Vous êtes sur la page 1sur 2

Comissão Política Concelhia de Lagos do PSD

COMUNICADO Nº 2.2010

Foi com elevada preocupação que a Comissão Política do PSD/Lagos assistiu à


insólita decisão do executivo PS de indemnizar em mais de 410 mil euros a
empresa Alberto Couto Alves, S.A. (ACA) a quem fora adjudicada a obra de
requalificação da Frente Ribeirinha do Programa Polis.

Desde o início do projecto que o PSD tem vindo a colocar dúvidas sobre os
benefícios daquele empreendimento, tal como foi projectado, para a cidade e
para os Lacobrigenses.

Há uma completa ausência na capacidade de resposta objectiva do executivo


socialista à realidade económica e social que o concelho atravessa, que se alia a
um crescente sentimento de impunidade proporcionado ilusoriamente pelos
resultados obtidos nas últimas autárquicas.

Estando em causa a defesa dos interesses de Lagos, não podemos deixar


passar em claro uma situação de insustentável desresponsabilização do PS e
dos seus eleitos camarários.

A situação em apreço exige um pedido de esclarecimento e uma discussão


aberta à população, face ao impacto que esta decisão vai ter no já difícil equilíbrio
das contas da autarquia.

O PSD/Lagos, pela voz dos seus eleitos na autarquia, já manifestou nos


locais apropriados a total discordância com este tipo de gestão socialista
que, de erro em erro, vai obstinadamente acumulando despesas cuja
factura será paga pelos Lacobrigenses.

Para que conste e como é bem sabido, a desistência da empreitada, situação


diversa da resolução unilateral ou da denúncia contratual, lança sobre o dono da
obra a obrigação de indemnizar o empreiteiro pelos danos que tenham afectado a
sua esfera jurídica, como se se tivesse resolvido o contrato sem justa causa. A
referida indemnização envolve o lucro cessante, mais os gastos e o custo da
actividade já desenvolvida, incluindo as despesas suportadas pelo empreiteiro
com a aquisição de materiais, incorporados ou não e com a mão-de-obra
empregue na execução da obra.
A nossa posição, relativamente às obras públicas e às entidades empreiteiras, é
de colaboração activa e de vigilância permanente, crentes de que as obras
chegarão a bom termo e concluídas conforme as encomendámos.

Mais uma vez não foi este o comportamento dos eleitos pelo PS na Câmara.

Mas, para além disso, também a justificação proferida pelo Presidente da


Câmara “esta foi a maneira que encontrámos de pôr um ponto final nisto e
vermo-nos finalmente livres da ACA! ” merece cabal repúdio, uma vez que,
no nosso entender, o autarca ao “refugiar-se” na subjectividade, pretendeu
ocultar a falta de um planeamento cuidado para frente ribeirinha e uma adequada
capacidade de diálogo com o empreiteiro respectivo.

Muito há por fazer, e no caso concreto do planeamento gerador de


desenvolvimento económico e de emprego, o Concelho de Lagos precisa com
urgência de reagir aos recorrentes acontecimentos negativos encontrando
soluções para reforçar a coesão social, minimizando as desigualdades
crescentes e precisa de trabalhar no sentido de inverter uma situação actual que
não soube ou não quis antecipar. Uma situação que é profundamente negativa,
que atinge um crescente número de pessoas que atravessam problemas de
desemprego e se vêem de novo forçadas a emigrar, assim como um significativo
número de empresas de todas as dimensões que, quanto não desaparecem,
sobrevivem em grande dificuldade, testando mínimos históricos nas suas
facturações e colocando-se cada vez com mais frequência a questão da sua
continuidade minimamente sustentada.

Da nossa parte, gostaríamos de ter visto os 410 mil euros em questão investidos
no apoio à diversificação do tecido empresarial de Lagos, no apoio às empresas
geradoras de emprego, na cultura, na conservação e promoção do nosso
património, na prometida rede de núcleos museológicos ou no parque de feiras e
exposições.

Face ao exposto, constatamos que é lamentavelmente previsível antever o


agravamento das condições financeiras a que nos acostumaram os eleitos
municipais pelo Partido Socialista, a quem apelamos veementemente:
Se não sabem planear e fazer não estraguem mais!
Não endividem mais o Concelho de Lagos e todos os nossos Munícipes!

Lagos, 5 de Agosto de 2010

Vous aimerez peut-être aussi