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Todas as análises contidas neste livro tratam de novos grupos e chamam a atenção para mecanismos de silenciamento e invisibilização que persistem, resistem ou se desdobram. É importante destacar quais são os grupos e os agentes que constituem o campo empírico das diferentes investigações que resultaram nos capítulos deste livro, porque eles trazem novos desafios teóricos e políticos que precisam ser levados em conta em futuras pesquisas. Do ponto de vista teórico, estes novos grupos, como as trabalhadoras rurais, colocam em cheque o alcance do nosso conhecimento sobre as diferenças entre as mulheres dentro de uma mesma sociedade. Do ponto de vista político, quando a demanda pela Lei Maria da Penha inclui sujeitos não compreendidos como mulheres heterossexuais (no caso as pessoas homossexuais) implica em novas negociações sobre quais tipos de pessoas a Lei pode ou não atender. Nesse sentido, cabe indagar até que ponto o avanço do reconhecimento dos direitos humanos de mulheres, homossexuais e outras minorias têm contribuido para uma efetiva mudança, ou seja, um país menos violento. Ao nosso ver, há uma série de mudanças positivas que podem ser identificadas no decorrer dos textos dessa coletânea, mas há também certas características que contribuem para o silencimento e a invisibilização, que parecem persistir nas situações de VCM. Convidamos você, leitora ou leitor, para que procure refletir sobre os “novos” grupos aqui evidenciados e as novas e velhas questões que surgem no debate.
Sobre as organizadoras:
Marion Teodósio de Quadros
Professora Associada do Departamento de Antropologia e Museologia e do programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Pós-doutorado no Centro de Estudos lanito Americanos da University of Florida (2012-2013). Temas de interesse e atuação: família, gênero, sexualidade, feminismo, gênero e desenvolvimento, saúde reprodutiva e educação.
E.mail: marionteodosio@yahoo.com
Lady Selma Ferreira Albernaz
Professora Associada do Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco, atuando principalmente no Programa de Pós-graduação em Antropologia e no
Curso de Graduação em Ciências Sociais (Licenciatura e Bacharelado). Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas. Pós-Doutorado no Instituto Superior de Ciência do Trabalho e da Empresa, Departamento de Antropologia (2010 - 2011). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase nos seguintes temas: gênero, feminismo, cultura popular (bumba meu boi e maracatu), raça, identidade e relações entre humanos e animais.
E.mail: selma.albernaz@gmail.com
Todas as análises contidas neste livro tratam de novos grupos e chamam a atenção para mecanismos de silenciamento e invisibilização que persistem, resistem ou se desdobram. É importante dest…