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(VJ Estratégia CONCURSOS Terceirizagao Direito do Trabalho p/ MPU (Analista - Especialidade Direito) Com videoaulas Like) pwa tells oN BY o Rg Aula Extra - Prof. Ani AULA EXTRA Terceirizacao. 1 - Introdugao 2 - Terceirizag&o no Direito do Trabalho... 2.1 - Empresa prestadora de servigos (EPS) . 2.2 - Contratante dos servigos . 2.3 - Atividades que podem ser terceirizadas ... 2.4 ~ Contrato de prestag&o de servigos ..... 3 - Trabalho temporério. 3.1 - Hipéteses do trabalho tempordrio 3.3 - Prazo do trabalho tempordrio 3.2 - Empresa de trabalho temporario (ETT). 3.4 - Tomador dos servigos... 3.5 - Contrato entre ETT e tomador 3.6 - Contrato entre ETT e trabalhador tempordrio 3.7 - Direitos do trabalhador temporério .... 4 - Questdes Comentadas .. 5 - Lista das Questdes Comentadas 6 - Gabaritos ... 7 ~ Resumo da aula.. 8 - Conclusao 9 - Lista de Legislacéio, Simulas e OJ do TST relacionados a aula Observacio importante: este curso € protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislagao sobre direitos autorais e dé outras providéncias. Grupos de ratelo e pirataria séo clandestinos, violam a lel e prejudicam os professores que elaboram os cursos, Valorize 0 trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estrategia Concursos ;-) Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 30 Aula Extra - Prof. Ani AULA EXTRA - TERCEIRIZACAO. 1 - Introducao Oi amigos (as), Sejam bem-vindos (as) a mais uma aula do nosso curso. Nesta aula veremos os temas Terceirizagao e, com mais detalhes, Trabalho Temporario. O assunto nao foi exigido no ultimo concurso. Apesar disso, achamos prudente incluir este contetdo, tendo em vista que ambos sofreram mudancas significativas com a aprovacao da Lei 13.429, de 31 de marco de 2017. O que a Lei 13.429/2017 fez foi inserir as regras sobre a terceirizag&o dentro da Lei 6.019/1974, que, até entao, tratava somente do trabalho temporério. Além disso, a nova lei alterou alguns aspectos do trabalho tempordrio. Portanto, tanto “trabalho temporério” quanto a “terceirizacéio” (em sentido estrito) encontram- se regulados pela Lei 6.019. As alteragées promovidas pela nova lei exigir&o 0 cancelamento ou a revisio da Sumula no 331 do TST. Até ent&o, esta simula era a principal diretriz que tinhamos a respeito do assunto, jé que, em todos estes anos de terceirizagao no Brasil, o assunto ainda no havia sido regulamentado por lei. Nesta aula, vamos comecar falando da “terceirizacéo” e na sequéncia abordamos o “trabalho temporario”. Vamos ao trabalho! Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 30 ria Aula Extra - Prof. Estudamos até o momento os casos em que ha vinculo empregaticio (relagio bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe a relaco de trabalho lato sensu (relacdo entre prestador de servicos e tomador de servigos). Na terceirizacao, por sua vez, estaremos diante de relacdo trilateral, onde teréo lugar: v Empregado v Empregador (empresa prestadora de servicos - EPS) v Empresa contratante de servigos Neste contexto, havera contrato de trabalho entre a empresa prestadora de servigos e 0 empregado, e, entre as empresas prestadora e contratante, um contrato de natureza ci Exemplo: 0 Supermercado Alfa contrata a empresa de limpeza Limpatudo para realizar a manutengdo de suas instalacdes. Entre o Supermercado Alfa e a Limpatudo haveré um contrato de direito civil; entre a Limpatudo e seus empregados havera, naturalmente, um contrato de trabalho e teremos, assim, a terceirizacéo das atividades de limpeza e conservacao tendo a Limpatudo como prestadora de servicos e o Supermercado Alfa como contratante dos servicos. Até a publicacéo da Lei 13.429/2017 (que alterou a Lei 6.019/1974), o tema exigia 0 conhecimento da Simula 331 do TST: SUM-331 CONTRATO DE PRESTAGAO DE SERVICOS. LEGALIDADE I - A contratag&o de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se 0 vinculo diretamente com o tomador dos servicos, salvo no caso de trabalho tempordrio (Lei n° 6.019, de 03.01.1974). II - A contratag&o irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, nao gera vinculo de emprego com os érgaos da Administracéo Publica direta, indireta ou fundacional (art. 37, I, da CF/1988). IIT - Nao forma vinculo de emprego com o tomador a contratago de servigos de vigilancia (Lei n° 7.102, de 20.06.1983) e de conservacéo e limpeza, bem como a de servicos especializados ligados 4 atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinac&o direta. IV - O inadimplemento das obrigacées trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiaria do tomador dos servigos quanto aquelas obrigagées, desde que haja participado da relagao processual e conste também do titulo executivo judicial. V - Os entes integrantes da Administrag&o Publica direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condigées do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigacées da Lei 1.2 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalizagao do cumprimento das obrigagdes contratuais e legais da prestadora de servigo como Prof. Antonio Daud Jr www.estrate, oncursos.com.br 3 de 30 « ria Aula Extra - Prof. empregadora. A aludida responsabilidade nao decorre de mero inadimplemento das obrigagées trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI - A responsabilidade subsidiéria do tomador de servicos abrange todas as verbas decorrentes da condenacao referentes ao periodo da prestacéo laboral. Com a alterac&io promovida pela Lei 13.429/2017, a redac&o da simula perdeu grande parte de sua relevancia. Vamos agora passar a tratar das novas regras da terceirizacdo. A lei define “empresa prestadora de servigos” como sendo?: Lei 6.019/1974, art. 49-A._ Empresa prestadora de servicos a terceiros é a pessoa juridica de direito privado destinada a prestar 4 contratante servicos determinados e especificos. Pela parte final do caput acima, percebemos que a contratante dos servicos nao poderia contratar uma empresa prestadora de servicos (EPS) para lhe prestar servicos diversos, j4 que eles devem ser “determinados e especificos”. Segundo 0 mesmo artigo, o trabalhador terceirizado (diferentemente do trabalhador temporério) no se subordina diretamente a contratante: Lef 6.019/1974, art. 4°-A, § 1° A empresa prestadora de servicos contrata, remunera e dirige @ trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realizagéo desses servicos. Portanto, na terceirizacéo, é a EPS quem dirige a prestacao laboral (como ja dizia a SUM-331 do TST, item III, parte final). Outra observagéio a respeito do §1° acima, é a possibilidade de a empresa prestadora (EPS) de servicos subcontratar outras empresas (a chamada “quarteirizacao”). Exemplo: 0 Supermercado Alfa contrata a empresa de limpeza Limpatudo para realizar a manuteng&o de suas instalagdes. A Limpatudo, por sua vez, subcontrata estes servigos da empresa FazdeTudo, cujos trabalhadores irdo efetivamente realizar a tarefa. Na sequéncia, a Lei deixa claro que, sendo caso de terceirizagdo licita?, nao haverd formacao de vinculo de emprego dos trabalhadores terceiros (ou sécios das EPS) com a empresa contratante dos servicos: 3 Aqui uma dica! Para diferenciar, na nova redacdo da Lei 6.019, a “terceirizacio” (em sentido estrito) do “trabalho tempordrio’, fique atento a terminologia dada & empresa contratada para prestar os servicos: se falar em “empresa prestadora de servicos” (EPS), seré caso de terceirizacao; se falar em “empresa de trabalho tempordrio” (ETT), caso de trabalho temporério. 2 Aproveitando-se o teor da SUM-331, I. Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 30 ria Aula Extra - Prof. Lei 6.019/1974, art. 4°-A, § 2° Nao se configura vinculo empregaticio entre 0s trabalhadores, ou sécios das empresas prestadoras de servicos, qualquer que seja 0 seu ramo, e a empresa contratante. Existe uma disposig&o muito semelhante em relagéo ao trabalho temporario’. 2.1 - Empresa prestadora de servicgos (EPS) Como ja vimos, a empresa prestadora de servigos deve ser uma pessoa juridica de direito privado. Mas, além disso, a lei da terceirizago prevé alguns requisitos para funcionamento desta empresa, em especial exigéncias do capital social da empresa: Lei 6.019/1974, art. 4°-B, S80 requisitos para o funcionamento da empresa de prestac&o de servicos a terceiros: I - prova de inscric&o no Cadastro Nacional da Pessoa Juridica (CNPJ); II - registro na Junta Comercial; III - capital social compativel com 0 ntimero de empregados, observando-se os seguintes parametros: a) empresas com até dez empregados - capital minimo de R¢ 10.000,00 (dez mil reais); b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital minimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital minimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); d) empresas com mals de cinquenta e até cem empregados - capital minimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e e) empresas com mais de cem empregados - capital minimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Compilando o inciso III acima, temos: Quantidade de empregados da Capital social minimo EPS R de 11 até 20 25.000,00 de 21 até 50 45.000,00 de 51 até 100 100.000,00 mais de 100 250.000,00 3 Lei 6.019/1974, art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de servi¢os, nao existe vinculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporario, Prof. Antonio Daud Jr = www.estrat oncursos.com.br 5 de 30 ria Aula Extra - Prof. 2.2 - Contratante dos servicgos A lei define como: Lei 6.019/1974, art. 58-A. Contratante é a pessoa fisica ou juridica que celebra contrato com empresa de prestacao de servigos determinados e especificos, Portanto, a lei facultou que até mesmo pessoas fisicas (isto é, naturais) terceirizem servicos‘. E para preservar o contrato de prestacdo de servicos: Lei 6.019/1974, art. 5-A, § 12 E vedada 4 contratante a utilizacdo dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de servicos. Apesar de se destinar a servigos determinados e especificos, estes poderao ser prestados em qualquer local, desde que seja de comum acordo entre EPS e contratante: Lei 6.019/1974, art. 5%-A, § 22 Os servicos contratados poder&o ser executados nas instalacées fisicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes, Agora, importante diferenciar os §§3° e 4° abaixo. Enquanto no §3° o legislador deixa claro que é a contratante é obrigada a garantir um ambiente de trabalho seguro, no §4° a lei apenas faculta (nao torna obrigatoria) a extensao aos trabalhadores terceirizados das facilidades médicas e de refeigao dos proprios empregados da contratante: Lei 6.019/1974, art. 5%-A, § 32 E responsabilidade da contratante garantir as condicées de seguranca, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando © trabalho for realizado em suas dependéncias ou local previamente convencionado em contrato. Lei 6.019/1974, art. 5°-A, § 42A contratante poderd estender ao trabalhador da empresa de prestagao de servicos 0 mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeicéo destinado aos seus empregados, existente nas dependéncias da contratante, ou local por ela designado. Portanto, cabe a contratante dos servigos assegurar condigées adequadas de seguranga e satide no trabalho aos trabalhadores terceirizados: Por fim, a lei deixa clara a responsabilidade subsidiaria da contratante pelas obrigagées trabalhistas em uma terceirizagao licita®: Lei 6.019/1974, art. 5A, § 52A empresa contratante é subsidiariamente responsavel_ elas obrigagées__ trabalhistas # A nova lei nao deixou claro se a Administragao Publica poderia ou néo se escorar em tal definicio para terceirizar amplamente suas atividades. De toda forma, a ampliacdo irrestrita da terceirizacao pelo Estado esbarra no mandamento do concurso ptiblico (CF, art. 37, II). 5 Aproveitando-se o teor da SUM-331, itens I e IV. Prof. Antonio Daud Jr www.estrate, oncursos.com.br 6 de 30 referentes ao periodo em que ocorrer a prestagéo de servicos, e o recolhimento das contribuigées previdenciérias observaré 0 disposto no art. 31 da Lei n?8.212, de 24 de julho de 1991°. 2.3 - Atividades que podem ser terceirizadas Antes da publicac&o da Lei, permitia-se (por meio da SUM-331 do TST) somente a terceirizacio de servigos especializados ligados a atividade-meio do contratante, atividades de limpeza e conservagao e de vigilancia. A nova lei, por sua vez, nao faz qualquer restrig&o nesse sentido. Diz apenas que 08 servicos devem ser “determinados e especificos”. Tem-se entendido que esta seria a grande novidade trazida pela Lei’. Ou seia, como a Lei 13.429 nao foi expressa em relac&o a antiga distincao entre atividade- fim e atividade-meio, muitos defendem que a lei permite a terceirizagdo da atividade-fim, j4 que esta foi a intengo declarada do legislador, de autorizar a terceirizac&o irrestrita. Ricardo Resende® argumenta que: Ocorre que tal distingao foi feita pelo legislador, na mesma Lei, no que diz respeito ao trabalho tempordrio (art. 9°, §3°), 0 que dé forca ao argumento no sentido de que, quando quis incluir a atividade-fim, 0 legislador o fez expressamente. Portanto, certamente haveré embate entre estas duas correntes, uma defendendo a possibilidade de terceirizacao em atividade-fim e outra no sentido de que a distinc&o entre atividade-meio e atividade-fim da SUM-331 continua aplicavel. De toda sorte, para concursos ptiblicos, considerando a literalidade da lei, reforco a necessidade de que os servicos contratados sejam “determinados especificos”. 2.4 - Contrato de prestacdo de servicgos O art. 5°-B da Lei 6.019 elenca alguns requisitos do contrato de prestagéo de servicos: Lei 6.019/1974, art. 5°-B. O contrato de prestac&o de servicos conteré: I - qualificag&o das partes; ® Lei 8,212/1991, art. 31. A empresa contratante de servicos executados mediante cessio de mao de obra, inclusive em regime de trabalho tempordrio, deverd reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestagio de servigos e recolher, em nome da empresa cedente da mo de obra, a importancia retida até o dia 20 (vinte) do més subsequente ao da emissao da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia util imediatamente anterior se nao houver expediente bancério naquele dia, observado 0 disposto no § 5° do art. 33 desta Lei. 7 Resende, Ricardo. “Trabalho temporario e terceirizagao conforme PL n° 4.302-£/1998: consideragdes preliminares” 8 Op. cit. Prof. Antonio Daud Jr —- www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 30 II - especificagao do servico a ser prestado;° III - prazo para realizacéio do servico, quando for o caso; IV - valor. Rebels ieee) le Em relacéo ao trabalho temporario, considero importante frisar que o trabalhador temporaria nao se confunde com o empregado contratado a prazo determinado (art. 443 da CLT). No trabalho temporario regido pela Lei 6.019/74 temos uma relacao juridica trilateral, com a empresa de trabalho tempordrio (ETT), empresa tomadora de servigos e 0 trabalhador, vinculado a primeira. No contrato a prazo determinado, conforme delineado pelo art. 443 da CLT, no existe empresa de trabalho temporério; é a prépria empresa interessada que ira contratar 0 empregado a prazo determinado nas hipéteses previstas, quais sejam: a) de servico cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminacao do prazo; b) de atividades empresariais de carater transitério; c) de contrato de experiéncia. Acerca da similitude das hipéteses autorizativa das contratagdes em ambos os casos, Mauricio Godinho Delgado" explica que "O exame dessas duas hipéteses de pactuagdo temporaria evidencia que no se diferenciam substantivamente das hipoteses celetistas de pactuagéo de contrato empregaticio por tempo determinado (art. 443, CLT). De fato, sob a dtica socioeconémica, as mesmas necessidades empresariais atendidas pelos trabalhadores temporérios (Lei n. 6.019) sempre puderam (e podem) ser preenchidas por empregados submetidos a contratos celetistas por tempo determinado (art. 443, CLT).” Voltando ao trabalho temporario, regido pela Lei 6019/74, pode-se defini-lo como: Lei 6.019/74, art. 2° - Trabalho temporario é aquele prestado por pessoa fisica contratada por uma empresa de trabalho tempordrio que a coloca a disposigéo de uma empresa tomadora de servicos, para atender 4 * Aproveito para destacar que a Lei 6.019 nao se aplica a terceirizacao dos servicos de vigilancia e transporte de valores, os quais continuam sendo regidos por lei prépria (Lei n° 7.102/1983). *© DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 463. Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 30 ria Aula Extra - Prof. necessidade de substituicdo transitéria de pessoal permanente ou & demanda complementar de servicos. Antes da Lei 13.429/2017, a definigao era a seguinte: serviges- E nesta mesma lei onde consta a definigéo de empresa de trabalho temporério: Lei 6.019/74, art. 4° - Empresa de trabalho tempordrio é a pessoa juridica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsavel pela colocagé0. de trabalhadores 4 disposiggo de outras empresas temporariamente. A definic&o anterior era a seguinte: bei_€.019/74,—art-40___Compreende se_come—empresa—de_trabatte Como a empresa de trabalho temporario (ETT) no é contratada para realizar servicos, mas sim intermediar mao de obra, percebam que este é um caso em que o trabalhador da empresa prestadora seré alocado na dinamica industrial da tomadora, ou seja, realizard suas atividades de forma subordinada a tomadora. Segue abaixo um esquema da terceirizac&o envolvendo o trabalho tempordrio: Contrato de natureza civil (intermediagao de mao de obra) Empresa de trabalho tempordrio (ETT) Empresa tomadora de mao de obra Trabalho subordinado (entretanto néo ha vinculo de emprego) Relag&o de trabalho Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 30 ria Aula Extra - Prof. 3.1 - Hipéteses do trabalho temporario © trabalho tempordrio se destina a permitir que a empresa de trabalho temporario (ETT) forneca trabalhadores a outras empresas, sendo relacdo excepcional que sé é admitida nas estritas hipéteses do art. 2° da Lei 6.019/74, a saber: v necessidade de substituicdo transitéria de pessoal permanente ¥ demanda complementar de servicos'! Acerca desta ultima hipétese, a prépria lei dispés da seguinte forma: Lei 6.019/74, art. 2°, § 2° Considera-se complementar a demanda de servicos que seja oriunda de fatores imprevisiveis ou, quando decorrente de fatores previsiveis, tenha natureza intermitente, periédica ou sazonal. Resumindo, seré complementar a demanda decorrente de fatores: i) imprevisiveis ou ii) previsiveis, com natureza a. periédica b. intermitente c. sazonal Além das hipéteses, é importante se atentar para duas novidades trazidas com a Lei 13.429/2017: v atualmente apenas pessoa juridica pode ser empresa de trabalho temporério'? ¥ podera existir trabalho tempordrio também no meio rural"? A lei autoriza, ainda, a utilizagéo do trabalho temporario para substituir grevistas no caso de greve considerada abusiva: Lei 6.019/74, art. 29, § 12 E proibida a contratagao de trabalho temporério para a substituicéo de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei". Por fim, a lei esclarece que o trabalho temporario pode se dar em atividades- meio ou atividades-fim da tomadora dos servicos: Lef 6.019/74, art. 9°, § 3 O contrato de trabalho temporéario pode versar sobre 0 desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de servigos. 1 Que substituiu a 22 & definicao anterior dava margem a que pessoas 43.4 definico anterior restringia o trabalho temporario ao meio urbano. ™ Estes casos encontram-se previstos nos arts. 9° e 14 da Lei de Greve. Prof. Antonio Daud Jr = www.estrat oncursos.com.br 10 de 30 ria Aula Extra - Prof. Esta regra no traz novidades quanto ao trabalho temporario, eis que este jé era © entendimento vigente com a SUM-331 (apenas a “terceirizagao” é que nao era admitida em atividades-fim). 3.3 - Prazo do trabalho temporario Via de regra, o atual"® prazo do trabalho temporério, considerando 0 mesmo trabalhador e o mesmo tomador, é de 180 dias (ainda que nao consecutivos): Lei 6.019, art. 10, § 1° O contrato de trabalho tempordrio, com relagéo a0 mesmo empregador, n&o poderd exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou nao. Todavia, a lei prevé uma possibilidade de prorrogacdo por mais 90 dias, caso mantidas as condigdes que ensejaram a contratagSo: Lei 6.019, art. 10, § 2° O contrato poderé ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou no, além do prazo estabelecido no § 1° deste artigo, quando comprovada a manuteng&o das condicées que o ensejaram. (Portanto: prazo de 180 dias, prorrogavel por mais 90 dias, consecutivos ou ing Ora, mas como assim, “prazo néo consecutive”? Quer dizer que um trabalhador, em toda sua vida, pode ser tempord4rio de um mesmo tomador somente durante esse prazo? N&o é bem assim! A lei criou uma “quarentena” de 90 dias: Lei 6.019, art. 10, § 5° O trabalhador temporério que cumprir o periodo estipulado nos §§ 1° e 2° deste artigo somente poderé ser colocado 4 disposicao da mesma tomadora de servicos em novo contrato tempordrio, apés noventa dias do término do contrato anterior. Entao, por exemplo, se Pedro tiver sido trabalhador temporario na empresa XisMais por 270 dias (180+90), passados 90 dias do final do contrato anterior, ele poderia ser novamente “colocado & disposigao” da empresa XisMais. Entendi! Mas, e se o prazo for descumprido? A resposta estd na propria lei: vinculo de emprego com o tomador dos servicos: 15 Antes da Lei 13.429, 0 prazo do contrato de trabalho temporario era de até trés meses, salvo autoriza¢ao do Ministerio do Trabalho. Prof. Antonio Daud Jr oncursos.com.br 11 de 30 ria Aula Extra - Prof. Lei 6.019, art. 10, § 6° A contratagao anterior ao prazo previsto no § 5° deste artigo caracteriza vinculo empregaticio com a tomadora. 3.2 - Empresa de trabalho temporario (ETT) A Lei 6.019 exige o registro da empresa de trabalho tempordrio junto ao Ministério do Trabalho (MTb): Lei 6.019/74, art. 42 Empresa de trabalho temporério é a pessoa juridica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsével pela colocaggo de trabalhadores & disposicgio de outras empresas temporariamente. Neste aspecto, ndo houve novidades com a Lei 13.429/2017. A alteragao ficou por conta dos requisitos para funcionamento e registro da ETT. A nova lei resumiu Os requisitos aos seguintes: Lei 6.019/1974, art. 6°, I - prova de inscrigéo no Cadastro Nacional da Pessoa Juridica (CNPJ), do Ministério da Fazenda; II - prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede; III - prova de possuir capital social de, no minimo, R$ 100.000,00 (cem mil reais). 16 Comparando as exigéncias de capital social entre a ETT (trab. Tempordrio) e a EPS (terceirizag&o), temos o seguinte: Capital Social compativel com o numero de empregados, observando-se os seguintes parametros: Capital Social de, no a) empresas com até dez empregados - capital minimo, R$ 100.000,00 | minimo de R$ 10.000,00; tndspendentemerne es b) mais de dez e até vinte - R$ 25.000,00; 9 c) mais de vinte e até cinquenta - R$ 45.000,00; temporarios) d) mais de cinquenta e até cem - R$ 100.000,00; e e) mais de cem empregados - R$ 250.000,00. *6 Anteriormente, a exigéncia de capital social era de 500 salarios-minimos. oncursos.com.br 12 de 30 Prof. Antonio Daud Jr = www.estrat ria Aula Extra - Prof. 3.4 - Tomador dos servigos A lei no traz grandes novidades ao definir a empresa tomadora de servicos, em seu art. 5°: Lei 6.019, art. 5° Empresa tomadora de servicos é a pessoa juridica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestac&o de trabalho tempordrio com a empresa definida no art. 42 desta Lei. Buscando conferir seguranca juridica ao tomador dos servigos, a nova lei assegura que, em uma relagao de trabalho temporério, nao haverd formacéio de vinculo de emprego entre o trabalhador e o tomador dos servicos: Lei 6.019, art. 10. Qualquer que seja 0 ramo da empresa tomadora de servicos, nao existe vinculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporério. Apesar de no ter deixado expresso, subentende-se que tal dispositivo aplica-se somente ao trabalho temporario licito. Seguindo adiante, assim como fez em relagao a terceirizacao de servigos, a Lei deixa claro que é o tomador quem deve garantir um ambiente de trabalho seguro: Lei 6.019, art. 9°, § 1° E responsabilidade da empresa contratante garantir as condicées de seguranca, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependéncias ou em local por ela designado. Portanto, cabe ao tomador dos servicos assegurar condiées adequadas de seguranca e satide no trabalho aos trabalhadores terceirizados. Nessa esteira, no §2° abaixo a lei também obriga o tomador do trabalho temporario a estender aos trabalhadores temporérios as facilidades médicas e de refeicéio dos préprios empregados da empresa tomadora: Lei 6.019, art. 9°, § 2° A contratante estenderé ao trabalhador da empresa de trabalho temporario 0 mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeigéo destinado aos seus empregados, existente nas dependéncias da contratante, ou local por ela designado. Atencio! Em relacdo a terceirizacdo, a lei apenas faculta (nao torna obrigatéria) a extensdo aos trabalhadores terceirizados das facilidades médicas e de refeicaio dos préprios empregados da contratante. No caso do trabalho tempordrio, ha uma obrigagao ao tomador dos servigos. Por fim, a lei deixa clara a responsabilidade do tomador dos servicos pelas obrigacées trabalhistas em um trabalho tempordrio. Em regra, haveré responsabilidade sub: ria do tomador: Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 30 Lei 6.019, art. 10, § 7° A contratante é subsidiariamente responsével pelas obrigagées trabalhistas referentes ao periodo em que ocorrer o trabalho temporario, e 0 recolhimento das contribui¢ées previdenciérias observaré 0 disposto no art. 31 da Lei n® 8.212, de 24 de julho de 199177. Entretanto, mantendo uma regra que jé existia antes da Lei 13.429/2017, no caso de faléncia da ETT, o tomador respondera de forma solidaria: Lei 6.019/1974, art. 16 - No caso de faléncia da empresa de trabalho temporério, 2 empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsavel pelo recolhimento das contribuicées previdencidrias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referéncia ao mesmo periodo, pela remuneracao e indenizacao previstas nesta Lei. Esquematizando, portanto, a responsabilidade do tomador de trabalho tempordario, temos: ¥ regra geral: responsabilidade subsididria v faléncia da ETT: responsabilidade solidaria 3.5 - Contrato entre ETT e tomador A lei deixa claro que o contrato de intermediago de mao de obra, celebrado entre a ETT e a tomadora dos servicos, devera ser por escrito e conter os seguintes elementos: Lei 6.019, art. 9° O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporario e a tomadora de servicos serd por escrito, ficar 4 disposi¢o da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de servicos e conteré: I - qualificacao das partes; IL - motivo justificador da demanda de trabalho tempordrio; III - prazo da prestacao de servicos; IV - valor da presta¢ao de servicos; V - disposigées sobre a seguranga e a satide do trabalhador, independentemente do local de realizagao do trabalho. *7 Lei 8.212/1991, art. 31. A empresa contratante de servicos executados mediante cessao de mao de obra, inclusive em regime de trabalho tempordrio, deverd reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestagio de servicos e recolher, em nome da empresa cedente da mao de obra, a importancia retida até o dia 20 (vinte) do més subsequente ao da emissao da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia Util imediatamente anterior se nao houver expediente bancério naquele dia, observado 0 disposto no § 5° do art. 33 desta Lei. Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 30 ria Aula Extra - Prof. 3.6 - Contrato entre ETT e trabalhador temporario Assim como ocorria antes da Lei 13.429, o contrato entre o trabalhador tempordrio e a ETT também deve ser necessariamente por escrito: Lei 6019, art. 11 - O contrato de trabalho celebrado iri jados colocados a disposicéo de uma empresa tomadora ou cliente sera, obrigatoriamente, escrito e dele deverdo constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. Apesar de se referir a um “contrato de trabalho", hé divergéncias'® quanto ao enquadramento ou nao do trabalhador temporério como um empregado, havendo precedentes recentes do TST pelo no enquadramento*®. A despeito disso, a lei determina que a condigao de trabalhador temporario seja anotada na CTPS do obreiro: Lei 6019, art. 12, § 1° - Registrar-se-4 na Carteira de Trabalho e Previdéncia Social do trabalhador sua condic&o de temporério. Caso a tomadora se interesse por contratar 0 tempordrio (que originalmente era trabalhador da empresa de trabalho temporério) isto deve ser permitido, nao sendo admitida cldusula de reserva: Lei 6.019/74, art. 11, paragrafo Unico. Seré nula de pleno direito qualquer cléusula de reserva, proibindo a contratacéo do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado @ sua disposicéo pela empresa de trabalho temporério. Em relag&o a essa contratagao, é importante se atentar para a regra abaixo: Lef 6.019, art. 10, § 4° Nao se aplica ao trabalhador temporério, contratado pela tomadora de servicos, 0 contrato de experiéncia previsto no parégrafo Unico do art. 445 da Consolidacao das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1o de maio de 1943. Ou seja, caso 0 tomador dos servicos decida contratar diretamente a pessoa que Ihe prestava servicos como trabalhador temporério, ndo poderd celebrar contrato de experiéncia com este trabalhador. As partes jé se conhecem, de modo que nao faria sentido algum um contrato de experiéncia nessa situagao. 3.7 - Direitos do trabalhador temporario A Lei 13.429 néo alterou os direitos do trabalhador temporario, que ja eram previstos no art. 12 da Lei 6.019: 48 DELGADO, Mauricio Godinho. 8" ed., p. 432. *® RR-100-466.2014.5.09,0009, DEJT 30.9.2016. Prof. Antonio Daud Jr = www.estrat oncursos.com.br 15 de 30 ria Aula Extra - Prof. Lei 6.019, art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporério os seguintes direitos: a) remunerago equivalente 4 percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados 4 base horéria, garantida, em qualquer hipétese, a percepcao do salario minimo regional: [leia-se salario-minimo nacionalmente unificado - apés CF88] b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinérias nao excedentes de duas, com acréscimo de 20%-{vinte-per-cente) [leia-se 50% ~ apés CF88]; ©) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei n® 5.107, de 13 de setembro de 1966; d) repouso semanal remunerado; e) adicional por trabalho noturno; f) indenizagao por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; g) seguro contra acidente do trabalho; h) proteg&o previdenciaria nos termos do disposto na Lei Organica da Previdéncia Social, com as alteragées introduzidas pela Lei n° 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5°, item III, letra "c” do Decreto n° 72.771, de 6 de setembro de 1973). Acrescente-se a esta lista 0 direito ao FGTS, por forca da Lei 8.036/1990! Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 30 ria Aula Extra - Prof. Ani Cm Oli tixel tm Oolullilt-lel-) 1. FCC/TRT20 Oficial de Justiga Avaliador 2016 (adaptada) A empresa Beta & Gama Construgées S/A celebrou contrato escrito com a empresa Potencial Humano M&o de Obra, onde constou expressamente o motivo justificador da demanda, ou seja, atender a uma demanda complementar de servigos, para cobrir reparos emergenciais em hidroelétrica com ruptura parcial de barreira, com duragao de 180 dias. Essa situagdo caracteriza (A) contrato de trabalho avulso. (B) terceirizagao ilicita de atividade fim. (C) prestagao de servicos de trabalho auténomo de natureza civil. (D) contrato de trabalho temporai (E) contrato de trabalho na modalidade experiéncia. Comentarios Gabarito (D). A descrig&o da contratagéo se amolda a hipstese que autoriza a contratagéo de trabalhador temporério, com base na Lei 6.019/74, art. 2°: Lei 6.019/74, art. 2° - Trabalho temporario é aquele prestado por pessoa fisica contratada por uma empresa de trabalho tempordrio que a coloca a disposicéo de uma empresa tomadora de servicos, para atender 4 necessidade de substituigao transitéria de pessoal permanente ou 4 demanda complementar de servigos. 2. FCC/TRT20 - Analista Judiciario - Area Judiciaria - 2016 (adaptada) A empresa Olimpos Metalirgica decidiu terceirizar o setor de limpeza contratando os servicos de Atlas Limpadora que forneceu trés faxineiras por um periodo de 10 meses. Apés 0 término do contrato entre as empresas, as trés faxineiras foram dispensadas pela empresa Atlas Limpadora, sem receber qualquer indenizago resciséria, com 2 meses de salarios em atraso e auséncia do recolhimento do FGTS do periodo. Nessa situacdo, conforme prevé a lei de terceirizacéo, sobre a responsabilidade da empresa Olimpos em relagdo aos direitos das faxineiras, pode-se afirmar que (A) no haveré qualquer responsabilidade porque néo eram empregadas da empresa Olimpos e a terceirizacao foi regular porque nao era objeto de atividade-fim da tomadora. (8) 2 responsabilidade seré direta e exclusiva, com a formag&o do vinculo de emprego com a empresa Olimpos, porque a terceirizacao fol irregular. oncursos.com.br 17 de 30 Prof. Antonio Daud Jr = www.estrat (C) a responsabilidade sera subsidiéria em razéo de terceirizacéo regular, alcangando todos os direitos no cumpridos pela empresa empregadora no periodo. (D) a responsabilidade seré solidéria em razéo de terceirizag&o irregular, alcangando todos os direitos no cumpridos pela empresa empregadora no periodo. (E) @ empresa Olimpos responderé de forma subsidiéria porque a terceirizagao foi regular, mas fica restrita apenas a indenizacao resciséria em razio do rompimento contratual, porque os salarios e 0 FGTS séo de responsabilidade exclusiva da empregadora. Comentarios Gabarito (C). A lei deixa clara a responsabi obrigagdes trabalhistas em uma terceirizag’o: Lei 6.019/1974, art. 52A, § 52A empresa contratante é subsidiariamente responsdveil elas obrigagées__ trabalhistas referentes a0 periodo em que ocorrer a prestagéo de servicos, e 0 recolhimento das contribuigdes previdenciérias observaré o disposto no art. 31 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991”. da contratante pelas % Lei 8.212/1991, art. 31. A empresa contratante de servicos executados mediante cessao de mao de obra, inclusive em regime de trabalho tempordrio, deverd reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestagio de servicos e recolher, em nome da empresa cedente da mao de obra, a importancia retida até o dia 20 (vinte) do més subsequente ao da emissao da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia util imediatamente anterior se nao houver expediente bancério naquele dia, observado 0 disposto no § 5° do art. 33 desta Lei. Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 30 ria Aula Extra - Prof. Lista das Quest6es Comentadas 1. FCC/TRT20 Oficial de Justiga Avaliador 2016 (adaptada) A empresa Beta & Gama Construgées S/A celebrou contrato escrito com a empresa Potencial Humano M&o de Obra, onde constou expressamente o motivo justificador da demanda, ou seja, atender a uma demanda complementar de servigos, para cobrir reparos emergenciais em hidroelétrica com ruptura parcial de barreira, com duragao de 180 dias. Essa situagdo caracteriza (A) contrato de trabalho avulso. (B) terceirizagao ilicita de atividade fim. (C) prestagao de servicos de trabalho auténomo de natureza civil. (D) contrato de trabalho temporé (E) contrato de trabalho na modalidade experiéncia. 2. FCC/TRT20 - Analista Judiciario - Area Judiciaria - 2016 (adaptada) A empresa Olimpos Metalirgica decidiu terceirizar 0 setor de limpeza contratando os servicos de Atlas Limpadora que forneceu trés faxineiras por um periodo de 10 meses. Apés 0 término do contrato entre as empresas, as trés faxineiras foram dispensadas pela empresa Atlas Limpadora, sem receber qualquer indenizac&o resciséria, com 2 meses de salarios em atraso e auséncia do recolhimento do FGTS do periodo. Nessa situagao, conforme prevé a lei de terceirizagSo, sobre a responsabilidade da empresa Olimpos em relagao aos direitos das faxineiras, pode-se afirmar que (A) no haveré qualquer responsabilidade porque n&o eram empregadas da empresa Olimpos e a terceirizagao foi regular porque ndo era objeto de atividade-fim da tomadora. (B) a responsabilidade seré direta e exclusiva, com a formagao do vinculo de emprego com a empresa Olimpos, porque a terceirizacSo foi irregular. (C) a responsabilidade seré subsidiéria em razéo de terceirizagéo regular, alcangando todos os direitos ndo cumpridos pela empresa empregadora no periodo. (D) a responsabilidade seré solidéria em razéo de terceirizagao irregular, alcangando todos os direitos ndo cumpridos pela empresa empregadora no periodo. (E) a empresa Olimpos responderé de forma subsidiéria porque a terceirizagao foi regular, mas fica restrita apenas a indenizagdo resciséria em Prof. Antonio Daud Jr = www.estrat oncursos.com.br 19 de 30 razéo do rompimento contratual, porque os salarios e 0 FGTS séo de responsabilidade exclusiva da empregadora. Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 30 6 — Gabaritos a Jfipsteses: i Servig [sem diferenciacio ce atividade-meio x, ‘atividade-fim | Jempresa prestadora de servicos (EPS)| TERGEIRIZAGAD [capital socal conforme 0 n® de empregads] [DIRIGE 0 trabalho) responsabilidade da tomador Uregra: subsidiaria hipéteses Inecessidade de SUBSTITUIGAO TRANSITORIA lde pessoal permanent [demanda COMPLEMENTAR de servicos| jsubstituir grevistas (greve abusiva) prazo TRAB. TEMPORARIO || nds 280dius + 90dias] empresa de trab. temporario (ETT) lintermediac’o de M/O| oie responsabilidade do tomador regra: SUBSIDIARIA faléncia da ETT: respons. SOLIDARIA Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 30 Bom pessoal, Chegamos ao final da nossa aula. O tema é atual e relevante, mas ainda néo conta com muitas questées de prova. Sugerimos ler e reler a Lei 6019, transcrita logo abaixo. Esperamos que tenham gostado da aul assunto apresentado, estamos a disposi Grande abraco e bons estudos, Iguma duvida quanto ao -los (as). Prof. Antonio Daud Jr ‘hittos://www.facebook.com/adaudir Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 30 ria Aula Extra - Prof. CF/88, art. 37. A administrago publica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Uni&o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios obedeceré aos principios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia e, também, ao seguinte: j) I - a investidura em cargo ou emprego publico depende de aprovacao prévia em concurso piblico de provas ou de provas e titulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeacées para cargo em comissao declarado em lei de livre nomeagdo e exoneragao; =- CLT CLT, art. 442, paragrafo Unico - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, nao existe vinculo empregaticio entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de servicos daquela. =) - Legislagao especifica Lei "6019, art. 1° As relagdes de trabalho na empresa de trabalho temporério, na empresa de prestagéo de servicos e nas respectivas tomadoras de servico e contratante regem-se por esta Lei. (Redacdo dada pela Lei n° 13.429, de 2017) Art. 2° Trabalho temporério é aquele prestado por pessoa fisica contratada por uma empresa de trabalho temporério que a coloca 4 disposi¢éo de uma empresa tomadora de servicos, para atender 4 necessidade de substituicéo transitéria de pessoal permanente ou @ demanda complementar de servigos. (Redagdo dada pela Lei n° 13.429, de 2017) § 1° E proibida a contratag&o de trabalho temporério para a substitui¢&o de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) § 2° Considera-se complementar a demanda de servicos que seja oriunda de fatores imprevisiveis ou, quando decorrente de fatores previsiveis, tenha natureza intermitente, periédica ou sazonal. (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) Prof. Antonio Daud Jr = www.estrat oncursos.com.br 23 de 30 Art. 3° - E reconhecida a atividade da empresa de trabalho temporario que passa a integrar o plano basico do enquadramento sindical a que se refere © art. 577, da Consolidagao da Leis do Trabalho. Art. 4° Empresa de trabalho temporario é a pessoa juridica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsével pela colocacéo de trabalhadores a disposic&o de outras empresas temporariamente. (Redagéo dada pela Lei n° 13.429, de 2017) Art. 4°-A. Empresa prestadora de servicos a terceiros é a pessoa juridica de direito privado destinada a prestar a contratante servicos determinados e especificos. (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) § 1° A empresa prestadora de servigos contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realizac&o desses servigos. _(Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) § 2° Néo se configura vinculo empregaticio entre os trabalhadores, ou sécios das empresas prestadoras de servicos, qualquer que seja 0 seu ramo, e a empresa contratante. _ (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) Art. 4°-B. So requisitos para o funcionamento da empresa de prestacao de servicos a terceiros: — (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) I - prova de inscrigéo no Cadastro Nacional da Pessoa Juridica (CNPJ); — (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) II- registro na Junta Comercial; (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) III - capital social compativel com o numero de empregados, observando-se os seguintes parémetros: (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) a) empresas com até dez empregados - capital minimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais); (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital minimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); — (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital minimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital minimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e (Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) e) empresas com mais de cem empregados - capital minimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). _(Incluido pela Lei n° 13.429, de 2017) Art. 5° Empresa tomadora de servicos é a pessoa juridica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestagao de trabalho tempordario com a empresa definida no art. 4° desta Lei. (Redagao dada pela Lei n° 13.429, de 2017) oncursos.com.br 24 de 30 Prof. Antonio Daud Jr = www.estrat

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