Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Departamento de Bioquímica
Instituto de Química
USP
Nutrição e Esporte
Uma abordagem bioquímica
Professores
Alexandre Z. Carvalho (ale.zat.carvalho@bol.com.br)
Supervisor
Bayardo B. Torres (bayardo@iq.usp.br)
2003
Cronograma das Aulas
Nutrição e Esporte – Uma abordagem bioquímica (QBQ 2003)
Instituto de Química da USP – Bloco 6 inferior
Tarde Adaptação
Tomada de O2
VO2
Tarde Vitaminas
Sais Minerais
Câimbra
Hidratação
13/02/2003 Manhã Doping
Tarde Suplementos
Tarde Palestra
INDICE
SISTEMA MUSCULAR
1.1. Introdução
Está presente em diversos órgãos internos (tubo digestivo, bexiga, útero etc)
e também na parede dos vasos sanguíneos. As células musculares lisas são
uninucleadas e os filamentos de actina e miosina se dispõem em hélice em
seu interior, sem formar padrão estriado como o tecido muscular esquelético.
A contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário da
contração dos músculos esqueléticos.
Músculo Esquelético
Antes de prosseguirmos devemos nos recordar que os músculos esqueléticos não podem
executar suas funções sem suas estruturas associadas (figura 2). Os músculos esqueléticos geram a
força que deve ser transmitida a um osso através da junção músculo-tendão. As propriedades destes
elementos estruturais podem afetar a força que um músculo pode desenvolver e o papel que ele tem
em mecânicos comuns.
Aporte Sanguíneo
Ultraestrutura
Figura 4: Os filamentos
de actina são polímeros de
moléculas globulares de
actina que se enrolam
formando uma hélice. A
tropomiosina é um dímero
helicoidal que se une cabeça a
cauda formando um cordão. A
troponina é um trímero que se
liga a um sítio específico em
cada dímero de tropomiosina.
4) A abertura destes canais permite que uma grande quantidade de íons sódio
flua para dentro da membrana da fibra muscular no ponto terminal neural.
Isso desencadeia potencial de ação na fibra muscular;
1)Com o sítio de ligação de ATP livre, a miosina se liga fortemente a actina (figura
8);
Slow-twitch – tipo I
?? Metabolismo aeróbio
?? Baixa atividade de miosina ATPase
?? Baixa velocidade de captação e liberação de cálcio
?? Capacidade glicolítica menor do que na fast-twitch
?? Número grande de mitocôndrias, tamanho das organelas é maior
?? A concentração de mitocôndria e citocromos combinada com alta
pigmentação por mioglobina são responsáveis pela coloração característica.
?? Alta concentração de enzimas mitocondriais para o metabolismo aeróbio
?? Usadas para treino de resistência
?? SO : slow speed of shortening
?? Adaptadas ao exercício prolongado
Fast-twitch – tipo II
Tipo IIA
Tipo IIB
Tipo IIC
Hipertrofia x Hiperplasia
1. Preencha a tabela abaixo, indicando para cada esporte, qual seria o tipo de fibra
predominante (tipo I - lenta, tipo II - rápida), a fonte de energia mais utilizada e se
o exercício é aeróbio ou anaeróbio
Sedentário
Judo 13,8
Karate 13,8
Corrida (rápido) 20,5
Natação (intenso) 12,0
Competição pólo 13,6
aquático
Baseado nos seus cálculos, explique como essas atividades podem ser
mantidas por um período de tempo maior, como ocorre usualmente. Que tipo de
substrato seria utilizado como fonte de energia? Você se lembra das vias de
utilização desses substratos? Para utilizar os substratos que você citou, é
necessário que haja oxigênio?
Geral
Mapa pg 340 (mapa1)
Ex1
Qual é a finalidade biológica dos processos descritos no mapa 1?
Quais os compostos aceptores de hidrogênio?
Qual é a função das coenzimas e do oxigênio na oxidação dos alimentos?
Ex2
Mapa pg 116
Observe o mapa abaixo. Ele mostra de forma simplificada o metabolismo de
degradação de carboidratos, lipídeos e proteínas, com reações reversíveis e
irreversíveis.
Em que composto há convergência dessas vias?
b. Proteína ? Ácido
Graxo
c. Glicose ? Ácido
Graxo
d. Glicose ? Proteína
e. Ácido Graxo ?
Glicose
f. Ácido Graxo ?
Proteína
GLICOSE
hexoquinase
GLICOSE 6 P
FRUTOSE 6 P
fosfofrutoquinase 1
FRUTOSE 1,6
BISFOSFATO
DIIDROXIACETONA GLICERALDEÍDO 3 P
FOSFATO
FOSFOENOLPIRUVATO
piruvato quinase
PIRUVATO
2.1. Glicólise
ACETIL-CoA
H2O
CoA
+
NADH + H
OXALOACETATO CITRATO
citrato
sintase
NAD+
MALATO ISOCITRATO
NAD+
isocitrato
desidrogenase NADH + H +
H2O
CO2
FUMARATO ? -CETOGLUTARATO
Co-A
succinato ? -cetoglutarato NAD+
desidrogenase desidrogenase
FADH2 NADH + H+
FAD
CoA GDP + Pi
GTP
2.5. Glicogênio
2.6. Gliconeogênese
3. ? -Oxidação
A continuação você tem os mapas das vias metabólicas mais importantes tal
e qual elas são conhecidas em mamíferos. Eles estão relativamente simplificados ao
efeito de que você consiga relembrar coisas básicas e não fique perdido no meio da
complexidade que elas possuem. Logo de cada via, se apresentam detalhes dos
pontos importantes por serem pontos de regulação, por envolverem gasto ou
produção de energia ou poder redutor, ou por mostrar moléculas que serão
nomeadas de aqui em diante e cujo destino você conseguirá seguir pelo universo
metabólico. Alguns desses detalhes serão de utilidade não nessa fase de revisão e
sim ao longo do curso.
(E) A TRANSFERASE cataliza o processo e é regulada por (-) malonil-CoA (Ver na via
da síntese de ácido graxo)
(3) - ? - Oxidação
Tente responder:
1- Observando a via geral, de que depende a mobilização dos depósitos de
triacilgliceróis? Considerando que os hormônios catecolaminas (epinefrina ou
adrenalina e norepinefrina ou noradrenalina) são sintetizados em situações de
perigo, hipoglicemia, exercício físico e exposição a baixas temperaturas,
estimulando a produção de glucagon e inibindo a da insulina, em que condições
(1)
5. Tomada de Oxigênio
6. Déficit de O 2
O EPOC tem implicações para a recuperação após o exercício que pode ser
feita de forma ativa ou passiva. A forma passiva consiste em repouso, inatividade
completa que reduz o requerimento de energia, liberando o O2 para o processo de
recuperação. A forma ativa ou cooling down é feita com exercício aeróbio sub-
maximal, dessa forma, o movimento aeróbio contínuo evita a fadiga e facilita a
recuperação.
Que tipo de recuperação seria mais adequado para:
a) exercício feito com uptake de O2 abaixo de 50% de VO2 max
b) exercício cuja intensidade ultrapassa 60 a 75% do VO2 max
Justifique, levando em consideração a função do EPOC e a formação de ácido
lático.
3. Assumindo que ocorre hipóxia nos tecidos, como explicar o acúmulo de lactato
no exercício moderado? Explique, utilizando na sua resposta a via glicolítica e a
produção de NADH.
4. Por que durante o repouso há produção de lactato? O que significa o nível basal
de lactato? O lactato pode ser formado continuamente em repouso e durante o
exercício moderado. Em condições aeróbias, há um balanço entre a produção e a
remoção de lactato por outros tecidos, mantendo a concentração estável. Quando a
taxa de remoção não é equilibrada pela produção, ocorre o acúmulo de lactato. Por
que nos indivíduos treinadas o acúmulo de lactato é menor no exercício moderado?
Por que no exercício intenso o acúmulo de lactato no indivíduo treinado é maior??
M mistura H
(+)
Origem
(-)
9. Limiar de Lactato
Limiar de lactato
14
concentração de lactato
12
10
(mmol/L)
8 1
6 2
4 Limiar de
lactato
2
0
21 18 7 8 9 10
velocidade (Km/h)
Freqüência Cardíaca
Consumo de oxigênio (ml/min/kg)
c) Qual seria uma forma de monitorar o limiar de lactato durante o exercício sem
que seja efetuada a sua dosagem?
120
100
80
60
40
20
0
10 30 2 5
s s min min
duração do exercício
0 25 50 75 100
VO2 max. (%)
Não treinados Treinados
Discuta:
-O que pode dizer ao respeito da relação entre a dieta, as reservas de glicogênio no
músculo e a resistência ao exercício?
-Para que tipo de competições você recomendaria uma dieta rica em CHO?
18
entrada de oxigênio (mM/min)
16
14
12
Fontes não sangüíneas
10
FFA
8
glicose
6
4
2
0
350
250
glicogênio do músculo
200 triglicerídeos dos músculos
50
0
25 65 85
porcentagem do VO2max
250
ácidos graxos
200
livres no plasma
triglicerídeos
150
glicogênio
100
glicose
50 sangüínea
0
sedentário treinado
13. Proteínas
Proteínas na dieta
Tabela 1: Estimativas das exigências nutricionais (mg/kg/dia) de aminoácidos por grupo de idade
Aminoácido Lactentes, idade Crianças, idade Crianças, idade Adultos
3-4 meses ~2 anos 10-12 anos
Histidina 28 ? ? 8-12
Isoleucina 70 31 28 10
Leucina 161 73 44 14
Lisina 103 64 44 12
Metionina + 58 27 22 13
Cisteína
Fenilalanina + 125 69 22 14
tirosina
Treonina 87 37 28 7
Triptofano 17 12,5 3,3 3,5
Valina 93 38 25 10
Fontes de proteína
Tabela 3: Recomendação nutricional (RDA) de proteínas para adolescentes e adultos homens e mulheres.
Quantidade Adolescente homem Adulto homem Adolescente mulher Adulto mulher
recomendada
Gramas de proteína 0,9 0,8 0,9 0,8
por kg de peso
corpóreo
Gramas de proteína 59 56 50 44
por dia (baseada na
média de peso *)
*A média de peso é baseada numa “referência” para homens e mulheres. Para adolescentes (idade 14-18) a
média de peso é aproximadamente 65,8 kg para homens e 55,7kg para mulheres. Para homem adulto essa
média é 70 kg e mulher é 56,8 kg.
Proteína exercício 1
Revisão metabolismo de aminoácidos
Questões
Qual o principal produto de excreção do metabolismo nitrogenado no homem?
Quais são os outros compostos nitrogenados excretados pelo homem?
Qual é a origem dos dois átomos de nitrogênio presentes na molécula de uréia?
Discuta o balanço energético no ciclo da uréia (balanço de ATP)?
Quais são os destinos das cadeias carbônicas dos aminoácidos?
Discuta a importância do ciclo da alanina-glicose.
Onde ocorre a síntese da uréia?
Exercício 2
Exercício 3
14. Carboidratos
Recomendações Nurticionais
Fontes de carboidratos
Fibra dietética
15. Lipídios
15.2. Colesterol
A dieta de lipídios representa cerca de 38% das calorias totais ingeridas nos
Estados Unidos, ou cerca de 50kg de lipídios consumidos por pessoa a cada ano.
Embora as recomendações para a ingestão diária de lipídios não estão
estabelecidas, o consumo de lipídios não deve exceder 30% da energia total da
dieta. Foi proposto que a maior parte dos lipídios seja consumido na forma de
ácidos graxos insaturados, igualmente distribuído entre poliinsaturados e
monoinsaturados. A principal fonte de colesterol são os alimentos de origem animal
ricos em ácidos graxos saturados.
“Paradoxo do Oxigênio”
"One of the paradoxes of life on this planet is
that the molecule that sustains aerobic life, oxygen,
is not only fundamentally essential for energy
metabolism and respiration, but it has been
implicated in many diseases and degenerative
disorders."
e- e- e- e-
O2 O2?? H2O2 ? OH H2O
2H+ H+ H+
Esquema 1. Passos intermediários da redução do oxigênio. A redução por 4 elétrons
do oxigênio até a água ocorre em etapas sucessivas de redução por 1 elétron.
Neste processo são formados os intermediários: ânion radical superóxido, peróxido
de hidrogênio e radical hidroxila, que correspondem à redução por um, dois e três
elétrons, respectivamente.
Durante o exercício físico as ROS podem ser produzidas por diversas fontes,
que variam de acordo com o órgão, o tempo de exercício e o tipo de exercício,
sendo que muitas das fontes não são exclusivas e podem ser ativadas
simultaneamente.
Neutrófilos/Macrófagos
O2
NO
sintase NADPH
oxidase
NO O2??
Fe2+ ? OH
ONOO- H 2O2
Mieloperoxidase O2
NO L L? LOO?
sintase
HOCl
NO ? OH
ONOO -
Fe2 +
O2??
H2O2 O2
Xantina
Oxidase
O2??
NO NO
sintase Mitocôndria
Célula Endotelial
Célula Muscular
Succinato
e-
NADH Complexo II
O2 2 H 2O
e-
4H+/4e-
Complexo I Q Complexo III Cit c Complexo IV
e- e-
pontos de ”vazamento de eletrons”
O2
O2
O2•-
ATP
2 ADP AK
AMP
HX HX
NAD+ Ca2+ O2
XDH
NADH protease XO O2??
X X
NAD+ Ca2+ O2
XDH
NADH protease XO O2??
UA UA
Repouso Exercício
16.3. NO sintase
A NO sintase catalisa a formação de óxido nítrico (NO) a partir de L-arginina,
oxigênio e NADPH.
16.4. Metais
LH Membrana Celular
1 O2 Aldeídos: MDA, 4-HNE, etc.
LH L? LOO? LOOH Etano, Pentano
Epóxidos
Etc.
2 L?
1. Iniciação: LH ? L?
2. Propagação: L? + O2 ? LOO?
LOO? + LH ? LOOH + L ?
Antioxidantes enzimáticos
Enzima Propriedades Tipos
Antioxidante
dismutase em H2 O2 citoplasma
(SOD) 2 O2 ? - + 2 H+ ? H2O2 + O2 Mn-SOD: localizado na matriz
mitocondrial
Extracelular SOD: contem Cu e Zn
no sítio catalítico
Glutationa Remove o H2 O2 e outros c-GPX: GPX clássica
peroxidase peróxidos orgânicos PHGPX: GPX específica para
(GPx) H2 O2 + 2 GSH ? 2 H2O + GSSG hidroperóxidos de fosfolipídio
LOOH + 2GSH ? LOH + H2O + p-GPX: GPX plasmática
GSSH GI-GPX: GPX encontrada
principalmente no trato digestivo.
* todas possuem Selênio no sítio
ativo
Catalase Remove o H2O2 Heme-Catalase: abundante no
2 H2 O2 ? 2 H2 O2 + O2 fígado e em eritrócitos.
Mn-Catalase
Antioxidantes não-enzimáticos
Antioxidante Propriedades Reações importantes
Proteína Propriedades
Existem vários fatores que podem induzir o estresse oxidativo. Eles podem
ser divididos em dois grupos:
- Fatores endógenos: exercício físico, estresse psicológico,
inflamação, câncer, etc.
Célula Muscular
cuidadosamente, visto que ainda não há estudos em relação aos efeitos provocados
por uma possível overdose de vitamina E.
Ao que parece, exercícios intensos de curta duração não reduzem a
quantidade de vitamina E nos tecidos, entretanto é enco ntrado um grande
decréscimo da sua concentração, tanto em diversos tecidos como na mitocôndria,
após um exercício de longa duração. Colaborando com esses dados, temos que a
suplementação de vitamina E aumenta a resistência a lipoperoxidação provocada
pelo exercícios intenso.
5. Existe um aumento de radicais livres durante o exercício? Caso exista, quais são
as principais fontes?
Sabe-se que uma das principais fontes de radicais livres durante o exercício e a
cadeia de transporte de elétrons . Quais são as vias metabólicas que alimentam a
cadeia de transporte de elétrons? Qual seria o tipo de exercício em que se esperaria
uma grande produção de radicais livres?
O2
L L? LOO? LOOH
4 1.-------------------------------
?OH
LOH
Fe 2+ ou Cu+
2.-------------------------------
GSSG GSH 5
3 3. -------------------------------
H2 O H 2O2
2 O2
1
4. -------------------------------
O2??
H 2O
5. -------------------------------
Mitocôndria
6. -------------------------------
Célula Muscular
0
Tipo I Tipo IIb
Fibra Muscular
13. Quais minerais têm relação com o aparecimento de radicais livres ou o sistema
de defesa antioxidante?
14. Foi comprovado que o exercício leva a uma liberação de ferro nos músculos,
sendo que esse ferro livre se difunde nas membranas e, ao interagir com ácido
ascórbico e tióis, leva a lipoperoxidação. Por que a interação de ferro com ácido
ascórbico e tióis leva a lipoperoxidação?
Complete o esquema.
4 3
1 2
LOO? LOOH
_ Ah! Como você faz nutrição na USP, pra que serve o Molibdênio?
ou então:
Dia seguinte você toma a “Santa Carnitina”, vai pro CEPEUSP, faz seu treino mas
não percebe muita diferença. No dia seguinte é a mesma coisa. E no terceiro dia:
nada. Você encontra seu amigo e rola a conversa:
_ Legal né? O barato é coisa fina! Dobrei a dose e já to dando umas 20 voltas sem
cansar.
Daí você olha meio desconfiado, mas fica quieto porque não sabe exatamente o que
está acontecendo. Onde está o problema. “Deve ser comigo.” pensa você, e fica
na dúvida..
Introdução
17.1. Vitaminas:
Características básicas:
inativa ativa
niacina NAD
17.2. Minerais
O conceito de que vitaminas não fazem mal para a saúde mesmo em grandes
quantidades é amplamente difundido. Realmente algumas vitaminas, mesmo em
doses muito elevadas, não causam maiores transtornos, porém certas vitaminas
podem levar a quadros de intoxicação. Os melhores exemplos são a vitamina A e a
vitamina D. Essas duas vitaminas são lipossolúveis e podem se acumular no tecido
adiposo, além de possuírem ação hormonal, interagindo diretamente na transcrição
gênica.
A ingestão de doses 10 vezes maiores que a RDA durante a gestação pode
promover danos cerebrais a criança. Essa mesma dose pode levas a sintomas
neurológicos e danos a visão, tanto em crianças como em adultos. Outros sintomas
comuns são dor de cabeça, vômitos, lesões cutâneas e ósseas, anorexia e queda de
cabelo.
O ? -caroteno é uma substância muito comum em vegetais vermelhos ou
alaranjados, como exemplo clássico, temos a cenoura. O ? -caroteno faz parte de
uma família (os carotenóides) de substâncias que podem sem convertidas em
nosso organismo para vitamina A. Cada molécula de ? -caroteno pode ser
convertida em duas moléculas de retinol, daí a denominação pró-vitamina A.
Apesar disso, a ingestão de altas doses dessa substancia não é tão tóxica como a
ingestão de retinóis. Observa-se que indivíduos que recebem altas doses diárias
tem a concentração plasmática em caroteno aumentada, mas não em retinóis.
Aparentemente essa conversão é cuidadosamente regulada. Inclusive ocorre
acúmulo de carotenóides no tecido gorduroso, levando inclusive a uma coloração
avermelhada da pele.
O excesso de vitamina D também é altamente prejudicial. Nessas situações
ocorre deposição de minerais tecidos moles, como rins, coração e pulmões. Em
geral o quadro é irreversível. Os sintomas de intoxicação são náusea, vômitos,
anorexia, dor nas juntas, e se a ingestão for continuada, pode ocorrer a morte.
A toxicidade em altas doses não é “privilégio” das vitaminas lipossolúveis.
Doses 1000 vezes maiores de vitamina B6 podem levar a danos neuropáticos
periféricos, como formigamento e analgesia de mão e pernas, até dificuldades de
manuseio de pequenos objetos e alterações no caminhar. A recuperação completa
de um quadro desse leva de 2 a 3 anos após drástica redução de vitamina B6 na
dieta.
- Ferro: o ferro para se absorvido precisa estar no estado de oxidação (Fe2 +).
Então fontes contendo o ferro no seu estado oxidado não são boas fontes. Esse
problema pode ser contornado com a ingestão de vitamina C junto com o ferro (a
vitamina C é redutora). Mas esse não é o único detalhe quanto à absorção de
ferro. O ferro, como outros metais de transição, pode ser complexado por várias
substâncias. Se o complexo formado for estável e não houver mecanismo de
transporte trans-membrana, não haverá uma absorção apreciável. Exemplo dessa
situação é o ferro em vegetais que possuem grandes quantidades de ácido fítico.
As melhores fontes de ferro são as carnes e sangue, onde ele não só está presente
em boas quantidades, mas também está na forma heme (grupo prostético da
hemoglobina e mioglobina), que é uma forma facilmente absorvida.
Exercícios
12. O que você acha dos suplementos multi-minerais (aqueles que contem
cobalto, ferro, zinco, cobre, e mais metade da tabela periódica)? Existe alguma
necessidade de ingestão de cobalto?
100
% da atividade máxima
80
60
40
20
0 1 2 3 4
Mg / mM
Algumas coenzimas apresentam em suas moléculas vitaminas que são obtidas através da
dieta. Com base no esquema geral abaixo sobre o papel das vitaminas solúveis em água no
metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas complete a tabela abaixo.
Gráfico 2: Mudanças no volume máximo de oxigênio com a idade. Valores expressos em (a)
l/min e (b) relativos ao peso corporal (ml/min.kg)
Figura 1: (a) freqüência cardíaca, (b) volume circulante, (c) débito cardíaco e (d) diferença
de oxigênio arterial-venoso em um garoto de 8 anos de idade e um homem completamente
desenvolvido
18.1.2. Força
Exercícios
Figura 1. Relações entre a taxa de desaparição de glicose (Rd) e a intensidade de exercício para homens e
mulheres. (a) intensidade de exercício expressada como VO2 por kg de massa corporal e (b) intensidade de
exercício expressada como % de VO2max. Os valores são médias +/- SE de medidas de derivados [1-13C]-glicose
usando GCMS (cromatografia gasosa com espectrometria da massa ). b) Os pesquisadores também observaram os
dados referentes à taxa de intercâmbio respiratório ou respiratory exchange rate (RER) (Tabela 1). Que indicam as
diferenças na RER registradas entre homens e mulheres?
350
Repouso Exercício mulheres
300 homens
250
epinefrina (pg/ml)
*
200
150
100
50
0
Pré Pós 65% (pré) 65% (pós)
Figura 1.
18.3. Obesidade
Exercícios:
Em um estudo exaustivo (Malenfant P et al., 2001), vinte pessoas obesas
(entre homens e mulheres) foram avaliadas após dieta de baixo conteúdo de
lipídeos e após dieta mais exercício sustenido, na variação de suas medidas
antropométricas (Tabela 1 e 2), nos níveis de reservas energéticas musculares
(glicogênio e triglicerídeos) (Figuras 1 a, b) e nos níveis de enzimas mitocondriais
indicadores de mudança de metabolismo energético (Figura 3).
a)
b)
18.4. Velhice
Exercício:
Figura 1. Efeito da idade nos níveis de RNAm das isoformas MHC. * = significativo
respeito do grupo jovem; # = significativo respeito do grupo maduro.
Figura 2. Efeito do exercício ao longo prazo sobre os níveis de RNA das isoformas
de MHC. Homens e mulheres maduros e idosos foram escolhidos aleatoriamente
dos grupos originais para fazer o exercício ou ficar como controles durante 3 meses
* = significativamente diferente de Antes de fazer o exercício (no caso do Grupo
que fez).
Figura 3. Efeito do exercício ao longo prazo (vs. Controle) sobre a taxa de síntese
da MHC (considerando as três isoformas juntas) e sobre às das proteínas
musculares misturadas. Não houve diferenças entre as idades na resposta ao
exercício. * = significativamente diferente de Antes de fazer o exercício (no caso do
Grupo que fez).
19. Doping
DOPING NO ESPORTE
Esteróides anabolizantes
Agora estudaremos um modelo de ação hormonal desde o nível celular até seus
efeitos metabólicos no organismo como um todo, tomando como modelo o cortisol.
Estimulantes
São drogas que afetam o SNC e que podem ser obtidas do chocolate
(teobromina), chá (teofilina), café (cafeína), denominadas metilxantinas por sua
estrutura química. Alem disso temos as estricninas, anfetaminas e derivados
(metilfenidato, pemolina).
Estimulação Concentraçao
Cafeína 12 µg/ml
Catina 5 µg/ml
Efedrina 5 ng/ml
Epitestosterona 200 µg/ml
Nonandrosterona 2 ng/ml.- homens
5 ng/ml - mulheres
Metilefedrina 5 µg/ml
Fenilpropanolamina 10 µg/ml
Pseudoefedrina 10 µg/ml
Anfetaminas
Uma pesquisa feita com nove ciclistas competitivos, com um VO2 máx de 60
ml/kg/min, demonstrou que consumindo a quantidade de cafeína encontrada
geralmente em 2,5 copos do café filtrado (350 mg) 60 minutos antes de exercitar,
aumenta o tempo de exercício total até a exaustão em 19.5%, em comparação
àqueles que não consumiram cafeína. Os atletas podiam executar exercícios por
1. Quais são as drogas que afetam o SNC e de quais outros produtos naturais
podem ser obtidos?
2. Qual é o efeito metabólico das anfetaminas no músculo?
3. Em que medicamentos podemos encontrar cafeína?
4. Como a cafeína regula o AMP cíclico, e qual seria a conseqüência disso?
5. Porque é arriscada a utilização de anfetaminas em atletas diabéticos?
Explique.
Hormônios peptídicos
Questionário
Eritropoetina
950
920
Consumo (g)
890
860
830
800
C S0,1 S1,0 S2,0
Grupos
210 grupo de
Peso (g)
controle
média dos
suplementados
180
150
1 5 9 14
Tempo (dias)
300
250 grupo de
Peso (g)
controle
200 média dos
suplementados
150
100
1 5 9 13 17 21 25 28
Tempo (dias)
Placebo Creatina
Antes Depois Antes Depois
Total Cr (TA) 342.3 ? 5.1 346.1 ? 7.7 335.8 ? 8.9 368.1 ? 9.7
Total CR(RF) 372.8 ? 5.7 371 ? 4.6 365.4 ? 5.5 430.9 ? 7.6
PCr/ATP 1.043 ? 0.017 1.096 ? 0.020 1.005 ? 0.021 1.246 ? 0.016
Gráfico 1:
Gráfico 2:
Gráfico 3:
Discuta qual a concentração de Pc nos dois grupos após 20, 60 e 120 min de
recuperação?
56
massa magra (kg)
semana 0
54 semana 4
semana 8
52
50 placebo HMB
Figura 1: massa magra nas semanas zero, quatro e oito de um programa de treinamento
com adultos consumindo 3g/dia de HMB ou 3g/dia de placebo.
0,5
Variação da % de gordura corporal
0 1 2 3 4
placebo
HMB
-0,5
-1
11. Que ações metabólicas estão sendo constatadas nesses experimentos para o
HMB?
0,4
0,3
0,2
0,1
0
Nissen et al. Nissen et al. Kreider et al. Panton et al. Panton et al. Gallagher et Presente
1996 - 1996 - 1999 - 2000 - 2000 - al. 2000 - estudo -
homens 19 homens homens mulheres ~24 homens ~27 homens 18 homens e
a 29 anos 19 a 22 anos ~25 anos anos anos a 29 anos mulheres ~70
anos
mg . kg-1 . dia- 1
0 38 76
N 14 12 11
Idade 22,3 ? 0,9 21,0 ? 0,9 21,8 ? 1,1
Altura (cm) 178,8 ? 2,8 180,7 ? 1,6 181,8 ? 2,6
Antes (kg) 77,2 ? 4,0 76,1 ? 2,7 81,7 ? 5,3
Depois (kg) 77,6 ? 3,8 78,2 ? 2,7 81,8 ? 2,1
Massa magra (kg)
Antes 65,3 ? 2,5 64,4 ? 1,6 69,2 ? 3,0
Depois 65,3 ? 2,2 66,3 ? 1,6 69,0 ? 3,0
Variação 0,0 ? 0,1 1,9 ? 0,6 -0,2 ? 0,5
12. Que conclusões podemos tirar acerca desses dados? A que você atribui a
diferença dos resultados obtidos?
100
gordura
90 carboidrato
proteína
80
70
60
50
40
30
20
10
0
descanso leve e moderado alta intensidade e alta intensidade e alta intensidade e
curta duração longa duração altíssima duração
Figura 1
180
tempo de exaustão (min)
160
140
120
100
80
60
40
20
0
dieta baixa em dieta normal dieta rica em
carboidratos carboidratos
Figura 2
Com base nos dados das tabelas acima você acha indicado o uso do suplemento
Whey Protein ou do Power Bar (Protein Plus)? Existem algumas situações aonde o
seu uso fosse mais indicado ou menos indicado?
Proteínas são constituídas de aminoácidos e sofrem digestão para poderem ser
absorvidas no tubo digestivo. Qual seria a diferença de uma suplementação
protéica para o uso de suplementos a base de aminoácidos?
A recomendação de 2g de proteína/kg faria com que um atleta que pesasse 80kg
tivesse a necessidade de ingerir 160g de proteína por dia. Esse valor seria suprido
com a ingestão diária de cerca de 320g de frango, sem levar em consideração
qualquer outro alimento ingerido durante o dia e que fosse constituído por proteína
(cereais, ovos, leite, etc). Com essas informações você acha necessário uso de
suplementos proteicos?
Num experimento realizado com humanos, foi dada uma dieta a base de
carboidratos (como estímulo à liberação de insulina) e aminoácidos e medido a
porcentagem de síntese de proteína muscular. Os resultados se enco ntram na
Fig.1:
0,2
Síntese de Proteína Muscular (%/h)
0,1
0
Basal PE PE + Ins PE + AA
400
suplementado
(mmol/kg)
300 com BCAA
200
100
0
Descanço Após o 0,5h após 1h após 2h após
exercício
500 placebo
400
suplementado
(mmol/kg)
200
100
0
Descanço Após o 0,5h após 1h após 2h após
exercício
22. Hidratação
2) O estômago é capaz de esvaziar até 1,7 litros de água por hora. Qual
volume de água (por hora) você recomendaria para fazer uma reposição
hídrica durante uma atividade física?
24. Apêndice
Biotina
Bioquímica da biotina
Deficiência em biotina
crus (seis por dia) durante muitos meses. Ovos cozidos não oferecem qualquer
risco, pois a avidina é destruída com o aquecimento.
A deficiência de biotina induz a acumulação de propionil-CoA, que passa a ser
reconhecida pela sintetase de ácido graxo, levando a produção de pequenas
quantidades de ácidos graxos com número ímpar de carbonos (15 ou 17).,
Estudos em animais revelaram que a deficiência durante a gestação promove
defeitos ao feto.
Vitamina B6
A RDA para essa vitamina é 2,0 mg para adultos e 0,3 mg para crianças. A
vitamina B6 possui diversas formas: oiridoxina, piridoxal, piridoxamina, e as
respectivas formas fosforiladas (figura 2). As formas ativas são a piridoxal fosfato
(PLP) e a piridoxamina fosfato (PMP). O cofator permanece ligado via um resíduo
de lisina o tempo todo. A ligação da PLP é mais estável.
São fontes apreciáveis de vitamina B6: peixe, aves, fígado e ovos. O leite e
a carne de mamíferos menores quantidades. Em todas essas fontes praticamente
toda a vitamina é biodisponível.
Vegetais possuem, além das formas já descritas, a piridoxina glicosídeo
(figura 3). Em vegetais como o feijão, laranja, cenoura, brócolis, etc., de 50 a 75
% da vitamina B6 encontra-se nessa forma, pouco disponível (absorvemos menos
que 50 % da vitamina ingerida).
Bioquímica da vitamina B6
Enzima Função
Glutamato -piruvato aminotransferase Interconverção de alanina e piruvato
Glutamato -oxaloacetato Intervonverção de aspartato e
aminotransferase oxaloacetato
BCAA aminotransferase Catabolismo do BCAA
Serina desidrogenase Catabolismo da serina
Serina hidroximetiltransferase Produção de uma unidade de carbono
utilizada no metabolismo mediado pelo
folato
Sistema de clivagem da glicina Catabolismo da glicina na mitocôndria
DOPA descarboxilase Conversão de DOPA a dopamina, na
via de síntese de catecolaminas
Histidina descarboxilase Produção de histamina
Glutamato descarboxilase Conversão de ácido glutâmico em
GABA
Cistationina sintetase Biosíntese de cistationina a partir de
homocisteía e serina
Cistationase Desdobramento de cistationina a ? -
cetobutirato e cisteína
Cisteína sulfinato aminotransferase Produção de sulfato
Cisteína sulfinato descarboxilase Síntese de taurina
Ácido aminolevolínico (AL) sintetase Síntese do grupo heme
Cetoesfingosína (KS) sintetase Síntese de esfingosina
Fosfatidilserina descarboxilase Síntese de Fosfatidiletanolamina
Glicogênio fosforilase Quebra do glicogênio
Deficiência
Toxicidade
Vitamina B2
A RDA para indivíduos adultos é 1,7 mg. Fígado é uma excelente fonte de
riboflavina, que também é encontrada em boas quantidades no leite, carne e
vegetais verde-escuros, como o brócolis e o espinafre. Grãos e legumes também
apresentam essa vitamina.
A riboflavina é foto-sensível, por esse motivo o leite deve ser conservado em
embalagens que não permitem a passagem de luz.
Após a absorção, cerca de metade da vitamina B2 se liga a albumina.
Quando ingerimos altas doses (20 a 60 mg), grande parte é prontamente eliminada
na urina, conferindo uma cor laranja bem característica.
Os cofatores FAD, derivados da riboflavina, são chamados de flavinas,
enquanto as respectivas enzimas que se ligam a eles são denominadas
flavoproteínas.
A conversão da riboflavina para flavina mononcleotídeo (FMN) é catalizada
pela flavoquinase, numa reação que pode ocorrer na própria mucosa intestinal
quando da absorção, ou posteriormente em outros órgãos. A FAD sintetase cataliza
Figura 5.
Deficiência
Niacina
Bioquímica
Deficiência
Tanto o leite como o ovo são fontes apenas discretas de niacina, porém uma
dieta rica nesses nutrientes é capaz não só de evitar mas reverter quadros de
deficiência em niacina. A explicação é dada pela grande porcentagem de triptofano
encontrada nesses alimentos. Nosso organismo é capaz de converter triptofano em
niacina (figura 6). É aceito que a cada 60 mg de triptofano ingeridos, 1 mg de
niacina é produzido.
Vitamina B1
Bioquímica
Deficiência
Folato
Bioquímica
Resposta:
Resposta:
molécula molécul
metilada a
5-metil- B H4 folat
H4 folato o
serina
B6 GAR
5,10-metileno- glicina
H4 folato
formil-GAR
10-formil-
H4 folato
TS
dUMP timidilat
o
Vitamina B12
Bioquímica
Resposta:
Resposta:
Resposta:
Resposta:
Ácido Pantotênico
A RDA de ácido pantotênico (AP) não está bem definida, uma vez que a
ingestão de AP é normalmente grande. Encontramos essa vitamina na forma livre
(AP), como coenzima-A (CoA), acetil-CoA livre, e como acetil-CoA ligada a cadeias
de ácidos graxos. Somando todas as formas, a ingestão diária em AP varia de 5 a
10 mg/dia. As maiores fontes alimentares são o fígado, gema de ovo e vegetais.
As formas de Co-A são absorvidas somente depois de hidrolisada a AP no lúmem.
O AP é uma vitamina hidrossolúvel que desempenha basicamente duas
funções no metabolismo: síntese do cofator da sintetase de ácidos graxos e síntese
da coenzima A.
A CoA está presente em uma ampla gama de reações: ciclo de Krebs, síntese
e oxidação de ácidos graxos, metabolismo dos aminoácidos e de corpo cetônicos,
síntese do colesterol e conjugação de sais biliares.
O nome Coenzima A foi dado em virtude da capacidade de transferir um
grupo acetil a diversos substratos.
A forma acetilada de CoA, a acetil-CoA, é vital para o metabolismo. Participa
de reações catalisadas pela citrato sintetase (ciclo de Krebs) e pela colina acetil
transferase (síntese de acetil colina), está presente na reação de iniciação da
VITAMINA C
Forma molecular
Bioquímica
Deficiência
Toxicidade
Vitamina E
Bioquímica
Deficiência
Excesso
Pecularidade
Vitamina K
Funções metabólicas.
Deficiência
Toxicidade
Vitamina A
Introdução
Função e deficiência
Toxicidade
Vitamina D
Metabolismo
Função
Deficiência
Toxicidade
Minerais
Cobre
Bioquímica do cobre
Enzima/proteína função
citocromo c oxidase cadeia respiratória
lisina oxidase síntese de colágeno
dopamina ?-hidroxilase síntese de neurotransmissor
tirosina oxidase síntese de melanina
superoxido desmutase remoção de espécies reativas
citoplasmática (superoxidos)
amina oxidase catabolismo da histamina e estruturas
correlatas
metalotionina armazenagem de cobre ou desintoxicação
ceruloplasmina armazenagem de cobre ou transporte
A absorção de cobre não é prejudicada pelo ácido fítico, como ocorre com o
cálcio, ferro e zinco. Uma vez absorvido passa pelo fígado, onde se liga a
ceruloplasmina e é liberado dessa forma para a corrente sanguínea. A
ceruloplasmina contém de 60 a 95 % do cobre plasmático. Cerca de 7 % do cobre
se liga a albumina e a aminoácidos livres, principalmente histidina, treonina e
glutamina. Embora não seja letal, a ausência de ceruloplasmina pode acarretar
diabetes, degeneração da retina e formação de depósitos de cobre no cérebro,
fígado e pâncreas.
Existem evidências que a ceruloplasmina está envolvida no metabolismo do
ferro, auxiliando na incorporação de ferro pela ferritina, embora exista outro
mecanismo que permite a ligação de ferro a ferritina de forma espontânea. A
ceruloplasmina, através do cobre, oxida traços de Fe2 + presentes na circulação
sanguínea a Fe3 +. Essa reação permite não só a ligação a ferritina como previne
danos a membranas celulares (o Fe2 + apresenta essa toxicidade).
Altas doses de cobre induzem a expressão de metalotionina nos enterócitos.
Deficiência
Doença de Wilson
Resposta:
Doença de Menke
Resposta:
Iodeto
Bioquímica do iodeto
Deficiência em iodeto
parâmetro em condições na
normais deficiência
glândula tireóide (mg) 13 23
T4 plasmático (ng/ml) 40 20
fluxo sang. na tireóide (ml.min- 1 /grama de 23 68
tecido)
TSH (ng/ml) 2,4 2,9
Pergunta: algas marinhas conhecidas como joio marinho contém elevados níveis
de iodeto. Certas dietas comuns no Japão são baseadas em sopas feitas com essas
algas, o que pode levar a uma ingestão diária de 80 a 200 mg de iodeto (1000
vezes mais que a quantidade indicada). Essa dieta promove bócio em adultos e
crianças. Qual seria o motivo?
Resposta:
Magnésio
Bioquímica do magnésio
Certas enzimas requerem magnésio livre (não ligado a ATP), porém cabe
ressaltar que nessas enzimas o manganês é 10.000 vezes melhor ativador, o que
faz crer que nesses casos o manganês é o ativados biológico dessas enzimas.
O magnésio é requerido na síntese do DNA e do RNA e de proteínas, assim
como por várias enzimas relacionadas a síntese de carboidratos e lipídeos.
Estruturalmente o magnésio também apresenta funções, podendo ser
encontrado ligado a membranas fosfolipídicas, ribossomos e cromatina, na forma
iônica. O íon magnésio é importante para a transmissão de sinais entre células,
uma vez que a enzima adenilato ciclase é Mg-dependente.
Deficiência de magnésio
Resposta:
Resposta:
Manganês
Ainda não está definida uma RDA para o manganês, porém recomenda-se ,
para adultos, o consumo diário de 2 a 5 mg desse mineral. A absorção de
manganês é relativamente baixa. Apenas de 1 a 16 % do elemento presente na
dieta é absorvido. Apesar disso, a deficiência é muito rara e não existe caso de
populações consideradas deficientes. Boas fontes de manganês são grãos, frutas e
vegetais. Fontes animais são relativamente pobres.
Bioquímica do manganês
Deficiência em manganês
Molibdênio
Resposta:
Bioquímica do molibdênio
Deficiência
Sulfito e sulfato
O sulfito é uma substância tóxica, porém, conforme pode ser visto na seção
correspondente ao molibdênio, o sulfito é convertido a sulfato. A maior parte do
sulfito ingerido está presente no alimento como aditivo. O sulfito como aditivo
impede o crescimento bacteriano, e atua como antioxidante, preservando a
qualidade microbiológica e principalmente a cor de determinados alimentos.
Vinhos, vagens, sucos de laranja, cereja, pêssegos desidratados são exemplos de
produtos freqüentemente aditivados com sulfito.
Algumas pessoas asmáticas possuem sensibilidade aumentada a sulfito.
Aparentemente essas pessoas possuem baixos níveis de sulfito oxidase. Esse
grupo de pessoas deve evitar alimentos aditivados com sulfito e alimentos ricos em
cisteína.
Bioquímica do zinco
Atenção: nem todas as proteínas que apresentam uma região com essa
seqüência são zinc fingers.
proteínas/enzimas função
anidrase carbônica interconverção de CO2 /HCO2 -
álcool dehidrogenase catabolismo do álcool
fosfatase alcalina hidrólise de grupos fosfato
carboxipeptidase A digestão de proteínas ingeridas
carboxipeptidase B digestão de proteínas ingeridas
enzima conversora de angiotensina reguladora da pressão sanguínea e
balanço salino
superoxido dismutase citoplasmática eliminação de espécies reativas
(superoxidos)
acido aminolevulicina dehidratase biossíntese de heme
insulina (nas vesículas secretoras) “empacotamento” da insulina, como
cristais
vesículas contendo catecolaminas dá mais força para a matrix protéica
usada no empacotamento de
catecolaminas
esfingomielinase hidrolise de esfingomielina (existem
outras que não dependem de zinco)
metalotionina estocagem de zinco ou desintoxicação
lactoalbumina/galactisiltransferase síntese de lactose
componente 9 do complemento sistema imune
proteína quinase C transmissão de sinais celulares
frutose 1,6-difosfatase gliconeogênese
Deficiência
Resposta:
Boro
Cobalto
Silício
Cromo
Ferro
HOOH HO + HO
Fe2 Fe3 +
+
Bioquímica do ferro
Resposta:
Resposta:
A mioglobina (Mb) é uma proteína monomérica. Sua função é manter uma reserva
de oxigênio no tecido muscular. Semelhantemente a Hb, a afinidade do oxigênio
pela Mb depende da concentração local do gás, porém o oxigênio apresenta maior
afinidade pela Mb do que pela Hb, e apenas em condições mais severas ocorre o
deslocamento do oxigênio ligado a Mb. Em certos mamíferos mergulhadores, como
os golfinhos, a Mb representa de 3 a 8 % da proteína muscular.
Absorção de ferro
Deficiência
Cálcio
Fósforo
Selênio
O interesse pelo selênio foi provocado inicialmente pela sua toxicidade devido
ao envenenamento por selênio, que foi detectado em animais que pastam em
terrenos com altos níveis desse elemento químico. Mais tarde, foi identificado seu
papel positivo quando se provou que protegia ratos deficientes em vitamina E da
necrose hepática. Em 1973, foi descoberta nos tecidos a forma mais ativa da
glutationa peroxidase, uma selenoenzima.O selênio participa da defesa antixidante
e na proteção contra a peroxidação lipídica de membranas celulares e subcelulares.
Assim, age em sinergismo com a vitamina E, em sua função antioxidante. O selênio
está presente nos alimentos na forma inorgânica e ligado a dois aminoácidos
modificados, na forma de selenocisteína (origem animal) ou selenometionina
(origem vegetal). São boas fontes de selênio: aipo, alho, atum, brócolis, cebola,
cereais integrais, cogumelos, farelo de trigo, fígado, frango, frutos do mar, ovo,
germe de trigo, leite, pepino e repolho.
A deficiência de selênio resulta raramente em anemia e o excesso causa
desordens gastrointestinais e irritação do pulmão. A deficiência de selênio resulta
num aumento significativo do colesterol plasmático. Dietas com baixo teor de
selênio aumentam o risco de doença cardíaca. As enzimas que contêm selênio
diminuem a oxidação das lipoproteínas e protegem as artérias contra a deposição
do colesterol. Na china é observada uma cardiomiopatia endêmica juvenil chamada
doença de Keshan que parece resultar da interação de diversos fatores como
deficiência de selênio, de vitamina E e ácidos graxos poliinsaturados e
possivelmente de um agente infeccioso (vírus coxsackie). O selenio não parece ser
tóxico, mas certos selenídeos de hidrogênio têm grande toxicidade, semelhantes ao
arsênico.