritéria para solucionar litigios decorrentes da aplicagao do disposto nos arts. 32, 33 e 35, § 12 Em caso de impasse, as partes devem recorrer a arbitragem de ofertas finais. § 22 Firmado 0 compromisso arbitral, nao sera admitida a desisténcia de qualquer das partes. § 32 Os arbitros devem ser escolhidos de comum acordo entre as partes, e 0 laudo arbitral proferido para solugéo da pendéncia constitui titulo executivo extrajudicial. § 42 As acdes relativas aos créditos decorrentes da relagdo de trabalho avulso prescrevem em 5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos apés 0 cancelamento do registro ou do cadastro no érgdo gestor de mao de obra, ‘Art. 38. © érgio de gestéo de mao de obra teré obrigatoriamente 1 (um) conselho de supervisio e 1 (uma) diretoria executiva § 12 0 conselho de supervisdo sera composto por 3 (trés) membros titulares © seus suplentes, indicados na forma do regulamento, e teré como competéncia: - deliberar sobre a matéria contida no inciso V do caput do art, 32; Il editar as normas a que se refere o art. 42; Ill. fiscalizar a gestao dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros © papéis do érgao e solicitar informacées sobre quaisquer atos praticados pelos diretores ou seus prepostos. § 22 A diretoria executiva sera composta por 1 (um) ou mais diretoras, designados e destituiveis na forma do regulamento, cujo prazo de gestdo sera de 3 (trés) anos, permitida a redesignagao. § 32 Até 1/3 (um tergo) dos membros do conselho de supervisdo poderd ser designado para cargos de diretores. ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him wes 2104017 rast § 42 No siléncio do estatuto ou contrato social, competira a qualquer diretor a representacao do érgao © a pratica dos atos necessérios ao seu funcionamento regular, Art. 39. 0 6rgdo de gestao de mao de obra é reputado de utiidade piblica, sendo-Ihe vedado ter fins Iucrativos, prestar servicos a tercelros ou exercer qualquer alividade ndo vinculada & gesto de mo de obra, ‘Art. 40. 0 trabalho portuério de capatazia, estiva, conferéncia de carga, conserto de carga, bloco e vigiléncia de embarcagées, nos portos organizados, sera realizado por trabalhadores portudrios com vinculo empregaticio por prazo indeterminado e por trabalhadores portuarios avulsos. § 12 Para os fins desta Lei, consideram-se: | - capatazia: atividade de movimentagao de mercadorias nas instalagdes dentro do porto, compreendendo o recebimento, conferéncia, transporte intemo, abertura de volumes para a conferéncia aduaneira, manipulagao, arumagao e entrega, bem como o carregamento e descarga de embarcag6es, quando efetuados por aparelhamento portuario; Il - estiva: atividade de movimentago de mercadorlas nos conveses ou nos pordes das embarcagées principals ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumagao, peacdo e despeacao, bem como o caregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de bordo; Ill - conferéncia de carga: contagem de volumes, anotagao de suas caracteristicas, procedéncia ou destino, verificagao do estado das mercadorias, assisténcia 4 pesagem, conferéncia do manifesto © demais servigos correlatos, nas ‘operacdes de carregamento e descarga de embarcagoes: IV - conserto de carga: reparo e restauragdo das embalagens de mercadorias, nas operagdes de carregamento descarga de embarcagées, reembalagem, marcagao, remarcagao, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposigao; V - vigilancia de embarcagées: atividade de fiscalizagao da entrada e salda de pessoas a bordo das embarcagées atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentago de mercadorias nos portalés, rampas, porées, conveses, plataformas e em outros locais da embarcaco; VI - bloco: atividade de limpeza e conservacao de embarcagdes mercantes @ de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e servicos correlatos. § 22 A contratagao de trabalhadores portuarios de capatazia, bloco, estiva, conferéncia de carga, conserto de carga @ vigilancia de embarcagées com vinculo empregaticio por prazo indeterminado sera feita exclusivamente dentre trabalhadores portuérios avulsos registrados. § 32 0 operador portuario, nas atividades a que alude 0 caput, ndo podera locar ou tomar mao de obra sob 0 regime {de trabalho tempordrio de que trata a Lei n® 6.019, de 3 de janeiro de 1974, § 42 As categorias previstas no caput constituem categorias profissionais diferenciadas, Art. 41. © érgdo de gestdo de mao de obra: | - organizaré e manteré cadastro de trabalhadores portuarios habilitados ao desempenho das atividades referidas no § 12 do art. 40; & I1- organizaré e manteré o registro dos trabalhadores porturios avulsos. § 12 A inscrigéio no cadastro do trabalhador portudrio dependera exclusivamente de prévia habiltagao profissional do trabalhador interessado, mediante treinamento realizado em entidade indicada pelo érgao de gestao de mao de obra § 22 0 ingresso no registro do trabalhador portuério avulso depende de prévia selegao e inscri¢ao no cadastro de que trata o inciso | do caput, obedecidas a disponibilidade de vagas e a ordem cronolégica de inscricao no cadastro, § 32 A inscrigao no cadastro e 0 registro do trabalhador portuadrio extinguem-se por morte ou cancelamento, Art, 42. A selegdo e 0 registro do trabalhador portuario avulso serdo feitos pelo drgéo de gestéo de mao de obra avulsa, de acordo com as normas estabelecidas em contrato, convencdo ou acordo coletivo de trabalho. ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him 221 2104017 rast Art. 43, A remuneragao, a definigao das funges, a composi¢ae dos temos, a multifuncionalidade e as demais condigdes do trabalho avulso sero objeto de negociagao entre as entidades representativas dos trabalhadores portuarios avulsos e dos operadores portuarios. Pardgrafo Gnico. A negociagéo prevista no caput contemplaré a garantia de renda minima inserida no item 2 do ‘Artigo 2 da Convengao n® 137 da Organizago Internacional do Trabalho - OIT. At. 44, E facultada aos titulares de instalagées portuérias sujeltas a regime de autorizagéo a contratagdo de trabalhadores a prazo indeterminado, observado o disposto no contrato, convengao ou acordo coletvo de trabalho. Art. 45, (VETADO), CAPITULO VII DAS INFRAGOES E PENALIDADES ‘Art. 46. Constitu infrago toda ago ou omissao, voluntéria ou involuntéria, que importe em: - realizagao de operagées portudrias com infringéncia ao disposto nesta Lei ou com inobservancia dos regulamentos: do porto; Il - recusa injustificada, por parte do érgao de gesto de mao de obra, da distribuigao de trabalhadores a qualquer ‘operador portuario; ou IIL - utiizagao de terrenos, area, equipamentos e instalagGes portuérias, dentro ou fora do porto organizado, com desvio de finalidade ou com desrespeito a lei ou aos regulamentos. Pardgrafo unico. Responde pela infrago, conjunta ou isoladamente, qualquer pessoa fisica ou juridica que, intervindo na operago portuéria, concorra para Sua pratica ou dela se beneficie. Art. 47. As infragdes estdo sujeitas as seguintes penas, aplicavels separada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta | -adverténcia; = mutta; IIL - proibigao de ingresso na area do porto por periodo de 30 (trinta) a 180 (cento e oitenta) dias; IV - suspenséo da atividade de operador portudrio, pelo periodo de 30 (trinta) a 180 (cento e oltenta) dias; ou V - cancelamento do credenciamento do operador portuario, Pardgrafo Unico. Sem prejuizo do disposto nesta Lei, aplicam-se subsidiariamente as infragdes previstas no art. 46 as penalidades estabelecidas na Lel n° 10.233, de 5 de junho de 2001, separada ou cumulativamente, de acordo com a ‘gravidade da falta ‘Art. 48, Apurada, no mesmo proceso, a pratica de 2 (duas) ou mais infragées pela mesma pessoa fisica ou juridica, aplicam-se cumulativamente as penas a elas cominadas, se as infragées néo forem idénticas. eagic2g Stt? runidos em um nico processo os dversos autos ou representaySes de inraydo contuada, para aplicagao da pena. § 22 Serdo consideradas continuadas as infragdes quando se tratar de repeti¢ao de falta ainda nao apurada ou objeto do proceso, de cuja instauragao 0 infrator nao tenha conhecimento, por meio de intimagao, Art. 49, Na falta de pagamento de muita no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciéncia pelo infrator da decisao final ‘que impuser a penalidade, sera realizado processo de execugao. ‘Art. 50. As importncias pecuniarias resultantes da aplicagdo das multas previstas nesta Lei reverterdo para a ‘Antag, na forma do inciso V do caput do art, 77 da Lei n® 10.233, de § de junho de 2001 ‘Art. 51. descumprimento do disposto nos arts. 36, 39 42 desta Lei sujeitard o infrator & multa prevista no inciso | o.att. 10 da Lein® 9.719, de 27 de novemibro de 1998, sem_prejulzo das demais sangées cabiveis. ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him raz 2104017 rast Art. 52. O descumprimento do disposto no caput e no § 3° do art. 40 desta Lei sujeitard o infrator a multa prevista no inciso Ill do art, 10 da Lei n® 9,719, de 27 de novembro de 1998, sem prejuizo das demais sancées cabiveis. CAPITULO Vi DO PROGRAMA NACIONAL DE DRAGAGEM PORTUARIA E HIDROVIARIA II ‘Art. 53. Fica instituido © Programa Nacional de Dragagem Portuaria e Hidroviarla ll, a ser implantado pela Secretaria de Portos da Presidéncia da Repiblica e pelo Ministério dos Transportes, nas respectivas areas de atuagao. § 12 © Programa de que trata o caput abrange, dentre outras atividades: | -as obras e servigos de engenharia de dragagem para manutengao ou ampliagao de areas portudrias @ de hidrovias, inclusive canais de navegagao, bacias de evolugao e de fundeio, @ bergos de atracagao, compreendendo a remogao do material submerso e a escavagao ou derrocamento do leito; II 0 servigo de sinalizagao ¢ balizamento, incluindo a aquisi¢&0, instalagdo, reposigéo, manutengdo e modemizago de sinais nduticos e equipamentos necessérias as hidrovias e ao acesso aos portos e terminais portuérios; IIL - 0 monitoramento ambiental; © IV - 0 gerenciamento da execugao dos servigos e obras. § 22 Para fins do Programa de que trata o caput, consideram-se: | - dragagem: obra ou servigo de engenharia que consiste na limpeza, desobstrugao, remogao, derrocamento ou ‘escavagao de material do fundo de rios, lagos, mares, baias e canais; I1- draga: equipamento especializado acoplado & embarcacao ou a plataforma fixa, mével ou flutuante, utllizado para execugao de obras ou servigos de dragagem; Ill - material dragado: material retirado ou deslocado do leita dos corpos d’agua decorrente da atividade de dragagem « transferido para local de despejo autorizado pelo érgao competente; IV - empresa de dragagem: pessoa juridica que tenha por objeto a realizagao de obra ou servigo de dragagem com a utilizagao ou nao de embarcagao; € V - sinalizagao e balizamento: sinais nauticos para o auxilio a navegagao e a transmissdo de informagdes ao navegante, de forma a possibiltar posicionamento seguro de acesso e trafego. ‘Art. 54. A dragagem por resultado compreende a contratagéio de obras de engenharia destinadas ao aprofundamento, alargamento ou expansdo de dreas portudrias e de hidrovias, inclusive canais de navegago, bacias de evolugdo e de fundaio e bergos de atracago, bem como os servigos de sinalizagao, balizamento, monitoramento ambiental e outros com © objetivo de manter as condi¢des de profundidade e seguranga estabelecidas no projeto implantado. § 12 As obras ou servigos de dragagem por resultado poderao contemplar mais de um porto, num mesma contrato, ‘quando essa medida for mais vantajosa para a administragao publica, § 22 Na contratagao de dragagem por resultado, 6 obrigatéria a prestagao de garantia pelo contratado. § 32 A duragao dos contratos de que trata este artigo sera de até 10 (dez) anos, improrogavel, § 42 As contratagées das obras e servigos no dmbito do Programa Nacional de Dragagem Portuadria © Hidrovidria I! poderdo ser feitas por meio de licitagGes intemacionais e utilizar o Regime Diferenciado de Contratagdes Publicas, de que trata a Lei n® 12,462, de 4 de agosto de 2011, § 52 A administragao piiblica poderd contratar empresa para gerenciar e auditar os servigos e obras contratados na forma do caput. Art. 85. As embarcagdes destinadas @ dragagem sujeitamse as normas especificas de seguranga da navegagao ‘estabelecidas pela autoridade maritima e nao se submetem ao disposto na Lei n° 9.432, de & de janeiro de 1907. CAPITULO 1x ipihwwn plana go brlecivi_ 03) ta2011-2014201@LeiL12815.him we 2104017 rast DISPOSIQOES FINAIS E TRANSITORIAS Art. 56. (VETADO), Pardgrafo nico. (VETADO) ‘Art. 57. Os contratos de arrendamento em vigor firmados sob a Lei n’ 8.630, de 25 de feversiro de 1993, que possuam previsdio expressa de prorragagdo ainda nao realizada, poderdo ter suia prorrogagao antecipada, a critério do poder concedente. § 12 A prorogagao antecipada de que trata o caput depender da aceitacao expressa de obrigagao de realizar investimentos, segundo plano elaborado pelo arrendatario e aprovado pelo poder concedente em até 60 (sessenta) dias, § 22 (VETADO). § 32 Caso, a critério do poder concedente, a antecipagao das prorrogagées de que trata o caput nao seja efetivada, tal decisao nao implica obrigatoriamente na recusa da prorrogagao contratual prevista originalmente. § 42 (VETADO). § 52 0 Poder Executivo deveré encaminhar ao Congresso Nacional, até o titimo dia itil do mas de margo de cada ‘ano, relatério detalhado sobre a implementacdo das iniciativas tomadas com base nesta Lei, Incluindo, pelo menos, as seguintes informagées: | + relago dos contratos de arendamento e concesséo em vigor até 31 de dezembro do ano anterior, por porto corganizado, indicando data dos contratos, empresa detentora, objeto detalhado, area, prazo de vigéncia e situagao de ‘adimplemento com relagao as cléusulas contratuais; Il - relagao das instalagdes portudrias exploradas mediante autorizagdes em vigor até 31 de dezembro do ano anterior, segundo a localizagao, se dentro ou fora do porto organizado, indicando data da autorizagao, empresa detentora, objeto detaihado, area, prazo de vigéncia e situagao de adimplemento com relagao as cldusulas dos termos de adesao e autorizagao; IIL - relag’io dos contratos licitados no ano anterior com base no disposto no art. 56 desta Lei, por porto organizado, indicando data do contrato, modalidade da licitagéo, empresa detentora, objeto, area, prazo de vigéncia e valor dos investimentos realizados e previstos nos contratos de concessao ou arrendamento; IV - relagao dos termos de autorizagao @ os contratos de adesao adaptados no ano anterior, com base no disposto nos arts. 58 @ 59 desta Lei, indicando data do contrato de autorizacao, empresa detentora, objeto, area, prazo de vigéncia e valor dos investimentos realizados e previstos nos termos de adesao ¢ autorizagao; V - relagao das instalagdes portudrias operadas no ano anterior com base no previsto no art, 72 desta Lel, indicando ‘empresa concessionéria, empresa que utiliza efetivamente a instalagao portuéria, motivo e justificativa da utiizagao por interessado no detentor do arrendamento ou concessdo e prazo de utlizacdo. Art. 58. Os termos de autorizagao e 0 contratos de adestio em vigor deverdo ser adaptados ao disposto nesta Lei, ‘em especial ao previsto nos §§ 12 a 42 do art. 82, independentemente de chamada piiblica ou processo seletivo. Pardgrafo nico. A Antaq deverd promaver a adaptagao de que trata o caput no prazo de 1 (um) ano, contado da data de publicagao desta Lei Art. 59. As instalagées portudrias enumeradas nos incisos | a IV do caput do art. 82, localizadas dentro da area do porto organizado, terdo assegurada a continuidade das suas atividades, desde que realizada a adaptagao nos termos do art 58. Paragrafo Gnico. Os pedidos de autorizagao para exploragao de instalagdes portuarias enumeradas nos incisos | a IV do art, 82, localizadas dentro da area do porto organizado, protocolados na Antaq até dezembro de 2012, poderao ser

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