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*Boplendido... Uma inteligencia bicida e por derosa,” Eric Hobshawm, New Statesman “Fxtremamente agraildvel.. Uma grande con Iruledo @ soctslogta histiried. Donald Macrae, New Society "Uma narrativa somplexa, seguro, marwvithosa- mente tweidu, dos antivos gregos ds monarquias ab- Sohutistas moderna... estimulante, " ‘Moses Finley, The Guardian “Osurpreendente uleanice das concepedes ea habi- lidadte rquiteroniea com que fol exeeutada fazer desta obra uma experiéneia intelectual Formiidivel,” Keith Thomas, New York Review of Books “Uma fascinante insroduezo ao entendimento da ‘ooderi yociedude capitalista.... A amplitude da dinerpretagao de Anderson impressions. E sina sintese que oferece explicacdo convincente para o desewvatvtinento desigual do feudaliseuo europess, niu Teste enn Ocidenie, no Béltioo @ no Mediterrd- Rodiiey Hilton Areas de Interesse: Historia, Politica sson:98.11 13067" t PERRY ANDERSON ans } Colesio Tudo € Histia a PASSAGENS ‘Bota «Vide ‘A Camiaho da Ide Média A wsure. eee ee Waldir Freitas Oliveira DA fe os iy ‘As Conta Vi pels Abe io neo Fe ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO ‘ea ea O Egito Antigo Aint 0 Const Cae tamara Cardo ees ier ial et Fo Fano J Alda Medi Tac Remteente a ocidews © impti Bieacino Beat Sou Hilario Franco Je. Hilatio Franco Je. * Ostler nt Idee Média © Mundo Ania Jrquests Gat Bae fe 3? edicno Rae ee ce Meenas j aa arene per ores | Jean-Pierre Vernant e Pierre Vidal- ‘Sonia Regina de Mendonca Micky Goce Pree tual editora brasiliense Copyright © by Perry Anderson, 1974 Titwo original em inglés: Passages Copyright © by da traducao braieira: Edtora Brailiense S.A, Nenhuma parte desta publicacio pode ser gravada, armazenada em sistemas eletronicos, fotocopiada, reroducida por meios mecdnicos ou outros quaisquer sem autorizacdo prévia do editor. ISBN, 85-11-13007-5, Primeira edicto, 1987 38 edicdo, 1991 Copydesk: José Romero Antonia Reviso: Leila Nunes de Siqueira e Mario R. Quaiato Moraes comPRA DATA Rua da Consolacao, 2697 01416 S20 Paulo SP Fone (O11) 280-1222 - Fax 881-9980 Telex: (11) 33271 DBLM BR IMPRESSO NO BRASIL from Antiquity o Feudalism. + Indice Preficio .......+++ Spi pean pele ome a Primeira parte 1. Antiguidade Classica Omotio de produgdoescravo AGrécia Omundo helénico . Roma .... ani 2. ATransigao Ocenério germainico ... 103 Asinvasbes....... Em busca de uma sintese. ‘Segunda parte 1. Europa Ocidental O modo de produgao feudal «.....2+4+6 143 ‘Tipologia das formages sociais ......+4.+++++ 150 Oextremonorte . iat easeia 168 A dinamica feudal . meedecic: 17 191 Acrisegeral .. INDICE 2. Europa Oriental AlestedoElba . Oatrasomdmade ........ ‘O padrio do desenvolvimento... ActisenoLeste .. Aosul do Danio Indice onoméstico . . Indice de autores . Prefacio Algumas palavras necessétias para explicar o escopo e a intenglo deste ensaio. Ele esta concebido como pr6logo a um estudo mais am- plo: Linhagens do Estado Absolutista. Os dcis livros sto diretamente articulados entre si, e propdem um tinico argumento. A relagio entre ambos — Antiguidade e feudalismo por um lado, ¢ por outro, 0 abso- lutismo — ndo esta aparente a primeira vista, na habitual perspectiva dda maioria de suas abordagens. Geralmente, a Hist6ria antiga & sepa- ada da Historia medieval por um cisma profissional, que muito poucos trabalhos contemporfineos tentam cobrir: o golfo entre os dois esté, €-claro, institucionalmente entrincheirado pelo ensino ¢ pela pesquisa. A distncia convencional entre a Hist6ria medieval e 0 inicio da Hist6- ia moderna ¢ (paradoxal ou naturalmente?) muito menor: ainda as- sim, tem sido suficiente para excluir qualquer exame do feudalismo do absolutismo dentro — como deveria — de um mesmo enfoque. O argumento destes estudos interligados 6 0 de que, em muitos e impor- tantes aspectos, este é 0 modo pelo qual as sucessivas formas que sto a sua preocupagio deveriam ser consideradas. Este ensaio explora 0 ‘mundo social e politico da Antiguidade clissics, a natureza de sua tran- sigfio ao mundo medieval e as resultantes estrutura ¢ evolugdo do feu- dalismo na Europa; um tema central que o atravessa por inteiro co as divisbes regionais do Mediterraneo e da Europa. Sua seqiéncia discute ‘© absolutismo contra o pano de fundo da Antiguidade e do feudalismo, ‘como seu legitimo herdeiro. As razdes que fizeram com que uma visto ‘comparativa do Estado absolutista precedesse uma excursao através da modo de producao feudal ‘0 modo de produgdo feudal que surgi na Europa Ocidental fot clerizado por uma unidade complexa. Suas definigdes tradicionais Wuitas vezes o interprétam parcialmente, e tornou-se dificil fazer al- Telatério sobre a dindmica do desenvolvimento feudal. Foi um ‘odo de produgio regido pela terra e por uma economia natural, na fal nem o trabalho nem os produtos do trabatho eram bens. O pro- " dutorimediato — o camponés — estava unido ao meio de produsto Ssolo — por uma especifica relagao social. A formula literal deste Jacionamento era proporcionada pela definigao legal da servidio — 1 adseripti ou ligados & terra: os servos juridicamente tinham mob restrita.(Os camponeses que ocupavam e culivavam a terra nfo ‘seus propiietirios. A propriedade agricola era controlada priva- Iente por uma classe de senhores feudais, que extralam um exce- dente de produgdo dos camponeses através de uma rela¢io politieo- “jqyal de coagao. Esta coergdo extra-econdmica, tomando a forma de renlos em espécie ou obrigagtes consuetudingrias a0) / ‘jonhor individual pelo camponés, era exercida tanto na prépria terra al diretamente ligada & pessoa do senhor, como mas faixas pe- (41) Cronologicamente esta definigh legal surga muito mais tarde que o fend ‘nono cts ue designara: Fel um. dsinigo noentndn por jrsas da lel Forana [eee Mite poputaricada no afevlo IV. Ver Mare Bloch, Les Carsctores Or wn tet Histaie Rurale Frongase, Park, 1952, pp. 89-90. Reetdamente encontrare- {hos exemplo dest movimento retardalaro na eodifiagojurgia de relagdes econ Inns esoeiais. 144 PERRY ANDERSON quenas de arrendamento (ou virgates) cultivadas pelo camponés. Seu feito foi necessariamente um amilgama de exploragao econémica € autoridade politica. © camponts estava sujeito a jurisdigdo de seu se= hor. Ao mesmo tempo, os direitos de propriedade do senhor sobre sua terra geralmente eram apenas de grau: o senhor era investido neles por lum nobre (ou nobres) superior, a quem passaria a dever servigos de cavaleiro — o fornecimento de um efetivo militar em tempo de guerra. Em outras palavras, suas propriedades eram mantidas como um feudo. senhor feudal, por seu lado, muitas vezes seria vassalo de um outro senhor feudal superor,?e a cadeia de tais posses dependentes se esten- deria até o cume do sistema — na maioria dos casos, um monarea — de ‘quem a principio toda a terra, em iltima instneia, seria o eminente dominio. Tipicas ligagdes intermedisrias de tal hierarquia feudal no inicio dessa época, entre o simples senhorio ¢ o monarca suserano, cram a castelania, © baronato, 0 condado ou 0 principado. A conse. ‘aléncia deste sistema era que a soberania politica munca estava enfo- cada num finico ceatro, As fungOes do Estado desagregavam-se em concessdes verticais sucessivas, e a casa nivel estayam integradas as rolagdes econdmicas c politicas. Fsta parcelarizagdo da soberania seria cconstitutiva de todo o modo de produgio feudal. Decorriam dela és caracteristicas estruturais do feudalismo ock- dental, todas de importaneia fundamental em sua dinamied)Em pri- zmeiro lugar, a sobrevivéncia das terras aldeis comunais e lotes eampo- rneses alodiais dos modos de produgio pré-feudais no era incompativel ‘com o feudalismo, apesar de essas formas nao terem sido geradas porele. A divistio feudal das soberanias em zonas particularizadas, com limites justapostos e nenhum centro universal de competéncia, sempre havia permitid aenisinch de enidades corporativas“algenas"m seus ne tersticios. Assim, cmoora aclasse feudal tentasse por vezes reforgat a re ‘gra do mulle terre sans seigneur, isto na pratica jamais foi realizado em nenhuma formagio social feudal: as terras comunais — pastos, campos, florestas — e alélios disseminados permaneceram sempre um setor significativo da autonomia ¢ resisténcia camponesa, com importantes conseqiiéneias para « produtividade agréria total.” Além disso, mesmo Pe as eee 0 tu ca ai ats re hte smn No Bat relet pip wens cia feudal, ¢ a vassalagem perdeu sua distingSo original e es are Bloch, Pedal Seep eo oa Sacer s t e PASSAGENS DA ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO Ms Jeniro do proprio sistema senhorial, a estrutura esealar da propriedade fi manifestada nao s6 pela caracteristica divisao da terra do senhor fi herdades organizadas por seus administradotes e cultivada por seus ‘les, como também pelas parcelas campesinas, das quais ele recebia winexeedente complementar, ficando, entretanto, a organizagio e con- Hole da produgio nas maos dos proprios vildes.# Desta maneira, nao Juuvia uma simples coneentragio horizontal das duas classes basicas da ‘geoniomia rural dentro de uma tiniea forma de propriedade homozénea. ‘As rolagies de produgao cram mediadas através de um estatuto agrério dit! dentro do senhorio, Muitas vezes ocorria um ovtro descompasso fuitre a justiga a quem os servos estavam sujeitos nas cortes senhoriais ile seu senhor © as jurisdigdes senhoriais do senhorio territorial. Os dominios nao coincidiam normalmente com uma (nica povoagio, mas ‘eslavam distribuidos através de certo mimero de vilas; portanto, in- Yersamente, poderia estar entrecruzado em determinada aldeia um orto mimero de propriedades de diferentes senhiores. Acima deste ‘complicado labirinto juridico, caracteristicamente estava a haute jus oe dos senhorios territoriais, cuja competéncia nfo era senhorial, mas, / eogrifica® A classe camponesa de quem ers extraido o excedente” hieste sistema habitava entdo um mundo social de direitos © poderes superpostos, e a propria pluralidade de cujas instincias de explo- ‘gio criavam intersticios latentes e discrepfincias que seriam insupor {ivels num sistema juridico e econdmico mais unificado. A cocxisténcia (to do eampesinato medieval, Foam els, observou em The Origin of the Family. Mile Property and the Stee, qe deram 8 cass oprimida, aos camponeses, mesmo vas sais crus eondites da sorvidao medical, uma coeto local © meios pats Fosseaca que nem os eseraver dt Antguldade nem os rooderan proleliiosencontet- fimimie, Marc Engels, Selected Works, Londres, 1968, p. STS. Bascando-# 90 Whlho do historiador alemao Maser, Engels exvadameate acreditve que ests com ls, que datavam mesmo do pncpic a Idade Midia, era “aswociaes de marcas”: evade, estas lima era uma inoragao do final da dade Mt Drimcira Yee no seeulo XIV. Mas erro ato seta seu argummeno esencil a) Os dominios mecievasvaravam em estura conforme orelaiv equlibrio ive estes dois componentes que continhars. Em um extreme, havi (paves) propri= Its incitement Jevladas a cultva seaboral, come as "grarjas”cstercienses cule liad po feds leigest no outro extremo, via ropriedaks intiramente arte Ais forces cutnponeses. Mas tpo modal era sempre uma sombinagSo de tras ndamenter, em diversas proporgtes: “esta composi bilaleel do casteo € seus Fendimentos ert overdadciro sinele da tipien mansio senhorial". M. M. Postan, The Miedurya Economy wat Soctey, Londres. 17, pp. 89.94 1) gum excelente relate sobre os tracosbiscos deste ssa em B.H, Slicer Ven Bath, The Agrarian History of Western Burope, Londres, 1363, np. 461. Onde vant ausentes os senberos tettorias, como em gral na Inglaterra, muitas esis cals com usta Gnicn alla deram A comunidade camponesconsidervelespap0 uma anges: ver Postan, The Mediaeval Economy and Society, p17. 146 das terras ecmunais, senhorial era por si ropa Ocidental e teve ©) Entretanto, larizagio feudal d ‘urbano nio deve ser situada dentro do feudalismo em, sit naturalmente, el ior ais Feudal foto oeetl § anterior a sto. Contudo, 0 modo de produgta gikisteoncrmes dentine ‘s impérirasties, mils ee non "ede de a ua uno na omar sal me nee a = No Império Romano, com uma civiliz urt altace a ‘wid, aes eta sibordnadas sooo Drietros que vivian nels, mas nto dls na China, mene broviciais eam controlades por burueratas nen tone se estvidadecomercal Ee jue praseeren © comércio. rernades, fend ns set ed ec ber tt dite eee ol: “A hii antiga 6 Misti das dsr Soe roe PI oe senhorial na agricultura; a histori a a uma espécie de unidade de campo e cidade t ifcrenclada Brande dae, prpramente di, dave ser scana en sonoum acanpinenonillards pine sober oe a dade Média (periodo germanico) comeca com ‘campo {etes num disito especial seyregad de tod taste, as citades modelares da Europa q © as manufaturas eram comunidades autogo Samia incororada pln e militar ial Marci ots deena multe carameneg como entre 08 aatigos, a ruralizagao ad % ; Prue ee dn ade «expo sb fe one no moe I: a igdo entre uma economia urt ‘rescent 4 Iéro de ens, ontlade ps mercer Cres (6) Karl Macs, Pre-Captalist Formations, Londres, 1964, pp. 77-78, PASSAGENS DA ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO ro doramente agrério, Mas as leis de sua dinamica eram determinadas pela complexa unidade de suas diferentes regides, e nfo pela simples predo- mmindncia do dominio senhoril 4) Em terceiro lugar, havia uma ambighidade ou oxcilagdo inerente no vétice de toda a ierarquia das dependéncias feuds. O pico desta cdea era, em certos aspectos importantes, seu elo mais fraco. A prin- cpio, o nivel mais alto da hierarquia feudal em qualquer terrtério da Europa Ocidental necessariamente era diferente — nilo em género — mas apenas em grau, dos niveis subordinados de senhorio abaixo dele. ( monarca, em outras palavras, era um suserano feudal de seus vas- salos, 20s qua estava ligado por lagos de feudalidade, € nfo um sobe- ranosupremo colocado acima de seus siditos. Seus recursos econdmicos provinham quase exclusivamente dos seus dominios pessoais enquanto Senhor, enguanto aos seus vassalos pedia contribuigdes de natureza ‘essetcialmente militar. Ele nfo teria acesso poftico dreto & populagao como um todo, pois ajurisdigdo sobre ela seri intermediada por muitas camadas de subfeudos. Na verdade, ele s6 poderia sero senhor de suas propriedades, sendo, fora delas, uma simples figura decorativa. O Imodelo acabado de tal forma de governo, em que 0 poder politico stave estratifieado para baixo de tal maneira que seu apice nfo de- tinha nenhuma autoridade qualitatamente_sepamda ou plenipo- {encidria de forma alguma, jamais existira em parte nenhuma na Eu- ropa medieval.” A auséncia de qualquer mecanismo real de integragao no topo de um sistema feudal que implicava este tipo de politica impu- nha uma ameaga permanente a sua estabilidade e sobrevivéneia, Uma completa fragmentacio da soberania era incompative! com a propria lunidade da classe da nobreza, pois a poteneial anargvia que isto impli- cava era necessariamente disruptiva de todo o modo de produgio sobre ‘qual repousavam seus privilégios. Assim, dentro do feudalismo havia uma coniradigdo ndo-definida, entre sua propria tendéncia rigorosa & (7) © Estado fundado pelos cruzados no Levante muitas ves tem sido conside: tndo a ior aproximagto a ina perleltaconsitugdo feudal. As eifeagbs ultram Finas do feudalismo europen foram sriadas ex milo nom meio ambient aliengena, € {inim agsumira uma for juridis excopeonalment sistemtica. Engels, entre fom nieerwu stespelto desta singuleidade: "O feudalism ters lgoma ver correspon: ldo nous conceto? Fundado no telno dos francos ocldentais, sais desenvoligo Wa Atnandia pelos conquisadorer norvegucses,continuada pelos ranconormandos na Inguterta eno Sul da Tia, chegmu mals préximo deste conto no efimero reno Ge Jenssen, que desc atrés Je st mais cissica expresso da ordem feudal no ‘Tribunal de Jerusalem” Marx-ngels, Seleted Correspondence, Moseo, 1965, p84, [Ne realiades pric ato reno ctazado jamals coresponderem « est eodicag80 top de seus jurists baronas, 8 PERRY ANDERSON decomposieao de soberania e a exigéncia absoluta de um centro final ‘de autoridade onde poderia ocotrer uma recomposigio prética. A mo narquia feudal, portanto, jamais oi redutivel a uma suserania do rei ela Sempre cxistu, em alguna medida, em um fmbito ideologico e jurfdieo situado além daqucle das relagSes de vassalagem cujos vértices, ali, Poderiam ser oeupados por potentados, duques ou condes, e possuit direitos a que estes titimos nio podiam aspirar. Ao mesmo tempo, @ verdadeiro poder real sempre tivera de ser defendido e estendido contaa 4 unidade espontines da politica feudal como um todo, em luta cons: {ante para estabelecer uma autoridade “piblica” fora da teia compacta as jurisdigdes privadss. O modo de produg2o feudal no Ocidente, por- {anto, originalmente especificava em sua propria estrutura uma tensio © contradigdo dinamicas em relagio ao Estado centrifugo que organi ‘camente produziu e reproduziu, Tal sistema politico, por forga, impedia a exist@ncia de uma buroe cracia numerosa e dividia as fungdes de dominagao de classe de novo modo, Por um lado, & parcelizagio da soberania no inicio da Europa, tmedieval também levou constituigdo de uma ordem ideoldgica iso lds. A Igreja, que no final da Antiguidade estivera sempre integrada A méquina do Estado imperial, © a cla subordinada, agora se tornava uma instituigo eminentemente autonoma dentzo da forma de govern feudal. Onica fonte de autoridade religiosa, seu domi ease valores io sobre as eren- A massa era imenso; mas sua organizagao eclesiastica era diferente da de qualquer nobreza ou monarquia secular, Devido a dis. PersZo da coergio inerente ao feudalismo ocidental que surgia, a Iereja Podia defender seus préprios interesses particulares, se necessario, & Partir de um reduto territorial, e pela forga armada. Os conffitos incti tucionais entre um sentorio leigo eo religioso erariientdo endémicos no Periodo medieval: seu cesultado foi uma cisto na estrutura da legit midade feudal, cujas conseqiiéncias culturais para o desenvolvimento intelectual posterior sesiam consideriveis. Por outro lado, o proprio. foverno secular notoriamente foi vazado em novos modelos mals aper. fados. Tornou-se essencialmente 0 exercicio da justiga, que sob 0 feudalismo ccupou une posiefo funcional totalmente distinta da que hoje esta subjacente ao capitalismo. A justiga era a modalidade central 0 poder politico assim especificado pela prépria natureza da forma de governo feudal. A pura hierarquia feudal, como jé vimos, excluia ahen. tutamente qualquer “executivo” no sentido moderno de um aparato de Estado administrativo permanente para reforgo da lei: a parcelarizagto da soberania tornava-o desnecessirio e impossivel. Ao mesmo tem, Po, também nao havia espago para uma “legislatura” ortodoxa tipo PASSAGENS DA ANTIGUIDADE AO FEUDALISMO. 1 Imodeen, pois «orden feud no possla um conceto geal de ino- Mago poitica pela erngho de nova ies. Os governanen reais peen- th m we: cargos preservando as leis tradicionais, e nfo inventando Hs es Desta manera o poder pln por alg emo ches ‘jor identificado realmente com a fungio meramente “judicidria” de inlerpretare apticr astesexsentes.B man na sucéncia de qualquer husrveraciapbtics, eoorgdo «administra oa, ox poderes de ses ago, deca nbranga de poston ede fazer cumpri el inv lavelmente se Ie Incorporaam. E entdo necesiro lembrar sempre We "ostiga” medieval ncula um eleneo muito mai amplo deat etrtoralmentsosapara uma ides do au ajustiga moderna porgue ext posigto bem mals central dentro de odo o sistema politico. ra este 0 ome comm do poder

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