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O documento discute o objeto de estudo da ética, que inclui o comportamento moral humano e as normas morais. A ética não se dedica exclusivamente ao dever ser, mas também estuda a ação moral. As normas morais surgem da experiência social e da interação entre indivíduos e sociedade.
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Aula 1 - O Objeto Do Saber Ético e as Normas Morais
O documento discute o objeto de estudo da ética, que inclui o comportamento moral humano e as normas morais. A ética não se dedica exclusivamente ao dever ser, mas também estuda a ação moral. As normas morais surgem da experiência social e da interação entre indivíduos e sociedade.
O documento discute o objeto de estudo da ética, que inclui o comportamento moral humano e as normas morais. A ética não se dedica exclusivamente ao dever ser, mas também estuda a ação moral. As normas morais surgem da experiência social e da interação entre indivíduos e sociedade.
Disciplina: Deontologia Jurdica Professora Msc. Nazar Rebelo E-mail: professoranazarerebelo@gmail.com O saber que se intitula tica tem por objeto de estudo a ao moral e suas tramas. Esse saber tico no possui natureza puramente normativa No se dedica exclusivamente compreenso do dever- ser tico. Estuda o comportamento moral do ser humano em sociedade; ou
Tem como objeto de estudo a Moral.
o conjunto de padres comportamentais, universais e necessrios, orientadores e balizadores da conduta humana para o convvio social harmnico, objetivando a PAZ e o Desenvolvimento Social, Econmico... Porm, h que se dizer que em suas pretenses de estudo se encontram englobadas as normas morais. Ou seja, a deontologia, o estudo das regras morais, parte das preocupaes do saber tico. o caso de Hans Kelsen, para quem a cincia tica se define como o estudo das normas ticas. O estudo da tica nos permite corrigir os vcios e acentuar as virtudes, de tal forma que, em cada opo, escolha ou ao, ns podemos obter o resultado mais justo, prprio e oportuno. A percepo da moral, ou seja, o conjunto de regras definidas como normas morais (no matars; no julgars; no fars ao outro o que no desejareis a ti fosse feito; no roubars; dars a cada um o seu...) , no fundo, a abstrao das experincias morais apreendidas pela prtica da convivncia social humana. Desse modo, pode-se admitir que todo contedo de normas ticas tem em vista sempre o que a experincia registrou como sendo bom e como sendo mau, como sendo capaz de gerar felicidade e infelicidade, como sendo o fim e a meta da ao humana, como sendo a virtude e o vcio. Essa percepo, que no estvel, nem homognea em sua totalidade e em sua generalidade, entre as diversas culturas, varia ao sabor de inmeros fatores. Com os meios de realizao escolhidos, com os fins almejados, com as consequncias prticas e com os reflexos sociais previstos... percebe-se, compreende-se, constri-se, delibera-se... quais so os padres de conduta aceitveis e inaceitveis. Mas isso no se pode definir antes da necessria passagem pelo convvio histrico. O que se quer dizer que as regras que orientam e disciplinam o que seja o socialmente aceitvel e conveniente decorrem da abstrao das experincias e das vivncias sociais historicamente engajadas. O indivduo produz conceitos e padres ticos e os envia sociedade, assim como a sociedade produz padres e conceitos ticos e os envia (ou inculca), por meio de suas instituies, tradies, mitos, modos, procedimentos, exigncias, regras, conscincia do indivduo. dessa interao, e com base no equilbrio dessas duas foras, que se pode extrair o esteio das preocupaes tico-normativas. INTRODUO MORAL Os valores Diante de pessoas e coisas, estamos constantemente fazendo juzos de valor. Esta caneta ruim, pois falha muito. Esta moa atraente. Este vaso pode no ser bonito, mas foi presente de algum que estimo bastante, por isso, cuidado para no quebr-lo! Gosto tanto de dia chuvoso, quando no preciso sair de casa! Acho que Joo agiu mal no ajudando voc. SO VALORES TICOS OU NO???? Isso significa que fazemos juzos de realidade, dizendo que esta caneta, esta moa, este vaso existem, mas tambm emitimos juzos de valor quando o mesmo contedo mobiliza nossa atrao ou repulsa. Nos exemplos, referimo-nos, entre outros, a valores que encarnam a utilidade, a beleza, a bondade... Mas o que so valores? Embora a preocupao com os valores seja to antiga como a humanidade, s no sculo XIX surge uma disciplina especfica, a teoria dos valores ou axiologia (do grego rodos, "valor"). A axiologia no se ocupa dos seres, mas das relaes que se estabelecem entre os seres e o sujeito que os aprecia. Diante dos seres (sejam eles coisas inertes, ou seres vivos, ou ideias etc.) somos mobilizados pela afetividade, somos afetados de alguma forma por eles, porque nos atraem ou provocam nossa repulsa. Portanto, algo possui valor quando no permite que permaneamos indiferentes. nesse sentido os valores no so, mas valem. Uma coisa valor e outra coisa ser. Quando dizemos de algo que vale, no dizemos nada do seu ser, mas dizemos que no indiferente. A no-indiferena constitui esta variedade ontolgica que contrape o valor ao ser. A no-indiferena a essncia do valer. Os valores so, num primeiro momento, herdados por ns. O mundo cultural um sistema de significados j estabelecidos por outros, de tal modo que aprendemos desde cedo como nos comportar mesa, na rua, diante de estranhos, como, quando e quanto falar em determinadas circunstncias; como andar, correr, brincar; como cobrir o corpo e quando desnud-lo; qual o padro de beleza; que direitos e deveres temos. Conforme atendemos ou transgredimos os padres, os comportamentos so avaliados como bons ou maus. A partir da valorao, as pessoas nos recriminam por no termos seguido as formas da boa educao ao no ter cedido lugar pessoa mais velha; ou nos elogiam por sabermos escolher as cores mais bonitas para a decorao de um ambiente; ou nos condenam por termos faltado com a verdade. Ns prprios nos alegramos ou nos arrependemos ou at sentimos remorsos dependendo da ao praticada. Isso quer dizer que o resultado de nossos atos est sujeito sano, ou seja, ao elogio ou reprimenda, recompensa ou punio, nas mais diversas intensidades, desde "aquele" olhar da me, a crtica de um amigo, a indignao ou at a coero fsica (isto , a represso pelo uso da fora).