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O DNA Mitocondrial (mtDNA)

O DNA mitocondrial é uma molécula dupla fita, circular, que está presente em todas
as células eucariotas (Fig. 1). O tamanho desta molécula pode variar entre 15,5 a 19,5Kb,
dependendo da espécie em questão.
Em células de mamíferos, pode-se encontrar um número de cópias desta molécula
da ordem de 100 a 10.000. Um número bastante alto, considerando que o DNA
mitocondrial representa menos de 1% da quantidade de DNA total da célula.
Existem duas regiões principais do DNA mitocondrial, uma porção maior
codificadora e uma pequena região conhecida como região de controle, associada à
regulação da replicação e transcrição gênica (Fig. 2). Esta região aparesenta 1,2Kb de
comprimento e é altamente polimórfica. Internamente, existem duas seqüências
hipervariáveis (HVI, região hipervariável 1, e HVII, região hipervariável 2), que já foram
bem caracterizadas e servem de foco para a identificação humana).
O polimorfismo encontrado nas regiões HVI e HVII permite, não somente a
discriminação da linhagem materna, mas também é particularmente útil em determinadas
circunstâncias de tipagens de amostras forenses. A estabilidade do mtDNA permite a
obtenção de resultados a partir de músculos, ossos, cabelos, tecidos, sangue e outros
fluidos, mesmo em condições de alta degradação (material muito antigo, ou prolongada
exposição a fatores ambientais).
O mtDNA é herdado a partir da linhagem materna (durante a fertilização, 99,9% do
mtDNA é recebido a partir do óvulo). Desta forma, espera-se que um indivíduo, sua mãe e
parentes maternos apresentem cópias idênticas deste DNA, o que permite, por exemplo, a
identificação de ossadas antigas a partir de parentes distantes.
As regiões hipervariáveis I e II apresentam mutações responsáveis pelo seu
polimorfismo. A identificação destas mutações eram realizadas a partir da comparação
entre as seqüências obtidas e a seqüência publicada por Anderson et al. (1981, Seqüência
Referência). Houve uma revisão nesta seqüência de referência em 1999, sendo então
conhecida como CRS (Cambridge Reference Sequence). Tal seqüência revisada é
atualmente utilizada para identificação destas mutações. A relação entre uma amostra, um
indivíduo ou um parente de linha materna é dada diretamente pela identificação destas
mutações.
Em determinadas situações, a análise do mtDNA é mais vantajosa, comparada à
análise de marcadores de DNA nucleares, são elas:
- Única evidência encontrada são fios de cabelo, sem o bulbo. Devido a baixa
quantidade de DNA, a chance de uma boa amplificação por PCR é maior,
considerando o mtDNA, que se encontra em maior número de cópias neste
material.
- Amostras muito antigas e altamente degradadas. O fato do mtDNA ser uma
molécula circular, torna-o menos susceptível à degradação por exonucleases (ex.
exonuclease I).
- Casos de identificação de restos mortais, onde apenas parentes distantes são
conhecidos. Devido a herança do mtDNA estar associada a linhagem materna,
independe da geração, um parente materno pode ser utilizado na verificação.
- Existe mais de uma cópia de mtDNA por mitocôndria; o mtDNA é protegido
por duas membranas.
Após a extração do DNA, esse é amplificado pela PCR, e depois seqüenciado
(Sanger) para verificação da ordem dos nucleotídeos (região HV1 e HV2). Tal análise do
seqüenciamento na verdade é a verificação de SNPs em tais regiões. Compara-se a amostra
questionada com a amostra de referência, e verifica-se se estas apresentam as mesmas
diferenças em relação à seqüência CRS, para a fim de averiguar inclusão ou exclusão de
linhagem.

Fig.1. O DNA mitocondrial.

Fig.2. Localização da região controle com suas sub-regiões hipervariáveis (HV1 e HV2).

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