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4ª APOSTILA -

10 - PROTEÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA E DA CONCORRÊNCIA

A Constituição Federal ao dispor sobre a exploração de atividades


econômica, vale dizer, sobre a produção de bens e serviços necessários
à vida das pessoas em sociedade, atribui à iniciativa privada (aos
particulares) o papel primordial, reservando ao Estado apenas a função
supletiva (art. 170)

A exploração direita de atividade econômica pelo Estado só é possível


em hipóteses excepcionais (Ex.: for necessária a segurança nacional ou
se presente relevante interesse econômico (art. 173)).

A significar que ao prever as limitações e obrigações dos empresários,


não poderia deixar de prover os meios necessários ao integral e
satisfatório cumprimento dessa obrigação.

Assim é pressuposto jurídico do regime jurídico comercial uma


constituição que adore princípios de liberalismo, no regramento da
ordem econômica.

Desta forma, de acordo com a nossa constituição Federal o legislador


estabeleceu mecanismos de amparo à liberdade de competição e
iniciativa, os quais configuram a coibição de práticas empresarias
incompatíveis com o referido regime, as quais estão agrupadas em duas
categorias: infração a ordem econômica (abuso de poder) e
concorrência desleal.

11 - Abuso do Poder Econômico

As infrações à ordem econômica (ou abuso de poder econômico) estão


definidas na Lei 8884/94 (LIOE – Lei de Introdução Ordem Econômica) –
que transforma o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE,
em autarquia (entidade dotada de prerrogativas especiais, que visam,
principalmente, a independência frente às pressões político-partidárias,
financeiras, técnicas e funcional), sendo que para sua caracterização,
necessário considerar dois dispositivos legais desta lei, são eles:

Art. 20 – Constituem infração da ordem econômica, independentemente


de culpa, os atos sob qualquer forma manifestos, que tenham por objeto
ou possam produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam
alcançados:

1
I – limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência
ou a livre iniciativa;
II – dominar mercado relevante de bens e serviços;
III – aumentar arbitrariamente os lucros;
IV – exercer de forma abusiva posição dominante.

que estabelece o objetivo ou efeitos possíveis da prática empresarial


ilícita, e o

Art. 21 – As seguintes condutas, além de outras, na medida em que


configurem hipóteses previstas no art. 20 e seus incisos, caracterizam
infração de econômica:

I – fixar ou praticar, em acordo com concorrente, sob qualquer forma,


preços e condições de venda de bens ou de prestação de serviços;
II – obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme ou
concertada entre concorrentes;
III - .....

que elenca diversas hipóteses em que a infração pode ocorrer,

Devemos ressaltar que somente configuram infrações contra a ordem


econômica a prática empresarial elencadas no art. 21 da Lei 8884/94, se
caracterizado o exercício do poder econômico através de condutas que
visem a limitar, falsear ou prejudicar a livre concorrência ou livre
iniciativa, dominar mercado relevante de bens ou serviços, ou aumentar
arbitrariamente os lucros. Podemos exemplificar através do inciso XII do
artigo 21 da lei, que regula o tratamento diferenciado de adquirentes,
com a fixação de preços ou condições especiais para um ou mais deles.
Porém, se os objetivos pretendidos ou os efeitos da prática empresarial
não têm relação com exercício abusivo do poder econômico, não existirá
qualquer ilicitude.

Porém devemos pontuar que as condutas elencadas no art. 21 da LIOE


somente caracterizam infração contra a ordem econômica se presentes
os pressupostos do art. 20 da mesma lei.

As seguintes sanções administrativas são impostas aos empresários


condenados pela prática de infração à ordem econômica:

- Multa;
- Publicação pela imprensa do extrato da decisão condenatória;
- Inscrição no Cadastro Nacional de Defesa do Consumidor;
- Negativa de parcelamento de tributos ou cancelamento de
benefício fiscal

As decisões condenatórias são títulos executivos extrajudiciais e


comportam execução específica, quando impõem obrigação de fazer ou
não fazer, podendo o juiz para isso decretar a intervenção na empresa.
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Paralelamente a esse procedimento de repressão administrativa, a Lei
8137 de 1990, tipifica algumas práticas empresariais como crime contra
a ordem econômica (artigos 4o e 6o)

12 - CONCORRÊNCIA DESLEAL

A repressão à concorrência desleal, é feita em dois níveis pelo direito.


Na área do Direito Penal, a lei tipifica como crime de concorrência
desleal os comportamento elencados no art. 195 da LPI. (9279/96 - Lei
da Propriedade Industrial)

Exemplo desses crimes:

- Publicar falsa afirmação em detrimento de concorrente, com


objetivo de obter vantagem;
- Empregar meio fraudulento para desviar, em seu proveito ou de
terceiro, a clientela de um certo comerciante;
- Dar ou prometer dinheiro a empregado de concorrente para que
este proporcione vantagens.

No plano civil, a repressão à concorrência desleal pode ter fundamento


contratual ou extracontratual.

13 - PROIBIDOS DE EXERCER A EMPRESA

Os proibidos de exercer empresa são plenamente capazes para a prática


de atos e negócios jurídicos, este impedimento é hipótese distinta da
incapacidade jurídica:

A principal proibição para o Direito Comercial hoje, é o falido não-


reabilitado, o empresário que teve sua quebra decretada judicialmente,
só poderá retornar a exercer sua atividade empresarial após a
reabilitação também decretada pelo juiz.

No caso da falência não ter sido considerada fraudulenta, é suficiente a


declaração de extinção das obrigações para considerar-se reabilitado.
Porém, se no caso em concreto, for condenado por crime falimentar,
deverá, após o decurso de prazo legal, obter, além da declaração de
extinção das obrigações, a sua reabilitação penal.

E mais, se o empresário sofrer condenação de vedação da atividade


empresarial, a Junta Comercial não poderá arquivar ato constitutivo de
empresa, individual ou societária em que o nome dessa pessoa figure
como titular ou administrador.

Existem outras hipóteses de proibições, porém não interessam


diretamente ao direto comercial.

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14 - MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

A Constituição Federal estabelece no seu artigo 179 que o Poder Público


dispensará tratamento diferenciado às microempresas e às empresas de
pequeno porte, visando simplificar o atendimento às obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, podendo
inclusive, a alei, reduzir ou eliminar tais obrigações.

“Art. 179 –A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte,
assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a
incentiva-las pela simplificação de suas obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela
eliminação ou redução destas por meio de lei.”

O interesse é incentivar estas empresas, dando-lhes melhores condições


para que desenvolvam.

A Microempresa é regida pela Lei 9.841 de 1999, a qual define


microempresa como “a pessoa jurídica ou o empresário individual cuja
receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14;

Nota: O Decreto nº 5.028, de 31.3.2004, reajustou o limite de receita


bruta anual das
microempresas para R$ 433.755,14 (quatrocentos e trinta e três mil,
setecentos e cinqüenta e
cinco reais e quatorze centavos).

E a Empresa de Pequeno Porte, como “aquela de receita bruta anual


entre R$ 433.755,15 até R$ 2.133.222,00. Devemos entender receita
bruta como sinônimo de faturamento.

Nota: O Decreto nº 5.028, de 31.3.2004, reajustou o limite de receita


bruta anual das empresas
de pequeno porte com receita bruta anual superior a R$ 433.755,14
(quatrocentos e trinta e três
mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais e quatorze centavos) e igual ou
inferior a R$
2.133.222,00 (dois milhões, cento e trinta e três mil, duzentos e vinte e
dois reais)

Estes valores são periodicamente atualizados, conforme parágrafo 2o e


3o da lei.

Os empresários individuais ou as sociedades empresárias, que


atenderem os limites legais, inscrevem-se no registro especial, para
enquadramento, mediante simples comunicação, devendo, contudo,
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acrescer ao seu nome as Expressões ME. ou EPP/PP (micro empresa e
pequeno porte)

14.1 - TRATAMENTO DIFERENCIADO

Resume-se à eliminação de exigências burocráticas no campo


trabalhista e previdenciário (art. 10 a 13), previdenciário (art. 10 a 13),
direito a condições favorecidas no acesso ao crédito bancário (art.14 a 17),
bem como recebem incentivos fiscais e financeiros, de forma simplificada e
descentralizada, que visam proporcionar seu desenvolvimento.

Em 1999, com a Lei 9.317, criou-se o Sistema Integrado de Pagamento a


Impostos e Contribuições das ME’s e PP’s. Cuja sigla é SIMPLES.

A LEI COMPLEMENTAR 123/06, em vigor desde 01.07.2007, define o


SUPERSIMPLES, ou SIMPLESNACIONA, onde as alíquotas são diferenciadas
para o COMÉRCIO – INDÚSTRIA – LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS – SERVIÇOS e
ainda apresenta cálculos pontuais para percentuais aplicados a folha de
pagamento.

Trata-se de um regime tributário simplificado, ao qual só podem aderir pessoas


jurídicas.

A pessoa jurídica , enquadrada na condição de microempresa e empresa de


pequeno porte, poderá optar pela inscrição no SIMPLES, implicando assim no
pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuições:

- Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ


- Contribuição Para os Programas de Integração Social – PIS e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público – PASEP
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. CSLL
- Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS
- Imposto sobre Produto Industrializado – IPI
- Contribuição para a Seguridade Social (INSS), a cargo da pessoa jurídica
(tais como Pró-Labore, e INSS sobre a folha dos empregados- parte
empregador).
- Imposto sobre Operação de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos
de Valores Mobiliários – IOF;

QUAIS IMPOSTOS NÃO SERÃO RECOLHIDOS ATRAVÉS DO SIMPLES

- Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros – II

- Imposto sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou


Nacionalizados – IE.

- Imposto de Renda Retido na Fonte, relativo aos pagamentos ou créditos


efetuados pela pessoa jurídica, assim como aos rendimentos ou ganhos
líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável.

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- Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR

- Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS

- Contribuição para a Seguridade Social – relativa ao empresado

PLACA INFORMATIVA DE ADESÃO

Determina a Instrução Nomrativa n. 74 art. 27 parágrafo único, que a empresa


deverá possuir uma placa indicativa de adesão ao SIMPLES FEDERAL com as
seguintes características: Dimensão de no mínimo 297 mm de largura por 210
mm de altura (tamanho folha sulfite A4) que deverá conter obrigatoriamente o
termo SIMPLES (em caixa alta) e o número do CNPJ

Deverá ser colocado em local visível do público, sob pena de 2% do imposto


devido pelo não cumprimento.

1.4 QUEM PODE ADERIR AO SIMPLES

Para aderir ao SIMPLES, as ME’s deve auferir receita bruta anual de ATÉ R$
240 mil e as EPP’s, uma receita bruta anual acima de R$ 240 mil( 240.000,01)
até o limite máximo de R$ 2.400 milhões/ANO, desde que devidamente
registradas no Registro de Empresas Mercantis.

15 - LIVROS OBRIGATÓRIOS

Ás ME’s e PP’s, inscrita no SIMPLES, devem manter uma escrituração


contábil específica de dois livros: CAIXA e REGISTRO DE INVENTÁRIO.

16 - REGISTRO DE EMPRESA

De acordo com o Código Civil, artigo 967, “é obrigatória a inscrição do


empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva
sede, antes do início de sua atividade”.

O art. 968, do Código Civl, determina que “ a inscrição do empresário


far-se-á mediante requerimento que contenha:

I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado,


o regime de bens;

II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;

III - o capital;

IV - o objeto e a sede da empresa.

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§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será
tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas
Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os
empresários inscritos.

§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão


averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes”.

O registro das empresas está regulado na Lei 8934 de 1994, que dispõe
sobre o registro público de empresas mercantis e afins. É um sistema
integrado por dois órgãos em dois níveis diferentes, isto é, no âmbito
Federal encontra-se o Departamento Nacional do Registro do Comércio
(DNRC) vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, e no âmbito Estadual a Junta Comercial.

Dentre outras funções o DNRC supervisiona e coordena a execução do


registro de empresa, expedindo as normas pelas quais deverão se
basear às juntas comerciais de todo o país, e orienta as mesmas
auxiliando-as na execução do registro de empresa. O DNRC, na
verdade, não tem função executiva, não realiza qualquer ato de registro
de empresa, ele fixa as diretrizes gerais para a prática dos atos
registrados nas Juntas Comerciais.

As juntas por sua vez, órgãos da administração estadual cuidam do


assentamento e das práticas mercantis, primordialmente da compilação
das normas consuetudinárias pelas quais deverão reger-se as empresas.
A Junta cabe a execução do registro da empresa. As Juntas Comerciais
habilitam os tradutores e intérpretes expedem carteiras para o exercício
de certas práticas profissionais dentre outras atribuições.

Os atos de registro de empresa seguem três espécies:

a) Matricula: é o registro de atividades auxiliares do comércio ou


para comerciais como a atividade de leiloeiro, tradutor e intérprete
e armazéns em geral.
b) Arquivamento: registro de empresários individuais, sociedades
comerciais, cooperativas (embora sejam sociedades civis), atos
relacionados aos consórcios de empresas e aos grupos de
sociedade, empresas estrangeiras; incluindo as declarações das
EM’s e EPP’s.

c) Autenticação: está ligada aos instrumentos de escrituração como


os livros mercantis (livros que o comerciante tem a obrigação de
escriturar para serem autenticados pelas juntas e as fichas
escriturais).

O regime do registro de empresas segue a dois processos decisórios


segundo a Lei de Registro de Empresas (arts. 41 e 42).

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a) regime da decisão colegiada1: nele todo o plenário da junta
participa da decisão sobre atos pertinentes às Sociedades
Anônimas (S/A), fusão (reune 2 ou mais empresas para formar
uma nova), cisão (reorganização- uma transfere parcelas de seu
patrimônio para outras sociedades já existentes, extinguindo-se a
cindida), incorporação (uma ou mais é absorvida por outra),
consórcio ou grupo de sociedade e os recursos contra decisão do
singular.
b) Regime da decisão singular: ocorre quando uma só pessoa aprecia
e decide se o ato deve ou não ser registrado tirando-se os atos da
decisão colegiada todos os demais atos passam pela decisão
singular, como a alteração do contrato social da sociedade
limitada, a alteração e inscrição do comerciante individual.

17 - INATIVIDADE

Ocorre quando não há qualquer arquivamento no período de 10 anos na


junta relativo a um determinado empresário, o que leva a junta a
mandar uma notificação para saber se o mesmo ainda está em atividade
comercial sob pena de não respondendo ter ele cancelado o seu
registro. A inatividade é diferente da dissolução porque esta exige a
solução das pendências negociais/comerciais e aquela não. A empresa
que for declarada inativa mas continuar a exercer atividade comercial
estará irregular porque não terá registro. Para regularizar uma empresa
declarada inativa, só através de novo registro. Decorridos 10 dias da
declaração da inatividade as juntas comunicam aos órgãos fiscais as
devidas providências.

18 - EMPRESÁRIO IRREGULAR

É aquele que explora o comércio sem o registro na Junta Comercial, mas


em decorrência disso sofrerá certas sanções e conseqüências:

a) não tem legitimidade ativa para pedir a falência de outro


comerciante (9o, III, LF) mas pode ter a sua falência decretada ou
requerer a auto falência.
b) Não pode impetrar o favor legal da concordata (140.I LF)
c) Os seus livros comerciais não têm eficácia probatória porque sem
registro não podem ser autenticados pela junta (NCC.art.1181 c/c
– 379 CPC).
d) O comerciante irregular que tem a sua falência decretada é
responsabilizado por crime falimentar (186, VI LF).
e) No direito tributário: não poderá inscrever-se no CNPJ e no CCM, o
que acarreta em multa;

1
São dois os órgãos colegiados das Juntas: o Plenário, composto de no mínimo 11 e no máximo 23 vogais
(excetuados o Presidente e o Vice-Presidente), a serem distribuídos em Turmas, compostas de 3 membros
cada.
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f) No direito previdenciário: não conseguirá matrícula no INSS, o que
acarreta em multa: Lei 8121/91, art. 49, I.
g) No direito administrativo: não poderá contratar com o poder
público: CF. art. 195 § 3o, nem licitar (art.28, II e III da Lei
8666/93).

19 - OBRIGAÇÕES COMUNS A TODOS OS EMPRESÁRIOS:

Todo empresário está sujeito a três obrigações, são elas:

a) registrar-se no Registro de Empresa antes de iniciar atividades


(NCC art. 967), o descumprimento acarreta nas penas descritas
acima.
b) Escriturar livros mercantis; e
c) Emitir balanço comercial periódico: CC art. 1179

Observe que a inobservância de cada uma dessas obrigações não exclui


o empresário do regime jurídico comercial, mas importa em
conseqüências diversas, que visam mais estimular o cumprimento
dessas obrigações, do que, propriamente, punir o empresário, embora
não se possa perder de vista tenham caráter sancionador.

Apenas os micro empresários e os empresários de pequeno porte não


optantes do SIMPLES, estão dispensados de escriturar os livros
obrigatórios, posto que segundo a Lei 9.317/96 artigo 7º, obriga-os a
escrituração regular de dois livros: CAIXA e o Registro de Inventário.

20 - ESPÉCIE DE LIVROS EMPRESARIAIS

É bom esclarecer que existe distinção entre livros empresariais e livros


do empresário.

Os livros empresariais são aqueles têm escrituração obrigatória ou


facultativa em razão da legislação comercial. Porém o empresário é
obrigado, também, a escriturar outros livros, decorrentes da legislação
de natureza tributária, trabalhista ou previdenciária. Os livros
empresariais são uma parte dos livros do empresário.

Os livros empresarias, ligados à legislação comercial, podem ser de duas


espécies:

a) obrigatórios: cuja escrituração é imposta por lei aos comerciantes,


subdivindido-se em dois tipos:

- obrigatórios comuns – a escrituração imposta a todos os


comerciantes indistintamente como é o caso do “diário” (NCC. art
1180), com as exceções do artigo 1185.
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- obrigatórios especiais - escrituração imposta a determinadas
categorias de comerciante, como por exemplo: - Livro de Registro
de Duplicata, ( art. 19 da Lei de duplicatas 5474/68); - Livro de
Entrada e Saída de Mercadoria, para o caso de armazéns gerais
(art. 7o do Dec. 1102/93); Livros das Sociedades Anônimas. (Lei
6404/76 – art. 100)

b) facultativos: demais livros comerciais de que pode valer-se o


comerciante dentro de sua contabilidade, como exemplo o Livro
Caixa, Livro Conta Corrente e etc. A diferença é que mesmo sendo
facultativos, eles podem ser usados se correta e regularmente
escriturados tais quais um livro obrigatório.

21 Regularidade da escrituração mercantil

Um livro empresarial obrigatório (comum ou especial ou facultativo)


para produzir efeitos jurídicos deve atender a requisitos de duas ordens:

a.) intrínsecos : técnica contábil estudada pela CONTABILIDADE, cuja


definição legal é encontrada no art. 1.183 CC., que diz, que a
escrituração deve ser feita em idioma e moeda corrente nacional, em
forma mercantil, cronológica (dia, mês e ano), sem intervalos brancos,
nem entrelinhas, borrões, emendas ou transportes para as margens.

Em outro livro poderá assentar os códigos numéricos ou abreviaturas,


que deverá ser autenticado.

b.) extrínsecos: são requisitos relacionados com a segurança do livro


empresarial, atendendo esta ordem o livro que contiver o Termos de
Abertura e de encerramento, além de estar autenticado pela Junta
comercial.

Somente será considerada regular a escrituração do livro que observar


estes dois requisitos.

Atualmente com o desenvolvimento tecnológico, empresários e


contabilistas, tem-se se valido de instrumentos de escrituração cada vez
mais simples e operacionais. O direito vem acompanhando esses
movimentos evolutivos, buscando disciplinar o uso de instrumento
alternativo aos livros manuscrito.

Empresários podem optar em utilizar a escrituração de sua contabilidade


em FICHAS (processo mecânico – datilografia) soltas, encadernadas,
com termo de abertura e encerramento antes de serem levadas ao
Registro de Empresa para autenticação (Dec.-Lei nº 305/67, art. 4º),
substituindo o livro DIÁRIO por dois outros instrumentos contábeis:
FICHAS e o livro de BALANCETES DIÁRIOS E BALANÇOS (art. 1.185
CC).

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É admissível a microfilmagem da escritura, matéria disciplinada na Lei
5433/1968.

Também pode o empresário se valer do PROCESSO ELETRÔNICO


(informatizado), encadernando formulários contínuos ou papéis
impressos à semelhança das FICHAS ou microfichas geradas por
microfilmagem de saída direta do computador.

Qualquer que seja o processamento escolhido, deverá atender aos


requisitos intrínsecos e extrínsecos, que são iguais para um ou outro.

Os livros mercantis se equiparam o documento público, conforme dispõe


o art. 297, $ 2º do Código Penal), portanto, quem falsificar a
escrituração do livro comercial estará sujeito a pena mais grave que a
reservada para o crime de falsificação de documentos administrativos
não contábeis do empresário.

(Art. 297 - Falsificar no todo ou em parte, documento público, ou alterar


documento público verdadeiro:
Pena – reclusão de 2 (dois) a 6(seis) anos e multa.
........
$2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público, o
emanado9 de entidade paraestatal, o título ao portador transmissível
por endosso, as ações de sociedade comerciais, os livros mercantis e o
testamento particular).

Como conseqüência pela irregularidade na escrituração, do ponto de


vista civil, iniciando, de logo, por impossibilidade utiliza-los em seu
benefício, além se solicitados a sua apresentação e não os tiver ou os
tiver de forma irregular, os fatos relatados pelo interessado (fiscal ou
3º), presumem-se verdadeiros. (art. 358,I Cód. de Processo Civil – que
cuida da confissão – o juiz não admitirá recusa se o requerido tiver
obrigação legal de exibir)

Do ponto de vista criminal a ausência ou irregularidade na escritura do


livro obrigatório encontra-se na lei de Falência, que reputa como crime
falimentar “deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois
da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou
homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de
escrituração contábil obrigatório.”

Falindo o empresário ou a sociedade empresária sem manter a regular a


escrituração de seu negócio, a falência será obrigatoriamente,
fraudulenta.

Os microempresários e os empresários de pequeno porte, estão sujeitos


a regime simplificado de escrituração (art. 7º, Lei 9317/96) , porém,
sujeitam-se às mesmas penalidades que a lei reserva para os

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empresários em geral caso atuem de forma irregular com a sua
escritura.

Observem que os microempresários e os empresários de pequeno porte


não inscritos no SIMPLES estão dispensados dessa formalidade (art.
1179, º Código Civil)

22 - BALANÇOS ANUAIS

Obrigatoriamente levantar dois balanços ANUAIS

- Balanço patrimonial – demonstrando o ativo e o passivo compreende


todos os bens, créditos e débitos.

- Balanço resultado econômico – demonstrando a conta dos lucros e


perdas todos os empresário sujeitam-se a aprsentação deste banlanço
(art. 1179 – final)

Como é obrigatória a apresentação dos balanços, incorre em conduta


criminosa quem, em caso de falência, deixar de apresentá-los,
escriturados e autenticados pelo Registro do Comércio

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