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Resumo—Para melhorar a eficiência das máquinas de denteamento de engrenagens), utilizando um valor médio ℎ𝑚 .
usinagem, a potência consumida pelo equipamento deve se Entretanto a fórmula não leva em consideração fatores
manter perto da potencia nominal do motor elétrico acoplado. externos, gerando uma situação de inconfiabilidade nos
Para realizar esse controle é interessante trabalhar com a resultados, podendo resultar em redução de eficiência da
potência de corte, que pode ser alterada mudando os parâmetros operação.
do processo. Para estimar esses parâmetros, a maneira mais
comum é utilizar a fórmula de Kienzle, porém essa fórmula não Para poder mensurar o erro da equação, foi medida a
leva em consideração alguns fatores externos, o que pode induzir potência de corte em um processo, com o uso de Wattímetro,
ao cálculo errado da potencia, reduzindo assim a eficiência do tacômetro e por meio de programação computadorizada para
processo. Foram realizados dois experimentos, com o uso de analisar a potência efetiva do torneamento e comparado com o
Wattímetro, tacômetro e programação computadorizada, valor previsto pela fórmula de Kienzle.
monitorando a potência de corte do aço DIN ST52 no torno
mecânico do laboratório de usinagem da UFPR. Um primeiro É de extrema importância estimar a potência de corte
experimento com rotação de 612 rpm e um segundo de 900 rpm. corretamente para calcular valores aproximados da velocidade
O resultado da potência medida foi comparado ao resultado da de avanço e profundidade de corte ideal para o perfeito
aplicação da fórmula de Kienzle com os parâmetros devidamente funcionamento da maquina, sendo possível escolher os
introduzidos. Foi possível perceber uma diferença nos valores melhores parâmetros e estratégia de usinagem para redução do
considerável, evidenciando a consequência de fatores externos tempo de usinagem e aumento da produtividade.
não previstos na formula.
II. FORÇAS E PONTÊNCIAS DE CORTE
Usinagem; pontência de corte; eficiência energética; Kienzle;
pressão específica de corte A. Força
Em um processo de usinagem, existe a força de
I. INTRODUÇÃO usinagem (𝑃𝑈 ), que é força total que atua sobre uma cunha
A grande maioria dos processos de usinagem tem sua cortante durante a usinagem. Dessa força é possível derivar
energia motriz, vinda de forma elétrica. Quando trabalhamos todas as forças restantes do processo, basicamente
com energia elétrica é muito comum tratar da eficiência decompondo 𝑃𝑈 , nos planos da ferramenta.
energética, visto que é muito fácil de ser calculada, e de A força que será investigada nesse artigo é a força de
extrema importância no mundo atual. O volume de peças corte (𝑃𝐶 ), que é a projeção da força de usinagem 𝑃𝑈 sobre
usinadas no planeta é muito grande, e ele tende a aumentar a direção de corte (dada pela velocidade do corte).
conforme a demanda da indústria.
B. Potência
Essa eficiência pode ser definida pela razão da energia útil,
ou seja, a energia que de fato irá transformar o produto, ou a As potências necessárias para a usinagem são produtos das
peça em questão, pela energia total demandada, que é a energia componentes da força de usinagem pelas respectivas
consumida, que será cobrada pela distribuidora de energia, por componentes da velocidade de corte.
exemplo. E a potência estudada e avaliada será a potência de corte
Através de métodos empíricos, sabemos que a eficiência de (𝑁𝐶 ), que é o produto da força de corte 𝑃𝐶 com a velocidade de
uma máquina ferramenta convencional varia em função da corte (𝑣).
rotação selecionada e do carregamento (potência de corte) 𝑃𝑢 ∙ 𝑣
aplicado. Por esse motivo a determinação da potência de corte 𝑁𝑐 = [𝑘𝑊] (2.1)
é uma tarefa muito importante, e ainda deve se levar em 60 ∙ 103
consideração as diversas variáveis dos processos, deixando
essa tarefa mais complicada. Para obter a velocidade de corte podemos utilizar a seguinte
São varias as formas de se obter um valor adequado para equação:
um determinado trabalho, utilizando os mais variados 𝜋∙𝑑∙𝑛
parâmetros de corte. Entretanto a equação de Kienzle é mais 𝑣= [𝑚⁄𝑚𝑖𝑛 ] (2.2)
utilizada nos processos de usinagem, pois ela se mostrou válida 1000
no cálculo da força de corte nos diversos processos de
usinagem com espessura ℎ constante do cavaco (tornear,
plainar, furar, brochar) como também nos processos de Onde 𝑑 é o diâmetro da peça em milímetros e 𝑛 é a
usinagem com espessura variável (fresagem, serramento, velocidade de rotação do torno em rotações por minuto.
A força de corte pode ser expressa pela seguinte relação: III. EXPERIMENTO
Para realizar o experimento, o material escolhido foi um
tarugo cilíndrico de aço DIN ST52 e a máquina utilizada foi o
𝑃𝑐 = 𝑘𝑠 ∙ 𝑠 torno mecânico universal de pequeno porte. Esse aço possui as
(2.3)
seguintes constantes: