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Chaim S. Honig A Integral de Lebesgue e suas Aplicacoes COPYRIGHT © by CHAIM S. HONIG (1977) Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, por qualquer processo, sem a permissao do autor. INSTITUTO DE MATEMATICA PURA E APLICADA Rua Luiz de Camdes, 68 20.000 - Rio de Janeiro ~ RJ PREFACIO. . . . NOTAGOES . . . . INDICE CAPITULO I ~ MEDIDA E INTEGRAL DE LEBESCUE §1 - A Medida de Lebesgue... 1... 11 1.2 1.3 - A Nogdo de Medida. ss... 1.4 ~ Notagoes. . . . - A Medida Exterior de Lebesgue . ~ Amedida de Lebesgue no R" . §2 - Fungdes Mensuraveis. .. 1... gerd - Fungoes Numéricas Mensuraveis . 42.2 - 0 Teorema de Egoroff...... §3 - A Integral de Lebesgue... ... 3.1 ~ A Integral de Fungdes Simples Positivas 3.2 ~ A Integral de Fungoes Mensuraveis Positivas 3,3 ~ Fungdes Integraveis . see eee eee §4 - A Integral de Riemann e a Integral de Lebesgue 4,1 - A Integral de Riemann so ee eee ee ee 4,2 - As Integrais Superior e Inferior de Lebesgue... .. + 4.3 - A Integral de Riemann e a Integral de Lebesgue. . 4.4 - Caracterizagao das Fungdes Integraveis Segundo Riemann. $95 - Topologia e Integragdo......- wee eee CAPETULO Il - APLICACOES (I)... eee et ee et $1 - Relagdes entre a Integral de Lebesgue e a Integral de Rie- mann (propria ou imprépria).. 2... eee ee ee §2 - Primeiras Aplicagdes ©... ee ee ee ee ee §3 - Convergéncia de Integrais. . 6.6 eee eee ee eee §4 - Calculo de Integrais . . 1. 6 ee ee ee ee ee §5 ~ Integrais Dependentes de um Parametro. ..- 1. eee ee §6 - Derivagio sob o Sinal de Integragdo. ... +. eee eee $57 = outras Aplicagdes. 6 2. ee es 86 89 92 97 100 110 120 “i+ -ii- APENDICE A - Critérios de Convergéncia de Integrais de Riemann Improprias. s+. ee eee be eee APENDICE B - Integragao e Diferenciagao . ... ~~ wee APENDICE C - © Teorema de Fubini. ©. 2 1 ee ee te ee ee CAPITULO IIT ~ OS ESPACOS L_(E). - ee ee ee ee ee §1 - Os espagos © eL,®, USpse, ee eh ee §2 - As Desigualdades de Hélder e de Minkowsky. .-.- +++ - §3 ~ 0 Teorema de Fischer-Riesz » 2... ee ee ees APENDICE ~ Espacgos Normados .... . wee ee CAPTTULO IV - MEDIDA ABSTRATA E INTEGRAGAO.~..-- +--+ eee ee §I - Medida e Integragdo. . ee ee ee ee §2 - Medida Exterior, 6. eee ee ee ee §3 - 0 Teorema de Fubini. -... 2 eee ee ee ee wae #APENDICE A - Teoremas de Decomposigdo .....-- - wee SaPENDICE B - Tipos de Convergéncia. ...... 2. ~~ eee CAPITULO V - APLICAGOES (IL)... - ee ee eee ee wee §1 - 0 Produto de Convolugado. ... 2. eee eee see 1,1 - Convolugao de Fungdes Integraveis .... 2... -.-0-- 1.2 - Sequéncias de Dirac... ee ee ee §2 - A Transformagao de Fourier de Fungoes Integraveis. . . . . §3 - Aplicagées as Equagdes Diferenciais Parciais.......- £54 — A Transformagdo de Fourier de Fungdes de L,(R™) ... . - RAPENDICE - Teoria das Probabilidades. .. 2... eee rere REFERENCIAS... - -- +e eee . . eee oe Indice de Tépicos Especiais. .......2.4 wee ee ee Indice de Notagoes.. 2. +2222 Re ee eee Indice Alfabético. ©... . 2. eee eee eee 126 139 145 153 153 156 162 167 177 293 PREFACIO O presente livro & um texto introdutério 4 teoria da integral de Lebesgue, com énfase nas aplicagées ao Calcu lo e & Andlise Matemitica. Ele foi escrito para cobrira par te que trata da integral de Lebesgue nos programas das dis- ciplinas Anadlise Matematica II (do curso de Bacharelado) e Andlise Matematica (do curso de Pés-Graduagdo) do [NSTITUTO DE MATEMATICA E ESTATISTICA da UNIVERSIDADE DE SAO PAULO. Uma parte do texto sera exposta no Curso "A INTEGRAL DE LEBESGUE E SUAS APLICA- goes" a ser desenvolvido no 112 COLOGQUIO BRASILEIRO DE MATEMATICA. O livro contém muito mais material do que o exigi- do nos cursos acima referidos, principalmente no Curso de Ba charelado ¢ no Curso do Coléquio. Nestes sio cobertos, es- sencialmente, os trés primeiros capitulos (sendo omitidos os tépicos assinalados por %). Acreditamos que num primeiro estudo da integral de Lebesgue o curso deve ter como objetivo chegar rapidamente as aplicagdes da teoria e que a importancia e o manejo dos teoremas fundamentais devem ser aprendidos através destas a plicagdes. As aplicagdes dadas neste livro estao concentra das, principalmente,nos capitulos II e Ve o. indice da uma -iii- idéia da gama de aplicagdes que desenvolvemos. No Capitulo I escolhemos um método de apresenta- cao da integral de Lebesgue que permitisse chegar rapidamen te aos teoremas fundamentais e a suas aplicagdes elementa- res (Capitulo II). Ao mesmo tempo cuidamos para que o trata mento fosse geral, isto 6, servisse também paraateoria abs trata da medida e integragéo, de modo que quando chegasse- mos a esta parte (Capitulo IV) nado tivéssemes de repetir as demonstracdes feitas no Capitulo I. Neste modo de exposi¢ao seguimos de perto o Capitulo 11 da referéncia [R]. Enfatisemos que as aplicagdes da teoriada integral de Lebesgue, e mais geralmente da teoria da medidae integra go, no nivel elementar do Calculo e da Andlise Matematica (isto @, essencialmente, o Capftulo II) sao muito simples.A dificuldade real que o estudante encontra esta em “atraves- sar” toda a parte que se refere 4 construgao da medida e da integral de Lebesgue e as demonstragdes de suas proprieda- des, demonstragdes estas que na maioria das vezes se refe- ren a fatos “evidentes" (exemplo: [ee = [e+ fe) e que mes mo assim séo provados trés vezes (cada vez para uma classe mais ampla de fungoes). Por razdes de ordem didatica evitamos decompor a teoria num nimero muito grande de teoremas. Assim os resul- tados secunddrios, intermediarios ou preparatérios e fatos “evidentes" (quanto ao enunciado mas nem sempre quanto & de monstragao) sao apresentados como observacgées ou corolarios, Reservamos o termo Teorema apenas aos resultados centrais que devem ser retidos pelo estudante e a partir dos quais as observacgées, corolarios, etc. podem ser facilmente deduzi- dos. Nossa experiéncia mostra que nas aplicacées as di- ficuldades que os estudantes encontram quase nunca se refe- rem A teoria da integral de Lebesgue e sim as partes basi- cas de Andlise Matematica principalmente 4 parte ligadaa in tegral de Riemann imprépria que é necessaria em muitas apli cacgées do teorema da convergéncia dominada de Lebesgue. Por esta razdo desenvolvemos especialmente esta parte num Apén- dice ao Capitulo II. Mencionemos ainda que no curso de Ba- charelado (4 horas de aula por semana) fazemos cada semana” uma prova de verificagdo de meia hora bem como uma sessao (também de meia hora) em que os exercicios da prova prece- dente sao discutidos e resolvidos. Esta experiéncia tém ti- do bastante sucesso, com um indice de aprovagao dos estudan tes superior a 80%. Como prerequisito do curso é amplamente suficiente uma familiaridade com a Andlise Matematica tal como ela se -vi- encontra exposta, por exemplo, nas referéncias [D], [BE] ou [H-AI]. Para estudos mais avancgados da teoria da medidae in tegracdo recomendamos as referéncias [KJ], [MJ], (R] ¢ [2].Co mo texto com abundantes exercicios (muitos resolvidos) acon selhamos a referéncia [de BJ. Um texto com uma boa andlise da histéria da integral de Lebesgue & a referéncia [H]. 0 presente texto é autosuficiente; apenas nado de- senvolvemos a parte referente 4 mudanga de variaveis que u- samos em alguns exemplos muito simples. Alguns topicos especiais foram tratados em diferen tes capitulos, na parte teérica, nos exemplos e nos exerci- cios. No £im do livro damos um indice destes tépicos espe~ ciais (a funcao Tf, a transformagdo de Fourier, o produto da convolugdo, a equacdo do calor, a equacdo de Laplace). Queremos deixar assinalados aqui nossos agradeci- mentos aos colegas ANTONIO GILIOLI e IRACEMA BUND, e€ ao estudan- te JOAO CARLOS PRANDINI, que leram versées manuscritas da maior parte do presente texto fazendo valiosissimas sugestées : 1ém de apontarem imprecisdes e erros. Nossos agradecimentos se estendem aos colegas CARLOS ALBERTO BARBOSA DANTAS & FLAVIO WAGNER RODRIGUES cujas sugestdes seguimos no Apéndice "Teoria das Probabilidades". Naturalmente os erros e imprecisées que cer tamente subsistiram sio de nossa inteira responsabilidade e - vii - agradeceriamos aos leitores que os apontassem para futuras corregées. Nossos agradecimentos especiais ao Sr. JOAO BAPTISTA ESTEVES DE OLIVEIRA pelo excelente trabalho de datilografia que fez a partir de um manuscrito nem sempre muito legivel. So Paulo, 27 de maio de 1977 Chaim Samuel Honig NOTAGOES (01 - significa demonstrar coma exercicio 0 - indica o fim de uma demonstragao 3 - assinala sessdes ou §§ que podem ser omitidos numa primeira leitura. *,** -indicam o grau de dificuldade de um exercicio Gorolario III.2.3.1 se refere ao Coroldrio 2.3.1 do §2 do Capitulo III Usamos as notagGes habituais da teoria dos conjuntos; assim: P(E) - indica a classe de todos os subconjuntos de E UCx|R} - indica a reunido dos conjuntos que tem a propriedade R e analo- gamente para a intersec¢ao CA - indica o complementar em E do conjunto AcE Usamos como sindnimos.os termos funcdo e aplicacao fla ~ indica a restrigio da aplicacaof:E —+ F ao subconjunto AcE x, (, ~ indica a gungdo caractertstioa do conjunto A: X,G) =1 se x€A X69 =0 se xfA. Dado (x,y)6XxY escrevemos x=prOcy) e yepry (xy) N,Z,Q,R,€,JR, indicam respectivamente os conjuntos dos nimeros inteiros naturais, dos niimeros inteiros relativos, dos nimeros racionais, dos ni meros reais, dos nimeros complexos, dos nimeros reais > 0 Dado um niimero complexo 2=x+iy ent&o Z=x-iy indica 0 seu comple- xo conjugado -ix- fy _", £ - indica que a sequéncia de fungées £,:B —> R, n€N, conver~ ge uniformemente para a fungao FER. tyvt [ttt] - indica uma sequéncia de nimeros reais t, decrescente [eres cente] para o niimero real t. ff Ce tf] - onde £,:E —>R, n€N, indica que para todo x€E temos £,@ ¥E(x) (£60 4£0)1 Dado um subconjunto A de R ou mais geralmente de um espaco métrico, A indica o seu fecho (aderéncia). CAPITULO I MEDIDA E INTEGRAL DE LEBESGUE NO_R” No presente capitulo fazemos a construgdo da into- gral de Lebesgue e estabelecemos as suas principais proprie dades. No §1 definimos a medida de Lebesgue para subcon- juntos de IR”, Esta nogio generaliza as nogées habituais de comprimento de um intervalo de R, de area de um retangulo, ou mais geralmente, de figuras geométricas de R*, de volume de um paralelepipedo de R3, etc. A nogao de medida € defini da apenas para os subconjuntos “mensurdveis" de IR" mas na pratica todos os subconjuntos de R” que nds encontramos so mensurdveis, mais precisamente, a demonstracao da existén- cia de subconjuntos ndo mensuraveis de R requer o axioma da escolha, No §2 apresentamos as fungdes mensuraveis e damos as suas principais propriedades. Novamente na pratica: todas as fungdes definidas em Rou R” sdo mensuraveis e para demonstrar a e- xisténcia de funcdes nao mensurdveis precisamos do axioma da escolha. No §3 £inalmente construfmos a integral de Lebesgue para fungdes mensuraveis e mostramos no §4 queaintegral de -2- Lebesgue generaliza a integral de Riemann. §1 - A MEDIDA DE LEBESGUE Os resultados fundamentais deste § sio os teoremas 1.4 e 1.5 e seus corolarios. 0 teorema 1.4 diz essencialmen te que qualquer conjunto obtido constautivamente a partir de conjuntos mensurdveis é também um conjunto mensuravel. Aqui obtido construtivamente a partir de conjuntos mensuraveis significa obtido por reunido e intersecgao de sequéncias de conjuntos mensurdveis e por passagem ao complementar. 0 teorema 1.5 diz que os intervalos sao conjuntos mensuraveis ¢omesmo va le portanto para todos os conjuntos constnuldos a-partir de intervalos. Chamamos a atencao do leitor de que na pratica jamais encontraremos outros tipos de subconjuntos mensura- veis do R™. 1.1 - Notagdes - Indicamos por Ra reta real, isto €, 0 con junto dos nimeros reais. Indicamos por R ou [-#,#] a reta real estendida: R = Ru{-»,~},; consideramos que -» utAs J outa ken k k=1 k E imediato entdo que AcB implica p*Asu*B LOI. Dado um subconjunto AcIR” definimos m*A = mgA = int{ J 21] Ur oa} ¥ ea te | Ark OBSERVAGAO 1.1 - £ imediato que para um intervalo qualquer JeR" temos m*J s2(J) (0). TEOREMA - A funcio m:P(IR") —+ [o,] € uma medida exte- rior. DEMONSTRAGAO - A verificagio da propriedade (Mj) 6 imediata Quanto a (Ms), seja Ac U Ay © mostremos que mAs ) m*ARe KEN ke 1 Se 4 KEN tal que m*A, >© 0 resultado & imediato. Suponhamos pois que para todo kéN temos m*A, <#; dado ¢>0, pela defi- rot a k, nigéo de m*ay existe (yD men com meN -5- k © orrk € U TAK e tal que me tw < mth oR Entado os 1K. x men, formam uma familia enumeravel de inter- valos abertos cuja reuniado contém Y Aye portanto A,e te~ KEN mos k m*As 2(1*) = en mk 1 [iron] «5 leas] = Lint «. Sendo ¢>0 arbitrario, segue-se o resultado. 0 A medida m* & denominada de medida exterton de Lebesgue de dimensao n ou simplesmente de medida exterion de Lebesgue.As ve zes precisamos chamar a atencao sobre a dimensao n e escre-~ vemos mr. EXERCICIO 1 - a) b) COROLARIO 1.1.1- Se AcR 6 tal que m*A<« entio A & limita- do? Se AcIR & tal que m*A=0 entdo A & iimita- da? Se m*A<@, dade ¢>0 existe um subconjunto limitado A,cA tal que m*(AaCA,) 0 existe um conjunto aberto 0>A tal que m*0 0 temos ae U ark isksm onde Al|c,d] =|Ac,Ad|. Temos portanto q k Jk z(LAa,Ab]) <2 2(2ax* aye). =1 De (1) segue ent&o que para A4>0 suficientemente grande (is to 6, tal que Ab, -Aa;-1 20 para i=i,2,.--,n) temos 1 (abj-Aaj-1) <2(L9a,2b 9) lsisn + (Dok aykt) so (ayS-axg+1) isisn 7 e portanto I ov,n-ray-u« } I cyk-axfe1). lsisn k=1 lsisn * Dividinas esta desigualdade por 2d” vem h< } qT (b,-a,- >) < reten ive = e fazendo A tender para ~ obtemos x, n © L0) = 1 0b, Fad) = J ect « secs. lsisn k=1 k=1 Como © recobrimento (1%), de J por intervalos abertos & ar bitrdrio, segue que 2(J) sm*J. b) Se J=|a,b| no & fechado, dado ¢>0 seja 8>0 sufi- cientemente pequeno para que tenhamos K = T {a,+6,b,-8]2(J)-c. lsisn + + Portanto a(J)-e <2(K) = m*K s mtd isto 6, 2(J)-e0 € arbitrdrio segue o resul- tado. @ A demonstracao acima 6 de von Neumann; ver o livro "Diggenential Topology" de Guillemin e Pollack, pag. 203. * BXERCICIO 8 - Seja J= 1 |a,,b,| um intervalo infinito,i,é, e- a ~ asisn * * xiste ke{1,...,n} tal que b,-a, =%. Demonstrar que m*J =#(J). COROLARIO 1.2«1 - Se A & um subconjunto enumerével de IR en tao m*A =0. pe fato: seja A= (aDal),...,a09 |... ,deseja 0. - 10 - Para todo k seja I, um intervalo aberco de IR" de volume <~ 2 e que contém a(*), Entdo temos Ut pA e [ 21) se. xen * we ¥ como ¢>0 € arbitrdrio segue o resultado. COROLARIO 1.2.2 - Dados a,beR com a CAGA (A_) A,GA,KEN => ) ALGA ‘o) AK ken * OBSERVACAO 1.2 - Se A & uma o-dlgebra, de A, EA, KEN, segue + -ll- que Nl AGA pois ay = cfc Na] =f Uca,]- ken * k keN by Portanto $,EEA.{OJ. Lembremos que AcP(E), A#$, 6 uma @egebra (sobre E) se Asatisfaz (A) e se A,,A,€A implica que AjvA,6A. BE ime- diato entdo que A, ,A,€A implica que A,oA,€A e também que Awa eA. Dar uma medida sobre um conjunto E é dar uma o-al- gebra AcP(E) e uma fungdo ws: A+ [0,01 que satisfaz as propriedades (Mg) ue = 0 (M,) u & o-aditiva, isto 6, dados conjuntos A,€A, KEN, dois a dois disjuntos temos vt = he (onde escrevemos U A, para salientar que os conjuntos A xen k k sao dois a dois disjuntos). Indicamos a medida por (E,A,u) ou simplesmente por (A,y) ou ainda por nu. -12- OBSERVACAO 1.3 - Dada uma medida (E,A,uy) e A,BEA. com AcB te mos a) WA ing vay = Lim uA “A i) xen * k DEMONSTRAGAO - a) Definindo Ay Ay e Agel = Aged Ak temos ALGA para todo KEN, A, =AjU.-. UAL, os conjuntos Aj sendo sendo dois a dois disjuntos. 0 resultado segue entao de . (a's) _ (uc = Lim Z WAL = lim of U 4] mo k=1 mo \1 [Sugestdo: Ay = Ck,o£ 1. BXERCICIO 10 - Dado um conjunto EB demonstrar que a classe A dos subconjuntos A de E tais que A ou CA & enumeravel for- ma uma o-Slgebra. EXERCICIO 11 - Demonstrar que os subconjuntos AcR"™ tais que m*A=0 ou m*(CA) =0 formam uma o-algebra. ~14- EXERCICIO 12 - Seja (Au) uma medida snbre E; dados Ay AQGA demonstrar que se uA; nA) <0 tem-se ) u(AyuAy) = WA, + uA2 ~ H(AynAy)- EXERCICIO 13 - Seja Aa o-Algebra do Exercicic 10 com E nao enumeravel a) Dado A€A definimos u,A=0 se A & enumerdvel ¢ y,A=1 se CA & enumerdvel; demonstrar que u, & uma medida- b) Dado ACA definimos y,A-0 se A é enumerdvel e wA=e se CA é enumerdvel; demonstrar que u,, € uma medida. EXERCICIO 14 - Dado um conjunto E para todo AcE definimos vA =n se A tem n elementos e vA=@.se A & infinito, Demons- trar que v é uma medida. EXERCICIO 15 - Seja (A,u) uma medida sobre E; para todo XcE definimos p.*X,= inf {wA|AGA,ADX}. Demonstrar que p* € uma me- dida exterior, e que y*A=wA para todo AGA. 1.4 - A medida de Lebesgue no R® Dada a medida de Lebesgue exterior m*:P(R") » [0,°), dizemos que um subconjunto McIR” 6 mensuravee se para todo XeIR" temos m*X = m*(XeM) +m*(XaM). OBSERVAGKO 1.4 - Para demonstrar que um subconjunto Mer® € -15- mensurdvel basta demonstrar que para qualquer subconjunto XeR" temos m*X >m*(XoM) + m* (Xai) pois do axioma (M%) segue a desigualdade contrdria ji que vale Xe(XnM) u (XCM). EXERCICIO 16 - Demonstrar que McIR” @ mensuravel se e somen te se para todo AcM e BeCM temos m*(AuB) =m*A+m*B. Indicamos por MGR"), ou simplesmente por Ma clas- se de todos os subconjuntos mensuraveis de R™. TEQREMA 1.4 - Seja m* a medida exterior de Lebesgue no ® : temos: a) A classe MIR") de todos os subconjuntos mensuraveis de IR” é uma o-@lgebra; b) A restricdo m de m* 4 o-Slgebra MCR") é uma medida; c) Todo conjunto de medida exterior nula 6 mensuravel. DEMONSTRAGAO - c) Seja EcIR” com m*E =0. Dado XcR" iemos entdo m*(XnE) =0 e m*X2m*(XnCB) donde segue que m*X_2 m*(XaE) + m* (XnB) e pela observacéo 1.4 E é portanto mensuravel. a) E' imediato que M satisfaz a propriedade (A) pois a definicao de conjunto mensurdvel é invariante em relagado a - 16 - passagem ao complementar. Antes de demonstrar a propriedade (A,) vamos provar alguns resultados parciais. LEMA 1.4.1 -M, .M)EM = M, uM, eM. DEMONSTRAGAO - pado qualquer XcR" temos Xa (Mj uM)) = (XoM, ) v(XaM, oly) 5 portanto m*[Xn(M, uM») ] dada uma vizinhanga V=[I,S] de & existe ky tal que para k2kytemos x, €V ==> £=lim x,J]. v v Kk koe “kK EXERCICIO 19 - Dada uma sequéncia M, de subconjuntos de um conjunto E definimos o seu Limite inferior e seu Limite superior, respectivamente ,por Lim M, = {x€E|3K,€N tal que xeM, para k>k,} lim My, = {x€E| existem infinitos k€N tais que xEM, 35 e quando eles coincidem escrevemos lim Ms demonstrar que lim M, = U M e limM, = fl UM =k nen hak K neN ken © EXERCICIO 20 - Seja M, uma sequéncia de subconjuntos mensu- rayeis de R". a) Demonstrar que lim M, € mensurdvel e que: m(lin My) < lim mM, b) Demonstrar que lim M, é mensuravel e que se temos nf Ux ] m*(XnJa,oL) +m*(Xal-~,a]). Se m*X=« nada ha a demonstrar. Se m*X<@ dado e<0 existe uma sequéncia yO xen de intervalos abertos tais que Y iyex e Y £(Ly) sm*Xre. ken kel . - 22 - Seja I, =I,ala,ele J, =I,n]-,a]. Do Teorema 1.2 segue que temos £(1,) =2(1p) + 2(I,) =m*ly +m*J,. De co XnJa,efe [J If segue que m*(XnJa,~£) s J m*I} xen * kak e de Xn]-»,ale Y J, segue que m*(XnJ-@,a]) < J m¥J. xen * ker * e portanto (3) n*(Xala, »G)+m*(Xnl-,a]) < J Cm*If4m*s,] = J 2(1,) 0 6 arbitrdrio. 2. Quando n>1, & suficiente demonstrar, como acima,que intervalos da forma I = RP xja,efxIRTCR®™ (com p#1+q =n) so mensuradveis; a demonstragao é andloga 4 de 1. . : n Vamos agora examinar que outros subconjuntos de IR’ sao, mensurdveis além dos subconjuntos de medida exterior nu la e dos intervalos. Todo subconjunto aberto de R° @ mensuravel. De fato, indi quemos por Ko conjunto dos cubos abertos de R™ cujas fa- ces sao paralelas aos hiperplanos de coordenadas ¢ indique- mos por Ky 0 conjunto daqueles elementos de K cujas coorde~ nadas do centro sdo numeros racionais e cujo lado tem com- primento racional.0 conjunto & é evidentemente enumerdvel -~23- [Ml. Todo aberto nfo vazio UcIR” pode ser escrito como reu- nido de (uma sequéncia de) cubos de Ky. De fato.se x6U exis te um cubo de K com centro em x € lado 6 >0 que esta conti- do em U; se p é um inteiro tal que Be e X um ponto que tem todas as coordenadas racionais e com d(x,x) S608" raveis. De um modo mais geral, & imediato que a intersec- go de uma famflia qualquer de o-algebras de um conjunto E & uma o-dlgebra [1]; portanto dado XcP(E) existe uma menor o-algebra que contém x: & a intersecgao de todas as o-alge- btas de E que contém X. Quando E @ um espacgo topolégico e X &é a classe G dos subconjuntos abertos de E entdo os conjun- tos da menor o-dlgebra B de E que contém G saéo chamados de - 24 - confuntos boretianos 0s conjuntos borelianos de R® sao mensuraveis pois Mcm™) 28. Demonstramos pois o COROLARIO. 5.1 = Os subconjuntos de IR” que sao abertos, fe chados, G,, Foe ou mais geralmente, borelianos sao mensura- veis. OBSERVAGAO 1.5 - Lembremos mais uma vez que todos os subcon juntos de IR” que podem ser obtidos consitutivamente sao men suraveis (e mesmo borelianos). Para provar a existéncia de subconjuntos nao mensuraveis de R ou BR” precisa-se do Axio ma da Escolha; ver CR], Cap.III,§4. EXERCICIO 22 - Demonstrar que o conjunto {Oy ER? |xt1sy?} é mensuravel. EXERCICIO 23 - Demonstrar que o conjunto LCx,y zJER®|x0, m(Fnla,b]) a (onde 00} € mensuravel 2. Para todo a€IR o conjunto {x€B|£(x)2a} € mensuravel oO 3. Para todo o€IR o conjunto {x€E| f(x) 4, © 2. <3, seguem por passagem ao complementar; 1. => 2. segue de & (xeeleQdead = (x€8lAx)>0- KEN 2. => 1. segue de {x6E|£(x)>a} = Y (x6B/f)20+ £) KEN : OBSERVACAO 2.1 - Se £:B +R &é.uma fungao mensurdvel entao para todo a€R o conjunto ft (a) = {xeE|£(x)=0) & mensuravel. De fato: quando a€IR o resultado segue de ela) = eh et-0,01) nf} (Ce,to1). Para a=-# ou a= o resultado segue de glee) = Metet-=,-kKI) e £1 (e) = Qe tcken. KEN KEN - 28 - - Seja mB<=@ e f:E +R mensuravel tal que OBSERVACAO 2.2 m{x@E||£(x) |=} +0. Ent@o dado ¢>0 existem E.cE e@ M>0 tais que m(E~E,) se e |£(x)|] k}s kero portanto existe M>0 tal que m{x€E]|£(x)|>M} se e basta to- mar E, = C{x€B| |f(x) 1>M}. EXERCICIO 1 - Seja f:E +R uma fungao mensuravel. Demons- trar que o conjunto {x€E|£(x)€R} 6 mensurdvel. a EXERCICIO 2 - Demonstrar que Xanp 7 XH = 2-H © Xuw 7 Xa” XB” Xan EXERCICIO 3 - Seja Me", Demonstrar que M & mensuravel se e somente se % & mensuravel. EXERCICIO 4 - a) Sejam M mensuravel e¢ MycM mensuravel. De- monstrar que se £:M — R @ mensuravel entéo f)y, é mensura~ vel. b) Seja OL) pen uma sequéncia de conjuntos mensuraveis e M » Uke Demonstrar que £:M —+R é mensurdvel se e somente set € mensurdvel para todo KEN. [Mi EXERCICIO 5 - Demonstrar que toda funcZo monétona £:R —Ré mensuravel. - 29 - EXERCICIO 6 - Demonstrar que a funcio de Dirichiet 1 se xER~Q f(x) = 0 se x€Q é mensuravel. EXERCICIO 7 - Seja f:E —+ R mensuradvel, demonstrar que a) para todo conjunto aberto UcIR, £"(u) é mensuravel *b) para todo conjunto boreliano Belk, f-1(B) é mensura- vel. EXERCICIO. 8 - Seja £:E +R mensurdvel, definimos fll, = sup ess |£|= inf{c€L0,#}|m{xeB| |£ (x) |>c}=0}. Seja ||fl,,<@; demonstrar que m{x€E||£(x) |>|/f],,} =0- EXERCICIO 9 - Demonstrar que |f|,,=0 <> £=0 excets num cos junto de medida nula. EXERCICIO 10 -Sejam f e g mensuraveis e \€IR; demonstrar que létel stl + lel. © Wel, = lh: EXERCICIO 11-Demonstrar que ||f,||,, —- 0 => f, —4. 0 no com- plementar de um conjunto de medida aula. TEOREMA 2.1 - Seja EcIR” um conjunto mensuravel; toda fun- cao continua £:E + R é mensuravel. DEMONSTRACAO - Como f € continua, para todo a€IR o conjunto £4 (a,«0) € um subconjunto aberto de E e é portanto mensu- - 30 - ravel por ser a intersecgao de um subconjunto aberto (e por - n : - tanto mensuravel) de IR’ com o conjunto mensuravel E, 0 Dizemos que um conjunto A de fungdes f: E—R 6 u ma Ggebra se para £,g€A e X€IR temos f+g,r£,fgeA. Dizemos que um conjunto R de fungdes £:E —+ R é um o-Aeticutads se dados £,€R (KEN) temos-sup f,, in€ £,6R onde, . ken ken por definicao, (sup £) (x) = sup £,(x) e (inf £09 = inf £00 kEN ken kEN KEN Lembramos que um conjunto R de funcdes £:E — R é um neticulado se £,g€éR implica que.sup(f,g) e inf(f,g)€R. TEOREMA 2.2 - Seja E um conjunto mensuravel a) As fungdes mensurdveis £:E —- IR formam uma Algebra que contém as fungoes constantes. b) As fungdes mensuraveis £:E —-R formam um o-reticula do. DEMONSTRAGAO - a) segue das cinco seguintes assergoes que va mos demonstrar sucessivamente 1. Toda fungdo constante & mensuravel: demonstragao ime diata. 2. Se £ € uma funcdo mensuravel e c 6 constante entao a funcéo cf é mensuravel. De fato, se. ~ vara todo -31- a€IR temos {x6E|cf(x)>o} = {xe | £ (2) >2} e este Gltimo conjunto é mensurdvel pois £ @ por hi- potese mensuravel. Para c <0 a demonstragao & andlo- ga. Para c=0 temos 1. 3. Se f e g séo mensurdveis f+g & mensuravel. De fato:da dado o€R temos . {x€E|f(x)+g(x)>a} = {x€E| f(x) >a-g(x)} = = Uf {x€B|£(x)>r} n{xe€E| g(x) >a-r}. r€Q pois £(x)>a-g(x) se e somente se existe um nimero ra cional r tal que f(x)>r>a-g(x). 4. Se £ @ mensuravel, £* 6 mensuravel. De fato:para a20 temos {x€E[£2(x)>a} = {x€E]£(x)>Va}u{x€E| £(x)<-va}; para a <0 temos {x€E|f£*(x)>a} =5. 5. Se £ e g sdo mensuraveis, fg € mensuravel. De fato, temos fg = 41 (£+g)?-£2-g71 © o resultado segue pois de 3., 4. e 2.. b) Dada uma sequéncia de fungoes mensuraveis f,:E —+ R seja f=sup fy: Para a€IR temos ken - 32 - {xGE]£(x)>a} = Y {x6E] £, (x) >a} KEN donde segue que f 6 mensurdvel. Para g=inf £ a demonstra- kEN ¢ao € andloga. U COROLARIO 2.2.1 - Se f:E —+ IR @ uma funcao mensuravel en- t&o as funcgées |f], f, DEMONSTRAGAO - Temos, por definigao, e f_ sao mensuraveis. l£| = sup(£,-£), £, = sup(£,0), £, - sup(-£,0). 0 Lembremos (ver o Exercicio 18 do §1) que dada ‘uma sequéncia x, eR definimos lim sup x, = lim x, = inf sup x. moo Ken Komen kem * lim inf x, = lim x, = sup inf x,- Keo KN Kone kom * Temos sempre lim x, slim x, [0] e estes dois niimeros sao i- guais se e somente se existe lim x, que entao coincide com ko eles. [0] Dada uma sequéncia de funcgdes f,:E — R definimos (im £,) (x) = Tim (x) ¢ (Lim £,) (0) = lim £, (x) COROLARIO 2.2.2 - Dada uma sequéncia f,:E +R de fungées ~ 33 - mensurdveis entao as fungoes lim f, e lim f, sao mensuraveis. ken ‘KEN DEMONSIRACAO - Temos lim f,~inf sup f, @ analogamente para lim £,; mEN kom o resultado segue pois do Teorema 2.2,b). COROLARIO 2. - Dada uma sequéncia de fungdes mensuraveis £,:E —+ R tal que existe f = lim £, entao £ é mensuravel. ke EXERCICIO 12 - Seja £,:E —+ R uma sequéncia de fungdes men- surdveis. Demonstrar que o conjunto dos pontos em que a se~ quéncia converge & mensuravel. EXERCICIO 13 - Seja £: R™ —+R uma fungio mensuravel tal que em todo ponto existe Be demonstrar que esta funcao € men- suravel. EXERCICIO 14 - Seja XcE nao mensuravel e £ = Xy 7 XH demons - trar que £ ndo é mensuravel mas que |f| 0 &. EXERCICIO 15 - Demonstrar que o conjunto {tem} Tim(sen kt+cos kt)>0} € mensuravel (e boreliano). * EXERCICIO 16 - Demonstrar que o conjunto {com | lin sen|t|*=3} poo é mensuravel e boreliano. Seja E um conjunto mensuravel. Dizemos que uma pro- priedade P vale quase sempre em E (escrevemos q.S.) se os pontos de E para os quais P nao esta definida ou entao para osquais = 34 - P nao vale formam um conjunto de medida nula. EXEMPLOS 1 - Seja EgcE tal que n(Ey) =0 e seja f: Ey > R; dizemos que f esta definida ¢.s. OnE. 2 - Dadas duas fungdes £,g: E —> RR dizemos que e- las sio iguais q.4. e escrevemos £=g q.5- ou £ a g se o con junto {x€E|£(x)#g(x)} tem medida nula. Esta definigdo tem . sentido se £ e g estao apenas definidas q.s. em E- to] 3 = Dizemos que uma sequéncia de fungoes £,:E —R tende q.4. para una fungao £ e escrevemos f,— f q.s. ou £8 £. a8 ou f=lim f, q.s. ou £ = lim f, seo conjunto dos pontos kee kro x6E em que nao vale £00 —» £(x) tem medida nula. Esta de- finicaéo tem sentido se as fungoes fe £ estao apenas defi- nidas q.s. em E. 4 - Dada f: B —+R, dizemos que f é fénita q.s. se 0 conjunto {x€E||£(x)|=%} tem medida nula. Esta definigao tém sentido se f € apenas definida q.s- em E. § - Dado EeIR” e £:B +R dizemos que £ & continua q.s. se o Conjunto dos pontos x€B em que f nao @ continua tem medida nula. (Nao sao porém equivalentes as propriedades "£:E +R & continua q-s." e "£:E +R é tal que fig, € con tinua onde EgcE e m{E~Ey) = 0" (02). OBSERVACAO 2.3 - Se f: E —+R é uma funcdo mensuravel e se - 35 - as g == f-ent3o g mensuravel. De fato: por hipdtese o conjunto D = {x€E] g(x) #£(x)} tem medida nula. Dado a€R temos {x€B|g(x)>a} = {x€B] f(x) >a}nC{x€D| g(x) sa} v{xeD| g(x) >a} donde segue o resultado j4 que o conjunto {x€E|£(x)>a} émen suravel pois £ 6, por hipdtese, mensuravel e j& que os con- juntos {x€D|g(x)sa} e {x€D|g(x}>a} sao mensuraveis pois D tém medida nula. OBSERVAGAO 2.4 - Do corelario 2.2.3 e da observagao prece- dente segue facilmente que se £,:E —+ R é uma sequéncia de fungdes mensuraveis tal que f, 4:5, £ entao £ é mensurdvel.{1] OBSERVACAO 2,5 - Se £ e g estdo definidas q.s. em E esdo fi nitas q.s. entdo f+g est& definida q.s. em E: se f esta de- finida em EpcE e g em Ey entio f+g esta definida em EgnE,~E,, onde E,, 8 o conjunto dos pontos de Epnky onde £ e g tomamvalores in finitos de sinal contrario. 32.2 - 0 Teorema de Egoroff Seja E um conjunto mensuravel e f,:E — Ruma se quéncia de fungdes mensuraveis. Dizemos que a sequéncia £, - 36 - converge quase unifomemente para a funcdo f: E — R, escrevemos fy AY £ ow f, — f quu., se dado €>0 existe um subconjun- to Ez. de E, de medida 0 e mEN, existe k GN tal que mee} k,, isto é, #, —“+ £ em CE. 0 §3 - A_INTEGRAL DE LEBESGUE Neste § vamos construir a integral de Lebesgue no R e dar os teoremas fundamentais dela. 0 processo de cons trugdo que damos é tal que vai servir para construir uma in tegral a partir de uma medida qualquer. Numa primeira etapa consideramos fungées simples positivas, isto 6, fungoes que tomam apenas um numero finito de valores. Para estas fungoes, a definicdo da integral é imediata. A seguir definimos a in tegrail ff, para fungdes mensurdveis positivas, £:/£ € o sup das integrais de fungdes simples positivas ¢0. com a, OBSERVACAO 3.2 - Sejam a e 8 fungdo simples positivas. [os fe b) Se a,b>0 entdo [ caave) afa+ be. a) Se asB entao w a - 41 - De fato: observemos inicialmente que se i CiXee iXe, onde os Cy sao dois a dois disjuntos (mas os cy nao sao ne- cessariamente distintos nem supomos que U cy BE) entao isisq pois para todo a>0 seja I, = {i€{1,-.-,q}|¢;-a} (naturalmen te podemos ter 1,745 entdo i¢t- a Portanto c,mc, = J am Wc.) e vaso Lier, * = ota) e a iltima somatéria corresponde 4 defini¢gao de fe a partir de uma representacao canénica. Para demonstrar a) e b) consideremos representagoes canénicas de a e B - 42 - Os conjuntos — AyoB, para i=1,2,..+,p € j=1,2,-...4 So mensuraveis, dois a dois disjuntos, e temos [0] a= J ax e p= } b.x . inj Pape iy MAgOR; Entdo a) segue do fato de que a<8 se © somente se ajsb, em AjnB; para todo i-1,2,...,p © j=1,2,-+..4 ¢ com pela observa go inicial temos Jo = Taymtayen;) © [a = Epa ij i, segue que Jo s i Demonstragao de b): temos aatbs = J (aa,+bb.)x gop EI ayn _2agm(Aj Bs) fo = Jagma, = fai9(Ua; 035] = Jayme) =D, i 1 e analogamente [s = oP jPimCumsy) portanto = 43 - af +ofe = _) (aa,tbb;)m(A,nB,). i,j Por outro lado, como aatbB = J (aa,+bb,)X , apt j7 "Az nB, 2 (AgnB5) = &B, segue pela observagao inicial que J (aagtbb,)m(Az0B,), | (aatbg) = i,j € portanto {caaros) = afa+bs. a +B, subconjuntos mensuraveis de OBSERVAGAO 3,3 - Sejam 3), E, Cpreeercy, 70 e } j og = c.X, 3 entao [ o = c,mE,. i Es Ie 24, ii isl i= A demonstragio segue por recorréncia sobre k, apli cando a observacao 3.2,b). (01 - 44 - TEOREMA 3.1 - Sejam E um conjunto mensuravel e f:F —* [0.°] uma fungdo mensuravel. Existe uma sequéncia crescente de fun gdes simples positivas 6, <$)<+++ 5, S+++ Com sup =f. Ken DEMONSTRACAO ~ Para todo k€N definimos < E(x) <, red,2 5000 kok 2 k se £(x) 2k isto & : k2 rr oF x + kx ob OR 2 onde _ glrlir eel Dor tf (Oo RO) e Dy = £°(Ck,#f). BXERCICIO 1 - Sob a hipdtese do Teorema 3.1 demonstrar que se £ @ limitada entdo aH ate £. 3.2 - A Integral de Fungées Mensuraveis Positivas Sendo E um conjunto mensuravel, indicamos por S, (5), ou simplesmente por S,, 0 conjunto das fungdes simples posi tivas ¢:E + R,. - 45 - Da observagio 3.2,a) segue-se que dado 968,(E) te- jer sun{[ 9ives,@),vs6} o que justifica a seguinte definigdo: seja f£:E — (0,°] uma fungao mensurdvel, entao escrevemos [ie . [ f00ax = sup{| #1968, (E) .ost}eto.e3. OBSERVACAO 3.4 - Se A € um subconjunto mensuravel de E é i- mediato que vale a igualdade {feloes, ce) .ostxa} > {fol ves, (a) vee.) donde se segue que tx, = {£ [é f AT I lA = Jy onde identificamos f com fra OBSERVAGAO 3.5 - a) Sejam f,g:E —+ [0,~] fungées mensuraveis. Entdo f-gq.5. =[e-[e. ‘EB E b) Seja £: E — [0,°] mensuravel: = 46 - peogs. [reo E De fato - a) Seja D = {xCE|£(x)*g(x)}. Seja o€S, tal que 0<$0 tal que B,-£1((e,]) teria medi- da >0 (OJ. Entdo ¢=ecx_, 68, e & tal que 0sosfe E. + [ereme,> 0s portanto { £>0 contra a hipotese. 0 EB OBSERVAGAO 3.6 - Seja £:E — [0,#] tal que f f, -47 - entao para todo k€N consideremos a fungao simples Vy =kxp + Temos wy < f'e portanto para todo kEN, isto é, f f=, contra a hipdtese. E OBSERVACKO 3.7 - Seja £:E —+ [0,@] tal que [tc E e*seja ¢ uma fungao simples tal que 0<4 é nula fora de um conjunto de medida finita. (0) OBSERVACAO 3.8 - # imediato que se f,g —r [0,”] sao mensura fe J veis e f£ sg entao e que para c20 temos fet = fs. Porém sé vamos conseguir demonstrar que [ew - fe+[e depois de ter provado os dois teoremas que seguem. ~ 48 - TEOREMA 3.2 (Lema de Fatou) - Seja fb Co,°] uma sequen cia de fungées mensurdveis tal que f, ~2:5. £; entao [ss 1ia [ a <>. E KEN /E DEMONSTRAGAO - Pela observagdo 3.5,a) podemos alterar as fun goes num conjunto de medida nula de modo que a convergéncia tenha lugar em todos os pontos. Seja o€S, com ¢0 tais que mA== e $(x) >a para todo x€A. Para todo kéN, seja Ay = {x6B] £, (x)>a para todo nek}. A desigualdade slim f, =f § peo 7 implica que tet B claro que A,cAjc...cA,c.-. @ portan- to do teorema 1.3,a) segue que lim mA, = mA. Como temos +00 f, 2amA,, segue-se que lim Ls =m, I, k k Yoo Je * -b) 58 [ @<® soja Arco™1(0); ent&o mA0 definimos A, = {x€E|£, (x)>(1-e) o(x) para todo n2k}. Temos evidentemente A,cA,c...cA.c-.. e de ¢slim f, =f se- 12 TL nee 7 gue-se que || A, 2A. Portanto A~A, 2>A~A, >--- PAWALD... & KEN ef] (A~A,) = com m(A-A,) smA< ©, Do teorema 1.3;b) segue- ken k 1 se entao que lim m(A~A,) =0 e portanto existe ne tal que pa 400 ra k zn, temos m(A~Ay) se. Entaéo para K zn, temos i £2 he 2 aol o> ana “ht 2 i, wef onl efm(aw >[ o-c[{_e+tol] onde tof = supleoot. iE i x€E . Portanto ain [£2 [ ee[f elel] IE + IB para todo ¢>0, donde se segue que lim [ £. >| o 0 Wg Re * EXERCICIO 2 - Sejam f,2 0 fungdes mensuraveis;demonstrar que faim 5, «aim {5%- - 50 - * EXERCICIO 3 - Sejam f,:E — [0,~] fungdes mensurdveis tais que f tee [ey — [es . demonstrar que para todo conjunto mensurdvel AcE temos | fy —| f. A A (Sugestao: fy fslim f, £, onde B=Ae B=CAl. © teorema que segue, em geral éenunciado apenas pa ra sequéncias mondtonas crescentes, dai o seu nome. TEOREMA 3.3 (da convergéncia mondtona) - Seja £,:E —> [0,°] uma sequéncia de fungdes mensuraveis tais que f, 5, £ com f, s£ para todo k€N, entado £ > lim | f,<* kee | k DEMONSTRACAO - De fs f segue-se que [* s fs e portanto lim Jf < fe. Aplicando o Lema de Fatou segue-se que [es ain [sq Ti Jee fe e portanto -~51- OBSERVACGAO 3,9 - Agora estamos em condigdes de demonstrar que se f,g:E —+ [0,~] sao fungdes mensuraveis entdo [cere = fee[e. De fato: pelo teorema 3.1 existem sequéncias crescentes de fungSes simples positivas $,+f € ¥,tg; portento Opty tits e€ pelo teorema da convergéncia monétona (e pela observagao 3.2 b)) temos [eee = remap = Lint feyefoy) = Lim feetin fay = {e+fen EXERCICIO 4 - Seja f:E —+ [1,@f uma funcao mensuravel tal que néo tenhamos £=1 q.s. £ verdade que vin [eet kro COROLARIO 3.3.1 - Dada uma sequéncia de fungdes mensuraveis £, +B —+ [0,1] temos i dat . bh [te DEMONSTRACGAO - Temos ne 14 1 aka quando m —+ » e portanto, pelo teorema da convergéncia mond tona, temos n © lim yf = { yf. me fe kei * xe1 * Pela observagdo 3.9 temos 2 n | rete 7 dy I, * donde se segue o resultado. COROLARIC 3.3.2 ~ Seja £:E —* [0,] uma fungao mensuravel e sejam (Ey) yen subconjuntos mensurdveis de E, dois adois dis juntos tais que lJ E,=E. Entdo . keN fe ° dy Le DEMONSTRACAO - Basta lembrar que fe J fy eaue | ex [oe es EK Be hay EXERCICIO § - Para todo subconjunto mensurdvel EcR defini- mos u(B) = [ vtar. A fungdo EEM(R) — u(E)€l0,°] @ uma medida? - 53 - EXERCICIO 6 - Dar exemplo de uma sequéncia decrescente de fungdes mensuraveis f, 20 tais que lim [ae] lim tye [Sugestao: ver o exercicio 7]. EXERCICIQ 7 - Seja f, uma sequéncia decrescente de funcées mensuraveis positivas com face, demonstrar que lim [5 = i lim fy EXERCICIO 8 - Seja £:R"™—+ (0,~] mensuravel;demonstrar que a funcdo EGM(IR") —» me(B) = [ seco,e1 € uma medida, que mE=0 ==> mgE=0 € que me( RP) i £ fee,-eo+[eey-e = Jefe. E evidente que f20 implica fs 20. b) De £,+£_= £1 < igl segue-se que £, R que sao integrdveis ou o conjunto das fungées definidas q.s. em E e que sio integraveis evidentemente nao formam um espago veto rial [1] mas para elas ainda valem todos os outros resulta- dos precedentes considerando igualdades q.s. e desigualda- des q.s. Vamos porém considerar como equivatentes fungSes men- suraveis f,g:E —+ R definidas q.s. ¢ que satisfazem a re- lagdo £=g q.s. Indicando por f a classe de equivaléncia de £, a relacgdo definida por £ sf, se fy sf. q.s. € uma rela- cao de ordem [0]. Indicando por 1, (2), o conjunto das clas- ses de equivaléncia £ das fungdes f:B —+ R definidas q.s. que sio integrdveis & facil demonstrar que L, (E) é um espa- . q-8 go vetorial [0] e que L |£| =0 se e somente se f= 001. Destaquemos especialmente o COROLARIO 3.4.3 - Seja £:E —»+ R mensuravel: £ & integra- vel se e somente se |f| & integravel. Se f é integrdvel te- Ik¢ mos «| lel. 'E “= 87 - EXERCICIO 9- Seja f:R°—+ R tal que para todo EEMCR"); demonstrar que £=0 q.s. EXERCICIO 10 -Seja £, uma sequéncia crescente de fungdes in _tegraveis tais que Jeg em para todo KEN. Demonstrar que existe uma fungdo f tal que £, 5. £, que £ & integravel e que fe- lim fee so EXERCICIO 11 - Seja £4, (2) e a: E—+ R = mensuravel com Jlall, < ©: denonstrar que af6t, (E) e que [lofl <{lall, fet. OBSERVACAO 3.12 - Dados £,£,68,(B) tais, que lim flea) =0, kom ndo segue que fy —1-5.f como mostra o exercicio que segue. BXERCICIO 12 - Seja . f1°Xco,a7° F27%ro,dy fstab aa famXro,ba Ps ab sae Demonstrar que fig — + 0 quando k —+ » mas que para todo x€L0,1] temos fy (x) + 0. | EXERCICIO 13 - Dar exemplo de uma fungdo fes, (Ca,b3) tal que £78, (Ca,b]); demonstrar que f & necessariamente nao Li mitada. ~ 58 - TEORENA 3.5 (Teorema da convergéncia dominada de Lebesgue) - Seja f,:E —> HR uma sequéncia de fungées mensuraveis tal que fy AS. £ e tal que existe g€£,(E) com lf] ftg @ o-f, —> ef. Temos £6£,(E) pois f é mensurivel e |£| sg (Conforme o Teo- rema 3.4,b)). Aplicando o Lema de Fatou vem [rw szin| (£,+8) = aint {e,+[21 = 1in[#,+[e,isto a, [esian/t, e [ce f & mensuravel IE - 65 - b) Se £ @ mensuravel entao [ f= I £= f £. E E E DEMONSTRAGAO ~ Sejam $, € ¥y sequéncias de fungdes simples tais que Op S041 SEY YK? k=1,2,... e que Leet] e Joel col. As fungdes £,> sup 4, e £*= inf y, sdo mensuraveis. Das de- sigualdades Oy SEaSESE Sy segue que f, e £" sio integraveis (pois s4o mensuraveis,e limitadas e mE<@)} e que vale a re- lagao bts ffs «heeft donde se conclue que [8 < jf. s fe < fe Suponhamos que J = iG Ent@o tem-se I (£*-£,) <0 e como £*-£,20, segue-se que EB f*-£, <0 q.s. (Observagdo 3.5). Portanto £*-£=0 q.s.e £é mensuravel (Observagao 2.5). Reciprocamente, seja £ mensurdvel (e limitada) ese ja a sequéncia $,65,(E) tal que otf] -£ (Conforme o teore- C : + = 66 - ma 3.1). Entado [ext] ete © porcanto f tet-opt]e cpois | ef =Bebano), nas [AH-1g65(8), [el-eyae e L#l mays portanto * Jetel-opef”e o que implica que fe Lim [del-op2/ £. * De modo analogo se demonstra que fes| f (0D) e de | es] £ 's * segue-se entdo que as trés integrais sao iguais. 0 EXERCICIO 4 - Seja EeR um conjunto mensuravel;indicamos por B,(E) 0 conjunto das fungdes mensurdveis limitadas ¥iE +R que sao nulas fora de um conjunto de medida finita. Seja £: E —+ [0,] uma fungdo mensurdvel; demonstrar que fe = sup{| vives, (2) vse}. 4.3 - A Integral de Riemann e a Integral de Lebesgue TEOREMA 4.2 - Seja f:[a,b] —+ Rintegrdvel segundo Riemann Entdo £ € mensuravel e sua integral de Riemann em [a,b] coin cide com sua integral de Lebesgue em [a,b]. DEMONSTRACAO - Como temos E({a,b])¢S(fa,b]) segue-se que b b *b yb [e<[es[e0 existe L, tal que. para - 68 - 4 Ce,dleth, =f tenos iRj sent at] ce c (o critério de Cauchy [0J) 0 que segue de d 4 sen t = cos tyd_, "see t 1,1 1 = 2 [R Set | =| er, R —- at | sotgt on wt z= ° Para demonstrar que f [S224] = basta ver que 0 json t t jdt = ° mt a I S22 flac [ S28 tiat = I 0 f) Kei UQel) a Ef teen cia = F arf” [sone tlac =2 2} 2 sen t{dt = sent t|dt == 61 Jey Kea oes ¥ er F que tende para » comn. 0) A integral imprépria, isto @ o limite em Ij, tam- bém € indicado por b ef £(t)dt. a Quando b= e/ou quando f é nao limitada nas vizinhancas de ) trata-se de uma.integral de Riemann impropria. EXERCICIO 5 - Sejam f,f,:[a,b] —+R fungdes integraveis se gundg Riemann equilimitadas tais que £00) — £(x) para to- do x€fa,b]. Demonstrar que b b q's,(eae — feat. - 69 - *EXERCICIO 6 - Dar exemplo de uma fungdo limitada £:(0,1] —+ R que € integravel segundo Lebesgue e tal que_ndo existe uma fungéo g integravel segundo Riemann e tal que f=g q.s. $4.4 - Caracterizagio das Fungdes Integrdveis Segundo Riemann Lembramos que uma fungdo gila,b] —» J-»,0] Cg:fa,b] —+ [-»,9f] diz-se seni-continua ingerionmente semi-continua superionmente} (a~ breviamos sci [scs]) separa todo x€[a,b] e todo c < g(x) Ce > g(x) ] existe uma vizinhanca v,. de x tal que para y€V, tém-se c g(y)]. 0 sup Cinf] de uma familia no vazia de fungdes sci [scs] é sci [ses]. (0) TEOREMA 4.3 - Seja f:[a,b] —+ Ruma fungfo limitada. Temos £ & integrdvel segundo Riemann ==> f é continua q.s. DEMONSTRAGAO - Sejam 4, © ¥, Sequéncias de fungdes em esca- da COM O45 41 5£54e4 1 Vygs KEL 2, ++. tas que b “yb > 7p on a coart [20 ax e af, oan! | ecnex. k Sendo 1tj_y, constante podemos supor que ee, Jr1,2,...:my 08 intervalos em que 4, [0,1 é - 70 - lim sup eke -)).7 9 (Ol. kee 1sje &@ enume- ravel.] *EXERCICIO 11 - Dada uma funcdo f:{a,b] —+ IR para todo t€La,bl definimos (o*£)(t) = Tim #CE(t+h)-£(t) JeR. ato Demonstrar que se f € continua ent&o D°£ & mensurdvel (bore liana). [Sugestdo: D’f é scil. - 72 - $§5 - TOPOLOGIA E INTEGRA’ Ao Como j4 dissemos, nos §§1 a 3 apresentamos as no- gdes de conjuntos e fungdes mensuraveis e de integral’ de Le besgue no IR” de tal modo a também servir para a teoria abs trata da medida e integracdo a ser apresentada na 2% parte, no Capitulo IV. Na teoria abstrata nio ha nenhuma topologia envolvida e portanto nos resultados dos §§1 a 3 que vao ser generalizados no Capitulo IV nao usamos resultados particu- lares do R™. No presente § vamos ver resultados que relacionam os resultados dos §§ anteriores com fatos topolégicos de R”. Este § sd vai ser usado em alguns poucos pontos, principal- mente no inicio do Capitulo V e pode portanto ser omitido nu ma primeira leitura sendo consultado apenas ad-hoc quando ne cessdrio. PROPOSICAO 5.1 - Seja AcR™ a} Dado ¢>0 existe um conjunto aberto O,2A tal que n*0, sm*Ate b) Existe GEG, com GoA e m*G =m*A. DEMONSTRACAO - a) Por definig&o temos . . mA = ine{ ¥ ec >| ud aa} Ke Iken * -~73- Se m™Ase nada hi a demonstrar; se m“A<@, dado e>0 existe una sequéncia Ty de intervalos abertos tal que Ut,pA e J 2(1,) sm*Are. xen * ker Tomamos entao 0. = UT, e temos m*O_< J 21) sm*Ate. © yen * e a k b) Com a notagdo de a) tomemos G+ f}o,,. men 2/m Ento GsA ¢ para todo mEN temos m*Asm"G 0 existe um conjunto aberto 0,°E tal que * n*(O,~E) s€ iii) Bxiste GG, com GoR e m* (GE) = 0 ii)"Dado €>0 existe um conjunto fechado F,cE tal que mn" (E-F,) se iii)" Existe FeF, com FcE e m*(E-F) = 0. DEMONSTRAGAO - (i) ==> (ii): Seja R" = U J . xen * -~ 74 = onde os Jy sio intervalos limitados dois a dvis disjuntos e seja By *EnJ,. Dado ¢>0 pola Proposigéo 5.1 existe um aber £. 2* to O,2E, com m0}, s mE, + e ‘portanto m(Q,E. = m0). - mE; $ Tomando-se entao 0, = UO, temos O,~ = UO UES UL (mE) keN xen xen F xen * e portanto m(O_~E) s_ J m(0,~E,) se. € KEL kk ii ta): Sof . ~E) el (ii) => (iii): Seja 01 pgPE com m Cure EB) sae tomemos Ge 0,3 nen 1/™ entdo m*(G~E) ¢ m*(0, ,,~E) (4) G-E @ mensuravel pois m*(G~E) = 0. Pelo corola rio 1.5.1 G é mensuravel. 0 resultado segue pois de E= GnC(G~E) (4) => (ii): Como (i) => (ii) entdo aplicando (ii) a Ee xiste 0,8 com m(0,~£) s €. Tomando entao F, = 6, temos F cE e EF, = 0,~E {OJ ‘donde segue o resultado. As demonstracdes de (ii)"= (iii)” e (i11)"= (i) sao analo- gas respectivamente as demonstragdes de (ii) = (iii) e =~ 75 - (iii) = G) (01 EXERCICIO 1 - Por que a seguinte demonstragdo de (i) => (ii) esta errada? "Da proposicgdo 5.1 segue que dado e>0 existe un aberto 0,2E tal que nO, $ m*B+e. Como BE é por hipétese mensurdvel, temos m*0, = m*(0, rB) + m"(O,~2), isto 8, m*O, = = m*E + m*(0,~B) pois 0,2, Portanto temos *7ro wE) = mtO -m* " m"(O,~E) = m0, -m'Es et. COROLARIO 5.2.1 - Seja UcIR" aberto e fe£,(U) tal que para qualquer intervalo fechado e limitado JcU temos I f=0; en- tio f=0 q.s. ’ DEMONSTRAGAO - Como todo conjunto aberto OcU pode ser escri to como reunido de uma sequéncia de intervalos fechados li- mitados J,cU com interior dois a dois disjuntos (0] segue- se [De fato: temos . . ks 0 = Ys,n0 = Y (2,n0)d Y 5.) onde 2, = hae 0 Set xen ©. ken xen * k jes byte Como mZ,=0 entdo segue do corolario 3.3.2 que le ° cil, * hyo! . dh i, ® bh i, A. k k - 76 - Por outro lado G6G,, GcU pode ser escrito como a interseccao de uma sequéncia decrescente de abertos 0,cU e de I £ = 0 segue entéo | f= 9 Oy Is pois |£X, | s |€fef,(u) © Xo, — Fxg Mas do Teorema 5.2 segue-se que dado um conjunto mensuravel qualquer EcU, existe um Gee, UsG2E, tal que m(G~E) =-0 epor tanto [0] [. 0. Tomando-se entao g-s(10,01) e Bs £h(L-#,00) segue-se da observacgio 3.5,b) que £=0 q.s. COROLARIO 5.2.2 - Seja [a,b]-R e £68, (fa,b}) tal que para todo x€[a,b] tenhamos x I £(t)dt = 0; a . entéo £=0 qs. [OJ DEFINICAO - Dado um aberto UciIR" e uma funcgdo mensuravel £:U —+ R, dizemos que f é Locakmente integravel (em U). escrevemos loc £68; (0), se para todo x6U existe um intervalo aberto qt contendo x € - 77 - tal que fes,(1,). Entao € imediato que dado qualquer compac to KeU temos fet, (K) fol. Indicamos por K(U) 0 conjunto das fungdes continuas o:U —+ R que sao nulas fora de um compacto KcU. COROLARIO 5.2.3 - Seja Uc” aberto ec #es}°°(u) tal que pa- ra todo ¢€ K(U) temos I f$=0; entdc £=0 qs. U DEMONSTRAGAO - Basta mostrar que para todo intervalo fecha- do e limitado JeU temos | £=0 0 que segue do fato de exis- J tir uma sequéncia EK (U) tal que OFX tol. TEOREMA 5.3 - Dado EcR" com m*E<@, as propriedades (i), (ii), (iii), (ii)” e (iii)” do Teorema 5.2 sao equivalentes & propriedade (iv) Dado ¢>0 existe U reuniado de um niimero finito de intervalos limitados (que podem ser tomados aber- tos ou fechados ou semi-abertos, etc.), dois adois disjuntos, tal que m*(EAU) se (onde EAU = (E~U) u(U~E)). DEMONSTRAGAO - (ii) = (iv): Seja O2E com m*(O~E) <5. 0 a- berto 0 pode ser escrito como uma reuniao de um conjunto de medida nula e de uma sequéncia de intervalos (abertos ou fecha dos ou semi-abertos, etc.) limitados e dois a dois disjun- tos, Jy sSgseee Trees @ - 78 - Lim a( U 3] = m0 (01; koe lsisk portanto existe U=J,U,..iJ, com m(O-~U) <5. Ento temos EAU = (E~U) u (U~E) ¢(0-U) u(O~E) e portanto m* (EAU) 55+5 =e. (iv) => (ii): De m*(EAU) <© segue-se que m*(U~E) < ee n*(E-U) E e m*(O~E) = m*C(0,~B) u(U~E) sm"0, +m*(U-E) s2e+e = 3e OBSERVAGAO 5.1 - Pela demonstragao do Teorema 5.3 € imedia- to que se E esta contido num aberto Uy entao podemos tomar U contido neste mesmo aberto. OBSERVACAO 5.2 - Sio equivalentes as propriedades (i)' E é mensurdvel e mE< © (vy) Dado e€ >0 existe um compacto K cE tal que m*(E*K,) (i)':do Teorema 5.2 segue que E é mensuravel e como todo compacto & limitado e tem por conse- guinte medida finita segue-se de mE =mK, +m(E~K,) que mE<@. (i)' => (v):Se E & mensurdvel, segue-se facilmente do core ldrio 1.1.1 que dado ¢>0 existe um conjunto mensuravel li- - 79 - mitado E,cE com m(E~E,) <5 pelo Teorema $.2 existe um fe- chado FcE, com m(B,~F) 0 existe uma fungio em patamar », nula fora de U, que difere de f de menos de € exceto num conjun- to de medida e} se. DEMONSTRAGAO - Como temos f£=£,-£_, basta demonstrar o teo- rema quando £20 [0]. Observemos inicialmente que pela Observacio 2.2 e- xiste M tal que m{x€U|£(x) 2M} <5. Seja entdo EB = {xeU|£(x) sM}; existe uma fungdo simples $ tal que |f(x)-6(x)| gar Fj pelo Teorema 5.3 e pela Observagao 5.1 para cada Bj existe um U5 reunido de um nimero finito de intervalos limitados € =. 6 ameas tal que n(E,AU,) Sap Entao é imediato que i ye cx, gar YG é€ uma fungdo em patamar que satisfaz as condigoes do teore- ma (0). COROLARIO 5.4.1 - Seja UcR™ aberto e £:U —+R uma fungao mensuravel finita q.s. e nula fora de um conjunto de medida finita. Entdo dado ¢>0 existe $€K(U) que difere de f de me nos de « exceto num conjunto de medida0 existe u ma fungdo em patamar p, nula fora de U, tal que [ levi se. UU DEMONSTRACAO - Para todo ‘KEN seja 1 Dy = Ax6U| |x] sk © 4x, CU)aRh Definimos f(x) se xeD, ¢ |£(x) [sk £, (x) = 0 nos outros pontos Do teorema de convergéncia dominada de Lebesgue se gue-se que : [lee1 — [O; veja o Capitulo II, Proposicgdes 2.1 e 2.21, Seja en- tio KEN: tal que [le-e sj temos [4] sk. Seja ssgye 6 “sa, - 82 - pelo teorema 5.4 existe uma fungao em patamar y, |¥|0 © xiste g€K(U} tal que [lee se. A demonstragdo segue do Corolario 5.4.2 do mesmo mo ‘do que a demonstracao do Coroldrio 5.4.1 segue do Teorema 5.4 (Ol. -~ 83 - TEORENA 5.5 (Lusin) - Sejam EcIR” mensuravel de medida fini, ta e £:E —+R; f 6 mensuravel e finita q.s. see somente se dado ¢>o existe um conjunto compacto KeE tal que m(E~K) <¢ e tal que a Arestricao de f a K & continua. DEMONSTRAGAO - Seja £:E —+ R mensurdvel e finita q.s.;bas. ta fazer a demonstracao para f limitada pois existe M> Oe E)cE com m(E~E,) <5 tal que |£(x)| 0, pela Observacdo 5.2 para cada k existe um compac to F,cE, tal que m(E,~F,) <3 tomemos fi claro que a restrigfo de f ak & continua (pois f € cons- tante em cada Fy e estes sao dois a dois disjuntos) e - 84 - m(E~K) 0 existe um compacto KcE com m(E~K) 0 © xiste um subconjunto fechado F de mR" tal que Fc, m(E-F) se e flp é continua- CAPITULO IT APLICACGES No presente capitulo e no capitulo V damos aplica- gées dos teoremas obtidos no capitulo I. As aplicagdes do capitulo V sio mais tedricas enquanto as do presente presen te capitulo se situam mais no campo do "cdlculo". A maioria das aplicacées usa o teorema da convergéncia dominada de Le besgue ou o teorema da convergéncia mondtona. No Apéndice A no fim do capitulo recordamos alguns resultados sobre a integral de Riemann imprépria. Estes re- sultados véo servir nos exemplos concretos para decidir se certas fungdes sao integrdveis e portanto podem servir como dominadoras na aplicagéo do teorema da convergencia dominada de Lebesgue. gi - RELAGOES ENTRE A INTEGRAL DE LEBESGUE E A INTEGRAL DE _RIEMANN (PROPRIA E IMPROPRIA) NOTAGAO - Se £:a,b] —+ R 6 integrdvel segundo Riemann es crevemos £6R([a,bJ)- ~86- - 87 - TEOREMA 1.1 - Se £€R(Ca,b]) entdo f € mensuravel e existe a integral de Lebesgue ‘b I f(t)dt a que coincide com a integral de Riemann ‘b a[ecoat. A demonstragdo foi feita no capitulo I, Teorema 4.2 TEOREMA 1,2 - Sejam -~0 ¢ a>0, demonstrar que existe a in tegral de Riemann imprépria - 89 - I sent at lat e que esta integral existe no sentido de Lebesgue se e so- mente se a>i. EXERCICIO 3 - Demonstrar que I sen t ay 0 existe no sentido de Lebesgue se e somente se l1. [Sugestao: temos sent _ sent _ sen?t t%rsen t tt = t%(r%+sen t) sen’t_.__sen’t 1 t%(t%1) t%(t%sen t) t*(t*-1) §2 = PRIMEIRAS APLICA OES PROPOSICAO 2.1 - Seja UcIR” aberto e seja k, uma sequéncia - 90 - crescente de compactos tal que YK =U. Dado fes,(U) temos nen ™ fis -Xq fl = { je| —+ 0 quando m — ©. im CK, DEMONSTRAGAO - Temos |£-x, f] s |€]€£,(U) e (£-x £)(x) + 0 Kn 1 Kn para todo x€U. 0 resultado segue pois do teorema da conver- géncia dominada de Lebesgue. EXERCICIO 1 - Nas hipSteses da Proposicao 2.1 seja EcU men- suravel. Dado £€$,(B) demonstrar que Xe pf — | £. oat — | PROPOSICGAO 2.2 - Nas hipdteses da Proposicéo 2.1 seja fei, (U). Dado m€N definimos m se x€K,, e f(x) 2m £(x) se xeK_ e |£(x) | sm fem = " -m se x€k, e £(x) <-m 0 se x#K, Entao, [l&ceal —oOde [fens — fe. A demonstracgio 6 andloga 4 da Proposicao 2.1. EXERCICIO 2 - Seja M, uma sequéncia crescente de conjuntos -91- nensurdveis com JM, =M; seja f€£,(M). Demonstrar que KEN [ r—[e e que | A [t M My M onde £(x) se |£(x)| k EXERCICIO 3 - Seja £68, (E) 3 para todo a>0 definimos EB, = {t€B| |£(t) |za}. Demonstrar que im | s-[3 e que vin | f= 0, av0 /E E ate EXERCICIO 4 - Seja f68,(IR*); para todo n€N definimos ALF {(x,y) €R«R|x’ sn]y|}- Demonstrar que TEORENA 2.3 - Seja £68, (E). Dado ¢>0 existe 6>0 tal quepa ra todo conjunto mensurdvel AcE com mA <6 temos - 92 - I lf| 0 tal que pa ra todo k21 existe Ay com mA, “oe e J, lle eo ‘k entdo lf, s|f£| © como temos Seja By = in e £7 XB 1 BBeay © MBY SORT segue-se que fy ~1:5,.0. Pelo teorema da convergéncia domi- nada de Lebesgue temos entao If,| — 0 [pl contra o fato de que [lat = [ she] Jf] ze, 0 iE By AY EXERCICIO 5 - a) Dar uma demonstracao direta do teorema 2.3 quando f @ limitada. *b) Deduzir o teorema 2.3 de a) e do teorema da conver-~ géncia monétona. §3- CONVERGENCIA DE INTEGRAIS EXEMPLO 3.1 - - 93 - oo ant I dt —+ 0 0 vt quando n —+ «, De fato: seja £,(t) = temos J£,(t)| 0. O resultado segue pois do teorema da conver géncia dominada de Lebesgue. EXEMPLO 3.2 - Seja a>1; 1 . { nt sen t gt _. 9 quando n —+ @. 0 1+ (nt) De fato: seja = nt sent £,(t) . n 1+ (nt)® Para todo t€[0,1] temos £,(4) —+ 0 pois a>1. Temos l£,(t)]} $2 para todo n [pois fazendo nt =x basta demonstrar que - 94 - para todo x20, isto &,x¢-x 2-1 para todo x20, o que é ime diato.] 0 resultado segue pois do teorema da convergéncia do minada de Lebesgue. EXERCICIO 1 - Determinar 1 = nt_sen t a j “tent ot EXEMPLO 3.3 22 —» 1 quando n —>* ®- i ak Sm n/n De fato: seja = 1 £,(t) = Soeyain* a+byme i Quando n —» » temos a+iy? ec tP—+1; portanto £08) — et. Por outro lado temos - 2 2 . a+? = pers MED a paranz2et>0. n Se entaéo tomarmos - 95 - ‘temos géf)(J0.=f) (ver os exemplos 2 e 1 do Apéndice A) e lf, Ct) Es g(t). O resultado segue pois do teorema da convergéncia dominada de Lebesgue ja que [ e tat = 1, 0 EXEMPLO 3.4 - Seja a>0; ont? n2te ® © I 1+t? dt ——> 0 quando n -—+ ». De fato: fagamos x=nt; entdo temos oy, -ntt? ox? _ ay? | nite at = | x2 gx + [ Xtna ot xe ax. a +t? ma 4 4X2 0 > x? n? n? Seja = xe". £109 > Xtna et OO 2° ox? entdo £,(x) —» 0 quandon ee J£,6c)| sg(x) =xe x" com g6$,(R,) (ver exemplo 3 do Apéndice A). 0 resultado segue pois do teorema da convergéncia dominada de Lebesgue. OBSERVACKO - 0 resultado acima ndo vale quando a~=0 pois en tao temos - 96 - on2t2 a paw at —+ } quando n — ©. De fato: fazendo x =nt temos, pelo teorema da con- vergéncia mondtona, que og ent? 00, [ n*te — at >| xe - et 0 xt n? EXERCICIO 2 - Demonstrar que 1 ox lim { Beta =o. neo JQ lenét? [Sugestdo: mostrar que nit 1 dent? 2vt EXERCICIO 3 - Demonstrar que iad -nt2 Lim | ett at =o. neo (Sugestao: -nt?+t <-|t{| para |t] 22.1 BXBRCICIO 4 - Seja a>0; demonstrar que A © Lim | a-5'* tat = | ett tar, 0 0 neo + 97 - [Sugestao: mostrar que (1 -5" set para Ost1; temos - 98 - g onde T{a) = DEMONSTRAGAO - Para 00 temos F ackx = Je™. k=1 Seja n “1 -kx s(x) = x8 ye; n k=1 os S, formam uma sequéncia crescente de fungoes integraveis segundo Lebesgue em [0,~f [0] e a a [ s,0ddx =) ik ekyerlax = pet if 0 . kl k=l = T(a) t kK %

0 [0] e gene- raliza a fungdo fatorial, [(n) =(n-1)! De fato: fazendo integragdo por partes vem co ° co P(atl) = i e* xf ax ane * x] +e { eo ® x07 ax = ar (a): 0 0 0 portanto T(m) = (n-1)(n-2)...3+2r(1) = (n-1)! pois rq) = [ e* dx = 1. 0, PROPOSIGAO 4.2 - Sejam p,q>0, temos 1 1 1 “prq * pr2q ~ p*3q* 1 pr [ oae =i lo ist? P DEMONSTRACAO - Observemos inicialmente que a série.do segun do membro acima 6 convergente pois seus termos formamuma se quéncia mondtona alternada que tende para zero (QJ. Para 0 R para todo x€X e t¢E es crevemos $*(t) =4,(x) =6(x,t); temos portanto fungoes - lol - O:E—+ Re opiX > R. - Seja X um espaco métrico e E um conjunto men- TEOREMA 5 suravel. Seja XQ EX e o:XxE + IR tal que 1) Para todo x€X a fungdo * é mensuravel. 2) Para quase todo t€E a fungao o @ continua no ponto Xgr 3) Bxiste g€S,(E) tal que le(x,t)| s g(t) para todo x€X e quase todo téE. Entao a fungao x€X —> (x) = { o(x,t)dteR E é continua no ponto Xge DEMONSTRAGAO - Tomemos x, —*> xg; queremos demonstrar que o(x,) —>* ®(x9)- Pela hipdtese 2) temos o(x,,t) — o(xXq>t) para quase todo t€E. Das hipdteses 1) e 3) segue que podemos aplicar o teo~ rema da convergéncia dominada de Lehesgue para concluir que d(x.) = [eevee — i, O(xqst)dt = 6(x9)-0 OBSERVACAO 5.1 - Basta evidentemente que a hipétese 3) este ~ 102 - ja satisfeita somente numa vizinhanga de Xo- OBSERVACKO 5.2 - Em vez de 3) basta supor que ¢*6i, (E) para todo x€X e que { [o(x,t)-6(x9.t) [dt —+ 0 quando x —+ x- E EXEMPLO 1 - Seja X={z€C|Rez>0}. A fungado 2€X —+ T(z) = I ete tat. 0 esta bem definida e 6 continua. De fato: temos E= 10,eC ¢ seja o(z,t)=e t* +; ¢ € uma fungdo continua [lembramos que t*Y =e*¥ dog t). gado 29 = xqtiygéX tomemos 0 x im plica que $(x,.t) —+ $(x,t). A fungdo ¢* é continua e por- tanto mensuravel e [¢(x,t)| s g(t) =[]¢| que é integravel pois mE <@,. © resultado segue-se pois do Teorema 5.1; temos Je] < m(E)Jo] COI. EXERCICIO 4 ~ Para todo x6[0,1] definimos . 1 (x) = I, xt at. x24? Demonstrar que a fungao 6 é continua. EXEMPLO 5 - A fungao 1 x€L0,1] —+ (x0) = | sen xt at ¥ (xX esta bem definida e € continua. De fato: seja ent&o dado x,6[0,1] para t#xq @ fungdo 4, é continua no pon to xq (e portanto esta satisfeita a hipdtese 2) do Teorema 5.1). Cada fungio ¢* & mensuravel (e portanto esta satisfei - 106 - ta a hipdtese 1) do Teorema 5.1) mas nao existe uma funcao gf, (C0,1]) que majore » [Q1. Fagamos entao x-t =s; vem ox) = f sen x(x-s) gy. a1 Is| e seja = sen x(x-s) Ors) Xtx-1,x1 9) Js jt definida para (x,s)€[0,1}x[-1,1]; se s€{0.x9, Xq7tt a fun cao ¥, @ continua no ponto xX, © temos 1 s[t# lycx.s)] sg(s) = com g€S(I-1,1]) (C01, ver o exemplo 1 do Apéndice A). 0 re- sultado segue~se pois do Teorema 5.1. EXERCICIO 5 - Demonstrar que a funcao xGIR —> @(x) = { gos xt at 1st? esta bem definida e-é continua. EXERCLCIO 6 - Demonsttar que a fung&o x€10,ef —+ o(x) = I e*tsen t dt 0 - 107 - esta bem definida e é continua. * EXERCICIO 7 - Demonstrar que a fungao ° st x€J0,1L —+ 4(x) - | —_. 0 |sen t|* esta bem definida e € continua. EXERCICIO 8 - Demonstrar que a fungdo e nytt? xR —+ 6(x) > [ xe *” at 0 esta bem definida e @ continua nos pontos x <0. EXERCICIO 9 - Determinar os pontos x€IR em que é definida e continua cada uma das seguintes fungdes a) (x) = frees ix at b) a(x) = t teen Mle c) (x) = [ txte Xt ae, 0 EXENPLO 6 - Seja £,€£,(IR") e £,€C*(R"), isto 6,£,:R" —+R é fungdo continua limitada. Para todo x€IR" definimos (fpr) G0 = CE, (2) +8, (0300 + Joe £y (xt) £ (t)dts ~ 108 - Entao £,+£,6C° OR") e [f)*f,1 s ff, 11,1, onde hil = sup h(x)} e Ii -[ £(t)|dt Ill un! i hy pa (2,#f, se denomina de produto de convolugdo de £, por £,)- pe fato: seja o(x,t) = £y (xt) €, (t)5 entao para to- do teR” a fungdo 9, & continua, para todo xeR™+ a funcdo g* & mensuravel e tomos |4(x,t)| sg(t) =| £2] |£,(t) | onde get, (IR™). Do Teorema 5.1 segue-se entao que f,*f, é@ continua; o resto € imediato [O] - EXERCICIO 7 - Demonstrar que nas condigdes acima f2*f, éu- niformemente continua se £2 0 for. EXEMPLO 7 ~ Seja Y um espaco métrico, £,62, GR") £,6C* RY): para todo (x,y)€IR"xY definimos Eggi) Gey) = Ley Ct) 28 (1G = hae £, (x-t yf, (t)at. Entado £)r£,6C° (ROY) e bepreyl sllfoh |£,0,- De fato: seja o(x,y,t) = £,(x-t.y)£ (t)s entdo 4, é continua para todo t@IR", ‘9*’” 6 mensuravel para, todo - 109 - CuyER™Y e [o(x,y,t)] se(t) = Ifpi lf, (| com géf, (IR"). 0 resultado segue-se pois do Teorena 5.1. APLICACOES - a) Seja ug&£, CR); para todo (x,t)€IRx]0,L defi nimos -1 _ (xs) u(x,t) Tae [/ ap (edexe[ x81") Ent&o a fungao u é continua e para cada t>0 ela 6 limitada em Rx{t,°L. De fato: definindo ~ 1 __x? £,(x,t) = exp 2avnt fart entao a fungao fy é continua e limitada, em cada conjunto da forma Rx(1,°[;0 resultado segue-se pois do Exemplo 7 com £) =Ug: b) Seja up@£, CR); para todo (x,y)€RxJo,-f definimos +o vay) = Bf ugt) 2 at. J-c0 (art) P+y Entdo a fungdo u é continua e para cada a>0 ela @ limitada em Rx{a,L. - 110 - De fato: definindo -i_y f£,0.y) =F xeay? entao £, é continua em cada conjunto da forma Rx{a,[. Ore sultado segue pois do Exemplo 7 com £, =ug- §6 - DERIVACAO SOB 0 SiNAL DE INTEGRACAD JEOREMA 6.1 - Sejam E mensuravel, I =]xy-a,xgtal ¢ Re g:IxE —+ R tal que 1) Para cada x€I temos o* es, (ED; seja (x) -[ o(x,t)at. IE 2) Para quase todo téH a funcdo ¢, € diferenciavel no ponto xX: & seja 39 = lim 4 - 3x (Xp td ie pl oxgth, t) - o(xg.t)] (definida para quase todo t). 3) Existe ges, (E) tal que para todo h€]-a.al temos [PLO Cxg*h,t)-o(xq.t) 1] set) as. Entao temos: a) a fungao # definida em I é diferencidvel no ponto Xg - lil - b) a funcéo ter —» 38 (xq.t) & integravel; ag [ sonar = 48 (x,t)dt no ponto x=xp. DEMONSTRAGAO - Tomemos h,, ——» 0; temos i BLOG Hye) ~ Cyst] = | EL OCKGrh 8) ~ Hp, #) Jae. Pela hipotese 1) a integral do segundo membro existe e pela hipdtese 2) 0 integrando tende q.s. para $2(x,,t); pela hi~ potese 3) segue do teorema da convergéncia dominada de Le- besgue que a integral do segundo membro tende para [ 38 (xp -t)dt. a OBSERVACAO 6.1 - 0 teorema acima vale ainda quando $ 6 uma fungao a valores complexos: basta considerar suas componen- tes real e imaginfria. A mesma observacio vale para todos teoremas de derivacao que seguen. A forma mais frequente sob a qual vamos aplicar a derivagdo sob o sinal de integragdo é dada pelo - Seja E mensurdvel, Ja,b[-c Re TEOREMA 6 g:Ja,b[xE —+R tal que 1) Para cada x€Ja,b{ temos oes, (E). 3) Para quase todo t€E a fungao 9, 6 diferencidvel em to do ponto x€Ja,b{ e para todo x€Ja,bl existe uma vi- - 112 - zinhanga Jxg~$,xy*éCela,bl de xy © uma fungao g,65,(B) tal que para todo x€Ix9-8.x9t6L temos [32cx,t) | sgg(t) aes. Entao temos u z& [ecspae Ls (x,t)at em todo ponto x€ja,bl. DEMONSTRAGAO - Basta mostrar que 3) implica a hipétese 3) do teorema 6.1] para I = x96. x9t6E- Isto € imediato pois pelo teorema da média temos OCxgth,t) - o(xy.t) = bE RE) onde X esta entre x, © xgth (e depende de t) e portanto pa~ ra |h| <6 temos [Blo (xpthst)-o (xq. t) 11 = [22Ck,t) | sg g(t) aes. EXEMPLLO 1 - Para x>0 temos af? no-xt — Lf Pentl nxt dx ie e dt [: e dt. - 113 - De fato: vimos no Exemplo 2 do §5 que as integrais acima exis tem. © integrando é diferenciavel para todo x>0 e portanto estao satis feitas as hipéteses 1) e 2) do Teorema 6.1. Também esta satisfeitaa con diglo 3) do teorema 6.1 bis acima pois dado a> 0 para x2a temos pe beXFy gcty = tP* em com ges, (Le.@0) 5 o resultado segue pois do Teorema 6.1 bis. EXEMPLO 2 - A. fungdo I (ver o Exemplo 1 do §5) € holomorfa em X = {z€C| Rez>0}. De fato: lembremos que T(z) = [ ete} at, lo Ja vimos no Exemplo 1 do §5 que a funcdo f & continua em X. A fungio 6(z,t) =e"*t?"? vtyzol é derivavel em relacgdo a z e temos a8(z,t) ze log t.Dado 2 €X sejam a,A tais que Q0 temos 8 ¢ [ e*e(t)dt = -| eo *te(tjat. lc c EXERCICIO 2 - Determinar os pontos z€¢ em que é bem defini-~ da e holomorfa (i.é, derivavel) cada uma. das seguintes fun- - 115 - goes co ntz ‘o a) @(2) = i, fat ob) 8(z) = i ett? ont? ay 0 1+t? c) (2) = fetes at. EXERCICIO 3 - Determinar os pontos z€€ tais que para todo fes, (R,) seja bem definida e holomorfa a fungao r = (28)(2) = | #(te 2 ae. 0 EXERCICIO 4 - Determinar os pontos x€IR em que @ bem defini da e derivavel cada uma das seguintes fungdes a) @(x) = [- xe arb) 8G) = [ x2 Ft) ag lt}? xe Ht ae, 2) 600 + [| |-00 EXERCICIO 5 - Determinar os pontos x@IR em que vale ay & jte(xt2) cos t , (gt? (xt2) cost ay ax fy tt 1h +2 co 0 b) #4 i et® Sent ap = I etX Sent gy, XL t? 1 t? : - 116 - Dado um aberto QcIR” e um inteiro m indicamos por (9) o conjunto das fungées f:2 —+R que para qualquer pe (Py sere BADEN” com |p| =P,+-.-+P, $m tem derivada glPle Pp. P, 1 n oxy . ax pPg = continua (fazemos a convengio de que D'F=£). Quando além disto todas as DPf séo limitadas, escrevemos £ec{™ (a). Es- crevemos £6e") (9) crec!*) (a) 1 se para todo inteiro m tiver mos cee (a) ceec{") (a)2. RENPLO 4 - Dados £,€8,(IR) ¢ £,6¢(Y (mR) temos e,28,¢¢ (m) © (£,4£))' +f. De fato: temos CepreGo = [fot t (ear. Seja o(x,t) = £2 (x-t)f) (t)5 para cada x€IR temos evidentemen te @Xef, (IR), isto &, estd satisfeita a condigéo 1) do Teo- rema 6.1; para cada t€R a fungao oe é diferenciadvel no pon to x, isto é, esta satisfeita a condigao 2) do Teorema 6.1. Vale também a condigao 3) pois 2.2) ] = [eyGet) 8, (| set) = Leb, c)| - 117 - com g6i, (IR). Do Teorema 6.1 bis segue entao que 1 £,«f,60 (my. 0 resto é imediato (Q]. BXERCICIO 2 - Seja m inteiro ou @,£;€, (R)£,6¢0 UR). De- m, n k k monstrar que £,*f,6C{™ (R") © que (£:+f,)%) = 26M ee, k= © 1,2,.0¢sm. EXERCICIO 3 ~ Seja m inteiro ou », £,68,(IR"). e,eci™ cm) . Demonstrar que £,+£,6¢0 (mR) e que DP(£,«£,) = (DP£,) +f, pa ra p6N" com Ip] sm. BXEMPLO 5 ~ Sejam £,68,(R} e £,€C41) (iRxJc.di} entéo tenos £,+£,€C((mxle,dl) (Veja o Exemplo 7 do §5) e = = 2 ov 2. D(£2*f4) = (DE 2) +f, onde D = 3 ou ay De fato: lembrenos que 7 (yf Play + | sGrene eat. Seja $(x,y,t) =£,(x-t,y)£,(t)i a demonstragdo segue como no Exemplo 4, usando o fato que f, tem derivada continua e li- mitada em relagéo a suas duas variaveis [1]. EXEMPLO 6 - Sejam m um inteiro ou @, £,68,(1R) e £,6¢™(Rxtc,dt); 1841 28, - 118 - entio (m) = £yrfeC(MUR*Ie.d0) DP(£ xf) = (DPE) +f, para |p| sm (OQ). APLICACOES - a) Com as notacdes da aplicagdo a) do Exemplo 7 do §5 temos uéc'(Rx10,£) © u satisfaz A equagdo dife- rencial parcial ' bu. a2 atu | ax? isto @, a equagao do calor. De fato: a primeira afirmagao segue do Exemplo 6, considerando ¢{")(mx31,#C) para todo 7>0 (0); a segunda se gue do fato de que a fungado £,0.,t) = —2 exp| - =] 2a satisfaz a equacdo do calor (QJ. b) Com as notacées da aplicagdo b) do Exemplo 7 do §5 te mos uéc“)(Re]0,2f ¢ u satisfaz a equagio a derivadas par- ciais isto 6, u @ uma funcdo harmonica. - lig - De £ato: a primeira afirmagdo segue do iixemplo 6 [111 e a segunda do fato de que a fungao y ul £2069) = a aye é harménica (0). *EXERCICIO 4 - Demonstrar que as afirmagées da aplicagdo a) pre cedente quando uy & mensuradvel e limitada. CSugestao: para x€]-n,n[ e t>1t>0 temos 1 - Ges)? [uy (s) exe, tats iT F,(£) = Jato fodder & linear e continuo e temos [Fl =[ol,- DEMONSTRAGAO - E imediato que F,(£) esta bem definido [1] e de |F,(£)| 0 seja ps(x) “a o@, - x€R". Entio temos ese"), [og=2 (01 © ps(x) =0 se Ixl 28. Dado um conjunto BcIR” e 6 >0 definimos Ey = {x6IR"| d(x,B) <6}. EXERCICIO 4 - Demonstrar que Es é fechado, que Es @ compac- to se E é limitado e que E= f] Es: >0 TPROPOSICAO 7.2 - Seja UcIR™ aberto e $€K(U) nula fora de KeU;se 60 existe §>o0 tal que para y€RR", Jy] <6 temos o(x-y)-oG0] se. Entao 1(059)00-660 | = [ory gO) 6-00 | = . | [tocrys-0(3) 20,0 ¢y] a loCx-y)-600 leg dy se- 6 TEOREMA 7.3 - Seja f€£,(IR"); ent&o a sua transformada de Fou vier f @ uma fungao continua que tende para zero no infini- to, isto é lim [£(&)] = 0. [ele DEMONSTRAGKO - JA vimos no Exemplo 3 do §5 que f & uma fun- cao continua limitada com lil, 0 existe L, tal que para Nehet, temos |F(e)| 0 existe uma - 125 - fungao em patamar yi" —+ ¢ tal que | £-vj, <5 © portanto [ECDL s $ECE) - C01 + OCDE s Lev, + LECT s 5+ 188) [5 basta pois demonstrar que existe L, tal que para | =] 2b, te mos |$(£)| s§. Como temos i yer CLK. et RT é suficiente provar que %, tende para zero no infinito onde P que Xy I € um intervalo limitado, o que @ facil de verificar pois (y= oT YX (x) 1 lsjcn Ca;,b5] ‘3 e portanto p,) 1. -2nib.£, -2mia,t. nibs Es : | - 126 - que de fato tende para zero quando le; | —- 0. COROLARIO 7.3.1 (o lema de Riemann-Lebesgue) ~ Dada £68, ((0,1]) os seus coeficientes de Fourier 1 1 a CE] = [ £(t)eos 2nntdt, b [FI = f £(t)sen 2mntdt n 0 n lo tendem para zero quando n —~ ~ [Q]. APENDICE A - CRITERLOS DE CONVERGENCIA DE INTEGRAIS DE _RIEMANN LMPROPRIAS No £im do capitulo I lembramos as definigdes da in tegral de Riemann eda integral de Riemann imprépria. Vimos que se uma fungdo @ integravel segundo Riemann ela é inte- gravel segundo Lebesgue e que as duas integrais ~coincidem -----(Teorema 1.4.2). 0 mesmo ainda vale para uma fungao f para a qual existe a integral de Riemann impropria, desde que nao te nhamos Assim, apesar da’ teoria da integral de Lebesgue ser muito mais rica que a teoria da integral de Rietann (tanto - 127 - por englobar uma categoria mais ampla de fungdes como por ter teoremas mais poderosos), para efeitos de calculos e avalia goes, nos exemplos analiticos concretos,caimos nos habituais critérios demonsttados para a integral de Riemann e para a integral de Riemann improptia No presente Apéndice vamos lembrar alguns resulta- dos sobre a integral de Riemann improépria,principalmente os que sao importantes para fungées positivas, que sao as dom- nadonas no teorema de convergéncia dominada de Lebesgue. Lembremos a definigdo da integral imprépria (de Rie mann): consideramos um intervalo [a,bl,onde -~ £ER(fa,cJ) © FER(Cc,bL) e no caso afirmativo vale ¥ b c b 2 £(t)dt = xf e(edar + R| E(t)dt. ls a lc De modo andlogo definimos R(Ja,b]), -wsa R se para todo x@J existe F'(x) =f(x); F é portanto continua. le TEOREMA 2 ~ Sejam -» xtb Assim { etat =1 0 pois a fungao F(t) = £(t) =e é uma primitiva da fungao continua e F(#) =0 e F(0) = 1. Por outro lado nfo existe [ cos t dt 0 pois a fungao F(t) =sen t que 6 uma primitiva da fungao f(t) =cos t & tal que nao existe lim F(x). xteo EXERCICIO 1 - Verificar se as seguintes integrais so con- vergentes ° Va et a) [sen t at ») | Lat ©) [ve at 0 0 ve 0 0 1 © a) [ et at e) [108 tdt £) | at 00 0 noo L+t? EXEMPLO ] - Sejam a axl. t De fato: seja a#1; f tem uma fungéo primitiva F(t) = zhy (t-ay?"* a qual tem limite finito no ponto t=a se e somente se 1-00, isto 6, se e somente se a1. Quando a=1 a primitiva Log(t-a) nao tem limite finito no infinito. EXERCICIO 2 - Seja a€R e £(t) = demonstrar que £¢XR) - 132 - EXERCICIO 3 - Determinar os intervalos da reta (limitados ou no) em que sao integraveis as fungoes [cpr 1 . —— —D——_—_—— —_—_— ” ao Toa ° Teeleal? TEOREMA 3 (0 critério de Cauchy) - Sejam -»0 existe Lela, be tal que para qualquer Ce.dleLL,,bL temos ad if f(t)dt| se (01 Ic TEOREMA 4 (0 teste de comparagao) - Sejam -»0 e P um polindmio qualquer. Entdo e xiste 0 é | (tye &* at. 0 DEMONSTRAGAO - Basta provar que para todo m20 existe 20 6 meet at ‘0 o que segue do fato de que existe 1, tal que para t21, te- - 134 - mos (Veja © fxempto 2 ¢ a Proposigéo 1), isto é, amt? get © que por sua vez segue do fato que dado KEN, tomando 2 > k tal que (n+1)6>k ento pera THTTESE e-k n+l “(n41) 5 € (n+1)6 te oe temos t" <7ayqyT t isto 1 5 (n+1) 4, 26 eM und, eM neb6 2 get +e s ett ‘alters § it tee tar t *atye t seu. EXERCICIO 5 - Decidir se as seguintes integrais convergem a) f tTe Tat b) | en OT) ae c) { etlog t dt 0 0 a) fe -|tog-+1% ate) [ etisen +|Se"tar. 0 TEOREMA 5 (0 teste de comparacgao no limite) - Sejam-» FER(Ta, bl). - 135 ~ b) Seja K>O : géR(la,bl) =» f¢R(Ca,bf)- c) Seja O £ER(La,bL). DEMONSTRACAO - a) Por hipdtese dado 6>0 existe L.€La,b{ tal que para x€LL,,bl temos o0 e seja a>0.Se ‘ et) = 2) ( 1+|t|% temos: £ER(]-#,[) <== a-m>l. DEMONSTRACAO - Se a-m>1 seja i (t) = —— sh & qe epo™ pelo exemplo 2 temos géR(J-»,#f) © como bh (t) lin e (O] Jelo~ 80) oe. © resultado segue do teorema 5 a). Analogamente se demons- tra que £€R(J-~,~L) quando a-msl. - 136 - EXEMPLO 5 - 1 ss dx sm = Bon. Jon 1+] xi) ® DEMONSTRAGRO - Seja |S,| 2 hiperdrea da esfera unitéria $, do I". Entdo a hiperdrea da esfera de raio r é mls | temos Ie Saab LU at-r win a] o- co on-1 r ° 1 n-1 =| —,; sylax = [s,If fhe ht sglar = ISalf) S8 dr, l+r que pelo Exemplo 4 @ finito se e somente se B-(n-1) >1, is- to é, se e somente se B>n. J OBSERVAGAO - No que segue vamos usar 0 fato que para todo e>0 e todo BEIR temos B lim t®|10g t|P = 0 e tim Leg tl” = 9. t+0 the te DEMONSTRACAO - Para determinar o 1° limite fazemos t= e caimos em lim [s|® e"&* =0 que foi provado na demonstragao soe do Exemplo 3. Para achar o 2% limite fazemos t=+ ¢ caimos no.caso anterior. EXEMPLO 6 - Sejam a, BER - 137 - c a) Dado O go-1. a © c) Dado l g>-l. ‘1 t 4) Dado l a<-1,ou a=-1 e~ c B<-1l. DEMONSTRAGAO - a) Observemos inicialmente que a fungio £(t) = t|1og 18 & continua em qualquer intervalo fechado contido em 10,c], quaisquer que sejam a,8€IR. Vamos agora examinar diversos ca sos: * i) Seja a>-1 e escrevamos a =a, * & com -10. Tomemos g(t) =t"0, entdo pelo Exemplo 1 temos g@R(10,c]}. Da observagao que precede este exemplo segue que a 8 8 rim Elteg tL” = yin [iow tl 2, t+0 +0 t+0 t Do teorema 5 b segue entdo que f€R(10,c]). b) Para B20 temos £EC(Cc,1]). Se B<0 apliquemos o teo ema S$ c) com g(t) =(t-1)* temos . £ . - log t tim £05) 21 (pois lim 298t = 1, oo1 8 Pome eet eT como segue pela regra de 1'Hépital). 0 resultado segue pois do Exemplo 1 c) Segue de b) fazendo t = d) Segue de a) fazendo t = ale le EXERCICIO 6 - Determinar os intervalos (limitados ou nao) om que sao integraveis as fungoes ao i t a) |[t|"Log{t] >) TeiégTeT °) TF se z d) |log De EXEMPLO 7 - a) Dado b) Dado c) Dado d) Dado - 139 a i log (1+ t e) togitl 1") [t| eT] modo andlogo ao Exemplo 6 demonstra-se o Sejam a,BGIR e y>0 c O om-1 you, a=-l e B<-1. log t[8e"Ytat a= g>-1. log t}8eYtat <=> g>-1. log t|8eYtat. EXERCICIO 7 - Determinar os intervalos limitados ou ndo em que sdo integradveis as fungées a) |t|[log é t]Perrt b) |t c) |tg|"|1og t]¥e7*. “sen t]®\cos t{Y|1og t]5e™* APENDICE B - INTEGRAGAQ E_DIFERENCIAGAO Neste Apéndice vamos dar um teorema que mostra co~ mo através da integral de Lebesgue na reta estabelecemos u- ma correspondéncia perfeita entre as nogoes de integracao e - 140 - diferenciagdo como operacées inversas uma da outra.Esta cor respondéncia nao existe no caso da integral de Riemann. Pa- ya as demonstracées ver as referéncias [RJ, Cap.5, {K1, Cap 4, (23, Cap. 7- Dizemos que uma fungdo F:fa,b] —+ R € de variagao Limitada se n . Vea.pitP) = surf | [P(t )-F (typ) |atyety<-+-}

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