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Medicamentos
1
microbianos em particular têm demonstrado uma
eficácia inquestionável no tratamento das infecções,
sendo a sua utilidade terapêutica indiscutível. Con‑
tudo, após a sua introdução na prática clínica, rapi‑
damente se verificou que diferentes microrganismos
eram susceptíveis de adquirir resistência a fármacos
Anti‑infecciosos
aos quais eram inicialmente sensíveis, sendo o exem‑
plo dos estafilococos produtores de lactamases beta
o mais conhecido. A emergência de estirpes resisten‑
tes, como resultado da pressão selectiva, é hoje em Medicamentos Anti‑infecciosos
dia uma realidade preocupante. A utilização, genera‑ 1.1. Antibacterianos
lizada e precoce, de uma terapêutica antimicrobiana 1.1.1. Penicilinas
de largo espectro favorece o crescimento e selecção 1.1.1.1. Benzilpenicilinas e
dos microrganismos resistentes, ao eliminar as estir‑ fenoximetilpenicilina
pes sensíveis. 1.1.1.2. Aminopenicilinas
Os princípios gerais da terapêutica antimicrobia‑ 1.1.1.3. Isoxazolilpenicilinas
na deverão, assim, estar sempre presentes quando da 1.1.1.4. Penicilinas anti-
instituição de uma antibioterapia. O tratamento deve‑ ‑Pseudomonas
rá ser individualizado tendo em consideração o perfil 1.1.1.5. Amidinopenicilinas
do doente, o local da infecção e a etiologia da doen‑ 1.1.2. Cefalosporinas
ça. A selecção do antimicrobiano deverá basear‑se na 1.1.2.1. Cefalosporinas
sua eficácia e segurança e ainda num custo aceitável. de 1ª. Geração
Ao avaliar a eficácia e segurança de um antimicrobia‑ 1.1.2.2. Cefalosporinas
no é importante considerar os efeitos resultantes de de 2ª. Geração
uma terapêutica de largo espectro na ecologia bacte‑ 1.1.2.3. Cefalosporinas
riana ‑ aumento do risco de infecção devida a micror‑ de 3ª. Geração
ganismos resistentes para o próprio doente e emer‑ 1.1.2.4. Cefalosporinas
gência de estirpes bacterianas com novos padrões de de 4ª. Geração
resistência no próprio meio, quer hospitalar quer na 1 .1.3. Monobactamos
comunidade. O antimicrobiano eficaz de menor es‑ 1 .1.4. Carbapenemes
pectro de actividade deverá ser sempre o fármaco de 1.1.5. Associações de penicilinas
primeira escolha, devendo os clínicos adoptar uma com inibidores das
atitude restritiva dentre os vários grupos de antimi‑ lactamases beta
crobianos eficazes (um ou dois fármacos de cada gru‑ 1.1.6. Cloranfenicol e tetraciclinas
po). Os novos antimicrobianos deverão ser sempre 1.1.7. Aminoglicosídeos
avaliados tendo como referência os já existentes e 1.1.8. Macrólidos
prescritos apenas quando claramente superiores. As 1.1.9. Sulfonamidas e suas
associações
associações de antimicrobianos justificam‑se apenas 1.1.10. Quinolonas
em situações particulares, a maioria ocorrendo em 1.1.11. Outros antibacterianos
meio hospitalar, e têm por objectivo o tratamento 1.1.12. Antituberculosos
de infecções polimicrobianas em que um único fár‑ 1.1.13. Antilepróticos
maco não é susceptível de cobrir os microrganismos
isolados, obter um efeito sinérgico ‑ sem dúvida de 1.2. Antifúngicos
grande relevância no tratamento de infecções devi‑
das a determinadas estirpes bacterianas, como é o 1.3. Antivíricos
caso da endocardite devida a Streptococcus ou das 1.3.1. Anti‑retrovirais
infecções por Pseudomonas ‑ ou ainda minimizar o 1.3.1.1. Inibidores da protease
desenvolvimento de estirpes resistentes, como é o 1.3.1.2. Análogos dos não
caso do tratamento da tuberculose ou das infecções nucleosídeos inibidores
da transcriptase inversa
por Pseudomonas. Uma terapêutica empírica deverá
(reversa)
ser instituída com um antibiótico ou associação de
1.3.1.3. Análogos dos
antibióticos cujo espectro de actividade inclua ape‑ nucleosídeos inibidores
nas o ou os microrganismos que se suspeita serem da transcriptase
causadores da infecção e não todos os possíveis; uma inversa (reversa)
terapêutica de largo espectro justifica‑se quando for 1.3.2. Outros antivíricos
necessário assegurar um controlo precoce da situa‑
ção clínica do doente e evitar complicações. O perfil 1.4. Antiparasitários
do doente, a gravidade da situação e a existência de 1.4.1. Anti‑helmínticos
co‑morbilidade são factores importantes a conside‑ 1.4.2. Antimaláricos
rar, bem como o local da infecção e o padrão de sus‑ 1.4.3. Outros antiparasitários
ceptibilidade aos antimicrobianos do ou dos agentes
etiológicos mais provavelmente responsáveis pela
infecção em causa. A eficácia do tratamento depen‑ posológicos adequados é determinante da resposta
derá do rigor do diagnóstico e de uma terapêutica terapêutica. Das reacções adversas induzidas pelos
antimicrobiana apropriada. A utilização de regimes antimicrobianos em geral, as reacções alérgicas ‑ fe‑
22 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
bre e erupções cutâneas ‑ são as mais frequentes. A ser administrada por via IV ou IM a intervalos muito
nefro e a ototoxicidade bem como a mielosupressão curtos ou mesmo em perfusão contínua. A utilização
são específicas de fármaco e estão, usualmente, bem de doses elevadas, e porque a maioria das penicilinas
documentadas. Os macrólidos, a rifampicina e os se apresenta sob a forma de sais sódicos ou potássi‑
antifúngicos do grupo dos imidazóis podem apresen‑ cos, poderá estar na origem de alguns desequilíbrios
tar interacções medicamentosas clinicamente signifi‑ electrolíticos; é esta a razão pela qual é racional pres‑
cativas. Algumas infecções são autolimitadas e muitas crever, nestas doses, a penicilina G sob a forma dos
são, provavelmente, de origem viral. seus sais sódico e potássico. Cada 1.000.000 UI de
A terapêutica definitiva poderá diferir da terapêutica penicilina G contém 2 mEq de sódio (sal sódico) ou
inicialmente instituída e deverá ser iniciada logo que os 1,7 mEq de potássio (sal potássico). Quando utiliza‑
resultados laboratoriais estejam disponíveis. Os textos das doses elevadas, particularmente em doentes com
protocolares publicados relativamente ao tratamento de disfunção cardíaca ou renal, este aporte de sódio ou
patologias específicas deverão ser consultados. potássio deverá ser considerado. A penicilina G ben‑
Os diferentes grupos de fármacos anti‑infecciosos zatínica e a penicilina G procaínica são sais pouco
solúveis de penicilina G formulados exclusivamente
serão abordados de acordo com a classificação farma‑ para administração por via IM. Deste modo é possí‑
coterapêutica destes medicamentos. vel manter concentrações séricas de penicilina G por
períodos prolongados (até 24 horas para a penicilina
procaínica e até 15 dias para a penicilina benzatíni‑
1.1. Antibacterianos ca). A administração de doses únicas de 600.000 a
2 400.000 UI de penicilina benzatínica é usada no
1.1.1. Penicilinas tratamento de infecções devidas a Streptococcus
pyogenes e na sífilis e, em administrações mensais,
As penicilinas foram os primeiros “verdadeiros na profilaxia da febre reumática. A penicilina V ou
antibióticos” a ser introduzidos na prática clínica e fenoximetilpenicilina é um derivado da penicilina
continuam a desempenhar um papel importante no G resistente ao pH ácido do estômago sendo, por
tratamento das infecções bacterianas. isso, possível a sua administração por via oral. Não é,
Pertencentes ao grande grupo dos beta lactâmi‑ contudo, recomendada a sua utilização no tratamen‑
cos, as penicilinas são antibióticos bactericidas que to de infecções graves, uma vez que a sua actividade
actuam por inibição da síntese da parede bacteriana e bactericida é bastante inferior à da penicilina G e a
activação do seu sistema autolítico endógeno. sua biodisponibilidade bastante variável.
Apresentam uma boa difusão em todos os tecidos
do organismo com excepção da próstata, olho e SNC n BENZILPENICILINA BENZATíNICA
(meninges não inflamadas). São excretadas por via Ind.: Infecções devidas a Streptococcus pyogenes,
renal sendo recomendada uma redução da sua poso‑ sífilis e profilaxia da febre reumática.
logia em doentes com IR moderada a grave (em geral R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica.
para Cl cr < 50 ml/min). Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica.
Habitualmente as penicilinas são divididas em 5 Interac.: V. Benzilpenicilina potássica.
grandes grupos de acordo com o seu espectro de Posol.: [Adultos] ‑ Via IM: 600.000 a 1.200.000 UI
actividade: penicilinas naturais (benzilpenicilinas), em dose única; 2.400.000 UI em dose única se‑
aminopenicilinas, isoxazolilpenicilinas ou penici‑ manal, durante 3 semanas no tratamento da sífilis
linas resistentes às penicilinases, penicilinas anti diagnosticada tardiamente.
‑pseudomonas ou de largo espectro e amidinopeni‑ [Crianças] ‑ Via IM: < 12 anos: 300.000 a 600.000
cilinas. UI em dose única.
Parentéricas ‑ 1.2 M.U.I./4 ml
1 .1.1.1. Benzilpenicilinas e fenoximetil- LENTOCILIN S 1200 (MSRM); Lab. Atral
penicilina Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
1 unid ‑ 4 ml; e 5 (e 5); 69%
As penicilinas naturais (benzilpenicilina ou peni‑
cilina G e penicilina V) são activas contra muitos co‑ Parentéricas ‑ 2.4 M.U.I./6.5 ml
cos gram + incluindo a maioria dos Staphylococcus LENTOCILIN S 2400 (MSRM); Lab. Atral
aureus e S. epidermidis não produtores de penicili‑ Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
nases, estreptococos, pneumococos de quase todos 1 unid ‑ 6,5 ml; e 5,5 (e 5,5); 69%
os grupos, Streptococcus viridans e algumas estirpes
de enterococos. São também activas contra alguns n BENZILPENICILINA BENZATíNICA +
bacilos gram + como o Bacillus anthracis, Cory‑ BENZILPENICILINA POTáSSICA +
nebacterium diphteriae, Listeria monocythogenes e BENZILPENICILINA PROCAíNICA
alguns cocos gram ‑ como a Neisseria meningitidis e Esta associação não apresenta vantagens sobre as
ainda alguns bacilos gram ‑ como o Haemophilus in‑ outras formas injectáveis de penicilina.
fluenzae. Muitos anaeróbios gram +, o treponema e
alguns anaeróbios gram ‑ são sensíveis a estas penici‑ Parentéricas ‑ Benzilpenicilina benzatínica 600000
linas. As Enterobactereaceae e a Pseudomonas aeru‑ U.I. + Benzilpenicilina potássica 300000 U.I. + Ben‑
ginosa são sempre resistentes às penicilinas naturais. zilpenicilina procaínica mono‑hidratada 300000 U.I.
A benzilpenicilina ou penicilina G é um antimicro‑ LENTOCILIN 6.3.3 (MSRM); Lab. Atral
biano de eleição para muitas situações clínicas. Com Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
um t1/2 plasmático de apenas 20 a 50 minutos, deve 1 unid ‑ 4 ml; e 6 (e 6); 69%
1.1. Antibacterianos 23
susceptíveis. Nenhuma das cefalosporinas de 1a ge‑ Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 750 a 1.500 mg/dia, a
ração é activa contra os enterococos, estafilococos administrar de 8 em 8 ou de 12 em 12 horas.
resistente à meticilina e P. aeruginosa. [Crianças] ‑ Via oral: 20 a 40 mg/kg de 8 em 8
Ind.: Tratamento de infecções devidas a microrga‑ horas.
nismos gram + e gram ‑ susceptíveis, nomeada‑
mente infecções urinárias, faringites, sinusites, Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 50 mg/ml
infecções respiratórias, amigdalites e infecções da MACROPEN (MSRM); A. Menarini
pele e tecidos moles. Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 15,1
R. Adv.: As das cefalosporinas. V. Introdução (1.1.2.). (e 0,151); 69%
Contra‑Ind. e Prec.: As das cefalosporinas. V. Intro‑
dução (1.1.2.). Orais sólidas ‑ 500 mg
Interac.: As das cefalosporinas. V. Introdução MACROPEN (MSRM); A. Menarini
(1.1.2.). Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 25,01 (e 1,5631); 69%
n CEFADROXIL n CEFRADINA
Ind.: V. Introdução (1.1.2.1.). Profilaxia cirúrgica
Ind.: Infecções devidas a microrganismos gram + (boa actividade contra estafilococos produtores
e gram ‑ susceptíveis, nomeadamente infecções de lactamases beta).
urinárias, faringites, sinusites, infecções respira‑ R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
tórias, infecções da pele e tecidos moles e amig‑ Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
dalites. Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
O cefadroxil não é muito activo contra o H. in‑ Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 6 em 6
fluenzae. horas ou 500 mg a 1 g de 12 em 12 horas.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Via IM ou IV: 500 mg a 1 g de 6 em 6 horas. Até 8
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). g/dia nas infecções graves.
Interac.: V. Introdução (1.1.2.). [Crianças] ‑ Via oral: 25 a 50 mg/Kg/dia, a admi‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1 a 2 g/dia, a administrar nistrar em doses divididas.
de 12 em 12 horas ou em dose única (infecções Via IM ou IV: 50 a 100 mg/kg/dia, a administrar de
urinárias). 6 em 6 horas.
[Crianças] ‑ Via oral: < 1 ano: 25 mg/Kg/dia; de
1 a 6 anos: 250 mg de 12 em 12 horas; > 6 anos: Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml
500 mg de 12 em 12 horas. CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral
Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 9,52
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 100 mg/ml (e 0,0793); 69%
CEFACILE (MSRM); Bristol‑Myers Squibb
Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 14,58 Orais sólidas ‑ 500 mg
CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral
(e 0,1458); 69% Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,66 (e 0,6663); 69%
CEFADROXIL MYLAN (MSRM); Mylan
Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 11,83 Orais sólidas ‑ 1000 mg
(e 0,1183); 69% CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral
CEFORAL (MSRM); Grünenthal Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,33
Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 14,69 (e 0,7081); 69%
(e 0,1469); 69%
descrita hipersensibilidade cruzada parcial. Não Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos beta
apresenta nefro nem ototoxicidade pelo que é, lactâmicos. Doenças do SNC, nomeadamente
essencialmente, usado como alternativa aos amino‑ epilepsia. Gravidez e aleitamento. Reduzir a po‑
glicosídeos no tratamento de infecções graves por sologia em doente com IR.
gram ‑. Nos doentes com IR é necessário um ajusta‑ Interac.: A probenecida reduz a depuração plas‑
mento da posologia. mática do imipenem causando um aumento
significativo das suas concentrações séricas. O
n AZTREONAM imipenem pode reduzir a resposta imunológi‑
ca à vacinação (vacina viva; administração oral)
Ind.: Infecções graves devidas a bactérias gram ‑. contra a Salmonella typhi (recomenda‑se aguar‑
R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia e dores abdomi‑ dar 24 horas, ou mais, entre a administração da
nais. Icterícia e hepatite. Neutropenia e tromboci‑ última dose de imipenem e a vacinação). A admi‑
topenia. Erupções cutâneas e urticária. nistração concomitante de teofilina e imipenem
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos antibió‑ pode aumentar o risco de toxicidade central.
ticos beta lactâmicos. IH. A co‑administração de imipenem e ganciclovir
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g de 8 em 8 horas pode precipitar o aparecimento de convulsões
ou 2 g de 12 em 12 horas; 2 g de 6 em 6 ou de 8 generalizadas.
em 8 horas nas infecções graves. Doses superiores Posol.: [Adultos] ‑ Via IV ou IM: 500 mg de 8 em
a 1 g apenas por via IV. 8 horas; 1 g de 8 em 8 ou de 6 em 6 horas no
[Crianças] ‑ Via IM ou IV: > 2 anos: 50 mg/kg de tratamento de infecções graves.
6 em 6 ou de 8 em 8 horas. [Crianças] ‑ Via IV: > 2 anos: 50 mg/kg de 8 em
8 ou de 6 em 6 horas.
Parentéricas ‑ 1000 mg/3 ml Nota: Este medicamento não se encontra disponível
AZACTAM (MSRM); Bristol‑Myers Squibb em Farmácia Comunitária.
Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Ampola ‑ 1 unid ‑ 3 ml;
e 16,1 (e 16,1); 69% 1 .1.5. Associações de penicilinas com ini-
bidores das lactamases beta
1.1.4. Carbapenemes
A associação de penicilinas a inibidores das lacta‑
Os carbapenemes ‑ imipenem, meropenem e mases beta permite alargar o espectro de actividade
ertapenem ‑ são também antibióticos beta lactâ‑ dos antimicrobianos já que as lactamases beta produ‑
micos que apresentam um espectro de activida‑ zidas por muitas estirpes de bactérias deixarão, deste
de muito amplo, sendo resistentes à maioria das modo, de inactivar os antimicrobianos em causa. A
lactamases beta e activos contra gram +, gram ‑ e sensibilidade da Pseudomonas aeruginosa continua,
anaeróbios. Contudo, os estafilococos resistentes à contudo, a ser limitada, uma vez que a resistência
meticilina não são, de um modo geral, susceptíveis desta aos antimicrobianos é, na maioria dos casos,
e a susceptibilidade da Pseudomonas aeruginosa mediada por alterações da permeabilidade da mem‑
é variável. O imipenem é um pouco mais activo do brana e não pela produção de lactamases beta.
que o meropenem contra os gram +. O imipenem Os três principais inibidores das lactamases beta
encontra‑se comercializado em associação com a utilizados na clínica são o ácido clavulânico, o sul‑
cilastatina, composto que inibe a metabolização do bactam e o tazobactam. Estas associações podem ser
imipenem pelas dipeptidases renais e prolonga as particularmente úteis no tratamento de infecções po‑
limicrobianas causadas por aeróbios gram +, gram
suas concentrações séricas, permitindo uma admi‑
‑ e anaeróbios.
nistração a intervalos de 6 horas. O perfil de reac‑
As associações da ampicilina com sulbactam e da
ções adversas dos carbapenemes é idêntico ao dos ticarcilina com o ácido clavulânico não se encontram
outros antibióticos beta lactâmicos. O imipenem é, disponíveis entre nós.
porém, susceptível de induzir com mais frequência
toxicidade central, particularmente convulsões, n AMOXICILINA + ÁCIDO CLAVULâNICO
quando utilizado em doses elevadas, terapêuticas
prolongadas ou em doentes com IR. Ind.: Infecções respiratórias. Bronquite crónica.
Otite média. Sinusite. Infecções urinárias. Infec‑
n IMIPENEM + CILASTATINA ções por Salmonella. Gonorreia. Pode ser útil
no tratamento de infecções respiratórias por H.
Ind.: Infecções nosocomiais graves devidas a micror‑ influenzae resistentes à ampicilina/amoxicilina,
ganismos multirresistentes gram +, gram ‑ ou particularmente em doentes com DPOC.
anaeróbios. R. Adv.: Náuseas e diarreia. Erupções cutâneas. V.
R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Alterações he‑ Introdução (1.1.1.2.). A incidência de diarreia é
matológicas. Reacções alérgicas: erupções cutâ‑ maior quando se utilizam doses mais elevadas de
neas, prurido, urticária e reacções anafiláticas. ácido clavulânico. Língua negra e disfunção hepá‑
Elevação das enzimas hepáticas. Convulsões e tica são efeitos que têm sido atribuídos ao ácido
confusão mental, particularmente quando utili‑ clavulânico.
zado em doses elevadas. Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.). IH.
1.1. Antibacterianos 33
[Crianças] ‑ Via oral: 2,5 a 5 mg/kg de 12 em 12 [Crianças] ‑ Via oral: Dos 12 aos 18 anos ‑ posolo‑
horas durante 10 dias. gia igual à do adulto.
Orais sólidas ‑ 300 mg Orais sólidas ‑ 400 mg
ODONTICINA (MSRM); Pentafarma KETEK (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; D.L. 176/2006); Aventis Pharma
e 25,34 (e 1,5838); 69% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 10 unid;
e 28,51 (e 2,851); 69%
n TELITROMICINA
Ind.: Tratamento de infecções causadas por cocos
gram + multirresistentes, nomeadamente in‑ 1.1.9. Sulfonamidas e suas associações
fecções respiratórias ‑ pneumonia adquirida na
comunidade, exacerbações agudas de bronquite As sulfonamidas foram os primeiros antimicrobia‑
crónica, sinusite aguda, amigdalite e faringite, de‑ nos a serem utilizados na prática clínica. O desen‑
vidas a Streptococcus spp. resistentes à penicilina volvimento de estirpes resistentes e o facto de apre‑
e eritromicina. sentarem uma toxicidade significativa têm limitado
R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Elevação das a sua utilidade terapêutica. A associação de outros
enzimas hepáticas. Erupções cutâneas. Visão ene‑ antimicrobianos às sulfonamidas visa obter um efeito
voada (alteração transitória). Cefaleias e vertigens. sinérgico minimizando o desenvolvimento de estir‑
Prolongamento do intervalo QT.
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Usar pes resistentes. O cotrimoxazol, associação do sul‑
com precaução em doentes com história de reac‑ fametoxazol com o trimetoprim, é a mais utilizada.
ções adversas graves induzidas pelos macrólidos
bem como em doentes medicados com fármacos Ind.: Profilaxia e tratamento de infecções devidas a
inibidores do CYP3A4. Não administrar telitromi‑ estirpes susceptíveis (V. Informação específica).
cina durante e até 2 semanas após o tratamento R. Adv.: As principais reacções adversas das sulfona‑
com fármacos indutores do CYP3A4 (risco de midas incluem erupções cutâneas frequentes, sín‑
concentrações subterapêuticas de telitromicina). drome de Stevens‑Johnson, discrasias sanguíneas,
Não é recomendada a administração concomitan‑ nomeadamente agranulocitose e depressão me‑
te com fármacos susceptíveis de induzir prolon‑
gamento do intervalo QT no ECG (aumento do dular, e IR, particularmente com as formulações
risco de cardiotoxicidade). A co‑administração de menos solúveis.
telitromicina com sinvastatina, atorvastatina ou Contra‑Ind. e Prec.: De um modo geral são con‑
lovastatina está, formalmente, contra‑indicada (v. sideradas como precauções ou contra‑indicações
interacções). Nos doentes com miastenia gravis das sulfonamidas as grávidas e a idade inferior a 6
está descrita exacerbação de sintomas, nomeada‑ semanas, bem como a IR (manter hidratação ade‑
mente insuficiência respiratória aguda que poderá quada a fim de minimizar o risco de cristalúria) ou
ser fatal, pelo que se recomenda que não seja utili‑ IH, doenças hematológicas, porfiria ou história de
zada em doentes com esta patologia. Doentes com
disfunção hepática. Considerar redução da dose hipersensibilidade às sulfonamidas.
em doentes com IR e IH graves. Interac.: V. Informação específica.
Interac.: A co‑administração de telitromicina e de
fármacos susceptíveis de induzir prolongamento n SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIM
do intervalo QT, nomeadamente astemizol, terfe‑ Ind.: Infecções urinárias. Infecções devidas a Salmo‑
nadina, cisaprida e pimozida, aumenta significati‑
vamente o risco de cardiotoxicidade (taquicardia e nella spp. Prostatites. Infecções devidas a Pneu‑
fibrilhação ventriculares e “torsades de pointes”). mocystis carinii.
Fármacos indutores do CYP3A4 (carbamazepina, R. Adv.: V. Introdução (1.1.9.).
fenitoína, fenobarbital, rifampicina e hipericão) Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.9.).
determinam uma redução importante nas concen‑ Interac.: O cotrimoxazol pode potenciar o efeito
trações séricas da telitromicina comprometendo dos anticoagulantes orais, fenitoína, sulfonilureias
a sua eficácia terapêutica. A co‑administração de e metotrexato.
telitromicina e ergotamina ou dihidroergotamina Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 800 mg a 1,6 g de 12
pode induzir ergotismo. A telitromicina inibe o em 12 horas nas infecções graves; 120 mg/Kg/dia,
metabolismo da sinvastatina e muito provavel‑
mente de outras estatinas, causando um aumento a administrar de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas nas
significativo das suas concentrações séricas bem infecções devidas a Pneumocystis carinii.
como do midazolam e de outras benzodiazepinas Via IV: 960 mg a 1,44 g de 12 em 12 horas nas
metabolizadas pelo CYP3A4 (alprazolam, triazo‑ infecções graves.
lam). A telitromicina aumenta também as con‑ [Crianças] ‑ Via oral: 120 mg de 12 em 12 horas
centrações plasmáticas da digoxina e poderá, por (de 6 semanas aos 5 meses); 240 mg de 12 em 12
inibição do CYP3A4, determinar um aumento das horas (dos 6 meses aos 5 anos); 480 mg de 12 em
concentrações sanguíneas da ciclosporina, tacro‑ 12 horas (dos 6 aos 12 anos).
límus e sirolímus. O cetoconazol e o itraconazol
inibem o metabolismo da telitromicina. Via IV: 36 mg/kg/dia, a administrar de 12 em 12
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 800 mg, 1 vez/dia, du‑ horas; 54 mg/kg/dia nas infecções graves.
rante 7 a 10 dias no tratamento da pneumonia Nota: 480 mg de cotrimoxazol correspondem a
adquirida na comunidade e durante 5 dias nas 400 mg de sulfametoxazol e 80 mg de trimeto‑
outras indicações terapêuticas. prim.
42 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 200 mg/5 ml + aos 18 anos, uma vez que são susceptíveis de induzir
40 mg/5 ml erosão das cartilagens em crescimento.
BACTRIM (MSRM); Roche
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 3,03 Ind.: Infecções devidas a microrganismos gram +
(e 0,0303); 69% e gram ‑ susceptíveis. Apesar de aprovadas para
SEPTRIN (MSRM); Lab. Wellcome muitos tipos de infecções, as quinolonas são con‑
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,34 sideradas como fármacos de eleição apenas para
(e 0,0234); 69% um pequeno número de situações clínicas. Na
maior parte dos casos as quinolonas são alterna‑
Orais sólidas ‑ 400 mg + 80 mg tivas terapêuticas quando o doente não responde
S EPTRIN (MSRM); Lab. Wellcome ou apresenta intolerância aos antimicrobianos de
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,06 (e 0,153); 69% primeira escolha.
R. Adv.: As principais reacções adversas descritas
Orais sólidas ‑ 800 mg + 160 mg com a utilização das quinolonas incluem: náuseas,
BACTRIM FORTE (MSRM); Roche vómitos e diarreia, erupções cutâneas e prurido,
Comp. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 3,83 (e 0,2553); 69% artralgias, mialgias e rabdomiólise, tendinites (uni
COTRIMOXAZOL RATIOPHARM (MSRM); Ratio‑ ou bilaterais) e rupturas de tendão, eosinofilia,
pharm leucopenia e trombocitopenia, hematúria. Estão
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,74 (e 0,187); 69% também descritos efeitos centrais ‑ alterações do
‑ PR e 3,74 sono, confusão mental, convulsões, alucinações e
SEPTRIN DS (MSRM); Lab. Wellcome depressão. Algumas quinolonas são susceptíveis
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,54 (e 0,227); 69% de induzir fototoxicidade. Podem, raramente, ori‑
‑ PR e 3,74 ginar deterioração da função renal (cristalúria) e
deterioração da função hepática (hepatite fulmi‑
nante, muito raramente).
1.1.10. Quinolonas Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Crian‑
ças e adolescentes até aos 18 anos. Doentes com
As quinolonas são antimicrobianos estrutural‑ epilepsia ou história de doença convulsiva. Do‑
mente relacionados com o ácido nalidíxico. A sua entes com história de tendinites. Doentes com
actividade bactericida resulta da inibição da girase do alterações electrolíticas, nomeadamente, hipoca‑
ADN, enzima essencial à replicação e transcrição do liemia ou hipocalcemia e/ou alterações do ritmo
ADN bacteriano. Apresentam um espectro de activi‑ cardíaco. Com excepção da pefloxacina, todas as
dade que abrange muitos microrganismos gram + quinolonas necessitam de ajustamento da posolo‑
e gram ‑ incluindo estafilococos resistentes à meti‑ gia nos doentes com IR. Doentes com IH.
cilina e Pseudomonas aeruginosa. A ciprofloxaci‑ Interac.: Todas as quinolonas apresentam interac‑
na é de todas as quinolonas a que apresenta maior ções medicamentosas clinicamente significativas:
actividade contra P. aeruginosa. A norfloxacina tem a sua absorção é significativamente reduzida pelos
menos biodisponibilidade e geralmente é preferida fármacos com catiões bi e trivalentes como os an‑
no tratamento de infecções urinárias. Possuem uma tiácidos com alumínio, magnésio ou cálcio, suple‑
boa difusão tecidular e o seu perfil de reacções adver‑ mentos com ferro ou zinco e o sucralfato; podem
sas é, em geral, bastante favorável, sendo raras as re‑ aumentar o t1/2 plasmático da teofilina (com ex‑
acções adversas graves. Podem ser administradas por cepção da lomefloxacina) e prolongar o tempo de
via oral. Embora algumas quinolonas apresentem in protrombina nalguns doentes medicados com an‑
vitro alguma actividade contra o Streptococcus pneu‑ ticoagulantes orais; a probenecida pode aumen‑
moniae, das quinolonas actualmente disponíveis, tar as concentrações plasmáticas das quinolonas.
apenas as mais recentemente comercializadas ‑ por Algumas quinolonas reduzem as concentrações
vezes designadas de quinolonas de 2a ou 3a geração séricas da fenitoína e a sua co‑administração com
‑ poderão ser usadas no tratamento de infecções res‑ ciclosporina aumenta o risco de nefrotoxicidade.
piratórias devidas a pneumococos. A possibilidade de Algumas quinolonas são susceptíveis de induzir
algumas das novas quinolonas induzirem hepatotoxi‑ flutuações significativas nos níveis de glicemia
cidade e cardiotoxicidade (prolongamento do inter‑ (hipo ou hiperglicemia) quando administradas a
valo QT) significativas bem como fotossensibilidade doentes diabéticos medicados com fármacos hi‑
poderá limitar a sua utilidade terapêutica. Nenhuma poglicemiantes.
das quinolonas actualmente comercializadas é activa
contra anaeróbios. A utilização generalizada das qui‑ n CIPROFLOXACINA
nolonas levou ao aparecimento de uma percentagem Ind.: V. Introdução (1.1.10.).
significativa de estirpes resistentes. A literatura refere R. Adv.: V. Introdução (1.1.10.).
que, presentemente, os estafilococos resistentes à Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.10.). Redu‑
meticilina são já resistentes às quinolonas bem como zir a posologia em doentes com IR grave.
cerca de 20% das estirpes isoladas de Pseudomonas Interac.: V. Introdução (1.1.10.). A ciprofloxacina
aeruginosa. Apesar da sua actividade contra as En‑ pode aumentar o t1/2 plasmático da teofilina e
terobactereaceae ser ainda considerada muito boa, da cafeína e prolongar o tempo de protrombina
alguns estudos demonstraram que, após 5 anos de nalguns doentes medicados com anticoagulantes
utilização, 28% das E. coli tinham já adquirido re‑ orais. A ciprofloxacina reduz as concentrações
sistência. A resistência cruzada entre as diferentes séricas da fenitoína. A co‑administração de cipro‑
quinolonas tem sido também descrita. Não recomen‑ floxacina e ciclosporina aumenta o risco de nefro‑
dada a sua utilização em crianças e adolescentes até toxicidade.
1.1. Antibacterianos 43
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 750 mg de 12 em CIPROFLOXACINA NIXIN (MSRM); Mepha
12 horas. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 5,24
Via IV: 200 a 400 mg de 12 em 12 horas. (e 0,655); 69% ‑ PR e 7,48
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid;
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 100 mg/ml e 8,46 (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28
CIPROFLOXACINA GENERIS (MSRM); Generis CIPROFLOXACINA RANBAXY 250 MG COMPRIMI‑
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 22,97 DOS REVESTIDOS (MSRM); Ranbaxy
(e 0,2297); 69% Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 5,24 (e 0,655);
69% ‑ PR e 7,48
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 250 mg/2.5 ml
CIPROFLOXACINA GENERIS (MSRM); Generis Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,46
Susp. oral ‑ Saqueta ‑ 8 unid; e 11,2 (e 1,4); 69% (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28
CIPROFLOXACINA RATIOPHARM 250 MG COMPRI‑
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 500 mg/5 ml MIDOS REVESTIDOS (MSRM); Ratiopharm
CIPROFLOXACINA GENERIS (MSRM); Generis Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,46
Susp. oral ‑ Saqueta ‑ 8 unid; e 10,1 (e 1,2625); (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28
69% CIPROFLOXACINA SANDOZ (MSRM); Sandoz
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid;
Orais sólidas ‑ 250 mg e 8,46 (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28
CIPLOX (MSRM); Lab. Atral CIPROFLOXACINA TETRAFARMA (MSRM); Tetrafarma
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid;
e 13,8 (e 0,8625); 69% ‑ PR e 11,28 e 8,46 (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28
CIPROFLOXACINA ACTAVIS (MSRM); Actavis CIPROFLOXACINA TEVA (MSRM); Teva Pharma
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 4,67 (e 0,5838); Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 7
69% ‑ PR e 7,48 (e 0,875); 69% ‑ PR e 7,48
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,46 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9
(e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28
CIPROFLOXACINA ALTER 250 MG COMPRIMIDOS (e 0,5625); 69% ‑ PR e 11,28
REVESTIDOS (MSRM); Alter CIPROFLOXACINA WINTHROP 250 MG COMPRIMI‑
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,46 DOS (MSRM); Winthrop
(e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 4,7 (e 0,5875);
CIPROFLOXACINA ARROWBLUE (MSRM); Arrowblue 69% ‑ PR e 7,48
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,46 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,46
(e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28 (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28
CIPROFLOXACINA BLUEPHARMA (MSRM); Blue‑ CIPROXINA (MSRM); Bayer
pharma Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 6,25
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 5,22 (e 0,7813); 69% ‑ PR e 7,48
(e 0,6525); 69% ‑ PR e 7,48 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid;
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 12,18 (e 0,7613); 69% ‑ PR e 11,28
e 8,45 (e 0,5281); 69% ‑ PR e 11,28 NIVOFLOX (MSRM); Grünenthal
CIPROFLOXACINA CICLUM (MSRM); Ciclum Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 15,1 (e 0,9438); 69%
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid;
e 8,44 (e 0,5275); 69% ‑ PR e 11,28 Orais sólidas ‑ 500 mg
CIPROFLOXACINA CINFA 250 MG COMPRIMIDOS
REVESTIDOS (MSRM); Cinfa CIPLOX (MSRM); Lab. Atral
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,45 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid;
(e 0,5281); 69% ‑ PR e 11,28 e 20,53 (e 1,2831); 69% ‑ PR e 20,53
CIPROFLOXACINA GENERIS (MSRM); Generis CIPROFLOXACINA ACTAVIS (MSRM); Actavis
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 15,52 (e 0,97);
e 8,46 (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28 69% ‑ PR e 20,53
CIPROFLOXACINA GERMED (MSRM); Germed CIPROFLOXACINA ALTER 500 MG COMPRIMIDOS
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 5,24 REVESTIDOS (MSRM); Alter
(e 0,655); 69% ‑ PR e 7,48 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 15,52 (e 0,97);
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 69% ‑ PR e 20,53
e 8,46 (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28 CIPROFLOXACINA ARROWBLUE (MSRM); Arrowblue
CIPROFLOXACINA GIROFLOX 250 MG COMPRIMI‑ Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 15,52 (e 0,97);
DOS REVESTIDOS (MSRM); Tecnimede 69% ‑ PR e 20,53
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; CIPROFLOXACINA AZEVEDOS (MSRM); Lab. Azeve‑
e 8,46 (e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28 dos
CIPROFLOXACINA LABESFAL 250 MG COMPRIMI‑
DOS REVESTIDOS (MSRM); Labesfal Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid;
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,46 e 15,52 (e 0,97); 69% ‑ PR e 20,53
(e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28 CIPROFLOXACINA BLUEPHARMA (MSRM); Blue‑
CIPROFLOXACINA MYLAN (MSRM); Mylan pharma
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 5,08 (e 0,635); Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 7,29
69% ‑ PR e 7,48 (e 0,9113); 69% ‑ PR e 9,62
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,46 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid;
(e 0,5288); 69% ‑ PR e 11,28 e 15,51 (e 0,9694); 69% ‑ PR e 20,53
44 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Colite pseu‑ Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 500 mg de 6 em 6 ou de
domembranosa, geralmente após administração 8 em 8 horas.
oral. Disfunção hepática ‑ elevação das enzimas Via IM ou IV: 600 mg a 1 g de 12 em 12 ou de 24
hepáticas e icterícia. Neutropenia, agranulocitose, em 24 horas (via IM) e de 8 em 8 ou de 12 em 12
eosinofilia e trombocitopenia. horas (via IV).
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Doen‑ [Crianças] ‑ Via oral: 30 a 60 mg/Kg/dia, a admi‑
ça hepática. Reduzir a posologia em doentes com nistrar de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas.
IH. Diarreia. Interromper a administração se ocor‑ Via IM ou IV: 10 a 20 mg/kg/dia, a administrar de 8
rer diarreia grave. em 8 ou de 12 em 12 horas.
Interac.: A clindamicina potencia o efeito dos blo‑
queadores neuromusculares.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 150 a 300 mg de 6 em Orais sólidas ‑ 500 mg
6 horas. LINCOCINA (MSRM); Lab. Pfizer
Via IM ou IV: 600 mg a 2,7 g/dia, a administrar de Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5 (e 0,3125); 69%
6 em 6 ou de 12 em 12 horas. Dose máxima ‑ 4,8
g/dia. Doses únicas superiores a 600 mg apenas Parentéricas ‑ 600 mg/2 ml
por via IV. LINCOCINA (MSRM); Lab. Pfizer
[Crianças] ‑ Via oral: 3 a 6 mg/kg de 6 em 6 horas. Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 1 unid ‑ 2 ml; e 1,82
Via IM ou IV: 15 a 40 mg/Kg/dia, a administrar de (e 1,82); 69%
6 em 6 ou de 8 em 8 horas.
n LINEZOLIDA
Orais sólidas ‑ 150 mg
DALACIN C (MSRM); Lab. Pfizer Ind.: Tratamento de infecções graves devidas a mi‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 3,55 (e 0,2219); 69% crorganismos gram +, tendo em consideração o
Cáps. ‑ Blister ‑ 90 unid; e 16,5 (e 0,1833); 0% antibiograma e a informação disponível sobre os
padrões de sensibilidade aos antimicrobianos de
n FOSFOMICINA 1a escolha. Consultar literatura específica.
R. Adv.: Náuseas, vómitos, dores abdominais e
Ind.: Infecções urinárias baixas. Profilaxia nas in‑ diarreia. Disgeusia. Colite pseudomembranosa.
tervenções transuretrais. Infecções urinárias pós Super‑infecções, nomeadamente candidíases (oral
‑operatórias.
R. Adv.: Náuseas e diarreia. Erupções cutâneas. e/ou vaginal). Alteração das enzimas hepáticas.
Contra‑Ind. e Prec.: Embora não estejam descritos Mielossupressão, incluindo anemia, leucopenia,
efeitos teratogénicos, deve evitar‑se no 1º trimes‑ trombocitopenia e pancitopenia. Cefaleias. Hi‑
tre da gravidez. Usar com precaução durante o pertensão. Acidose láctica. Neuropatia óptica e/ou
aleitamento. Contra‑indicada na IR grave. Evitar periférica descritas mais raramente.
a administração com alimentos, que reduzem a Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento.
absorção. Contra‑indicado em doentes medicados com ini‑
Interac.: Os antiácidos, sais de cálcio e metoclopra‑ bidores da MAO. Administrar, apenas sob moni‑
mida reduzem significativamente a biodisponibili‑ torização criteriosa, a doentes com hipertensão
dade da fosfomicina. arterial não controlada, feocromocitoma, síndro‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 3 g (dose única). Nas me carcinóide, tirotoxicose, doença bipolar, sín‑
intervenções transuretrais, uma 2a dose de 3 g de‑ dromes esquizo‑afectivos ou estados confusionais
verá ser administrada 24 horas depois da cirurgia. agudos; doentes medicados com inibidores da
recaptação da serotonina, antidepressivos tricí‑
Orais sólidas ‑ 3000 mg clicos, triptanos, fármacos simpaticomiméticos
MONURIL (MSRM); Zambon (incluindo broncodilatadores adrenérgicos, pseu‑
Granulado ‑ Saqueta ‑ 1 unid; e 5,02 (e 5,02); doefedrina e fenilpropanolamina), vasopressores,
69% ‑ PR e 4,02
Granulado ‑ Saqueta ‑ 2 unid; e 8,47 (e 4,235); dopaminérgicos, petidina ou buspirona. Não re‑
69% ‑ PR e 6,78 comendada a ingestão de alimentos ou bebidas
ricos em tiramina. Monitorizar semanalmente os
n LINCOMICINA parâmetros hematológicos particularmente em
doentes com anemia, granulocitopenia ou trom‑
Ind.: Infecções devidas a aeróbios gram + e ana‑ bocitopenia, doentes com IR grave ou doentes
eróbios. A lincomicina é menos activa do que a submetidos a terapêuticas prolongadas (o risco
clindamicina. de mielossupressão parece estar relacionado com
R. Adv.: Erupções cutâneas. Leucopenia, agranulo‑ a duração da terapêutica).
citose e trombocitopenia. Arritmias e paragem Interac.: A linezolida aumenta significativamente o
cardíaca. Disfunção hepática (icterícia). IR. Colite
pseudomembranosa. efeito farmacológico dos inibidores da MAO (a li‑
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Diar‑ nezolida é um inibidor reversível e não selectivo
reia. Interromper a administração se ocorrer diar‑ da MAO) estando formalmente contra‑indicada a
reia grave. Doença hepática. Reduzir a posologia sua co‑administrção. A linezolida potencia o au‑
na IR grave. mento da pressão arterial induzido pela pseudo‑
Interac.: O caulino reduz a biodisponibilidade da efedrina e fenilpropanolamina. A administração
lincomicina em cerca de 90%. A lincomicina po‑ concomitante de linezolida e de inibidores da re‑
tencia o efeito dos bloqueadores neuromuscula‑ captação da serotonina pode originar a síndrome
res. serotoninérgica.
1.1. Antibacterianos 49
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 600 mg de 12 em 12 ho‑ Contra‑Ind. e Prec.: O tratamento da diarreia infec‑
ras. Via IV: 600 mg de 12/12 horas, a administrar ciosa causada por microorganismos enteropato‑
em perfusão IV de 30 ‑ 120 minutos. génicos invasivos constitui uma contra‑indicação
Nota: Este medicamento não se encontra disponível (a absorção da rifaximina é inferior a 1%). Hiper‑
em Farmácia Comunitária. A terapêutica com sensibilidade à rifaximina ou a qualquer outro
linezolida deve ser sempre iniciada em meio hos‑ antimicrobiano do grupo da rifamicina. A rifaximi‑
pitalar e a sua duração máxima recomendada na poderá determinar uma coloração vermelho
é de 28 dias. ‑alaranjada da urina.
Interac.: Não conhecidas.
n METRONIDAZOL Posol.: Via oral: 200 mg 3 vezes/dia ou 400 mg 2
Ind.: Infecções devidas a anaeróbios, nomeadamen‑ vezes/dia durante 3 dias (duração máxima do tra‑
te infecções abdominais e ginecológicas. Trata‑ tamento).
mento da colite pseudomembranosa. Tratamento
da úlcera péptica (erradicação do Helicobacter Orais sólidas ‑ 200 mg
pylori) em associação com outros antimicrobia‑ XIFAXAN (MSRM); BioSaúde
nos e inibidores da secreção ácida gástrica (V. Sub‑ Comp. revest. ‑ Blister ‑ 12 unid; e 8,01
grupo 6.2.2.). Infecções devidas a protozoários (V. (e 0,6675); 37%
Subgrupo 1.4.3.).
O metronidazol é também utilizado em dermato‑ n TEICOPLANINA
logia (V. Subgrupo 13.4.1.). Ind.: Infecções graves devidas a cocos gram +, no‑
R. Adv.: Náuseas, vómitos e epigastralgias. Alterações meadamente estafilococos resistentes à meticilina.
do paladar. Erupções cutâneas e urticária. Urina R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Erupções cutâ‑
escura. As cefaleias, vertigens e ataxia ocorrem neas e reacções anafiláticas. Broncospasmo. Eosi‑
raramente. Neuropatia periférica e convulsões nofilia, leucopenia e trombocitopenia. Disfunção
epileptiformes quando utilizado em doses altas hepática. Nefro e ototoxicidade.
ou em terapêuticas prolongadas. Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. IR e
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. IH. doença hepática. Reduzir a posologia no doente
Monitorização da função hepática (terapêuticas com IR. Monitorizar a função auditiva.
superiores a 10 dias). Interac.: A co‑administração de fármacos nefro e/ou
Interac.: O metronidazol inibe o metabolismo dos ototóxicos poderá aumentar o risco de nefrotoxi‑
anticoagulantes orais e da fenitoína, aumentando cidade e ou ototoxicidade.
as suas concentrações plasmáticas com potencial Posol.: [Adultos] ‑ Via IV: Dose inicial < 400 mg se‑
desenvolvimento de toxicidade. O fenobarbital re‑ guida de 200 mg/dia; 400 mg de 12 em 12 horas
duz as concentrações do metronidazol, podendo durante 3 dias, seguidos de 400 mg/dia nas infec‑
comprometer a sua eficácia terapêutica. A cime‑
tidina inibe o metabolismo do metronidazol. A ções graves.
co‑administração de etanol e metronidazol acar‑ [Crianças] ‑ Via IV: 10 mg/kg de 12 em 12 horas (3
reta o risco de aparecimento de reacções do tipo primeiras doses), seguidas de 6 mg/Kg/dia.
dissulfiram. Nota: Este medicamento não se encontra disponível
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 8 em 8 em Farmácia Comunitária.
horas; 250 mg, 4 vezes/dia, durante 14 dias (tera‑
pêutica quadrupla) na erradicação do H. pylori. n TINIDAZOL
Via IV: 500 mg de 8 em 8 horas (tratamento de in‑ Ind.: O tinidazol possui um espectro de actividade e
fecções por anaeróbios); 1 g antes da intervenção perfil de reacções adversas idênticos ao metroni‑
(na profilaxia de infecções por anaeróbios duran‑ dazol mas apresenta uma duração de acção mais
te cirurgia abdominal, ginecológica, da anca). longa.
[Crianças] ‑ Via oral e IV: 7,5 mg/kg de 8 em 8 R. Adv.: Náuseas, vómitos e epigastralgias. Alterações
horas. do paladar. Erupções cutâneas e urticária. Urina
escura. As cefaleias, vertigens e ataxia ocorrem ra‑
Orais sólidas ‑ 250 mg ramente. Neuropatia periférica e convulsões epi‑
FLAGYL (MSRM); Lab. Vitória leptiformes quando utilizado em doses altas ou
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,59 em terapêuticas prolongadas. Reacções alérgicas,
(e 0,1295); 37% que podem ser graves.
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 40 unid; e 4,52 (e 0,113); Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. IH.
37% Monitorização da função hepática (terapêuticas
superiores a 10 dias).
n RIFAXIMINA Interac.: A co‑administração de etanol e tinidazol
Ind.: Tratamento da diarreia aguda infecciosa causa‑ aumenta o risco de aparecimento de reacções do
da por estirpes não invasivas (a absorção da rifaxi‑ tipo dissulfiram.
mina é inferior a 1%). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Dose inicial 2 g/dia (dose
R. Adv.: Alterações da motilidade gastrintestinal e única), seguida de 1 g/dia ou 500 mg de 12 em
dispepsia. Náuseas, vómitos e diarreia. Anorexia. 12 horas.
Fadiga e mialgias. Enxaqueca. Alterações visuais.
Alterações do sono. Erupções cutâneas, prurido, Orais sólidas ‑ 500 mg
urticária. Fotossensibilidade. Neutropenia, lin‑ FASIGYN (MSRM); Lab. Pfizer
focitose, monocitose. Muito raramente, edema Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 3,35
angioneurótico. (e 0,8375); 37%
50 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
FLUCONAZOL TOLIFE (MSRM); toLife R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Erupções cutâ‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 1 unid; e 6,97 (e 6,97); 69% ‑ PR neas e prurido. Elevação das enzimas hepáticas.
e 7,9 Ginecomastia e impotência (possível).
Cáps. ‑ Blister ‑ 2 unid; e 9,52 (e 4,76); 69% ‑ PR Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. IH.
e 14,01 Neuropatia periférica. IR. Não é recomendada a
FLUCONAZOL WINTHROP 150 MG CáPSULAS sua administração a crianças e idosos.
(MSRM); Winthrop Interac.: Os antiácidos, antagonistas H2, inibidores
Cáps. ‑ Blister ‑ 2 unid; e 9,52 (e 4,76); 69% ‑ PR da bomba de protões e sucralfato bem como a di‑
e 14,01 danosina reduzem significativamente a absorção
FLUDOCEL (MSRM); CPH Pharma do itraconazol. O itraconazol potencia o efeito
Cáps. ‑ Blister ‑ 2 unid; e 13,16 (e 6,58); 69% ‑ PR anticoagulante da varfarina e de outros cumarí‑
e 14,01 nicos bem como os efeitos de muitos outros fár‑
macos que são metabolizados pelo CYP3A4, com
Orais sólidas ‑ 200 mg potencial desenvolvimento de toxicidade. São,
FLUCONAZOL AZOFLUNE 200 MG CáPSULAS neste contexto, clinicamente relevantes as inte‑
(MSRM); Tecnimede racções com: alprazolam, midazolam e triazolam;
Cáps. ‑ Blister ‑ 7 unid; e 40,29 (e 5,7557); 69% digoxina; sulfonilureias (com risco importante de
‑ PR e 59 ocorrência de hipoglicemia); estatinas, nomea‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 78,16 (e 5,5829); 69% damente a lovastatina e sinvastatina; felodipina;
‑ PR e 106,22 ciclosporina e tacrolímus. O itraconazol, também
FLUCONAZOL BASI (MSRM); Lab. Basi por inibição do seu metabolismo, aumenta sig‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 7 unid; e 40,29 (e 5,7557); 69%
‑ PR e 59 nificativamente as concentrações plasmáticas da
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 80,59 (e 5,7564); 69% terfenadina e do astemizol, com risco de prolon‑
‑ PR e 106,22 gar o intervalo QT e de causar arritmias graves. A
FLUCONAZOL FARMOZ 200 MG CáPSULAS (MSRM); co‑administração do itraconazol com os inibido‑
Farmoz res da protease, indinavir ou ritonavir, afecta as
Cáps. ‑ Blister ‑ 7 unid; e 40,29 (e 5,7557); 69% concentrações plasmáticas de ambos os fármacos.
‑ PR e 59 A carbamazepina, fenitoína e fenobarbital, e a
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 80,59 (e 5,7564); 69% rifampicina e isoniazida induzem o metabolis‑
‑ PR e 106,22 mo do itraconazol podendo comprometer a sua
FLUCONAZOL GENERIS 200 MG CáPSULAS (MSRM); eficácia terapêutica.
Generis Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 100 mg/dia; 200 mg de
Cáps. ‑ Blister ‑ 7 unid; e 40,29 (e 5,7557); 69% 12 em 12 horas, durante 1 dia no tratamento da
‑ PR e 59 candidíase vulvovaginal (a solução oral apresenta
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 80,59 (e 5,7564); 69% uma biodisponibilidade superior à das cápsulas).
‑ PR e 106,22
FLUCONAZOL RANBAXY 200 MG CáPSULAS Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 10 mg/ml
(MSRM); Ranbaxy SPORANOX (MSRM); Janssen
Cáps. ‑ Blister ‑ 7 unid; e 40,29 (e 5,7557); 69% Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 150 ml; e 66,21
‑ PR e 59 (e 0,4414); 69%
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 80,59 (e 5,7564); 69%
‑ PR e 106,22 Orais sólidas ‑ 100 mg
FLUCONAZOL REFORCE 200 MG CáPSULAS ITRACONAZOL ACTAVIS (MSRM); Actavis
(MSRM); Farmoz Cáps. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 4,82 (e 1,205); 69% ‑ PR
Cáps. ‑ Blister ‑ 7 unid; e 40,29 (e 5,7557); 69% e 6,26
‑ PR e 59 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,99 (e 0,9369); 69%
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 80,59 (e 5,7564); 69% ‑ PR e 20,62
‑ PR e 106,22 Cáps. ‑ Blister ‑ 32 unid; e 28,47 (e 0,8897); 69%
FLUCONAZOL SANDOZ 200 MG CáPSULAS (MSRM); ‑ PR e 37,9
Sandoz (Alemanha) ITRACONAZOL ALTER 100 MG CáPSULAS (MSRM);
Cáps. ‑ Blister ‑ 7 unid; e 40,29 (e 5,7557); 69% Alter
‑ PR e 59 Cáps. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 4,82 (e 1,205); 69% ‑ PR
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 80,59 (e 5,7564); 69% e 6,26
‑ PR e 106,22 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,99 (e 0,9369); 69%
FLUCONAZOL SUPREMASE 200 MG CáPSULAS ‑ PR e 20,62
(MSRM); Pentafarma Cáps. ‑ Blister ‑ 32 unid; e 28,47 (e 0,8897); 69%
Cáps. ‑ Blister ‑ 7 unid; e 40,29 (e 5,7557); 69% ‑ PR e 37,9
‑ PR e 59 ITRACONAZOL GENERIS 100 MG CáPSULAS
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 80,59 (e 5,7564); 69% (MSRM); Generis
‑ PR e 106,22 Cáps. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 4,82 (e 1,205); 69% ‑ PR
e 6,26
n ITRACONAZOL Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,99 (e 0,9369); 69%
Ind.: Candidíases da orofaringe e vulvovaginais. In‑ ‑ PR e 20,62
fecções devidas a Dermatophytes. Dermatomico‑ Cáps. ‑ Blister ‑ 32 unid; e 28,47 (e 0,8897); 69%
ses. Micoses sistémicas. ‑ PR e 37,9
1.2. Antifúngicos 55
fatais). Doentes medicados com indinavir (aumen‑ vir comprometendo a sua eficácia terapêutica. O
to do risco de hiperbilirrubinemia). Doentes com tenofovir reduz significativamente as concentra‑
alterações da condução cardíaca ou medicados ções plasmáticas do atazanavir, redução esta que
com fármacos susceptíveis de induzir prolon‑ é compensada pelo aumento determinado com a
gamento do intervalo PR. Doentes hemofílicos. associação do ritonavir. O efavirenz reduz as con‑
Monitorizar função hepática, lípidos e glicemia. centrações plasmáticas do atazanavir sendo neces‑
Doentes a tomar contraceptivos orais deverão ser sário um ajustamento da posologia dos diferentes
aconselhadas a utilizar métodos anticoncepcio‑ antiretrovíricos. A nevirapina, como indutor en‑
nais alternativos. zimático, muito provavelmente também reduzirá
Interac.: O perfil de interacções metabólicas do as concentrações séricas do atazanavir, não sendo
ritonavir administrado concomitantemente com recomendada a sua administração concomitante.
o atazanavir poderá predominar sobre o deste, Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 300 mg, 1 vez/dia em
pelo que é importante considerar as interacções associação com ritonavir ‑ 100 mg, 1 vez/dia (ad‑
daquele anti‑retrovírico. O atazanavir é também ministrar com alimentos). Nota: O ritonavir é
um inibidor do CYP3A4 apresentando igualmente associado nesta dose com o objectivo de alterar
múltiplas interacções com fármacos metaboliza‑ favoravelmente o perfil farmacocinético do ataza‑
dos por esta isoenzima do citocromo P450. Os navir. [Crianças] ‑ Não recomendada a sua utiliza‑
anti‑ácidos e medicamentos tamponados (incluin‑ ção em crianças e adolescentes.
do a didanosina) podem reduzir significativamen‑ Nota: Este medicamento não se encontra disponível
te a absorção do atazanavir (administrar 2 horas em Farmácia Comunitária.
antes ou 1 hora após). Os inibidores da bomba
de protões determinam uma redução significa‑ n FOSAMPRENAVIR
tiva (75%) da AUC do atazanavir não sendo, por
Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH‑1 em as‑
isso, recomendada a sua co‑administração. Os
sociação com doses baixas de ritonavir e outros
antagonistas dos receptores H2 originam, muito fármacos anti‑retrovirais. O fosamprenavir é um
provavelmente, o mesmo efeito não sendo igual‑ pró‑fármaco do amprenavir.
mente recomendada a sua administração conco‑ R. Adv.: V. Amprenavir.
mitante. O atazanavir determina um aumento das Contra‑Ind. e Prec.: V. Amprenavir. Não adminis‑
concentrações séricas (inibição do metabolismo) trar concomitantemente com outros medicamen‑
de vários anti‑arrítmicos ‑ amiodarona, lidocaína, tos contendo amprenavir.
quinidina, bepridilo, diltiazem e verapamil, com Interac.: V. Amprenavir.
potencial ocorrência de toxicidade. O atazanavir Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 700 mg, 2 vezes/dia a
inibe também o metabolismo das estatinas nome‑ administrar concomitantemente com ritonavir
adamente da sinvastatina, lovastatina e atorvasta‑ ‑ 100 mg, 2 vezes/dia e outros fármacos anti
tina, aumentando significativamente o risco de ‑retrovíricos. [Crianças] ‑ Não recomendada a
miopatia e rabdomiólise; a administração conco‑ sua utilização em crianças e adolescentes de idade
mitante de estatinas e atazanavir não é recomen‑ inferior a 17 anos.
dada. As concentrações séricas da claritromicina Nota: Este medicamento não se encontra disponível
são aumentadas pelo atazanavir mas as do seu em Farmácia Comunitária.
metabolito activo são reduzidas, não existindo in‑
formação específica quanto ao ajustamento da po‑
sologia. O atazanavir causa ainda um aumento das n INDINAVIR
concentrações plasmáticas do sildenafil com po‑ Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH, em associa‑
tencial aumento de ocorrência de reacções adver‑ ção com outros fármacos anti‑retrovirais.
sas. Determina também um aumento dos níveis R. Adv.: Náuseas, vómitos, epigastralgias, flatulên‑
séricos do irinotecano (maior risco de toxicidade) cia e diarreia. Disfunção hepática. IH. IR. Hiper‑
bem como da ciclosporina, tacrolimus e sirolimus glicemia. Cefaleias, tonturas e insónia. Erupções
que deverão ser monitorizados criteriosamente. cutâneas e reacções alérgicas graves. Alopécia. Pig‑
A co‑administração de atazanavir com ritonavir e mentação da pele. Lipodistrofia. Aumento da ten‑
rifabutina determina um aumento significativo da dência para hemorragias nos doentes hemofílicos.
Cmáx e da AUC da rifabutina sendo necessário um Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Do‑
ajustamento posológico. O atazanavir com ritona‑ ença hepática. Doença renal. História de alergias.
vir pode aumentar ou diminuir as concentrações Diabetes. Hemofilia. Manter hidratação adequada.
séricas da varfarina (monitorizar criteriosamente Interac.: Os antiácidos podem reduzir a absorção
o INR especialmente no início da terapêutica). Os do indinavir (administrar com 1 a 2 horas de in‑
azóis ‑ cetoconazol e itraconazol ‑ inibem o meta‑ tervalo).
bolismo do atazanavir + ritonavir podendo elevar O indinavir aumenta as concentrações plasmáticas
as suas concentrações sanguíneas. A rifampicina das benzodiazepinas ‑ alprazolam, midazolam e
reduz em cerca de 90% as concentrações plas‑ triazolam ‑ prolongando o seu efeito sedativo,
máticas dos inibidores da protease sendo muito bem como da terfenadina, astemizol e cisaprida
provável que se observe o mesmo efeito com o com potencial desenvolvimento de toxicidade car‑
atazanavir; a sua administração concomitante não díaca ‑ prolongamento do intervalo QT e arritmias
é recomendada (concentrações subterapêuticas graves.
dos antiretrovíricos). O hipericão ou erva de S. As concentrações plasmáticas do indinavir são
João determina uma redução importante nas reduzidas para níveis subterapêuticos pelos indu‑
concentrações séricas do atazanavir e do ritona‑ tores enzimáticos ‑ carbamazepina, fenitoína e
1.3. Antivíricos 59
fenobarbital, rifampicina e rifabutina (muito sig‑ Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. IH. IR.
nificativamente). Os inibidores enzimáticos ‑ azóis Hemofilia.
(com excepção do fluconazol), claritromicina, Interac.: O nelfinavir reduz as concentrações plas‑
cotrimoxazol, isoniazida e ritonavir ‑ aumentam máticas dos contraceptivos orais, devendo as
as concentrações plasmáticas do indinavir. doentes ser aconselhadas a usar métodos anticon‑
A co‑administração de indinavir e nelfinavir cepcionais alternativos.
causa uma elevação significativa das concentra‑ O nelfinavir aumenta as concentrações plasmá‑
ções plasmáticas dos 2 fármacos; a administração ticas da terfenadina e do astemizol e cisaprida,
concomitante de ritonavir origina um aumento com risco de toxicidade cardíaca ‑ prolongamento
das concentrações do indinavir. O indinavir de‑ do intervalo QT e arritmias graves. O nelfinavir
termina um aumento muito significativo nas con‑ pode também inibir o metabolismo da amioda‑
centrações do saquinavir. A didanosina reduz a rona, aumentando o risco de aparecimento de
absorção do indinavir (administrar os 2 fármacos arritmias cardíacas.
a intervalos de 2 horas). A nevirapina reduz as A rifampicina reduz muito significativamente as
concentrações plasmáticas do indinavir, compro‑ concentrações plasmáticas do nelfinavir. A co
metendo a sua eficácia terapêutica. ‑administração de rifabutina e nelfinavir determi‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 800 mg de 8 em 8 horas. na uma redução nas concentrações do nelfinavir
Administrar 1 hora antes ou 2 horas depois das e um aumento nas concentrações da rifabutina. A
refeições. administração concomitante de ritonavir e nel‑
[Crianças] ‑ Não recomendada a sua utilização finavir causa um aumento superior a 100% nas
em crianças. concentrações plasmáticas do nelfinavir e um au‑
Nota: Este medicamento não se encontra disponível mento pouco significativo das do ritonavir. A co
em Farmácia Comunitária. ‑administração de nelfinavir e saquinavir origina
uma elevação de quase 400% nas concentrações
n LOPINAVIR + RITONAVIR plasmáticas do saquinavir e um aumento pouco
importante nas concentrações do nelfinavir. A ad‑
Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH em associa‑ ministração simultânea do nelfinavir e indinavir
ção com outros fármacos anti‑retrovirais (o rito‑ determina uma elevação importante nas concen‑
navir é utilizado em doses baixas apenas com o trações plasmáticas dos 2 fármacos.
objectivo de inibir o metabolismo do lopinavir). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 750 mg de 8 em 8 horas,
R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Cefaleias. Fa‑ 3 vezes/dia.
diga. Lipodistrofia. Elevação da glicemia e lípidos [Crianças] ‑ Via oral: > 2 anos: 25 a 30 mg/kg,
sanguíneos. Pancreatite. Aumento da tendência 3 vezes/dia.
para hemorragias nos doentes hemofílicos. V. Ri‑ Nota: Este medicamento não se encontra disponível
tonavir. em Farmácia Comunitária.
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. IH
grave. Doentes medicados com fármacos metabo‑ n RITONAVIR
lizados pelo CYP3A4 (V. Interacções).
Interac.: V. Ritonavir. As concentrações plasmáticas Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH, em associa‑
do lopinavir são reduzidas com a co‑administração ção com outros fármacos anti‑retrovirais.
de rifampicina (a sua administração concomitante R. Adv.: Náuseas, vómitos, epigastralgias e diarreia.
deverá ser evitada) bem como do efavirenz e, Alterações do paladar. Astenia. Neuropatia perifé‑
possivelmente, da nevirapina; a carbamazepina, rica. Erupções cutâneas e urticária. Lipodistrofia.
fenobarbital, fenitoína e corticosteróides também Aumento da tendência para hemorragias nos do‑
reduzem, muito provavelmente, as concentrações entes hemofílicos.
plasmáticas do lopinavir. Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Doen‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 400 mg de lopinavir + ça hepática grave. Doentes medicados com fárma‑
100 mg de ritonavir (3 cápsulas), 2 vezes/dia, a ad‑ cos metabolizados pelo CYP3A4 (V. Interacções).
ministrar com alimentos. Interac.: O ritonavir causa um aumento das concen‑
[Crianças] ‑ Via oral: De 6 meses a 12 anos: 10 a trações plasmáticas, com potencial aparecimento
12 mg/kg de lopinavir + 2,5 a 3 mg/kg de ritona‑ de toxicidade, de vários analgésicos ‑ piroxicam,
vir, 2 vezes/dia, a administrar com alimentos (dose propoxifeno e opiáceos (excepto a metadona
máxima ‑ 400 mg/100 mg); > 12 anos: posologia cujas concentrações são reduzidas), de antiarrít‑
igual à do adulto. micos ‑ amiodarona, disopiramida, propafenona
Nota: Este medicamento não se encontra disponível e outros, de antidepressores, de antagonistas do
em Farmácia Comunitária. cálcio, de neurolépticos ‑ clozapina, da ergotami‑
na e seus derivados e de várias benzodiazepinas
‑ alprazolam, clorazepato dipotássico, diazepam,
n NELFINAVIR flurazepam, midazolam, triazolam e outras. O
Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH, em associa‑ ritonavir aumenta significativamente as concen‑
ção com outros fármacos anti‑retrovirais. trações plasmáticas da terfenadina, astemizol e
R. Adv.: Náuseas, vómitos, flatulência e diarreia. cisaprida, com potencial desenvolvimento de toxi‑
Erupções cutâneas. Leucopenia. Elevação das cidade cardíaca ‑ prolongamento do intervalo QT
enzimas hepáticas, ureia e creatinina. Hiperglice‑ e arritmias graves. A co‑administração de claritro‑
mia. Hiperlipidemia. Ginecomastia. Lipodistrofia. micina, e possivelmente de outros macrólidos, e
Aumento da tendência para hemorragias nos do‑ ritonavir causa um aumento importante nas con‑
entes hemofílicos. centrações plasmáticas da claritromicina (± 75%)
60 Grupo 1 | 1.3. Antivíricos
e uma ligeira elevação dos níveis sanguíneos do tica. Os inibidores enzimáticos como os azóis,
ritonavir. As concentrações plasmáticas das esta‑ eritromicina, claritromicina podem aumentar
tinas, dexametasona (e provavelmente de outros as concentrações plasmáticas do saquinavir. A
corticosteróides), ciclosporina e tacrolímus e, co‑administração de indinavir e saquinavir está
possivelmente da varfarina são também aumenta‑ na origem de um aumento importante das con‑
das pelo ritonavir. O fluconazol (e provavelmente centrações do saquinavir. A administração con‑
outros azóis) e a fluoxetina estão na origem de um comitante do nelfinavir determina uma elevação
aumento, que poderá ser importante, das concen‑ de quase 400% nas concentrações plasmáticas do
trações plasmáticas do ritonavir. A erva de S. João saquinavir e um aumento pouco importante nas
ou hipericão (Hipericum perforatum) causa uma concentrações do nelfinavir. A administração si‑
redução importante das concentrações plasmáti‑ multânea do saquinavir e ritonavir está na origem
cas do ritonavir podendo comprometer a sua efi‑ de uma elevação significativa nos níveis séricos do
cácia terapêutica. A administração concomitante saquinavir.
de metronidazol e dissulfiram aumenta o risco Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 600 mg, 3 vezes/dia.
de ocorrência de reacções do tipo dissulfiram. [Crianças] ‑ Não recomendada a sua utilização
O ritonavir reduz as concentrações séricas, com em crianças e adolescentes de idade inferior a 16
compromisso da sua eficácia clínica, da teofilina, anos.
do sulfametoxazol e dos contraceptivos orais (as Nota: Este medicamento não se encontra disponível
doentes deverão ser aconselhadas a usar métodos em Farmácia Comunitária.
anticoncepcionais alternativos) e aumenta signifi‑
cativamente as concentrações séricas do sildenafil. n TIPRANAVIR
A co‑administração de ritonavir e rifabutina deter‑ Ind.: Tratamento da infecção pelo VIH‑1, co
mina um aumento muito significativo das concen‑ ‑administrado com ritonavir em dose baixa e em
trações plasmáticas da rifabutina. A rifampicina associação com outros fármacos anti‑retrovirais,
reduz as concentrações do ritonavir. em doentes adultos que apresentem VIH resisten‑
O ritonavir inibe o metabolismo dos outros ini‑ te a vários inibidores da protease.
bidores da protease originando um aumento das R. Adv.: V. Ritonavir. Toxicidade hepática signifi‑
suas concentrações plasmáticas com aparecimen‑ cativa (incluindo insuficiência hepática fatal).
to de sinais de toxicidade. A administração simul‑ Hiperlipidemia. Hiperglicemia e exacerbação de
tânea de ritonavir e zidovudina determina uma diabetes. Enxaqueca. Alterações do sono. Anemia,
redução nas concentrações da zidovudina, com neutropenia e trombocitopenia pouco frequen‑
provável compromisso da sua eficácia terapêutica. tes. Tendência para um risco aumentado de he‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 600 mg de 12 em 12 morragia. Casos de hemorragia intracraniana fatal
horas. e não‑fatal estão descritos.
[Crianças] ‑ Via oral: 400 mg/m2 de 12 em 12 Contra‑Ind. e Prec.: V. Ritonavir. Gravidez e alei‑
horas (dose inicial: 250 mg/m2 de 12 em 12 ho‑ tamento. Insuficiência hepática moderada ou gra‑
ras, aumentando 50 mg/m2 de 12 em 12 horas ve. Doentes com alteração das enzimas hepáticas
cada 2 a 3 dias); dose máxima: 600 mg de 12 ou história de hepatite. Doentes co‑infectados
em 12 horas. com hepatite B ou C. Doentes com diabetes.
Nota: Este medicamento não se encontra disponí‑ Doentes com risco aumentado de hemorragia.
vel em Farmácia Comunitária. Doentes alérgicos às sulfonamidas (o tipranavir
contém uma estrutura sulfonamídica). Doentes
n SAQUINAVIR medicados com fármacos metabolizados pelo
Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH, em associa‑ CYP3A ou CYP2D6 (ver interacções e consultar
ção com outros fármacos anti‑retrovirais. literatura específica); pela magnitude da interac‑
R. Adv.: Náuseas, vómitos, epigastralgias e diarreia. ção e probabilidade de originar efeitos adversos
Elevação das enzimas hepáticas. Pancreatite. Ano‑ graves e/ou potencialmente fatais está formal‑
rexia. Anemia. Neutropenia. Erupções cutâneas. mente contra‑indicada a administração conco‑
Exantema. Astenia. Dores musculares. Tonturas, mitante de tipranavir/ritonavir com os fármacos
irritabilidade e depressão. Neuropatia periférica. seguintes: amiodarona, bepridilo, quinidina,
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Doen‑ propafenona, flecainida, astemizol, terfenadina,
ça hepática. Doença renal. ergotamina e seus derivados, cisapride, pimozida,
Interac.: O saquinavir aumenta as concentrações sertindol, triazolam, lovastatina e sinvastatina. A
plasmáticas dos antagonistas do cálcio, clindami‑ co‑administração de tipranavir/ritonavir com ri‑
cina, dapsona e triazolam; aumenta ainda as con‑ fampicina está também contra‑indicada.
centrações da terfenadina, astemizol e cisaprida, Interac.: V. Ritonavir. O tipranavir é indutor e ini‑
com potencial desenvolvimento de toxicidade bidor do CYP3A, inibidor de muitas outras iso‑
cardíaca ‑ prolongamento do intervalo QT e arrit‑ formas do CYP450 e ainda indutor e inibidor da
mias graves. P‑glicoproteína. A sua co‑administração com o
Os indutores enzimáticos como a carbama‑ ritonavir em baixa dose determina um perfil de
zepina, fenitoína, fenobarbital, rifampicina interacções medicamentosas muito complexo
e rifabutina reduzem, por vezes muito signifi‑ recomendando‑se a consulta de literatura médica
cativamente, as concentrações do saquinavir, específica. Das suas interacções, salientam‑se: O
podendo comprometer a sua eficácia terapêu‑ tipranavir/ritonavir determina um aumento muito
1.3. Antivíricos 61
significativo das concentrações plasmáticas com 1.3.1.2. Análogos dos não nucleosídeos
potencial desenvolvimento de toxicidade de vá‑ inibidores da transcriptase inversa (reversa)
rios fármacos ‑ amiodarona, bepridilo, quinidina,
propafenona, flecainida, astemizol, terfenadina, n EFAVIRENZ
ergotamina e seus derivados, cisapride, pimozida,
Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH em associa‑
sertindol, triazolam, lovastatina e sinvastatina ‑ es‑ ção com outros fármacos anti‑retrovirais.
tando contra‑indicada a sua co‑administração. O R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Cefaleias e ton‑
tipranavir/ritonavir determina ainda um aumento turas. Alterações do sono. Fadiga. Erupções cutâ‑
das concentrações plasmáticas de: itraconazol, neas. Elevação das enzimas hepáticas. Pancreatite.
cetoconazol, atorvastatina (8‑10 vezes), inibidores Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. IH gra‑
PDE5 (sildenafil,tadalafil,vardenafil), desipramina, ve. História de doença psiquiátrica ou de alergias.
fluticasona, budenosido (provavelmente) e ainda Doentes medicados com terfenadina, astemizol,
dos antimicrobianos claritromicina e rifabutina. cisaprida, midazolam ou triazolam. Monitorizar
A co‑administração do tipranavir/ritonavir com a função hepática.
claritromicina determina também um aumento da Interac.: A rifampicina reduz as concentrações plas‑
Cmín do tipranavir (superior a 100%); a rifabutina máticas do efavirenz. A fenitoína e o fenobarbi‑
também origina um aumenta da Cmín do tipra‑ tal podem reduzir as concentrações sanguíneas
navir, embora muito inferior (16%). O fluconazol do efavirenz; as suas concentrações plasmáticas
determina igualmente um aumento da Cmín e da poderão ser também reduzidas pelo efavirenz.
AUC (superir a 50%) do tipranavir. A administra‑ O efavirenz reduz as concentrações da claritro‑
ção concomitante de tipranavir/ritonavir com eti‑ micina mas aumenta as do seu metabolito, que
é farmacologicamente activo. O efavirenz reduz
nilestradiol está na origem de uma redução das ainda as concentrações plasmáticas do indinavir
concentrações séricas deste estrogénio, sendo e, significativamente, as do saquinavir. O efavirenz
recomendada a utilização de métodos contracep‑ aumenta as concentrações séricas do nelfinavir e,
tivos alternativos bem como a monitorização das quando associado ao ritonavir, observa‑se um au‑
mulheres que fazem THS com estrogénios. A ad‑ mento da incidência de efeitos adversos.
ministração concomitante de tipranavir/ritonavir Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 600 mg em dose única
com metadona determina uma redução das con‑ diária.
centrações plasmáticas deste opiácio, tal como das [Crianças] ‑ Via oral: Dos 3 aos 17 anos: 13 a 15
da teofilina, podendo comprometer a sua eficácia kg ‑ 200 mg em dose única diária; 15 a 20 kg ‑
terapêutica. A rifampicina e o hipericão (erva de 250 mg em dose única diária; 20 a 25 kg ‑ 300 mg
S. João) reduzem acentuadamente as concentra‑ em dose única diária; 25 a 32,5 kg ‑ 350 mg em
ções séricas do tipranavir; a sua co‑administração dose única diária; 32,5 a 40 kg ‑ 400 mg em dose
está contra‑indicada. Os anti‑ácidos de alumínio única diária; > 40 Kg ‑ 600 mg em dose única
e magnésio reduzem a absorção do tipranavir diária.
devendo ser administrados com um intervalo de, Nota: Este medicamento não se encontra disponível
pelo menos, 2 horas. A utilização concomitante do em Farmácia Comunitária.
tipranavir/ritonavir com os inibidores da protease
‑ amprenavir, lopinavir, ou saquinavir ‑ determina n NEVIRAPINA
uma redução significativa (superior a 50%) das Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH, em associa‑
concentrações plasmáticas destes fármacos, pelo ção com outros fármacos anti‑retrovirais.
que não se recomenda a sua co‑administração. A R. Adv.: Náuseas. Febre. Cefaleias. Erupções cutâne‑
administração simultânea de tipranavir/ritonavir as. Exantema, que pode ser grave. Síndrome de
e atazanavir origina, para além da redução signi‑ Stevens‑Johnson e síndrome de Lyell. Disfunção
ficativa das concentrações séricas do atazanavir hepática e hepatite que podem ser fatais.
, um aumento muito importante das concentra‑ Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Do‑
ções do tipranavir/ritonavir não sendo igualmente ença hepática. Doença renal. Monitorizar função
recomendada a sua co‑administração tal como a hepática.
administração concomitante de tipranavir/rito‑ Interac.: A nevirapina reduz, com compromisso da
sua eficácia clínica, as concentrações plasmáti‑
navir com abacavir ou zidovudina (redução da cas da fenitoína, glicocorticóides, cetoconazol e
AUC destes inibidores da transcriptase reversa). contraceptivos orais (as doentes devem ser acon‑
A co‑administração de tipranavir/ritonavir com di‑ selhadas a usar métodos anticoncepcionais alter‑
danosina também determina uma diminuição da nativos). As concentrações plasmáticas do clo‑
AUC deste inibidor da transcriptase reversa. A ad‑ ranfenicol, cimetidina, doxiciclina, eritromicina,
ministração concomitante de tipranavir/ritonavir pentamidina, vincristina e varfarina são também
(formulação contém etanol) com dissulfiram ou reduzidas pela nevirapina.
fármacos susceptíveis de induzirem reacções “tipo As concentrações plasmáticas da nevirapina são
dissulfiram” podem originar esta reacção. significativamente reduzidas pela rifampicina e
Posol.: Via oral: 500 mg, co‑administrado com rifabutina. Os macrólidos e a cimetidina podem
200 mg de ritonavir, de 12 em 12 horas (adminis‑ elevar as concentrações da nevirapina. A adminis‑
trar com alimentos). tração concomitante de trimetoprim e de antibió‑
Nota: Este medicamento não se encontra disponível ticos associados ao ácido clavulânico aumenta o
em Farmácia Comunitária. risco de erupções cutâneas. A co‑administração de
62 Grupo 1 | 1.3. Antivíricos
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Re‑ Posol.: Via oral: Doentes não tratados previamente
duzir posologia em doentes com IR moderada com nucleosídeos: 0,5 mg, 1 vez/dia (administrar
e grave. Monitorizar função renal. Doentes com com ou sem alimentos); Doentes refractários à
doença hepática, nomeadamente doentes com he‑ lamivudina: 1 mg, 1 vez/dia (administrar com o
patite C medicados com interferão alfa e ribavirina estômago vazio).
(maior risco de reacções adversas hepáticas graves Nota: Este medicamento não se encontra disponível
e potencialmente fatais). Doentes medicados com em Farmácia Comunitária.
análogos dos nucleosídeos. Monitorizar função
hepática, clínica e laboratorialmente, mesmo após n ESTAVUDINA
interrupção da terapêutica. Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH em associa‑
Interac.: A co‑administração de emtricitabina e de ção com outros fármacos anti‑retrovirais.
fármacos eliminados por via renal através de se‑ R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia ou obstipação.
creção tubular activa pode causar um aumento Dores abdominais. Pancreatite. Disfunção hepá‑
das concentrações séricas da emtricitabina ou do tica. Neuropatia periférica. Erupções cutâneas.
fármaco administrado concomitantemente. Astenia. Cefaleias. Sintomas de tipo gripal ‑ febre,
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 mg, 1 vez/dia. tremores, sudação, dificuldade respiratória. Mial‑
[Crianças] ‑ Via oral: > 33 Kg ‑ 200 mg, 1 vez/dia. gias e artralgias. Insónia. Irritabilidade. Alterações
Nota: A biodisponibilidade da emtricitabina na for‑ dos parâmetros hematológicos.
ma farmacêutica de solução oral é inferior à da Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Histó‑
forma farmacêutica de cápsula correspondendo ria de pancreatite. Neuropatia periférica. Reduzir
240 mg de emtricitabina, solução oral a 200 mg a posologia na IR.
de entricitabina, cápsulas. Interac.: A administração concomitante de fármacos
Nota: Este medicamento não se encontra disponível susceptíveis de induzir neuropatia periférica au‑
em Farmácia Comunitária. menta o risco de neuropatia.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: < 60 kg ‑ 30 mg de 12
n EMTRICITABINA + TENOFOVIR em 12 horas; > 60 kg ‑ 40 mg de 12 em 12 horas.
Ind.: Tratamento de infecções pelo VIH‑1 em asso‑ Administrar 1 hora antes das refeições.
ciação com outros fármacos anti‑retrovirais. [Crianças] ‑ Via oral: < 30 Kg ‑ 1 mg/kg de 12 em
R. Adv.: V. Emtricitabina e tenofovir. 12 horas; > 30 kg ‑ posologia igual à do adulto.
Contra‑Ind. e Prec.: V. Emtricitabina e tenofovir. Nota: Este medicamento não se encontra disponível
Não administrar com outros medicamentos que em Farmácia Comunitária.
contenham emtricitabina, tenofovir ou lamivudi‑
na. n LAMIVUDINA
Interac.: V. Emtricitabina e tenofovir. Ind.: Tratamento da hepatite B crónica (em geral
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 mg de emtricitabina em associação com interferão) com evidência de
+ 245 mg de tenofovir disoproxil (1 comp.) , 1 replicação viral (doença hepática descompensada
vez/dia (administrar com alimentos). ou inflamação hepática activa e/ou fibrose hepá‑
[Crianças] ‑ Não recomendada a sua utilização tica histologicamente comprovada). Tratamento
(não há informação). de doentes com infecção pelo VIH, em associação
Nota: Este medicamento não se encontra disponível com outros fármacos anti‑retrovirais.
em Farmácia Comunitária. R. Adv.: Náuseas, vómitos, epigastralgias e diarreia.
Mal estar geral e fadiga. Cefaleias. Síndrome gri‑
n ENTECAVIR pal. Infecções respiratórias. Erupções cutâneas e
urticária. Pancitopenia. Neuropatia periférica e
Ind.: Tratamento da Hepatite B crónica em adultos hepatotoxicidade, que pode ser grave, têm tam‑
com evidência de replicação viral activa, evidência bém sido descritas, particularmente em doentes
histológica de inflamação activa e/ou fibrose e ní‑ com infecção pelo VIH.
veis persistentemente elevados de ALT. Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Moni‑
R. Adv.: Náuseas, vómitos, dispepsia, diarreia. Cefa‑ torizar a função hepática, pelo menos, de 3 em
leias, tonturas. Sonolência ou insónia. Fadiga. Aci‑ 3 meses; mensalmente nos doentes submetidos a
dose láctica. Exacerbações da hepatite ‑ elevações transplante ou com doença hepática grave. Ajustar
acentuadas da ALT (23‑24 semanas após início do a posologia nos doentes com Cl cr < 50 ml/min.
tratamento em doentes não tratados previamente Interac.: O cotrimoxazol (trimetoprim) aumenta em
com nucleosídeos ou mesmo após interrupção da cerca de 40% as concentrações plasmáticas da la‑
terapêutica). mivudina. O ganciclovir e o foscarneto sódico não
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Doen‑ deverão ser co‑administrados sem que se consulte
tes com IR ‑ ajustar posologia. Doentes com cir‑ informação actualizada.
rose descompensada (maior incidência de efeitos Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 100 mg, 1 vez/dia até
adversos graves, nomeadamente acidose láctica ocorrer seroconversão, no tratamento da hepatite
usualmente associada a hepatomegalia grave com B crónica; 150 mg de 12 em 12 horas, no trata‑
esteatose). mento de doentes com infecção pelo VIH.
Interac.: Fármacos nefrotóxicos ou fármacos excre‑ [Crianças] ‑ Não recomendada a sua utilização
tados por secreção tubular activa são susceptíveis em crianças de idade inferior a 12 anos. A poso‑
de aumentar as concentrações séricas de qualquer logia para crianças de idade superior a 12 anos é
um dos fármacos com potencial ocorrência de igual à do adulto.
toxicidade. Nota: V. Outros antivíricos (1.3.2.).
64 Grupo 1 | 1.3. Antivíricos
n LAMIVUDINA n VALACICLOVIR
V. Análogos nucleosídicos dos inibidores da trans‑ Ind.: Tratamento de infecções pelo vírus Varicela
criptase inversa (reversa) (1.3.1.3.). ‑zoster. Tratamento de infecções por vírus Herpes
simplex, incluindo herpes genital primário e re‑
n OSELTAMIVIR cidivante. Supressão de infecções devidas a vírus
Ind.: Tratamento e profilaxia das infecções por vírus Herpes simplex, incluindo herpes genital recor‑
influenza A ou B em adultos e crianças de idade rente. Profilaxia da infecção por citomegalovírus
igual ou superior a 13 anos. Tratamento das in‑ após transplante de órgãos.
fecções por vírus influenza A ou B em crianças de R. Adv.: Náuseas, vómitos, epigastralgias e diarreia.
idade superior a 1 ano. V. Introdução (1.3.). Erupções cutâneas. Cefaleias, tonturas e vertigens.
R. Adv.: Náuseas e vómitos. Anemia hemolítica e trombocitopenia. Elevação,
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Redu‑ usualmente transitória, das enzimas hepáticas,
zir a posologia no doente com Cl cr < 30 ml/min. bilirrubina, ureia e creatinina. Descritos alguns
Interac.: Actualmente nenhuma interacção foi consi‑ casos de púrpura trombocitopénica trombótica
derada clínicamente significativa. e síndrome hemolítico urémico em doentes com
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 75 mg, 2 vezes/dia, du‑ sida em estado avançado.
rante 5 dias (tratamento); 75 mg, 1 vez/dia, duran‑ Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Redu‑
te 7 dias após exposição/contacto com o vírus ou zir a posologia em doentes com IR grave.
até 6 semanas quando de um surto de gripe na Interac.: A probenecida e a cimetidina reduzem a
comunidade (profilaxia). excreção renal do aciclovir (o valaciclovir é um
[Crianças] ‑ De 1 a 13 anos ‑ Via oral: 30 a 75 mg, pró‑fármaco do aciclovir), aumentando as suas
2 vezes/dia, em função do peso corporal, durante concentrações plasmáticas.
5 dias (tratamento). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1 g, 3 vezes/dia, duran‑
te 7 dias no tratamento das infecções por vírus
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 12 mg/ml Varicela‑zoster; 500 mg, 2 vezes/dia, durante 5
TAMIFLU (MSRM); Roche (Reino Unido) dias no tratamento de infecções por herpes geni‑
Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 25,17 tal recorrente; 2 g, 4 vezes/dia, durante 3 meses
(e 0,2517); 0% na profilaxia da infecção por citomegalovírus após
transplante de órgãos.
Orais sólidas ‑ 75 mg
T AMIFLU (MSRM); Roche (Reino Unido) Orais sólidas ‑ 250 mg
Cáps. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 25,17 (e 2,517); 0% VALTREX (MSRM); Lab. Wellcome
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
n RIBAVIRINA e 75,74 (e 1,2623); 0%
Ind.: Tratamento da hepatite C crónica em associa‑ Orais sólidas ‑ 500 mg
ção com o interferão alfa‑2b ou interferão alfa‑2a VALAVIR (MSRM); Alter
ou com o peginterferão alfa‑2b ou peginterferão Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 10 unid;
alfa‑2a em doentes que recidivaram após terapêu‑ e 24,27 (e 2,427); 69%
tica com interferão alfa ou como terapêutica ini‑ VALTREX (MSRM); Lab. Wellcome
cial nos doentes que apresentam factores de mau Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 10 unid;
prognóstico (carga viral elevada ou actividade in‑ e 24,27 (e 2,427); 69%
flamatória acentuada).
R. Adv.: Fadiga, cefaleias, mialgias e febre. Sintomas Orais sólidas ‑ 1000 mg
gripais. Náuseas, vómitos, dores abdominais e VALAVIR (MSRM); Alter
diarreia. Alterações do sono, irritabilidade, ansie‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 21 unid;
dade e depressão. Anemia. Alopécia. e 98,46 (e 4,6886); 69%
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Doen‑ VALTREX (MSRM); Lab. Wellcome
ça cardiovascular, nomeadamente IC, enfarte agu‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 21 unid;
do do miocárdio e arritmias. Hemoglobinopatias. e 98,46 (e 4,6886); 69%
Doença psiquiátrica grave. Doenças da tiróide.
Disfunção hepática grave. n ZANAMIVIR
Interac.: Os antiácidos de alumínio e magnésio
reduzem a biodisponibilidade da ribavirina. A ri‑ Ind.: Tratamento das infecções por vírus influenza A
bavirina pode antagonizar o efeito terapêutico da ou B em adultos ou adolescentes. V. Introdução
zidovudina e da estavudina. (1.3.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1.000 a 1.200 mg/dia a R. Adv.: Poderão ocorrer epistaxis e ulcerações da
administrar em 2 doses, durante 24 ou 48 sema‑ mucosa nasal.
nas. Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Doen‑
tes com asma ou DPOC (risco de broncospasmo).
Orais sólidas ‑ 200 mg Doentes com patologias graves subjacentes.
COPEGUS (MSRM restrita ‑ Alínea b) do Artigo 118o Interac.: Não descritas.
do D.L. 176/2006); Roche Posol.: [Adultos] ‑ Inalação: 10 mg (2 inalações de
Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 168 unid; 5 mg cada), 2 vezes/dia, durante 5 dias. Iniciar
e 752,79 (e 4,4809); 0% dentro de 48 horas após o início dos sintomas.
1.4. Antiparasitários 67
CDC, outras). Actualmente, o Plasmodium falci‑ possível reduzir a 3a e última toma para 200 mg
parum (malária maligna) é na sua grande maioria de artesunato (1 cp) e 250 mg de mefloquina (1
resistente à cloroquina. A mefloquina é considera‑ cp em vez de 2 cp).
da neste contexto como o antimalárico de eleição,
sendo utilizada quer em profilaxia, quer no trata‑ Orais sólidas ‑ (200 mg) + (250 mg)
mento da malária. Recentemente, foi comercializada FALCITRIM (MSRM); Mepha
entre nós a associação da mefloquina ao artesunato Comp. revest. ‑ Blister ‑ 9 unid; e 26,5 (e 2,9444);
(trata‑se de um pró‑fármaco; a dihidroartemisinina 0%
é o seu metabolito activo), associação esta aprovada
exclusivamente para o tratamento do paludismo. A n ATOVAQUONA + PROGUANILO
cloroquina e a hidroxicloroquina são referidas Ind.: Profilaxia e tratamento da malária por P. fal‑
como fármacos de primeira escolha no tratamento ciparum., particularmente em áreas onde o P.
da malária benigna habitualmente causada pelo Plas‑ falciparum apresente resistência aos outros anti‑
modium vivax e mais raramente pelo Plasmodium maláricos. V. Introdução (1.4.2.).
ovale (já foram isoladas algumas estirpes de P. vivax R. Adv.: V. Proguanilo. Cefaleias, tonturas. Insónia.
resistentes à cloroquina). A hidroxicloroquina é Elevação das enzimas hepáticas. Anafilaxia (muito
usada como alternativa à cloroquina; o seu perfil raramente).
de reacções adversas é semelhante (alguns estudos Contra‑Ind. e Prec.: V. Proguanilo. Doentes medi‑
referem menor toxicidade ocular). A halofantrina é cados com rifampicina ou rifabutina ( Ver interac‑
um dos fármacos recomendados para o tratamento ções).
da malária quando há resistência à cloroquina. A Interac.: V. Proguanilo. A metoclopramida e a tetra‑
sua utilidade terapêutica é, contudo, limitada pelo ciclina reduzem significativamente as concentra‑
facto de apresentar uma biodisponibilidade muito ções plasmáticas da atovaquona. A administração
variável e cardiotoxicidade significativa. Nunca deve concomitante de rifampicina ou de rifabutina
ser utilizada em profilaxia. A doxiciclina é também reduz muito significativamente as concentrações
útil para a profilaxia e terapêutica adjuvante da malá‑ plasmáticas da atovaquona, não sendo recomen‑
ria por P. falciparum. O proguanilo (cloroguanido), dada a sua co‑administração. A administração con‑
atovaquona, a pirimetamina ‑ sulfadoxina, a quinina comitante de atovaquona e de indinavir determi‑
e a quinidina são outros antimaláricos importantes na uma redução importante na Cmín do indinavir.
para profilaxia e tratamento da malária por P. falci‑ Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Profilaxia: 250 mg de
parum, sendo o uso destes últimos geralmente res‑ atovaquona + 100 mg de proguanilo/dia (ad‑
trito ao meio hospitalar. A atovaquona não apresenta ministrar com leite ou alimentos); iniciar 24‑48
resistência cruzada com os outros antimaláricos de horas antes da partida para a área endémica e
administração corrente e a sua administração conjun‑ prolongar a terapêutica por mais 7 dias após o
tamente com o proguanilo constitui uma associação regresso; duração máxima recomendada ‑ 28 dias.
sinérgica. Tratamento: 1000 mg atovaquona + 400 mg de
proguanilo em dose única, durante 3 dias conse‑
n ARTESUNATO + MEFLOQUINA cutivos (administrar com leite ou alimentos).
Ind.: Tratamento da malária não complicada, cau‑ [Crianças] ‑ Via oral: Tratamento: 250 mg de
sada por Plasmodium falciparum em regiões atovaquona + 100 mg de proguanilo/dia, 3 dias
endémicas com baixa transmissão da doença. consecutivos para crianças com peso corporal en‑
Tratamento da malária causada por estirpes multi tre 11‑20 Kg; 500 mg de atovaquona + 200 mg de
‑resistentes de Plasmodium falciparum e trata‑ proguanilo/dia, 3 dias consecutivos para crianças
mento de infecções mistas causadas por parasitas com peso corporal entre 21‑30 Kg; 750 mg de
do género Plasmodium. atovaquona + 300 mg de proguanilo/dia, 3 dias
R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia e dores abdomi‑ consecutivos para crianças com peso corporal en‑
nais. Anorexia e astenia. Cefaleias. Insónias. Verti‑ tre 31‑40 Kg; crianças com peso superior a 40 Kg
gens e alterações do equilíbrio. Erupções cutâne‑ ‑ posologia igual à do adulto; a administrar com
as e prurido. Bradicardia. Alterações psicológicas. leite ou alimentos.
Elevação das enzimas hepáticas. V. Mefloquina.
Contra‑Ind. e Prec.: V. Mefloquina. IH e IR consti‑ Orais sólidas ‑ 250 mg + 100 mg
tuem uma contra‑indicação. MALARONE (MSRM); GSK
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 12 unid;
Interac.: V. Mefloquina.
e 45,7 (e 3,8083); 0%
Posol.: Via oral: 200 mg de artesunato (1 cp) e
500 mg de mefloquina (2 cp de 250 mg cada) a ad‑
ministrar simultaneamente em dose única diária n CLOROQUINA
durante 3 dias consecutivos; administrar com bas‑ Ind.: Profilaxia e tratamento da malária. V. Introdu‑
tante água e preferencialmente com uma refeição. ção (1.4.2.). Lúpus eritematoso sistémico. Artrite
Nota: Se o doente vomitar nos 30 minutos após a reumatóide.
administração da dose única diária, deverá fa‑ R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia e dores abdo‑
zer uma nova toma completa, isto é, 200 mg de minais. Anorexia. Cefaleias. Alterações da visão
artesunato e 500 mg de mefloquina (3 cp). Nos cromática. Retinopatias. Erupções cutâneas e fo‑
doentes não‑imunes com peso corporal entre 36 tossensibilidade. Alterações do ECG. Agranuloci‑
e 50 Kg que apresentem efeitos adversos induzi‑ tose, trombocitopenia e anemia aplástica (muito
dos pela mefloquina após as 2 primeiras doses, é raramente).
70 Grupo 1 | 1.4. Antiparasitários
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez. IH e IR (ajustar po‑ R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia e dores abdo‑
sologia). História de epilepsia, psoríase, miastenia minais. Anorexia. Cefaleias. Alterações da visão
gravis. Deficiência em desidrogenase do fosfato cromática. Retinopatias. Erupções cutâneas e fo‑
de glicose‑6 (G‑6‑PD). Monitorização oftalmoló‑ tossensibilidade. Alterações do ECG. Agranuloci‑
gica regular. tose, trombocitopenia e anemia aplástica (muito
Interac.: Os antiácidos reduzem a absorção da clo‑ raramente).
roquina. A cimetidina inibe o metabolismo da Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez. IH e IR (ajustar po‑
cloroquina aumentando as suas concentrações sologia). História de epilepsia, psoríase, miastenia
plasmáticas com potencial desenvolvimento de gravis. Deficiência em desidrogenase do fosfato
toxicidade. A co‑administração de corticosteróides de glicose‑6 (G‑6‑PD). Monitorização oftalmológi‑
pode exacerbar miopatias pré‑existentes. A admi‑ ca regular.
nistração concomitante de outros antimaláricos Interac.: Os antiácidos reduzem a absorção da hi‑
‑ mefloquina, quinina, amodiaquina ou fansidar droxicloroquina. A cimetidina pode inibir o me‑
‑ pode antagonizar o efeito da cloroquina contra o tabolismo da hidroxicloroquina aumentando as
P. falciparum. A co‑administração de cloroquina e suas concentrações plasmáticas com potencial de‑
mefloquina aumenta o risco de desenvolvimento senvolvimento de toxicidade. A co‑administração
de convulsões. de corticosteróides pode exacerbar miopatias
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Profilaxia: 5 mg/kg , 1 pré‑existentes. A administração concomitante de
vez/semana (dose única), durante 4 a 6 semanas; outros antimaláricos ‑ mefloquina, quinina, amo‑
iniciar 1 a 2 semanas antes do início da desloca‑ diaquina ou fansidar ‑ pode antagonizar o efeito
da hidroxicloroquina contra o P. falciparum. A
ção (V. Recomendações específicas). Tratamento: co‑administração de hidroxicloroquina e meflo‑
Dose inicial: 10 mg/kg seguida de 5 mg/kg 6 a 8 quina aumenta o risco de desenvolvimento de
horas depois e 5 mg/Kg/dia nos 2 dias seguintes. convulsões.
[Crianças] ‑ Via oral: Profilaxia e tratamento: Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Profilaxia: 400 mg/sema‑
posologia igual à do adulto. na (dose única), durante 4 a 6 semanas; iniciar 1 a
2 semanas antes do início da deslocação (V. Reco‑
Orais sólidas ‑ 250 mg mendações específicas). Tratamento: Dose inicial:
RESOCHINA (MSRM); BayHealth 800 mg, seguida de 400 mg, 6 a 8 horas depois e
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,19 de 400 mg/dia, nos 2 dias seguintes.
(e 0,0595); 69% [Crianças] ‑ Via oral: Profilaxia: 5 mg/kg/semana
(dose única), durante 4 a 6 semanas; iniciar 1 a 2
n HALOFANTRINA semanas antes do início da deslocação. Não exce‑
Ind.: Tratamento da malária causada por Plasmo‑ der a dose do adulto (V. Recomendações especí‑
dium falciparum ou Plasmodium vivax resistente ficas). Tratamento: dose inicial: 10 mg/kg (dose
à cloroquina. V. Introdução (1.4.2.). máxima ‑ 620 mg de hidroxicloroquina base),
R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia e dores abdomi‑ seguida de 3 a 5 mg/kg (dose máxima ‑ 310 mg de
nais. Elevação das enzimas hepáticas. Erupções hidroxicloroquina base), 6 horas depois; 3a dose
cutâneas e prurido. Hemólise intravascular. Arrit‑ de 5 mg/kg, a administrar 18 horas depois da 2ª
mias ventriculares graves. dose; 4a dose de 5 mg/kg, a administrar 24 horas
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Doen‑ depois da 3a dose.
ça cardíaca. História familiar de síndrome do QT Nota: 400 mg de hidroxicloroquina (sulfato de hi‑
droxicloroquina) são equivalentes a 310 mg de
longo e outras situações clínicas associadas com hidroxicloroquina base.
prolongamento do intervalo QT (hipocaliemia, hi‑
pomagnesiemia e outras alterações electrolíticas). Orais sólidas ‑ 400 mg
Interac.: A co‑administração de fármacos suscep‑ PLAQUINOL (MSRM); BioSaúde
tíveis de prolongar o intervalo QT ‑ cloroquina, Comp. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 2,79 (e 0,279); 69%
mefloquina, antidepressores tricíclicos, antipsicó‑
ticos, antiarrítmicos, terfenadina e astemizol, ou n MEFLOQUINA
de induzir outro tipo de arritmias, aumenta gran‑
demente o risco de arritmias graves. Ind.: Profilaxia e tratamento da malária causada por
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1.500 mg, a administrar Plasmodium falciparum ou Plasmodium vivax
a intervalos de 6 horas (3 doses de 500 mg); repe‑ resistente à cloroquina.
tir após 1 semana de intervalo. R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia e dores abdomi‑
[Crianças] ‑ Via oral: 24 mg/kg, a administrar em nais. Vertigens e alterações do equilíbrio. Cefa‑
3 doses com intervalos de 6 horas. leias. Ansiedade, depressão, pesadelos, psicoses
e insónia. Alterações visuais. Erupções cutâneas
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 20 mg/ml e prurido. Disfunção hepática. Muito raramen‑
HALFAN (MSRM); SmithKline & French te ocorrem: bradicardia, mialgias, leucopenia e
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 5,88 trombocitopenia.
(e 0,196); 0% Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. His‑
tória de epilepsia (aumento de risco das convul‑
sões) ou de doença psiquiátrica. Doença hepática
n HIDROXICLOROQUINA grave. História de arritmias (aumento dos risco de
Ind.: Profilaxia e tratamento da malária. V. Introdu‑ alterações da condução nomeadamente bloqueio
ção (1.4.2.). A‑V e prolongamento do intervalo QT).
1.4. Antiparasitários 71
cerebrais. No entanto, deve notar‑se que nestas pode ser aumentada lentamente até optimização.
indicações apenas o baclofeno, a tizanidina e o já A dose máxima diária é 100 mg.
mencionado dantroleno têm eficácia estabelecida. O Para administração intratecal consultar RCM.
baclofeno é um agonista dos receptores GABA B e
actua por deprimir a transmissão nervosa a nível da Orais sólidas ‑ 10 mg
medula espinal e, provavelmente, também a nível de LIORESAL (MSRM); Novartis Farma
centros nervosos mais altos. Este fármaco pode ser Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,96 (e 0,148); 37%
administrado por via oral ou por via intratecal. A tiza‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 6,27 (e 0,1045); 37%
nidina é um agonista dos receptores alfa‑2 adrenér‑
gicos que exerce a sua acção sobretudo a nível da Orais sólidas ‑ 25 mg
espinal medula. A orfenadrina é um anticolinérgico LIORESAL (MSRM); Novartis Farma
com utilidade semelhante à de outros anticolinér‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,62 (e 0,2103);
gicos no tratamento da doença de Parkinson e sín‑ 37%
dromes parkinsónicos (ver Subgrupo 2.5.).
O carisoprodol, a ciclobenzaprina, a clorme‑ n CICLOBENZAPRINA
zanona e o tiocolquicosido são fármacos cuja uti‑ Ind.: Relaxante muscular em situações dolorosas
lidade clínica como relaxantes musculares nunca agudas, tais como a lombalgia.
foi inequivocamente estabelecida. Estes princípios R. Adv.: Semelhantes aos dos antidepressores tricícli‑
activos existem comercialmente quer isoladamente cos. Taquicardia, hipertensão, sonolência, fadiga,
quer em associação com outros. A sua utilização cefaleias, rash, urticária, visão turva, depressão
depende de uma correcta avaliação da relação da medula óssea (muito rara), leucopenia (muito
benefíco‑risco. rara), hipoglicemia, hiperglicemia.
A toxina botulínica é uma exotoxina produzida Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade. Utilização
pelos Clostridia. É esta a toxina responsável pelos de IMAOs nos 14 dias anteriores ao inicio da te‑
sinais e sintomas do botulismo. A administração rapêutica, arritmias, hipertiroidismo, IC descom‑
do serotipo A da toxina butolínica por injecção IM pensada.
em músculos patologicamente hipercontraídos é o Interac.: Potencia os efeitos do álcool; com os inbi‑
tratamento de eleição em várias formas de distonias dores da MAO pode acontecer hiperpirexia, con‑
focais. As indicações terapêuticas da toxina botulínica vulsões e morte.
têm vindo a expandir‑se progressivamente. Actual‑ Posol.: [Adultos] ‑ Habitualmente 10 mg, 3x/dia
mente, além do serotipo A, também o serotipo B (dose máxima: 60 mg/dia).
está licenciado com indicação para distonia cervical.
Importa, contudo, fazer notar que o uso clínico da Orais sólidas ‑ 10 mg
toxina botulínica obriga a um treino especializado. FLEXIBAN (MSRM); Meda Pharma
Por este motivo, a sua prescrição foi restrita a meio Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,37 (e 0,3185); 37%
hospitalar durante muitos anos. Desde 2002 uma das Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,97 (e 0,2662);
formulações da toxina botulínica A está disponível na 37%
Farmácia Comunitária. É fundamental compreender
que as unidades em que cada formulação expressam n PARACETAMOL + TIOCOLQUICOSIDO
a potência do seu produto, embora tenham a mesma
designação, não são equivalentes. A não observância Ind.: A utilização desta associação não é recomen‑
deste aspecto pode conduzir a iatrogenia importante. dada.
R. Adv.: As dos componentes.
Contra‑Ind. e Prec.: As dos componentes.
2.3.1. Acção central Interac.: As dos componentes.
Posol.: Não aplicável face às indicações.
n BACLOFENO
Ind.: Espasticidade associada à esclerose múltipla e a Orais sólidas ‑ 500 mg + 2 mg
outras lesões do SNC. ADALGUR N (MSRM); Angelini
R. Adv.: Excesso de depressão do SNC, nomeada‑ Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 5,79 (e 0,193); 0%
mente sonolência e tonturas; tremor, insónia e Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 10,42 (e 0,1737); 0%
convulsões; alterações gastrintestinais e cardio‑
vasculares. n TIOCOLQUICOSIDO
Contra‑Ind. e Prec.: Cuidado com IR, na epilepsia Ind.: Relaxante muscular; a sua utilidade clínica é
ou em circunstâncias que reduzem o limiar epi‑ duvidosa.
leptogénio; hipersensibilidade ao fármaco. O me‑ R. Adv.: Diarreia, gastralgias, reacções cutâneas alér‑
dicamento não deve ser interrompido bruscamen‑ gicas; reacções comportamentais paradoxais (ex‑
te porque pode desencadear‑se disautonomia. A citação ou obnubilação) para a forma injectável.
capacidade para conduzir automóveis ou outras Contra‑Ind. e Prec.: Miastenia gravis.
máquinas pode ser afectada. Interac.: Com outros depressores do SNC.
Interac.: Com outros depressores do SNC. O baclo‑ Posol.: Dose máxima diária 32 mg.
feno pode aumentar a glicemia e reduzir a eficácia
dos antidiabéticos orais. Pode causar hipotensão Orais sólidas ‑ 4 mg
por efeito sinérgico com anti‑hipertensores. COLTRAMYL (MSRM); Korangi
Posol.: Na administração oral a dose inicial é de Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,4 (e 0,32); 37% ‑ PR
15 mg/dia em 3 administrações de 5 mg; a dose e 4,17
76 Grupo 2 | 2.4. Antimiasténicos
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,64 (e 0,2607); R. Adv.: A maioria das reacções adversas são locais e
37% ‑ PR e 10,19 dependem da difusão passiva da toxina para mús‑
RELMUS (MSRM); Sanofi Aventis culos adjacentes ao injectado. Assim, pode ocor‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,42 (e 0,321); 37% rer ptose palpebral, assimetria da face, disfagia,
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,68 (e 0,2613); 37% visão turva. Efeitos sistémicos tais como síndrome
TIOCOLQUICOSIDO ARROWBLUE (MSRM); Arrow‑ gripal, diminuição da força muscular em grupos
blue musculares distantes do local da injecção ocorrem
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,84 (e 0,1307); 37% raramente.
‑ PR e 10,19 Contra‑Ind. e Prec.: Não há contra‑indicações ab‑
TIOCOLQUICOSIDO GENERIS (MSRM); Generis solutas excepto a hipersensibilidade aos compo‑
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,21 (e 0,1605); 37% nentes da formulação. A existência de doenças
‑ PR e 4,17 que diminuam a força muscular constitui contra
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,84 (e 0,1307); 37% ‑indicação relativa.
‑ PR e 10,19 Interac.: A utilização simultânea com antibióticos do
grupo dos aminoglicosídeos pode potenciar a di‑
Parentéricas ‑ 4 mg/2 ml minuição da força muscular induzida pela toxina.
COLTRAMYL (MSRM); Korangi Posol.: A administração é titulada de acordo com a
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 6 unid ‑ 2 ml; e 4,15 patologia, número de músculos a injectar, volume
(e 0,6917); 37% dos músculos e resposta anterior. As unidades de
RELMUS (MSRM); Sanofi Aventis potência de cada formulação são específicas dessa
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 6 unid ‑ 2 ml; e 4,79 formulação.
(e 0,7983); 37%
Parentéricas ‑ 100 U
n TIZANIDINA BOTOX (MSRM); Allergan (Irlanda)
Ind.: Espasticidade associada à esclerose múltipla e a Pó p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑
outras lesões do SNC. 10 ml; e 246,95 (e 24,695); 0%
R. Adv.: Sonolência e alterações gastrintestinais.
Contra‑Ind. e Prec.: Alterações hepáticas; IH grave. Parentéricas ‑ 500 U
Interac.: Com outros depressores do SNC. Potencia DYSPORT (MSRM); Ipsen
a acção dos anti‑hipertensores. Interacção com o Pó p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑
rofecoxib, que potencia as reacções adversas da 3 ml; e 289,48 (e 96,4933); 0%
tizanidina no SNC.
Posol.: Dose inicial diária: 2 mg, em dose única que 2.3.3. Acção muscular directa
pode ser aumentada 2 mg de 3 em 3 dias até opti‑
mização ou dose máxima total de 24 mg/dia em 3 O dantroleno é um relaxante muscular directo que
ou 4 tomas diárias.
não está disponível em Farmácia Comunitária, pelo
Orais sólidas ‑ 2 mg que aqui se não descreve. Para outros relaxantes
SIRDALUD (MSRM); Novartis Farma musculares, consultar Introdução 2.3..
Comp. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 1,89 (e 0,189); 37%
Comp. ‑ Blister ‑ 50 unid; e 6,12 (e 0,1224); 37%
‑ PR e 4,9 2.4. Antimiasténicos
TIZANIDINA TEVA (MSRM); Teva Pharma
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,95 (e 0,1475); 37% A transmissão neuromuscular depende essen‑
‑ PR e 2,95 cialmente da libertação de acetilcolina e da fun‑
Comp. ‑ Blister ‑ 50 unid; e 4,9 (e 0,098); 37% cionalidade dos respectivos receptores a nível pós
‑ PR e 4,9 ‑sinaptico. Esta transmissão pode ser afectada, quer
pela redução da disponibilidade da acetilcolina, quer
Orais sólidas ‑ 6 mg pela disfunção dos receptores. A miastenia gravis é
S IRDALUD MR (MSRM); Novartis Farma a doença que se caracteriza por uma diminuição da
Cáps. libert. modif. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 19,79 transmissão neuromuscular, independentemente do
(e 0,6597); 0% facto desta redução ser consequência da existência
de menos acetilcolina ou de receptores disfuncion‑
2.3.2. Acção periférica antes ou de ambas as circunstâncias. O aumento da
disponibilidade de acetilcolina é benéfico. Por isso,
n NITROGLICERINA os medicamentos que inibem as acetilcolinesterases
(distigmina, neostigmina, piridostigmina) e aumen‑
V. subgrupo 6.7.. tam o tempo de residência da acetilcolina na sinapse
são utilizados nesta patologia. Devido a este mecan‑
n TOXINA BOTULíNICA A ismo de acção, estes mesmos medicamentos também
Ind.: Distonias faciais: blefaroespasmo, distonia são úteis na reversão do bloqueio muscular induzido
cervical; hemiespamo facial; espasticidade do pelos relaxantes musculares não‑despolarizantes usa‑
membro superior (pulso e mão) associada a AVC; dos em anestesia.
espasticidade associada a deformação do pé equi‑ É importante notar que os inibidores da acetil‑
no dinâmico em doentes com paralisia cerebral. colinesterase, se usados em dose excessiva, podem
2.5. Antiparkinsónicos 77
determinar uma crise colinérgica que é difícil de dis‑ ma: 300 mg/dia, embora o máximo que a maioria
tinguir de um agravamento do quadro de miastenia. dos doentes tolera seja de 180 mg/dia).
As reacções adversas de tipo muscarínico determi‑ [Crianças] ‑ Via oral: No recém‑nascido: 1‑5 mg
nadas pelos inibidores da acetilcolinesterase incluem cada 4 horas, meia hora antes da mamada; até aos
excesso de sudação, salivação e secreção gástrica, 6 anos: iniciar com 7,5 mg; dos 6 aos 12 anos: ini‑
aumento das motilidade gastrintestinal e uterina e ciar com 15 mg (dose máxima diária: 15 a 90 mg).
bradicardia. Estes efeitos são antagonizáveis pela Para dose parentérica consultar a literatura apro-
atropina. priada.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível
n BROMETO DE DISTIGMINA em Farmácia Comunitária.
Ind.: Miastenia gravis; retenção urinária ou intestinal
não‑obstrutivas.
R. Adv.: Os efeitos muscarínicos (V. Introdução 2.4.). 2.5. Antiparkinsónicos
Contra‑Ind. e Prec.: Obstrução intestinal ou uri‑
nária mecânicas; cuidado na asma, bradicardia, O Parkinsonismo é a síndrome que pode ser
enfarte do miocárdio, epilepsia, hipotensão, par- determinada pela doença de Parkinson idiopática ou
kinsonismo, úlcera péptica, disfunção renal e por outros distúrbios cuja caracterização transcende
gravidez. o âmbito deste livro. É importante salientar que a
Interac.: O betanecol aumenta o efeito colinérgico. grande diferença entre a doença de Parkinson e out‑
Os aminoglicosídeos podem diminuir a eficácia ros parkinsonismos é a possibilidade de naquela os
da acção colinérgica. A quinina tem uma acção sintomas poderem ser razoavelmente controlados
relaxante muscular e pode diminuir a eficácia do com medicamentos e no caso dos outros parkin‑
agente colinérgico. sonismos os sintomas serem total ou parcialmente
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Inicialmente 5 mg, 30 resistentes à medicação. A resposta dos sintomas
minutos antes do pequeno‑almoço, aumentar de parkinsonismo à terapêutica dopaminomimética
cada 3 a 4 dias se necessário até à dose máxima constitui mesmo uma prova diagnóstica, isto é, se há
de 20 mg/dia. uma resposta positiva com a levodopa, o diagnóstico
[Crianças] ‑ Via oral: Até à dose de 10 mg/dia de de doença de Parkinson idiopática é mais provável.
acordo com a idade. O tratamento da doença de Parkinson é ainda
Nota: Este medicamento não se encontra disponível exclusivamente sintomático e os objectivos desse
em Farmácia Comunitá\ria. tratamento podem ser classificados da seguinte
forma:
n BROMETO DE PIRIDOSTIGMINA a) controlo dos sintomas característicos da sín‑
Ind.: Miastenia gravis. drome parkinsónica (tremor, rigidez, bradicinésia);
R. Adv.: Os efeitos muscarínicos (V. Introdução 2.4.). b) controlo das complicações que surgem no
Contra‑Ind. e Prec.: Obstrução intestinal ou uri‑ contexto do tratamento com levodopa (flutuações da
nária; cuidado na asma, bradicardia, enfarte do resposta motora, movimentos involuntários);
miocárdio, epilepsia, hipotensão, parkinsonismo, c) prevenção/retardamento do aparecimento das
úlcera péptica, disfunção renal e gravidez. complicações referidas em b).
Interac.: O betanecol aumenta o efeito colinérgico. De acordo com uma visão simplista da fisiopatolo‑
Os aminoglicosídeos podem diminuir a eficácia da gia da doença de Parkinson, os medicamentos utiliza‑
acção colinérgica. A quinina tem uma acção rela‑ dos no seu tratamento dividem‑se em anticolinérgi‑
xante muscular e pode diminuir a eficácia. cos e dopaminomiméticos, apesar de serem também
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 30 a 120 mg em interva‑ relevantes outros sistemas de neurotransmissão,
los adequados. Dose manutenção: 300 a 1.200 mg/ nomeadamente, o sistema glutamatérgico.
dia. Dose máxima recomendada: 720 mg/dia.
[Crianças] ‑ Via oral: < 6 anos: 30 mg; 6‑12 anos: 2.5.1. Anticolinérgicos
60 mg (doses máximas: 30 a 360 mg/dia).
Historicamente, estes foram os primeiros medi‑
Orais sólidas ‑ 60 mg camentos a mostrar alguma utilidade no controlo
MESTINON (MSRM); Meda Pharma dos sintomas de parkinsonismo. Actualmente, a sua
Comp. revest. ‑ Frasco ‑ 20 unid; e 3,4 (e 0,17); utilização é limitada mas pertinente nalguns casos
95% (por exemplo, quando há predomínio de tremor).
As limitações resultam, essencialmente, da sua má
n NEOSTIGMINA tolerabilidade, quer pela interferência a nível dos
Ind.: Miastenia gravis; reversão de bloqueio mus‑ processos mnésicos, quer pela capacidade de induzir
cular causado por relaxantes musculares não quadros confusionais, quer por outros sintomas e
‑despolarizantes (forma injectável). sinais, previsíveis pela interferência no sistema ner‑
R. Adv.: Os efeitos muscarínicos (V. Introdução 2.4.). voso autónomo.
Contra‑Ind. e Prec.: Obstrução intestinal ou uri‑ Os anticolinérgicos estão ainda indicados em caso
nária; cuidado na asma, bradicardia, enfarte do de reacções distónicas agudas, síndromes extrapi‑
miocárdio, epilepsia, hipotensão, parkinsonismo, ramidais iatrogénicos.
úlcera péptica, disfunção renal e gravidez. Ainda se verifica a prática desadequada de pre‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 15‑30 mg de brometo de screver profilaticamente um anticolinérgico quando se
neostigmina em intervalos adequados (dose máxi‑ prescreve um antipsicótico antagonista da dopamina
78 Grupo 2 | 2.5. Antiparkinsónicos
em doentes que já têm flutuações motoras de fim de dia e pode atingir os 1.000 mg/dia de levodopa.
dose ou naqueles que têm problemas de mobilidade Dose máxima de levodopa é aproximadamente
nocturna. No entanto, a titulação destas formulações 2.000 mg/dia.
não é fácil e deve ser reservada a médicos com exper‑
iência no tratamento da doença de Parkinson. Mais Orais sólidas ‑ 100 mg + 25 mg
recentemente, foi comercializada uma associação tri‑ MADOPAR HBS (MSRM); Roche
pla (levodopa, carbidopa e entacapona). Esta só tem Cáps. libert. prolong. ‑ Frasco ‑ 30 unid; e 5,02
indicação no tratamento de doentes com flutuações. (e 0,1673); 95%
Estas associações contendo levodopa estão também
indicadas no tratamento de outros parkinsonismos Orais sólidas ‑ 200 mg + 50 mg
enquanto se mantiver a resposta sintomática. MADOPAR (MSRM); Roche
Da lista de reacções adversas que se reportam com Comp. ‑ Frasco ‑ 20 unid; e 4,78 (e 0,239); 95%
a sua utilização incluem‑se as seguintes: movimentos Comp. ‑ Frasco ‑ 30 unid; e 6,16 (e 0,2053); 95%
involuntários coreiformes ou distónicos; alterações
psiquiátricas, ansiedade, sonhos perturbantes, eufo‑ n LEVODOPA + CARBIDOPA
ria, fadiga, depressão; hipotensão ortostática, arrit‑
mias cardíacas, flebites; blefarospasmo, visão turva, Ind.: Doença de Parkinson e outros parkinsonismos,
diplopia, midríase ou miose, crises oculogiras; xeros‑ enquanto mantém resposta sintomática. V. Pre‑
tomia, salivação excessiva, náuseas, vómitos, alter‑ cursores da dopamina (2.5.2.).
ação do gosto, perda de peso, diarreia, dores abdom‑ R. Adv.: V. Precursores da dopamina (2.5.2.).
inais; frequência, retenção urinária ou incontinência Contra‑Ind. e Prec.: V. Precursores da dopamina
urinária, priapismo; anemia hemolítica, trombocito‑ (2.5.2.).
penia, leucopenia, agranulocitose; hepatotoxicidade. Interac.: V. Precursores da dopamina (2.5.2.).
Os precursores da dopamina devem ser utilizados Posol.: A dose inicial deve ser titulada em incre‑
com precaução ou serem mesmo contra‑indicados mentos de 50 mg de levodopa a cada 2 dias. A
em doentes com glaucoma de ângulo fechado, dose terapêutica é geralmente superior a 300 mg/
melanoma maligno, falência renal ou hepática dia e pode atingir os 1.000 mg/dia de levodopa.
graves, úlcera péptica, patologia psiquiátrica, enfarte A dose máxima de levodopa é aproximadamente
miocárdico com arritmias associadas, asma brôn‑ 2.000 mg/dia.
quica ou enfisema.
No que diz respeito às interacções medicamento‑ Orais sólidas ‑ 100 mg + 25 mg
sas, a sua associação com outros fármacos antipar‑ LEDOPSAN (MSRM); Teva Pharma
kinsónicos produz, geralmente, efeitos sinérgicos Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,43 (e 0,0715); 95%
positivos. Por outro lado, a associação com antie‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,08 (e 0,068); 95%
pilépticos, benzodiazepinas ou antipsicóticos reduz SINEMET 25/100 (MSRM); MS&D
o efeito terapêutico da levodopa; a metildopa pode Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,73 (e 0,2365); 95%
antagonizar o efeito terapêutico da levodopa e a Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,77 (e 0,1462); 95%
associação com anti‑hipertensores pode produzir
um efeito hipotensor excessivo. A associação com Orais sólidas ‑ 200 mg + 50 mg
anestésicos pode causar arritmias, pelo que se reco‑ SINEMET CR (MSRM); MS&D
menda que a medicação seja suspensa 12 horas antes Comp. libert. prolong. ‑ Frasco ‑ 20 unid; e 6,1
da cirurgia. (e 0,305); 95%
A dose diária de levodopa mais comum para se Comp. libert. prolong. ‑ Frasco ‑ 60 unid; e 15,51
exercer o efeito terapêutico é próxima de 300 mg. (e 0,2585); 95%
Porém, recomenda‑se que seja atingida, gradual‑
mente, com incrementos em cada 2 dias, por exem‑ Orais sólidas ‑ 250 mg + 25 mg
plo; a dose máxima diária de levodopa é 2.000 mg. A LEDOPSAN (MSRM); Teva Pharma
proporção do inibidor da descarboxilase em relação Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,44 (e 0,1573); 95%
à levodopa é variável com as formulações. Nas ter‑ SINEMET 25/250 (MSRM); MS&D
apêuticas iniciais, deve‑se utilizar a formulação com Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,94 (e 0,1657); 95%
relação mais elevada (1:4). As formulações de liber‑
tação controlada são de utilização difícil, em doentes n LEVODOPA + CARBIDOPA +
já previamente medicados, e devem ser utilizadas ENTACAPONA
apenas por especialistas. Ind.: Doença de Parkinson e outros parkinsonismos,
enquanto mantém resposta sintomática, particu‑
n LEVODOPA + BENSERAZIDA larmente em doentes com “wearing‑off”. V. As da
Ind.: Doença de Parkinson e outros parkinsonismos, entacapona (2.5.2.).
enquanto mantém resposta sintomática. V. Pre‑ R. Adv.: Além das descritas para os Precursores da
cursores da dopamina (2.5.2.). dopamina (2.5.2.), há que considerar outras, não
R. Adv.: V. Precursores da dopamina (2.5.2.). comuns, causadas pela entacapona (obstipação,
Contra‑Ind. e Prec.: V. Precursores da dopamina alteração da cor da urina, anemia e elevação das
(2.5.2.). enzimas hepáticas).
Interac.: V. Precursores da dopamina (2.5.2.). Contra‑Ind. e Prec.: V. Precursores da dopami‑
Posol.: A dose inicial deve ser titulada em incre‑ na (2.5.2.). Considerar ainda as da entacapona
mentos de 50 mg de levodopa a cada 2 dias. A (gravidez e aleitamento; disfunção hepática; feo‑
dose terapêutica é geralmente superior a 300 mg/ cromocitoma, história de síndrome maligno dos
80 Grupo 2 | 2.5. Antiparkinsónicos
neurolépticos ou de rabdomiólise não traumática) dor torácica, síndrome gripal, obstipação, diarreia,
(2.5.2.). anorexia, xerostomia, discinésias, alucinações, dis‑
Interac.: V. Precursores da dopamina (2.5.2.). Con‑ tonia, confusão, sonolência, depressão, rinite, dis‑
siderar ainda as da entacapona (potenciação do pneia, rash, alterações da visão e edema periférico.
efeito da metildopa; possível interacção adversa Pensou‑se que o perfil de segurança pudesse estar
com antidepressores tricíclicos, maprotilina, relacionado com as duas subclasses de agonistas mas
IMAO e venlafaxina; o ferro reduz a absorção da os dados obtidos em ensaios clínicos não confirma‑
entacapona). V. As da entacapona (2.5.2.). ram essa hipótese. Nos últimos anos, dois tipos de
Posol.: Cada situação deve ser individualizada. A reacções adversas têm criado preocupação e alguma
dose deve ser estabilizada utilizando os compo‑ limitação na utilização dos agonistas da dopamina.
nentes individuais da associação. De uma forma Referimo‑nos aos ataques de sono e sonolência
geral, a associação de entacapona permite uma diurna, que estão associados a todos os agonistas da
redução de 20% na dose total de levodopa. Neste dopamina mas, mais frequentemente, ao ropinirol e
caso, a passagem de um regime para a associa‑ pramipexol, e às alterações das válvulas cardíacas do
ção será directo. Se o doente estiver medicado tipo carcinóide, até à data associadas principalmente
com Levodopa + Carbidopa e se pretender asso‑ ao uso da pergolida e da cabergolina; os estudos
ciar entacapona substituindo aquela associação, a disponíveis não permitem ainda quantificar o risco
dose total de Levodopa deve ser reduzida cerca com precisão nem o excluir para qualquer dos outros
de 20%. agonistas ergolínicos.
Actualmente, os dados epidemiológicos sugerem
Orais sólidas ‑ 50 mg + 12.5 mg + 200 mg que os agonistas não ergolínicos são desprovidos de
STALEVO (MSRM); Orion (Finlândia) efeito lesivo sobre as válvulas cardíacas.
Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 30 unid; Os agonistas da dopamina estão contra‑indicados
e 34,04 (e 1,1347); 95% ou devem ser usados com precaução em doentes
Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 100 unid; com hipotensão sintomática. É necessário monitori‑
e 94,5 (e 0,945); 95% zar o possível desenvolvimento de fibrose pulmonar,
pelo menos nos derivados ergolínicos. As interacções
Orais sólidas ‑ 100 mg + 25 mg + 200 mg típicas são com os antagonistas da dopamina (meto‑
STALEVO (MSRM); Orion (Finlândia) clopramida).
Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 100 unid;
e 95,66 (e 0,9566); 95%
n BROMOCRIPTINA
Orais sólidas ‑ 150 mg + 37.5 mg + 200 mg Ind.: Tratamento sintomático da doença de Parkin‑
STALEVO (MSRM); Orion (Finlândia) son, quer em monoterapia, quer como adjuvante
Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 100 unid; da levodopa.
e 103,32 (e 1,0332); 95% R. Adv.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.).
Contra‑Ind. e Prec.: V. Agonistas da dopamina
Agonistas da dopamina (2.5.2.).
Interac.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.).
Estes medicamentos actuam, como o nome Posol.: A dose inicial deve ser baixa (por ex: 1,25 mg/
indica, a nível dos receptores da dopamina. A sua dia) e posteriormente titulada. As doses máximas
eficácia no controlo dos sintomas da doença de são muito variáveis (podem atingir 120 mg mas na
Parkinson e na melhoria das flutuações motoras maioria dos casos são de 30 mg).
associadas à levodopa está bem demonstrada. Actual‑
mente, estão descritos cinco receptores diferentes Orais sólidas ‑ 2.5 mg
da dopamina: D1, D2, D3, D4, D5 e a afinidade dos PARLODEL (MSRM); Meda Pharma
diferentes agonistas para os vários receptores da Comp. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 3,44 (e 0,344); 95%
dopamina não é idêntica. Pensa‑se que estes difer‑ Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 7,44 (e 0,248); 95%
entes perfis de afinidades se possam traduzir por dif‑
erentes perfis de acção clínica, que ainda não foram Orais sólidas ‑ 5 mg
consubstanciados em ensaios clínicos. Os agonistas PARLODEL (MSRM); Meda Pharma
da dopamina podem ser classificados em ergolínicos Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 9,24 (e 0,462); 95%
e não ergolínicos (ropinirol, pramipexol). Os agoni‑ Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 18,84 (e 0,314); 95%
stas da dopamina estão indicados no tratamento sin‑
tomático da doença de Parkinson. Alguns estão indi‑ Orais sólidas ‑ 10 mg
cados em monoterapia, todos estão indicados como PARLODEL (MSRM); Meda Pharma
terapêutica adjuvante da levodopa. A bromocriptina Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 11,55 (e 0,5775); 95%
e a cabergolina estão indicadas no tratamento da
hiperprolactinemia e na supressão da lactação (V. n MESILATO DE DI‑HIDROERGOCRIPTINA
Grupo 8.3.).
Os agonistas da dopamina partilham um perfil Ind.: Em monoterapia nos estadios iniciais da doen‑
de segurança que pode ser considerado típico da ça de Parkinson.
classe mas diferem, entre si, na intensidade e na R. Adv.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.).
frequência com que determinadas reacções adversas Contra‑Ind. e Prec.: V. Agonistas da dopamina
se manifestam. As reacções adversas reportadas são: (2.5.2.).
dor abdominal, náuseas, vómitos, cefaleias, astenia, Interac.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.).
2.5. Antiparkinsónicos 81
Posol.: A dose inicial deve ser baixa 5 mg, 2x/dia e das pernas inquietas de gravidade moderada a
posteriormente titulada até 30 a 40 mg/dia. A dose severa.
máxima diária 120 mg/dia. R. Adv.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.).
Contra‑Ind. e Prec.: V. Agonistas da dopamina
Orais sólidas ‑ 20 mg (2.5.2.).
STRIATAL (MSRM); Tecnifar Interac.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.).
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 26,16 (e 1,308); 95% Posol.: A dose inicial deve ser baixa: 0,75 mg divi‑
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 66,71 (e 1,1118); didos por 3 tomas; a titulação deve ser feita em
95% incrementos de 0,75 mg/dia cada semana até à
dose de 3 mg; titulações subsequentes podem ser
n PERGOLIDA necessárias (dose máxima 24 mg/dia).
Ind.: Em monoterapia ou como terapêutica adjuvan‑
te da levodopa na doença de Parkinson. Está indi‑ Orais sólidas ‑ 0.25 mg
cado apenas se o doente não tolera ou não obtém ADARTREL (MSRM); Beecham
um benefício suficiente com outro agonista. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 12 unid;
R. Adv.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.). e 1,66 (e 0,1383); 95%
Contra‑Ind. e Prec.: V. Agonistas da dopamina ROPINIROL CICLUM (MSRM); Ciclum
(2.5.2.). Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 21 unid;
Interac.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.). e 1,41 (e 0,0671); 95% ‑ PR e 1,89
Posol.: A dose inicial deve ser baixa (por ex: 0,15 mg/ ROPINIROL GENEDEC (MSRM); Genedec
dia) e posteriormente titulada. A dose máxima di‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 21 unid;
ária estudada em ensaios clínicos e toxicológicos e 1,41 (e 0,0671); 95% ‑ PR e 1,89
é de 5 mg. ROPINIROL GENERIS (MSRM); Generis
Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 21 unid;
Orais sólidas ‑ 0.05 mg e 1,46 (e 0,0695); 95% ‑ PR e 1,89
PERGOLIDA GENERIS (MSRM); Generis ROPINIROL LABESFAL (MSRM); Labesfal
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1 (e 0,05); 95% ‑ PR Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 21 unid; e 1,8
e 1 (e 0,0857); 95% ‑ PR e 1,89
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 2,57 (e 0,0428); 95% ROPINIROL MYLAN (MSRM); Mylan
‑ PR e 2,57 Comp. revest. p/ película ‑ Recipiente multidose
‑ 21 unid; e 1,41 (e 0,0671); 95% ‑ PR e 1,89
Orais sólidas ‑ 0.25 mg
P ERGOLIDA GENERIS (MSRM); Generis Orais sólidas ‑ 0.5 mg
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 6,98 (e 0,1163); 95% ADARTREL (MSRM); Beecham
‑ PR e 9,97 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
e 7,47 (e 0,2668); 95% ‑ PR e 4,87
Orais sólidas ‑ 1 mg ROPINIROL CICLUM (MSRM); Ciclum
P ERGOLIDA GENERIS (MSRM); Generis Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 21 unid;
Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14,34 (e 0,478); 95% e 2,72 (e 0,1295); 95% ‑ PR e 3,65
‑ PR e 20,49 ROPINIROL GENEDEC (MSRM); Genedec
PERMAX (MSRM); Lilly Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 21 unid;
Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 20,49 (e 0,683); 95% e 2,72 (e 0,1295); 95% ‑ PR e 3,65
‑ PR e 20,49
ROPINIROL GENERIS (MSRM); Generis
Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 21 unid;
n PIRIBEDIL e 2,81 (e 0,1338); 95% ‑ PR e 3,65
Ind.: Terapêutica adjuvante da levodopa na doença Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 84 unid;
de Parkinson. e 11,22 (e 0,1336); 95% ‑ PR e 11,67
R. Adv.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.). ROPINIROL LABESFAL (MSRM); Labesfal
Contra‑Ind. e Prec.: V. Agonistas da dopamina Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 21 unid; e 3,5
(2.5.2.). (e 0,1667); 95% ‑ PR e 3,65
Interac.: V. Agonistas da dopamina (2.5.2.). ROPINIROL MYLAN (MSRM); Mylan
Posol.: Iniciar com 50 mg/dia e aumentar cada 3 a Comp. revest. p/ película ‑ Recipiente multidose
4 dias em incrementos de 50 mg até à dose de ‑ 21 unid; e 2,72 (e 0,1295); 95% ‑ PR e 3,65
manutenção de 150 a 250 mg/dia. Comp. revest. p/ película ‑ Recipiente multidose
‑ 84 unid; e 10,88 (e 0,1295); 95% ‑ PR e 11,67
Orais sólidas ‑ 50 mg
TRIVASTAL 50 RETARD (MSRM); Servier Orais sólidas ‑ 1 mg
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 5,05 ROPINIROL CICLUM (MSRM); Ciclum
(e 0,3367); 95% Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 21 unid;
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 9,18 e 4,56 (e 0,2171); 95% ‑ PR e 6,12
(e 0,306); 95% Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 84 unid;
e 18,25 (e 0,2173); 95% ‑ PR e 24,46
n ROPINIROL ROPINIROL CINFA (MSRM); Cinfa
Ind.: Em monoterapia ou como terapêutica adjuvan‑ Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 84 unid;
te da levodopa na doença de Parkinson. Síndrome e 18,25 (e 0,2173); 95% ‑ PR e 24,46
82 Grupo 2 | 2.5. Antiparkinsónicos
No entanto, sabe‑se que a génese das crises epilép‑ diurético do grupo dos inibidores da anidrase car‑
ticas está relacionada com a instabilidade eléctrica bónica. O piracetam tem efeito terapêutico em
das membranas celulares de um ou mais neurónios. doses elevadas (20 g/dia) no tratamento das mioc‑
Este excesso de excitabilidade propaga‑se localmente lonias de causa anóxica.
originando crises parciais, ou globalmente, origi‑ O tratamento da epilepsia deve obedecer a princí‑
nando crises generalizadas. A causa do aumento da pios gerais que se sintetizam a seguir:
condutividade da membrana tem sido atribuída a 1. Sempre que possível deve persistir‑se na monot‑
diferentes mecanismos moleculares, todos passíveis erapia.
de modificação farmacológica, nomeadamente: 2. O fármaco com a melhor relação risco‑benefício
alterações da condutância do potássio, defeito nos deve ser escolhido em função das características
canais de cálcio dependentes da voltagem ou uma das crises e do doente.
deficiência nas ATPases membranares necessárias ao 3. A dose do medicamento escolhido deve ser titu‑
transporte iónico. lada até ao controlo das crises ou até surgirem
Existem vários grupos de medicamentos eficazes sinais de intolerância. O doseamento dos níveis
no controlo de diferentes formas de epilepsia. A plasmáticos é um instrumento útil neste processo.
eficácia da terapêutica antiepiléptica depende em 4. Se não se conseguir o controlo da situação clínica
parte do tipo de crises. Alguns medicamentos estão com o fármaco escolhido deve ser considerado
indicados apenas num tipo de crise e não noutros, outro fármaco. Neste caso o novo fármaco deve
podendo mesmo agravá‑los. ser titulado enquanto que o fármaco utilizado
Os mecanismos de acção dos medicamentos antie‑ primariamente deve ser descontinuado de forma
pilépticos podem ser sistematizados em 3 categorias progressiva.
principais. Os medicamentos eficazes no controlo 5. As associações medicamentosas só deverão ser
das crises mais comuns, isto é, as parciais e as gener‑ consideradas quando a monoterapia insistente‑
alizadas tonico‑clónicas, actuam quer por promover mente tentada não resultar. As associação fixas de
o estado inactivado dos canais de sódio, quer por medicamentos, isto é, as formulações medicamen‑
potenciar a transmissão inibitória mediada pelo tosas com 2 ou mais princípios activos NUNCA
ácido gama‑aminobutírico (GABA). Os medicamen‑
tos úteis no controlo das crises menos frequentes, devem ser utilizadas no tratamento da epilepsia.
como é o caso das ausências, interferem com os Por lapso, houve fármacos classificados indevi‑
canais de cálcio dependentes da voltagem, de tipo T. damente em várias fontes, como antiepilépticos. É
O conjunto dos medicamentos antiepilépticos o caso do ácido gama‑aminobutírico (GABA) ou o
divide‑se nos seguintes grupos: fenitoínas, barbitúri‑ ácido gama‑hidroxiaminobutírico (GABOB) pelo
cos (fenobarbital, primidona), iminostilbenos que medicamentos que contenham estas substân‑
(carbamazepina, oxicarbamazepina), succinimidas cias NÃO devem ser utilizadas como antiepilépticos
(etosuximida), ácido valpróico / valproato de sódio, porque não têm eficácia comprovada. Aliás, nen‑
oxazolidinedionas (trimetadiona), benzodiazepinas huma destas substâncias tem utilidade terapêutica
(diazepam, clonazepam, clorazepato dipotássico inequivocamente demonstrada.
e lorazepam parentérico) e outros (gabapentina, Os diferentes medicamentos com acção antie‑
lamotrigina, vigabatrina, acetazolamida e felba‑ piléptica estão associados a reacções adversas, algu‑
mato). mas específicas de molécula, outras específicas de
A fenitoína é o fármaco protótipo do grupo das classe. É de salientar que, para qualquer antiepilép‑
fenitoínas e em Portugal o seu único representante. tico, a interrupção brusca da administração pode des‑
Noutros países existem a mefenitoína e a fosfeni‑ encadear crises ou mesmo estado de mal, pelo que
toína, que é um pró‑fármaco da fenitoína, de admin‑ não deve ser praticada.
istração parentérica.
De uma forma geral, o efeito ansiolítico das ben‑ n ÁCIDO VALPRóICO
zodiazepinas é útil no tratamento de doentes epilép‑ Ind.: Na epilepsia: Em monoterapia ou como tera‑
ticos. Porém, nem todas as benzodiazepinas são
antiepilépticos sendo abusivo reclamar acção antie‑ pêutica adjuvante no tratamento de crises parciais
piléptica para uma determinada benzodiazepina que complexas, ausências ou crises de tipo misto.
não demonstrou possuir especificamente esse efeito, Tem também acção sobre o humor nas psicoses
aplicando‑se o mesmo princípio aos barbitúricos. Por maníaco‑depressivas e pode ser útil na profilaxia
esta razão, as benzodiazepinas serão apresentadas no da enxaqueca.
grupo dos ansiolíticos‑hipnóticos. O diazepam, o R. Adv.: A reacção adversa potencialmente mais
clonazepam e o clorazepato dipotássico são as ben‑ grave é a hepatotoxicidade, particularmente nas
zodiazepinas que cumprem o requisito de terem uma crianças com menos de 2 anos, nos que tomam
acção antiepiléptica específica. mais do que um antiepiléptico, que têm alterações
Alguns dos medicamentos inicialmente desen‑ metabólicas congénitas, que apresentam epilep‑
volvidos como antiepilépticos demonstraram, pos‑ sias graves ou que têm lesões cerebrais orgânicas.
teriormente, serem eficazes no tratamento de outras A função hepática deve ser avaliada antes do início
patologias. Assim, a carbamazepina e o valproato da medicação e, posteriormente, a intervalos cur‑
têm indicação como estabilizadores do humor na tos, pelo menos nos primeiros seis meses. Outras
doença bipolar. Também a gabapentina e a car‑ reacções adversas estão descritas, de que se salien‑
bamazepina têm eficácia no tratamento da dor neu‑ tam as náuseas e vómitos pela sua frequência e a
ropática. trombocitopenia pela potencial gravidade.
Além dos medicamentos acima mencionados, a Contra‑Ind. e Prec.: Doença hepática ou disfunção
acetazolamida e o piracetam têm acção em tipos hepática significativa, hipersensibilidade ao ácido
específicos de epilepsias. A acetazolamida é um valpróico.
2.6. Antiepilépticos e anticonvulsivantes 85
R. Adv.: O felbamato pode determinar discrasias san‑ [Adultos] ‑ Dose inicial: 300 mg/dia em 1 ou 2
guíneas (em particular anemia aplástica) e hepato‑ administrações até dose máxima de 600 mg.
toxicidade grave, pelo que não deve ser utilizado [Crianças] ‑ Dose inicial: 5 mg/kg/dia em 2 admi‑
sem que haja uma avaliação risco‑benefício indi‑ nistrações até à dose máxima de 300 mg.
vidualizada. O felbamato está também associado
a reacções de hipersensibilidade grave. Outras Orais sólidas ‑ 100 mg
reacções adversas frequentes são as náuseas e vó‑ HIDANTINA (MSRM); Lab. Vitória
mitos, anorexia e tonturas. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,27
Contra‑Ind. e Prec.: Doentes com discrasia san‑ (e 0,0635); 95%
guínea, IH ou hipersensibilidade conhecida ao Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,21
felbamato. (e 0,0535); 95%
Interac.: O felbamato faz aumentar as concentrações
plasmáticas de carbamazepina, fenitoína e ácido n FENOBARBITAL
valpróico. O felbamato em associação com outros
antiepilépticos apresenta um risco acrescenta‑ Ind.: Todos os tipos de crises excepto ausências;
do de causar reacções adversas. estado de mal‑epiléptico; como ansiolítico e hip‑
Posol.: [Adultos] ‑ Dose inicial: 600 a 1.200 mg/ nótico (actualmente são indicações com pouca
dia (divididos em 2 a 3 tomas). Dose máxima: utilidade), medicação pré‑anestésica.
3600 mg/dia. R. Adv.: Grande número de manifestações, particu‑
[Crianças] ‑ 4 aos 14 anos ‑ Dose inicial: 7,5 a larmente relativas ao SNC. Salienta‑se o desenvol‑
15 mg/Kg/dia (divididos em 2 a 3 tomas). Dose vimento de tolerância e/ou dependência física ou
máxima: 45 mg/Kg/dia, não devendo exceder os psicológica. Alterações da capacidade de conduzir
3600 mg/dia. máquinas.
Contra‑Ind. e Prec.: Porfiria; disfunção hepática;
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 120 mg/ml doença respiratória com dispneia ou obstrução
TALOXA (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do evidente.
D.L. 176/2006); Schering‑Plough Interac.: Pode reduzir a absorção e os efeitos da
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 230 ml; e 95,82 varfarina; aumenta o metabolismo dos corticoste‑
(e 95,82); 0% róides, dos anticonceptivos orais, de outros anti‑
convulsivantes e da digitoxina. O álcool e outros
Orais sólidas ‑ 400 mg depressores do SNC potenciam os seus efeitos
TALOXA (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do depressores; os antidepressores podem agravar as
D.L. 176/2006); Schering‑Plough suas reacções adversas; a griseofulvina diminui a
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 54,09 (e 0,9015); 0% sua absorção.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Até 320 mg/dia, em 3
Orais sólidas ‑ 600 mg ou 4 administrações ou numa administração única
TALOXA (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do nocturna. Via parentérica (IM ou IV): 10‑20 mg/kg/
D.L. 176/2006); Schering‑Plough dose IV a uma velocidade de 25‑50 mg/min, dose
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 116,71 (e 1,9452);
de manutenção: 2‑4 mg/kg/dia.
0%
[Crianças] ‑ Via oral: 3 a 6 mg/kg/dia. Via parenté‑
rica (IM ou IV): 4 a 6 mg/kg/dia.
n FENITOíNA
Ind.: Na epilepsia: nas crises parciais e nas crises Orais sólidas ‑ 15 mg
tónico‑clónicas. Nevralgia do trigémeo. LUMINALETAS (MSRM‑P); Bayer
R. Adv.: Está descrito um elevado número de reac‑ Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 0,94 (e 0,0313); 95%
ções adversas relacionadas essencialmente com o
tubo digestivo, o sistema endócrino e o SNC. Deve Orais sólidas ‑ 100 mg
salientar‑se as seguintes reacções adversas: hirsu‑ BIALMINAL (MSRM‑P); Bial
tismo, hiperplasia gengival, disfunção hepática e Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 0,95 (e 0,0475); 95%
síndrome semelhante ao lúpus eritematoso. Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 2,41 (e 0,0402); 95%
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez (a teratogenicidade LUMINAL (MSRM‑P); Bayer
está demonstrada), disfunção hepática e porfiria. Comp. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 0,92 (e 0,092); 95%
Interac.: Pode aumentar a absorção e o metabolis‑
mo dos anticoagulantes, aumenta o metabolismo Orais sólidas ‑ 200 mg
dos corticosteróides, dos anticonceptivos orais BIALMINAL FORTE (MSRM‑P); Bial
e da nisoldipina. O álcool diminui os efeitos da Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 2,94 (e 0,049); 95%
fenitoína; os outros anticonvulsivantes podem
aumentar ou diminuir os seus níveis; a amioda‑ n GABAPENTINA
rona, o cloranfenicol, o omeprazol e a ticlopidina
aumentam os níveis de fenitoína; os tuberculostá‑ Ind.: Como terapêutica adjuvante no tratamento das
ticos reduzem os seus níveis. crises parciais com ou sem generalização em adul‑
Posol.: Deve salientar‑se que a fenitoína tem uma tos. Dor neuropática.
cinética não linear o que torna a titulação da dose R. Adv.: Sonolência; fadiga; tonturas; ataxia; nistag‑
delicada (pequenos incrementos podem determi‑ mo, rinite, diplopia, ambliopia e tremor.
nar grandes elevações dos níveis séricos). Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com IR.
88 Grupo 2 | 2.6. Antiepilépticos e anticonvulsivantes
Contra‑Ind. e Prec.: IR, idosos; evitar a interrupção Orais sólidas ‑ 100 mg
súbita da medicação, controlar os campos visuais. ZONEGRAN (MSRM); Eisai Limited
Interac.: Reduz as concentrações de fenitoína e por Cáps. ‑ Blister ‑ 56 unid; e 91 (e 1,625); 95%
vezes também as de fenobarbital e as de primido‑ Cáps. ‑ Blister ‑ 98 unid; e 159,25 (e 1,625); 95%
na.
Posol.: Em associação com outros antiepilépticos
iniciar com 1 g/dia em 1 ou 2 administrações e 2.7. Antieméticos e antivertiginosos
depois aumentar em incrementos de 500 mg; a
dose habitual situa‑se entre 2 e 4 g/dia, a dose má‑ Como já referimos, a classificação farmacotera-
xima é 6 g/dia.
[Crianças] ‑ Dose inicial: 40 mg/kg/dia que pode pêutica seguida não resolve todas as questões de
ser aumentada até 80 a 100 mg/kg/dia; na síndro‑ ordenação como, aliás, nenhum sistema classificativo
me de West, a dose inicial é de 60 a 100 mg/kg/dia o faz. Assim, este grupo de medicamentos pretende
podendo ser aumentada até 150 mg/kg/dia. incluir os antieméticos e os antivertiginosos porque
na clínica estes dois tipos de medicamentos são fre‑
Orais sólidas ‑ 500 mg quentemente utilizados simultaneamente, já que a
SABRIL (MSRM); Sanofi Aventis vertigem se acompanha de náuseas e vómitos, e tam‑
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 37,12 bém porque algumas acções farmacológicas, particu‑
(e 0,6187); 95% larmente o bloqueio dos receptores dopaminérgicos,
são necessárias quer para a acção antiemética quer
n ZONISAMIDA para a acção antivertiginosa. A metoclopramida é
melhor exemplo deste último grupo (V. Subgrupo
Ind.: Na epilepsia: como terapêutica coadjuvante em 6.3.1.). No entanto, a utilização dos antieméticos
adultos com crises epilépticas parciais, com ou transcende em muito o tratamento da vertigem. O
sem generalização secundária. aparecimento recente de medicamentos com novos
R. Adv.: Reacções adversas graves de base imunoló‑ mecanismos de acção (bloqueadores dos receptores
gica que são associadas a medicamentos contendo 5‑HT3 da serotonina) leva a que seja considerado
um grupo sulfonamida incluem erupção cutânea, mais apropriado discutir os antieméticos, nomeada‑
reacções alérgicas e graves perturbações hemato‑ mente os que são utilizados no enjoo de movimento
lógicas incluindo anemia aplástica, as quais, em e na emese gravídica, noutros grupos (V. subgrupos
casos muito raros, podem ser fatais. Sonolência, 6.3.1., 10.1. e 16.1.).
tonturas e ataxia. Agitação, irritabilidade, estados Os antieméticos potentes (ondansetrom e
de confusão, depressão e anorexia. Diplopia. tropissetrom), usados para controlar os vómitos
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade a qualquer associados à quimioterapia citostática, pertencem
um dos componentes. Ocorrem casos graves de à classe dos antagonistas dos receptores HT3 (da
erupção cutânea, incluindo casos de síndroma de 5‑hidroxitriptamina ou serotonina) e são usados,
Stevens‑Johnson. Pode ser necessária uma titula‑ geralmente, em ambiente hospitalar, devido às suas
ção mais lenta em IR ou IH. Caso seja necessá‑ indicações, reacções adversas e preço.
rio suspender o tratamento, tal deve ser feito de
Até à data não se conhecem medicamentos com
forma gradual. Não usar na gravidez nem aleita‑
mento. acção antivertiginosa específica. O controlo sin‑
Interac.: Dada a escassez de dados concretos, tomático da vertigem é conseguido com medicamen‑
recomenda‑se particular prudência no uso des‑ tos que bloqueiam os receptores da dopamina (antip‑
te medicamento conjuntamente com outros. É sicóticos) e/ou com antagonistas dos receptores H1
provável a existência de interacções clinicamente da histamina de 1a geração, isto é, aqueles que pene‑
significativas com digoxina, quinidina e sobretu‑ tram significativamente a barreira hemato‑encefálica.
do rifampicina. Com outros antiepilépticos po‑ Deve‑se ainda acrescentar que a utilização destes
dem existir interacções, pelo que na terapêutica tratamentos sintomáticos retarda o desenvolvimento
combinada se terá de titular cuidadosamente a dos mecanismos fisiológicos de compensação que
posologia. conduzem à resolução da vertigem. Por este motivo
Posol.: Deve ser adicionado à terapêutica pré os tratamentos com medicamentos devem ser de
‑existente, devendo a dose ser titulada de acordo curta duração. A suspensão da medicação deve ser
com o efeito clínico. A dose diária inicial reco‑ efectuado assim que a intensidade dos sintomas seja
mendada é de 50 mg fraccionada em duas tomas aceitável pelo doente, de forma a ser possível iniciar
diárias. Após uma semana, a dose diária pode ser um programa de reabilitação física (exercícios ves‑
aumentada para 100 mg e, a partir desse momen‑ tibulares) que é a terapêutica mais eficaz. Assim os
to, ser aumentada em intervalos semanais, com medicamentos utilizados no tratamento da vertigem
incrementos de até 100 mg. Doses de 300 mg a são descritos noutros grupos (V. Grupo 10. Anti
500 mg por dia demonstraram ser eficazes. ‑histamínicos, subgrupo 10.1.1.; subgrupo 2.9.2.,
Antipsicóticos) com excepção da beta‑histina, da
Orais sólidas ‑ 25 mg flunarizina (também mencionada no grupo 3) e
ZONEGRAN (MSRM); Eisai Limited da cinarizina. A flunarizina e a cinarizina são
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 6,45 (e 0,4607); 95% vasodilatadores que bloqueiam a entrada de cálcio
a nível celular (V. Outros vasodilatadores (3.5.2.)).
Orais sólidas ‑ 50 mg A flunarizina é sobretudo utilizada na profilaxia da
ZONEGRAN (MSRM); Eisai Limited enxaqueca e nos estados vertiginosos. A cinarizina
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 11,31 (e 0,8079); 95% está insuficientemente estudada em qualquer das
98 Grupo 2 | 2.7. Antieméticos e antivertiginosos
situações clínicas em que tem sido usada e por isso a ETA‑HISTINA GP 16 MG COMPRIMIDOS (MSRM);
B
sua utilização não é recomendada. gp
Importa ainda distinguir vertigem de tontura e/ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,45 (e 0,0742); 37%
ou instabilidade da marcha. A vertigem é uma aluci‑ ‑ PR e 6,16
nação de movimento. Pode ter várias causas que são BETA‑HISTINA MYLAN (MSRM); Mylan
pragmaticamente divididas nas que afectam o SNC e Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,99 (e 0,0995); 37%
nas periféricas, isto é, externas ao SNC. A abordagem ‑ PR e 2,74
terapêutica da vertigem implica a correcta avaliação BETA‑HISTINA SANDOZ 16 MG COMPRIMIDOS
diagnóstica e a equação de uma abordagem etiológ‑ (MSRM); Sandoz
ica. Os medicamentos mencionados como antiver‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,45 (e 0,0742); 37%
tiginosos pretendem minimizar os sintomas de ver‑ ‑ PR e 6,16
tigem mas não são um tratamento etiológico. Por BETASERC (MSRM); Solvay Farma
outro lado, a tontura e/ou instabilidade da marcha Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,97 (e 0,1985); 37%
são semiologicamente diferentes da vertigem e os ‑ PR e 2,74
doentes que delas sofrem não devem ser medicadas Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,9 (e 0,1483); 37%
como se de vertigens se tratasse. Este erro conduz à ‑ PR e 6,16
manutenção de tratamentos com medicamentos com
acção antidopaminérgica e sedativos, o que aumenta Orais sólidas ‑ 24 mg
significativamente o risco de iatrogenia, em especial ETA‑HISTINA GENERIS 24 MG COMPRIMIDOS
B
na população idosa. (MSRM); Generis
Acrescenta‑se que neste contexto não há qualquer Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 6,38 (e 0,1063); 37%
justificação para utilização de especialidades farma‑ ‑ PR e 8,28
cêuticas constituídas por associações fixas de princí‑ BETASERC (MSRM); Solvay Farma
pios activos. Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,75 (e 0,2125);
37% ‑ PR e 8,28
n BETA‑HISTINA
Ind.: Vertigem de causa periférica, incluindo síndro‑ n CINARIZINA
me de Meniére. Ind.: A sua utilização não é recomendada.
R. Adv.: Perturbações gastrintestinais, cefaleias e R. Adv.: Sonolência, astenia, aumento de peso, Par-
rash cutâneos. kinsonismo e depressão.
Contra‑Ind. e Prec.: A beta‑histina é um análogo da Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibidade ao medica‑
histamina: a sua administração a doentes asmá‑ mento. Porfiria.
ticos ou com úlcera péptica ou antecedentes de Interac.: Álcool. Potencia outros depressores do
doença péptica não é recomendada. SNC.
Interac.: Os antagonistas dos receptores H1 da Posol.: Não aplicável face às indicações.
histamina interferem negativamente com a acção
terapêutica. Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 75 mg/ml
Posol.: Dose inicial: 48 mg/dia, distribuídas em 3 ad‑ STUGERON (MSRM); Janssen
ministrações. Dose de manutenção: 24 a 48 mg/ Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; e 4,95
dia em 3 administrações. (e 0,099); 37%
Orais sólidas ‑ 16 mg Orais sólidas ‑ 25 mg
BETA‑HISTINA BLUEPHARMA 16 MG COMPRIMI‑ STUGERON (MSRM); Janssen
DOS (MSRM); Bluepharma Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,4 (e 0,0567); 37%
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,98 (e 0,099); 37%
‑ PR e 2,74 Orais sólidas ‑ 75 mg
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,45 (e 0,0742); 37% CINARIZINA RATIOPHARM (MSRM); Ratiopharm
‑ PR e 6,16 Cáps. mole ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,62 (e 0,081);
BETA‑HISTINA CICLUM 16 MG COMPRIMIDOS 37% ‑ PR e 1,62
(MSRM); Ciclum Cáps. mole ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,07 (e 0,0678);
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,99 (e 0,0995); 37% 37% ‑ PR e 4,07
‑ PR e 2,74 CINON FORTE (MSRM); Lab. Azevedos
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,44 (e 0,074); 37% Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 6,4 (e 0,1067); 37%
‑ PR e 6,16 ‑ PR e 4,07
BETA‑HISTINA GENERIS 16 MG COMPRIMIDOS STUGERON FORTE (MSRM); Janssen
(MSRM); Generis Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,57 (e 0,1262); 37%
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,99 (e 0,0995); 37% ‑ PR e 4,07
‑ PR e 2,74
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,45 (e 0,0742); 37%
‑ PR e 6,16 n DIMENIDRINATO
BETA‑HISTINA GERMED 16 MG COMPRIMIDOS Ind.: Náuseas e vómitos. Vertigem.
(MSRM); Germed R. Adv.: Sonolência (frequente); xerostomia, taqui‑
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,99 (e 0,0995); 37% cárdia, visão turva, discinésia orofacial e alucina‑
‑ PR e 2,74 ções (mais raramente).
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,45 (e 0,0742); 37% Contra‑Ind. e Prec.: Durante a gravidez e em do‑
‑ PR e 6,16 entes com glaucoma de ângulo fechado ou com
2.7. Antieméticos e antivertiginosos 99
dependente da dose, como os brometos e o hidrato erão explicar o efeito mais ansiolítico ou hipnótico
de cloral. de algumas benzodiazepinas. Diferenças farmaco-
Os barbitúricos são eficazes como ansiolíticos ou dinâmicas poderão ser também a base para as dis‑
hipnóticos, mas os riscos determinados pela possi‑ tinções na acção antiepiléptica (V. Subgrupo 2.6.).
bilidade de depressão grave do SNC indo até coma As reacções adversas mais comuns causadas pelas
e morte e a existência de alternativas mais seguras benzodiazepinas são sonolência e incoordenação
(benzodiazepinas) faz com que a sua utilização deva motora, alteração da memória a curto prazo, con‑
ser diminuta e reservada a casos especiais (insónia fusão, depressão, vertigem, alterações gastrintesti‑
refractária). Alguns barbitúricos, os de longa duração nais (obstipação, diarreia, vómitos e alterações do
de acção, têm acção antiepiléptica (V. Subgrupo 2.6. apetite), alterações visuais e irregularidades cardio‑
‑ Antiepilépticos) e outros, os de acção curta, são uti‑ vasculares.
lizados em anestesia. É importante notar que todas as benzodiazepi‑
nas podem induzir tolerância, dependência física e
n DOXILAMINA psíquica. As benzodiazepinas de curta duração de
V. Subgrupo (10.1.). acção são as que têm maior potencial de induzir
dependência. Por outro lado, a tolerância para os
n MELATONINA efeitos hipnóticos das benzodiazepinas desenvolve
‑se rapidamente, pelo que os tratamentos que têm
Ind.: Tratamento em monoterapia e a curto prazo como objectivo o tratamento da insónia devem ser
da insónia primária caracterizada por sono de má de curta duração. As benzodiazepinas estão contra
qualidade, em doentes com idade igual ou supe‑ ‑indicadas ou devem ser usadas com precaução em
rior a 55 anos. idosos (as doses devem ser em geral menores do que
R. Adv.: Cefaleia, faringite, dores nas costas e astenia. no adulto jovem) e em crianças porque, tal como no
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade a qualquer idoso, podem desencadear reacções paradoxais. Ter
um dos componentes. Não deve ser tomado por atenção ao seu uso em doentes com miastenia gravis
doentes com problemas hereditários raros de in‑ ou com insuficiência respiratória grave. As benzodi‑
tolerância à galactose, deficiência de lactase de azepinas estão contra‑indicadas na apneia do sono.
LAPP ou malabsorção de glucose‑galactose. Habitualmente há necessidade de reduzir a dose das
Interac.: Cimetidina, estrogénios, quinolonas, car‑ benzodiazepinas quando há IR.
bamazepina e a rifampicina. Evitar combinação As interacções mais frequentemente referidas para
com fluvoxamina. Pode potenciar as propriedades as benzodiazepinas são com depressores do SNC e
sedativas das benzodiazepinas e dos hipnóticos com o álcool, por potenciação de efeitos.
não benzodiazepínicos, como o zaleplom, o zol‑ Em casos de intoxicação está indicado o flumaze‑
pidem e o zopiclona. nilo (V. Grupo 17.).
Posol.: 2 mg, 1 vez/dia, 1 a 2 horas antes da hora
de deitar e depois de comer. Esta dosagem deverá n ALPRAZOLAM
manter‑se durante três semanas.
Ind.: Ansiedade e sintomas ansiosos; ataques de pâ‑
Orais sólidas ‑ 2 mg nico.
CIRCADIN (MSRM); RAD Neurim R. Adv.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 19,8 Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
(e 0,9429); 0% Interac.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Posol.: 0,25 a 0,5 mg, 3 vezes/dia. Nos idosos ou em
Benzodiazepinas indivíduos debilitados 0,25 mg, 3 vezes/dia. Não
se recomenda nas crianças.
As benzodiazepinas actuam selectivamente em
vias polissinápticas do SNC. Os mecanismos e os Orais sólidas ‑ 0.25 mg
locais de acção precisos não estão ainda totalmente ALPRAZOLAM BASI (MSRM‑P); Lab. Basi
esclarecidos. O receptor das benzodiazepinas, situ‑ Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,51 (e 0,0755); 37%
ado na estrutura de um dos receptores do GABA des‑ ‑ PR e 2,12
ignado por GABA A, está bem caracterizado e sabe‑se Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,88 (e 0,0647); 37%
que as benzodiazepinas modulam a acção do próprio ‑ PR e 5,09
GABA, promovendo a hiperpolarização das células ALPRAZOLAM BLUEPHARMA 0,25 MG COMPRIMI‑
onde actuam, por favorecer a abertura do canal de DOS (MSRM‑P); Bluepharma
cloro. Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,99 (e 0,0995); 37%
As benzodiazepinas são eficazes como ansiolíti‑ ‑ PR e 2,12
cos e hipnóticos. Estão também indicadas como Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,06 (e 0,0677); 37%
adjuvante da anestesia, relaxação muscular (apenas ‑ PR e 5,09
algumas ‑ diazepam, clorazepato dipotássico e cloro‑ ALPRAZOLAM GENERIS 0,25 MG COMPRIMIDOS
diazepóxido) e anticonvulsivantes (apenas algumas (MSRM‑P); Generis
‑ diazepam, clonazepam, clorazepato dipotássico e Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,54 (e 0,0757); 37%
lorazepam parentérico). ‑ PR e 5,09
Clinicamente as benzodiazepinas distinguem‑se ALPRAZOLAM GP 0,25 MG COMPRIMIDOS (MSRM
entre si, essencialmente, pelas suas propriedades ‑P); gp
farmacocinéticas. Diferenças na selectividade para Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,88 (e 0,0647); 37%
diferentes subtipos dos receptores GABA A pod‑ ‑ PR e 5,09
2.9. Psicofármacos 103
n FLURAZEPAM n LORAZEPAM
Ind.: Insónia (tratamento a curto prazo). Ind.: Ansiedade e sintomas ansiosos; insónia (trata‑
R. Adv.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.). mento a curto prazo); terapêutica adjuvante da
Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.). anestesia; estado de mal epiléptico.
Interac.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.). R. Adv.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Posol.: 15 mg ao deitar; se necessário 30 mg (nos Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
idosos, 15 mg). Interac.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Posol.: Na ansiedade: dose diária 2 a 6 mg em 2
Orais sólidas ‑ 15 mg a 4 administrações; pode‑se atingir os 10 mg se
MORFEX (MSRM‑P); Tecnifar necessário.
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,54 (e 0,127); 37% Na insónia: 2 a 4 mg ao deitar. Nos idosos, 0,5
a 1 mg.
Orais sólidas ‑ 30 mg Na anestesia: 0,05 mg/kg, IM, 2 horas antes da
DALMADORM (MSRM‑P); Viatris cirurgia ou 0,044 mg/kg até máximo de 2 mg, 15 a
Cáps. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 1,71 (e 0,1221); 37% 20 minutos antes da cirurgia.
108 Grupo 2 | 2.9. Psicofármacos
No estado de mal: 4 mg injectadas lentamente até Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.). O
2 mg/min; se necessário pode‑se repetir passados inicio de acção é extremamente rápido e a dura‑
10 minutos após a 1a infusão. ção de acção curta por isso esta benzodiazepina
não deve ser utilizada no tratamento crónico da
Orais sólidas ‑ 1 mg ansiedade. A administração de uma primeira dose
LORAZEPAM CINFA 1 MG COMPRIMIDOS (MSRM mesmo por via oral deve ser feita em local com
‑P); Cinfa meios de reanimação.
Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 1,33 (e 0,0443); 37% Interac.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
‑ PR e 1,4 Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Até 20 mg; sedação
LORAZEPAM GENERIS 1 MG COMPRIMIDOS (MSRM consciente: 0,07‑0,08 mg/kg, IM, 30 a 60 minutos
‑P); Generis antes da intervenção ou 1 a 1,5 mg IV, podendo
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 2,41 (e 0,0402); 37% repetir‑se após 2 minutos; em doentes intubados:
‑ PR e 2,41 0,05 a 0,2 mg/kg/hora por infusão contínua.
LORAZEPAM LABESFAL (MSRM‑P); Labesfal [Crianças] ‑ Via oral: 0,25‑0,5 mg/kg (máximo
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 0,98 (e 0,049); 37% 20 mg); sedação consciente: 0,08 mg/kg/dose, IM;
‑ PR e 0,93 em doentes intubados: 0,002 kg/min em infusão
Comp. ‑ Blister ‑ 40 unid; e 1,78 (e 0,0445); 37% contínua.
‑ PR e 1,61
LORENIN (MSRM‑P); Wyeth Lederle Orais sólidas ‑ 15 mg
Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 1,93 (e 0,0643); 37% DORMICUM (MSRM‑P); Roche
‑ PR e 1,4 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 3,92 (e 0,28);
LORSEDAL (MSRM‑P); Prospa 37%
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,66 (e 0,061); 37%
‑ PR e 2,41 n OXAZEPAM
Ind.: Ansiedade e sintomas ansiosos.
Orais sólidas ‑ 2.5 mg R. Adv.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
ANSILOR (MSRM‑P); Sofex Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 5,04 (e 0,084); 37% Interac.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
LORAZEPAM CINFA 2,5 MG COMPRIMIDOS (MSRM Posol.: Dose diária 15 a 30 mg em 3 administrações,
‑P); Cinfa ou numa dose única ao deitar; pode‑se atingir os
Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 2,12 (e 0,0707); 37% 50 mg se necessário.
‑ PR e 2,24
LORAZEPAM LABESFAL (MSRM‑P); Labesfal Orais sólidas ‑ 15 mg
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,69 (e 0,0845); 37% SERENAL (MSRM‑P); Meda Pharma
‑ PR e 1,49 Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 1,57 (e 0,0523); 37%
Comp. ‑ Blister ‑ 40 unid; e 3,06 (e 0,0765); 37%
LORENIN (MSRM‑P); Wyeth Lederle Orais sólidas ‑ 50 mg
Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 3,06 (e 0,102); 37% SERENAL (MSRM‑P); Meda Pharma
‑ PR e 2,24 Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 3,19 (e 0,1063); 37%
LORSEDAL (MSRM‑P); Prospa
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 5,16 (e 0,086); 37% n PRAZEPAM
Orais sólidas ‑ 5 mg Ind.: Perturbações da ansiedade e sintomas ansiosos.
LORSEDAL (MSRM‑P); Prospa R. Adv.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Comp. ‑ Frasco ‑ 60 unid; e 7,21 (e 0,1202); 37% Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Interac.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
n MEXAZOLAM Posol.: Dose média diária 10 a 20 mg em 2 adminis‑
trações, ou numa dose única ao deitar; pode‑se
Ind.: Ansiedade e sintomas ansiosos. atingir os 40 mg se necessário.
R. Adv.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.). Orais sólidas ‑ 10 mg
Interac.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.). DEMETRIN (MSRM‑P); Lab. Pfizer
Posol.: Dose média diária 1 a 3 mg, em 1 a 3 ad‑ Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,27 (e 0,1135); 37%
ministrações. Nos idosos a dose máxima diária é Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 5,4 (e 0,09); 0%
de 1,5 mg.
n TEMAZEPAM
Orais sólidas ‑ 1 mg
SEDOXIL (MSRM); Medibial Ind.: Insónia (tratamento a curto prazo).
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6 (e 0,3); 37% R. Adv.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 14,9 (e 0,2483); 37% Contra‑Ind. e Prec.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Interac.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.).
Posol.: 10 a 20 mg ao deitar. Nos idosos, 10 mg.
n MIDAZOLAM
Ind.: Ansiedade. Preparação da cirurgia; indução da Orais sólidas ‑ 20 mg
anestesia; preparação de meios de diagnóstico NORMISON (MSRM‑P); Teofarma (Itália)
invasivos. Cáps. mole ‑ Blister ‑ 14 unid; e 1,7 (e 0,1214);
R. Adv.: V. Benzodiazepinas (2.9.1.). 37%
2.9. Psicofármacos 109
A buspirona é uma azopirona; duas outras (gepi‑ A zopiclona é uma ciclopirrolona e o zolpidem
rona e isapirona) ainda estão em desenvolvimento. é uma imidazopiridina. Nenhum deles é uma ben‑
As azopironas são agonistas dos receptores 5‑HT1A zodiazepina mas ambos actuam no mesmo receptor
e reduzem clínicamente os níveis de ansiedade sem ou subtipos de receptores que as benzodiazepinas.
provocar sedação. Além disso, a buspirona não tem Ambos tem uma duração de acção curta. O efeito de
propriedades anticonvulsivantes nem de relaxa- ressaca é discreto ou inexistente.
mento muscular.
A buspirona é um ansiolítico eficaz, mas o seu n ZOLPIDEM
efeito clínico só se manifesta após um período de Ind.: Insónia (tratamento a curto prazo).
latência, em terapêutica continuada de 3 a 4 sema‑ R. Adv.: Diarreia, náuseas, vómitos, vertigem, ton‑
nas. Até a data não foi demonstrado potencial para turas, cefaleias, sonolência, astenia, perturbações
induzir dependência nem se registaram casos de sín‑ da memória, pesadelos, irrequietude nocturna,
drome de abstinência. depressão, confusão, alterações perceptuais ou
diplopia, tremor, ataxia e quedas.
n BUSPIRONA Contra‑Ind. e Prec.: Apneia do sono obstrutiva,
Ind.: Ansiedade e sintomas ansiosos. insuficiência pulmonar; depressão respiratória,
R. Adv.: Parestesias, tonturas, cefaleias, nervosismo, miastenia gravis, IH grave, psicose, gravidez e
sonolência, alteração dos sonhos, diminuição da aleitamento. Precaução na depressão, história de
concentração, excitação, alterações do humor; abuso de tóxicos, IH ou IR, idosos.
taquicardia, palpitações; visão turva, náuseas, Interac.: Semelhantes às das benzodiazepinas
vómitos, boca seca, dor abdominal/gástrica, diar‑ (2.9.1.).
reia, obstipação, frequência e hesitação urinária; Posol.: 10 mg ao deitar; nos idosos, 5 mg. Não reco‑
artralgias, hiperventilação, rash, edema, prurido, mendado nas crianças.
afrontamentos, queda do cabelo e pele seca, cefa‑
leias, fadiga e astenia. Orais sólidas ‑ 10 mg
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez, aleitamento, crian‑ CYMERION (MSRM‑P); Lab. Azevedos
ças; precaução na IR ou IH. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
Interac.: IMAO; com trazodona risco de aumento e 3,38 (e 0,2414); 37% ‑ PR e 2,29
das transaminases; aumento dos níveis séricos do STILNOX (MSRM‑P); Sanofi Aventis
haloperidol. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
Posol.: 7,5 a 15 mg/dia em 2 a 3 administrações, e 3,38 (e 0,2414); 37% ‑ PR e 2,29
incrementos de 5 mg/dia cada 2 a 3 dias (dose ZOLPIDEM ACTAVIS (MSRM‑P); Actavis
máxima 60 mg). No idoso, 10 mg/dia em 2 admi‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
nistrações (dose máxima 60 mg/dia). e 2,87 (e 0,1435); 37% ‑ PR e 2,87
ZOLPIDEM CINFA 10 MG COMPRIMIDOS (MSRM‑P);
Orais sólidas ‑ 5 mg Cinfa
ANSITEN 5 (MSRM); Lab. Azevedos Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 13,02 (e 0,217); 37% e 2,29 (e 0,1636); 37% ‑ PR e 2,29
BUSCALMA 5 (MSRM); Grünenthal ZOLPIDEM GENERIS 10 MG COMPRIMIDOS REVES‑
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 13,04 (e 0,2173); TIDOS (MSRM‑P); Generis
37% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
BUSPAR (MSRM); Bristol‑Myers Squibb e 1,69 (e 0,1207); 37% ‑ PR e 2,29
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 10,25 (e 0,1708); ZOLPIDEM MYLAN (MSRM‑P); Mylan
37% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
ITAGIL (MSRM); Actavis e 2,29 (e 0,1636); 37% ‑ PR e 2,29
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,74 (e 0,237); 37% ZOLPIDEM RATIOPHARM 10 MG COMPRIMIDOS
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,07 (e 0,2012); REVESTIDOS (MSRM‑P); Ratiopharm
37% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid; e 2,2
(e 0,1571); 37% ‑ PR e 2,29
Orais sólidas ‑ 10 mg ZOLPIDEM SANDOZ (MSRM‑P); Sandoz
ANSITEN 10 (MSRM); Lab. Azevedos Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid; e 2,2
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 26 (e 0,4333); 37% (e 0,1571); 37% ‑ PR e 2,29
110 Grupo 2 | 2.9. Psicofármacos
Extractos de plantas cas e por isso a maioria das reacções adversas associa‑
das a estes medicamentos é previsível.
As plantas medicinais contêm na sua composição Os antipsicóticos têm sido classificados em típi‑
produtos farmacologicamente activos, alguns até cos e atípicos sendo que a distinção entre uns e
letais. Os avanços da ciência e da tecnologia durante outros nem sempre é clara, mas essencialmente tem
o século XX permitiram que muitos dos princípios em consideração a afinidade para os receptores D2
activos das plantas tradicionalmente usadas para fins e consequente risco de indução de efeitos extra‑
medicinais fossem isolados e colocados à disposição piramidais. Assim, os antipsicóticos típicos são os
em formas farmacêuticas cuja composição quantita‑ que têm elevada afinidade para os receptores D2 e
tiva e qualitativa está bem determinada. Actualmente, produzem frequentemente efeitos extrapiramidais
por razões sociológicas que não cabe aqui explorar, graves; e os antipsicóticos atípicos são os que têm
tem‑se verificado uma preferência nalguns sectores menor afinidade para os receptores D2, tendo menor
das sociedades ocidentais pelo consumo de produtos probabilidade de determinar efeitos extrapiramidais.
ditos naturais usando uma composição qualitativa e Recentemente desenvolveu‑se um subgrupo de
quantitativa mal definida. A pressão do público tem antipsicóticos que são simultaneamente antagonistas
levado a que as entidades reguladoras procurem dos receptores da dopamina e dos da serotonina.
conferir a estes produtos um estatuto especial. Neste subgrupo incluem‑se as seguintes moléculas:
Enquanto este não é efectivado, algumas firmas têm risperidona, olanzapina, sertindol e clozapina. A
conseguido obter para extractos de plantas um licen‑ clozapina, apesar de tudo, é ainda um medicamento
ciamento, como medicamentos, enquanto outros particular, quer pelo seu perfil de afinidade para os
são comercializados sem qualquer licenciamento, diferentes receptores (por exemplo é o único antip‑
considerando‑se produtos de consumo corrente. É sicótico que se liga com maior afinidade aos recep‑
neste enquadramento que está comercializada, em tores D4 do que aos D2), quer pelo facto de ser o
Portugal, a valeriana, havendo formulações licen‑ antipsicótico com maior eficácia demonstrada no
tratamento de doentes esquizofrénicos resistentes. O
ciadas como medicamentos às quais corresponde principal problema da clozapina é o risco de agranu‑
uma autorização de introdução no mercado, e outras locitose que para ser minimizado obriga a controlos
comercializadas sem qualquer licença. frequentes do hemograma. De um modo geral o sub‑
grupo dos antagonistas da dopamina e da serotonina
n VALERIANA apresenta como principais vantagens, em relação aos
Ind.: Ansiedade; insónia de curta duração. antagonistas da dopamina, o facto de serem mais efi‑
R. Adv.: Cefaleias; síndrome de ressaca matinal, per‑ cazes no tratamento dos sintomas negativos, serem
turbações gastrintestinais. melhor tolerados e produzirem menos efeitos extra‑
Contra‑Ind. e Prec.: Desconhecidas. piramidais.
Interac.: Desconhecidas. Os antipsicóticos, além de serem eficazes no
Posol.: Varia consoante a origem do extracto. No controlo dos sintomas das psicoses, possuem out‑
caso das drageias doseadas a 45 mg de extracto ros efeitos farmacológicos que podem ser utilizados
seco, a dose máxima diária é de 6 comprimidos/ com vantagens terapêuticas, como antieméticos,
dia. Para os comprimidos doseados a 500 mg de antivertiginosos e ansiolíticos, mas em situações bem
valeriana, a dose habitual é de 3 a 4/dia. definidas. Poderão ser ainda indicados em caso de
alterações do comportamento; tétano (a cloropro‑
Orais sólidas ‑ 45 mg mazina é efectiva como tratamento adjuvante); por‑
VALDISPERT (MSRM); firia (a cloropromazina é eficaz no tratamento da
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 1,59 (e 0,106); dor abdominal); soluços intratáveis; dor neuropática
37% (em casos particulares a flufenazina é eficaz como
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,88 tratamento adjuvante); alergia e prurido.
(e 0,0813); 37% É óbvio que a relação risco‑benefício da sua uti‑
lização com estas finalidades é muito diferente da
Orais sólidas ‑ 500 mg relação risco‑benefício no tratamento da psicose. A
L IVETAN (MNSRM); Dr. Willmar Schwabe (Alema‑ relação risco‑benefício em cada uma das potenciais
nha) indicações terá que ser ponderada.
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% A lista das reacções adversas inclui sintomas e
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 40 unid; 0% sinais extrapiramidais (movimentos distónicos, crises
oculogiras, síndromes parkinsónicos) desde acatísia
no início da terapêutica até discinésias tardias após
2.9.2. Antipsicóticos terapêutica prolongada. A distonia aguda ocorre
geralmente no início da terapêutica ou quando há
Neste grupo incluem‑se os fármacos que revolu‑ subida da dose, nas crianças e nos jovens. Há tam‑
cionaram a prática da psiquiatria, a partir da década bém o risco de síndrome maligno dos neurolépticos,
de 50, e que na época se designavam por tranqui‑ que é uma alteração disautonómica idiossincrática
lizantes major. Actualmente a designação correcta é cuja taxa de mortalidade é 30%. Produzem, em graus
a de antipsicóticos. Até há poucos anos atrás todos variáveis, sedação e efeitos anticolinérgicos, hipoten‑
os antipsicóticos eram antagonistas dos receptores são ortostática e arritmias; registam‑se também náu‑
D2 da dopamina mas nenhum dos medicamentos seas, vómitos, dores abdominais, irritação gástrica,
disponíveis interactua selectivamente com um único crises convulsivas, alterações endócrinas, alterações
receptor. Todos eles têm várias acções farmacológi‑ hematológicas, erupções cutâneas e alterações idi‑
2.9. Psicofármacos 111
ossincráticas das transaminases e por vezes icterícia AMITREX (MSRM); Sanofi Aventis
colestática. Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 26,56 (e 1,328); 37%
Os antipsicóticos devem ser usados com pre‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 66,62 (e 1,1103);
caução nos doentes com patologia cardíaca e em 37% ‑ PR e 46,06
todas as situações (glaucoma, prostatismo, etc.) que
podem ser agravadas pelos efeitos anticolinérgicos; a n ARIPIPRAZOL
função hepática deve ser monitorizada; a terapêutica
não deve ser interrompida subitamente. Ind.: Tratamento da esquizofrenia.
Alguns antipsicóticos são pró‑arrítmicos por R. Adv.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.). Ir‑
aumentarem o intervalo QT (pimozida, sertindol e requietude, insónia, acatisia, tremor, sonolência,
tioridazina) pelo que a utilização em conjunto com cefaleias, visão turva, dispepsia, náusea, vómitos,
outros medicamentos com o mesmo efeito sobre obstipação, fadiga.
o QT deve ser evitada ou proximamente vigiada. O Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução aos antipsicóti‑
risco de toxicidade de mielosupressão da clozapina cos (2.9.2.).
é potenciado por outros fármacos com o mesmo Interac.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.). Se
potencial (carbamazepina, cotrimozaxol, cloran‑ o aripiprazol for utilizado simultaneamente com
fenicol, sulfonamidas, citostáticos, etc.), que não inibidor potente do CYP3A4, como o cetoconazol,
devem ser utilizados em conjunto. a dose de aripiprazol deve ser reduzida a metade.
Quando a utilização é simultânea com um induc‑
tor do CYP3A4, tal como a carbamazepina, a dose
n AMISSULPRIDA deve ser aumentada, eventualmente duplicada.
Ind.: Esquizofrenia (sintomas positivos e negativos). Posol.: Dose terapêutica entre as 10 e 30 mg/dia. A
R. Adv.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.). dose inicial deve ser 10 a 15 mg/dia, numa admi‑
Insónia, ansiedade, agitação, sonolência, altera‑ nistração única. A dose de manutenção é geral‑
ções gastrintestinais, hiperprolactinemia (gine‑ mente 15 mg/dia.
comastia, alterações sexuais); ocasionalmente
bradicardia, crises convulsivas e prolongamento Orais sólidas ‑ 10 mg
do intervalo QT. ABILIFY (MSRM); Otsuka (Reino Unido)
Contra‑Ind. e Prec.: IR, idosos, gravidez e aleita‑ Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 109,19 (e 3,8996);
mento, feocromocitoma e tumores secretores de 37%
prolactina.
Interac.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.). Orais sólidas ‑ 15 mg
Posol.: Na psicose aguda: 400 a 800 mg/dia em várias ABILIFY (MSRM); Otsuka (Reino Unido)
administrações. Dose máxima 1.200 mg/dia. Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 119,36 (e 4,2629);
Nos sintomas negativos: 50 a 300 mg; doses até 37%
300 mg podem ser administradas numa única ad‑
ministração. Parentéricas ‑ 7.5 mg/ml
ABILIFY (MSRM); Otsuka (Reino Unido)
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 50 mg/10 ml Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 1,3 ml;
SOCIAN (MSRM); Sanofi Aventis e 5,61 (e 4,3154); 37%
Sol. oral ‑ Ampola ‑ 20 unid ‑ 10 ml; e 11,97
(e 0,5985); 37% n CIAMEMAZINA
Ind.: Tratamento sintomáticos das psicoses.
Orais sólidas ‑ 50 mg R. Adv.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.).
A MISSULPRIDA ACTAVIS (MSRM); Actavis Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução aos antipsicóti‑
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,79 (e 0,2895); 37% cos (2.9.2.).
‑ PR e 8,27 Interac.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.).
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 14,48 (e 0,2413); Posol.: Dose média diária 25 a 100 mg.
37% ‑ PR e 20,68
AMISSULPRIDA GENERIS (MSRM); Generis Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 40 mg/ml
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,61 (e 0,2805); 37% TERCIAN (MSRM); Lab. Vitória
‑ PR e 8,27 Gotas orais, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 4,43
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 14,04 (e 0,234); 37% (e 0,1477); 37%
‑ PR e 20,68
SOCIAN (MSRM); Sanofi Aventis Orais sólidas ‑ 100 mg
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 8,27 (e 0,4135); 37% TERCIAN (MSRM); Lab. Vitória
‑ PR e 8,27 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 14,5
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 20,68 (e 0,3447); (e 0,2417); 37%
37% ‑ PR e 20,68
locitose, ileo paralítico, síndrome maligno dos LEPONEX (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o
neurolépticos e morte súbita. do D.L. 176/2006); Novartis Farma
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução aos antipsicó‑ Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,49 (e 0,2745); 37%
ticos (2.9.2.). Hipersensibilidade às fenotiazinas; ‑ PR e 5,49
síndromes de abstinência alcoólica, coma, de‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 13,91 (e 0,2318);
pressão da medula óssea, gravidez, aleitamento 37% ‑ PR e 13,91
e crianças com menos de 6 meses. Precaução na
agitação com depressão, epilepsia. Orais sólidas ‑ 100 mg
Interac.: Fenobarbital aumenta o metabolismo; os CLOZAPINA GENERIS 100 MG COMPRIMIDOS
anestésicos gerais aumentam a excitação e o risco (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do D.L.
de hipotensão. 176/2006); Generis
Posol.: Psicose, agitação ‑ Via oral: 100 a 400 mg/ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 28,86 (e 0,481); 37%
dia, em 3 ou 4 administrações. Dose máxima: ‑ PR e 41,23
1.000 mg/dia, por via IM ou IV, 25 a 50 mg até LEPONEX (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o
do D.L. 176/2006); Novartis Farma
600 mg cada 4 ou 6 horas. Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 39,34 (e 0,6557);
[Crianças > 6 meses]: Via oral ‑ 0,55 mg/kg, até 37% ‑ PR e 41,23
500 mg/dia. Nas outras indicações doses menores:
10 a 25 mg, por administração. n FLUFENAZINA
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 40 mg/ml Ind.: Esquizofrenia e outras psicoses.
LARGACTIL (MSRM); Lab. Vitória R. Adv.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.).
Gotas orais, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução aos antipsicóti‑
30 ml; e 1,78 (e 0,0593); 37% cos (2.9.2.).
Interac.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.).
Orais sólidas ‑ 25 mg Posol.: Nas formulações depot: decanoato 12,5 a
LARGACTIL (MSRM); Lab. Vitória 25 mg cada 1 a 4 semanas; enantato 25 mg cada
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 0,78 (e 0,039); 2 semanas.
37% Parentéricas ‑ 25 mg/ml
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 1,96 ANATENSOL DECANOATO (MSRM); Bristol‑Myers
(e 0,0327); 37% Squibb
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 1 unid ‑ 1 ml; e 3,2 (e 3,2);
Orais sólidas ‑ 100 mg 37%
LARGACTIL (MSRM); Lab. Vitória
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,2 (e 0,07); n FLUPENTIXOL
37%
Ind.: Esquizofrenia e outras psicoses. Depressão.
Parentéricas ‑ 25 mg/5 ml R. Adv.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.);
LARGACTIL IM (MSRM); Lab. Vitória sintomas extrapiramidais frequentes.
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 6 unid ‑ 5 ml; e 1,41 (e 0,235); Contra‑Ind. e Prec.: Nos doentes agitados, estados
37% confusionais e na porfiria.
Interac.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.).
Parentéricas ‑ 50 mg/2 ml Posol.: Dose média diária 6 a 12 mg/dia em 2 admi‑
nistrações; dose máxima 18 mg/dia. Nos idosos a
LARGACTIL IV (MSRM); Lab. Vitória dose pode ser 1/4 da dos adultos. A dose no trata‑
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 2 ml; e 1,41 (e 0,282); mento da depressão é significativamente mais bai‑
37% xa ‑ 1 mg em dose única matinal até 2 mg se neces‑
sário (no idoso metade); dose máxima 3 mg/dia.
n CLOZAPINA A formulação retard deve ser administrada por via
Ind.: Esquizofrenia resistente a outros antipsicóticos. IM profunda. A dose teste é de 20 mg, após pelo
R. Adv.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.). menos 7 dias pode‑se repetir 20 a 40 mg cada 2 a 4
Destacar o risco de agranulocitose que obriga a semanas; a dose deve ser ajustada de acordo com
monitorização frequente do hemograma. a resposta clínica; dose máxima 400 mg/semana;
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução aos antipsicóti‑ dose habitual de manutenção 50 mg cada 4 sema‑
nas até 300 mg cada 2 semanas. Nos idosos a dose
cos (2.9.2.). A dose deve ser reduzida de houver deve ser reduzida, pode chegar a ser 1/4 da dose
IR. no adulto jovem.
Interac.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.).
Posol.: Dose média diária: 350 a 450 mg/dia em 3 ad‑ Orais sólidas ‑ 3 mg
ministrações; iniciar terapêutica com doses baixas FLUANXOL (MSRM); H. Lundbeck (Dinamarca)
‑ 25 a 50 mg/dia (dose máxima 900 mg/dia). Comp. revest. ‑ Frasco ‑ 60 unid; e 4,15
(e 0,0692); 37%
Orais sólidas ‑ 25 mg
CLOZAPINA GENERIS 25 MG COMPRIMIDOS (MSRM Parentéricas ‑ 20 mg/1 ml
restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do D.L. 176/2006); F LUANXOL RETARD (MSRM); H. Lundbeck (Dina‑
Generis marca)
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,74 (e 0,1623); 37% Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 1 ml; e 7,89 (e 1,578);
‑ PR e 13,91 37%
2.9. Psicofármacos 113
Posol.: Dose inicial: 5 a 10 mg/dia numa administra‑ nobarbital aceleram a eliminação de quetiapina.
ção única; pode‑se aumentar 2,5 a 5 mg/semana Cimetidina reduz a eliminação da quetiapina. A
(dose máxima 20 mg/dia). quetiapina diminui a eliminação do lorazepam
em 20%.
Orais sólidas ‑ 2.5 mg Posol.: [Adultos] ‑ Dose inicial: 50 mg/dia (2 admi‑
ZYPREXA (MSRM); Eli Lilly (Holanda) nistrações de 25 mg). Titulação: 25 a 50 mg/dia até
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 31,64 (e 1,13); dose de manutenção 300 mg a 400 mg/dia em 2 a
37% 3 administrações (dose máxima 750 mg/dia). Nos
idosos e na IR a dose inicial é 25 mg e pode sofrer
Orais sólidas ‑ 5 mg incrementos de 25 a 50 mg. No tratamento do epi‑
ZYPREXA VELOTAB (MSRM); Eli Lilly (Holanda) sódio de mania associados à perturbação bipolar
Comp. orodispersível ‑ Blister ‑ 28 unid; e 62,06 a dose inicial é de 100 mg/dia, a titulação deve ser
(e 2,2164); 37% por incrementos de 100 mg/dia (incremento má‑
ximo 200 mg/dia) até à dose de 400 mg/dia (dose
Orais sólidas ‑ 10 mg
Z YPREXA VELOTAB (MSRM); Eli Lilly (Holanda) máxima 800 mg/dia).
Comp. orodispersível ‑ Blister ‑ 28 unid; e 124,12
(e 4,4329); 37% Orais sólidas ‑ 50 mg
ALZEN SR (MSRM); Tecnifar
Parentéricas ‑ 10 mg Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 28,58
Z YPREXA (MSRM); Eli Lilly (Holanda) (e 0,4763); 37%
Pó p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid; SEROQUEL SR (MSRM); AstraZeneca
e 5,53 (e 5,53); 0% Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,75
(e 0,475); 37%
n PIMOZIDA Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 28,58
(e 0,4763); 37%
Ind.: Síndrome de Gilles de la Tourette.
R. Adv.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.). Orais sólidas ‑ 100 mg
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução aos antipsicóti‑ SEROQUEL (MSRM); AstraZeneca
cos (2.9.2.). Precaução na doença cardíaca devido Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
ao risco de prolongamento do QT, IR ou IH. e 66,45 (e 1,1075); 37%
Interac.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.).
Posol.: Dose inicial: 1 a 2 mg/dia, em várias adminis‑ Orais sólidas ‑ 200 mg
trações; dose máxima 7 a 16 mg/dia.
ALZEN SR (MSRM); Tecnifar
[Crianças] ‑ 0,2 mg/kg/dia até máximo de 10 mg/
dia. Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 114,53 (e 1,9088); 37%
Orais sólidas ‑ 4 mg SEROQUEL (MSRM); AstraZeneca
ORAP FORTE (MSRM); Janssen Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,79 (e 0,1465); 37% e 114,07 (e 1,9012); 37%
SEROQUEL SR (MSRM); AstraZeneca
n QUETIAPINA Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 19,09
(e 1,909); 37%
Ind.: Esquizofrenia e outras psicoses. Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid;
R. Adv.: Pode causar hipotensão ortostática associa‑ e 114,53 (e 1,9088); 37%
da a tonturas, taquicardia e raramente síncope. A
hipotensão ortostática é uma ocorrência frequen‑ Orais sólidas ‑ 300 mg
te. Outros efeitos relativamente frequentes são: ALZEN SR (MSRM); Tecnifar
aumento de peso, tonturas, obstipação, xerosto‑ Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid;
mia e dispepsia. A quetiapina pode determinar au‑ e 175,46 (e 2,9243); 37%
mento das transaminases. Efeitos raros: síndrome
SEROQUEL (MSRM); AstraZeneca
maligno dos neurolépticos, discinésia tardia.
Contra‑Ind. e Prec.: Os doentes devem ser vigiados Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
para despiste da ocorrência de hipotiroidismo e 175,66 (e 2,9277); 37%
(clinicamente relevante em 0,4% dos doentes). SEROQUEL SR (MSRM); AstraZeneca
A utilização com patologia cardiovascular obriga Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 29,24
a uma vigilância próxima. A formação/evolução (e 2,924); 37%
das cataratas deve ser vigiada. Na gravidez: a sua Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid;
utilização só pode ser justificada por benefícios e 175,46 (e 2,9243); 37%
que superem claramente os riscos (há efeitos ad‑
versos embrio‑fetais e teratogénicos nos estudos Orais sólidas ‑ 400 mg
animais). A quetiapina passa para o leite materno ALZEN SR (MSRM); Tecnifar
e a sua utilização no aleitamento rege‑se pelos Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid;
mesmos princípios que na gravidez. e 233,99 (e 3,8998); 37%
Interac.: A co‑administração de fenitoína e que‑ SEROQUEL SR (MSRM); AstraZeneca
tiapina aumenta a eliminação de quetiapina. A Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid;
carbamazepina, oxcarbazepina, rifampicina, fe‑ e 233,99 (e 3,8998); 37%
2.9. Psicofármacos 115
Orais sólidas ‑ Comp. pêssego: Quetiapina, fumara‑ RISPERIDONA ACTAVIS (MSRM); Actavis (Islândia)
to 28.78 mg; Comp. amarelo: Quetiapina, fumarato Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
115.13 mg; Comp. branco: Quetiapina, fumarato e 7,48 (e 0,374); 37% ‑ PR e 10,35
230.26 mg Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
SEROQUEL (MSRM); AstraZeneca e 19,17 (e 0,3195); 37% ‑ PR e 29,69
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 10 unid (6 RISPERIDONA ALTER 1 MG COMPRIMIDOS (MSRM);
comp. pêssego + 3 comp. amarelos + 1 comp. Alter
branco); e 11,37 (e 1,137); 37% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 7,48 (e 0,374); 37% ‑ PR e 10,35
n RISPERIDONA Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
Ind.: Esquizofrenia e outras psicoses. e 19,54 (e 0,3257); 37% ‑ PR e 29,69
R. Adv.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.). RISPERIDONA ARROWBLUE (MSRM); Arrowblue
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução aos antipsicóti‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
cos (2.9.2.). e 19,17 (e 0,3195); 37% ‑ PR e 29,69
Interac.: V. Introdução aos antipsicóticos (2.9.2.). A RISPERIDONA AZEVEDOS (MSRM); Lab. Azevedos
carbamazepina pode reduzir os níveis de risperi‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
dona e a clozapina pode aumentá‑los. e 19,17 (e 0,3195); 37% ‑ PR e 29,69
Posol.: Dose média diária: 2 a 12 mg/dia, em 2 ad‑ RISPERIDONA BALDACCI 1 MG COMPRIMIDOS
ministrações; iniciar com 2 mg/dia e subir lenta‑ (MSRM); Baldacci
mente. Nos idosos, insuficientes renais e doentes
debilitados a dose é de 1 mg/dia; subir até a um Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
máximo de 6 mg/dia. e 20,78 (e 0,3463); 37% ‑ PR e 29,69
RISPERIDONA BASI (MSRM); Lab. Basi
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 1 mg/ml Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
RISPERDAL (MSRM); Janssen e 19,17 (e 0,3195); 37% ‑ PR e 29,69
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 13,68 RISPERIDONA BLUEPHARMA (MSRM); Bluepharma
(e 0,456); 37% ‑ PR e 13,68 Genéricos
RISPERIDONA DECAFARMA (MSRM); Decafarma Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 10,53 e 7,48 (e 0,374); 37% ‑ PR e 10,35
(e 0,351); 37% ‑ PR e 13,68 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
RISPERIDONA GENERIS 1 MG/ML SOLUçãO ORAL e 19,17 (e 0,3195); 37% ‑ PR e 29,69
(MSRM); Generis RISPERIDONA CICLUM 1 MG COMPRIMIDOS
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 10,53 (MSRM); Ciclum
(e 0,351); 37% ‑ PR e 13,68 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
RISPERIDONA PHARMAKERN (MSRM); Pharmakern e 7,48 (e 0,374); 37% ‑ PR e 10,35
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 10,52 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
(e 0,3507); 37% ‑ PR e 13,68 e 19,15 (e 0,3192); 37% ‑ PR e 29,69
RISPERIDONA TOLIFE (MSRM); toLife
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 10,53 RISPERIDONA CINFA (MSRM); Cinfa
(e 0,351); 37% ‑ PR e 13,68 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 7,48 (e 0,374); 37% ‑ PR e 10,35
Orais sólidas ‑ 0.5 mg Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
PERDIN (MSRM); Merck e 19,17 (e 0,3195); 37% ‑ PR e 29,69
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; RISPERIDONA DECAFARMA (MSRM); Decafarma
e 3,77 (e 0,1885); 37% ‑ PR e 5,39 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,48 (e 0,374); 37% ‑ PR e 10,35
e 9,98 (e 0,1663); 37% ‑ PR e 14,04 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
RISPERIDONA GENERIS (MSRM); Generis e 18,95 (e 0,3158); 37% ‑ PR e 29,69
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; RISPERIDONA GENEDEC 1 MG COMPRIMIDOS
e 3,77 (e 0,1885); 37% ‑ PR e 5,39 (MSRM); Genedec
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 9,98 (e 0,1663); 37% ‑ PR e 14,04 e 19,54 (e 0,3257); 37% ‑ PR e 29,69
RISPERIDONA RATIOPHARM (MSRM); Ratiopharm RISPERIDONA GENERIS 1 MG COMPRIMIDOS
Comp. orodispersível ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,93 (MSRM); Generis
(e 0,1965); 37% ‑ PR e 3,93 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Comp. orodispersível ‑ Blister ‑ 60 unid; e 10,25 e 7,48 (e 0,374); 37% ‑ PR e 10,35
(e 0,1708); 37% ‑ PR e 10,25
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
Orais sólidas ‑ 1 mg e 20,78 (e 0,3463); 37% ‑ PR e 29,69
PERDIN (MSRM); Merck RISPERIDONA GERMED (MSRM); Germed
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 19,51 (e 0,3252); 37% ‑ PR e 29,69 e 19,17 (e 0,3195); 37% ‑ PR e 29,69
RISPERDAL (MSRM); Janssen RISPERIDONA GP 1 MG COMPRIMIDOS (MSRM); gp
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 10,35 (e 0,5175); 37% ‑ PR e 10,35 e 7,48 (e 0,374); 37% ‑ PR e 10,35
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 29,69 (e 0,4948); 37% ‑ PR e 29,69 e 20,78 (e 0,3463); 37% ‑ PR e 29,69
116 Grupo 2 | 2.9. Psicofármacos
a interacções com os inibidores deste sistema en‑ Orais sólidas ‑ 2.5 mg
zimático. NARAMIG (MSRM); Glaxo Wellcome
Posol.: 6,5 a 12,5 mg o mais cedo possível após o Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 2 unid; e 10,47
início da crise; se houver recorrência, a dose pode (e 5,235); 37%
ser repetida após 2 horas (dose máxima 25 mg/ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 6 unid; e 26,86
dia). Em doentes com IR ou IH moderada a gra‑ (e 4,4767); 37%
ve a dose inicial deve ser 6,5 mg (dose máxima
12,5 mg/dia). n OXITRIPTANO
V. Subgrupo (2.9.3.).
Orais sólidas ‑ 12.5 mg
ALMOGRAN (MSRM); Almirall n RIZATRIPTANO
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 3 unid; e 14,98
Ind.: Tratamento das crises agudas de enxaqueca.
(e 4,9933); 37% R. Adv.: V. Triptanos (2.11.).
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 6 unid; e 29,97 Contra‑Ind. e Prec.: V. Triptanos (2.11.).
(e 4,995); 37% Interac.: V. Triptanos (2.11.). Notar que o almotrip‑
tano é metabolizado pelo CYP3A4 e está sujeito
n ELETRIPTANO a interacções com os inibidores deste sistema
Ind.: Tratamento das crises agudas de enxaqueca. enzimático.
R. Adv.: V. Triptanos (2.11.). Posol.: 10 mg o mais cedo possível após o início da
Contra‑Ind. e Prec.: V. Triptanos (2.11.). crise; se houver recorrência, a dose pode ser re‑
Interac.: V. Triptanos (2.11.). Está contra‑indicado petida após 2 horas (dose máxima 20 mg/dia). Em
doentes medicados com propanolol, o rizatrip‑
na IH grave. tano deve ser administrado pelo menos 2 horas
Posol.: 20 a 40 mg o mais cedo possível após o início após a última toma de propanolol.
da crise; se houver recorrência, a dose pode ser
repetida após 2 horas (dose máxima 80 mg/dia). Orais sólidas ‑ 10 mg
MAXALT (MSRM); MS&D
Orais sólidas ‑ 40 mg Comp. ‑ Blister ‑ 3 unid; e 14,99 (e 4,9967); 37%
RELERT (MSRM); Lab. Pfizer
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 3 unid; e 14,3 n SUMATRIPTANO
(e 4,7667); 37%
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 6 unid; e 28,59 Ind.: Tratamento agudo das crises de enxaqueca. Ce‑
faleia de cluster (apenas a formulação SC).
(e 4,765); 37% R. Adv.: Aumento transitório da pressão arterial, bra‑
dicardia ou taquicardia e alteração das provas de
n FROVATRIPTANO função hepática; pode ainda causar convulsões,
Ind.: Tratamento das crises agudas de enxaqueca. mas mais raramente.
R. Adv.: V. Triptanos (2.11.). Contra‑Ind. e Prec.: V. Triptanos (2.11.).
Contra‑Ind. e Prec.: V. Triptanos (2.11.). Interac.: V. Triptanos (2.11.).
Interac.: V. Triptanos (2.11.). Está contra‑indicado Posol.: Via oral: 100 mg (por vezes 50 mg é suficien‑
na IH grave. te) o mais precocemente possível; se a crise recor‑
Posol.: 2,5 mg o mais cedo possível após o início da rer após alívio inicial a dose pode ser repetida. O
doente que não responde inicialmente não deve
crise; se houver recorrência, a dose pode ser repe‑ repetir (dose máxima 300 mg/dia).
tida após 2 horas (dose máxima 5 mg/dia). Via SC: 6 mg o mais precocemente possível; se a
crise recorrer após alívio inicial a dose pode ser
Orais sólidas ‑ 2.5 mg repetida ao fim de pelo menos 1 hora. O doente
DORLISE (MSRM); Menarini (Luxemburgo) que não responde inicialmente não deve repetir
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 2 unid; e 9,98 (dose máxima 12 mg/dia).
(e 4,99); 37% Via intranasal: 20 mg (1 spray) o mais precoce‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 6 unid; e 26,48 mente possível; se a crise recorrer após alívio
(e 4,4133); 37% inicial a dose pode ser repetida ao fim de pelo me‑
MIGARD (MSRM); Menarini (Luxemburgo) nos 2 horas. O doente que não responde inicial‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 6 unid; e 26,48 mente não deve repetir (dose máxima 40 mg/dia).
(e 4,4133); 37%
Nasais ‑ 20 mg/0.1 ml
n NARATRIPTANO IMIGRAN (MSRM); Glaxo Wellcome
Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco polvilhador ‑ 2 unid ‑
Ind.: Tratamento das crises agudas de enxaqueca. 0,1 ml; e 15,7 (e 7,85); 37%
R. Adv.: V. Triptanos (2.11.). Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco polvilhador ‑ 6 unid ‑
Contra‑Ind. e Prec.: V. Triptanos (2.11.). 0,1 ml; e 44,75 (e 7,4583); 37%
Interac.: V. Triptanos (2.11.).
Posol.: 2,5 mg o mais cedo possível após o início da Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 50 mg
crise; se houver recorrência a dose pode ser repe‑ IMIGRANRADIS (MSRM); Glaxo Wellcome
tida após 4 horas (dose máxima 5 mg/dia). A dose Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 2 unid; e 10,39
deve ser reduzida na IR. (e 5,195); 37% ‑ PR e 6,5
142 Grupo 2 | 2.12. Analgésicos estupefacientes
opióides. Estão descritas 3 categorias principais de R. Adv.: As típicas dos opiáceos (V. Introdução
receptores opióides: miu (), kappa () e delta (). 2.12.).
Os receptores miu medeiam a analgesia supraespinal Contra‑Ind. e Prec.: Usando com precaução em
e espinal tipo morfina, a sedação, a depressão respi‑ doentes com história de utilização de opiáceos,
ratória, a inibição da motilidade intestinal e a modu‑ com função respiratória comprometida, hipotiroi‑
lação da libertação de vários neurotransmissores e dismo, mixedema, doença de Addison, IR ou IH
hormonas; os receptores delta medeiam também a grave, doentes debilitados e doentes com lesões
analgesia supraespinal e espinal bem como a modu‑ do SNC. Para os dispositivos transdérmicos, as re‑
lação da libertação de vários neurotransmissores e acções adversas e interacções podem observar‑se
hormonas; os receptores kappa, para além do seu mesmo após remoção do dispositivo.
envolvimento na analgesia supraespinal e espinal Interac.: Potenciação do efeito do álcool, benzo‑
e na inibição da motilidade intestinal, parecem ser diazepinas e de outros depressores do SNC. Com
os envolvidos nos efeitos psicomiméticos (ex: aluci‑ o diazepam pode causar colapso respiratório ou
nações). As acções dos analgésicos opiáceos actual‑ cardiovascular.
mente disponíveis podem ser definidas em função da Posol.: 0,3 mg de 6 em 6 horas, em média. Para os
dispositivos transdérmicos, um de 36 em 36 horas,
combinação da sua actividade sobre esses receptores. como regra geral.
Os opiáceos agonistas, tipo morfina, têm actividade
nos receptores miu e possivelmente nos kappa,. Os Cutâneas e transdérmicas ‑ 35 µg/h
agonistas incluem os alcalóides naturais do ópio TRANSTEC 35 µG/H (MSRM especial‑P); Grünenthal
(morfina e codeína), os análogos semissintéticos Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 5 unid; e 36,4
(hidromorfona, oximorfona, oxicodona) e os com‑ (e 7,28); 37%
postos sintéticos (meperidina, levorfanol, fentanilo,
metadona). Os agonistas‑antagonistas mistos (nal‑ Cutâneas e transdérmicas ‑ 52.5 µg/h
bufina, pentazocina) têm actividade agonista nuns TRANSTEC 52,5 µG/H (MSRM especial‑P); Grünenthal
receptores e antagonista noutros; por outro lado Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 5 unid; e 51,65
também existem os agonistas parciais (butorfanol, (e 10,33); 37%
buprenorfina). O tramadol, também considerado
neste grupo, é um agonista fraco sobre os receptores Cutâneas e transdérmicas ‑ 70 µg/h
miu e deve o seu efeito analgésico à sua interferên‑ TRANSTEC 70 µG/H (MSRM especial‑P); Grünenthal
cia noutros sistemas, nomeadamente a uma poten‑ Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 5 unid; e 67,55
ciação da transmissão serotoninérgica e inibição da (e 13,51); 37%
recaptação de noradrenalina.
Os opiáceos apresentam um perfil de reacções n FENTANILO
adversas características da classe e de que se sali‑ Ind.: Dor crónica grave.
enta o potencial para indução de dependência física R. Adv.: As dos opiáceos.
que não deve, no entanto, impedir que os doentes Contra‑Ind. e Prec.: As dos opiáceos. Para os dispo‑
com quadros dolorosos significativos sejam ade‑ sitivos transdérmicos, as reacções adversas e inte‑
quadamente tratados. As reacções adversas mais fre‑ racções podem observar‑se mesmo após remoção
quentes são as tonturas, sedação, náuseas e vómitos do dispositivo.
e sudação. Além destes, podem acontecer: euforia, Posol.: Individualizada, em regra um dispositivo
disforia, estados confusionais, insónia, agitação, contendo 2,5 a 7,5 mg, de 72 em 72 horas.
medo, alucinações, sonolência, incoordenação dos
movimentos, alteração do humor, cefaleias, alter‑ Bucais e gengivais ‑ 0.2 mg
ações da visão, miose, tremor, convulsões, aumento ACTIQ (MSRM especial‑E); Cephalon (Reino Unido)
da pressão intracraniana. A nível do tubo digestivo Pastilha comp. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 133,71
referem‑se dor abdominal, alterações do gosto, boca (e 8,914); 37%
seca, anorexia e obstipação. Do aparelho cardiovas‑
cular: afrontamentos, calafrios, colapso da circu‑ Bucais e gengivais ‑ 0.4 mg
lação periférica, taquicardia, bradicardia, arritmias, ACTIQ (MSRM especial‑E); Cephalon (Reino Unido)
hipertensão, hipotensão ortostática e síncope. No Pastilha comp. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 133,71
aparelho geniturinário: espasmos dos esfíncteres, (e 8,914); 37%
retenção urinária, oligúria, efeito antidiurético,
redução da líbido, impotência. Há ainda a referir Bucais e gengivais ‑ 0.6 mg
reacções de hipersensibilidade, prurido, urticária, A CTIQ (MSRM especial‑E); Cephalon (Reino Unido)
laringospasmo. Pode também mencionar‑se a pos‑ Pastilha comp. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 133,71
sibilidade de broncospasmo, redução do reflexo da (e 8,914); 37%
tosse, alterações da regulação térmica, rigidez mus‑
cular, parestesias. E nunca se deve esquecer o risco Bucais e gengivais ‑ 0.8 mg
de depressão respiratória. As doses devem ser reduzi‑ ACTIQ (MSRM especial‑E); Cephalon (Reino Unido)
das quando há IR. Pastilha comp. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 133,71
(e 8,914); 37%
n BUPRENORFINA Cutâneas e transdérmicas ‑ 12 µg/h
Ind.: Dor pós‑operatória moderada a grave, dor on‑ UROGESIC (MSRM especial‑E); Janssen
D
cológica, nevralgia do trigémeo, dor traumática e Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 5 unid ‑ 12 µg/h;
da cólica renal. e 19,62 (e 0,327); 37%
144 Grupo 2 | 2.12. Analgésicos estupefacientes
TRAMAL RETARD (MSRM); Grünenthal TRAVEX LONG 200 MG (MSRM); Meda Pharma
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 10,97 Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 14,53
(e 0,5485); 37% (e 0,7265); 37%
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14,16 TRIDURAL (MSRM); Kironfarma
(e 0,472); 37% Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 13,8
TRAVEX (MSRM); Meda Pharma (e 0,69); 37%
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 8,21
(e 0,4105); 37% Orais sólidas ‑ 300 mg
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 12,3 T RAVEX LONG 300 MG (MSRM); Meda Pharma
(e 0,41); 37% Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 21,81
TRIDURAL (MSRM); Kironfarma (e 1,0905); 37%
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 7,79 TRIDURAL (MSRM); Kironfarma
(e 0,3895); 37% Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 20,71
(e 1,0355); 37%
Orais sólidas ‑ 150 mg Orais sólidas ‑ 400 mg
ELOTRALIB (MSRM); Lab. Gelos (Espanha)
G TRAVEX LONG 400 MG (MSRM); Meda Pharma
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 10,29 Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 28,84
(e 0,5145); 37% (e 1,442); 37%
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 32,01
(e 0,5335); 0% Parentéricas ‑ 100 mg/2 ml
TRAMADOL ACTAVIS (MSRM); Actavis T RAMADOL LABESFAL 100 MG SOLUçãO INJECTá‑
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid (e 0); VEL (MSRM); Labesfal
37% Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 2 ml; e 4,7 (e 0,94);
TRAMADOL RANBAXY (MSRM); Ranbaxy 37% ‑ PR e 4,7
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid (e 0); TRAMADOL MEDA 100 MG/2 ML, SOLUçãO INJEC‑
37% TáVEL (MSRM); Meda Pharma
TRAMAL RETARD (MSRM); Grünenthal Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 2 ml; e 4,7 (e 0,94);
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 12,71 37% ‑ PR e 4,7
(e 0,6355); 37% TRAMAL (MSRM); Grünenthal
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 18,82 Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 2 ml; e 4,7 (e 0,94);
(e 0,6273); 37% 37% ‑ PR e 4,7
TRAVEX (MSRM); Meda Pharma
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 11,94 Rectais ‑ 100 mg
(e 0,597); 37% TRAMADOL GENERIS 100 MG SUPOSITóRIOS
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 17,9 (MSRM); Generis
(e 0,5967); 37% Supositório ‑ Fita termossoldada ‑ 5 unid; e 2,05
TRAVEX LONG 150 MG (MSRM); Meda Pharma (e 0,41); 37% ‑ PR e 2,05
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 12 TRAMAL (MSRM); Grünenthal
Supositório ‑ Fita termossoldada ‑ 5 unid; e 3,25
(e 0,6); 37% (e 0,65); 37% ‑ PR e 2,05
Orais sólidas ‑ 200 mg
ELOTRALIB (MSRM); Lab. Gelos (Espanha)
G
n TRAMADOL + PARACETAMOL
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 12,38 Ind.: As dos componentes.
(e 0,619); 37% R. Adv.: As dos componentes.
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 41,47 Contra‑Ind. e Prec.: As dos componentes.
(e 0,6912); 0% Interac.: As dos componentes.
TRAMADOL ACTAVIS (MSRM); Actavis Posol.: A dose é ajustável à intensidade da dor. Como
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid (e 0); os comprimidos têm 37,5 mg de tramadol e 300 mg
37% de paracetamol, não se deve ultapassar a dose de
TRAMADOL RANBAXY (MSRM); Ranbaxy 300 mg/dia de tramadol (8 comprimidos).
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid (e 0);
37% Orais sólidas ‑ 37.5 mg + 325 mg
TILALGIN (MSRM); Grünenthal
TRAMAL OD (MSRM); Grünenthal Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,2
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 13,8 (e 0,26); 37% ‑ PR e 4,16
(e 0,69); 37% TRAMADOL + PARACETAMOL GENERIS (MSRM);
TRAMAL RETARD (MSRM); Grünenthal Generis
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 16,16 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
(e 0,808); 37% e 3,38 (e 0,169); 37% ‑ PR e 4,16
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 22,73 TRAMADOL + PARACETAMOL KRKA (MSRM); KRKA
(e 0,7577); 37% Farmacêutica
TRAVEX (MSRM); Meda Pharma Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 15,19 e 3,38 (e 0,169); 37% ‑ PR e 4,16
(e 0,7595); 37% ZALDIAR (MSRM); Grünenthal
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 21,59 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,2
(e 0,7197); 37% (e 0,26); 37% ‑ PR e 4,16
2.13. Outros medicamentos com acção no Sistema Nervoso Central 147
2.13. Outros medicamentos com acção no única indicação aprovada regulamentarmente, para o
Sistema Nervoso Central donepezilo e para a galantamina, é a demência de
Alzheimer e a comparticipação só é aplicável nesta
utilização. Mesmo no caso da galantamina em que a
2 .13.1. Medicamentos utilizados no trata- indicação regulamentar contempla as situações mis‑
mento sintomático das alterações das fun- tas, estas pressupõem um diagnóstico de doença de
ções cognitivas
Alzheimer.
edicamentos utilizados no tratamento sin-
M A memantina não é um inibidor da acetilco‑
tomático da demência de Alzheimer linesterase e constitui uma adição recente à terapia
da doença de Alzheimer; é eficaz e poderá vir a ser
A demência de Alzheimer determina uma síndrome um medicamento com interesse, em monoterapia ou
constituído por sintomas e sinais que abrangem a em associação.
totalidade das funções nervosas superiores e tam‑ As reacções adversas mais comuns causadas pelos
bém muitas das restantes funções nervosas. Estas inibidores da acetilcolinesterase são cefaleias, dores
alterações manifestam‑se por alterações cognitivas, generalizadas, fadiga, náuseas, vómitos, anorexia, cãi‑
comportamentais, do humor e também das funções bras, insónia, tonturas, depressão, sonhos anormais,
motoras. Estas manifestações não são específicas da equimoses, aumento de peso, feitos vagotónicos,
demência de Alzheimer e para o seu controlo sin‑ aumento da secreção gástrica, convulsões.
tomático utilizam‑se medicamentos não específicos: Os inibidores da acetilcolinesterase estão contra
antipsicóticos, antidepressores, ansiolíticos, etc. No ‑indicados ou devem ser usados com precaução
entanto os sintomas cognitivos, particularmente a durante a anestesia pelo risco de exagero da parali‑
perturbação dos processos mnésicos, são o núcleo sia muscular do tipo da induzida pela succinilcolina
do síndrome demencial. Os inibidores da acetil‑ e pelas reacções adversas que pode causar, e em
colinesterase foram desenvolvidos no sentido de doentes com asma. A terapêutica não deve ser sus‑
actuarem especificamente no núcleo dos sintomas pensa bruscamente pelo risco de causar uma deterio‑
cognitivos. ração da função cognitiva.
Os inibidores da acetilcolinesterase com pre‑ As interacções típicas destes fármacos são com os
domínio da acção no SNC foram desenvolvidos com anticolinérgicos (inibição do efeito), colinomiméti‑
base no conhecimento de que a integridade do sis‑ cos/inibidores da colinesterase (potenciação do
tema colinérgico era fundamental para o funciona‑ efeito).
mento dos processos mnésicos e que essa integri‑
dade estava gravemente perturbada nos doentes
com doença de Alzheimer. Os fármacos pertencentes n DONEPEZILO
a este grupo que estão disponíveis no mercado Ind.: V. Inibidores da acetilcolinesterase (2.13.1.).
demonstraram em ensaios clínicos um efeito estatisti‑ R. Adv.: V. Inibidores da acetilcolinesterase (2.13.1.).
camente significativo na função cognitiva de doentes Contra‑Ind. e Prec.: V. Inibidores da acetilcolines‑
com doença de Alzheimer inicial ou moderada. Além terase (2.13.1.).
do efeito específico sobre as funções cognitivas, Interac.: V. Inibidores da acetilcolinesterase
verifica‑se também um efeito sobre funções não (2.13.1.).
‑cognitivas. Apesar do efeito sobre a cognição obser‑ Posol.: Dose única de 5 ou 10 mg ao deitar. A dose
vado ser consistente, a sua dimensão é em média de 10 mg não produz efeitos estatisticamente di‑
muito pequena. No entanto, nos doentes que obtêm ferentes da de 5 mg; só deve ser utilizada quando
uma boa resposta à medicação, os estudos mostram não houve benefício com 5 mg ao fim de 6 sema‑
uma melhoria funcional. Não se conhecem factores nas. Pode ser administrado com ou sem refeição.
que permitam predizer a resposta ao tratamento.
Admite‑se que haja doentes que por possuírem cara‑ Orais sólidas ‑ 5 mg
cterísticas individuais, ainda não identificadas, sejam ARICEPT (MSRM); Lab. Pfizer
bons respondedores a estes medicamentos, por isso Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
quando se decide utilizá‑los o doente deve ser moni‑
torizado regularmente, quer para minorar os proble‑ e 64,04 (e 2,2871); 0%
mas de segurança, quer para avaliar da existência de Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
efeito terapêutico. Se este não for detectável a ter‑ e 102,64 (e 1,8329); 0%
apêutica deve ser suspensa. Geralmente, considera ARICEPT (MSRM);
‑se que um período de 12 semanas é adequado para Comp. orodispersível ‑ Blister ‑ 28 unid; e 61,4
avaliar da existência de benefício terapêutico. (e 2,1929); 0%
É importante salientar que os inibidores da acetil‑ DIZIL (MSRM); Merck
colinesterase estão a ser investigados noutras formas Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
de demência que não a de Alzheimer. A rivastigmina e 57,02 (e 2,0364); 0%
provou ser eficaz na demência por corpos de Lewy e Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
mais recentemente na demência associada à Doença e 102,64 (e 1,8329); 0%
de Parkinson para cujo tratamento recebeu indicação DONEPEZILO GENERIS (MSRM); Generis
formal. Há também dados que sugerem a eficácia do Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
donepezilo e da galantamina na demência vascular e 57,02 (e 2,0364); 0%
ou nas situações mistas de doença de Alzheimer e Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
doença cerebrovascular. No entanto, de momento a e 102,64 (e 1,8329); 0%
148 Grupo 2 | 2.13. Outros medicamentos com acção no Sistema Nervoso Central
zepinas, álcool ou outros opiáceos. Devido à serve para dissuadir a utilização abusiva por via
possibilidade de lesão hepática, recomenda‑se a endovenosa. Se esta acontecer, o efeito do opiói‑
realização de provas basais da função hepática e de será anulado pela naloxona.
a documentação do estadio da hepatite antes de R. Adv.: V. Buprenorfina.
iniciar a terapêutica. Contra‑Ind. e Prec.: V. Buprenorfina.
Os doentes positivos para a hepatite viral e/ou Interac.: V. Buprenorfina.
com disfunção hepática pré‑existente devem ser Posol.: V. Buprenorfina.
monitorizados. Não deve ser utilizado durante a
gravidez e o aleitamento deve ser suspenso. Bucais e gengivais ‑ 2 mg + 0.5 mg
Interac.: Álcool, inibidores da MAO, benzodiazepi‑ SUBOXONE (MSRM especial e restrita ‑ Alínea c) do
nas e outras substâncias depressoras do sistema Artigo 118o do D.L. 176/2006‑P); Schering‑Plough
nervoso central ou outros derivados dos opiáceos, Europe (Bélgica)
alguns antidepressores, antagonistas dos recepto‑ Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 8,67
res H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, neu‑ (e 1,2386); 37%
rolépticos, clonidina e substâncias relacionadas, Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 28 unid; e 34,67
inibidores da CYP3A4. (e 1,2382); 37%
Posol.: Dose inicial de um a dois comprimidos su‑
blinguais, aumentando‑se progressivamente, em
Bucais e gengivais ‑ 8 mg + 2 mg
intervalos de 2 a 8 mg, de acordo com o estado
clínico e psicológico do doente. Não exceder a SUBOXONE (MSRM especial e restrita ‑ Alínea c) do
dose diária máxima de 24 mg. Administrar quando Artigo 118o do D.L. 176/2006‑P); Schering‑Plough
surgem os sinais de abstinência, mas nunca antes Europe (Bélgica)
de ter decorrido um período de 6 horas após a Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 26,07
última utilização de opiáceos. (e 3,7243); 37%
Em doentes tratados com metadona, a dose desta Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 28 unid; e 103,93
deve ser previamente reduzida para um máximo (e 3,7118); 37%
de 30 mg/dia e deve decorrer, no mínimo, 24 ho‑
ras após a última administração de metadona. n BUPROPIOM
Após uma estabilização satisfatória, a posologia Ind.: Depressão. Tratamento adjuvante de progra‑
poderá ser gradualmente reduzida com eventual mas para cessação do consumo de nicotina.
suspensão do tratamento. R. Adv.: Perda de peso, cefaleias, enxaqueca, insó‑
nia, irritabilidade, ansiedade. Tremor é bastante
Bucais e gengivais ‑ 0.4 mg frequente (20% dos expostos). Pode causar ainda
SUBUTEX (MSRM especial‑P); Schering‑Plough hipertensão, efeitos anticolinérgicos e hipersuda‑
Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 2,96
(e 0,4229); 37% ção.
Contra‑Ind. e Prec.: O risco de convulsões é supe‑
Bucais e gengivais ‑ 2 mg rior ao de outros antidepressores. IR ou IH. His‑
BUPRENORFINA AZEVEDOS (MSRM especial‑P); Lab. tória recente de enfarte do miocárdio ou doença
Azevedos cardíaca instável.
Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 5,02 Interac.: Não deve ser associado a IMAO nem a me‑
(e 0,7171); 37% ‑ PR e 5,02 dicamentos com actividade sobre a MAO. Ritona‑
BUPRENORFINA GOLDFARMA (MSRM especial‑P); vir produz aumentos importantes das concentra‑
Goldfarma ções plasmáticas. O uso simultâneo com tricíclicos
Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 5,02 pode diminuir ainda mais o limiar convulsivante.
(e 0,7171); 37% ‑ PR e 5,02 Há interacções potenciais com carbamazepina,
SUBUTEX (MSRM especial‑P); Schering‑Plough fosfenitoína, fenobarbital, fenitoína e rifampicina.
Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 7,73 Posol.: Na depressão: A dose inicial recomen‑
(e 1,1043); 37% ‑ PR e 5,02 da é de 150 mg/dia. Não foi estabelecida uma
dose óptima nos ensaios clínicos. No caso
Bucais e gengivais ‑ 8 mg de não se verificarem melhorias após 4 sema‑
BUPRENORFINA AZEVEDOS (MSRM especial‑P); Lab. nas de tratamento em uma dose de 150 mg,
Azevedos esta poderá ser aumentada para 300 mg/dia.
Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 14,67 Na cessação do consumo de nicotina: dose
(e 2,0957); 37% ‑ PR e 14,67 inicial: 150 mg/dia (1 administração); depois
BUPRENORFINA GOLDFARMA (MSRM especial‑P); 300 mg/dia (2 administrações separadas de pelo
Goldfarma menos 8 horas). A terapêutica deve ser iniciada 2
Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 14,67 semanas antes do doente deixar de fumar e deve
(e 2,0957); 37% ‑ PR e 14,67 ser mantido até 12 semanas após.
SUBUTEX (MSRM especial‑P); Schering‑Plough
Comp. sublingual ‑ Blister ‑ 7 unid; e 22,2 Orais sólidas ‑ 150 mg
(e 3,1714); 37% ‑ PR e 14,67 ELONTRIL (MSRM); Bial
Comp. libert. modif. ‑ Frasco ‑ 7 unid; e 6,3
n BUPRENORFINA + NALOXONA (e 0,9); 37%
Ind.: A monografia é idêntica à da Buprenorfina Comp. libert. modif. ‑ Frasco ‑ 30 unid; e 24,33
isolada (ver acima). Nesta associação a naloxona (e 0,811); 37%
2.13. Outros medicamentos com acção no Sistema Nervoso Central 155
WELLBUTRIN XR (MSRM); GSK Posol.: Via oral: 25 mg no 1o dia; depois 50 mg/dia
Comp. libert. modif. ‑ Frasco ‑ 7 unid; e 6,3 ou 150 mg de 3 em 3 dias.
(e 0,9); 37%
Comp. libert. modif. ‑ Frasco ‑ 30 unid; e 24,33 Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 50 mg/10 ml
(e 0,811); 37% ANTAXONE (MSRM); Zambon
ZYBAN (MSRM); Glaxo Wellcome Sol. oral ‑ Frasco ‑ 14 unid ‑ 10 ml; e 34,63
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 73,82 (e 2,4736); 37% ‑ PR e 37,21
(e 1,2303); 0%
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 50 mg/20 ml
Orais sólidas ‑ 300 mg NALTREXONA DESTOXICAN 50 MG/20 ML SOLU‑
ELONTRIL (MSRM); Bial çãO ORAL (MSRM); Pentafarma
Comp. libert. modif. ‑ Frasco ‑ 30 unid; e 37,08 Sol. oral ‑ Frasco ‑ 20 unid ‑ 20 ml; e 35,6
(e 1,236); 37% (e 1,78); 37% ‑ PR e 50,86
WELLBUTRIN XR (MSRM); GSK
Comp. libert. modif. ‑ Frasco ‑ 30 unid; e 37,08 Orais sólidas ‑ 50 mg
(e 1,236); 37% DESTOXICAN (MSRM); Pentafarma
Comp. ‑ Frasco ‑ 20 unid; e 40,71 (e 2,0355);
n DISSULFIRAM 37%
Ind.: Adjuvante no tratamento do alcoolismo cróni‑ Comp. ‑ Frasco ‑ 60 unid; e 79,94 (e 1,3323);
co (deve ser utilizado sob supervisão de especia‑ 37% ‑ PR e 75,81
listas). NALTREXONA GENERIS (MSRM); Generis
R. Adv.: Sonolência e fadiga; náuseas e vómitos, Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
halitose e redução da líbido. Raramente reacções e 19,32 (e 1,38); 37% ‑ PR e 20,88
psicóticas, dermatite alérgica, neurite periférica e Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
lesão da célula hepática. e 69,17 (e 1,2352); 37% ‑ PR e 70,76
Contra‑Ind. e Prec.: Deve ser assegurado que o
doente não ingeriu álcool nas 24 horas que an‑ n NICOTINA
tecederam o inicio do tratamento; necessária pre‑ Ind.: Tratamento da síndrome de privação de ni‑
caução na IR ou IH ou respiratória, na diabetes e cotina, como facilitador da supressão do hábito
na epilepsia. São contra‑indicações a IC, doença tabágico.
coronária, história de AVC, hipertensão, psicose,
alterações da personalidade, gravidez e aleitamen‑ R. Adv.: Cefaleias, vertigens, náuseas, vómitos, ta‑
to. quicardia, insónia, em geral pouco marcadas ou
Interac.: A interacção com álcool é característica e ausentes, por o individuo ter ganho tolerância
constitui o mecanismo do tratamento (por aver‑ através do seu hábito tabágico. Efeito irritante
são). Com o metronidazol produz interacção se‑ local e dores maxilares (por se usar pastilhas de
melhante a que ocorre com o álcool. O efeito dos mascar) ou irritação local (para os sistemas trans‑
anticoagulantes é aumentado. O metabolismo das dérmicos).
benzodiazepinas, dos tricíclicos, da teofilina e da Contra‑Ind. e Prec.: Adolescentes, grávidas, lactan‑
fenitoína é diminuído. tes; acidente cardiovascular recente; angina de
Posol.: 800 mg como dose única no 1o dia, que vai peito, arritmias graves, insuficiência arterial peri‑
sendo reduzida durante 5 dias até 100 a 200 mg/ férica, feocromocitoma; úlcera gastroduodenal,
dia. hipertensão. Deve acompanhar‑se o indivíduo
com aconselhamento e apoio psicológico.
Orais sólidas ‑ 500 mg Interac.: Não referidas.
TETRADIN (MSRM); Caldeira & Metelo Posol.: A estabelecer em cada indivíduo, de acordo
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,96 (e 0,148); 37% com o seu consumo de tabaco e grau de depen‑
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,3 (e 0,1217); 37% dência. Em regra 8‑12 pastilhas de 2 mg/dia; nos
grandes fumadores deve iniciar‑se o tratamento
n NALTREXONA com as pastilhas de 4 mg. Não ultrapassar a dose
Ind.: No tratamento da dependência aos opiáceos e de 50 mg/dia.
como adjuvante na prevenção de recaídas de alco‑ Para os sistemas transdérmicos: aplicar um siste‑
ólicos tratados. ma de 10, 20 ou 30 cm2 (correspondentes a 7, 14
R. Adv.: Dores abdominais, anorexia, náuseas e vó‑ e 21 mg/24 horas respectivamente), consoante o
mitos. Insónias, zumbidos, disforia, astenia. Púr‑ consumo de cigarros e o grau de dependência.
pura trombocitopénica e perturbações hepáticas.
Contra‑Ind. e Prec.: Não deve ser administrada a Bucais e gengivais ‑ 1.5 mg
doentes em síndrome de privação aguda aos opi‑ NICOPASS (MNSRM); Pierre Fabre Dermo
áceos, nem a doentes em tratamento medicamen‑ ‑Cosmétique
toso com estes analgésicos. IH e IR. A naltrexona Pastilha ‑ Blister ‑ 36 unid; 0%
só pode ser administrada pelo menos 7 dias de‑ Pastilha ‑ Blister ‑ 96 unid; 0%
pois da última administração de opiáceos. NICOPASS (MNSRM); Pierre Fabre Dermo
Interac.: Não deverá ser administrada concomi‑ ‑Cosmétique
tantemente com preparados que possam conter Pastilha ‑ Blister ‑ 36 unid; 0%
opiáceos. Pastilha ‑ Blister ‑ 96 unid; 0%
156 Grupo 2 | 2.13. Outros medicamentos com acção no Sistema Nervoso Central
Aparelho
interesse no tratamento das doenças do foro car‑
diovascular, será conveniente, a título de introdu‑
ção, fazer algumas considerações. A primeira diz
respeito à metodologia de uma abordagem tera‑
pêutica que se quer geral, holística e integrada;
a segunda tem a haver com as dificuldades de
Cardiovascular
classificação farmacológica. À semelhança do que
acontece com o tratamento de situações patoló‑
gicas inerentes a outros aparelhos e sistemas,
também a terapêutica cardiovascular implica, em Aparelho Cardiovascular
termos genéricos, quatro formas de abordagem: 1. 3.1. Cardiotónicos
prevenção da situação patológica; 2. remoção da 3.1.1. Digitálicos
causa precipitante; 3. correcção dos mecanismos 3.1.2. Outros cardiotónicos
de adaptação subjacentes; 4. controlo do estado
clínico per se. Tomando como exemplo a doença 3.2. Antiarrítmicos
coronária, é pois crucial o controlo dos factores 3.2.1. Bloqueadores dos canais do sódio
de risco (HTA, tabagismo, diabetes mellitus, hiper‑ (Classe I)
colesterolemia, hiperhomocisteinemia, obesidade, .2.1.1. Classe Ia (tipo quinidina)
3
3.2.1.2. Classe Ib (tipo lidocaína )
stress), a redução dos efeitos das concausas (ex: 3.2.1.3. Classe Ic (tipo flecainida )
tratamento da IC que eventualmente exista; cor‑ 3.2.2. Bloqueadores adrenérgicos beta
recção de uma possível anemia) e o tratamento (Classe II)
farmacológico dirigido à situação clínica, para 3.2.3. Prolongadores da repolarização
além de repouso adequado, de uma dieta apro‑ (Classe III)
priada, enfim, de um estilo de vida saudável. 3.2.4. Bloqueadores da entrada do cálcio
No que respeita à classificação dos fármacos, (Classe IV)
é cada vez mais difícil, em termos conceptuais, 3.2.5. Outros antiarrítmicos
confiná‑los a grupos estanques. É que um determi‑
nado fármaco pode ter várias indicações terapêuti‑ 3.3. Simpaticomiméticos
cas (ex: IECAs ‑ indicados no tratamento da HTA e 3.4. Anti‑hipertensores
da IC); e também é verdade que uma determinada 3.4.1. Diuréticos
situação clínica pode ter uma abordagem multifar‑ .4.1.1. Tiazidas e análogos
3
macológica. É o caso da IC, em que, graças a uma 3.4.1.2. Diuréticos da ansa
melhor compreensão actual dos seus mecanismos 3.4.1.3. Diuréticos poupadores
fisiopatológicos, tem sido possível a utilização de de potássio
fármacos que não reduzem apenas a sintomatolo‑ 3.4.1.4. Inibidores da anidrase
gia mas também aumentam a sobrevida. De facto, carbónica
a excessiva activação dos mecanismos neurohumo‑ 3.4.1.5. Diuréticos osmóticos
3.4.1.6. Associações de
rais vasoconstritores e antinatriuréticos (sistemas diuréticos
adrenérgico e renina‑angiotensina‑aldosterona), 3.4.2. Modificadores do eixo renina
em sobreposição aos mecanismos vasodilatado‑ angiotensina
res e natriuréticos (que também estão activados), 3.4.2.1. Inibidores da enzima
determinam de forma indelével o prognóstico da de conversão da
IC. Admite‑se hoje, de acordo com a evidência angiotensina
dos factos, que se é aceitável administrar medi‑ 3.4.2.2. Antagonistas dos recepto-
camentos com inotropismo positivo, é ainda mais res da angiotensina
importante a utilização de medicamentos que 3.4.3. Bloqueadores da entrada do cálcio
contrariem a excessiva adaptação dos mecanismos 3.4.4. Depressores da actividade adrenér-
neurohumorais vasoconstritores e antinatriuréti‑ gica
cos. Aqui reside a importância dos IECAs. Actual‑ .4.4.1. Bloqueadores alfa
3
3.4.4.2. Bloqueadores beta
mente, o tratamento da IC tem como pilares fun‑ 3.4.4.3. Agonistas alfa 2 centrais
damentais os diuréticos (melhoram os sintomas), 3 .4.5. Vasodilatadores directos
alguns bloqueadores beta em baixas doses no 3.4.6. Outros
início de tratamento (ex: carvedilol, nebivolol),
os IECAs (diminuem a morbilidade, melhoram o 3.5. Vasodilatadores
prognóstico e aumentam a esperança de vida) e 3.5.1. Antianginosos
os digitálicos (especialmente se houver determina‑ 3.5.2. Outros vasodilatadores
das perturbações de ritmo, tais como fibrilhação e 3.6. Venotrópicos
flutter auriculares).
3.7. Antidislipidémicos
3.1. Cardiotónicos
Por cardiotónicos designam‑se as substâncias simpaticomiméticas, como a dopamina e a dobu‑
com efeito inotrópico positivo, tais como as ami‑ tamina, apenas são utilizadas por via IV, em meio
nas simpaticomiméticas e os digitálicos. As aminas hospitalar e exigindo monitorização.
160 Grupo 3 | 3.1. Cardiotónicos
R. Adv.: Taquicardia, tremores, sudação, ansiedade, 3.4.2. ‑ Modificadores do eixo renina angioten‑
angústia, insónias, palpitações, pré‑cordialgia e sina: Inibidores da enzima de conversão
subida da tensão arterial para valores indesejáveis. da angiotensina; Antagonistas dos recep‑
Contra‑Ind. e Prec.: Doença coronária, hipertiroi‑ tores da angiotensina
dismo, HTA, cardiomiopatia obstrutiva hipertrófi‑ 3.4.3. ‑ Bloqueadores da entrada do cálcio
ca, taquiarritmias, glaucoma, hipertrofia prostáti‑ 3.4.4. ‑ Depressores da actividade adrenérgica:
ca com retenção urinária, feocromocitoma. Bloqueadores alfa; Bloqueadores beta;
Interac.: Pode haver potenciação de efeito se for Agonistas alfa 2 centrais
administrada simultaneamente com outras subs‑ 3.4.5. ‑ Vasodilatadores directos
tâncias simpaticomiméticas, antidepressores 3.4.6. ‑ Outros
tricíclicos, mineralocorticóides. Em casos de ad‑
ministração concomitante com digitálicos pode Destes grupos e subgrupos, os diuréticos, os
observar‑se bradicardia. IECAs, os antagonistas dos receptores da angio‑
Posol.: Via oral: 2,5 a 5 mg/dia, em duas fracções. tensina, os bloqueadores da entrada do cálcio
e os bloqueadores beta são considerados anti
Orais sólidas ‑ 2.5 mg ‑hipertensores de 1a linha.
GUTRON (MSRM); Soc. Nostrum A escolha inicial de um anti‑hipertensor deverá
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 6,62 (e 0,1103); 37% obviamente recair num de 1a linha, como, por
exemplo, diurético ou bloqueador beta. Se houver
necessidade de associar dois anti‑hipertensores, a
3.4. Anti‑ hipertensores associação ainda deverá recair em dois de 1a linha.
Em caso de ser necessário juntar um terceiro anti
A HTA constitui um dos principais factores de ‑hipertensor, optar‑se‑á pela rilmenidina, cloni‑
risco de doença coronária, de IC, dos AVCs e da dina ou outro de 2a linha de eficácia comprovada.
nefroangioesclerose. Daí que os anti‑hipertensores A opção pelo anti‑hipertensor está depen‑
representem um importante grupo de substâncias dente da situação concreta do doente. Assim, por
na prevenção da elevada morbilidade e mortali‑ exemplo, se o doente tem concomitantemente
dade associadas a estas situações. IC, a escolha deve recair preferencialmente num
A adopção de estilos de vida saudáveis, tais diurético e/ou IECA; se tem angina de peito deve
como redução de peso, baixo consumo de cloreto preferir‑se um bloqueador beta ou um bloqueador
de sódio e de álcool e exercício físico regular dos canais do cálcio. Se se trata de uma grávida, os
constituem importantes medidas na redução dos bloqueadores da entrada do cálcio e os bloquea‑
valores da tensão arterial. Porém, estas atitudes dores beta são os anti‑hipertensores mais aconse‑
nem sempre são suficientes, pelo que o recurso lháveis. O factor do custo deve igualmente ser tido
aos anti‑hipertensores é frequentemente necessá‑ em conta, como em todas as terapêuticas, particu‑
rio. larmente quando de natureza crónica.
Actualmente, de acordo com as definições da
Organização Mundial de Saúde e da Sociedade Existem no mercado associações de anti
Internacional de Hipertensão, considera‑se haver ‑hipertensores na mesma preparação farmacêu‑
HTA quando os valores de tensão são superiores a tica, com o objectivo de uma maior adesão tera‑
140 e/ou 90 mmHg, respectivamente para a tensão pêutica por parte do doente.
sistólica e diastólica.
Sistólica Diastólica 3 .4.1. Diuréticos
Hipertensão ligeira 140‑159 90‑99 Os diuréticos mantêm grande interesse no tra‑
tamento da HTA. São geralmente eficazes, capazes
de reduzir efectivamente a morbilidade e a mor‑
Hipertensão moderada 160‑179 100‑109 talidade cardiovasculares, de baixo custo rela‑
tivo (aspecto importante no tratamento de uma
Hipertensão grave >/= 180 >/= 110 doença crónica), de fácil manejo e bastante bem
tolerados, mesmo no doente idoso.
Considera‑se “normal alta” a tensão arterial Quando utilizados com outros anti
com valores de 130‑139 e 85‑89, respectivamente ‑hipertensores, exibem efeitos aditivos ou mesmo
para a sistólica e diastólica, devendo isto ser espe‑ sinérgicos, pelo que existem numerosas associa‑
cialmente considerado, se houver outros factores ções em dose fixa (V. Subgrupos 3.4.2. e 3.4.4.).
de risco associados, tais como diabetes mellitus e Os efeitos laterais mais frequentemente obser‑
insuficiência renal crónica. vados prendem‑se com alterações bioquímicas
Podemos classificar os anti‑hipertensores, face e metabólicas: hiponatremia, hipomagnesemia,
ao seu principal mecanismo de acção, em seis hipocaliemia e hiperuricemia. Podem provocar
grandes grupos, sendo os seus subgrupos: ainda aumento do colesterol e dos triglicerídeos,
intolerância à glucose e resistência à insulina.
3.4.1. ‑ Diuréticos: Tiazidas e análogos; Diuré‑ Os diuréticos são fármacos que promovem a
ticos da ansa; Diuréticos poupadores de excreção renal de água e electrólitos causando
potássio; Inibidores da anidrase carbó‑ um balanço negativo de sódio. Para além da HTA
nica; Diuréticos osmóticos; Associações (particularmente as tiazidas e análogos) estão tam‑
de diuréticos bém indicados na remoção de edemas.
166 Grupo 3 | 3.4. Anti‑hipertensores
Os inibidores da anídrase carbónica (ex.: aceta‑ O efeito anti‑hipertensor manifesta‑se mais len‑
zolamida) são diuréticos fracos, usados na profi‑ tamente e, em regra, é conseguido com doses
laxia da doença de altitude e, principalmente, no inferiores às usadas para a obtenção do efeito
tratamento do glaucoma. diurético.
Os diuréticos osmóticos aumentam a osmolari‑ R. Adv.: As tiazidas e seus análogos podem causar
dade do plasma e do fluido tubular, sendo indica‑ alterações metabólicas (hiperglicemia e glicosúria,
dos na redução ou prevenção de edema cerebral, hiperuricemia, alterações do perfil lipídico), dese‑
na redução da pressão intra‑ocular e em situações quilíbrios electrolíticos vários (alcalose hipoclo‑
de IR aguda. São usados essencialmente em meio rémica, hiponatremia, hipocaliemia, hipomagne‑
hospitalar. Fazem parte deste grupo o isossorbido semia, hipercalcemia), alterações hematológicas,
e o manitol. diversos tipos de reacções adversas gastrintesti‑
O uso de diuréticos deverá ser acompanhado nais, anorexia, cefaleias, tonturas, reacções de
de outras medidas que “potenciem” a eficácia do fotossensibilidade, hipotensão postural, pareste‑
tratamento (restrição na ingestão de sódio) ou que sias, impotência e alterações da visão. Muitas das
reacções adversas são dependentes da dose e, nas
facilitem a remoção de certos edemas (movimento posologias habitualmente usadas na clínica, têm
e uso de meias de descanso, no caso do edema uma incidência e gravidade modestas.
ortostático). Contra‑Ind. e Prec.: Obrigam a precaução quando
Na prescrição de diuréticos é necessário ter usadas em doentes com hipercalcemia, com his‑
presente que estes fármacos para além de promo‑ tória de ataques de gota, cirrose hepática (risco
verem a excreção hidrossalina, influenciam o grau aumentado de hipocaliemia), IR (risco de agrava‑
de perfusão renal, obrigando ao ajuste de dosa‑ mento da função renal), em diabéticos e em casos
gem em caso de IR (nomeadamente em idosos). de hiperaldosteronismo. Estão contra‑indicados
Causam espoliação de iões (sódio, potássio, mag‑ quando a função hepática ou renal está muito
nésio) o que, nos casos mais graves, pode levar à comprometida, em doentes que tenham sofrido
necessidade de administração de suplementos ou um AVC recente e na gravidez. Em doses altas po‑
à sua associação com fármacos que causem efei‑ dem suprimir a lactação.
tos antagónicos sobre a excreção de alguns destes Interac.: Podem ocorrer interacções entre tiazidas
iões. (e seus análogos) com digitálicos (aumento da
Os diuréticos mais vulgarmente utilizados no toxicidade resultante da hipocaliemia), com an‑
ambulatório são as tiazidas e seus análogos, os diu‑ tiarrítmicos (aumento da toxicidade cardíaca dos
réticos da ansa e os poupadores de potássio. São usa‑ antiarrítmicos das classes IA, IC e III e diminuição
dos isoladamente ou em associação (principalmente de eficácia dos antiarrítmicos da classe IB), com
de tiazidas com poupadores de potássio). sais de lítio (aumento dos níveis plasmáticos de
lítio e riscos de aparecimento de efeitos tóxicos),
com terfenadina (aumento da incidência de ar‑
3 .4.1.1. Tiazidas e análogos ritmias ventriculares), e com IECAs (aumento do
efeito hipotensor).
Neste grupo estão incluídos um conjunto de Os diversos fármacos deste grupo apresen‑
fármacos de estrutura tiazídica (altizida, ben‑ tam um perfil de eficácia e segurança muito
drofluazida, clorotiazida, ciclopentiazida, hidro‑ semelhante. Distinguem‑se pelo seu t1/2 e pela
clorotiazida, hidroflumetiazida, politiazida) e importância da contribuição da vasodilatação
outros fármacos (clorotalidona, indapamida, para o efeito anti‑hipertensor.
metolazona e xipamida) que partilham com as
tiazidas o mesmo mecanismo de acção: inibição da n CLOROTALIDONA
reabsorção de sódio na porção inicial do túbulo
contornado distal. Têm uma potência moderada. Ind.: HTA, IC ligeira ou moderada, nefrolitíase causa‑
Note‑se que presentemente não existe no mercado da por hipercalciúria idiopática e na diabetes insí‑
nenhuma tiazida isolada, mas que a hidroclorotia‑ pida nefrogénica. V. Tiazidas e análogos (3.4.1.1.).
zida surge em muitas associações em dose fixa, R. Adv.: V. Tiazidas e análogos (3.4.1.1.).
juntamente com um anti‑hipertensor ou outro Contra‑Ind. e Prec.: V. Tiazidas e análogos
diurético. (3.4.1.1.).
Interac.: V. Tiazidas e análogos (3.4.1.1.).
Ind.: HTA, IC ligeira a moderada, nefrolitíase cau‑ Posol.: Edema: 50 a 100 mg/dia conforme a gravi‑
sada por hipercalciúria idiopática e na diabetes dade (tratamento inicial); 50 a 100 mg, 3 vezes/
insípida nefrogénica. A acção anti‑hipertensora semana (tratamento de manutenção; a administra‑
parece resultar da redução do volume extracelular ção em dias alternados é justificada pelo facto do
(devido ao efeito diurético) e de um efeito vasodi‑ fármaco apresentar um longo t1/2).
latador directo. Ao inibirem a excreção do cálcio HTA: 25 a 50 mg/dia.
podem reduzir o risco de osteoporose.
Os efeitos diuréticos destes fármacos iniciam-se 1 Orais sólidas ‑ 50 mg
a 2 horas após a administração oral, mantendo HYGROTON (MSRM); Amdipharm (Irlanda)
‑se por 12 a 24 horas. São administrados de pre‑ Comp. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 1,29 (e 0,129); 69%
ferência de manhã, para a diurese não interferir Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 5,03 (e 0,0838); 69%
com o sono. Alguns possuem t1/2 prolongado,
permitindo a sua administração em dias alter‑ n INDAPAMIDA
nados. Ind.: HTA.
3.4. Anti‑hipertensores 167
dia. ICC: inicialmente 2,5 mg/dia e após 2 a 4 APTOPRIL CINFA 25 MG COMPRIMIDOS (MSRM);
C
semanas pode‑se aumentar para 5 mg/dia. Dose Cinfa
máx. 20 mg/dia. Na IR a dose deve ser reduzida se Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,39 (e 0,1232); 69%
Cl cr < 30 ml/min.. Dose máx. 10 mg. ‑ PR e 12,93
CAPTOPRIL CONVERTAL 25 MG COMPRIMIDOS
Orais sólidas ‑ 5 mg (MSRM); Tecnimede
BENAZEPRIL ACTAVIS (MSRM); Actavis (Islândia) Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8 (e 0,19); 69% ‑ PR
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,08
e 2,56 (e 0,128); 69% ‑ PR e 3 Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,39 (e 0,1232); 69%
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; ‑ PR e 12,93
e 5,41 (e 0,0902); 69% ‑ PR e 6 CAPTOPRIL FARIBéRICA 25 MG COMPRIMIDOS
BENAZEPRIL GENERIS (MSRM); Generis (MSRM); Tecnimede
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid; Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,58 (e 0,143); 69%
e 1,85 (e 0,1321); 69% ‑ PR e 2,1 ‑ PR e 12,93
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; CAPTOPRIL FARMOZ 25 MG COMPRIMIDOS
e 4,93 (e 0,088); 69% ‑ PR e 5,6 (MSRM); Farmoz
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,69 (e 0,1448); 69%
‑ PR e 12,93
Orais sólidas ‑ 10 mg CAPTOPRIL GENERIS 25 MG COMPRIMIDOS
BENAZEPRIL ACTAVIS (MSRM); Actavis (Islândia) (MSRM); Generis
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8 (e 0,19); 69% ‑ PR
e 10,83 (e 0,1805); 69% ‑ PR e 12 e 5,08
BENAZEPRIL GENERIS (MSRM); Generis Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,2 (e 0,1367); 69%
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; ‑ PR e 12,93
e 9,86 (e 0,1761); 69% ‑ PR e 11,2 CAPTOPRIL GERMED 25 MG COMPRIMIDOS
(MSRM); Germed
Orais sólidas ‑ 20 mg Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8 (e 0,19); 69% ‑ PR
BENAZEPRIL ACTAVIS (MSRM); Actavis (Islândia) e 5,08
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,39 (e 0,1232); 69%
e 18,58 (e 0,3097); 69% ‑ PR e 20,63 ‑ PR e 12,93
BENAZEPRIL GENERIS (MSRM); Generis CAPTOPRIL GP 25 MG COMPRIMIDOS (MSRM); gp
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,58 (e 0,143); 69%
e 16,94 (e 0,3025); 69% ‑ PR e 19,25 ‑ PR e 12,93
CAPTOPRIL LABESFAL 25 MG COMPRIMIDOS
n CAPTOPRIL (MSRM); Labesfal
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8 (e 0,19); 69% ‑ PR
Ind.: V. IECAs (3.4.2.1.). e 5,08
R. Adv.: V. IECAs (3.4.2.1.). A tosse e a disgeusia são Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,96 (e 0,1327); 69%
frequentes. ‑ PR e 12,93
Contra‑Ind. e Prec.: V. IECAs (3.4.2.1.). CAPTOPRIL MEPHA 25 MG COMPRIMIDOS (MSRM);
Interac.: V. IECAs (3.4.2.1.). Mepha
Posol.: Via oral: 12,5 a 150 mg/dia, em doses reparti‑ Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8 (e 0,19); 69% ‑ PR
das. Esta posologia é variável em função da situação e 5,08
clínica. Assim, por exemplo, na HTA a dose usual é Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,67 (e 0,1445); 69%
de 50 a 100 mg/dia; na nefropatia diabética é de 75 ‑ PR e 12,93
a 100 mg/dia; na IC é de 75 a 150 mg/dia, após um CAPTOPRIL MYLAN (MSRM); Mylan
período com doses mais baixas (6,25 ou 12,5 mg, 3 Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8 (e 0,19); 69% ‑ PR
vezes/dia). A IR implica redução de dose. e 5,08
Preferencialmente, o captopril deve ser adminis‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,39 (e 0,1232); 69%
trado fora das refeições, uma vez que os alimentos ‑ PR e 12,93
reduzem a sua biodisponibilidade. CAPTOPRIL RATIOPHARM 25 MG COMPRIMIDOS
(MSRM); Ratiopharm
Orais sólidas ‑ 25 mg Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,69 (e 0,1448); 69%
CAPOTEN (MSRM); Bristol‑Myers Squibb ‑ PR e 12,93
CAPTOPRIL SANDOZ 25 MG COMPRIMIDOS
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 10,64 (e 0,1773); (MSRM); Sandoz
69% ‑ PR e 12,93 Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 7,97 (e 0,1328); 69%
CAPTOPRIL BLUEPHARMA INDúSTRIA FARMACêU‑ ‑ PR e 12,93
TICA S.A. 25 MG COMPRIMIDOS (MSRM); Bluepharma CAPTOPRIL WINTHROP 25 MG COMPRIMIDOS
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,79 (e 0,1895); 69% (MSRM); Winthrop
‑ PR e 5,08 Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 2,66 (e 0,19); 69%
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,18 (e 0,1363); 69% ‑ PR e 3,52
‑ PR e 12,93 Comp. ‑ Blister ‑ 56 unid; e 7,72 (e 0,1379); 69%
CAPTOPRIL CARENCIL 25 MG COMPRIMIDOS ‑ PR e 12,07
(MSRM); Jaba Recordati HIPOTENSIL (MSRM); Lab. Medinfar
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8 (e 0,19); Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,01 (e 0,2505); 69%
69% ‑ PR e 5,08 ‑ PR e 5,08
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,52 (e 0,142); Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,15 (e 0,2025);
69% ‑ PR e 12,93 69% ‑ PR e 12,93
3.4. Anti‑hipertensores 173
OLSAR PLUS (MSRM); Menarini (Luxemburgo) Orais sólidas ‑ 40 mg + 12.5 mg
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid; MICARDISPLUS (MSRM); Boehringer Ingelheim In‑
e 11,55 (e 0,825); 69% ternational (Alemanha)
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 19,79 (e 0,7068);
e 37,01 (e 0,6609); 69% 69%
PRITORPLUS (MSRM); Bayer Schering (Alemanha)
Orais sólidas ‑ 20 mg + 25 mg Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 10,96 (e 0,7829);
OLMETEC PLUS (MSRM); Daiichi Sankyo 69%
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid; Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 19,79 (e 0,7068);
e 11,55 (e 0,825); 69% 69%
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
e 37,01 (e 0,6609); 69% Orais sólidas ‑ 80 mg + 12.5 mg
OLSAR PLUS (MSRM); Menarini (Luxemburgo) MICARDISPLUS (MSRM); Boehringer Ingelheim In‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid; ternational (Alemanha)
e 11,55 (e 0,825); 69% Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 23,74 (e 0,8479);
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; 69%
e 37,01 (e 0,6609); 69% PRITORPLUS (MSRM); Bayer Schering (Alemanha)
Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 23,74 (e 0,8479);
n TELMISARTAN 69%
Ind.: V. Antagonistas dos receptores da angiotensina Orais sólidas ‑ 80 mg + 25 mg
(3.4.2.2.). MICARDISPLUS (MSRM); Boehringer Ingelheim In‑
R. Adv.: V. Antagonistas dos receptores da angioten‑ ternational (Alemanha)
sina (3.4.2.2.). Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 11,86 (e 0,8471);
Contra‑Ind. e Prec.: V. Antagonistas dos receptores 69%
da angiotensina (3.4.2.2.). IH grave, obstrução Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 23,73 (e 0,8475);
biliar, IR grave. 69%
Interac.: V. Antagonistas dos receptores da angio‑ PRITORPLUS (MSRM); Bayer Schering (Alemanha)
tensina (3.4.2.2.). Aumenta as concentrações sé‑ Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 11,86 (e 0,8471);
ricas da digoxina. 69%
Posol.: 20 a 80 mg/dia (dose média: 40 mg/dia). Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 23,73 (e 0,8475);
69%
Orais sólidas ‑ 20 mg
PRITOR (MSRM); Bayer Schering (Alemanha)
Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 13,94 (e 0,4979); 0% n VALSARTAN
Ind.: V. Antagonistas dos receptores da angiotensina
Orais sólidas ‑ 40 mg (3.4.2.2.).
MICARDIS (MSRM); Boehringer Ingelheim Interna‑ R. Adv.: V. Antagonistas dos receptores da angioten‑
tional (Alemanha) sina (3.4.2.2.).
Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 19,28 (e 0,6886); Contra‑Ind. e Prec.: V. Antagonistas dos receptores
69% da angiotensina (3.4.2.2.). IR grave, IH grave, hi‑
PRITOR (MSRM); Bayer Schering (Alemanha) persensibilidade aos constituintes, colestase.
Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 19,28 (e 0,6886); Interac.: V. Antagonistas dos receptores da angio‑
69% tensina (3.4.2.2.).
Posol.: Via oral: Hipertensão arterial: 80 mg/dia (até
Orais sólidas ‑ 80 mg 160 mg/dia). Iniciar tratamento com 40 mg/dia na
MICARDIS (MSRM); Boehringer Ingelheim Interna‑ IR ligeira a moderada. Insuficiência cardíaca: ini‑
tional (Alemanha) ciar com 20 mg duas vezes por dia, aumentando
Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 23,76 (e 0,8486); em função da resposta do doente.
69%
PRITOR (MSRM); Bayer Schering (Alemanha) Orais sólidas ‑ 80 mg
Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 23,76 (e 0,8486); DIOVAN (MSRM); Novartis Farma
69% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
e 12,05 (e 0,8607); 69%
n TELMISARTAN + HIDROCLOROTIAZIDA Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
e 21,7 (e 0,775); 69%
Ind.: HTA em doentes que não respondem adequa‑ TAREG (MSRM); Lab. Normal
damente à monoterapia. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
R. Adv.: V. Antagonistas dos receptores da angioten‑ e 21,7 (e 0,775); 69%
sina (3.4.2.2.), tiazidas e análogos (3.4.1.1.).
Contra‑Ind. e Prec.: V. Telmisartan, tiazidas e aná‑ Orais sólidas ‑ 160 mg
logos (3.4.1.1.). DIOVAN (MSRM); Novartis Farma
Interac.: V. Antagonistas dos receptores da angio‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
tensina (3.4.2.2.), tiazidas e análogos (3.4.1.1.). e 27,18 (e 0,9707); 69%
Posol.: 1 comprimido (40 mg de telmisartan + Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
12,5 mg de hidroclorotiazida)/dia (dose média). e 52,07 (e 0,9298); 69%
192 Grupo 3 | 3.4. Anti‑hipertensores
TAREG (MSRM); Lab. Normal actualmente bem definido que as vantagens ine‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid; rentes ao uso das dihidropiridinas no tratamento
e 27,18 (e 0,9707); 69% crónico da HTA são mais manifestas quando se
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; recorre às de t1/2 longo (ex: amlodipina, felodi‑
e 52,07 (e 0,9298); 69% pina), ou às que embora sendo de t1/2 curto, como
a nifedipina, são apresentadas em preparações de
n VALSARTAN + HIDROCLOROTIAZIDA absorção retardada.
Ind.: HTA em doentes que não respondem adequa‑
damente à monoterapia. Ind.: Para além da indicação principal, que é a HTA,
R. Adv.: V. Antagonistas dos receptores da angioten‑ os bloqueadores da entrada do cálcio podem ser
sina (3.4.2.2.), tiazidas e análogos (3.4.1.1.). utilizados no tratamento da angina de peito (de
Contra‑Ind. e Prec.: V. Antagonistas dos recepto‑ esforço e espástica). Têm também particular inte‑
res da angiotensina (3.4.2.2.), tiazidas e análogos resse na hipertensão da grávida.
(3.4.1.1.). Como já foi dito, alguns bloqueadores da entrada
Interac.: V. Antagonistas dos receptores da angio‑ do cálcio (ex: verapamilo, diltiazem) podem ser
tensina (3.4.2.2.), tiazidas e análogos (3.4.1.1.). utilizados em certas perturbações do ritmo.
Posol.: 1 comprimido (80 mg de valsartan + R. Adv.: Com os bloqueadores da entrada do cálcio,
12,5 mg de hidroclorotiazida)/dia. especialmente com as dihidropiridinas, podem
ocorrer diversos efeitos laterais tais como cefa‑
Orais sólidas ‑ 80 mg + 12.5 mg leias, tonturas, edemas, rubor, astenia e náuseas.
CO‑DIOVAN (MSRM); Novartis Farma É de esperar, com o uso do verapamilo e do ga‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid; lopamil, a ocorrência de bradicardia. Ao invés, a
e 13,01 (e 0,9293); 69% nifedipina e outras dihidropiridinas podem pro‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid; vocar taquicardia.
e 21,63 (e 0,7725); 69% Contra‑Ind. e Prec.: Estas substâncias estão contra
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; ‑indicadas no choque, no enfarte agudo do mio‑
e 42,18 (e 0,7532); 69% cárdio e na estenose aórtica grave. O uso das
CO‑TAREG (MSRM); Lab. Normal dihidropiridinas e do diltiazem na gravidez exige
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 21,63 precaução. A nifedipina e o verapamilo podem ser
(e 0,7725); 69% usadas (com cuidado) no aleitamento (evitar os
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 56 unid; e 42,18 restantes).
(e 0,7532); 69% Interac.: O seu efeito hipotensor é potenciado pela
acção de outros anti‑hipertensores.
Orais sólidas ‑ 160 mg + 12.5 mg
O‑DIOVAN 160 MG/ 12,5 MG (MSRM); Novartis
C n AMLODIPINA
Farma
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid; Ind.: V. Bloqueadores da entrada do cálcio (3.4.3.) e
e 27,34 (e 0,9764); 69% antianginosos (3.5.1.).
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; R. Adv.: V. Bloqueadores da entrada do cálcio
e 53,96 (e 0,9636); 69% (3.4.3.). Podem ocorrer também com o seu uso
CO‑TAREG 160 MG/12,5 MG (MSRM); Lab. Normal palpitações, dores abdominais e dor anginosa.
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid; Raramente, podem sugir alterações da função he‑
e 27,34 (e 0,9764); 69% pática, mialgias, artralgias, prurido, perturbações
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; da visão e hiperplasia gengival.
e 53,86 (e 0,9618); 69% Contra‑Ind. e Prec.: V. Bloqueadores da entrada do
cálcio (3.4.3.).
Orais sólidas ‑ 160 mg + 25 mg Interac.: V. Bloqueadores da entrada do cálcio
CO‑DIOVAN FORTE (MSRM); Novartis Farma (3.4.3.).
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid; Posol.: Via oral: 2,5 a 10 mg/dia, em dose única. Usu‑
e 27,6 (e 0,9857); 69% almente 5 mg/dia.
CO‑TAREG FORTE (MSRM); Lab. Normal
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid; Orais sólidas ‑ 5 mg
e 26,22 (e 0,9364); 69% AMLODIPINA ACTAVIS (MSRM); Actavis
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,43 (e 0,2215); 69%
‑ PR e 7,78
3.4.3. Bloqueadores da entrada do cálcio Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 13,3 (e 0,2217); 69%
‑ PR e 20,02
Os bloqueadores da entrada do cálcio conti‑ AMLODIPINA ALTER 5 MG COMPRIMIDOS (MSRM);
nuam a ser considerados anti‑hipertensores de Alter
primeira linha. Não são de esperar com o seu uso Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,42 (e 0,157); 69%
efeitos metabólicos indesejáveis, especialmente ‑ PR e 20,02
no tocante ao perfil lipídico. Em modelos animais AMLODIPINA AMLOCOR 5 MG COMPRIMIDOS
as dihidropiridinas exibem efeito antiaterogénico (MSRM); Lab. Atral
que, de acordo com alguns trabalhos clínicos efec‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,42 (e 0,157); 69%
tuados, parece ser extensivo ao ser humano. Está ‑ PR e 20,02
3.4. Anti‑hipertensores 193
pode ser devido à diferente selectividade para os Podem provocar broncospasmo (mesmo os car‑
receptores, às características lipofílicas de alguns dioselectivos), especialmente em doentes com
bloqueadores beta (ex: o propranolol é bastante antecedentes de asma brônquica.
lipofílico, ao contrário do atenolol) e à actividade Alguns bloqueadores beta podem provocar
simpaticomimética intrínseca que vários deles também alterações metabólicas tais como hiper‑
possuem. trigliceridemia, diminuição do colesterol HDL
Como exemplos paradigmáticos destas caracte‑ (excepto para os que têm actividade simpatico‑
rísticas são de referir: mimética intrínseca), hiperglicemia, aumento do
1. Com cardioselectividade e actividade simpati‑ cálcio ionizado (após alguns meses de tratamen‑
comimética intrínseca: acebutolol. to) e hipercaliemia. Podem provocar impotência e
2. Com cardioselectividade e sem actividade sim‑ mascarar crises hipoglicémicas.
paticomimética intrínseca: atenolol, betaxo‑ Outros efeitos laterais a considerar são astenia,
lol, metoprolol, nebivolol, bisoprolol. alterações visuais, parestesias, agravamento do
3. Sem cardioselectividade e com actividade sim‑ síndrome de Raynaud, das crises hipoglicémicas
paticomimética intrínseca: pindolol. e da psoríase.
4. Sem cardioselectividade e sem actividade sim‑ Contra‑Ind. e Prec.: São contra‑indicações ao seu
paticomimética intrínseca: propranolol, nado‑ uso as seguintes situações: bradicardia sinusal
lol, timolol. clinicamente relevante, bloqueios auriculoven‑
Assim, a um doente hipertenso no pós‑enfarte triculares, doença do nó sinusal, perturbações
ou com angina de peito, é preferível administrar graves da circulação periférica, choque, acidose
um bloqueador beta sem actividade simpaticomi‑ metabólica, IC descompensada, hipersensibilida‑
mética intrínseca. Por outro lado, os bloqueadores de ao fármaco, asma brônquica e DPOC. Também
na gravidez deverão ser evitados ou usados com
beta com actividade simpaticomimética intrínseca precaução. Na lactação deverão ser usados com
produzem menos bradicardia e menos alterações cuidado.
lipídicas do que os outros. É também sabido que Interac.: De uma maneira geral os efeitos bradicar‑
os cardioselectivos são menos propensos a provo‑ dizantes dos bloqueadores beta são potenciados
car ou a facilitar crises de broncospasmo. por outros antiarrítmicos. Com o seu uso, devem
Alguns bloqueadores beta (ex: carvedilol, ser evitados, por exemplo, diltiazem e verapami‑
labetalol) têm também efeito bloqueador alfa, lo. Podem potenciar os efeitos da insulina e dos
facto que condiciona a diminuição da resistência antidiabéticos orais.
vascular periférica, sem a consequente taquicardia O efeito anti‑hipertensor dos bloqueadores beta
reflexa (bloqueio beta). Em caso de ser necessária pode ser contrariado pelo uso concomitante de
a associação de outro anti‑hipertensor a um blo‑ AINEs. Pelo contrário, a utilização conjunta de
queador beta, deve preferir‑se um diurético ou um antidepressores tricíclicos e fenotiazinas pode po‑
vasodilatador directo. Alguns bloqueadores beta tenciar o seu efeito.
têm também acção vasodilatadora directa, particu‑
larmente a nível dos vasos renais (ex: tertalolol). 3.4.4.2.1. Selectivos cardíacos
Deve evitar‑se a suspensão brusca de um blo‑
queador beta, particularmente em doentes com n ACEBUTOLOL
angina de peito (risco de crises anginosas) ou nos
que fazem utilização conjunta de clonidina (risco Ind.: V. Bloqueadores beta (3.4.4.2.). É cardioselecti‑
de crise hipertensiva). vo e tem actividade simpaticomimética intrínseca.
Não tem efeito bloqueador alfa. É lipossolúvel.
Ind.: Para além da HTA, os bloqueadores beta es‑ R. Adv.: V. Bloqueadores beta (3.4.4.2.).
tão indicados no tratamento da angina de peito, Contra‑Ind. e Prec.: V. Bloqueadores beta
certas perturbações do ritmo cardíaco, hipertiroi‑ (3.4.4.2.).
dismo, cardiomiopatia hipertrófica, certas formas Interac.: V. Bloqueadores beta (3.4.4.2.).
de trémulo e, em alguns casos, na prevenção da Posol.: Via oral: 200 a 800 mg. Iniciar tratamento
enxaqueca. com doses mais baixas na IR.
No período pós‑enfarte de miocárdio (por prin‑
cípio não antes do 5º dia), os bloqueadores beta Orais sólidas ‑ 200 mg
podem ser de grande utilidade na limitação da PRENT (MSRM); Bayer
área de enfarte e da tensão de parede, a par do seu Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 10,64 (e 0,1773);
efeito antiarrítmico. 69%
Alguns bloqueadores beta (ex: bisoprolol, carve‑
dilol, nebivolol) podem ser utilizados, quando n ATENOLOL
acompanhados por outras medidas terapêuticas Ind.: V. Bloqueadores beta (3.4.4.2.). É cardiose‑
(diuréticos), no tratamento da IC. lectivo. Não tem actividade simpaticomimética
Os bloqueadores beta podem também ter interes‑ intrínseca, nem efeito bloqueador alfa. Não é li‑
se na hipertensão da grávida. possolúvel.
R. Adv.: Quanto às reacções adversas que podem R. Adv.: V. Bloqueadores beta (3.4.4.2.). Dispepsia,
ocorrer com os bloqueadores beta são de refe‑ pieira, tonturas.
rir as seguintes: bradicardia sinusal, bloqueios Contra‑Ind. e Prec.: V. Bloqueadores beta
auriculoventriculares, tonturas (eventualmente (3.4.4.2.).
síncope), possível agravamento de IC, náuseas, Interac.: V. Bloqueadores beta (3.4.4.2.). A admi‑
vómitos, alterações do trânsito intestinal, dores nistração conjunta da amoxicilina pode reduzir
abdominais, depressão, insónia, alucinações. as suas concentrações séricas. Os sais de alumínio
3.4. Anti‑hipertensores 199
Contra‑Ind. e Prec.: Diátese hemorrágica. No pós Interac.: Pode potenciar o efeito dos anti
‑parto. ‑hipertensores. Pode favorecer as acções hipogli‑
Interac.: Desconhecidas. cemiantes da insulina e dos antidiabéticos orais.
Posol.: Via oral: 30 a 60 mg, 2 vezes/dia. Posol.: Via oral: 2 ou 3 drageias de 400 mg/dia. Via
parentérica em meio hospitalar.
Orais sólidas ‑ 30 mg
DILUM RETARD (MSRM); Tecnifar Orais sólidas ‑ 400 mg
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,73 PENTOXIFILINA GENERIS 400 MG COMPRIMIDOS
(e 0,2622); 37% DE LIBERTAçãO MODIFICADA (MSRM); Generis
Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 1,48
n MESILATO DE DI‑HIDROERGOCRISTINA (e 0,148); 0%
Ind.: V. Introdução (3.5.2.). Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 6,76
R. Adv.: Náuseas, cefaleias, sonolência, hipotensão, (e 0,1127); 0%
congestão nasal. Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 120 unid; e 12,15
Contra‑Ind. e Prec.: Hipotensão arterial. A gravidez (e 0,1013); 0%
e o aleitamento exigem precaução. TRENTAL (MSRM); Sanofi Aventis
Interac.: Desconhecidas. Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,16
Posol.: Via oral: 6 mg/dia, em média (e 0,258); 37%
Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 13,11
Orais sólidas ‑ 3 mg (e 0,2185); 37%
DIERTINA (MNSRM); Daiichi Sankyo
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; 0% Orais sólidas ‑ 600 mg
LAUDICAT (MSRM); Nycomed
C
n NAFTIDROFURILO Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,16
Ind.: V. Introdução (3.5.2.). (e 0,308); 37%
R. Adv.: Diarreia, erupções cutâneas. Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,62
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade. (e 0,2603); 37%
Interac.: Antiarrítmicos (possível aumento do efeito
cardiodepressor). 3.6. Venotrópicos
Posol.: Via oral: 200 mg, 3 vezes/dia.
Os venotrópicos são substâncias utilizadas no
Orais sólidas ‑ 200 mg tratamento do insuficiência venosa. Na maioria
PRAXILENE (MSRM); Merck são quimicamente flavonóides ou substâncias
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,5 (e 0,325); aparentadas. Actuam por mecanismo ainda mal
37% esclarecido. Alguns, tais como a diosmina e as
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,4 oxerrutinas (das quais é exemplo a troxerrutina),
(e 0,2567); 37% apresentam indicação melhor fundamentada no
que respeita a eficácia. Existem formas para apli‑
n NICERGOLINA cação tópica, de duvidosa utilidade.
Ind.: V. Introdução (3.5.2.).
R. Adv.: Perturbações digestivas, rubor facial, sono‑ n AMINAFTONA
lência. Ind.: V. Introdução (3.6.).
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade à nicergo‑ R. Adv.: Náuseas, pirose (raramente).
lina. Contra‑Ind. e Prec.: Risco de hemólise em doentes
Interac.: Potenciação dos efeitos dos fármacos anti com defeito genético de glucose‑6‑fosfato desi‑
‑hipertensores. drogenase (G‑6‑PD). Não deve ser administrado
Posol.: Via oral: 30 mg, 2 vezes/dia. a grávidas.
Interac.: Desconhecidas.
Orais sólidas ‑ 30 mg Posol.: Via oral: 75 a 150 mg/dia.
SERMION 30 (MSRM); Lab. Pfizer
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Orais sólidas ‑ 75 mg
e 20,91 (e 0,3485); 37% CAPILAREMA (MSRM); Baldacci
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,98 (e 0,083); 15%
n PENTOXIFILINA
Ind.: V. Introdução (3.5.2.). Embora correntemente n BIOFLAVONóIDES
considerada no grupo dos vasodilatadores, a pen‑ Ind.: V. Introdução (3.6.).
toxifilina actua por efeito antiagregante plaquetá‑ R. Adv.: Perturbações gastrintestinais.
rio e pela redução da hiperviscosidade sanguínea. Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos seus
R. Adv.: Perturbações digestivas (náuseas, enfarta‑ constituintes.
mentos, diarreia). Cefaleias, tonturas, hipotensão, Interac.: Desconhecidas.
palpitações. Posol.: A dose habitual é de 500 mg, 2 vezes/dia. Em
Contra‑Ind. e Prec.: Hemorragia grave, enfarte situações especiais (ex: crise hemorroidária), a
agudo do miocárdio, hipersensibilidade. Evitar na dose pode ser aumentada até 3 g, por períodos
gravidez. curtos.
3.6. Venotrópicos 209
P RAVASTATINA WINTHROP 40 MG COMPRIMIDOS Posol.: Via oral: 10 a 40 mg/dia. Deve começar
(MSRM); Winthrop ‑se com 20 mg/dia, em toma única (nos idosos,
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 46,92 (e 0,782); 37% 10 mg/dia). Nos doentes com IR moderada a grave
‑ PR e 59,04 usar com precaução doses superiores a 10 mg/dia.
SANAPRAV (MSRM); Daiichi Sankyo
Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 37,66 (e 1,2553); Orais sólidas ‑ 10 mg
37% ‑ PR e 33 JABASTATINA (MSRM); Jaba Recordati
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
n ROSUVASTATINA e 21,43 (e 0,3572); 37% ‑ PR e 18,4
SINVASTATINA ALTER 10 MG COMPRIMIDOS RE‑
Ind.: V. Estatinas (3.7.). VESTIDOS (MSRM); Alter
R. Adv.: V. Estatinas (3.7.). Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Contra‑Ind. e Prec.: V. Estatinas (3.7.). e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22
Interac.: V. Estatinas (3.7.). A utilização concomi‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
tante de eritromicina pode provocar redução e 17,72 (e 0,2953); 37% ‑ PR e 18,4
das concentrações séricas de rosuvastatina. O SINVASTATINA ARROWBLUE 10 MG COMPRIMIDOS
hidróxido de alumínio e o hidróxido de magné‑ (MSRM); Arrowblue
sio reduzem em cerca de 50% as concentrações Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
séricas desta estatina, quando usados concomi‑ e 17,17 (e 0,3066); 37% ‑ PR e 17,17
tantemente. Com a ciclosporina pode observar‑se SINVASTATINA BASI (MSRM); Lab. Basi
um aumento significativo das concentrações desta Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,49
estatina. (e 0,3245); 37% ‑ PR e 7,22
Posol.: 10 mg/dia. Esta dose pode ser aumentada até Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 17,82
40 mg/dia. Nos doentes com IR iniciar com 5 mg/ (e 0,297); 37% ‑ PR e 18,4
dia. A dose máxima para um Cl cr < 30 não deve SINVASTATINA CINFA (MSRM); Cinfa
ultrapassar 10 mg/dia. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,7
(e 0,335); 37% ‑ PR e 7,22
Orais sólidas ‑ 5 mg Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
CRESTOR 5 MG (MSRM); AstraZeneca e 18,39 (e 0,3065); 37% ‑ PR e 18,4
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; SINVASTATINA DECAFARMA (MSRM); Decafarma
e 14,97 (e 0,7485); 37% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,7
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; (e 0,335); 37% ‑ PR e 7,22
e 42,65 (e 0,7108); 37% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 30 unid;
e 10,06 (e 0,3353); 37% ‑ PR e 10,83
VISACOR 5 MG (MSRM); AstraZeneca SINVASTATINA FARMOZ 10 MG COMPRIMIDOS RE‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; VESTIDOS (MSRM); Farmoz
e 14,97 (e 0,7485); 37% Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,71
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22
e 42,65 (e 0,7108); 37% Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 17,82
(e 0,297); 37% ‑ PR e 18,4
Orais sólidas ‑ 10 mg SINVASTATINA GENERIS 10 MG COMPRIMIDOS RE‑
CRESTOR 10 MG (MSRM); AstraZeneca VESTIDOS (MSRM); Generis
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 19,5 (e 0,975); 37% e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 55,06 (e 0,9177); 37% e 18,39 (e 0,3065); 37% ‑ PR e 18,4
VISACOR 10 MG (MSRM); AstraZeneca SINVASTATINA GERMED (MSRM); Germed
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 19,5 (e 0,975); 37% e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 55,06 (e 0,9177); 37% e 18,39 (e 0,3065); 37% ‑ PR e 18,4
SINVASTATINA GP (MSRM); gp
Orais sólidas ‑ 20 mg Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
CRESTOR 20 MG (MSRM); AstraZeneca e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 30 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 44,15 (e 1,4717); 37% e 18,39 (e 0,3065); 37% ‑ PR e 18,4
VISACOR 20 MG (MSRM); AstraZeneca SINVASTATINA J. NEVES (MSRM); J. Neves
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 30 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 44,15 (e 1,4717); 37% e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
n SINVASTATINA e 17,82 (e 0,297); 37% ‑ PR e 18,4
SINVASTATINA JABA (MSRM); Jaba Recordati
Ind.: V. Estatinas (3.7.). Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
R. Adv.: V. Estatinas (3.7.). e 18,38 (e 0,3063); 37% ‑ PR e 18,4
Contra‑Ind. e Prec.: V. Estatinas (3.7.). SINVASTATINA KRKA (MSRM); KRKA Farmacêutica
Interac.: V. Estatinas (3.7.). Evitar uso concomitante Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
com anti‑retrovirais. e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22
3.7. Antidislipidémicos 215
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; e 17 SINVASTATINA ACTAVIS (MSRM); Actavis
(e 0,2833); 37% ‑ PR e 18,4 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
SINVASTATINA LABESFAL (MSRM); Labesfal e 11,46 (e 0,573); 37% ‑ PR e 18,66
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 18,38 (e 0,3063); 37% ‑ PR e 18,4 e 27,66 (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
SINVASTATINA PHARMAKERN (MSRM); Pharmakern SINVASTATINA ALTER 20 MG COMPRIMIDOS RE‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,7 VESTIDOS (MSRM); Alter
(e 0,335); 37% ‑ PR e 7,22 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; e 11,69 (e 0,5845); 37% ‑ PR e 18,66
e 18,38 (e 0,3063); 37% ‑ PR e 18,4 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
SINVASTATINA RANBAXY 10 MG COMPRIMIDOS e 27,66 (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
(MSRM); Ranbaxy SINVASTATINA ARROWBLUE 20 MG COMPRIMIDOS
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; (MSRM); Arrowblue
e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; e 25,82 (e 0,4611); 37% ‑ PR e 36,89
e 18,39 (e 0,3065); 37% ‑ PR e 18,4 SINVASTATINA BALDACCI 20 MG COMPRIMIDOS
SINVASTATINA RATIOPHARM (MSRM); Ratiopharm REVESTIDOS POR PELíCULA (MSRM); Baldacci
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 13,06
e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22 (e 0,653); 37% ‑ PR e 18,66
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 27,66
e 18,39 (e 0,3065); 37% ‑ PR e 18,4 (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
SINVASTATINA STADA (MSRM); Stada SINVASTATINA BASI (MSRM); Lab. Basi
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 9,7 (e 0,485);
e 14,75 (e 0,2458); 37% ‑ PR e 18,4 37% ‑ PR e 18,66
SINVASTATINA TETRAFARMA (MSRM); Tetrafarma Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 29,44
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,71 (e 0,4907); 37% ‑ PR e 39,53
(e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 18,39 SINVASTATINA BIOLIPE 20 MG COMPRIMIDOS RE‑
(e 0,3065); 37% ‑ PR e 18,4 VESTIDOS (MSRM); BioSaúde
SINVASTATINA TEVA (MSRM); Teva Pharma Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 11,46
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; (e 0,573); 37% ‑ PR e 18,66
e 6,71 (e 0,3355); 37% ‑ PR e 7,22 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 27,66
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 50 unid; (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
e 14,8 (e 0,296); 37% ‑ PR e 15,33 SINVASTATINA BLUEPHARMA INDúSTRIA FARMA‑
SINVASTATINA VASCORIM (MSRM); Vida CêUTICA S.A. 20 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; (MSRM); Bluepharma
e 17,17 (e 0,3066); 37% ‑ PR e 17,17 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid;
SINVASTATINA VIDA (MSRM); Vida e 25,81 (e 0,4609); 37% ‑ PR e 36,89
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; SINVASTATINA CICLUM 20 MG COMPRIMIDOS RE‑
e 17,17 (e 0,3066); 37% ‑ PR e 17,17 VESTIDOS POR PELíCULA (MSRM); Ciclum
SINVASTATINA ZAPIL (MSRM); Daquimed Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; e 11,69 (e 0,5845); 37% ‑ PR e 18,66
e 17,82 (e 0,297); 37% ‑ PR e 18,4 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
ZERA (MSRM); Tecnimede e 27,66 (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 21,32 SINVASTATINA CINFA (MSRM); Cinfa
(e 0,3553); 37% ‑ PR e 18,4 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 11,69 (e 0,5845); 37% ‑ PR e 18,66
Orais sólidas ‑ 20 mg Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
DISLIPINA (MSRM); Merck e 27,66 (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; SINVASTATINA COLVASTINA (MSRM); Pentafarma
e 11,69 (e 0,5845); 37% ‑ PR e 18,66 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 27,66
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
e 27,66 (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53 SINVASTATINA DECAFARMA (MSRM); Decafarma
JABASTATINA (MSRM); Jaba Recordati Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
e 35,35 (e 0,5892); 37% ‑ PR e 39,53 e 27,66 (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
SIMVACOL (MSRM); Farma‑APS SINVASTATINA FARMOZ 20 MG COMPRIMIDOS RE‑
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 30,18 VESTIDOS (MSRM); Farmoz
(e 0,503); 37% ‑ PR e 39,53 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 11,69
SIMVASIM 20 (MSRM); Wellpharma (e 0,5845); 37% ‑ PR e 18,66
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 27,66
e 30,82 (e 0,5137); 37% ‑ PR e 39,53 (e 0,461); 37% ‑ PR e 39,53
SINPOR (MSRM); J. Neves SINVASTATINA FROSST (MSRM); Frosst
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 10,59 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
(e 0,5295); 37% ‑ PR e 18,66 e 12,23 (e 0,6115); 37% ‑ PR e 18,66
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 30,18 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
(e 0,503); 37% ‑ PR e 39,53 e 34,86 (e 0,581); 37% ‑ PR e 39,53
216 Grupo 3 | 3.7. Antidislipidémicos
n CIPROFIBRATO n GEMFIBROZIL
Ind.: V. Fibratos (3.7.). Ind.: V. Fibratos (3.7.).
R. Adv.: V. Fibratos (3.7.). R. Adv.: V. Fibratos (3.7.).
Contra‑Ind. e Prec.: V. Fibratos (3.7.). Contra‑Ind. e Prec.: V. Fibratos (3.7.).
Interac.: Pode aumentar as acções dos anticoagulan‑ Interac.: Potenciação do efeito dos anticoagulantes
tes orais, dos antidiabéticos e da fenitoína. orais. Favorece os efeitos adversos das estatinas a
Posol.: Via oral: 100 mg/dia. Na IR moderada a dose nível muscular.
é de 100 mg em dias alternados. Evitar na IR grave. Posol.: Via oral: 1.200 mg/dia. Na IR moderada a
dose não deve ser superior a 900mg/dia. Evitar na
Orais sólidas ‑ 100 mg IR grave.
LIPANOR (MSRM); Sanofi Aventis
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,57 (e 0,3285); 37% Orais sólidas ‑ 300 mg
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,18 (e 0,203); 37% LOPID (MSRM); Lab. Pfizer
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,76 (e 0,2127); 37%
n ETOFIBRATO
Ind.: V. Fibratos. Orais sólidas ‑ 600 mg
R. Adv.: V. Fibratos. Sensação de calor facial GEMFIBROZIL GENERIS (MSRM); Generis
Contra‑Ind. e Prec.: V. Fibratos. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Interac.: Potenciação do efeito dos anticoagulantes e 4,05 (e 0,2025); 37% ‑ PR e 4,61
orais. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
Posol.: Via oral: 1000 a 1500 mg/dia. Estas doses de‑ e 8,53 (e 0,1422); 37% ‑ PR e 11,59
vem ser reduzidas na IR moderada. Evitar na IR LIPOITE FORTE (MSRM); Angelfarma
grave. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,2
Orais sólidas ‑ 500 mg (e 0,2033); 37% ‑ PR e 11,59
LIPO‑MERZ RETARD (MSRM); Lab. Medinfar LOPID 600 (MSRM); Lab. Pfizer
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14,3 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
(e 0,4767); 37% e 14,68 (e 0,2447); 37% ‑ PR e 11,59
vitamina E, vitamina B6 e lecitina. Cada cápsula Contra‑Ind. e Prec.: V. Ezetimiba (3.7.) e estatinas
contém 120 mg de triglicerídeo de ácido linoleico. (3.7.).
A dose usual é de 3 cápsulas, 3 vezes/dia. Interac.: V. Ezetimiba (3.7.) e estatinas (3.7.).
Posol.: Via oral : 1 comprimido (10mg + 20 mg)/dia.
Orais sólidas ‑ Alfa‑tocoferol, acetato 2 mg + Leci‑
tina 20 mg + Piridoxina, cloridrato 0.5 mg + Re‑ Orais sólidas ‑ 10 mg + 10 mg
tinol, palmitato 1000 U.I. + Triglicérido do ácido INEGY (MSRM); MSD (Reino Unido)
linoleico 120 mg Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 27,59 (e 1,9707); 37%
GERISO (MNSRM); Sidefarma Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 54,74 (e 1,955); 37%
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; 0%
Orais sólidas ‑ 20 mg + 10 mg
n SINVASTATINA + EZETIMIBA INEGY (MSRM); MSD (Reino Unido)
Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 62,41 (e 2,2289); 37%
Ind.: V. Ezetimiba (3.7.) e estatinas (3.7.). Esta as‑
sociação está indicada quando o tratamento com Orais sólidas ‑ 40 mg + 10 mg
uma estatina isolada é insuficiente. INEGY (MSRM); MSD (Reino Unido)
R. Adv.: V. Ezetimiba (3.7.) e estatinas (3.7.). Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 66,31 (e 2,3682); 37%
4
4.1. Antianémicos
As anemias que podem beneficiar da adminis‑
tração de fármacos são principalmente aquelas em
Sangue
que existe deficiência em ferro, em factores neces‑
sários à síntese das nucleoproteínas que ocorre
durante a divisão celular (vitamina B12 e ácido
fólico), factores de crescimento hematopoiético
(eritropoietina), proteínas que regulam a prolife‑
ração e diferenciação da células hematopoiéticas Sangue
e, pontualmente, outros compostos que são uti‑
lizados em anemias não deficitárias. A terapêutica 4.1. Antianémicos
de uma anemia deve ser ajustada à causa específica 4.1.1. Compostos de ferro
da doença após definição de um diagnóstico etio‑ 4.1.2. Medicamentos para
lógico que inclui uma análise sanguínea completa tratamento das anemias
e eventuais determinações plasmáticas dos teores megaloblásticas
em ferro, folatos e vitamina B12 e a exclusão de 4.1.3. Medicamentos para
qualquer outra causa subjacente à anemia. tratamento das anemias
hemolíticas e hipoplásticas
4.2. Factores de crescimento
4.1.1. Compostos de ferro estimulantes da hematopoiese
O ferro, um constituinte essencial do orga‑ 4.3. Anticoagulantes e antitrombóticos
nismo, constitui o núcleo do heme que, na 4.3.1. Anticoagulantes
hemoglobina, liga de forma reversível oxigénio 4.3.1.1. Heparinas
e providencia o mecanismo para a transferência 4.3.1.2. Anticoagulantes orais
do oxigénio dos pulmões para os outros tecidos 4.3.1.3. Outros anticoagulantes
para os processos oxidativos. O seu défice conduz 4.3.1.4. Antiagregantes
a uma eritropoiese deficitária e anemia micocítica plaquetários
e hipocrómica, que se manifesta principalmente 4.3.2. Fibrinolíticos (ou trombolíticos)
por palidez, fadiga, tonturas e dispneia de esforço.
A profilaxia e correcção das anomalias eritro‑ 4.4. Anti‑hemorrágicos
poiéticas devidas ao défice de ferro não estimu‑ 4.4.1. Antifibrinolíticos
lam a eritropoiese nem corrigem as alterações 4.4.2. Hemostáticos
da hemoglobina nas anemias de outra etiologia,
situações em que o ferro origina sobrecarga e toxi‑
cidade. O ferro alivia, porém, outros sintomas de reacções adversas e os custos (os sais férricos são,
défice, como as feridas da língua, a disfagia, a dis‑ em regra, mais onerosos que os ferrosos). Os com‑
trofia das unhas e da pele e as fissuras dos ângulos primidos com revestimento entérico e algumas
dos lábios. preparações de acção prolongada que libertam de
Os compostos de ferro usados no tratamento cada fracção unitária o ferro necessário para 24
das anemias microcíticas e hipocrómicas ou fer‑ horas, possibilitando uma só toma diária e baixa
ripénicas são, de um modo geral, administrados incidência de efeitos adversos, transportam o ferro
por via oral, sendo raras as situações em que se para locais do intestino onde a absorção é pobre,
justifica uma terapêutica parentérica. O uso profi‑ só devendo ser usados se os benefícios potenciais
láctico só se justifica durante a gravidez, em indiví‑ ultrapassarem as desvantagens do custo adicional.
duos com alimentação deficitária, hemodialisados, Numa anemia deficitária a dose diária de
menorragia, após gastrectomia total ou subtotal, ferro elementar para um adulto deve ser de 100
crianças com baixo peso à nascença, prematu‑ a 200 mg com as refeições, de forma a melhorar
ros e RNs por cesariana. Pode ainda justificar‑se a tolerabilidade e a adesão à terapêutica; a con‑
nas crianças durante o surto de crescimento, na centração de hemoglobina deve subir cerca de 2
puberdade e com o início da menstruação. As g/100 ml em 3 a 4 semanas. Uma vez atingido o
necessidades de ferro nos adultos decorrem com valor normal da hemoglobina, a administração
mais frequência, de perdas sanguíneas no tubo deverá continuar‑se durante mais três meses na
disgestivo, na mulher por perdas menstruais ele‑ tentativa de suprir as reservas de ferro.
vadas, em doentes com afecções renais crónicas O conteúdo em ferro elementar dos diversos
durante a hemodiálise e absorção inadequada por sais é variável: 200 mg de fumarato ferroso ou
doença grave do intestino delgado ou na sequên‑ sulfato ferroso anidro correspondem a 65 mg de
cia de uma gastrectomia. ferro elementar; 300 mg de sulfato ferroso hidra‑
Os sais ferrosos, melhor absorvidos que os sais tado a 60 mg; 300 mg de gluconato ferroso ou
férricos, representam os compostos de escolha. A 100 mg de succinato ferroso comportam apenas
rapidez de regeneração da hemoglobina, que não 35 mg de ferro.
é crítica na maioria das situações, é pouco afectada Os preparados de ferro para uso oral podem
pelo tipo de sal utilizado, desde que se administre ocasionar náuseas, dor epigástrica, obstipação ou
uma quantidade de ferro suficiente. A escolha terá diarreia e fezes escuras, que persistem durante
como base, de um modo geral, a incidência das alguns dias. A frequência e intensidade destes sin‑
222 Grupo 4 | 4.1. Antianémicos
tomas podem ser atenuados pela redução da dose Orais sólidas ‑ 0.35 mg + 357 mg
de cada fracção e aumento do número de tomas FERRUM FOL HAUSMANN (MSRM); Ferraz Lynce
durante alguns dias ou pela ingestão dos compos‑ Comp. p. mastigar ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,01
tos após a refeição. Em doses elevadas, exercem (e 0,2005); 37%
uma acção corrosiva na mucosa gastrintestinal, Comp. p. mastigar ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,91
inclusivé com perfuração. As formas líquidas (e 0,1485); 37%
podem corar temporariamente o esmalte dentá‑
rio. As preparações de libertação gradual agravam n ÁCIDO FóLICO + FERRO
a diarreia nos pacientes com doença inflamatória Ind.: Prevenção dos défices em ferro e em ácido fóli‑
crónica intestinal. Também os idosos, os indiví‑ co durante a gravidez e lactação.
duos com diverticulose ou com estenoses intesti‑ R. Adv.: Náuseas, dor epigástrica, obstipação ou
nais deverão ser objecto de uma vigilância cuidada diarreia.
pelo efeito obstipante dos compostos de ferro. Contra‑Ind. e Prec.: Esta associação não deve usar
Nos prematuros, que têm normalmente níveis ‑se para profilaxia das malformações do tubo neu‑
séricos reduzidos de vitamina E, os preparados de ral em mulheres que planeiam uma gravidez, nem
ferro podem causar hemólise e anemia hemolítica, para o tratamento das anemias megaloblásticas.
pelo que se deve corrigir a deficiência vitamínica. Interac.: Não foram referidas interacções até ao
A ingestão acidental de uma dose excessiva presente.
pode ocorrer na criança e, em tais condições, há Posol.: [Adultos] ‑ Profilaxia e terapêutica ‑ Via
oral: 1 comprimido/dia.
que efectuar uma desintoxicação imediata.
A administração prolongada de grande quanti‑ Orais sólidas ‑ 1 mg + 90 mg
dade de ferro pode causar hemossiderose. Deve FOLIFER (MSRM); Bialport
evitar‑se a medicação por períodos superiores a 6 Comp. revest. p/ película ‑ Fita termossoldada ‑
meses, excepto nas menorragias, nas gravidezes 20 unid; e 4,95 (e 0,2475); 37%
repetidas ou nos doentes com hemorragias cró‑ Comp. revest. p/ película ‑ Fita termossoldada ‑
nicas. 60 unid; e 13,1 (e 0,2183); 37%
A sobredosagem aguda, calculada para o
adulto, é de 180‑300 mg/Kg, mas bastará 1 g de n CARBOXIMALTOSE FéRRICA
sulfato ferroso para causar a morte a uma criança
Ind.: Défices em ferro.
pequena. A combinação dos efeitos corrosivos R. Adv.: Cefaleias, tonturas, parestesias, hipotensão,
sobre a mucosa gastrintestinal com os efeitos meta‑ rubor facial, náuseas, dor abdominal, alterações
bólicos e hemodinâmicos causados pela presença do trânsito intestinal, prurido, urticária, mialgias,
excessiva de ferro é a responsável pela toxicidade. reacção no local de administração.
A desferroxamina (mesilato) é um quelante de Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade ao medi‑
ferro eficaz se administrada precocemente no camento ou a qualquer dos excipientes; anemia
tratamento da intoxicação aguda. Não deve, no não atribuída a défice de ferro; evidência de so‑
entanto, ser usada em crianças com menos de 3 brecarga em ferro. Contra‑indicado no 1º trimes‑
anos em que a mobilização do ferro pelo quelante tre da gravidez. Em doentes com excesso de peso
é habitualmente pobre (V. grupo 17.). deve ser assumida uma relação normal de peso
Com o objectivo de melhorar a absorção, alguns corporal/volume sanguíneo na determinação das
preparados de ferro para uso oral contêm ácido necessidades de ferro.
ascórbico e diversos minerais, enquanto outros Interac.: A absorção oral de ferro é reduzida quando
se apresentam sob a forma de quelatos. Em todos administrado concomitantemente com a formula‑
os casos a vantagem é mínima e o custo pode ser ção injectável.
mais elevado. A associação com vitaminas do Posol.: Via IV: Máx. de 4 ml (200 mg de ferro) por
complexo B, não tem qualquer justificação, com dia e não mais que 3 vezes/ semana. Perfusão IV,
gota a gota: Máx. dose única de 20 ml (1000 mg de
excepção do ácido fólico na gravidez. ferro, não excedendo 15 mg de ferro/kg de peso
ou a dose total calculada. Dose calculada indivi‑
n ÁCIDO FóLICO + COMPLEXO HIDRóXIDO dualmente e a não exceder, de acordo com as ne‑
FéRRICO‑POLIMALTOSE cessidades em ferro. Cálculo da dose: Deficiência
Ind.: Prevenção dos défices em ferro e em ácido fóli‑ total em ferro [mg] = peso corporal [Kg] x (Hb
co durante a gravidez e lactação. desejada* ‑ Hb actual) [g/dl ]** x 2,4*** + depó‑
R. Adv.: Náuseas, dor epigástrica, obstipação ou sitos de ferro armazenados [mg]****.
diarreia. Notas:* HB desejada: peso > 35 Kg= 13 g/dl (8,1
Contra‑Ind. e Prec.: Esta associação não deve usar mmol/l; peso > 35 Kg= 15 g/d (9,3 mmol/l)
l. **Converter Hb mmol em Hb (g/dl): multipli-
‑se para profilaxia das malformações do tubo neu‑ car pelo factor 1,61145.***Factor 2,4= 0,0034
ral em mulheres que planeiam uma gravidez, nem x 0,07 x 10000 : 0,0034_ conteúdo em ferro na
para o tratamento das anemias megaloblásticas. Hb = 0,34%; 0,07‑ volume sanguíneo = 7% de
Interac.: Não foram referidas interacções até ao peso corporal; 10000‑ factor de conversão 1 g/l
presente. = 10000 mg/dl**** ; Depósitos de ferro: peso cor-
Posol.: Profilaxia e terapêutica ‑ Via oral: 1 compri‑ poral < 35 Kg = 15 mg/Kg; > 35 Kg= 500 mg;
mido/dia. < 66 Kg = arredondar para os 100 mg imedia-
Nota: 1 comprimido contém 100 mg de ferro triva- tamente inferiores; > 66 Hb = arredondar para
lente. os 100 mg imediatamente superiores.
4.1. Antianémicos 223
Terapêutica: 200 mg (65 mg de ferro), 2‑3 de urgência, sempre que a demora se torna peri‑
vezes/dia, depois das refeições. gosa, dever‑se‑ão administrar ambos os factores
[Crianças] ‑ Via oral: 6‑12 anos: 30 mg de ferro, após o teste à medula óssea e enquanto se espe‑
100‑120 mg/dia, em 2 fracções depois das refei‑ ram os resultados do plasma, embora em condi‑
ções; 1‑5 anos: 4‑5 mg/Kg/dia de ferro, em 2 frac‑ ções normais se deva instituir o tratamento só
ções, depois das refeições; < 1 ano: 1 mg/Kg/dia quando estão disponíveis os resultados das provas
de ferro em 2 fracções depois das refeições. que definam o diagnóstico.
Nota: 1 comprimido de 256,3 mg de sulfato ferroso A administração parentérica de vitamina B12
contém cerca de 80 mg de ferro trivalente; 1 com- reverte completamente a anemia megaloblástica
primido de 525 mg contém cerca de 105 mg de e os sintomas gastrintestinais; o grau de melhoria
ferro trivalente. dos sintomas neurológicos depende da duração
e gravidade da doença, embora a progressão das
Orais sólidas ‑ 256.3 mg lesões seja imediatamente suspensa.
TARDYFERON (MSRM); Pierre Fabre Médicament As formas de síntese desta vitamina, com acti‑
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,97 vidade equivalente, são a cianocobalamina e a
(e 0,0985); 37% hidroxocobalamina. A hidroxocobalamina é
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 5,29 considerada a preparação de escolha. Absorvida
(e 0,0882); 37% mais lentamente que a cianocobalamina a partir
do local de injecção, a sua captação hepática é
Orais sólidas ‑ 525 mg maior e, bem assim, a afinidade de ligação às pro‑
FERRO‑GRADUMET (MSRM); Teofarma (Itália) teínas específicas no sangue e nos tecidos. Além
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,94 de condicionar um aumento mais duradoiro na
(e 0,0657); 37% concentração plasmática, a hidroxocobalamina
oferece ainda a vantagem de, em terapêutica de
n SULFATO FERROSO + ÁCIDO FóLICO manutenção, necessitar apenas de 1 injecção, cada
3 meses. O gel oleoso de cianocobalamina e
Ind.: Prevenção dos défices em ferro e em ácido fóli‑ monoestearato de alumínio representa uma forma
co durante a gravidez e lactação. de absorção retardada, com ele se obtendo níveis
R. Adv.: Náuseas, dor epigástrica, obstipação ou bastante mais prolongados da vitamina.
diarreia. A cianocobalamina e a hidroxocobalamina
Contra‑Ind. e Prec.: Esta associação não deve usar estão indicadas em doentes com malabsorção
‑se para profilaxia das malformações do tubo neu‑ de vitamina B12, como o esprue tropical ou não
ral em mulheres que planeiam uma gravidez, nem tropical (esteatorreia idiopática, enteropatia indu‑
para o tratamento das anemias megaloblásticas. zida pelo gluten), na gastrectomia parcial ou total,
Interac.: Não foram referidas interacções até ao enterite regional, gastrenterostomia, ressecção
presente. ileal, neoplasias que envolvam o íleo, diminuição
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1 comprimido/dia. Profi- da secreção de factor instrínseco por lesões que
laxia e terapêutica destroem a mucosa gástrica, nos défices here‑
Nota: 1 comprimido de 256,3 mg de sulfato ferro- ditários de transcobalamina II. Quando estão
so contém cerca de 80 mg de ferro trivalente; 1 presentes anticorpos para o factor instrínseco e
comprimido de 288 mg contém cerca de 90 mg de nos défices de ferro, quando há malabsorção de
ferro trivalente; 1 comprimido de 325 mg contém vitamina B12 por competição por bactérias (sín‑
cerca de 105 mg de ferro trivalente. drome de ansa cega), por administração de fárma‑
cos (aminoglicosídeos, anticonvulsivantes, ácido
Orais sólidas ‑ 256.3 mg + 0.35 mg aminosalicílico e seus sais) ou ingestão excessiva
TARDYFERON FOL (MSRM); Pierre Fabre Médica‑ de álcool, a absorção de vitamina B12 está dimi‑
ment nuída e é necessário administrar por via parenté‑
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,08 rica uma das duas formas sintéticas da vitamina.
(e 0,154); 37% A cianocobalamina ou hidroxocobalamina por
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,29 via oral são ainda úteis para prevenir as deficiên‑
(e 0,1382); 37% cias nos vegetarianos estritos e nos filhos destas
mulheres amamentados ao seio; em conjunção
Orais sólidas ‑ 325 mg + 0.35 mg com a cianocobalamina‑Co57, a cianocobalamina
F ERROGRAD FóLICO (MSRM); Teofarma (Itália) é também usada no teste de Schilling para estudar
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,45 a sua absorção.
(e 0,0725); 37% As formas de síntese da vitamina B12 não são
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,58 tóxicas mesmo em doses elevadas.
(e 0,0597); 37% A deficiência em ácido fólico consecutiva a
ingestão inadequada por má nutrição, origina
4.1.2. Medicamentos para tratamento das também uma anemia megaloblástica, com glossite
anemias megaloblásticas e outros sinais análogos aos de falta de vitamina
B12, mas sem sintomas neurológicos. O diag‑
A maior parte das anemias megaloblásticas são nóstico é, em regra, confirmado pela medida de
devidas a défice de vitamina B12 ou de folatos, folato no plasma. Além das anemias macrocíticas
sendo fundamental estabelecer em cada caso qual nutricionais, o ácido fólico está indicado na gra‑
a deficiência e a causa subjacente. Nas situações videz (para prevenção dos defeitos do tubo neu‑
4.1. Antianémicos 225
ral), nas perdas crónicas (como na hemodiálise), Profilaxia da deficiência em ácido fólico:
alcoolismo, síndromes de malabsorção, estados 0,4 mg/dia; 0,8 mg/dia para grávidas.
hemolíticos crónicos, terapêutica com antiepilép‑ [Crianças] ‑ Via oral: > 1 ano: 500 µg/kg/dia
ticos, contraceptivos, metotrexato e trimetoprim. (Máx: 5 mg/dia), em 1 só toma até 4 meses; <
Tem poucas indicações para uso a longo prazo. 1 ano: 0,5 mg/dia; < 2,5 Kg ou de 36 semanas:
Não deve ser usado de forma isolada numa anemia 0,25 mg/dia. Nos estados de malabsorção pode ser
megaloblástica de causa não identificada, porque necessário até 15 mg/dia.
pode precipitar a neuropatia, a menos que seja
administrado em associação com a vitamina B12. Orais sólidas ‑ 5 mg
A remissão dos sintomas poderá ser propor‑ ACFOL (MSRM); Italfarmaco
cionada pela administração oral de 5 mg diários Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,14 (e 0,107); 37%
durante 4 meses; o uso continuado de 5 mg cada Comp. ‑ Blister ‑ 50 unid; e 4,54 (e 0,0908); 37%
7 dias pode ser necessário na anemia hemolítica FOLICIL (MSRM); Bialport
crónica, na talassémia ou na diálise renal; nos Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,22 (e 0,111); 37%
estados graves de malabsorção podem ser neces‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 5,66 (e 0,0943); 37%
sários até 15 mg diários. Na criança até um ano
a dose é de 0,5 mg/kg/dia e, acima de um ano, a Orais sólidas ‑ 400 µg
dose é idêntica à do adulto. Nas mulheres com FOLIDEX (MSRM); Italfarmaco
risco elevado de ter uma gravidez afectada por um Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 3,15 (e 0,1125); 0%
defeito do tubo neural, a dose de ácido fólico
é de 4‑5 mg/dia, a começar antes da gravidez e
a continuar durante o 1o trimestre. A dose pro‑ n ÁCIDO FóLICO + CIANOCOBALAMINA
filática usual é de 400 mg/dia, a iniciar antes da Ind.: V. Introdução.
concepção ou logo que se confirme a suspeita de R. Adv.: V. Introdução.
gravidez e durante o 1o trimestre. O ácido fólico Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução.
também pode ser administrado por via intrave‑ Interac.: V. Introdução.
nosa, intramuscular ou subcutânea sob a forma Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1 ‑ 2 comp./dia, antes
de um sal sódico. das refeições.
O ácido folínico ou leucovorina, um derivado
5‑formil do ácido tetrahidrofólico, a forma activa Orais sólidas ‑ 0.4 mg + 0.002 mg
do ácido fólico, é usado como antídoto dos anta‑ DOZEFOL (MNSRM); Upsifarma
gonistas do ácido fólico, como o metotrexato Comp. ‑ Blister ‑ 56 unid; 0%
ou outro citotóxico, para possibilitar uma recu‑ NEOBEFOL (MNSRM); Italfarmaco
peração mais rápida da supressão medular e das Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; 0%
lesões das mucosas. É dado na forma de folinato
de cálcio por via oral, injecção intramuscular n CIANOCOBALAMINA
ou infusão intravenosa. Quando usado em asso‑
ciação com o fluorouracilo no cancro do cólon Ind.: Tratamento da anemia perniciosa e outros esta‑
metastizado, observa‑se uma resposta clínica mais dos deficitários em vitamina B12.
favorável (V. Grupo 16.). R. Adv.: Podem ocorrer raramente reacções alérgi‑
Existem ainda preparações várias contendo cas.
extracto hepático, em regra associado a vitaminas Contra‑Ind. e Prec.: Não administrar antes da con‑
e/ou sais minerais e, em muitos casos, destinadas firmação do diagnóstico; a terapêutica deve ser
a administração oral; na ausência de qualquer avaliada a intervalos de 6‑12 meses, em particular
evidência da sua utilidade terapêutica acrescida, se existem necessidades acrescidas, como na ane‑
em relação à vitamina B12, não se recomenda o mia megaloblástica da gravidez.
seu uso. Interac.: V. Introdução.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 50‑105 mg/dia, em 1‑3
n ÁCIDO FóLICO fracções, tomada entre as refeições.
Ind.: V. Introdução (4.1.2.). IM: 1 mg repetido 10 vezes a intervalos de 2‑3
R. Adv.: Hipersensibilidade ocasional com eritema, dias; dose de manutenção: 1 mg cada mês.
prurido, mal estar geral e dificuldade respiratória; [Crianças] ‑ Via oral: 50‑150 mg/dia em 1 ou 3
anorexia, náuseas, distensão abdominal, flatulên‑ fracções.
cia e gosto amargo. Foi referida raramente febre,
após injecção. Orais sólidas ‑ 1 mg
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (4.1.2.). PERMADOZE ORAL (MSRM); Actavis
Interac.: O ácido fólico pode aumentar o metabolis‑ Comp. revest. ‑ Frasco ‑ 10 unid; e 2,06 (e 0,206);
mo da fenitoína com redução das concentrações 37%
séricas do antiepilético e possível aumento da Comp. revest. ‑ Frasco ‑ 60 unid; e 9,66 (e 0,161);
frequência de convulsões. O cloranfenicol em uso 37%
concorrente pode antagonizar a resposta hemato‑
poiética. Parentéricas ‑ 1 mg/1 ml
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Inicialmente 5 mg/dia PERMADOZE (MSRM); Actavis
durante 4 meses; manutenção: 5 mg cada 1 a 7 Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 1 ml; e 14,95 (e 2,99);
dias, dependendo da doença subjacente. 37%
226 Grupo 4 | 4.1. Antianémicos
Heparinas de baixo peso molecular Risco elevado de hemorragia: 100 UI/Kg, SC, 2
(HBPM) vezes/dia. Pode iniciar‑se de imediato a terapêu‑
tica anticoagulante oral que deve manter‑se, em
As heparinas de baixo peso molecular regra, 5 dias até que os valores de protrombina
(HBPM) que incluem a dalteparina sódica, eno‑ estejam nos níveis terapêuticos.
xaparina sódica, nadroparina cálcica, reviparina Profilaxia ‑ Trombose venosa profunda antes da
sódica e a tinzaparina sódica, são fragmentos de cirurgia: 5.000 UI, SC, 1‑2 horas antes cirur‑
heparina que podem ser tão eficazes como a hepa‑ gia, seguidos de 2.500 UI/dia, SC, até completa
rina NF na profilaxia do tromboembolismo venoso mobilização do doente (5‑7 dias).
pós‑operatório em cirurgia abdominal ou nos doen‑ Risco elevado: 2.500 UI, 1‑2 horas antes da
tes com AVC e têm maior eficácia na profilaxia da cirurgia, depois 2.500 UI cada 8‑12 horas,
trombose proximal em cirurgia ortopédica. O seu seguidos de 5.000 UI/dia, 5‑7 dias ou 5 semanas
efeito só é parcialmente revertido pelo sulfato de na substituição da anca.
protamina. Não atravessam a barreira placentar, IR: Hemodiálise de 4 horas ‑ 5.000 UI, IV; hemo‑
pelo que têm sido usadas durante a gravidez. diálise > 4 horas ‑ 30‑40 UI/kg, IV, seguida de
Todas apresentam uma absorção mais uniforme e 15 UI/kg/h.
melhor biodisponibilidade que a heparina clássica,
o que permite atingir facilmente níveis previsíveis Parentéricas ‑ 2500 U.I./0.2 ml
de heparina com injecções SC de doses altas e o uso F RAGMIN (MSRM); Lab. Pfizer
de doses fixas baseadas no peso, sem controlo da Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 5 unid ‑ 0,2 ml;
APTT. O t1/2 muito mais longo ajuda a libertar desta e 11,77 (e 2,354); 69%
monitorização constante, o que se traduz num tra‑
tamento bem sucedido da trombose venosa aguda Parentéricas ‑ 5000 U.I./0.2 ml
e na redução do risco de acidentes isquémicos em FRAGMIN (MSRM); Lab. Pfizer
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 5 unid ‑ 0,2 ml;
doentes com angina instável e enfarte do miocárdio. e 23,07 (e 4,614); 69%
As fracções de diferentes pesos moleculares têm
propriedades funcionais distintas e não existe equi‑ Parentéricas ‑ 7500 U.I./0.3 ml
valência entre os vários preparados no que respeita FRAGMIN (MSRM); Lab. Pfizer
a dosagem. Requerem apenas uma ou duas injec‑ Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 5 unid ‑ 0,3 ml;
ções SC diárias e apresentam vantagens económicas e 34,58 (e 6,916); 69%
reais. As reacções adversas são idênticas às da hepa‑
rina NF ‑ hemorragia, trombocitopenia e osteopo‑ Parentéricas ‑ 10000 U.I./0.4 ml
rose ‑ mas menos frequentes. FRAGMIN (MSRM); Lab. Pfizer
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 5 unid ‑ 0,4 ml;
n DALTEPARINA SóDICA e 41,57 (e 8,314); 69%
Ind.: Trombose venosa profunda em fase aguda,
embolismo pulmonar, prevenção das complica‑ Parentéricas ‑ 12500 U.I./0.5 ml
ções tromboembólicas da cirurgia, em particular FRAGMIN (MSRM); Lab. Pfizer
em ortopedia; prevenção da coagulação durante Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 5 unid ‑ 0,5 ml;
a hemodiálise e hemofiltração; angina instável e e 50,68 (e 10,136); 69%
enfarte do miocárdio.
R. Adv.: Hematoma no local de injecção, tromboci‑ Parentéricas ‑ 15000 U.I./0.6 ml
penia transitória, hemorragia, necrose cutânea e FRAGMIN (MSRM); Lab. Pfizer
reacções alérgicas raras; elevação transitória das Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 5 unid ‑ 0,6 ml;
transaminases. e 60,44 (e 12,088); 69%
Contra‑Ind. e Prec.: Úlcera gastroduodenal,
hemorragia cerebral, diáteses hemorrágicas, n ENOXAPARINA SóDICA
endocardite séptica. Usar com cautela na trom‑ Ind.: Tratamento e profilaxia da trombose venosa
bocitopenia, na IR e IH graves e na retinopatia em cirurgia geral, cirurgia ortopédica, embolismo
diabética. Em caso de sobredosagem usar prota‑ pulmonar, angina instável e enfarte do miocárdio
mina: 1 mg de protamina inibe o efeito de 100 UI sem ondas Q.
(anti‑Xa) de dalteparina. R. Adv.: V. Heparinas de baixo peso molecular
Interac.: O efeito é reforçado pelo uso concomi‑ (HBPM) e dalteparina sódica (4.3.1.1.).
tante de ácido acetilsalicílico ou outro AINE, de Contra‑Ind. e Prec.: V. Heparinas de baixo peso
antagonistas da vitamina K (fitomenadiona) e molecular (HBPM) e dalteparina sódica (4.3.1.1.).
dextrano. Interac.: V. Heparinas de baixo peso molecular
Posol.: [Adultos] ‑ Terapêutica ‑ Trombose venosa (HBPM) e dalteparina sódica (4.3.1.1.).
profunda ou embolismo pulmonar: 200 UI/kg de Posol.: [Adultos] ‑ Profilaxia da trombose venosa em
peso/dia, SC (não exceder 18.000 UI/dia); adulto cirurgia: 20‑40 mg (2.000 a 4.000 UI) SC, 2 horas
< 46 Kg: 7.500 UI/dia; 46‑56 kg: 10.000 UI/dia; antes da cirurgia e 20 mg cada 24 horas, 7‑10 dias.
57‑68 kg: 12.500 UI/dia; 69‑82 kg: 15.000 UI/dia; Cirurgia ortopédica: 40 mg (4.000 UI), 12
> 83 kg: 18.000 U/dia. horas antes da cirurgia e depois 40 mg cada 24
Doença instável das coronárias: 120 UI/kg, SC, horas, 7‑10 dias.
cada 12 horas (máximo 10.000 UI, 2 vezes/dia, Profilaxia da trombose venosa profunda em
5‑8 dias). doentes do foro médico: 40 mg (4.000 UI) SC
232 Grupo 4 | 4.3. Anticoagulantes e antitrombóticos
cada 24 horas durante, pelo menos, 6 dias, até R. Adv.: Hematoma no local de injecção, tromboci‑
que o doente caminhe (máximo: 14 dias). penia transitória, hemorragia, necrose cutânea e
Terapêutica da trombose venosa profunda ou reacções alérgicas raras; elevação transitória das
embolismo pulmonar: 1,5 mg/Kg (150 UI/Kg/ transaminases.
dia) pelo menos, 5 dias. Contra‑Ind. e Prec.: Não administrar por via IM.
Angina instável e enfarte do miocárdio sem Deve ser usada contracepção eficaz durante o
onda Q: 1 mg/Kg (100 UI/Kg) cada 12 horas, tratamento; contagem das plaquetas antes do tra‑
2‑8 dias. tamento e depois 2 vezes/semana.
Interac.: Pode ser usada em associação com o ácido
Parentéricas ‑ 20 mg/0.2 ml acetilsalicílico e outros AINE, com outros antiagre‑
LOVENOX (MSRM); Sanofi Aventis gantes plaquetários, dextrano e antivitamínicos K,
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,2 ml; mas com prudência, pela potenciação de efeitos.
e 4,96 (e 2,48); 69% Posol.: [Adultos] ‑ 2.850 UI anti‑Xa/dia, 7‑10 dias;
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 6 unid ‑ 0,2 ml; máximo: 57 UI/Kg UI anti‑Xa/dia, cada 12 horas,
e 11,56 (e 1,9267); 69% 10 dias.
Parentéricas ‑ 40 mg/0.4 ml Parentéricas ‑ 2850 U.I. anti‑Xa/0.3 ml
LOVENOX (MSRM); Sanofi Aventis FRAXIPARINA (MSRM); GSK
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,4 ml; e 8,9 Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,3 ml;
(e 4,45); 69% e 5,59 (e 2,795); 69%
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 6 unid ‑ 0,4 ml;
e 22,69 (e 3,7817); 69% Parentéricas ‑ 3800 U.I. anti‑Xa/0.4 ml
FRAXIPARINA (MSRM); GSK
Parentéricas ‑ 60 mg/0.6 ml Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,4 ml;
LOVENOX (MSRM); Sanofi Aventis e 5,92 (e 2,96); 69%
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,6 ml;
e 11,34 (e 5,67); 69% Parentéricas ‑ 5700 U.I. anti‑Xa/0.6 ml
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 6 unid ‑ 0,6 ml; FRAXIPARINA (MSRM); GSK
e 31,24 (e 5,2067); 69% Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,6 ml;
e 11,02 (e 5,51); 69%
Parentéricas ‑ 80 mg/0.8 ml
LOVENOX (MSRM); Sanofi Aventis Parentéricas ‑ 7600 U.I. anti‑Xa/0.8 ml
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,8 ml; FRAXIPARINA (MSRM); GSK
e 15,12 (e 7,56); 69% Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,8 ml;
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 6 unid ‑ 0,8 ml; e 14,42 (e 7,21); 69%
e 39,46 (e 6,5767); 69%
Parentéricas ‑ 11400 U.I. anti‑Xa/0.6 ml
Parentéricas ‑ 100 mg/1 ml FRAXODI (MSRM); GSK
LOVENOX (MSRM); Sanofi Aventis Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,6 ml;
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 1 ml; e 18,9 e 15,48 (e 12,9); 69%
(e 9,45); 69%
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 6 unid ‑ 1 ml; e 47,95 Parentéricas ‑ 15200 U.I. anti‑Xa/0.8 ml
(e 7,9917); 69% FRAXODI (MSRM); GSK
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,8 ml;
Parentéricas ‑ 120 mg/0.8 ml e 20,61 (e 12,8813); 69%
LOVENOX (MSRM); Sanofi Aventis
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 0,8 ml; n PARNAPARINA SóDICA
e 22,49 (e 11,245); 69% Ind.: Profilaxia da trombose venosa profunda em
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 6 unid ‑ 0,8 ml; fase aguda, embolismo pulmonar; prevenção das
e 57,09 (e 9,515); 69% complicações tromboembólicas da cirurgia, em
particular em ortopedia, prevenção da coagulação
Parentéricas ‑ 150 mg/1 ml
durante a hemodiálise e hemofiltração. Prevenção
LOVENOX (MSRM); Sanofi Aventis
das complicações isquémicas da angina instável e
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 2 unid ‑ 1 ml; e 26,24
do enfarte do miocárdio sem ondas Q, quando ad‑
(e 13,12); 69%
ministrado concorrentemente com aspirina.
Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 6 unid ‑ 1 ml; e 69,18
R. Adv.: Hematoma no local de injecção, trombo‑
(e 11,53); 69%
cipenia transitória, hemorragia, necrose cutânea
e reacções alérgicas raras; possível elevação das
n NADROPARINA CáLCICA aminotransferases.
Ind.: Trombose venosa profunda em fase aguda, Contra‑Ind. e Prec.: Não administrar por via IM.
embolismo pulmonar; prevenção das complica‑ Não deve ser usada num estado de hemorragia
ções tromboembólicas da cirurgia, em particular incontrolável, excepto se for devido a coagulação
em ortopedia, prevenção da coagulação durante intravascular disseminada.
a hemodiálise e hemofiltração. Angina instável e Interac.: Pode ser usada em associação com o ácido
enfarte do miocárdio. acetilsalicílico e outros AINEs, com outros antia‑
4.3. Anticoagulantes e antitrombóticos 233
reduzem a síntese hepática dos factores II, VII, IX (pelo risco de hemorragia fetal ou placentar), na
e X da coagulação, por antagonizarem a acção da diátese hemorrágica e nos casos de não adesão à
vitamina k (fitomenadiona). Em contraste com terapêutica.
a heparina não possuem efeito anticoagulante in As interacções decorrem do aumento (ex: car‑
vitro. O fármaco mais representativo é a varfarina. bamazepina) ou diminuição (ex: cimetidina)
Os outros anticoagulantes orais ‑ o dicumarol, o do metabolismo do anticoagulante, do aumento
acenocumarol, biscumacetato de etilo e os deri‑ do risco da hemorragia por acção antiagregante
vados da indanodiona utilizam‑se raramente. plaquetária (ex: ácido acetilsalicílico) ou por
Os efeitos destes fármacos só se tornam apa‑ potenciação da acção anticoagulante (AINEs, anti
rentes após a deplecção plasmática dos factores da ‑hormonas, antiarrítmicos e outros).
coagulação atrás indicados, o que só acontece 2‑3 Os factores que afectam o controlo anticoagu‑
dias após o início da administração. Deste modo, lante incluem o nível de vitamina C, o estado de
a terapêutica anticoagulante oral, por si só, é funcionamento da tiróide e do rim, as diferenças
inadequada para o controlo inicial; a heparina é de biodisponibilidade entre os vários preparados
o anticoagulante de escolha quando se necessita e as interacções medicamentosas.
de um efeito imediato, utilizando‑se os deriva‑ A medida do INR é utilizada para monitorizar
dos cumarínicos para manutenção do tratamento o efeito da terapêutica com anticoagulantes orais;
quando está indicada uma acção anticoagulante deverá ser efectuada antes do início da terapêu‑
de longa duração. Na maioria dos casos a hepa‑ tica, mas a dose inicial não deve ser retardada até
rina e os anticoagulantes orais devem iniciar‑se conhecimento do resultado; uma vez iniciada a
simultaneamente, continuando os dois fármacos a terapêutica, o INR é determinado diariamente ou
sobrepor‑se durante um curto período de tempo. em dias alternados até se atingir e manter, pelo
menos em 2 dias consecutivos, o nível útil; depois,
Em alguns destes doentes pode ser também útil a medida deve ser efectuada 2 a 3 vezes/semana,
um fármaco antiagregante plaquetário. durante 1 a 2 semanas, após o que a avaliação será
Prolongam o tempo de protrombina (TP) que de 1 vez/semana e, a manter‑se estável, com inter‑
avalia a integridade do sistema extrínseco e é uti‑ valos de 8 a 12 semanas.
lizado para o controlo do efeito anticoagulante; Os valores do INR são as seguintes, de acordo
é referido como INR (Relação Internacional Nor‑ com as recomendações: para a profilaxia da trom‑
malizada); aumentam ainda o tempo parcial de bose venosa, embolismo pulmonar, cardiomio‑
tromboplastina activada (APTT) que mede a inte‑ patia, cardioversão, trombose mural e cirurgia
gridade do sistema intrínseco. de alto risco, recomenda‑se que o valor do INR
Os derivados da cumarina usam‑se no trata‑ se situe entre 2,0 e 2,5; um limite de 2,5‑3,0 é
mento da trombose venosa profunda e embo‑ recomendado na profilaxia da cirurgia do colo do
lismo pulmonar; na prevenção destas condições fémur, na trombose venosa profunda, próteses
em doentes com fibrilhação auricular e risco de valvulares mecânicas e em doentes com anticor‑
embolização, em doentes com próteses valvulares pos antifosfolipídicos; INR de 3,0‑3,5 na trombose
cardíacas, nos que vão ser submetidos a cirurgia venosa recorrente e embolismo pulmonar (em
complicada ou os que requerem imobilização pro‑ doentes que tomam varfarina com INR acima de
longada (ex: idoso após cirurgia ortopédica) e no 2) e na prótese mecânica de válvulas cardíacas;
enfarte agudo do miocárdio. INR de 3,5 para prótese valvular mitral.
A reacção adversa mais comum dos antico‑ Se surgir hemorragia num doente a tomar var‑
agulantes é a hemorragia com tradução clínica farina, recomenda‑se que:
diversificada, dependente da sua localização e que ‑ Se a hemorragiia for considerável, suspender
vai desde uma equimose mínima a uma grande a varfarina e dar vitamina K1, 5‑10 mg IV lenta;
hemorragia que pode ser causa de morte. É fun‑ pode administrar‑se concentrado de complexo
damental determinar o INR e omitir doses sempre protrombínico (factores II, VII, IX e X), 30‑50 U/
que necessário. As hemorragias maciças resultam, Kg ou plasma fresco ‑ 15 mL/Kg;
quer de dosagem excessiva, quer do prolonga‑ ‑ Se o INR > 8,0 sem hemorragia ou pequena
mento exagerado do tempo de protrombina ou da hemorragia ‑ suspender a varfarina e reiniciar
presença de lesões ocultas, mesmo quando o valor quando o INR < 5,0; se há outros factores de risco
de INR está no valor desejado ou com um desvio administrar vitaminas K1, 500 mg i.v., lentamente
de 0,5. Outras reacções adversas incluem erupção, ou 5 mg, via oral; repetir a dose de vitamina K1 se
alopecia, necrose e/ou gangrena de pele e outros o INR for ainda elevado após 24 horas;
tecidos que podem surgir 2‑10 dias após o início ‑ INR 6,0 ‑ 8,0 só com hemorragia mínima ‑ sus‑
da terapêutica, cor arroxeada das faces plantares e pender a varfarina; reiniciar quando INR < 5,0;
laterais dos dedos dos pés, queda do hematócrito, ‑ INR < 6,0 mas mais 0,5 unidades acima do
disfunção hepática, náuseas, vómitos, pancreatite valor alvo ‑ reduzir a dose e reiniciar a varfarina
e reacções de hipersensibilidade. O aparecimento qua ndo INR < 5,0;
destes efeitos implica a suspensão do fármaco e ‑ Hemorragia inesperada com níveis terapêu‑
a sua substituição por heparina. Não devem ser ticos ‑ investigar sempre a possibilidade de lesão
usados sempre que co‑exista um risco acrescen‑ subjacente, nomeadamente patologia gastrintesti‑
tado de hemorragia ou necrose, infecções graves, nal ou renal não suspeita.
doença cerebrovascular, oclusão arterial periférica
e endocardite bacteriana. Estão ainda contra n ACENOCUMAROL
‑indicados durante o primeiro trimestre (são Ind.: V. Varfarina.
teratogénicos) e nas últimas semanas de gravidez R. Adv.: V. Varfarina.
4.3. Anticoagulantes e antitrombóticos 235
n EPTIFIBATIDO n INDOBUFENO
Ind.: Profilaxia de re‑enfarte em doentes com angina Ind.: V. Ácido acetilsalicílico.
instável ou enfarte do miocárdio sem onda Q, com R. Adv.: V. Ácido acetilsalicílico.
o último episódio de dor há menos de 24 horas, Contra‑Ind. e Prec.: V. Ácido acetilsalicílico.
doentes submetidos a revascularização coronária Interac.: V. Ácido acetilsalicílico.
por via percutânea; tratamento dos síndromes co‑ Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 mg/dia.
ronários agudos.
R. Adv.: Hemorragias, hipotensão, isquémia cere‑ Orais sólidas ‑ 200 mg
IBUSTRIN (MSRM); Lab. Pfizer
bral, fibrilhação auricular, taquicardia ventricular, Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 12,38 (e 0,619); 69%
choque. Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 26,76 (e 0,446); 69%
Contra‑Ind. e Prec.: Não deve usar‑se em doen‑
tes com hipertensão grave, diátese hemorrágica, n TICLOPIDINA
aumento do INR, trombocitopenia, AVC prévio,
sinais de úlcera gastrintestinal activa. Usar ainda Ind.: Profilaxia das complicações tromboembólicas
com precaução quando se administram conjun‑ em indivíduos com doença aterosclerótica; pode
tamente outros fármacos que modificam a coa‑ usar‑se nos indivíduos que não toleram o ácido
gulação, tais como trombolíticos, anticoagulantes acetilsalicílico.
R. Adv.: Distúrbios gastrintestinais, erupções cutâne‑
e outros antiagregantes plaquetários. Medir o as, discrasias sanguíneas e hemorragias; a longo
tempo de protrombina, o tempo de tromboplas‑ prazo, com consumo prolongado, aumento dos lí‑
tina parcial activado, a contagem de plaquetas e pidos sanguíneos, neutropenia, trombocitopenia
hematócrito e a creatinina sérica antes do início ou agranulocitose.
da terapêutica, após 6 horas e depois pelo menos Contra‑Ind. e Prec.: Não deve ser administrada a
1 vez/dia. Interromper terapêutica trombolítica. indivíduos portadores de diátese hemorrágica
Não se recomenda o seu uso em doentes com associada a tempo de hemorragia prolongado,
menos de 18 anos. Durante a gravidez usar só se com úlcera gastroduodenal ou com hemorragia
os benefícios para a mãe ultrapassarem os riscos cerebral aguda. Recomenda‑se controlo hemato‑
potenciais para o feto (V. Anexo 1). Não usar du‑ lógico regular durante as primeiras 12 semanas de
rante o aleitamento (V. Anexo 2), na IH (V. Anexo terapêutica.
3), IR (V. Anexo 4). Interac.: Não associar ao ácido acetilsalicílico, anti‑
Interac.: Não foram ainda descritas interacções. coagulantes ou corticosteróides.
Posol.: [Adultos] ‑ 180 mg/Kg, IV em bolus, o mais Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 mg, 2 vezes/dia, com
cedo possível, seguidos de infusão contínua de as refeições.
2 mg/Kg/min até 72 horas; até 96 horas, se foi re‑ Orais sólidas ‑ 250 mg
alizada intervenção coronária percutânea durante APLAKET (MSRM); Lab. Delta
o tratamento. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 10,57
Nota: Este medicamento não se encontra disponível (e 0,5285); 69% ‑ PR e 10,38
em Farmácia Comunitária. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 19,72
(e 0,3287); 69% ‑ PR e 24,94
n ILOPROST PLAQUETAL (MSRM); A. Menarini
Ind.: Tromboangeíte (doença de Buerger), quando Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 11,8 (e 0,59);
69% ‑ PR e 10,38
a revascularização não está indicada; para inibir Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 23,72
a agregação plaquetar durante a diálise renal; hi‑ (e 0,3953); 69% ‑ PR e 24,94
pertensão pulmonar primária resistente a outro TICLODIX (MSRM); Lab. Vitória
tratamento em associação a anticoagulante oral. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 10,73
R. Adv.: Hipotensão, taquicardia, vasodilatação fa‑ (e 0,5365); 69% ‑ PR e 10,38
cial, cefaleias, artralgias, reacções alérgicas, mal Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 23,72
‑estar, vómitos, dor e parestesias no membro afec‑ (e 0,3953); 69% ‑ PR e 24,94
tado; edema pulmonar agudo ou falência cardíaca TICLOPIDINA ALTER 250 MG COMPRIMIDOS
em idosos. Reacção local com rubor e dor no local (MSRM); Alter
da perfusão. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 7,04 (e 0,352);
Contra‑Ind. e Prec.: Deve ser usada contracepção 69% ‑ PR e 10,38
eficaz durante o tratamento; não usar durante o Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,55
aleitamento por falta de informações disponíveis; (e 0,2592); 69% ‑ PR e 24,94
hipersensibilidade às prostaglandinas, angina ins‑ TICLOPIDINA BETLIFE 250 MG COMPRIMIDOS
(MSRM); Grünenthal
tável; insuficiência ventricular esquerda grave. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 17,46
Interac.: Deve evitar‑se a associação com outros va‑ (e 0,291); 69% ‑ PR e 24,94
sodilatadores ou anticoagulantes por potenciação TICLOPIDINA BLUEPHARMA INDúSTRIA FARMA‑
de efeitos. O efeito hipotensor pode ser aumen‑ CêUTICA S.A. 250 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS
tado pelo uso de acetato nos líquidos de diálise. (MSRM); Bluepharma
Posol.: [Adultos] ‑ 0,5 a 2,0 ng/Kg/min em perfusão Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 7,21
IV, durante 6 horas, 4 semanas. (e 0,3605); 69% ‑ PR e 10,38
Nota: Este medicamento não se encontra disponível Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,93
em Farmácia Comunitária. (e 0,2655); 69% ‑ PR e 24,94
240 Grupo 4 | 4.3. Anticoagulantes e antitrombóticos
Posol.: [Adultos] ‑ De início: Via oral: 300 mg/dia; corpos pode neutralizar as moléculas de estrep‑
manutenção: 300‑900 mg/dia, em 1‑3 fracções. toquinase. O anistreplase corresponde ao com‑
plexo de plasminogénio humano purificado com
Orais sólidas ‑ 300 mg a estreptoquinase que foi acilada para proteger
TECNOSAL (MSRM); Tecnifar o local activo da enzima. Tem maior selectividade
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 11,83 (e 0,5915); 69% para o coágulo e uma actividade trombolítica mais
‑ PR e 9,15 potente. É mais usada na trombose venosa.
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 21,42 (e 0,357); 69% O alteplase ou activador tecidular do plasmi‑
‑ PR e 25,12 nogénio, rt‑PA, actua preferentemente no plas‑
TRIFLUSAL ALTER 300 MG CáPSULAS (MSRM); Alter minogénio ligado à fibrina. Tem uma duração de
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,41 (e 0,3205); 69% acção bastante curta por ser inactivado pelo inibi‑
‑ PR e 9,15 dor do activador do plasminogénio (PAI) com o
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 17,58 (e 0,293); 69% qual se combina. Administrado até 6 horas após
‑ PR e 25,12
TRIFLUSAL CICLUM (MSRM); Ciclum um acidente cerebral oclusivo em doentes selec‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,74 (e 0,2623); 69% cionados por angiografia, reduz a mortalidade ou
‑ PR e 25,12 a dependência nos primeiros três meses e mostra
TRIFLUSAL CINFA (MSRM); Cinfa igual benefício no enfarte do miocárdio anterior
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 17,05 (e 0,2842); 69% em doentes com menos de 75 anos. O reteplase,
‑ PR e 25,12 que deriva do alteplase, contém apenas uma
TRIFLUSAL GENERIS (MSRM); Generis parte da actividade proteolítica da molécula mãe,
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,21 (e 0,3105); 69% mas proporciona níveis plasmáticos mais estáveis,
‑ PR e 9,15 podendo ser aplicada sob a forma de duas injec‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 17,05 (e 0,2842); 69% ções com um intervalo de 30 minutos.
‑ PR e 25,12 Os fibrinolíticos estão indicados nos casos de
TRIFLUSAL RATIOPHARM (MSRM); Ratiopharm embolia pulmonar que não requeira intervenção
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,02 (e 0,301); 69% cirúrgica (situação em que o tratamento deve ser
‑ PR e 9,15 iniciado de imediato), na trombose venosa cen‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 17,05 (e 0,2842); 69% tral profunda e no enfarte agudo do miocárdio. A
‑ PR e 25,12 trombólise pré‑hospitalar ainda se não recomenda
por estar associada a riscos graves como as arrit‑
4.3.2. Fibrinolíticos (ou trombolíticos) mias malignas e implicar o transporte do doente
para o hospital por uma equipa especialmente
Os fibrinolíticos ou trombolíticos são activa‑ treinada e equipada. Existe controvérsia quanto à
dores do plasminogénio usados na terapêutica da maior segurança e eficácia do t‑PA em comparação
trombose para dissolver rapidamente a rede de com os outros trombolíticos, sendo unânimes as
fibrina e assim dissolver os trombos. Estão indi‑ opiniões quanto às vantagens de continuação da
cados para qualquer doente com enfarte agudo terapêutica com um antiagregante plaquetário,
do miocárdio para os quais o benefício é prova‑ um bloqueador adrenérgico beta e um IECA para
velmente superior ao risco. O benefício é maior redução da mortalidade. Não são referidos em
naqueles que têm alterações no ECG que incluem pormenor por serem de uso exclusivo hospitalar.
elevação do segmento ST (em especial naqueles O uso de fibrinolíticos deve ser feito com pre‑
com enfarte anterior e com bloqueio do feixe de caução. Acarreta o risco de hemorragias, inclusive
His). O tratamento não deve ser recusado apenas a partir de uma punção venosa ou de qualquer
com base na idade porque a mortalidade neste processo invasivo, na gravidez (V. Anexo 1). Os
grupo é elevada e a sua redução é igual à dos efeitos adversos incluem náuseas, vómitos e
doentes mais jovens. A plasmina deriva por pro‑ hemorragia. Quando são usados no enfarte do
teólise de um precursor inactivo, o plasminogé‑ miocárdio podem ocorrer arritmias de reperfusão;
nio. Os activadores do plasminogénio podem ser
infundidos com a finalidade de dissolver coágulos a hipotensão, a surgir, obriga a reduzir ou suspen‑
(por ex.: no enfarte do miocárdio), mas a trom‑ der temporariamente a perfusão. A hemorragia é
bólise não terá sucesso a menos que possam ser habitualmente circunscrita ao local de injecção,
administrados IV ou intra‑arterialmente, de forma embora possa ocorrer noutros locais. Se for grave
rápida após a formação do trombo. Criam, no implicará a administração de factores da coagula‑
entanto, um estado lítico generalizado, atingindo ção e anti‑fibrinolíticos. A estreptoquinase pode
tanto os trombos hemostáticos como os que fun‑ causar reacções alérgicas (erupção, vasodilatação
cionam como êmbolos. facial, uveíte e, eventualmente, anafilaxia). Os
A uroquinase, sintetizada pelo rim como fibrinolíticos estão contra‑indicados em doentes
uma pró‑enzima (uPA), é obtida a partir de cul‑ com hemorragias, incluindo extracção dentária,
tura de células renais e não é antigénica como a défices da coagulação, dissecção aórtica, doença
estreptoquinase, produzida por estreptococos. cerebrovascular recente ou sequelas dessa doença,
Esta é em si mesma enzimaticamente inactiva; só úlcera péptica recente, hipertensão grave, doença
após ligação a uma molécula de plasminogénio pulmonar activa com cavitação, doença hepática
se torna eficaz e ganha actividade trombolítica. grave, varizes esofágicas, pancreatite aguda e, no
Todavia, se existirem no organismo anticorpos caso da estreptoquinase, persistência de anticor‑
anti‑estreptoquinase como resultado de infecções pos. A estreptoquinase só pode voltar a ser usada
estreptocóccicas anteriores, a ligação a tais anti‑ após, pelo menos, 4 dias da última utilização.
242 Grupo 4 | 4.4. Anti‑hemorrágicos
Congestão nasal com ardor, comichão, espirro Posol.: [Adultos] ‑ 0,5‑1 mg, numa só fracção à noi‑
e, ocasionalmente, epistáxis (após inalação te; 1‑2 mg, 2 vezes/dia, com os alimentos.
nasal). Náuseas, vómitos, cefaleias, vertigens e [Crianças] ‑ > 2 anos: 1 mg, 2 vezes/dia, com os
tonturas. alimentos.
Após o tratamento de várias semanas ou meses
podem ocorrer, mais raramente: Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 0.2 mg/ml
‑ agravamento da asma existente; ZADITEN (MSRM); Defiante
‑ urticária, “rashes”; Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 6,12
‑ infiltrados pulmonares com eosinofilia (o que (e 0,0306); 69%
obriga a descontinuar o tratamento).
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade ao ácido Orais sólidas ‑ 1 mg
cromoglícico (cromoglicato de sódio). Este fárma‑ ZADITEN (MSRM); Defiante
co está contra‑indicado no tratamento do ataque Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,06 (e 0,203); 69%
de asma agudo. Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,76 (e 0,146); 69%
Deve haver precaução ao descontinuar o tra‑
tamento com cromolinas, particularmente em
doentes que reduziram gradualmente a tera‑
pêutica com corticosteróides após o início do 5.2. Antitússicos e expectorantes
tratamento com o ácido cromoglícico (cromo‑
glicato de sódio). A tosse, reflexo de defesa em consequência da
Interac.: Não descritas. irritação das vias aéreas, é um importante meca‑
Posol.: [Adultos] ‑ Aerossol: 5 a 10 mg, 4 vezes/dia; nismo fisiológico protector.
até 6 a 8 vezes/dia, em situações graves ou durante Não deve ser tratada como sintoma, deve
períodos de risco. procurar‑se a causa e tentar eliminá‑la.
Solução nebul.: 20 mg, 4 vezes/dia; até 6 vezes/ Se a causa é desconhecida ou se o tratamento
dia, em situações graves ou durante períodos específico resulta ineficaz no alívio da tosse (por
de risco (V. Subgrupo 14.1.). ex: caso de neoplasia ou de doença intersticial
[Crianças] ‑ Aerossol: 5 a 10 mg, 4 vezes/dia; até do pulmão) então o tratamento sintomático, com
6 a 8 vezes/dia, em situações graves ou durante recurso a antitússicos, pode ser desejável.
períodos de risco. O uso de antitússicos deve restringir‑se a cir‑
Solução nebul.: 20 mg, 4 vezes/dia; até 6 vezes/ cunstâncias especiais, clinicamente ponderadas,
dia, em situações graves ou durante períodos de doentes traumatizados, no pós‑operatório car‑
de risco (V. subgrupo 14.1.). diotorácico, de aneurismas, de hérnias ou noutras
situações onde a presença da tosse constitua grave
Inalação ‑ 5 mg/dose inconveniente para o doente, em particular nas
I NTAL 5 (MSRM); Sanofi Aventis
situações de tosse nocturna.
Susp. pressurizada p. inalação ‑ Recipiente pressu‑
rizado ‑ 1 unid ‑ 112 dose(s); e 9 (e 9); 69% A terapêutica das patologias tussígenas
depende da presença de uma tosse produtiva ou
n CETOTIFENO não produtiva.
A tosse não produtiva é considerada “inútil”
Ind.: Profilaxia da asma de grau ligeiro e moderado. para o doente e a abordagem inicial para a elimi‑
Rinite alérgica sazonal. nação deste tipo de tosse é o tratamento da pato‑
R. Adv.: Sonolência marcada (à qual se manifesta logia subjacente.
tolerância com a continuação do tratamento), se‑ A tosse produtiva é caracterizada pela presença
cura de boca, aumento de peso por estimulação de esputo e pode ser “útil” como mecanismo fisio‑
do apetite, vertigens, tonturas e náuseas em 10 a lógico de protecção.
20% dos doentes, que desaparecem ao fim de 1 a Quando estiver indicada, a terapêutica com
2 semanas de uso continuado. Em doses elevadas recurso a fármacos expectorantes e mucolíticos
pode originar impotência.
visa o aumento de volume das secreções e a dimi‑
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade ao cetotife‑
no, gravidez e aleitamento. nuição da viscosidade do muco, com consequente
Este fármaco está contra‑indicado no tratamento facilitação da sua remoção.
do ataque de asma agudo. A adequada hidratação do doente, por ingestão
Em doentes tratados com antiasmáticos as respec‑ de água ou por inalação de vapor de água, é de
tivas doses devem manter‑se, ou serem gradual‑ grande importância pela sua acção demulcente e
mente reduzidas, durante pelo menos duas sema‑ expectorante.
nas, após o início do tratamento com o cetotifeno. Estão disponíveis numerosas preparações
Interac.: Sendo um fármaco anti‑histamínico, re‑ combinadas de antitússicos e expectorantes que
quer precaução no uso concomitante com outros incluem misturas de anti‑histamínicos, broncodi‑
anti‑histamínicos, sedativos, hipnóticos, álcool e latadores, extractos e tinturas vegetais. Não lhes
outros depressores do SNC. faremos referência especial porque há pouca evi‑
O uso de cetotifeno com antidiabéticos orais dência da sua eficácia. Estas associações são “ilógi‑
(principalmente biguanidas) pode provocar cas” e, por vezes, incluem princípios farmacológi‑
uma baixa reversível de plaquetas. cos em concentrações inadequadas.
5.2. Antitússicos e expectorantes 257
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 30 mg/10 ml Granulado ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,58 (e 0,279);
DRENOXOL (MNSRM); Lab. Vitória 0%
Xarope ‑ Ampola ‑ 20 unid ‑ 10 ml; 0%
n BROMEXINA
Orais sólidas ‑ 30 mg
AMBROXOL FARMOZ 30 MG COMPRIMIDOS Ind.: V. Expectorantes (5.2.2.).
(MNSRM); Farmoz R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia, dor epigástrica,
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% cefaleias, vertigem, rash cutâneo.
AMBROXOL FLUIDOX 30 MG COMPRIMIDOS Estão descritos alguns casos de hepatotoxici‑
(MNSRM); Baldacci dade com elevação dos valores séricos da ami‑
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% notransferase (GOT).
BENFLUX (MNSRM); Lab. Atral Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade à bromexi‑
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% na; doentes com história de úlcera péptica. Usar
BRONCOLIBER (MNSRM); Tecnimede com precaução na gravidez e aleitamento.
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% Interac.: Não descritas.
BRONXOL (MNSRM); Labialfarma Posol.: [Adultos] ‑ 8‑16 mg, 3 vezes/dia.
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% [Crianças] ‑ < 5 anos: 2 mg, 2 vezes/dia; 5‑10
DRENOXOL (MNSRM); Lab. Vitória anos: 2 mg, 3 vezes/dia.
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
MUCOSOLVAN (MNSRM); Unilfarma Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 0.8 mg/ml
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% BASIFLUX (MNSRM); Lab. Basi
MUCOTOSSE (MNSRM); Labialfarma Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% BISOLVON LINCTUS CRIANçA (MNSRM); Unilfarma
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
Orais sólidas ‑ 75 mg TOSSEQUE (MNSRM); Lab. Medinfar
MUCOSOLVAN PERLONGUETS (MNSRM); Unilfarma Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 1.6 mg/ml
Orais sólidas ‑ 120 mg BISOLVON LINCTUS ADULTO (MNSRM); Unilfarma
BROMAX (MNSRM); Pentafarma Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% LISOMUCIN (MNSRM); Cipan
BRONCOLIBER (MSRM); Tecnimede Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 10,89
(e 0,5445); 37% Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 2 mg/ml
BISOLVON (MNSRM); Unilfarma
Parentéricas ‑ 15 mg/2 ml Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 40 ml; 0%
MUCOSOLVAN (MSRM); Unilfarma LISOMUCIN (MNSRM); Cipan
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 2 ml; e 2,58 (e 0,516); Gotas orais, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑
37%
15 ml; 0%
n AMBROXOL + CLENBUTEROL Orais sólidas ‑ 8 mg
Não se recomenda esta associação. BISOLVON (MNSRM); Unilfarma
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 1.5 mg/ml +
0.001 mg/ml n CARBOCISTEíNA
MUCOSPAS (MSRM); Unilfarma
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 5,46 Ind.: V. Expectorantes (5.2.2.).
(e 0,0273); 0% R. Adv.: Diarreia, náuseas, irritação ao nível gastrin‑
VENTOLIBER (MSRM); Tecnimede testinal, cefaleias, rash cutâneo.
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 5,47 Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade à carbocis‑
(e 0,0274); 0% teína; doentes com história de úlcera péptica.
Interac.: Não descritas.
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 3 mg/ml + 0.002 mg/ Posol.: [Adultos] ‑ Dose inicial: 750 mg, 3 vezes/dia.
ml Após resposta ao tratamento: 1,5 g/dia, em frac‑
MUCOSPAS (MSRM); Unilfarma ções divididas.
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 9,69 [Crianças] ‑ 2‑5 anos: 62,5‑125 mg, 4 vezes/dia;
(e 0,0485); 0% 6‑12 anos: 250 mg, 3 vezes/dia.
VENTOLIBER (MSRM); Tecnimede
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 9,69 Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 20 mg/ml
(e 0,0485); 0% DRILL MUCOLíTICO INFANTIL (MNSRM); Pierre Fa‑
bre Dermo‑Cosmétique
Orais sólidas ‑ 30 mg + 0.02 mg Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 125 ml; 0%
VENTOLIBER (MSRM); Tecnimede MUCORAL (MNSRM); Sanofi Aventis
Comp. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 3,54 (e 0,354); 0% Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,44 (e 0,2573); 0% PULMIBEN 2% (MNSRM); Italfarmaco
VENTOLIBER (MSRM); Tecnimede Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 125 ml; 0%
5.2. Antitússicos e expectorantes 261
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 50 mg/ml Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 a 400 mg de 4 em 4
DRILL MUCOLíTICO ADULTO (MNSRM); Pierre Fa‑ horas, até 2,4 g/dia.
bre Dermo‑Cosmétique [Crianças] ‑ Via oral: De 2‑6 anos: 50 a 100 mg de
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0% 4 em 4 horas, até 600 mg/dia; de 6‑12 anos: 100 a
DRILL MUCOLíTICO ADULTO A 5 % SEM AçúCAR 200 mg de 4 em 4 horas, até 1,2 g/dia.
(MNSRM); Pierre Fabre Dermo‑Cosmétique
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0% Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 13.33 mg/ml
FINATUX (MNSRM); Jaba Recordati VICKS XAROPE EXPECTORANTE (MNSRM); Lab. Vi‑
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0% cks (Espanha)
MUCOLEX (MNSRM); Johnson & Johnson Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; 0%
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
MUCORAL (MNSRM); Sanofi Aventis n SOBREROL
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0% O sobrerol tem sido utilizado como mucolítico.
PULMIBEN 5% (MNSRM); Italfarmaco Não se conhecem dados na literatura que fun‑
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 250 ml; 0% damentem o seu uso.
Orais sólidas ‑ 400 mg Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 8 mg/ml
MUCORAL (MNSRM); Sanofi Aventis MUCODOX (MNSRM); Lab. Delta
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
PULMUS (MNSRM); Merck
Orais sólidas ‑ 750 mg Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
DRILL MUCOLíTICO COMPRIMIDOS (MNSRM);
Pierre Fabre Dermo‑Cosmétique Orais sólidas ‑ 100 mg
Comp. p. mastigar ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% MUCODOX (MNSRM); Lab. Delta
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
n CARBOCISTEíNA + SOBREROL
Não se recomenda o uso desta associação. 5 .2.3. Associações e medicamentos descon-
gestionantes
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 50 mg/ml + 8 mg/ml
BRONQUIAL‑OM (MNSRM); OM Pharma Existem outras preparações, geralmente medi‑
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0% camentos não sujeitos a receita médica, que se
NIFLUX (MSRM); Alter disponibilizam para venda ao público. São prepa‑
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 6,13 rações descongestionantes, misturas de expecto‑
(e 0,0307); 0% rantes ou associações de antitússicos, demulcen‑
tes e expectorantes. No geral, são produtos para
os quais não há fundamento científico que justi‑
Orais sólidas ‑ 375 mg + 60 mg fique a existência de uma indicação de racionali‑
BRONQUIAL‑OM (MNSRM); OM Pharma dade não duvidosa. Contudo, existe uma função
Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% placebo e estamos perante preparações de custo
médio pouco elevado.
n FENSPIRIDA
A fenspirida tem actividade anti‑histamínica H1 n CâNFORA + EUCALIPTOL
e tem sido usada em afecções inflamatórias das Cutâneas e transdérmicas ‑ 25 mg/g + 100 mg/g
vias respiratórias. TRANSPULMINA (INFANTIL) (MNSRM); Meda Phar‑
Não se conhecem dados na literatura que fun‑ ma
damentem o seu uso. Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 20 g; 0%
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 2 mg/ml n CâNFORA + EUCALIPTOL + MENTOL
PNEUMOREL (MSRM); Servier
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 2,01 Cutâneas e transdérmicas ‑ 25 mg/g + 100 mg/g +
(e 0,0101); 37% 50 mg/g
TRANSPULMINA (ADULTO) (MNSRM); Meda Pharma
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 20 g; 0%
Orais sólidas ‑ 80 mg
PNEUMOREL RETARD (MSRM); Servier Rectais ‑ 13 mg + 31 mg + 4 mg
Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,93 TRANSPULMINA (INFANTIL) (MNSRM); Meda Phar‑
(e 0,2465); 37% ma
Supositório ‑ Fita termossoldada ‑ 5 unid; 0%
n GUAIFENESINA
Não se conhecem dados que fundamentem o Rectais ‑ 27 mg + 65 mg + 9 mg
seu uso. TRANSPULMINA (ADULTO) (MNSRM); Meda Pharma
R. Adv.: Náuseas e vómitos e mais raramente tontu‑ Supositório ‑ Fita termossoldada ‑ 5 unid; 0%
ras, cefaleias e rash cutâneo. Em doses excessivas
pode provocar urolitíase. n ERISIMO OFFICINALIS
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade à guaife‑ Bucais e gengivais ‑ 10 mg
nesina. EUPHON (MNSRM); Jaba Recordati
Interac.: Não descritas. Pastilha ‑ Caixa ‑ 70 unid; 0%
262 Grupo 5 | 5.3. Tensioactivos (surfactantes) pulmonares
Este objectivo pode conseguir‑se: inibindo a a atitude terapêutica, dado que, se a úlcera é uma
secreção ácida (bloqueadores dos receptores H2, “doença infecciosa”, pode ser curada.
pirenzepina, derivados benzimidazólicos, prostaglan‑ As taxas de recidiva de úlcera péptica diminuem
dinas); pela sua neutralização (antiácidos); reves‑ muito significativamente quando se consegue erra‑
tindo a cratera ulcerosa e prevenindo a sua agressão dicar o H. pylori. A erradicação não é exequível
(sucralfato) e aumentando a defesa da mucosa (car‑ com monoterapia. Os tratamentos associando sais
benoxolona, prostaglandinas). de bismuto com metronidazol e tetraciclina, cla‑
ritromicina ou amoxicilina permitem obter taxas
de erradicação de 70 a 80%. A principal limitação
Critérios de escolha dos anti‑ulcerosos destas associações reside na incidência de efeitos
indesejáveis e na incomodidade resultante das tomas
No tratamento da fase aguda da úlcera gástrica múltiplas.
quase todos os fármacos disponíveis são eficazes Conseguem‑se resultados superiores associando
(bloqueadores H2, inibidores da bomba de protões, inibidores da secreção ácida (bloqueadores H2 ou
anticolinérgicos, sucralfato, prostaglandinas) e as inibidores da bomba de protões) com antibióticos.
diferenças importantes residem nos efeitos indesejá‑ Assim, a associação de um inibidor da bomba de
veis e no custo. protões com amoxicilina e metronidazol, ou cla‑
Na prevenção de recidiva da úlcera gástrica são efi‑ ritromicina, ou em casos de resistência de levoflo‑
cazes os bloqueadores dos receptores H2 e os inibi‑ xacina, de ranitidina, bismuto com amoxicilina e
dores da bomba de protões, havendo poucos estudos metronidazol ou com claritromicina possibilitam
para outros fármacos. erradicações percentualmente sobreponíveis. V.
De igual modo, no tratamento da úlcera duode‑ Associações recomendadas para a erradicação do
nal é possível encontrar referências à eficácia seme‑ Helicobacter pylori.
lhante dos fármacos disponíveis, mas as comparações Associações recomendadas para a erradicação
bibliográficas deste tipo não são válidas, apenas se do Helicobacter pylori
devendo valorizar as comparações directas.
Sabe‑se que os bloqueadores H2 e os inibidores O tratamento de erradicação do H. pylori, efectu‑
da bomba de protões são eficazes na prevenção das ado durante sete dias, é usualmente eficaz determi‑
recidivas desde que se mantenha a terapêutica indefi‑ nando a cicatrização rápida das úlceras, não sendo
nidamente, com os consequentes riscos iatrogénicos. habitualmente necessário continuar o tratamento
As modalidades terapêuticas clássicas têm vindo antisecretor (com antagonista dos receptores H2
a ser reformuladas, em consequência da identifica‑ ou inibidor da bomba de protões).
ção do papel da infecção pelo Helicobacter pylori na V. também grupo 1. para mais pormenores
patogenia da úlcera péptica. Esta evolução modificou acerca dos antibióticos (1.1.1.2., 1.1.8. e 1.1.11.).
Orais sólidas ‑ 340 mg Comp. p. mastigar ‑ Blister ‑ 50 unid; e 3,8
KOMPENSAN (MSRM); Johnson & Johnson (e 0,076); 37%
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,37 (e 0,0685); 0%
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,48 (e 0,058); 0% n HIDRóXIDO DE MAGNéSIO
Ind.: Dispepsia. V. Antiácidos (6.2.1.).
n CARBONATO DE DI‑HIDRóXIDO DE R. Adv.: V. Antiácidos (6.2.1.).
ALUMíNIO E SóDIO + DIMETICONE
Contra‑Ind. e Prec.: V. Antiácidos (6.2.1.).
Ind.: Dispepsia. V. Antiácidos (6.2.1.). Interac.: V. Antiácidos (6.2.1.).
R. Adv.: V. Antiácidos (6.2.1.). Posol.: 1 a 2 colheres de chá de suspensão oral, 1 a
Contra‑Ind. e Prec.: V. Antiácidos (6.2.1.). 3 horas após as refeições e ao deitar ou em função
Interac.: V. Antiácidos (6.2.1.). das manifestações sintomáticas.
Posol.: Mastigar 1 comprimido, 1 a 3 horas após as
refeições e ao deitar ou em função das manifesta‑ Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 83 mg/ml
ções sintomáticas. LEITE MAGNESIA PHILLIPS (MNSRM); GSK Cons.
Healthcare
Orais sólidas ‑ 340 mg + 30 mg Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
KOMPENSAN‑S (MSRM); Johnson & Johnson
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,38 (e 0,069); 37% n MAGALDRATO
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 3,4 (e 0,0567); 37%
Combinação de hidróxido de alumínio,
hidróxido de magnésio e sulfatos.
n FOSFATO DE ALUMíNIO Ind.: Dispepsia. V. Antiácidos (6.2.1.).
Ind.: Dispepsia. V. Antiácidos (6.2.1.). R. Adv.: V. Antiácidos (6.2.1.).
R. Adv.: V. Antiácidos (6.2.1.). Contra‑Ind. e Prec.: V. Antiácidos (6.2.1.).
Contra‑Ind. e Prec.: V. Antiácidos (6.2.1.). Interac.: V. Antiácidos (6.2.1.).
Interac.: V. Antiácidos (6.2.1.). Posol.: Mastigar 1 a 2 comprimidos ou ingerir 1 a
Posol.: Ingerir 1 a 2 saquetas de gel oral, 1 a 3 horas 2 saquetas de gel oral, 1 a 3 horas após as refei‑
após as refeições e ao deitar ou em função das ma‑ ções e ao deitar ou em função das manifestações
nifestações sintomáticas. sintomáticas.
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 12.38 g Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 800 mg/10 ml
PHOSPHALUGEL (MNSRM); Astellas RIOPAN (MSRM); Nycomed
Gel oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; 0% Gel oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,33 (e 0,2665);
69%
n HIDRóXIDO DE ALUMíNIO Gel oral ‑ Saqueta ‑ 50 unid; e 11,12 (e 0,2224);
69%
Ind.: Dispepsia. V. Antiácidos (6.2.1.).
R. Adv.: V. Antiácidos (6.2.1.). Orais sólidas ‑ 800 mg
Contra‑Ind. e Prec.: V. Antiácidos (6.2.1.). RIOPAN (MSRM); Nycomed
Interac.: V. Antiácidos (6.2.1.). Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,07 (e 0,1535); 37%
Posol.: Mastigar 1 a 2 comprimidos ou 1 a 2 colheres
de chá de gel oral, 1 a 3 horas após as refeições Comp. ‑ Blister ‑ 50 unid; e 5,59 (e 0,1118); 37%
e ao deitar ou em função das manifestações sin‑
tomáticas. 6.2.2. Modificadores da secreção gástrica
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 61.5 mg/ml 6.2.2.1. Anticolinérgicos
PEPSAMAR (MNSRM); L. Lepori
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0% A secreção gástrica é modulada por inervação
colinérgica. Os anticolinérgicos clássicos não
Orais sólidas ‑ 240 mg têm interesse no tratamento da úlcera péptica
PEPSAMAR (MNSRM); Angelini por serem pouco eficazes e determinarem uma
Comp. p. mastigar ‑ Blister ‑ 20 unid; 0% incidência elevada de efeitos indesejáveis. É igual‑
Comp. p. mastigar ‑ Blister ‑ 60 unid; 0% mente de evitar o uso de associações em dose fixa,
de anticolinérgico com ansiolítico ou sedativo, por
n HIDRóXIDO DE ALUMíNIO + HIDRóXIDO não permitirem individualização da dose.
DE MAGNéSIO + DIMETICONE Após a identificação de subtipos de receptores
Ind.: Dispepsia. V. Antiácidos (6.2.1.). muscarínicos no tubo digestivo (tipo M1) tentou
R. Adv.: V. Antiácidos (6.2.1.). dissociar‑se os efeitos terapêuticos dos efeitos
Contra‑Ind. e Prec.: V. Antiácidos (6.2.1.). anticolinérgicos indesejáveis, usando fármacos
Interac.: V. Antiácidos (6.2.1.). selectivos para esta subpopulação de receptores.
Posol.: 1 comprimido, 1 a 3 horas após as refeições A pirenzepina e a telenzepina são fármacos deste
e ao deitar ou em função das manifestações sin‑ grupo, não estando actualmente disponíveis em
tomáticas. Farmácia Comunitária.
Orais sólidas ‑ 200 mg + 200 mg + 25 mg Ind.: Úlcera péptica, gastrite, duodenite.
MAALOX PLUS (MSRM); Sanofi Aventis R. Adv.: As mais frequentes raramente impõem
Comp. p. mastigar ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,58 suspensão do tratamento (secura de boca, visão
(e 0,079); 37% enevoada, obstipação, diarreia, cefaleias, confusão
270 Grupo 6 | 6.2. Antiácidos e anti‑ulcerosos
mental). A incidência de visão enevoada é depen‑ deve ser administrada na terapêutica de manuten‑
dente da dose (1% na posologia de 100 mg/dia, ção dado o risco de acumulação do bismuto.
5,6% na posologia de 150 mg/dia). Interac.: A cimetidina interactua com anticoagulan‑
Contra‑Ind. e Prec.: A pirenzepina passa mal a tes orais, com o diazepam, a fenitoína, a teofilina e
barreira hematoencefálica. Inibe a secreção ácida o propranolol por inibição de enzimas oxidativas
com doses menores do que as necessárias para de‑ dos microssomas hepáticos, ligando‑se ao citocro‑
terminar efeitos anticolinérgicos sistémicos. Não mo P450. A ranitidina, a famotidina e a nizatidina
está contra‑indicada em doentes com hipertrofia não inibem o metabolismo oxidativo hepático.
prostática ou glaucoma.
n CIMETIDINA
6.2.2.2. Antagonistas dos receptores H2 Ind.: Úlcera péptica, gastrite, duodenite, esofagite de
refluxo, síndrome de Zollinger Ellison.
R. Adv.: V. Antagonistas dos receptores H2 (6.2.2.2.).
O bloqueio dos receptores H2 da célula parie‑ Contra‑Ind. e Prec.: V. Antagonistas dos receptores
tal do estômago inibe a secreção hidrogeniónica. H2 (6.2.2.2.).
A cimetidina e análogos antagonizam os três Interac.: V. Antagonistas dos receptores H2
secretagogos endógenos, histamina, gastrina e (6.2.2.2.).
acetilcolina. Posol.: Cicatrização de úlcera péptica: 400 mg, 2
A cimetidina é um inibidor potente da secre‑ vezes/dia, ao pequeno almoço e ao deitar (se ne‑
ção ácida basal e nocturna, diminuindo a concen‑ cessário 800 mg, 2 vezes/dia).
tração hidrogeniónica e o volume de suco gás‑ Esofagite de refluxo: 400 mg, 2 vezes/dia, ao
trico. É excretada por via renal, cerca de 50 a 70% pequeno almoço e ao deitar (se necessário
não metabolizada, em 24 horas. 800 mg, 2 vezes/dia).
A ranitidina tem maior actividade, peso por Prevenção de recidiva: 400 mg/dia, ao deitar.
peso, do que a cimetidina, determinando a inibi‑
ção mais prolongada da secreção ácida. Orais sólidas ‑ 200 mg
A famotidina é um bloqueador dos receptores CIM (MSRM); Decomed
H2 mais potente que a ranitidina e com longa Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 11,88
duração de acção. Na posologia de 40 mg à noite a (e 0,198); 69%
sua eficácia é semelhante. Orais sólidas ‑ 400 mg
A nizatidina é semelhante à ranitidina. IM (MSRM); Decomed
C
A formulação de ranitidina associada a sal de Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 18,93
bismuto poderá eventualmente ter interesse em (e 0,3155); 69%
úlceras refractárias à ranitidina utilizada isola‑
damente, mas a sua indicação preferencial é na n FAMOTIDINA
terapêutica de erradicação do Helicobacter pylori
em associação com antibióticos. V. Associações Ind.: Úlcera péptica, esofagite de refluxo, síndrome
recomendadas para a erradicação do Helicobacter de Zollinger Ellison.
pylori (6.2.). R. Adv.: V. Antagonistas dos receptores H2 (6.2.2.2.).
Após a administração oral dissocia‑se no estô‑ Contra‑Ind. e Prec.: V. Antagonistas dos receptores
H2 (6.2.2.2.).
mago em ranitidina e bismuto. Interac.: V. Antagonistas dos receptores H2
(6.2.2.2.).
R. Adv.: Após administração IV da cimetidina pode Posol.: Úlcera péptica: 40 mg à noite, 4 a 6 semanas.
ocorrer hiperprolactinemia. Estão descritos casos Prevenção de recidiva: 20 mg à noite.
de ginecomastia. Esofagite de refluxo: 20 a 40 mg, 2 vezes/dia.
É frequente a elevação da creatinina no soro. Síndrome de Zollinger‑Ellison: Posologia a ajustar
Em doentes idosos com IR e para doses eleva‑ individualmente podendo ir até 800 mg/dia.
das, há risco de agitação, confusão mental e
coma. Orais sólidas ‑ 10 mg
Com a ranitidina não se têm observado esta‑ LASA (MNSRM); Grünenthal
dos de confusão, agitação e delírio, descritos Comp. ‑ Blister ‑ 12 unid; 0%
para a cimetidina em insuficientes renais e em
doentes idosos. Não se têm verificado efeitos Orais sólidas ‑ 20 mg
antiandrogénicos nem antidopaminérgicos, FAMOTIDINA GENERIS (MSRM); Generis
não determinando ginecomastia, disfunção Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 5,44 (e 0,3886); 69%
sexual, nem aumento da prolactina. ‑ PR e 7,77
A formulação de ranitidina associada a sal de Comp. ‑ Blister ‑ 56 unid; e 16,3 (e 0,2911); 69%
‑ PR e 23,29
bismuto após a administração oral dissocia‑se FAMOTIDINA MYLAN (MSRM); Mylan
no estômago em ranitidina e bismuto. Os efei‑ Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 10,94 (e 0,547); 69%
tos indesejáveis são os da ranitidina e os dos Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 21,95 (e 0,3658);
compostos de bismuto. O escurecimento da 69% ‑ PR e 24,95
língua e a formação de fezes negras são os mais PEPCIDINA (MSRM); MS&D
frequentes. Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 9,19 (e 0,6564); 69%
Contra‑Ind. e Prec.: Na IR o t½ da cimetidina é ‑ PR e 7,77
prolongado, sendo necessária a redução posológi‑ Comp. ‑ Blister ‑ 56 unid; e 24,94 (e 0,4454);
ca. A associação de ranitidina e sal de bismuto não 69% ‑ PR e 23,29
6.2. Antiácidos e anti‑ulcerosos 271
tada pelo uso de antidiarreicos, mesmo que asso‑ O dimeticone ou simeticone (o simeticone
ciados a antibióticos. Na shigelose a utilização de é dimeticone activado) tem sido utilizado como
antidiarreicos prolonga o período febril e atrasa antiflatulento. São duvidosos os seus efeitos. O
o desaparecimento dos microrganismos das fezes. racecadotril é hidrolisado em tiorfan, que inibe
Por outro lado, muitas diarreias são autolimitadas. a encefalinase, prolongando o efeito anti‑secretor
Os antidiarreicos podem precipitar um quadro das encefalinas endógenas. Pode ser usado no tra‑
de megacólon tóxico, que se acompanha de mor‑ tamento sintomático da diarreia aguda em crian‑
talidade elevada, nos doentes com colite ulcerosa ças, complementando medidas gerais e de hidrata‑
ou amebiana. Nos doentes com IH podem desen‑ ção, se estas forem insuficientes.
cadear encefalopatia.
Não há demonstração inequívoca de eficá‑ 6.3.2.2.1. Obstipantes
cia de muitos dos antidiarreicos descritos como
adsorventes hidrofílicos (também utilizados como
laxantes formadores de volume) e adsorventes n LOPERAMIDA
de factores etiológicos, teoricamente destinados Ind.: V. Antidiarreicos (6.3.2.2.).
a adsorverem bactérias, vírus, enterotoxinas, R. Adv.: V. Antidiarreicos (6.3.2.2.).
etc (caulino, pectina, carvão activado, hidróxido Contra‑Ind. e Prec.: Colite ulcerosa; doença de
de alumínio, sais de bismuto). Já as resinas de Crohn; colite pseudomembranosa. V. Antidiarrei‑
troca aniónica, que sequestram ácidos biliares no cos (6.3.2.2.).
lúmen intestinal podem ser eficazes em circuns‑ Interac.: V. Antidiarreicos (6.3.2.2.).
tâncias particulares. A colestiramina é eficaz na Posol.: [Adultos] ‑ A posologia usual é 4 mg inicial‑
terapêutica da diarreia determinada por ácidos mente, seguida de 2 mg após cada dejecção não
biliares (doença ou ressecção cirúrgica do íleo) e moldada, até 16 mg/dia. A dose de manutenção
na diarreia pós‑vagotomia. Em dosagem excessiva usual varia entre 4 e 8 mg/dia.
pode causar ou agravar esteatorreia. O uso prolon‑ [Crianças] ‑ > 5 anos: a posologia usual é 2 mg
gado pode determinar deficiência em ácido fólico, inicialmente, seguida de 2 mg após cada dejecção
decréscimo da actividade de protrombina, aci‑ não moldada, até 6 mg/dia; a dose de manutenção
dose, osteomalácia. É potencialmente litogénica, usual varia entre 2 e 4 mg/dia. 2 a 5 anos: 1 colher
por alterar a composição da bílis. medida (5 ml) por 10 Kg de peso, 2 ou 3 vezes/dia.
A colestiramina pode diminuir a absorção
intestinal de fármacos ministrados simultanea‑ Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 0.2 mg/ml
mente (digitálicos, vitamina K, varfarina). IMODIUM (MSRM); Johnson & Johnson
Modificadores da motilidade: ópio e derivados, Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 3,06
codeína, difenoxilato, difenoxina, loperamida, (e 0,0306); 37%
fluperamida. A codeína e a tintura de ópio (láu‑
dano de Sydenham, 0,5 a 1,5 ml, 3 a 4 vezes/dia) Orais sólidas ‑ 2 mg
ainda são prescritos como antidiarreicos. I MODIUM (MSRM); Johnson & Johnson
Os opiáceos determinam decréscimo da moti‑ Cáps. ‑ Fita termossoldada ‑ 20 unid; e 4,15
lidade gástrica, aumento do tónus no antro e (e 0,2075); 37% ‑ PR e 3,32
duodeno. No intestino delgado aumentam as con‑ IMODIUM RAPID (MNSRM); Johnson & Johnson
tracções rítmicas, não propulsoras, mas as propul‑ Comp. orodispersível ‑ Blister ‑ 10 unid; 0%
soras são intensamente diminuídas, tal como no LOPERAMIDA GENERIS (MSRM); Generis
cólon. A lentidão do percurso favorece a absorção Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,98 (e 0,149); 37%
de água e electrólitos e a diminuição do volume ‑ PR e 3,08
de fezes. LOPERAMIDA MYLAN (MSRM); Mylan
Procurando separar efeitos intestinais dos Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,32 (e 0,166); 37%
centrais foram sintetizados o difenoxilato, a dife‑ ‑ PR e 3,32
noxina, a loperamida e a fluperamida. O dife‑ LOPERAMIDA RATIOPHARM 2 MG COMPRIMIDOS
noxilato é desprovido de acção analgésica e não REVESTIDOS (MSRM); Ratiopharm
produz, em doses terapêuticas, efeitos subjectivos Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,08 (e 0,154);
idênticos aos da morfina. A difenoxina, seu princi‑ 37% ‑ PR e 3,08
pal metabolito, é 5 vezes mais potente. LORIDE (MNSRM); Lab. Medinfar
A loperamida, mais potente, com maior dura‑ Comp. ‑ Blister ‑ 12 unid; 0%
ção de acção e praticamente sem efeitos centrais,
parece preferível em terapêutica de manutenção n LOPERAMIDA + SIMETICONE
nas diarreias crónicas, por ser de ministração
mais cómoda e haver menor risco de dependên‑ Ind.: V. Antidiarreicos (6.3.2.2.).
cia. Tem‑se revelado útil nos doentes com débito R. Adv.: V. Antidiarreicos (6.3.2.2.).
excessivo por ileostomia. Contra‑Ind. e Prec.: Colite ulcerosa; doença de
Quer o difenoxilato quer a loperamida podem Crohn; colite pseudomembranosa. V. Antidiarrei‑
causar cólicas abdominais. A fluperamida parece cos (6.3.2.2.).
ser equipotente à loperamida. Interac.: V. Antidiarreicos (6.3.2.2.).
Na hiperactividade intestinal do cólon irritável, Posol.: A posologia usual é 4 mg inicialmente, se‑
o óleo de hortelã pimenta pode aliviar a distensão guida de 2 mg após cada dejecção não moldada,
abdominal e ter um papel adjuvante na regulação até 16 mg/dia. A dose de manutenção usual varia
da motilidade. entre 4 e 8 mg/dia.
6.4. Antiespasmódicos 287
Os anticolinérgicos são úteis no tratamento de Posol.: [Adultos] ‑ Via IV, IM ou SC: 20 a 40 mg; a
algumas perturbações da micção (V. Subgrupo dose diária total não deve exceder 100 mg (não se
7.4.2.2.), mas tradicionalmente não são usados recomenda a via oral. Ver indicações).
nessa indicação os que se prescrevem com o [Crianças] ‑ Via IV, IM ou SC: 5 mg (não exceder
objectivo de corrigir espasmos gastrintestinais. 20 mg/dia).
Contra‑Ind. e Prec.: Hemorragia gastrintestinal; Orais sólidas ‑ Amilase 6000 U + Dimeticone 80 mg
doença de Parkinson. + Lipase 6000 U + Protease 400 U
Interac.: Não descritas. PANKREOFLAT (MNSRM); Lab. Vitória
Posol.: 2 cápsulas antes das refeições. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; 0%
Apesar da extensa informação sobre estes dois Orais sólidas ‑ 250 mg
fármacos, o seu verdadeiro interesse na terapêu‑ XEBYL (MSRM); Lab. Basi
tica da litíase biliar é muito controverso; quando Cáps. ‑ Blister ‑ 40 unid; e 11,14 (e 0,2785); 0%
avaliada a pequena população susceptível de
beneficiar, esta necessitará de terapêutica prolon‑ n ÁCIDO URSODESOXICóLICO
gada, com elevada incidência de recidivas 5 anos
após a suspensão (50%). A identificação dos doen‑ Ind.: Litíase biliar.
tes em risco e a limitação do emprego de fárma‑ R. Adv.: Diarreia, risco de hepatotoxicidade.
cos que aumentam a concentração de colesterol Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez.
e a prevalência de calculose é provavelmente mais Interac.: Colestiramina; hidróxido de alumínio.
rentável em termos de risco/benefício (estrogénio, Posol.: 10 mg/Kg/dia.
clofibrato, etc.).
Orais sólidas ‑ 150 mg
n ÁCIDO QUENODESOXICóLICO
DESTOLIT (MSRM); Sanofi Aventis
Ind.: Litíase biliar. Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,83 (e 0,2415); 37%
R. Adv.: Diarreia, risco de hepatotoxicidade. Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,07 (e 0,2012);
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez.
Interac.: Não referidas. 37%
Posol.: 10 mg/Kg/dia.
Orais sólidas ‑ 250 mg
Orais sólidas ‑ 125 mg URSOFALK (MSRM); Dr. Falk
XEBYL (MSRM); Lab. Basi Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 8,73 (e 0,4365); 37%
Cáps. ‑ Blister ‑ 50 unid; e 7,52 (e 0,1504); 0% Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 35,26 (e 0,5877); 37%
7
Os medicamentos usados na terapêutica hor‑
Aparelho
monal de doenças ginecológicas e os contracep‑
tivos hormonais serão apresentados no grupo 8..
Nas outras situações deve preferir‑se a via oral Mistas ‑ Econazol, nitrato 10 mg/g Econazol, nitrato
(300 mg, 2 vezes/dia, durante 7 dias consecutivos; 150 mg
V. Subgrupo 1.1.11. para mais informações sobre GYNO‑PEVARYL COMBIPACK (MNSRM); Johnson &
as formas de administração oral). Johnson
Creme vaginal + Óvulo ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 15 g
Vaginais ‑ 20 mg/g (+ Fita contentora ‑ 3 unidade(s)); e 6; 37%
ALACIN V CREME VAGINAL (MSRM); Lab. Pfizer
D
Creme vaginal ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 40 g; e 12,88 Vaginais ‑ 10 mg/g
(e 0,322); 37% GYNO‑PEVARYL (MNSRM); Johnson & Johnson
Creme vaginal ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; e 4,78
n CLOTRIMAZOL (e 0,0956); 37%
Ind.: Fármaco de estrutura imidazólica indicado em
vulvovaginites de origem fúngica. Vaginais ‑ 150 mg
R. Adv.: Irritação local. GYNO‑PEVARYL (MNSRM); Johnson & Johnson
Contra‑Ind. e Prec.: Não é conhecida a influência Óvulo ‑ Fita termossoldada ‑ 3 unid; e 4,79
do clotrimazol sobre a resistência dos preservati‑ (e 1,5967); 37%
vos e diafragmas.
Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑ n FENTICONAZOL
nistração. Ind.: Vulvovaginites de origem fúngica.
Posol.: Creme vaginal: Introduzir na vagina, o mais R. Adv.: Irritação local.
profundamente possível, um aplicador cheio de Contra‑Ind. e Prec.: Evitar durante a gravidez e du‑
creme, tratamento que deve ser repetido pelo me‑ rante o aleitamento. Risco de diminuir a resistên‑
nos durante 6 dias consecutivos, de preferência ao cia dos preservativos e diafragmas.
deitar (este tratamento deve ser complementado Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑
com 2 a 3 aplicações/dia na área anogenital). nistração.
Comprimidos vaginais: 100 mg/dia, repetidos du‑ Posol.: Óvulos: Introduzir na vagina, o mais profun‑
rante 6 dias consecutivos; 200 mg/dia, repetidos damente possível, um óvulo por dia, tratamento
durante 3 dias consecutivos ou 500 mg em apli‑ que deve ser repetido durante 6 dias consecuti‑
cação única a que se pode associar uma aplicação vos.
tópica vaginal.
Vaginais ‑ 200 mg
Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g LOMEXIN (MSRM); Jaba Recordati
PAN‑FUNGEX (MNSRM); Sanofi Aventis Óvulo ‑ Fita termossoldada ‑ 6 unid; e 10,7
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 40 g; 0% (e 1,7833); 37%
Vaginais ‑ 10 mg/g n IODOPOVIDONA
CLOTRIMAZOL LABESFAL (MSRM); Labesfal
Creme vaginal ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 40 g; e 2,45 Ind.: Candidíases, vaginites por Trichomonas, não
(e 0,0613); 37% específicas ou mistas.
GINO‑CANESTEN (MNSRM); Bayer R. Adv.: Reacções de hipersensibilidade, podendo
Creme vaginal ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; 0% também influenciar a tiróide.
Contra‑Ind. e Prec.: Evitar durante a gravidez e
Vaginais ‑ 100 mg aleitamento. Não é conhecida a influência da io‑
GINO‑CANESTEN (MNSRM); Bayer dopovidona sobre a resistência dos preservativos
Comp. vaginal ‑ Blister ‑ 6 unid; 0% e diafragmas.
Interac.: O efeito da iodopovidona é reduzido em
Vaginais ‑ 500 mg meio alcalino e pela associação a medicamentos
GINO‑CANESTEN 1 (MNSRM); Bayer contendo proteínas.
Comp. vaginal ‑ Blister ‑ 1 unid; 0% Posol.: Friccionar cuidadosamente durante 5 mi‑
nutos, enxaguar com um pouco de água e secar,
n ECONAZOL enxugando com toalha limpa.
Ind.: Vulvovaginites de origem fúngica. Vaginais ‑ 40 mg/ml
R. Adv.: Irritação local. BETADINE (MNSRM); Meda Pharma
Contra‑Ind. e Prec.: Pode diminuir a resistência Espuma vaginal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
dos preservativos e diafragmas.
Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑ Vaginais ‑ 100 mg/ml
nistração. BETADINE (MNSRM); Meda Pharma
Posol.: Creme: Introduzir na vagina, o mais profun‑ Sol. vaginal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
damente possível, um aplicador cheio de creme,
aplicando também uma camada de creme na vul‑
va, durante 14 dias consecutivos, de preferência n ISOCONAZOL
ao deitar. Ind.: Vulvovaginites de origem fúngica.
Óvulos: Inserir um óvulo de 150 mg/dia durante R. Adv.: Irritação local.
3 dias consecutivos ou em aplicação única, no Contra‑Ind. e Prec.: Não é conhecida a influência
caso de formulações de acção prolongada; pode do isoconazol sobre a resistência dos preservati‑
associar‑se uma aplicação tópica vaginal. vos e diafragmas.
300 Grupo 7 | 7.1. Medicamentos de aplicação tópica na vagina
Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑ Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑
nistração. nistração.
Posol.: Aplicação única de 600 mg (de preferência à Posol.: Introduzir na vagina (de preferência ao
noite), associada à aplicação tópica de um creme. deitar e o mais profundamente possível) o con‑
teúdo de um aplicador, 1 vez/dia. O tratamento
Vaginais ‑ 10 mg/g deve manter‑se durante 14 dias consecutivos e ser
INO‑TRAVOGEN (MSRM); Bayer
G acompanhado com a aplicação de uma camada de
Creme vaginal ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 40 g; e 6,19 creme na vulva. Alternativamente, o tratamento
(e 0,1548); 37% pode realizar‑se com duas aplicações durante 7
dias consecutivos.
n MEPARTRICINA
Ind.: Antifúngico eficaz em vulvovaginites causadas Vaginais ‑ 20 mg/g
por Candida spp e por Trichomonas. GYNO‑DAKTARIN (MSRM); Johnson & Johnson
R. Adv.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑ Creme vaginal ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; e 5,14
nistração. (e 0,1028); 37%
Contra‑Ind. e Prec.: Desconhecem‑se para esta for‑
ma de administração. n NIFURATEL + NISTATINA
Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑ Ind.: A nistatina é um antifúngico indicado na profi‑
nistração. laxia e tratamento de infecções por Candida albi‑
Posol.: Aplicação de 1 óvulo, de preferência à noite. cans. A associação com nifuratel poderá conferir a
estas formulações propriedades antibacterianas e
Vaginais ‑ 25000 U
TRICANDIL (MSRM); Prospa tricomonicidas.
Óvulo ‑ Fita termossoldada ‑ 12 unid; e 4,15 R. Adv.: Irritação local.
(e 0,3458); 37% Contra‑Ind. e Prec.: Algumas formulações podem
diminuir a resistência de preservativos e diafrag‑
n METRONIDAZOL mas.
Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de apre‑
Ind.: Infecções vaginais de origem bacteriana. O sentação.
metronidazol exerce um efeito bactericida, sendo Posol.: Introduzir na vagina 1 ou 2 comp. durante 14
usado na prevenção ou tratamento de infecções a 28 dias consecutivos, tratamento que deve ser
por anaeróbios. É também activo sobre diversos complementando com a aplicação de pomada na
protozoários, nomeadamente sobre Trichomonas vulva para eliminação de focos de infecção mais
vaginalis. O metronidazol não é activo sobre lac‑ exteriores. É recomendável que o parceiro sexual
tobacilos. realize um tratamento simultâneo, com pomada,
R. Adv.: Irritação local, candidíase e corrimento. para anular potenciais focos de infecção.
Contra‑Ind. e Prec.: Não recomendável o uso du‑
rante a menstruação pelo risco de poder ocorrer Vaginais ‑ 500 mg + 200000 U.I.
alguma absorção. DAFNEGIL (MSRM); Angelini
Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑ Óvulo ‑ Blister ‑ 12 unid; e 9,14 (e 0,7617); 0%
nistração.
Posol.: A administração intravaginal é utilizada
principalmente durante a gravidez, para reduzir n SERTACONAZOL
a potencial teratogenicidade (introduzir o óvulo Ind.: Vulvovaginites de origem fúngica.
na vagina, o mais profundamente possível, trata‑ R. Adv.: Irritação local.
mento que deve ser repetido durante 5 dias con‑ Contra‑Ind. e Prec.: Avaliar a vantagem do seu uso
secutivos, de preferência ao deitar). Nas outras si‑ durante a gravidez. Pode diminuir a resistência
tuações deve preferir‑se a via oral (400 a 500 mg, dos preservativos e diafragmas.
2 vezes/dia, durante 5 a 7 dias consecutivos ou Interac.: Desconhecem‑se para esta forma de admi‑
numa toma única de 2 g; V. Subgrupo 1.1.11. para nistração.
mais informações sobre as formas de administra‑ Posol.: Creme: Introduzir na vagina, o mais pro‑
ção oral). fundamente possível, um aplicador cheio de cre‑
me, aplicando também uma camada de creme na
Vaginais ‑ 500 mg vulva, durante 7 dias consecutivos, de preferência
FLAGYL (MSRM); Lab. Vitória ao deitar.
Óvulo ‑ Fita termossoldada ‑ 10 unid; e 2,67 Comprimidos vaginais: Aplicação única de com‑
(e 0,267); 37% primido de 500 mg.
n MICONAZOL Vaginais ‑ 20 mg/g
Ind.: Vulvovaginites de origem fúngica. DERMOFIX (MSRM); Lab. Azevedos
R. Adv.: Irritação local. Creme vaginal ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 40 g; e 8,12
Contra‑Ind. e Prec.: Pode diminuir a resistência (e 0,203); 0%
dos preservativos e diafragmas. Pelos riscos de SERTOPIC (MSRM); CPH Pharma
toxicidade fetal, não é recomendável o seu uso Creme vaginal ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 40 g; e 8,81
durante a gravidez. (e 0,2203); 0%
7.1. Medicamentos de aplicação tópica na vagina 301
magnésio) apresentam um efeito tocolítico com 7.3. Anti‑ infecciosos e anti‑ sépticos
uma eficácia semelhante à dos agonistas beta‑2. urinários
O sulfato de magnésio exerce o seu efeito por
um mecanismo mal conhecido. Deve ser usado As infecções das vias urinárias são muito comuns
com precaução em caso de IH. na mulher. São frequentemente de causa bacteriana,
Pode ser administrado por via IV e por via oral, causadas por Escherichia coli, Staphylococcus ou
seguindo‑se a mesma estratégia preconizada para Pseudomonas. A maioria das infecções urinárias
os agonistas beta‑2, acompanhada da monitoriza‑ são do tracto inferior (baixas) e o seu tratamento
ção dos níveis plasmáticos de magnésio. não levanta grandes dificuldades. Porém, podem
surgir recidivas com possibilidades de evolução para
n SALBUTAMOL quadros clínicos mais complexos com risco de atin‑
gimento renal. As infecções altas podem resultar de
Ind.: Agonista beta‑2 indicado em caso de ameaça um agravamento de uma cistite.
de parto prematuro sem complicações aparentes. Os antibacterianos usados no tratamento de infec‑
R. Adv.: Pode desencadear quadros de edema pul‑ ções das vias urinárias devem sofrer excreção renal e
monar, pelo que é importante evitar qualquer atingir altas concentrações na urina.
sobrecarga hídrica da doente. Pode causar ainda O ácido nalidíxico (ou os análogos ácido oxo‑
náuseas, vómitos, sudação, rubefacção e risco de línico e ácido pipemídico), a amoxicilina, a ampi-
retinopatia em prematuros. Há também referên‑ cilina, o cotrimoxazol ou a nitrofurantoína são
cias à ocorrência de cefaleias, espasmos muscula‑ opções no tratamento de infecções urinárias agudas
não recidivantes, dependendo o fármaco escolhido
res e reacções de hipersensibilidade. da sensibilidade da bactéria infectante. A elevada taxa
Contra‑Ind. e Prec.: Usar com precaução em caso com que se tem observado a emergência de estirpes
de haver suspeita de doença coronária, hiperten‑ resistentes, após provas de sensibilidade in vitro, e a
são, hipertiroidismo, hipocalemia, diabetes. Não elevada incidência de toxicidade têm limitado a utili‑
deve ser usado no primeiro e segundo trimestre dade terapêutica do ácido nalidíxico e dos seus aná‑
de gravidez. Contra‑indicado em casos graves de logos. Em caso de resistências a esses antibióticos, as
eclampsia ou pré‑eclampsia, infecção intra‑uterina alternativas são a associação amoxicilina + ácido
ou hemorragia durante o anteparto. clavulânico, cefalosporinas por via oral, fluoroqui‑
Interac.: Os efeitos metabólicos causados pelos ago‑ nolonas ou fosfomicina. Esta ordem de opções é
nistas beta‑2 podem ser potenciados pela admi‑ frequentemente ignorada em Portugal, com recurso
nistração de corticosteróides. A hipocalemia, que a estes últimos como primeira opção, com os riscos
surge quando se usam doses altas, pode ser exa‑ de saúde pública e prejuízos económicos inerentes à
cerbada pela administração concomitante de xan‑ banalização do seu uso.
Os esquemas de tratamento mais comuns com‑
tinas, corticosteróides e diuréticos, e o risco do preendem tomas durante 5 a 7 dias, embora existam
aparecimento de arritmias pode aumentar quanto protocolos de 3 dias ou de toma única. As infecções
há administração concomitante de digitálicos. recidivantes obrigam a tratamentos mais prolonga‑
Posol.: Infusão IV: 0,2 mg/ml, diluída em glucose a dos, complementados com um período de profilaxia
5% (em dosagens de 10 mg/min que, de acordo com doses menores.
com a resposta da doente, podem ser aumentadas As infecções urinárias no homem são menos fre‑
até 45 mg/min, reduzindo‑se depois com decre‑ quentes do que na mulher. As prostatites são, em
mentos de 50% cada 6 horas). Se não houver con‑ geral, causadas pelos mesmos agentes que causam
dições para ajustar rigorosamente o fluxo da infu‑ cistite na mulher. São mais difíceis de tratar pelas
são, é recomendável usar uma solução de infusão dificuldades de penetração do antibiótico. A prosta‑
mais diluída (20 mg/ml). Como alternativa pode tite bacteriana crónica pode exigir várias semanas de
recorrer‑se a injecção IV ou IM de 0,1 a 0,25 mg, tratamento com eritromicina, trimetoprim ou com
de acordo com a resposta da doente. Considera uma fluoroquinolona.
‑se como uma resposta terapêutica satisfatória a As infecções por Trichomonas vaginalis são, em
geral, infecções baixas das vias urinárias ou genitais.
ausência de contracções durante um período de 1 Obrigam a tratamento sistémico com metronidazol
hora. O tratamento pode ser mantido com a admi‑ ou tinidazol.
nistração por via oral, de 4 mg, cada 6 ou 8 horas. As infecções víricas são, em geral, causadas por
O uso prolongado de agonistas beta‑2 está desa‑ vírus Herpes simplex, sendo a principal causa de
conselhado. Após 48 horas de tratamento, os ulceração genital. No tratamento deste tipo de infec‑
riscos para a mãe aumentam e o efeito relaxante ções estão recomendados aciclovir ou seus análo‑
diminui. gos. No grupo 1. (1.1.1., 1.1.2., 1.1.10.) são referi‑
dos os fármacos não utilizados exclusivamente em
Orais sólidas ‑ 4 mg infecções urinárias. Neste grupo referem‑se aqueles
VENTILAN (MSRM); Glaxo Wellcome cuja aplicação clínica se limita às infecções urinárias
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,02 (e 0,151); 69% e que são geralmente considerados como de segunda
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 6,38 (e 0,1063); 69% escolha.
R. Adv.: Náuseas, vómitos, pancreatite, hepatite e pa‑ este fim não esteja aprovada para a maior parte
rotidite; eosinofilia, leucopenia, agranulocitose, dos fármacos que demonstraram alguma eficácia.
metahemoglobinemia e anemia hemolítica; neu‑ É o caso dos anestésicos locais, dos inibidores da
ropatia periférica, erupções cutâneas, reacções fosfodiesterase de tipo 5, do tramadol e dos inibi‑
alérgicas e lupus eritematoso sistémico. dores selectivos da captação de 5‑HT. Deste último
Contra‑Ind. e Prec.: Durante a gravidez (3º trimes‑ grupo demonstraram eficácia a clomipramina, a
tre) e aleitamento e em doentes com deficiência sertralina, a fluoxetina e o citalopram se admi‑
da desidrogenase da glucose‑6‑fosfato, com IR nistrados em doses diárias, em esquemas posoló‑
(ineficaz em doentes com Cl cr < 40‑50 ml/min), gicos semelhantes aos usados no tratamento da
doença hepática ou pulmonar, neuropatia perifé‑ depressão. Uma corrente defensora de uma utili‑
rica e infecções da próstata no doente idoso. zação descontinuada, uma a três horas antes da
Interac.: A nitrofurantoína pode antagonizar o efeito actividade sexual tem vindo a ser defendida base‑
antimicrobiano da norfloxacina nas vias urinárias. ada na hipótese que tal reduziria a incidência de
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 50 a 100 mg, 4 vezes/ reacções adversas. Porém, os estudos disponíveis
dia no tratamento de infecções agudas; 100 mg/ ainda não demonstraram inequivocamente que a
dia em profilaxia. eficácia seja mantida com um esquema posológico
[Crianças] ‑ Não recomendada a sua utilização de utilização descontinuada. A dapoxetina é um
em crianças de idade inferior a 1 mês. Via oral: 5 a inibidor da captação de 5‑HT que, pelas suas pro‑
7 mg/Kg/dia, a administrar 4 vezes/dia. priedades farmacocinéticas (curto tempo de semi
‑vida, curto período para atingir o pico plasmático
Orais sólidas ‑ 100 mg máximo e redução rápida dos níveis plasmáticos),
FURADANTINA MC (MSRM); Goldshield Pharmaceu‑ poderá ser mais adequado a uma utilização no tra‑
ticals (Reino Unido) tamento da ejaculação precoce no modelo posoló‑
Cáps. ‑ Blister ‑ 50 unid; e 9,98 (e 0,1996); 69% gico de administração descontinuada.
n DAPOXETINA
7.4. Outros medicamentos usados Ind.: Tratamento da ejaculação precoce.
em disfunções geniturinárias R. Adv.: Tonturas, cefaleias, náuseas, ansiedade, al‑
terações do sono e perturbações gastrintestinais,
Inclui‑se neste grupo um conjunto de medica‑ são as mais frequentes.
mentos utilizados em disfunções urinárias e do Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com IH, com pato‑
aparelho genital. Por uma questão de simplifica‑ logias cardíacas ou que tomem ou tenham toma‑
ção, os medicamentos estão agrupados em: acidi‑ do recentemente inibidores da MAO, tioridazina
ficantes e alcalinizantes urinários, medicamentos ou outros inibidores da captação de 5‑HT.
usados nas perturbações da micção (enurese, Interac.: Com fármacos que interferem com a acção
incontinência e bexiga neurogénica), medicamen‑ ou com o metabolismo da 5‑HT; com a tioridazina
tos usados na disfunção eréctil e medicamentos (risco de arritmias graves); medicamentos activos
para a ejaculação precoce. sobre o SNC, incluindo o etanol; com inibidores
Além destes, foi recentemente introduzida do CYP3A4 e CYP2D6 (inibição da metabolização)
na terapêutica a dapoxetina, um antidepressor e com antagonistas adrenérgicos alfa (aumento da
com alegada utilidade na ejaculação precoce. incidência de hipotensão ortostática).
Não sendo da competência do Prontuário Tera‑ Posol.: 30 a 60 mg/dia, 1 a 3 horas antes da activi‑
pêutico a criação de subcapítulos, apresentam‑se dade sexual.
de seguida algumas considerações e a respectiva
monografia. Orais sólidas ‑ 30 mg
A ejaculação precoce (EP) é um síndroma carac‑ PRILIGY (MSRM); Janssen‑Cilag
terizado por ejaculação persistente ou recorrente Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 3 unid; e 33,67
com estimulação sexual mínima antes, durante ou
(e 11,2233); 0%
pouco depois da penetração e antes do homem o
desejar, causador de sofrimento pessoal pronun‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 6 unid; e 65,65
ciado e/ou dificuldades interpessoais. A prevalên‑ (e 10,9417); 0%
cia da DE varia entre os 1 e 8% mas a determinação
precisa dessa incidência está condicionada pelas Orais sólidas ‑ 60 mg
dificuldades no diagnóstico e na sua caracteriza‑ PRILIGY (MSRM); Janssen‑Cilag
ção. Pode ser inata (quando ocorre de forma sis‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 3 unid; e 42,69
temática e desde que iniciou a actividade sexual), (e 14,23); 0%
adquirida (quando surge numa determinada fase Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 6 unid; e 83,25
da vida sexual do homem de forma gradual ou (e 13,875); 0%
abrupta, em consequência de disfunção urológica,
da tiróide ou de problemas psicológicos ou de 7 .4.1. Acidificantes e alcalinizantes uriná-
relacionamento). Podem surgir também queixas rios
resultantes da percepção que a ejaculação ocorre
demasiado cedo ou de forma não tão controlada Acidificantes urinários
como o desejável. A acidificação da urina pode ser conseguida
A importância do tratamento farmacológico com a administração de ácido ascórbico mas
tem vindo a aumentar, embora a indicação para as vantagens e eficácia são discutíveis. Quando
7.4. Outros medicamentos usados em disfunções geniturinárias 305
administrado em altas doses pode causar diarreia Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com IR ou insufi‑
e outros distúrbios gastrintestinais. Pode também ciência das suprarrenais, doença cardíaca ou ou‑
causar a formação de cálculos renais de oxalato tras situações que favoreçam o aparecimento de
de cálcio, principalmente em doentes com hipe‑ hipercalemia.
roxalúria. Interac.: Sais de alumínio (aumento da absorção
Alcalinizantes urinários de alumínio); poupadores de potássio (risco de
Os alcalinizantes urinários são usados para cau‑ hipercalemia); fármacos alcalinos (inibição da eli‑
sar uma diurese alcalina forçada, facilitando a eli‑ minação renal).
minação de ácido úrico e de outros ácidos fracos Posol.: Até 10 g/dia, acompanhada da ingestão abun‑
(barbitúricos e salicilados, por exemplo) em caso dante de líquidos.
de intoxicação aguda. Podem também ser testados
no alívio do desconforto causado por uma cistite, Orais sólidas ‑ 1080 mg
em caso de infecção urinária baixa. ACALKA (MSRM); Ferrer‑Azevedos
A alcalinização da urina pode ser realizada Comp. libert. modif. ‑ Frasco ‑ 100 unid; e 19,71
com sais de citrato (citrato de sódio ou citrato (e 0,1971); 0%
de potássio). Os sais de hidrogenocarbonato (em
especial o “bicarbonato” de sódio) podem tam‑ 7 .4.2. Medicamentos usados nas perturba-
bém ser usados, em particular para a correcção ções da micção
de situações de acidose metabólica. Formulações
contendo piperazina têm também sido usadas, A micção normal é controlada pela acção coor‑
mas não se recomendam as que associam extrac‑ denada do músculo detrusor da bexiga, que é
tos vegetais de composição e acção não definidas. inervado pelo parassimpático, e pelo esfíncter da
Os alcalinizantes urinários são administrados bexiga, que é inervado pelo simpático.
por via oral, em doses repartidas e até cerca de Durante a micção, a estimulação parassimpática
10 g/dia. As soluções orais devem ser diluídas em causa um aumento do tónus do músculo detrusor
água e tomadas, de preferência, após as refeições. enquanto que a estimulação simpática é inibida,
A utilização prolongada ou em altas doses, de resultando um relaxamento do esfíncter. Assim,
“bicarbonato” pode causar alcalose metabólica, as perturbações da micção podem resultar quer
em particular em doentes com IR. Os riscos de de factores locais que alterem a reactividade da
alcalose podem também surgir com o citrato, uma
bexiga ou da uretra, quer de factores centrais que
vez que, após a sua absorção, o citrato é metabo‑
causem perturbações no controlo neuronial dos
lizado em “bicarbonato”. As consequências para o
doente da administração dos sais contendo sódio músculos detrusor ou do esfíncter.
ou potássio devem ser, também, ponderadas. De uma forma simplista, as perturbações da
micção podem ser divididas em perturbações da
armazenagem de urina e perturbações do esvazia‑
n ÁCIDO CíTRICO + CITRATO DE POTáSSIO mento, do que pode resultar retenção ou inconti‑
+ CITRATO DE SóDIO
nência urinária.
Ind.: Dissolução de cálculos de ácido úrico e profila‑
xia de cálculos recidivantes. 7.4.2.1. Medicamentos usados na reten-
R. Adv.: Alcalose metabólica. ção urinária
Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com IR ou insu‑
ficiência das suprarrenais, doença cardíaca ou A retenção urinária pode manifestar‑se de
outras situações que favoreçam o aparecimento forma aguda ou crónica. A aguda requer cateteri‑
de hipercalemia, devido ao potássio presente na zação. A crónica requer a identificação da causa,
formulação; em doentes com IC, edema, hiper‑ podendo ser necessário o recurso a cirurgia e/ou a
tensão, eclampsia ou aldosteronismo, devido ao terapêutica medicamentosa.
sódio presente na formulação. A retenção urinária pode resultar de um blo‑
Interac.: Sais de alumínio (aumento da absorção queio da uretra ou de qualquer factor que inter‑
de alumínio); poupadores de potássio (risco de fira com o tónus do músculo detrusor, do esfíncter
hipercalemia); fármacos alcalinos (inibição da eli‑ ou da uretra. As alterações do tónus do músculo
minação renal). detrusor e do esfíncter são, com alguma frequên‑
Posol.: Até 10 g/dia, por via oral, em doses repar‑ cia, de causa iatrogénica. As perturbações do fluxo
tidas, acompanhada da ingestão abundante de urinário a nível da uretra são muito frequentes no
líquidos e de preferência após as refeições. homem, causadas por hipertrofia da próstata.
A hipertrofia benigna da próstata é uma patolo‑
Orais sólidas ‑ 145 mg/g + 463 mg/g + 390 mg/g gia comum cuja incidência aumenta com a idade:
URALYT‑U (MSRM); Neo‑Farmacêutica mais de 70% dos homens com mais de 75 anos
Granulado ‑ Caixa ‑ 1 unid ‑ 280 g; e 11,18 apresentam sinais de hiperplasia. A sintomatologia
(e 0,0399); 37% urinária que acompanha a hipertrofia benigna da
próstata vai desde aumento da frequência/urgên‑
n CITRATO DE POTáSSIO cia de urinar e nictúria até à obstrução urinária.
Ind.: Dissolução de cálculos de ácido úrico e pro‑ Esta sintomatologia manifesta‑se de forma instável
filaxia de cálculos recidivantes. V. Introdução e a intensidade dos sintomas não é correlacioná‑
(7.4.1.). vel com o volume prostático. Poderá ser causada
R. Adv.: Alcalose metabólica. ou favorecida por um deslocamento do equilíbrio
306 Grupo 7 | 7.4. Outros medicamentos usados em disfunções geniturinárias
androgénios <‑> estrogénios, no sentido dos eficácia comparativa com os outros fármacos deste
estrogénios, o que poderá acontecer, por exemplo, grupo, é recomendável alguma prudência na utiliza‑
com o envelhecimento. ção destes produtos.
O tratamento farmacológico destina‑se ao con‑
trolo da sintomatologia e, se possível, a inibir a n ALFUZOSINA
evolução da hipertrofia. É um recurso justificado Ind.: Antagonista adrenérgico alfa‑1 indicado em
quando a sintomatologia é moderada e como caso de hiperplasia benigna da próstata.
forma de protelar o recurso à cirurgia. R. Adv.: Hipotensão, congestão nasal, sedação, can‑
No arsenal terapêutico para o tratamento da saço, tonturas e edema periférico.
hipertrofia benigna da próstata destacam‑se os Contra‑Ind. e Prec.: Pode ser necessária a redução
antagonistas adrenérgicos alfa‑1, os inibidores da da dose em caso de IH, IR e nos idosos. O risco
5‑alfa‑reductase e alguns extractos de plantas. de hipotensão nas primeiras tomas pode ser mi‑
Os antagonistas adrenérgicos alfa‑1 relaxam norado se o doente tomar o medicamento antes
os elementos contrácteis do tecido hiperplásico de se deitar. O doente deve ser avisado para se
da próstata, melhorando a velocidade de fluxo manter deitado quando sentir tonturas, sudação
urinário e diminuindo a obstrução, sem compro‑ e cansaço.
meterem a contractilidade da bexiga. Os fármacos Interac.: Com fármacos anti‑hipertensores (adição
indicados para este fim são a alfuzosina, a doxa- de efeitos).
zosina, a tansulosina e a terazosina. A tansulo- Posol.: 2,5 mg, 3 vezes/dia (máximo de 10 mg/dia).
sina apresenta uma selectividade para o subtipo de
receptores alfa‑1A, o qual parece predominar no Orais sólidas ‑ 2.5 mg
tecido prostático. A “uroselectividade” dos antago‑ BENESTAN (MSRM); Sanofi Aventis
nistas (i.e. antagonistas capazes de manter a eficá‑ Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 8,46 (e 0,423);
cia sobre a próstata sem causarem outros efeitos, 37%
nomeadamente vasculares), parece depender de Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 15,61
vários factores e não apenas da selectividade para (e 0,2602); 37%
bloquear os receptores alfa‑1A. Porém, quaisquer
que sejam os factores, é aceite que os “uroselec‑ Orais sólidas ‑ 5 mg
tivos” mantêm a eficácia clínica, com uma menor A LFUZOSINA MEPHA 5 MG COMPRIMIDOS DE LI‑
incidência de reacções adversas (hipotensão ‑ par‑ BERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Mepha
ticularmente severa após a primeira toma, con‑ Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,15
gestão nasal, sedação, cansaço, tonturas e edema (e 0,3075); 37% ‑ PR e 7,99
periférico). Porém, os antagonistas “uroselectivos” Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 14,6
poderão causar ejaculação retrógrada que, apesar (e 0,2433); 37% ‑ PR e 20,85
de pouco frequente, é uma reacção adversa que ALFUZOSINA RATIOPHARM 5 MG COMPRIMIDOS
deve ser valorizada por poder influenciar a adesão DE LIBERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Ratio‑
dos doentes mais jovens à terapêutica. pharm
Os inibidores da 5‑alfa‑reductase (dutaste- Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 6,15
rida e finasterida) bloqueiam a conversão de (e 0,3075); 37% ‑ PR e 7,99
testosterona no seu metabolito mais activo, a
5‑alfa‑dihidrotestosterona. Os efeitos da finaste- Orais sólidas ‑ 10 mg
rida limitam‑se quase à próstata pela sua maior ALFUZOSINA ALTER (MSRM); Alter
selectividade para a isoforma II que predomina na Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 5,82
próstata. A inibição do metabolismo da testoste- (e 0,582); 37% ‑ PR e 7,57
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14,03
rona leva a uma redução do tamanho da próstata, (e 0,4677); 37% ‑ PR e 19,82
embora este efeito nem sempre seja acompanhado ALFUZOSINA ARROWBLUE (MSRM); Arrowblue
por melhorias sintomáticas no fluxo urinário. Estes Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14,03
fármacos mostraram‑se mais eficazes quando o (e 0,4677); 37% ‑ PR e 19,82
tamanho da próstata é superior a 40 ml (finaste- ALFUZOSINA CICLUM 10 MG COMPRIMIDOS
rida) ou 30 ml (dutasterida). (MSRM); Ciclum
A associação de antagonistas adrenérgicos alfa‑1 Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 5,82
a inibidores da 5‑alfa‑reductase é uma opção em (e 0,582); 37% ‑ PR e 7,57
doentes que apresentem maior volume prostático, Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14
sintomatologia mais intensa, valores de PSA mais (e 0,4667); 37% ‑ PR e 19,82
elevados ou com inflamação prostática. ALFUZOSINA GENERIS (MSRM); Generis
Extractos de plantas (nomeadamente de Py‑ Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 5,82
geum africanum e de Serenoa repens) são usados (e 0,582); 37% ‑ PR e 7,57
no tratamento da hipertrofia benigna da próstata. Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14,03
Alguns estudos mostram que a sua eficácia é supe‑ (e 0,4677); 37% ‑ PR e 19,82
rior à do placebo. Os efeitos dever‑se‑ão, provavel‑ ALFUZOSINA MEPHA 10 MG COMPRIMIDOS DE LI‑
mente, aos vários fitosterois presentes. Os dados BERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Mepha
sobre a segurança são escassos e perante a limitada Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 5,82
documentação sobre o perfil de eficácia e segu‑ (e 0,582); 37% ‑ PR e 7,57
rança destes extractos, da possível variabilidade Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14,03
nas suas composições e da falta de dados sobre a (e 0,4677); 37% ‑ PR e 19,82
7.4. Outros medicamentos usados em disfunções geniturinárias 307
Contra‑Ind. e Prec.: Não se conhecem para esta P RADIF (MSRM); Boehringer Ingelheim International
forma de utilização. (Alemanha)
Interac.: Não se conhecem para esta forma de uti‑ Comp. libert. prolong.( revest. p/ película) ‑ Blis‑
lização. ter ‑ 30 unid; e 20,17 (e 0,6723); 37%
Posol.: 1 comprimido/dia, durante um período mí‑ TANSULOSINA ACTAVIS (MSRM); Actavis
nimo de 30 dias. Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,45
(e 0,445); 37% ‑ PR e 6,36
Orais sólidas ‑ 40 mg Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,36
IPERTROFAN (MSRM); Prospa (e 0,3787); 37% ‑ PR e 16,24
Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 30 unid; TANSULOSINA ALTER 0,4 MG CáPSULAS DE LIBER‑
e 23,49 (e 0,783); 0% TAçãO PROLONGADA (MSRM); Alter
Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 60 unid; Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,45
e 42,08 (e 0,7013); 0% (e 0,445); 37% ‑ PR e 6,36
TANSULOSINA ARROWBLUE 0,4 MG CáPSULAS DE
n PYGEUM AFRICANUM + SABAL LIBERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Arrowblue
SERULATA + ECHINACEA ANGUSTIFOLIA
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,37
Ind.: Hiperplasia benigna da próstata. V. ainda intro‑ (e 0,379); 37% ‑ PR e 16,24
dução sobre a utilização de extractos de plantas TANSULOSINA BALDACCI 0,4 MG CáPSULAS DE LI‑
(7.4.2.1.). BERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Baldacci
R. Adv.: Não se aplica. Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,36
Contra‑Ind. e Prec.: Não se aplica. (e 0,3787); 37% ‑ PR e 16,24
Interac.: Não se aplica. TANSULOSINA BASI (MSRM); Lab. Basi
Posol.: 2 a 4 comprimidos/dia, por via oral. Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,31
(e 0,431); 37% ‑ PR e 6,36
Orais sólidas ‑ 25 mg + 200 mg + 100 mg TANSULOSINA BLUEPHARMA (MSRM); Bluepharma
NEO‑URGENIN (MSRM); Neo‑Farmacêutica Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,45
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,78 (e 0,163); (e 0,445); 37% ‑ PR e 6,36
0%
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,36
(e 0,3787); 37% ‑ PR e 16,24
n SERENOA REPENS TANSULOSINA CICLUM 0,4 MG CáPSULAS DE LI‑
Ind.: Hiperplasia benigna da próstata. V. ainda intro‑ BERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Ciclum
dução sobre a utilização de extractos de plantas Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,3
(7.4.2.1.). (e 0,3767); 37% ‑ PR e 16,24
R. Adv.: Descrita a ocorrência de hepatite colestática. TANSULOSINA CINFA 0,4 MG CáPSULAS DE LIBER‑
V. Introdução (7.4.2.1.). TAçãO PROLONGADA (MSRM); Cinfa
Contra‑Ind. e Prec.: Não se aplica. Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,02
Interac.: Não se aplica. (e 0,3673); 37% ‑ PR e 16,24
Posol.: 320 mg/dia, por via oral, em 1 ou 2 tomas. TANSULOSINA FARMOZ 0,4 MG CáPSULAS DE LI‑
BERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Farmoz
Orais sólidas ‑ 160 mg Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,45
PERMIXON (MSRM); Pierre Fabre Médicament
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 23,77 (e 0,3962); 37% (e 0,445); 37% ‑ PR e 6,36
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,36
(e 0,3787); 37% ‑ PR e 16,24
n TANSULOSINA TANSULOSINA GENERIS 0,4 MG CáPSULAS DE LI‑
Ind.: Bloqueador adrenérgico alfa‑1 indicado em BERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Generis
caso de hiperplasia benigna da próstata. Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,37
R. Adv.: Tonturas, cefaleias, cansaço, ejaculação re‑ (e 0,379); 37% ‑ PR e 16,24
trógrada, rinite e artralgia. TANSULOSINA GERMED (MSRM); Germed
Contra‑Ind. e Prec.: Pode ser necessária a redução Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,02
da dose em caso de IH ou IR graves e nos idosos. (e 0,3673); 37% ‑ PR e 16,24
O risco de hipotensão nas primeiras tomas pode TANSULOSINA GP 0,4 MG CáPSULAS DE LIBERTA‑
ser minorado se o doente tomar o medicamento çãO PROLONGADA (MSRM); gp
com alimentos antes de se deitar. O doente deve Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,45
manter‑se deitado quando sentir tonturas, suda‑
ção e cansaço. (e 0,445); 37% ‑ PR e 6,36
Interac.: Com fármacos anti‑hipertensores (adição Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,52
de efeitos), bloqueadores beta (potenciação do (e 0,384); 37% ‑ PR e 16,24
efeito hipotensor das primeiras tomas), cimetidi‑ TANSULOSINA JABA 0,4 MG CáPSULAS DE LIBERTA‑
na (aumento da toxicidade da tansulosina) e varfa‑ çãO PROLONGADA (MSRM); Jaba Recordati
rina (alteração mútua do metabolismo hepático). Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,37
Posol.: 0,4 mg/dia, por via oral, de preferência de (e 0,379); 37% ‑ PR e 16,24
manhã, ao pequeno almoço. TANSULOSINA MEPHA 0,4 MG CáPSULAS DURAS DE
LIBERTAçãO PROLONGADA (MSRM); Mepha
Orais sólidas ‑ 0.4 mg Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,45
OMNIC (MSRM); Astellas (e 0,445); 37% ‑ PR e 6,36
Comp. libert. prolong.( revest. p/ película) ‑ Blis‑ Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 11,36
ter ‑ 30 unid; e 20,17 (e 0,6723); 37% (e 0,3787); 37% ‑ PR e 16,24
310 Grupo 7 | 7.4. Outros medicamentos usados em disfunções geniturinárias
com o envelhecimento e pela existência de pato‑ Como a libertação de NO está dependente de uma
logias como diabetes mellitus, doença cardíaca, estimulação neuronial, este fármaco tem menores
hipertensão e doenças neurológicas. A DE pode condições para causar erecção na ausência de esti‑
mesmo ser a primeira manifestação dessas pato‑ mulação sexual. Embora mereça aceitação geral
logias ou resultar de factores psicológicos, orgâ‑ que o efeito destes fármacos se deva a uma acção
nicos ou do uso de fármacos. A DE associada ao periférica, o conhecimento de que o NO parece
consumo de fármacos pode resultar dos efeitos estar envolvido nos processos centrais que con‑
sedativos que causam, com redução do desejo trolam a erecção, levanta a possibilidade de exis‑
sexual; de alterações dos parâmetros hemodi‑ tir também uma contribuição central para a sua
nâmicos; de efeitos endócrinos, influenciando o acção. Para além da sua utilização no tratamento
desejo sexual e a erecção; ou por causarem hiper‑ da disfunção eréctil, tem sido sugerida a utilização
prolactinémia que, indirectamente, pode causar do sildenafil para facilitar a micção (por relaxar o
hipogonadismo. Nos fármacos que podem causar músculo liso da próstata e da uretra), e discutida
disfunção eréctil incluem‑se antagonistas adrenér‑ uma potencial utilização no tratamento de disfun‑
gicos beta não selectivos, diuréticos da família das ções sexuais femininas, bem como da hipertensão
tiazidas, antidepressores, antipsicóticos e feno‑ pulmonar.
tiazinas usadas para outros fins, hormonas, anti O alprostadilo (prostaglandina E1) é um fár‑
‑hiperlipidémicos do grupo dos fibratos, anticon‑ maco com acção vasodilatadora e antiagregante
vulsivantes, L‑DOPA, anti‑ulcerosos da família dos plaquetária. Tem sido utilizado também, por
antagonistas H2, o alopurinol, a indometacina, o administração intracavernosa ou intrauretral, para
disulfiram embora na maior parte dos casos seja o diagnóstico de disfunções da erecção e no tra‑
difícil estabelecer uma clara relação causa/efeito. tamento de algumas formas de disfunção eréctil.
A erecção é um processo hemodinâmico inte‑ A papaverina é um alcalóide do ópio, não opiá‑
grado a nível do SNC, controlado pelo sistema ceo, com uma acção relaxante muscular atribuída
nervoso autónomo e modulado por um conjunto a inibição das fosfodiesterases e tem sido usado
de mensageiros locais a nível do pénis. A nível do por via intracavernosa, no tratamento da disfun‑
SNC, a dopamina parece ser um dos mensageiros ção eréctil.
envolvidos na integração das respostas erécteis, Outros medicamentos, por vezes de composi‑
o que explica a utilização de agonistas dopami‑ ção complexa, têm sido propostos para correcção
nérgicos como, por exemplo, a apomorfina, no da disfunção eréctil. A sua eficácia não é superior
tratamento da disfunção eréctil. A noradrenalina ao placebo, pelo que não devem ser usados.
participa na modulação por efeitos a nível central A associação de fármacos na disfunção eréc‑
e a nível periférico. Esta modulação é exercida til tem‑se vulgarizado nalguns países mas as que
através de receptores alfa‑1 e alfa‑2 que parecem envolvem os inibidores da fosfodiesterase estão
mediar efeitos opostos (ensaios realizados em desaconselhadas uma vez que reacções adversas
modelos animais mostraram que a activação de (nomeadamente priapismo) podem surgir com
receptores alfa‑1 estimula, enquanto que a activa‑ maior frequência quando se recorre a associações.
ção de receptores alfa‑2 inibe a cópula). A parti‑
cipação dos receptores alfa‑2 na modulação dos n ALPROSTADILO
comportamentos sexuais pode explicar o modesto Ind.: Diagnóstico e tratamento da disfunção eréctil.
efeito estimulante sexual de alguns antagonistas R. Adv.: Dor durante a erecção, priapismo e reac‑
dos receptores alfa‑2 como, por exemplo, a ioim- ções diversas no local de injecção. Pode causar
bina. Porém o seu uso isolado para este fim está manifestações sistémicas como dor testicular,
mal documentado. perturbações no escroto e da micção, náuseas, xe‑
O conhecimento dos mensageiros envolvidos rostomia, desmaio, alterações da tensão arterial,
na comunicação autócrina a nível do pénis e taquicardia, vasodilatação e alterações vasculares
dos respectivos mecanismos de transdução têm periféricas, arritmias, dor torácica, tonturas, cefa‑
estimulado o aparecimento de fármacos que, leias e síndrome tipo influenza.
actuando por via local ou sistémica, facilitam a Contra‑Ind. e Prec.: Não deve ser administrado
manutenção de uma erecção mais satisfatória. em indivíduos com deformidades do pénis ou
O mensageiro que tem atraído maior atenção é com outras patologias que favoreçam erecções
o monóxido de azoto (NO). O NO causa relaxa‑ prolongadas. A ocorrência de priapismo obriga a
mento do músculo liso das arteríolas e do mús‑ tratamento de emergência, com aspiração penia‑
culo liso trabecular do pénis, do que resulta acu‑ na de 20 a 50 ml de sangue e, se necessário, a
mulação de sangue no pénis e intumescência. O administração intracavernosa de agonistas adre‑
NO actua principalmente por aumento dos níveis nérgicos alfa como, por exemplo, a fenilefrina, a
intracelulares de GMP cíclico. O efeito do NO é adrenalina ou o metamidol. É conveniente utilizar
limitado principalmente pela fosfodiesterase de um contraceptivo de barreira no caso da compa‑
tipo 5 que, ao metabolizar o GMP cíclico em GMP, nheira estar grávida.
interrompe a cascata de efeitos iniciada pelo NO. Interac.: Com anti‑hipertensores (potenciação do
O sildenafil, o tadalafil e o vardenafil são efeito hipotensor).
inibidores selectivos da fosfodiesterase de tipo Posol.: Diagnóstico de disfunções da erecção: Injec‑
5, activos por via oral. Da inibição deste subtipo ção intracavernosa de 5 a 20 mg.
de fosfodiesterase resulta um aumento do t1/2 do Disfunção eréctil: Dose inicial: 2,5 mg que pode
GMP cíclico (potenciando o efeito do NO), maior ser aumentada até se conseguir a dose óptima
relaxamento muscular e maior intumescência. (dose normal compreendida entre 10 e 20 mg;
314 Grupo 7 | 7.4. Outros medicamentos usados em disfunções geniturinárias
dose máxima: 60 mg). Não deve ser administrado Orais sólidas ‑ 50 mg
mais do que 1 vez/dia nem mais do que 3 vezes/ VIAGRA (MSRM); Pfizer (Reino Unido)
semana. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 38,16
(e 9,54); 0%
Parentéricas ‑ 0.01 mg/1 ml Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 68,68
CAVERJECT (MSRM); Lab. Pfizer (e 8,585); 0%
Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
1 unid ‑ 1 ml; e 8,43 (e 8,43); 37% Orais sólidas ‑ 100 mg
VIAGRA (MSRM); Pfizer (Reino Unido)
Parentéricas ‑ 0.02 mg/1 ml Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 45,88
CAVERJECT (MSRM); Lab. Pfizer (e 11,47); 0%
Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
1 unid ‑ 1 ml; e 13,49 (e 13,49); 37% n TADALAFIL
n IOIMBINA Ind.: Disfunção eréctil.
R. Adv.: Cefaleias, dispepsia, nasofaringites, dores
Ind.: Disfunção eréctil ligeira. das costas e mialgias.
R. Adv.: Ansiedade, palpitações, tremor, taquicardia Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com história re‑
e elevação da pressão arterial. cente de acidente cardiovascular, angina instável,
Contra‑Ind. e Prec.: IR ou IH. hipotensão (valores de tensão arterial a 90/50
Interac.: Antidepressores e fenotiazinas. mmHg), em situações em que a actividade sexual
Posol.: 30 mg/dia, repartidas em 3 tomas. seja desaconselhada, caso haja deformidades do
pénis ou outras patologias que favoreçam erec‑
Orais sólidas ‑ 6 mg ções prolongadas. Não associar a outros fármacos
ZUMBA (MNSRM); Crefar indicados para a disfunção eréctil. Precauções na
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; 0% administração em doentes a tomar associações de
anti‑hipertensores, nomeadamente antagonistas
n SILDENAFIL alfa‑1, com neuropatia óptica isquémica anterior
Ind.: Disfunção eréctil. não arteritica ou com IR.
R. Adv.: Cefaleias, rubefacção, dispepsia, diarreia e Interac.: Com nitratos orgânicos, dadores de NO ou
congestão nasal, alterações da visão e aumento da com bloqueadores adrenérgicos alfa (risco de cau‑
pressão intra‑ocular. O risco de causar priapismo sar hipotensão aguda).
parece ser baixo. Posol.: 10 a 20 mg, de 30 minutos a 12 horas antes
Contra‑Ind. e Prec.: Doentes com história recente da altura prevista para o acto sexual. A dose deve
de acidente cardiovascular, ICC, angina instável, ser reduzida em indivíduos com IR ≤ 5mg/dia). O
hipotensão (valores da tensão arterial inferiores efeito pode prolongar‑se até 24 horas.
a 90/50 mmHg), retinite pigmentar, situações
em que a actividade sexual seja desaconselhada, Orais sólidas ‑ 5 mg
deformidades do pénis ou com outras patologias CIALIS (MSRM); Eli Lilly (Holanda)
que favoreçam erecções prolongadas, IH grave. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid ‑ 5 mg;
Não associar a outros fármacos indicados para a e 98,29 (e 3,5104); 0%
disfunção eréctil. Precauções em homens que to‑
mam associações de anti‑hipertensores nomeada‑ Orais sólidas ‑ 10 mg
mente antagonistas alfa‑1, com neuropatia óptica CIALIS (MSRM); Eli Lilly (Holanda)
isquémica anterior não arteritica ou com IR. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 40,58
Interac.: Com nitratos orgânicos ou dadores de (e 10,145); 0%
NO, com risco de causar hipotensão aguda; com
fármacos que interferem com a isoforma CYP3A4 Orais sólidas ‑ 20 mg
do citocromo P450 (por exemplo, a eritromicina, CIALIS (MSRM); Eli Lilly (Holanda)
claritromicina, cetoconazol, miconazol e cimetidi‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 40,58
na), pelo risco de elevarem os níveis plasmáticos (e 10,145); 0%
de sildenafil. O início do efeito pode ser atrasado
se for tomado com alimentos. n VARDENAFIL
Posol.: 50 mg como dose inicial que pode ser au‑ Ind.: Disfunção eréctil.
mentada até 100 mg ou reduzida até 25 mg de R. Adv.: Cefaleias, rubefacção, dispepsia, vómitos e
acordo com a resposta. Em indivíduos mais ido‑ congestão nasal, alterações da visão e aumento
sos ou com IH ou IR grave a dose inicial deve ser da pressão intra‑ocular. Referida também a ocor‑
25 mg. Deve ser tomado cerca de 30 a 60 minutos rência de priapismo, conjuntivites e reacções de
antes da altura prevista para o acto sexual (nunca hipersensibilidade.
mais de 1 toma diária nem ultrapassar a dose de Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com IH ou IR
100 mg). graves, com história recente de acidente cardio‑
vascular, angina instável, hipotensão (valores da
Orais sólidas ‑ 25 mg tensão arterial inferiores a 90/50 mmHg), retinite
VIAGRA (MSRM); Pfizer (Reino Unido) pigmentar, em situações em que a actividade se‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 32,32 xual seja desaconselhada, caso haja deformidades
(e 8,08); 0% do pénis ou outras patologias que favoreçam erec‑
7.4. Outros medicamentos usados em disfunções geniturinárias 315
ções prolongadas. Não associar a outros fármacos mais idosos ou com IH, a dose deve ser apenas
indicados para a disfunção eréctil. Precauções em de 5 mg.
homens que estejam a tomar associações de anti
‑hipertensores, nomeadamente com antagonistas Orais sólidas ‑ 5 mg
LEVITRA (MSRM); Bayer (Alemanha)
alfa‑1 ou com neuropatia óptica isquémica ante‑ Comp. revest. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 31,2 (e 7,8);
rior não arteritica. 0%
Interac.: Com nitratos orgânicos, dadores de NO ou
com bloqueadores adrenérgicos alfa (risco de cau‑ Orais sólidas ‑ 10 mg
sar hipotensão aguda); com fármacos que inter‑ LEVITRA (MSRM); Bayer (Alemanha)
ferem com o citocromo P450 (isoforma CYP3A4), Comp. revest. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 34,1 (e 8,525);
pelo risco de elevarem os níveis plasmáticos de 0%
vardenafil. O início do efeito pode ser atrasado se Orais sólidas ‑ 20 mg
for tomado com dieta rica em gordura. LEVITRA (MSRM); Bayer (Alemanha)
Posol.: 10 mg, cerca de 30 a 60 minutos antes da Comp. revest. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 44,39
altura prevista para o acto sexual. Em indivíduos (e 11,0975); 0%
8
Antes de iniciar a apresentação dos medicamen‑
tos usados no tratamento das doenças endócrinas Hormonas e
considera‑se fundamental chamar a atenção para
a diversidade de situações em que as hormonas medicamentos
interferem na regulação de várias funções fisio‑
patológicas e por essa razão para a sequência usados no
das sub‑divisões que se seguem. Se o diagnós‑
tico médico justifica a selecção terapêutica e o tratamento das
regime posológico mais adequado, nas situações
das doenças hormonais a avaliação da resposta doenças endócrinas
terapêutica pode justificar com maior frequência
os acertos posológicos em função dos resultados
obtidos. Hormonas e medicamentos usados
no tratamento das doenças endócrinas
8.1. Hormonas hipotalâmicas
8.1. Hormonas hipotalâmicas e hipofisá- e hipofisárias, seus análogos
rias, seus análogos e antagonistas e antagonistas
8.1.1. Lobo anterior da hipófise
A libertação de hormonas e a interdependência 8.1.2. Lobo posterior da hipófise
do hipotálamo, da hipófise, de outras glândulas 8.1.3. Antagonistas hipofisários
de secreção interna e dos tecidos periféricos que
delas dependem são determinantes básicas para a 8.2. Corticosteróides
manutenção da homeostase. 8.2.1. Mineralocorticóides
8.2.2. Glucocorticóides
8.1.1. Lobo anterior da hipófise 8.3. Hormonas da tiróide e antitiroideus
O lobo anterior da hipófise (hipófise ante‑ 8.4. Insulinas, antidiabéticos orais
rior, adeno‑hipófise ou adenipófise) segrega, e glucagom
por influência hipotalâmica, seis hormonas que 8.4.1. Insulinas
regulam a função de órgãos muito diversos; duas .4.1.1. De acção curta
8
gonadotrofinas, a gonadotrofina estimulante do 8.4.1.2. De acção intermédia
folículo (FSH) e a hormona luteinizante (LH); a 8.4.1.3. De acção prolongada
somatotropina ou hormona do crescimento (GH); 8 .4.2. Antidiabéticos orais
a tireotrofina ou hormona estimulante da tireóide; 8.4.3. Glucagom
a corticotrofina ou hormona adrenocorticotrófica
(ACTH); e a prolactina. 8.5. Hormonas sexuais
Estas hormonas são sintetizadas em cinco tipos 8.5.1. Estrogénios e progestagénios
de células independentes, as células gonadotrófi‑ 8.5.1.1. Tratamento
cas, somatotróficas, tireotróficas, corticotróficas e de substituição
lactotróficas para as hormonas correspondentes. 8.5.1.2. Anticoncepcionais
As células corticotróficas podem ainda sintetizar 8.5.1.3. Progestagénios
duas melanotrofinas e duas lipotrofinas cujas fun‑ 8.5.2. Androgénios e anabolizantes
ções se encontram ainda por esclarecer.
A função principal destas hormonas é a de regu‑ 8.6. Estimulantes da ovulação
lar o crescimento e o trabalho de certos órgãos, e gonadotropinas
que por sua vez segregam outras hormonas; tal é 8.7. Anti‑hormonas
o caso das gonadotrofinas que contribuem para
regular as hormonas das gónadas, da corticotro‑
fina que regula a secreção de corticosteróides e
da tireotrofina que estimula a secreção de tireo‑ que permitem bloquear e frenar uma produção
xina. Em todos os casos, as hormonas segregadas hormonal exagerada e por último, porque existem
em glândulas “periféricas específicas” têm a capa‑ fármacos que interferem no controlo da regulação
cidade de controlar a secreção da sua correspon‑ hipotalâmica‑hipofisária aumentando ou dimi‑
dente hormonal adeno‑hipofisária através de um nuindo a secreção hormonal.
sistema de retroalimentação, em que participam
células‑alvo existentes nesses órgãos, sejam eles A corticotrofina (hormona adrenocorticotró‑
os ovários, os testículos, o cortex suprarrenal ou fica ou ACTH) é a hormona responsável pela bios‑
a tiróide. síntese e secreção dos glico e mineralocorticóides
O interesse farmacológico de todo este con‑ do córtex suprarrenal e dos androgénios por esta
junto de hormonas é evidente. Em primeiro lugar, produzidos. Os seus níveis apresentam um ritmo
pela possibilidade de substituição da hormona circadiano bem marcado, com níveis mais elevados
endógena quando esta se encontra deficitária; em às primeiras horas da manhã e mínimos à noite.
segundo, pelo aparecimento crescente de análo‑ Usa‑se na clínica tanto para diagnóstico de altera‑
gos de síntese, semelhantes às próprias hormonas; ções das suprarrenais, como para tratamento de
em terceiro, pelo aparecimento de antagonistas situações onde sejam necessários níveis elevados
318 Grupo 8 | Hormonas hipotalâmicas e hipofisárias, seus análogos e antagonistas
de glicocorticóides e não se deseje induzir uma Posol.: Dosagem ajustada a cada doente, entre
atrofia suprarrenal. A dosagem deve ser adaptada 0,5 a 1 UI/Kg/semana, dada em 6 a 7 tomas se‑
ao doente e deve ser a mais baixa possível. manais por via SC, escolhendo‑se rotativamente
Os barbitúricos, a fenitoína e a rifampicina locais diferentes para a administração. Por via IM
podem aumentar o seu metabolismo e reduzir o administram‑se 2 a 3 tomas/semana.
efeito da corticotropina. A administração simultâ‑
nea de fármacos ulcerogénicos, como os salicilatos Parentéricas ‑ 1.3 mg/1 ml
ou a indometacina, podem aumentar o risco de S AIZEN (MSRM); Merck
ulceração gástrica. Na terapêutica é mais usado o Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
análogo da corticotropina, o tetracosactido. 1 unid ‑ 1 ml; e 44,24 (e 44,24); 0%
n PROLACTINA Parentéricas ‑ 5.3 mg/1 ml
A prolactina, hormona sintetizada nos lactó‑ ENOTROPIN 5,3 MG (MSRM); Lab. Pfizer
G
trofos (células abundantes na hipófise anterior) Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 1 unid ‑ 1 ml;
aumenta durante a gravidez, no hipotiroidismo e 183,39 (e 183,39); 0%
e nos tumores da hipófise. O controlo hipotalâ‑
mico da prolactina é exercido por influência da Parentéricas ‑ 10 mg/1.5 ml
dopamina, através da ligação aos receptores D2 ORDITROPIN SIMPLEXX (MSRM); Novo Nordisk
N
dos lactótrofos, inibindo a síntese e a libertação (Dinamarca)
da prolactina, que tem como células‑alvo as glân‑ Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 1 unid ‑ 1,5 ml; e 434,8
dulas mamárias. (e 289,8667); 0%
Nota: Este medicamento não se encontra disponível
em Farmácia Comunitária. Parentéricas ‑ 15 mg/1.5 ml
ORDITROPIN SIMPLEXX (MSRM); Novo Nordisk
N
n SOMATROPINA (Dinamarca)
Hormona do crescimento sintética que estimula Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 1 unid ‑ 1,5 ml; e 690,33
o crescimento somático e actua sobre os mecanis‑ (e 460,22); 0%
mos intermediários do metabolismo, estimulando
o anabolismo proteico e a lipólise. Nas situações n TETRACOSACTIDO
de um balanço de azoto negativo a sua acção pro‑ É um análogo de síntese da corticotrofina
move um aumento na síntese proteica e induz o (ACTH) que se utiliza para avaliar a função do
balanço positivo de azoto; tem acção lipolítica e cortex suprarrenal. Uma quebra na concentração
modifica o metabolismo dos hidratos de carbono. plasmática de cortisol, obtida depois da adminis‑
Não deve ser usada nos atrasos de crescimento, tração do fármaco por via IM, indica uma insufici‑
em geral, constitucionais ou familiares, mas ência adrenocortical. Os doentes sujeitos ao teste
reservar‑se para situações específicas de deficiên‑ devem ser vigiados de 1 a 3 horas após a injecção
cia da secreção da hormona de crescimento. Nas pois podem surgir reacções de hipersensibilidade.
crianças utiliza‑se no tratamento do nanismo hipo‑
fisário, na síndrome de Turner e na IR crónica das Ind.: Avaliação da função do cortex suprarrenal. Não
crianças com défice na estatura. se recomenda, em geral, o seu uso com fins te‑
No adulto, as acções farmacológicas provocam rapêuticos.
melhoria da massa magra, sobretudo à custa do R. Adv.: Em tudo semelhantes às dos corticosterói‑
aumento da massa muscular e da diminuição da des.
massa gorda corporal. Melhora também a captação
Contra‑Ind. e Prec.: Na gravidez, na hipertensão,
de oxigénio e estimula a eritropoiese; aumenta a
síntese proteica e a insulinorresistência durante as na IC e IR, na osteoporose, na úlcera gastroduo‑
primeiras semanas de tratamento. Em terapêuticas denal. Em doentes diabéticos só deve usar‑se em
por períodos muito prolongados (1 a 2 anos) têm casos de absoluta necessidade.
‑se verificado benefícios sobre a força muscular e Interac.: Semelhantes aos corticosteróides.
uma melhoria na massa óssea. Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 mg/dia, no início
Utiliza‑se na terapêutica a somatotrofina humana do tratamento. Nos casos agudos 1 mg de 12 em
recombinante. 12 horas. Para manutenção, 1 mg cada 2 a 3 dias
ou em caso de resposta favorável 1 mg/semana.
Ind.: Deficiência da secreção da hormona de cresci‑ [Crianças] ‑ Lactentes: dose inicial de 0,25 mg/
mento. V. Introdução 8.1.1.. dia e de manutenção de 0,25 mg de cada 3 a 8
R. Adv.: Cefaleias, problemas visuais, náuseas, vó‑ dias. < 3 anos: dose inicial de 0,25 a 0,5 mg/dia e
mitos. Retenção hídrica com edemas periféricos, manutenção de 0,25 a 0,5 mg de cada 3 a 8 dias.
artralgias e mialgias. 3‑10 anos: dose inicial de 0,25 a 1 mg/dia e manu‑
Contra‑Ind. e Prec.: Na diabetes mellitus (pode ser tenção de 0,25 a 1 mg de cada 3 a 8 dias.
necessário o ajuste da terapêutica antidiabética).
Evitar na gravidez, no aleitamento e em doentes Parentéricas ‑ 1 mg/ml
com hemorragia genital anormal. SYNACTHEN DEPOT (MSRM); Defiante
Interac.: Os corticosteróides podem inibir o efeito Susp. inj. ‑ Ampola ‑ 1 unid ‑ 1 ml; e 3,29 (e 3,29);
da somatropina. 37%
Hormonas hipotalâmicas e hipofisárias, seus análogos e antagonistas 319
Posol.: Via IM: iniciar com 30 mg, de 2 em 2 sema‑ Interac.: Com a insulina ou os antidiabéticos orais
nas. Depois das primeiras administrações adequar pode ser necessária a redução da dosagem destes
a dosagem de acordo com a resposta do doente e, fármacos.
se necessário, reduzir o intervalo de toma do fár‑ Posol.: Via SC: iniciar com 80 mg e depois 10 mg/dia.
maco para 7‑12 dias. Por via SC, iniciar com 60 mg Aumentar em fracções de 5 mg/dia de acordo com
uma vez de 4 em 4 semanas e ajustar de acordo a resposta do doente até ao máximo de 30 mg/dia.
com a resposta. Não se recomenda nas crianças
Nota: Este medicamento não se encontra disponível Nota: Este medicamento não se encontra disponível
em Farmácia Comunitária. em Farmácia Comunitária.
n OCTREOTIDO n SOMATOSTATINA
Ind.: Acromegalia, tumores neuroendócrinos par‑ A somatostatina é uma hormona hipotalâmica
ticularmente carcinóides. Usado também para a que inibe, a partir da hipófise anterior, a liberta‑
prevenção de complicações na cirurgia pancreá‑
ção da somatotropina, hormona do crescimento.
tica.
R. Adv.: Diarreia, esteatorreia, litíase vesicular, dor Também inibe a libertação da tirotrofina e da cor‑
no local da injecção. Pode alterar a função hepáti‑ ticotrofina da hipófise, da insulina e glicagina do
ca e nalguns casos provoca alopécia. pâncreas para além de ter um papel importante
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez, aleitamento, diabe‑ na regulação das secreções gástricas e duodenais.
tes.
Interac.: Reduz a absorção da insulina e dos antidia‑ Ind.: Hemorragias gastrintestinais; na profilaxia da
béticos orais e também da ciclosporina. Aumenta pancreatite ou na pancreatite hemorrágica; su‑
a concentração da bromocriptina. Pode, nalguns pressão hormonal em tumores como os adeno‑
doentes, atrasar a absorção da cimetidina. mas secretores de somatotropina, insulinomas,
Posol.: Via SC ou IV: 50 microgramas uma ou 2 ve‑ glicaginomas, gastrinomas e tumores produtores
zes/dia com possibilidade de aumentar até 100 a de peptideo intestinal vasoactivo (VIP).
200 microgramas/dia, de acordo com a resposta R. Adv.: Perturbações gastrintestinais incluindo es‑
do doente. teatorreia, diarreia, flatulência, naúseas, vómitos,
anorexia e dor abdominal.
Parentéricas ‑ 0.05 mg/1 ml Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Em
SANDOSTATINA (MSRM); Novartis Farma doentes diabéticos, com IR e com IH deve usar
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 1 ml; e 26,61 ‑se com precaução tendo atenção às dosagens
(e 5,322); 37% utilizadas.
Interac.: Reduz a absorção da insulina e dos anti‑
Parentéricas ‑ 0.1 mg/1 ml diabéticos orais, da ciclosporina e da cimetidina.
S ANDOSTATINA (MSRM); Novartis Farma Posol.: Por IV, adaptada à situação clínica. Na hemor‑
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 1 ml; e 50,08 ragia gastrintestinal deve iniciar‑se com uma do‑
(e 10,016); 37% sagem de 3,5 mg/Kg/h em perfusão contínua; em
manutenção as doses podem variar entre 250 mg
n PEGVISOMANT a 6 mg/dia com intervalos de 24 a 48 horas.
Ind.: Tratamento de doentes com acromegalia em Nota: Este medicamento não se encontra disponível
que as respostas à cirurgia e/ou à radioterapia em Farmácia Comunitária.
foram inadequadas e nos quais o tratamento
com análogos da somatostatina não foi eficaz.
R. Adv.: Diarreia, obstipação, naúseas, vómitos, 8.2. Corticosteróides
distensão abdominal, dispepsia, flatulência;
aumento das enzimas hepáticas; cefaleias, ton‑ A informação que se segue deve ser completada
turas, tremores, perturbações do sono; aumen‑ e cruzada com a apresentada nos grupos 9. (Apa‑
to de peso, hipercolesterolemia, hipoglicemia;
relho Locomotor), 13. (Medicamentos Usados em
artralgias, mialgias; fadiga; reacção no local da
injecção com prurido e sensação de queimadu‑ Afecções Cutâneas) e 16. (Medicamentos Antineo‑
ra; menos frequentes: leucocitose, trombocito‑ plásicos e Imunomoduladores).
penia e tendência hemorrágica. As glândulas suprarrenais são responsáveis pela
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. síntese de várias hormonas de natureza esteróide,
Em doentes com problemas hepáticos devem cuja produção se relaciona com distintas porções
monitorizar‑se as transaminases e as amino‑ destas glândulas. A mineralocorticóide (aldos‑
transferases em intervalos de 4 a 6 semanas, terona) produzida na zona glomerular, as glico‑
durante os primeiros seis meses de tratamento corticóides (cortisol, corticosterona), produzidas
ou sempre que o doente apresente sintomas na zona fascicular e as sexoesteróides (dihidroe‑
de agravamento hepático. Em doentes diabé‑ piandrosterona, androstenodiona e testosterona)
ticos pode ser necessário o ajuste posológico produzidas na zona reticular.
da terapêutica antidiabética. Pode aumentar a A síntese de corticosteróides, no cortex suprar‑
fertilidade feminina pelo que as doentes devem renal, faz‑se a partir do colesterol, por controlo
ser disso avisadas. da hormona adrenocorticotrófica (ACTH) através
8.2. Corticosteróides 323
de uma longa série de mecanismos enzimáticos, são e até a morte. A retirada da medicação deve,
envolvendo muitas reacções de oxidação. por isso, fazer‑se de modo gradual e pode muitas
vezes estar associada a febre, mialgias, artralgias,
8.2.1. Mineralocorticóides rinite, conjuntivites e perda de peso.
Nos efeitos laterais referem‑se: fraqueza mus‑
A fludricortisona é um mineralocorticóide cular e alterações do ritmo cardíaco, sintomato‑
potente que pode ser útil na insuficiência córtico logia da síndrome de Cushing, miopatias, hiper‑
‑suprarrenal aguda e se reserva para uso hospita‑ glicemia, osteoporose (risco maior nas mulheres
lar. menopaúsicas), diminuição da resistência a todos
os agentes infecciosos, alterações digestivas com
aumento da incidência de hemorragias ou perfura‑
8.2.2. Glucocorticóides ção; euforia, agitação, insónia, cefaleias e reacções
psicóticas. Podem também provocar aumento da
Os glucocorticóides têm efeitos a quase todos pressão intra‑ocular e glaucoma. Nas crianças, em
os níveis. A sua libertação ante situações de stress tratamento crónico, podem produzir atrasos de
faz parte da resposta fisiológica compensatória crescimento e perturbações oculares (com desen‑
e tem como finalidade evitar que os mecanis‑ volvimento de cataratas).
mos orgânicos de defesa saiam fora do controlo As contra‑indicações absolutas ou relativas
endógeno. Quando se administram corticosterói‑ dos corticosteróides são a hipertensão, a ICC, a
des exógenos estamos a aumentar os níveis de IR, a osteoporose, a epilepsia mal controlada, a
controlo hormonal de acordo com as possíveis úlcera gastroduodenal, a tuberculose e as infec‑
exigências orgânicas. São medicamentos que têm ções virais ou micóticas. Nos diabéticos, devido às
potentes efeitos anti‑inflamatórios e imunossu‑ suas acções metabólicas, por diminuírem a tole‑
pressores; produzem efeitos a nível metabólico rância à glucose e a sensibilidade à insulina, só
com aumento da glicemia e alterações a nível do
devem usar‑se em caso de absoluta necessidade. O
metabolismo dos lípidos; como consequência das
acções metabólicas podem condicionar a debili‑ mesmo deve ser de considerar durante a gravidez.
dade muscular e a osteoporose; no SNC provocam Os corticosteróides são esteróides organizados
alterações no comportamento; e a nível gastrintes‑ de forma a condicionar a sua relação estrutural
tinal aumentam a produção de ácido clorídrico e com as actividades farmacológicas. Algumas das
pepsina. De toda esta variedade de efeitos, resul‑ modificações introduzidas nas suas moléculas
tam indicações terapêuticas diversas que tanto visam uma maior actividade anti‑inflamatória
podem estar ligadas a doenças endócrinas como com as hipóteses de menores efeitos laterais (por
doenças não endócrinas que estejam dependentes redução da actividade mineralocorticóide ou por
da acção directa dos efeitos anti‑inflamatórios e supressão completa dessa actividade ou ainda por
imunossupressores dos glucocorticóides. Nas situ‑ menor interferência no metabolismo do cálcio ou
ações agudas de natureza alérgica ou anafiláctica, dos hidratos de carbono).
recorre‑se a preparações hidrossolúveis (hidro- Na prednisona, prednisolona e metilpredni-
cortisona sódica, succinato de metilpredniso- solona reduziu‑se a actividade mineralocorticóide
lona ou succinato de prednisolona), injectadas e aumentou‑se a actividade glucocorticóide. Na
por via IV em doses elevadas. dexametasona e betametasona, suprimiu‑se a
Os glucocorticóides disponíveis diferem entre actividade mineralocorticóide. O deflazacorte,
si pelas sua actividade e duração de acção, assim fármaco de uso sistémico com menor potência
como pelo grau de actividade mineralocorticóide anti‑inflamatória que a prednisona, não apresenta
co‑existente. Na selecção dos glucocorticóides acção mineralocorticóide e modifica em menor
deve atender‑se à sua duração de acção. Os de grau o metabolismo do cálcio e dos hidratos de
acção curta ou intermédia são seleccionados para carbono, provavelmente pela sua menor potência
tratamentos de urgência em casos agudos ou em como anti‑inflamatório.
tratamentos de substituição, em casos de insufici‑ O uso de corticosteróides com actividade mine
ências endócrinas. Os de acção prolongada em tra‑ ralocorticóide acompanha‑se de retenção de sódio,
tamentos crónicos quando se pretende suprimir a hipocaliemia e edemas, que serão especialmente
actividade da suprarrenal. graves em doentes com hipertensão e doenças vas‑
São medicamentos responsáveis por numero‑ culares.
sos efeitos secundários, principalmente quando Nas formas farmacêuticas disponíveis encon
as doses fisiológicas são ultrapassadas e quando tram‑se apresentações para via IM com caracte‑
o tratamento é de longa duração. A retenção de rísticas de libertação controlada que permitem
sódio, por vezes responsável por edemas e hiper‑ eficácia terapêutica por intervalos de tempo mais
tensão, depende da sua actividade mineralocorti‑ prolongados.
cóide. Com excepção da aplicação tópica por períodos
Após um tratamento prolongado ou após doses curtos de uso, os corticosteróides interagem com
elevadas, é indispensável reduzir progressiva‑ vários medicamentos. Os AINEs aumentam o risco
mente a posologia. O tratamento prolongado pro‑ de hemorragias e ulceração gástrica. A rifampi-
voca uma atrofia adrenal que pode persistir por cina acelera o metabolismo dos corticosteróides
vários anos depois do fim do tratamento. A sus‑ com a consequente redução do efeito terapêutico;
pensão abrupta da medicação pode desencadear o mesmo se verifica com antiepilépticos (carba-
uma insuficiência aguda da suprarrenal, hipoten‑ mazepina, barbitúricos e fenitoína). Os antidia‑
324 Grupo 8 | 8.2. Corticosteróides
tais como perda de peso, fraqueza física e algumas imediatamente antes da injecção. É mais facil‑
vezes vómitos associados com acetonúria. mente administrada através de aparelhos de injecção
A maioria dos diabéticos de tipo 2 (não insu‑ SC (canetas) que contêm a insulina num reservatório
linodependentes) e que são obesos, podem ser (cartucho) e medem a dose necessária.
tratados com a restrição de hidratos de carbono, As seringas convencionais e as agulhas conti‑
mas que permita um certo consumo de energia, nuam contudo a ser preferidas por muitos doen‑
com actividade física satisfatória, e/ou com a admi‑ tes e por isso estão disponíveis insulinas para esta
nistração de medicamentos hipoglicemiantes. Nos utilização.
doentes não obesos e sem carência de insulina, As injecções SCs de insulina não causam pro‑
as medidas dietéticas podem resolver as situações. blemas, embora em alguns doentes obesos pos‑
De um modo geral, o regime dietético é estabele‑ sam ocorrer situações de lipodistrofia no local
cido de acordo com as necessidades e consumos da injecção. Para evitar que tal aconteça, deve
calóricos do diabético e constitui também uma recomendar‑se a rotação dos locais de injecção.
alternativa terapêutica. A insulina pode também ser administrada por
A selecção dos medicamentos deve ser feita em via IV ou por perfusão contínua, usando‑se uma
função do tipo da diabetes e da situação clínica bomba de perfusão, com insulina solúvel. Esta
do doente, não devendo, contudo, esquecer‑se as técnica ou outras em que se usam sistemas seme‑
recomendações sobre os cuidados alimentares, o lhantes, tem tido até agora pouca divulgação, por
exercício físico e os aspectos de higiene indivi‑ exigirem uma monitorização rigorosa da glucose
dual. no sangue e um aconselhamento médico relativa‑
As situações diabéticas diagnosticadas em crian‑ mente frequente.
ças necessitam de tratamento com insulina desde Os efeitos adversos da insulina podem ser
o seu início. metabólicos, imunológicos e locais. Para obter
um aumento na eficácia terapêutica da insulina
e diminuir os riscos da sua utilização os doentes
8.4.1. Insulinas devem ser devidamente informados dos cuidados
e preocupações com a sua medicação e tornados
A insulina desempenha no organismo um papel colaboradores, administrando a si próprios a insu‑
fundamental na regulação dos hidratos de car‑ lina. Deve haver uma preocupação especial com a
bono, lípidos e metabolismo proteico. administração de insulina nos doentes predispos‑
A insulina é uma hormona polipeptídica de tos a hipoglicemia, nos submetidos a terapêutica
estrutura complexa, extraída principalmente do com bloqueadores adrenérgicos beta e nos indi‑
pâncreas de porco e purificada por cristalização. víduos com doença coronária ou cerebrovascular,
Obtém‑se também biossinteticamente por tecno‑ assim como nos alcoólicos.
logia do ADN recombinante a partir da Escheri‑ Nas recomendações de utilização sobre o
chia coli ou semisinteticamente por modificação medicamento é importante informar sobre as
enzimática. Todas as preparações são em maior ou condições de conservação e sobre as exigências
menor extensão imunogénicas no Homem, mas de controlo da glicemia. Como consequência de
a resistência imunológica às acções da insulina é um mau seguimento da terapêutica podem surgir
rara. situações de hiperinsulinemia, hipoglicemia ou
As preparações disponíveis diferem quanto hiperglicemia.
à sua duração de acção, podendo esta ser pro‑ Para controlo da diabetes, em especial da
longada através do recurso a artifícios de crista‑ insulino‑dependente (Tipo 1) é importante reco‑
lização ou à fixação sobre uma proteína, como a mendar aos doentes a monitorização da concentra‑
protamina. De acordo com as características far‑ ção da glucose no sangue. A aplicação dos proces‑
macocinéticas, ou seja, consoante o seu início de sos de avaliação da glucose no sangue encontra‑se
acção, a sua duração de acção e o tempo neces‑ hoje muito facilitada pela variedade de aparelhos
sário para atingir a sua concentração máxima, as que se encontram disponíveis. Esta deve manter‑se
insulinas são classificadas em: insulinas de acção entre 4 e 9 mmol/litro (valores entre 4 a 7 mmol/
ultra‑rápida ou ultra‑curta, rápida ou de curta litro antes das refeições e abaixo de 9 mmol/litro
duração de acção, de acção intermédia, de longa depois da refeição). Para completar a monitoriza‑
duração de acção ou de acção lenta e ultralenta. ção os doentes devem ser submetidos à avaliação,
As de acção rápida existem em solução cristalina, no sangue, dos níveis de hemoglobina glicosilada
de absorção SC rápida e com um início de acção (HbA1c) com uma periodicidade de 4 a 6 meses e
30 a 45 minutos após a administração. Existe, no devendo o seu valor oscilar entre 4 a 7%.
entanto uma grande variabilidade inter e intraindi‑ A introdução da insulina humana sintética na
vidual quanto à sua cinética. As insulinas de acção terapêutica não resolveu por completo o problema
mais prolongada existem sob a forma de suspen‑ da imunogenicidade. Também a nova tecnologia
são, adicionadas de protamina, por forma a retar‑ usada na sua preparação não permitiu mudar a
dar a sua absorção. estrutura dos resíduos de aminoácidos que a
A insulina é inactivada pelas enzimas gastrintes‑ compõem, de modo a transformá‑la numa insu‑
tinais e por isso só administrada por injecção. A lina mais adequada à via SC. Contudo, deu lugar
via SC é a ideal por várias razões. Injecta‑se habitu‑ ao desenvolvimento de análogos da insulina que
almente na parte superior dos braços, coxas, ancas apresentam farmacocinética diferente da insulina
ou abdómen. Pode aumentar‑se a absorção nos humana regular, classificando‑os em insulina de
membros (superiores ou inferiores) se estes forem acção rápida, de acção intermédia e de acção pro‑
previamente sujeitos a um exercício enérgico, longada, como já se referiu anteriormente.
8.4. Insulinas, antidiabéticos orais e glucagom 329
Ind.: Diabetes mellitus; cetoacidose diabética. INSUMAN RAPID (MSRM); Sanofi Aventis (Alemanha)
R. Adv.: Vejam‑se as referências do texto atrás apre‑ Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 5 unid ‑ 3 ml; e 33,22
sentado (8.4.1.), tendo em atenção as reacções (e 2,2147); 100%
locais provocadas pelas injecções. Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 5 ml;
Contra‑Ind. e Prec.: Vejam‑se as referências do tex‑ e 6,23 (e 1,246); 100%
to atrás apresentado (8.4.1.). Reduzir a dose em INSUMAN RAPID (MSRM); Sanofi Aventis (Alemanha)
situações de IR. Doses elevadas podem provocar Sol. inj. ‑ Caneta pré‑cheia ‑ 5 unid ‑ 3 ml; e 32,55
hipoglicemia. (e 2,17); 100%
Interac.: Com os IECAs, bloqueadores adrenérgicos MIXTARD 30 PENFILL (MSRM); Novo Nordisk (Dina‑
beta, álcool, IMAO, testosterona, esteróides ana‑ marca)
bolizantes e salicilatos observa‑se potenciação dos Susp. inj. ‑ Cartucho ‑ 5 unid ‑ 3 ml; e 32,76
efeitos hipoglicemiantes. (e 2,184); 100%
Posol.: Por via SC, IM ou IV de acordo com a situação
clínica do doente. n INSULINA LISPRO
Análogo da Insulina humana de acção ultra
8.4.1.1. De acção curta rápida ou ultra curta. Administra‑se por via sub
‑cutânea imediatamente antes das refeições ou
Nas insulinas de acção curta incluem‑se as quando necessário imediamente depois, de
insulinas solúveis. Têm o início de acção entre acordo com as indicações do médico.
25‑35 minutos, a actividade máxima entre 3 a 5 Existem formulações de insulina lispro que
horas, terminando o seu efeito 6 a 8 horas após a podem associar este análogo da insulina humana
administração. com outras insulinas e permitem níveis de absor‑
Existem na terapêutica como análogos da insu- ção diferenciados e conhecidas por insulinas lis‑
lina humana, a insulina aspártico, a insulina gluli‑ pro bifásicas (V. subgrupo 8.4.1.2.).
sina e a insulina lispro, que apresentam um início
de acção mais rápido que as insulinas solúveis e Parentéricas ‑ 100 U.I./ml
podem ser administradas imediatamente antes de HUMALOG (MSRM); Eli Lilly (Holanda)
uma refeição, o que confere aos doentes maior Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 5 unid ‑ 3 ml; e 40,02
flexibilidade e liberdade nas actividades diárias. O (e 2,668); 100%
início de acção destes fármacos consegue‑se aos
5‑10 minutos, a concentração máxima aos 40‑60 8.4.1.2. De acção intermédia
minutos e a duração do efeito varia entre 2 a 4
horas. A insulina aspártico e a insulina lispro Nas insulinas de acção intermédia incluem‑se
podem ser usadas como alternativa à insulina as que têm um início de acção entre 1 a 2 horas,
solúvel em situações de emergência diabética e um efeito máximo de 4 a 12 horas e uma dura‑
em período de cirurgia. ção de acção que se prolonga de 16 a 35 horas,
consoante a preparação farmacêutica, o local de
n INSULINA ASPáRTICO injecção e as características individuais do doente.
Ind.: Análogo da Insulina humana preparada por Nelas se incluem a insulina isofânica (ou NPH
biotecnologia recombinante que apresenta ca‑ ‑ neutral protamine Hagedorn) e a insulina com
racterísticas de acção ultra rápida ou ultra curta. protamina. Após a administração SC, as enzimas
Administra‑se por via sub‑cutânea imediatamente proteoliticas degradam a protamina permitindo a
antes das refeições ou quando necessário imedia‑ absorção da insulina. Apresentam‑se sob a forma
tamente depois, de acordo com as indicações do de suspensão com um aspecto ligeiramente turvo,
médico. podendo formar um leve depósito, facto que jus‑
tifica a recomendação da sua agitação antes de ser
Parentéricas ‑ 100 U/ml administrada.
NOVORAPID PENFILL (MSRM); Novo Nordisk (Dina‑ A insulina isofânica é uma suspensão de insu‑
marca) lina com protamina que tem sido usada em situ‑
Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 5 unid ‑ 3 ml; e 41,5 ações particulares no início de regimes terapêuti‑
(e 2,7667); 100% cos de 2 administrações/dia.
Usualmente, a insulina com protamina, tradi‑
cional, é dada 1 vez/dia em conjunto com insulina
n INSULINA HUMANA solúvel de curta duração de acção.
Insulina solúvel ou regular. Existem ainda pré‑misturas de insulinas desig‑
nadas por insulinas bifásicas, que resultam da
Parentéricas ‑ 100 U.I./ml mistura em proporções variáveis de insulina de
ACTRAPID PENFILL (MSRM); Novo Nordisk (Dina‑ curta duração de acção com insulinas de acção
marca) intermédia e se apresentam como suspensões para
Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 5 unid ‑ 3 ml; e 32,76 administração SC.
(e 2,184); 100% Se em todas as situações a opção por deter‑
HUMULIN REGULAR (MSRM); Lilly minado tipo de insulina requer a interpretação
Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 5 unid ‑ 3 ml; e 30,92 cuidadosa dos dados clínicos e bioquímicos dos
(e 2,0613); 100% doentes, também aqui a selecção das proporções
330 Grupo 8 | 8.4. Insulinas, antidiabéticos orais e glucagom
redução da concentração de glucose no sangue. Posol.: Via oral: Em adultos 100 mg/dia (em combi‑
Deve ser usada em combinação com a metfor- nação com a metformina) de acordo com a res‑
mina ou com uma sulfonilureia se a metformina posta do doente.
não for aconselhável.
Orais sólidas ‑ 100 mg
Ind.: Apenas na terapêutica de combinação da diabe‑ JANUVIA (MSRM); MS&D (Reino Unido)
tes tipo 2 em doentes com controlo insuficiente Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
da glicemia quer com a metformina quer com uma e 28,17 (e 2,0121); 95%
sulfonilureia. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
R. Adv.: Perturbações gastrintestinais, cefaleias, fa‑ e 54,97 (e 1,9632); 95%
diga, aumento de peso, edema e hipoglicemia. XELEVIA (MSRM); MS&D (Reino Unido)
Menos frequentemente alopécia, parastesias, Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
dispneia e trombocitopenia. e 28,17 (e 2,0121); 95%
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
Contra‑Ind. e Prec.: Alteração hepática, IC. Gravi‑ e 54,97 (e 1,9632); 95%
dez e aleitamento.
Interac.: Com o álcool aumento do efeito hipogli‑
cemiante.
n VILDAGLIPTINA
Posol.: Via oral: Em combinação com a metformina É um fármaco anti‑hiperglicémico inibidor da
ou uma sulfonilureia 4 mg/dia. Com a metformina dipeptidil peptidase 4 (DPP‑4), enzima que reduz
pode‑se aumentar até 8 mg/dia depois de 8 sema‑ os níveis de hormonas incretinas activas. As incre‑
nas, de acordo com a resposta do doente. tinas fazem parte de um sistema endógeno envol‑
vido na regulação da homeostase da glucose. São
Orais sólidas ‑ 4 mg segregadas pelas células endócrinas do epítélio do
AVANDIA (MSRM); SmithKline Beecham (Reino Unido) intestino delgado, estimulam a síntese e a secre‑
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 7 unid; e 8,57 ção da insulina, inibem a secreção de glucagom e
(e 1,2243); 95% preservam a função das células Beta pancreáticas.
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid; Os fármacos inibidores da DPP‑4 constituem uma
classe inovadora de agentes orais para o trata‑
e 32,82 (e 1,1721); 95% mento da diabetes tipo 2 designados por gliptinas,
de entre as quais se conhecem com interesse tera‑
Orais sólidas ‑ 8 mg pêutico a sitagliptina e a vildagliptina.
AVANDIA (MSRM); SmithKline Beecham (Reino Unido)
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid; Ind.: Na diabetes mellitus tipo 2 em doentes com
e 50,09 (e 1,7889); 95% controlo insuficiente da glicemia em associação
com a metformina ou com uma tiazolidinediona
n SITAGLIPTINA quando a dieta e o exercício, associados à metfor‑
É um fármaco anti‑hiperglicémico inibidor da mina ou à tiazolidinediona, não proporcionam
dipeptidil peptidase 4 (DPP‑4), enzima que reduz um controlo adequado da glicemia.
os níveis de hormonas incretinas activas. As incre‑ R. Adv.: Perturbações gastrintestinais, edema peri‑
tinas fazem parte de um sistema endógeno envol‑ férico, infecções das vias respiratórias superiores,
nasofaringites. Menos frequentes: náuseas, tontu‑
vido na regulação da homeostase da glucose. São ras, anorexia, diminuição de peso, osteoartrose e
segregadas pelas células endócrinas do epítélio do hipoglicemia.
intestino delgado, estimulam a síntese e a secre‑ Contra‑Ind. e Prec.: Cetoacidose diabética; IR e IH;
ção da insulina, inibem a secreção de glucagom e IC. Gravidez e aleitamento.
preservam a função das células Beta pancreáticas. Interac.: Com o álcool aumento do efeito hipogli‑
Os fármacos inibidores da DPP‑4 constituem uma cemiante.
classe inovadora de agentes orais para o trata‑ Posol.: Via oral: Em adultos 100 mg/dia (em combi‑
mento da diabetes tipo 2 designados por gliptinas, nação com a metformina) de acordo com a res‑
de entre as quais se conhecem com interesse tera‑ posta do doente.
pêutico a sitagliptina e a vildagliptina
Orais sólidas ‑ 50 mg
Ind.: Na diabetes mellitus tipo 2 em doentes com GALVUS (MSRM); Novartis Europharm (Reino Unido)
controlo insuficiente da glicemia em associação Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 14,07 (e 1,005); 95%
com a metformina ou com uma tiazolidinediona Comp. ‑ Blister ‑ 56 unid; e 54,95 (e 0,9813);
quando a dieta e o exercício, associados à metfor‑ 95%
mina ou à tiazolidinediona não proporcionam um XILIARX (MSRM); Novartis Europharm (Reino Unido)
controlo adequado da glicemia. Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 13,36 (e 0,9543);
R. Adv.: Perturbações gastrintestinais, edema peri‑ 95%
férico, infecções das vias respiratórias superiores, Comp. ‑ Blister ‑ 56 unid; e 52,2 (e 0,9321); 95%
nasofaringites. Menos frequentes: náuseas, tontu‑
ras, anorexia, diminuição de peso, osteoartrose e 8.4.3. Glucagom
hipoglicemia.
Contra‑Ind. e Prec.: Cetoacidose diabética; IR e IH; O glucagom ou glicagina, como vulgarmente
IC. Gravidez e aleitamento. é designada, é uma hormona pancreática com
Interac.: Com o álcool aumento do efeito hipogli‑ acções várias, sendo as mais estudadas as da
cemiante. homeostase da glucose. Libertada para a corrente
8.5. Hormonas sexuais 339
sanguínea, tem uma acção ao nível do figado, ele‑ 8.5.1. Estrogénios e progestagénios
vando rapidamente a glicemia por mobilização do
glicogénio hepático. Os estrogénios naturais, estradiol, estrona e
Nas hipoglicemias graves é a produção desta estriol são hormonas que para além da sua acti‑
hormona que leva ao pronto restabelecimento da vidade ao nível dos órgãos sexuais femininos têm
glicemia, podendo evitar as lesões cerebrais da também indicação para o tratamento hormonal
hipoglicemia prolongada, pelo que se comporta de substituição. São pouco eficazes por via oral
como a hormona anti‑stress. É usada terapeutica‑ devido à sua rápida metabolização digestiva e
mente nessas situações. Induz também uma esti‑ hepática.
mulação e um aumento da calcitonina e do cálcio. Os estrogénios sintéticos, etinilestradiol, mes‑
Como todos os polipeptídeos, é uma substância tranol e dietilestibestrol, que se assemelham aos
alergizante. Actua ainda sobre a medula suprarre‑ naturais, condicionam, contudo, um aumento no
nal, provocando a libertação de adrenalina. risco de cancro do endométrio. São fármacos bem
Ainda que nas situações de hipoglicemia a admi‑ absorvidos através da pele e mucosas, pelo que a
nistração de glucose seja frequentemente usada, o sua aplicação local permite atingir concentrações
glucagom por via IV, SC ou IM é a alternativa em plasmáticas elevadas. A administração transdér‑
situações hipoglicémicas de emergência, em doen‑ mica está a ser muito utilizada na terapêutica de
tes diabéticos ou em coma por choque insulínico. substituição e tem demonstrado ser uma via eficaz
e segura.
n GLUCAGOM A terapêutica com estrogénios faz‑se de forma
Ind.: Em situações de hipoglicemia. cíclica ou contínua num número variado de situa‑
R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia, hipocaliemia e ções ginecológicas. Em terapias de longa duração
nalguns casos reacções de hipersensibilidade. é conveniente a associação de um progestagénio
Contra‑Ind. e Prec.: Em situações de feocromoci‑ para diminuir o risco de hiperplasia do endomé‑
toma, por conduzir à libertação de catecolaminas trio e possível aparecimento de cancro.
com a consequente subida da pressão arterial. Não devem ser administrados durante a gravi‑
Deve ser usado com prudência nos doentes com dez e aleitamento; nos carcinomas dependentes
história de insulinoma, porque pode surgir hipo‑ dos estrogénios; nas tromboflebites ou desor‑
glicemia por efeito da libertação de insulina de‑ dens tromboembólicas; nas afecções hepáticas ou
sencadeada pelo fármaco. hemorragias vaginais de causa desconhecida.
Interac.: Com os anticoagulantes. Em doses eleva‑ Desde há muitos anos que a eficácia dos estro‑
das potencia o efeito anticoagulante da varfarina. génios é reconhecida na prevenção dos sintomas
Posol.: [Adultos] ‑ Via injectável: 0,5 a 1 mg; repe‑ de instabilidade vasomotora e atrofia vaginal da
tir depois de 10 a 20 minutos se o doente não menopausa, na osteoporose pós‑menopausa, na
recuperar. menopausa precoce ou cirúrgica. Muitos dos sin‑
tomas atrás referidos aliviam‑se com doses baixas
Parentéricas ‑ 1 mg/1 ml de estrogénios e existe evidência clínica de que,
GLUCAGEN (MSRM); Novo Nordisk na mulher, são medicamentos úteis na preven‑
ção e diminuição da osteoporose. A controvérsia
Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
acerca da sua segurança recomenda que se use a
1 unid ‑ 1 ml; e 19,92 (e 19,92); 37% dose mínima eficaz, por um período não superior
a alguns anos, recomendando‑se ainda o exame
periódico do endométrio e da mama.
8.5. Hormonas sexuais A progesterona e os progestagénios exercem
a sua acção sequencialmente à acção prévia dos
A informação que se segue deve ser cruzada estrogénios e por isso se encontram muitas vezes
com a apresentada no grupo 7. e nos subgrupos associados a este grupo de compostos. Para além
sobre o cálcio e o fósforo (11.3.2.1.1. e 11.3.2.1.3., do seu uso possível como anticoncepcionais,
respectivamente). pode justificar‑se o seu emprego em alterações
No campo da actividade das gónadas e das menstruais como endometrioses, dismenorreias e
suas capacidades produtivas de hormonas sexuais metrorragias funcionais ou em situações de can‑
específicas, deve atender‑se não só ao seu efeito cro. Como efeitos indesejáveis citamos hepatoto‑
directo no organismo, mas também à interligação xicidade, tromboembolismo, náuseas, vómitos,
entre os mecanismos de produção das hormonas cefaleias, perturbações do equilíbrio, alterações
hipofisárias, hipotalâmicas e suprarrenais. As hor‑ da mucosa uterina e algumas acções androgéni‑
monas sexuais femininas, masculinas, assim como cas, tais como pigmentação da pele, hirsutismo e
os corticosteróides, apresentam uma via biossin‑ diminuição da líbido.
tética comum e uma semelhança molecular (são A progesterona é uma hormona natural, sem
todas compostos esteróides) que permite com‑ efeitos androgénicos, usada nas hemorragias ute‑
preender que na síntese de uma dessas hormonas rinas disfuncionais e no aborto repetido. Pode
se libertem compostos intermediários que consti‑ interferir com os testes da função tiroideia e com
tuem outras hormonas, e que uma glândula pro‑ as provas da função hepática.
dutora de um tipo de esteróides possa dar origem Nas mesmas situações clínicas apresentadas
a outro tipo de esteróides. Como exemplo, refira para o estradiol e progesterona usam‑se ainda
‑se a produção pelos testículos de estrona e estra- estrogénios conjugados, esterificados e associados
diol ou de esteróides androgénicos pelos ovários. a progestagénios.
340 Grupo 8 | 8.5. Hormonas sexuais
Orais sólidas ‑ Comp. cor‑de‑tijolo: Estradiol 2 mg; causar alterações nos testes da função tiroideia e
Comp. amarelo: Didrogesterona 10 mg + Estradiol da função hepática.
2 mg Posol.: Via transdérmica ou cutânea: 1 a 2 mg/dia em
FEMOSTON 2/10 (MSRM); Solvay Farma fracção única, de 1 a 3 semanas de acordo com a
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid (14 situação clínica, a resposta terapêutica e a forma
comp. laranja + 14 comp. amarelos); e 6,66 farmacêutica usada.
(e 0,2379); 37% Via oral: 2 mg/dia nos dias 1‑5 da hemorragia
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 84 unid (3 menstrual em alternância com o ciclo de proges‑
x (14 comp. laranja + 14 comp. amarelos)); tagénio de 12 a 14 dias.
e 16,71 (e 0,1989); 37%
Cutâneas e transdérmicas ‑ 1 mg/g
n DIENOGEST + VALERATO DE ESTRADIOL ESTREVA (MSRM); Lab. Theramex (Mónaco)
V. 8.5.1.1. e introdução das associações anterio‑ Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; e 5,22 (e 0,1044);
res. São aplicáveis as considerações da associação 0%
de um progestagénio ao estradiol.
Cutâneas e transdérmicas ‑ 25 µg/24 h
Posol.: Via oral.: 1 comprimido de 2 mg de dienogest DERMESTRIL 25 (MSRM); Lab. Delta
+ 2 mg de valerato de estradiol por dia durante Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 8 unid; e 5,42
28 dias. O tratamento é contínuo. (e 0,6775); 37%
Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 24 unid; e 13,25
Orais sólidas ‑ 2 mg + 2 mg (e 0,5521); 37%
CLIMODIEN (MSRM); Bayer DERMESTRIL‑SEPTEM 25 (MSRM); Lab. Delta
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 8,87 Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 4 unid; e 5,15
(e 0,3168); 37% (e 1,2875); 37%
Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 12 unid; e 12,93
n DROSPIRENONA + ESTRADIOL (e 1,0775); 37%
ESTRADERM MX 25 (MSRM); Novartis Farma
A drospirenona é um progestagénio sintético, Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 6 unid; e 6,7
com actividade antagonista da aldosterona, que se (e 1,1167); 37%
associa ao estradiol nesta formulação.
V. 8.5.1.1. e introdução das associações anterio‑ Cutâneas e transdérmicas ‑ 40 µg/24 h
res. São aplicáveis as considerações da associação ESTRAPATCH (MSRM); Pierre Fabre Dermo
de um progestagénio ao estradiol. ‑Cosmétique
Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 4 unid; e 6,41
Posol.: Via oral: 1 comprimido de 2 mg de drospire‑ (e 1,6025); 37%
nona + 1 mg de estradiol por dia durante 28 dias.
O tratamento é contínuo e sequencial. Cutâneas e transdérmicas ‑ 50 µg/24 h
CLIMARA (MSRM); Bayer
Orais sólidas ‑ 2 mg + 1 mg Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 4 unid; e 8,76
ANGELIQ (MSRM); Berlex (e 2,19); 37%
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 18,34 DERMESTRIL 50 (MSRM); Lab. Delta
(e 0,655); 0% Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 24 unid; e 16,46
(e 0,6858); 37%
n ESTRADIOL DERMESTRIL‑SEPTEM 50 (MSRM); Lab. Delta
Ind.: Na terapêutica hormonal de substituição. No Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 12 unid; e 16,96
tratamento da amenorreia primária, no atraso da (e 1,4133); 37%
puberdade, no controlo das perturbações vaso‑ ESTRADERM MX 50 (MSRM); Novartis Farma
motoras da pós‑menopausa. Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 6 unid; e 5,84
R. Adv.: Náuseas e vómitos, alterações de peso, ten‑ (e 0,9733); 37%
são mamária, retenção de sódio, hipercalcemia, ESTRADOT (MSRM); Novartis Farma
alterações na função hepática, cefaleias, enxaque‑ Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 8 unid; e 6,49
ca, depressão e vertigens; reacções cutâneas de (e 0,8113); 37%
hipersensibilidade nas formas farmacêuticas de FEMSETE (MSRM); Lab. Theramex (Mónaco)
aplicação transdérmica. Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 12 unid; e 16,87
Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com epilepsia, (e 1,4058); 37%
doença cardíaca e renal. Na gravidez, nos doentes
com história familiar ou pessoal de neoplasia da Cutâneas e transdérmicas ‑ 75 µg/24 h
mama ou do tracto genital, nas doenças trombo‑ DERMESTRIL‑SEPTEM 75 (MSRM); Lab. Delta
embólicas e cardiovasculares, na hemorragia vagi‑ Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 12 unid; e 16,96
nal, endometriose ou herpes genital. (e 1,4133); 37%
Interac.: Os estrogénios antagonizam os efeitos hi‑
potensores dos IECAs e outros anti‑hipertensores. Cutâneas e transdérmicas ‑ 100 µg/24 h
Com a rifampicina, os barbitúricos e os antiepilép‑ DERMESTRIL 100 (MSRM); Lab. Delta
ticos: por indução enzimática observa‑se a redu‑ Sistema transdérmico ‑ Saqueta ‑ 24 unid; e 20,44
ção da actividade dos estrogénios. Podem também (e 0,8517); 37%
342 Grupo 8 | 8.5. Hormonas sexuais
Posol.: Sistema transdérmico aplicado durante 1 se‑ Posol.: 2 mg/dia de estradiol (1 comprimido) duran‑
mana. Liberta cerca de 50 µg de estradiol/24 horas te 11 dias seguidos de 1 comprimido que associa
e cerca de 250 µg de noretisterona/24 horas. 2 mg de estradiol + 1 mg de medroxiprogeste‑
Via oral: 1 a 2 mg de estradiol e 0,5 mg de no‑ rona durante 10 dias. Interromper depois a toma
restisterona em sequência terapêutica, de acordo por 7 dias. Ocorre uma hemorragia de privação na
com as várias formulações disponíveis e com as semana de intervalo subsequente e depois iniciar
características da doente. novo ciclo de tratamento.
8.5. Hormonas sexuais 343
Orais sólidas ‑ Comp. branco: Estradiol, valerato LIVIAL (MSRM); Organon Portuguesa
2 mg; Comp. azul: Estradiol, valerato 2 mg + Me‑ Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 21,04 (e 0,7514); 0%
droxiprogesterona, acetato 10 mg
DILENA (MSRM); Organon Portuguesa 8.5.1.2. Anticoncepcionais
Comp. ‑ Blister ‑ 21 unid (11 comp. brancos + 10
comp. azuis); e 7,26 (e 0,3457); 37% A contracepção é um tema no qual competirá
ao médico prestar as informações adequadas à
n NORGESTREL + VALERATO DE situação concreta de cada utente, por forma a que,
ESTRADIOL
de posse desse conhecimento, ela venha a optar
V. 8.5.1.1. e introdução das associações anterio‑ pelo método mais indicado.
res. São aplicáveis as considerações da associação A diversidade dos métodos anticoncepcionais
de um progestagénio ao estradiol. existentes permite uma selecção que pode ser
influenciada não só pelas opções individuais, mas
Posol.: 2 mg /dia de estradiol (1 comprimido) duran‑ também pelas possíveis contra‑indicações ou efei‑
te 11 dias seguidos de 1 comprimido que associa tos laterais do método escolhido.
2 mg de estradiol + 0,5 mg de norgestrel duran‑ Nos medicamentos disponíveis identificados como
te 10 dias. Após os 21 dias de toma segue‑se um anticoncepcionais encontram‑se combinações de
intervalo de 7 dias livre de comprimidos. Ocorre estrogénios (etinilestradiol ou mestranol) com pro‑
uma hemorragia de privação na semana de inter‑ gestagénios, derivados da 17‑alfa‑hidroxiprogesterona
valo subsequente e depois iniciar novo ciclo de (dihidroprogesterona ou medroxiprogesterona) ou
tratamento. da 19‑nortestosterona (desogestrel, gestodeno, levo-
norgestrel ou linestrenol) e mais recentemente da
Orais sólidas ‑ Comp. branco: Estradiol, valerato espirolactona (drospirenona) que podem ser usados
2 mg; Comp. castanho claro: Estradiol, valerato isoladamente ou em associação com um estrogénio.
2 mg + Norgestrel 0.5 mg Estes medicamentos apresentam, para além da
PROGYLUTON (MSRM); Bayer diversidade na sua estrutura química, igual varie‑
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid (11 comp. brancos dade na dosagem dos componentes activos que
+ 10 comp. castanho claro); e 1,83 (e 0,0871); os constituem. Os seguimentos terapêuticos são
37% feitos por ciclos, iniciados de acordo com o ciclo
menstrual, podendo nalguns casos justificar‑se
n TIBOLONA uma pausa.
É um esteróide de síntese que combina pro‑ Entre os efeitos laterais, que por vezes desa‑
priedades progestagénicas e estrogénicas com parecem ao fim de alguns ciclos, atribuem‑se
uma actividade androgénica fraca, utilizado no tra‑ aos estrogénios: cefaleias, irritabilidade, fadiga,
tamento da sintomatologia vasomotora e atrófica náuseas, vómitos, cólicas abdominais, retenção
da pós‑menopausa que, por não produzir nenhum hídrica, congestão varicosa e ainda tensão mamá‑
estímulo endometrial, não provoca hemorragia ria. Aos progestagénios atribuem‑se: tendências
periódica. Está também indicado na profilaxia da depressivas, hirsutismo, diminuição da líbido,
osteoporose. aumento de peso e aparecimento de acne. Os
estrogénios podem aumentar o risco de litíase
Ind.: No tratamento dos sintomas vasomotores da biliar; os tumores benignos do fígado (hepatomas)
menopausa natural ou cirúrgica e na profilaxia da são raros mas de consequências graves.
osteoporose. O teor de estrogénios e progestagénios das pre‑
R. Adv.: Alterações no peso, edema dos tornozelos, parações provoca também modificações nos níveis
dermatite seborreica, hemorragia vaginal, dores plasmáticos de triglicerídeos e de lipoproteinas
abdominais, perturbações gastrintestinais, depres‑ de alta densidade. Ainda que menos frequentes,
são, artralgias e perturbações visuais. mas com gravidade, encontram‑se as alterações
Contra‑Ind. e Prec.: Deve usar‑se com cuidado cardiovasculares, como as tromboflebites e o risco
na IR, epilepsia, diabetes, hipercolesterolemia e de enfarte do miocárdio, que se agrava com o uso
doença tromboembólica. Contra‑indicado na gra‑ do tabaco.
videz, no aleitamento e nas doenças cardiovascu‑ Existem diferentes combinações de estrogénios
lares ou cerebrovasculares e na doença hepática. e progestagénios na tentativa de potenciar os efei‑
Interac.: Com a rifampicina e barbitúricos, que pro‑ tos anticoncepcionais e diminuir os seus efeitos
vocam indução enzimática, o seu metabolismo é laterais. Passamos a descrever as mais representa‑
mais intenso, pelo que deve considerar‑se a redu‑ tivas:
ção do efeito terapêutico que poderá verificar‑se. a) Combinações monofásicas: são as mais uti‑
Pode potenciar o efeito dos anticoagulantes. lizadas, mais eficazes e melhor toleradas. Contêm
Posol.: Via oral: 2,5 mg/dia. doses muito baixas de estrogénios (de 0,02 mg a
0, 15 mg) e de progestagénio. Administra‑se um
Orais sólidas ‑ 2.5 mg comprimido durante 21 dias a partir do 1º dia do
CLITAX (MSRM); Tecnimede início da menstruação. A administração seguinte
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 12,37 (e 0,6185); 0% começa 7 dias depois da última dose e neste perí‑
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 37,91 (e 0,6318); 0% odo ocorre hemorragia. Existem disponíveis no
GOLDAR (MSRM); Pentafarma mercado farmacêutico embalagens calendário e
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 12,37 (e 0,6185); 0% embalagens com comprimidos para um mês de
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 37,91 (e 0,6318); 0% tratamento ou seja três semanas com os anticon‑
344 Grupo 8 | 8.5. Hormonas sexuais
cepcionais e uma semana de medicação com ferro Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 5,93
ou com placebo, para 1 toma diária. (e 0,0941); 69% ‑ PR e 7,71
b) Combinações multifásicas: nestas, mantém DIANE 35 (MSRM); Berlifarma
‑se fixa a dose de estrogénios que se acompanha Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 4,83 (e 0,23);
de doses variáveis de progesterona ao longo do 69% ‑ PR e 3,15
ciclo menstrual. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 11,85
Nestas combinações o componente estrogénico (e 0,1881); 69% ‑ PR e 7,71
está associado a efeitos laterais que atrás referi‑
mos e que condicionam as opções, de acordo com n CLOROMADINONA + ETINILESTRADIOL
características fisiológicas e hábitos tabágicos da
mulher. Das várias associações de estrogénios e O acetato de cloromadinona é um progestagé‑
progestagénios como anticoncepcionais existem neo que apresenta actividade androgénica ao des‑
à disposição dos médicos várias formulações. É locar os androgéneos dos seus receptores e que
possível classificar estas misturas como de baixa em associação ao etinilestradiol tem efeitos na
eficácia e de eficácia normal, de acordo com a contracepção hormonal.
dosagem de etinilestradiol presente e considerando
‑se como limite de separação entre elas 25 g deste Ind.: Contraceptivo.
fármaco. Como alternativa aos contraceptivos combina‑ R. Adv.: Cefaleias, naúseas, vómitos; depressão, ir‑
dos foram apresentadas formulações só com proges‑ ritabilidade; tonturas, enxaqueca; fadiga, pernas
tagénios que apresentam algumas vantagens por pesadas; edema, aumento de peso; corrimento
intervenção no metabolismo dos hidratos de car‑ vaginal, dismenorreia.
bono, nas lipoproteínas séricas e na pele. Nestes Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento.Situ‑
produtos, a componente anti‑nidatória prevalece ações tromboembólicas e outras doenças vascu‑
sobre a que resulta em supressão da ovulação. lares. Doença hepática e pancreática. Usar com
Em situações de acne juvenil têm sido usadas precaução em mulheres diabéticas, hipertensas,
com eficácia terapêutica algumas delas. epilépticas, com depressão e enxaqueca.
Os anticoncepcionais ditos de emergência têm Interac.: Os indutores enzimáticos: antiepilépticos
a sua indicação nas 12 a 72 horas após a relação (barbitúricos, fenitoína, primidona, carbamazepi‑
sexual, sendo necessária particular atenção às res‑ na) rifampicina e griseofulvina reduzem‑lhe a efi‑
pectivas reacções adversas. cácia. Recomenda‑se cuidado também com produ‑
tos contendo hipericão; em mulheres fumadoras
n CIPROTERONA + ETINILESTRADIOL com mais de 35 anos deve usar‑se outros métodos
contraceptivos.
Ind.: Para além da indicação como anticoncepcional, Posol.: Via oral: toma diária de 1 comprimido 21
usa‑se em situações de acne feminino, refractária à dias, seguidos de 7 dias de pausa, durante a qual
terapêutica habitual. (V. Subgrupo 13.4.2.). se produz uma hemorragia de privação. Após os 7
R. Adv.: Cefaleias; perturbações gástricas, naúseas; dias de interrupção retomar a medicação. O início
tensão mamária; alterações do peso e da líbido. da terapêutica, sem uso prévio de qualquer con‑
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Pertur‑ traceptivo hormonal, deve ser feito no 1o dia da
bações da função hepática. Situações de trombo‑ menstruação.
embolismo. Deve usar‑se com precaução em mu‑
lheres diabéticas, hipertensas, epilépticas e com Orais sólidas ‑ 2 mg + 0.03 mg
antecedentes de flebite e varizes. BELARA (MSRM); Grünenthal
Interac.: Com fármacos indutores enzimáticos tais Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 21 unid; e 7,3
como barbitúricos, hidantoínas, fenilbutazona, (e 0,3476); 0%
rifampicina há redução da eficácia. Também os Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 63 unid;
produtos que contenham extractos vegetais de hi‑ e 21,9 (e 0,3476); 0%
pericão podem originar uma diminuição do efeito LIBELI (MSRM); Grünenthal
contraceptivo. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 21 unid; e 7,3
Posol.: Via oral : toma diária de 1 comprimido, du‑ (e 0,3476); 0%
rante 21 dias, intercalando‑se com 1 pausa de 7 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 63 unid;
dias, durante a qual se produz uma hemorragia e 21,9 (e 0,3476); 0%
de privação.
Na situação dermatológica a duração do tratamen‑ n DESOGESTREL
to dependerá da gravidade da situação clínica.
É um progestagénio altamente selectivo e com
Orais sólidas ‑ 2 mg + 0.035 mg baixa actividade androgénica.
CIPROTERONA + ETINILESTRADIOL GENERIS
(MSRM); Generis Ind.: Contraceptivo.
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 2,42 R. Adv.: Cefaleias, naúseas, aumento de peso, tensão
(e 0,1152); 69% ‑ PR e 3,15 mamária e hemorragias uterinas irregulares.
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 5,93 Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez. Doença hepática.
(e 0,0941); 69% ‑ PR e 7,71 Situações tromboembólicas. Hemorragia vaginal
CIPROTERONA + ETINILESTRADIOL RANBAXY não diagnosticada. No aleitamento, a produção e
(MSRM); Ranbaxy a qualidade do leite materno não são alteradas;
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 2,42 contudo devido aos metabolitos excretados, deve‑
(e 0,1152); 69% ‑ PR e 3,15 rá usar‑se com precaução.
8.5. Hormonas sexuais 345
Orais sólidas ‑ 0.02 mg + 0.075 mg diol 0.04 mg + Gestodeno 0.07 mg; Comp. branco:
ESTINETTE (MSRM); Lab. EFFIK Etinilestradiol 0.03 mg + Gestodeno 0.1 mg
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 2,77 TRI‑GYNERA (MSRM); Bayer
(e 0,1319); 69% ‑ PR e 3,82 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid (1 x (6 comp.
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 7,92 bege + 5 comp. castanhos + 10 comp. brancos)
(e 0,1257); 69% ‑ PR e 11,32 PVC/Alu); e 4,55 (e 0,2167); 69%
ETINILESTRADIOL + GESTODENO GENERIS Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid (3 x (6 comp.
(MSRM); Generis bege + 5 comp. castanhos + 10 comp. brancos)
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 2,77 PVC/Alu); e 11,6 (e 0,1841); 69%
(e 0,1319); 69% ‑ PR e 3,82 TRI‑MINULET (MSRM); Wyeth Lederle
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 7,69 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid (6 comp. beige +
(e 0,1221); 69% ‑ PR e 11,32 5 comp. castanhos + 10 comp. brancos); e 4,55
HARMONET (MSRM); Wyeth Lederle (e 0,2167); 69%
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 5,53
(e 0,2633); 69% ‑ PR e 3,82 n ETINILESTRADIOL + LEVONORGESTREL
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 14,09 V. Introdução (8.5.1.2.) Anticoncepcionais e as
(e 0,2237); 69% ‑ PR e 11,32 monografias anteriores.
MINIGESTE (MSRM); Bayer
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 5,53 Posol.: 1 comprimido com etinilestradiol + levo‑
(e 0,2633); 69% ‑ PR e 3,82 norgestrel, em dosagem seleccionada pelo mé‑
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 14,09 dico de acordo com as características da mulher,
(e 0,2237); 69% ‑ PR e 11,32 durante 21 dias, a iniciar no 1o dia da hemorragia
menstrual. Depois de 7 dias de intervalo retomar
Orais sólidas ‑ 20 µg + 75 µg a medicação.
ETINILESTRADIOL + GESTODENO ACTAVIS
(MSRM); Actavis (Islândia) Orais sólidas ‑ 0.02 mg + 0.1 mg
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 2,68 MIRANOVA (MSRM); Bayer
(e 0,1276); 69% ‑ PR e 3,82 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 5,41
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 7,45 (e 0,2576); 69%
(e 0,1183); 69% ‑ PR e 11,32
Orais sólidas ‑ 0.03 mg + 0.15 mg
MICROGINON (MSRM); Bayer
Orais sólidas ‑ 0.03 mg + 0.075 mg Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 1,94
EFFIPLEN (MSRM); Lab. EFFIK (e 0,0924); 69%
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 2,51
(e 0,1195); 69% ‑ PR e 4,02 Orais sólidas ‑ 0.05 mg + 0.25 mg
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 5,69 TETRAGYNON (MSRM); Bayer
(e 0,0903); 69% ‑ PR e 9,1 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 3,53 (e 0,8825);
ETINILESTRADIOL + GESTODENO GENERIS 0%
(MSRM); Generis
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 2,81 Orais sólidas ‑ Comp. castanho claro: Etiniles‑
(e 0,1338); 69% ‑ PR e 4,02 tradiol 0.03 mg + Levonorgestrel 0.05 mg; Comp.
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 6,37 branco: Etinilestradiol 0.04 mg + Levonorgestrel
(e 0,1011); 69% ‑ PR e 9,1 0.075 mg; Comp. ocre: Etinilestradiol 0.03 mg +
GYNERA (MSRM); Bayer Levonorgestrel 0.125 mg
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 5,02 (e 0,239); TRINORDIOL (MSRM); Wyeth Lederle
69% ‑ PR e 4,02 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid (1 x (6 comp. cas‑
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 11,37 tanhos + 5 comp. brancos + 10 comp. ocre));
(e 0,1805); 69% ‑ PR e 9,1 e 2,33 (e 0,111); 69%
MINULET (MSRM); Wyeth Lederle
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 5,02 (e 0,239); n ETINILESTRADIOL + NORELGESTROMINA
69% ‑ PR e 4,02 Apresenta‑se na forma de sistema transdérmico,
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 11,37 para aplicação no primeiro dia da menstruação. O
(e 0,1805); 69% ‑ PR e 9,1 dia em que é aplicado o primeiro sistema deter‑
mina as mudanças subsequentes que serão no
Orais sólidas ‑ 30 µg + 75 µg 8o e 15o. Ao 22o dia retirar e deixar uma semana
ETINILESTRADIOL + GESTODENO ACTAVIS sem aplicação. Recomeça com nova aplicação uma
(MSRM); Actavis (Islândia) semana depois, seguindo‑se as aplicações que
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 21 unid; e 2,43 atrás se indicaram.
(e 0,1157); 69% ‑ PR e 4,02 Ao substituir um sistema contraceptivo oral,
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 63 unid; e 5,51 combinado ou somente com uma progesterona,
(e 0,0875); 69% ‑ PR e 9,1 deve ter‑se em atenção os desequilíbrios hormo‑
nais e chamar a atenção para a possível ineficácia
Orais sólidas ‑ Comp. beige: Etinilestradiol 0.03 mg do método. Às utilizadoras deve recomendar‑se a
+ Gestodeno 0.05 mg; Comp. castanho: Etinilestra‑ verificação diária da adesividade do sistema.
8.5. Hormonas sexuais 347
n NOMEGESTROL n PROMEGESTONA
Ind.: Alterações menstruais, hemorragias uterinas É um progestagénio usado nas perturbações
funcionais da pré‑menopausa e síndrome pré menstruais, na síndrome pré‑menstrual, masto‑
‑menstrual. dinia e na menopausa. Contra‑indicada na IH, na
R. Adv.: Cefaleias e ou perturbações oculares. Se diabetes, gravidez e antecedentes de tromboflebi‑
surgirem estes sintomas deve interromper‑se o tes. O seu uso durante o aleitamento e a existência
tratamento. de hemorragias uterinas obriga a uma vigilância
Contra‑Ind. e Prec.: Na gravidez, na hipertensão ou mais atenta da doente. Por via oral administra‑se
em doentes com antecedentes de tromboflebites. 0,125 a 0,5 mg entre o 16o e o 25o dia do ciclo.
Posol.: Via oral: em dosagem selccionada pelo médi‑
co e adequada á situação clínica da doente. Orais sólidas ‑ 0.25 mg
SURGESTONE (MSRM); Sanofi Aventis
Orais sólidas ‑ 5 mg Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 9,84 (e 0,492); 37%
LUTENYL (MSRM); Lab. Theramex (Mónaco)
Comp. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 4,84 (e 0,484); 37% Orais sólidas ‑ 0.5 mg
SURGESTONE (MSRM); Sanofi Aventis
n NORETISTERONA Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 13,06 (e 0,653); 37%
É um progestagénio com fracas propriedades
estrogénicas e androgénicas, usado no tratamento 8.5.2. Androgénios e anabolizantes
da amenorreia, hemorragia funcional uterina e na
endometriose. Antes de se iniciar, a mulher deve Os androgénios realizam ao longo das várias
efectuar um exame ginecológico e mamário minu‑ etapas da vida funções distintas. Na fase intra
cioso e deve excluir‑se a existência de gravidez. A ‑uterina virilizam o tracto urogenital do embrião
administração simultânea e regular de barbitúri‑ masculino. Na puberdade promovem as caracte‑
cos, fenitoína, rifampicina e fenilbutazona pode rísticas sexuais masculinas. O seu uso principal
reduzir, por indução enzimática, a eficácia do fár‑ está ligado, no sexo masculino, à reparação das
maco. A posologia pode variar de 5 a 25 mg/dia de deficiências androgénicas do desenvolvimento ou
acordo com a situação clínica. manutenção das características sexuais.
Estão indicados no hipogonadismo primário
Orais sólidas ‑ 10 mg quando existe uma produção testicular deficiente
PRIMOLUT NOR (MSRM); Bayer das hormonas androgénicas. Quando o hipogona‑
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 2,41 (e 0,1205); 37% dismo se deve a um défice hipofisário, prefere‑se
o tratamento com gonadotrofinas hipofisárias ou
n PROGESTERONA coriónicas.
Os esteróides androgénicos (testosterona,
Ind.: Endometriose, dismenorreias, metrorragias metiltestosterona e fluoximesterona) são usados
funcionais ou em situações de cancro. Aplica‑se pela sua grande actividade androgénica. São indi‑
também localmente, em certas formas de masto‑ cadas como terapêutica de substituição no hipogo‑
patia fibrocística, na forma de gel. nadismo masculino; não aumentam a espermato‑
R. Adv.: Para além das descritas acima, ainda se pode génese nem a potência sexual no homem normal.
verificar acne, urticária, alterações do peso, de‑ São também usados em certas anemias aplásticas.
pressão, insónia e alopécia. A desidroepiandrosterona (prasterona) é o pre‑
Contra‑Ind. e Prec.: Diabetes, enxaqueca, epilep‑ cursor das hormonas sexuais masculinas e femini‑
sia, hipertensão e doença cardíaca. Deve evitar‑se nas de 19 átomos de carbono. Dada a sua inespe‑
nas alterações hepáticas, renais e no aleitamento. cificidade e ausência de eficácia comprovada, não
Está contra‑indicada nas hemorragias vaginais não se recomenda a sua utilização.
diagnosticadas e na porfiria hepática. O fármaco mais representativo é a testoste-
Interac.: Com a rifampicina e barbitúricos, que pro‑ rona e ainda que seja bem absorvida por via oral
vocam indução enzimática e metabolismo mais é pouco eficaz por esta via, devido ao facto de
intenso, pelo que deve ter‑se em conta a redução sofrer um efeito importante na primeira passagem
do efeito terapêutico. Inibe o metabolismo da ci‑ pelo fígado e ser inactivada com grande rapidez.
closporina, elevando os níveis plasmáticos desta. É também rapidamente metabolizada por via
Posol.: Via oral : 100 a 200 mg/dia repartidos em 2 parentérica pelo que se procuraram compostos
tomas, de manhã e à noite. Na amenorreia: dose de síntese para prolongar a actividade, melhorar a
de 5 a 10 mg/dia, 6 a 8 dias, a iniciar antes do biodisponibilidade oral e seleccionar a actividade
início previsto da menstruação. Na hemorragia anabolizante, dissociando‑a da acção androgénica
uterina: 5 a 10 mg/dia, por 6 dias ou 1 dose única virilizante. Contudo, a dissociação entre o efeito
de 50 a 100 mg de acordo com a situação clínica. androgénico e anabolizante é sempre parcial e
variável segundo as preparações farmacêuticas e
Orais sólidas ‑ 100 mg as doses que se utilizam. Mais recentemente foram
UTROGESTAN (MSRM); Jaba Recordati apresentados para implantação SC «pellets» de
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 15 unid; e 3 (e 0,2); 37% testosterona que podem ser aplicados com injec‑
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,87 (e 0,2145); tor adequado ou com incisão cirúrgica na região
37% infraescapular ou na linha axilar posterior.
8.5. Hormonas sexuais 349
Interac.: Com os anticoagulantes e com os corticos‑ Posol.: Via IM ou SC de acordo com a situação clí‑
teróides. nica e a resposta do doente. A dosagem e os regi‑
Posol.: Via SC de acordo com a respostas dos doen‑ mes posológicos são muito variáveis e devem ser
tes, doses de 75 a 225 UI/dia e durante 5 a 20 dias, cuidadosamente individualizados em função da
de acordo com a situação clínica. situação clínica, da idade e das características do
doente. Podem variar entre 500 a 10.000 UI/dia.
Parentéricas ‑ 50 U.I./0.5 ml
PUREGON (MSRM restrita ‑ Alínea b) do Artigo 118o Parentéricas ‑ 0.25 mg/0.5 ml
do D.L. 176/2006); Organon (Holanda) OVITRELLE (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o
Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 0,5 ml; do D.L. 176/2006); Serono Europe (Reino Unido)
e 23,92 (e 23,92); 37% Sol. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 1 unid ‑ 0,5 ml;
e 47,13 (e 47,13); 0%
Parentéricas ‑ 100 U.I./0.5 ml
PUREGON (MSRM restrita ‑ Alínea b) do Artigo 118o Parentéricas ‑ 1500 U.I./1 ml
do D.L. 176/2006); Organon (Holanda) PREGNYL (MSRM); Organon Portuguesa
Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 0,5 ml; Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Ampola ‑ 3 unid ‑ 1 ml;
e 47,79 (e 47,79); 37% e 5,86 (e 1,9533); 37%
Parentéricas ‑ 300 U.I./0.36 ml Parentéricas ‑ 5000 U.I./1 ml
PUREGON (MSRM restrita ‑ Alínea b) do Artigo 118o PREGNYL (MSRM); Organon Portuguesa
do D.L. 176/2006); Organon (Holanda) Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Ampola ‑ 3 unid ‑ 1 ml;
Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 1 unid ‑ 0,36 ml; e 139,59 e 14,55 (e 4,85); 37%
(e 139,59); 37%
n LUTROPINA ALFA
Parentéricas ‑ 600 U.I./0.72 ml
PUREGON (MSRM restrita ‑ Alínea b) do Artigo 118o Ind.: Na produção de hormona luteinizante e da hor‑
do D.L. 176/2006); Organon (Holanda) mona estimulante do folículo em mulheres com
Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 1 unid ‑ 0,72 ml; e 279,18 insuficiência grave na produção destas hormonas.
(e 279,18); 37% Usa‑se a hormona luteinizante humana recombi‑
nante em associação com uma preparação de hor‑
Parentéricas ‑ 900 U.I./1.08 ml mona estimulante do folículo.
PUREGON (MSRM restrita ‑ Alínea b) do Artigo 118o R. Adv.: Possíveis reacções no local da injecção; ce‑
do D.L. 176/2006); Organon (Holanda) faleias e sonolência; náuseas, vómitos e dor ab‑
Sol. inj. ‑ Cartucho ‑ 1 unid ‑ 1,23 ml; e 405,87 dominal.
(e 329,9756); 37% Contra‑Ind. e Prec.: Em situação de hipersensibili‑
dade às gonadotropinas; carcinoma do útero, ová‑
n GONADOTROPINA CORIóNICA rio ou mama e ainda em tumores do hipotálamo
e da hipófise.
Tem actividade biológica semelhante à hor‑ Interac.: Não deve ser misturada com outros fárma‑
mona luteinizante, é segregada pela placenta e cos na mesma seringa com excepção da folitropi‑
pelos tumores trofoblásticos. Actua no início e na na alfa.
regulação da gametogénese, regulando a matura‑ Posol.: Injecção SC em associação com a hormona
ção do folículo e a formação do corpo amarelo no estimulante do folículo. O regime posológico
ovário; na espermatogénese e no desenvolvimento inicia‑se com a dose diária de 75 UI de lutropina
do tecido intersticial do testículo. alfa associada a 75‑125 UI de folitropina e ajustado
de acordo com a resposta da doente.
Ind.: Em ginecologia para produção do pico pré
‑ovulatório da hormona luteinizante (LH) na Parentéricas ‑ 75 U.I./1 ml
indução da ovulação e no atraso da puberdade; LUVERIS (MSRM restrita ‑ Alínea b) do Artigo 118o do
no sexo masculino, para estimular a produção da D.L. 176/2006); Serono Europe (Reino Unido)
testosterona endógena. Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
R. Adv.: Aparecimento de edemas (particularmente 1 unid ‑ 1 ml; e 50,75 (e 50,75); 37%
nos homens, aconselhando‑se em tais situações Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
redução da posologia); cefaleias e alteração do 3 unid ‑ 1 ml; e 132,19 (e 44,0633); 37%
humor; ginecomastia; reacções alérgicas. Com do‑
ses elevadas existe, nos jovens, a possibilidade de
puberdade precoce. n MENOTROPINA
Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com IC ou IR, Gonadotropina da urina de mulheres pós
doentes asmáticos, epilépticos ou com enxaque‑ ‑menopausa, contendo quantidades aproximada‑
ca usar com precaução. Está contra‑indicada em mente iguais de FSH e LH.
doentes com puberdade precoce, carcinoma da V. Gonadotropina coriónica.
próstata ou outras neoplasias dependentes de
androgéneos. Parentéricas ‑ 75 U.I./1 ml
Interac.: Com os anticoagulantes orais recomenda MENOPUR (MSRM); Ferring Portuguesa
‑se cuidado por variações nas concentrações plas‑ Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
máticas. 5 unid ‑ 2 ml; e 122,99 (e 24,598); 37%
352 Grupo 8 | 8.7. Anti‑hormonas
n ACECLOFENAC n DICLOFENAC
Ind.: V. Introdução (9.1.2.). Ind.: V. Introdução (9.1.2.).
R. Adv.: V. Introdução (9.1.2.). R. Adv.: V. Introdução (9.1.2.).
Contra‑Ind. e Prec.: Porfiria. V. Introdução (9.1. e Contra‑Ind. e Prec.: Porfiria. V. Introdução (9.1. e
9.1.2.). 9.1.2.).
Interac.: Não se aplica. Interac.: Não se aplica.
Posol.: Via oral: 100 mg, 1 a 2 vezes/dia. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 50 a 150 mg/dia; Via IM:
75 mg/dia, dois ou três dias; Via rectal: 100 mg/
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 100 mg dia; Via IV: na cólica renal, 75 mg e se necessário
AIRTAL (MSRM); Almirall mais 75 mg após meia hora.
Pó p. susp. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 6,45 [Crianças] ‑ No tratamento da artrite crónica ju‑
(e 0,3225); 69% venil. De 1 a 12 anos: 1 a 3 mg/Kg/dia em 2 tomas.
356 Grupo 9 | 9.1. Anti‑inflamatórios não esteróides
Orais sólidas ‑ 300 mg Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 150 ml; 0%
SERACTIL (MSRM); Jaba Recordati TRIFENE (MSRM); Lab. Medinfar
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 5,66 Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 1,96
(e 0,1887); 69% (e 0,0098); 69% ‑ PR e 1,51
Orais sólidas ‑ 400 mg Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 200 mg
S ERACTIL (MSRM); Jaba Recordati KIFEN (MNSRM);
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 6,94 Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
(e 0,2313); 69% TRIFENE DISPERSíVEL (MNSRM); Lab. Medinfar
Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
n FENBUFENO
Ind.: V. Introdução (9.1.3.). Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 400 mg
R. Adv.: V. Introdução (9.1.3.). NORVECTAN 400 (MSRM); Lab. Aplic. Farmacodina‑
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.3.). micas
Interac.: V. Introdução (9.1.3.). Determina incidên‑ Pó p. susp. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,72
cia mais elevada de exantemas. (e 0,286); 0%
Posol.: Via oral: 300 mg, 2 a 3 vezes/dia. SPIDIFEN (MSRM); Zambon
Granulado p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 3,5
Orais sólidas ‑ 300 mg (e 0,175); 69%
BASIFEN (MSRM); Lab. Basi
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 10,07 (e 0,1678); 69% Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 600 mg
NORVECTAN 600 (MSRM); Lab. Aplic. Farmacodina‑
n FLURBIPROFENO micas
Pó p. susp. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 8,17
Ind.: V. Introdução (9.1.3.). (e 0,4085); 0%
R. Adv.: V. Introdução (9.1.3.). SPIDIFEN (MSRM); Zambon
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.3.). Granulado p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 4,67
Interac.: Não se aplica. (e 0,2335); 69%
Posol.: Via oral: 50 a 100 mg, 1 a 2 vezes/dia.
Orais sólidas ‑ 200 mg
Orais sólidas ‑ 100 mg BRUFEN (MNSRM); Abbot
FROBEN (MSRM); Abbot Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,03 e 2,08 (e 0,104); 69% ‑ PR e 0,88
(e 0,2515); 69% Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,57 e 5,09 (e 0,0848); 69% ‑ PR e 2,35
(e 0,2095); 69% BRUFEN (MNSRM); Abbot
Granulado efervescente ‑ Saqueta ‑ 20 unid; 0%
Orais sólidas ‑ 200 mg DOLOCYL (MNSRM);
F ROBEN SR (MSRM); Abbot Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
Cáps. libert. modif. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 12,47 IBUPROFENO RATIOPHARM 200 MG COMPRIMI‑
(e 0,4157); 69% DOS REVESTIDOS (MSRM); Ratiopharm
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 0,88 (e 0,044);
n IBUPROFENO 69% ‑ PR e 0,88
Ind.: V. Introdução (9.1.3.). Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 2,35
R. Adv.: V. Introdução (9.1.3.). (e 0,0392); 69% ‑ PR e 2,35
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.3.). MOMENT 200 (MNSRM); Angelini
Interac.: Não se aplica. Comp. revest. ‑ Blister ‑ 12 unid; 0%
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 a 800 mg, 2 a 3 ve‑ NUROFEN (MNSRM); Reckitt
zes/dia. Cáps. mole ‑ Blister ‑ 16 unid; 0%
[Crianças] ‑ No tratamento da artrite crónica ju‑ OZONOL (MNSRM); GSK Cons. Healthcare
venil: > 7 kg: 30 a 40 mg/Kg/dia, em três a quatro Comp. revest. ‑ Blister ‑ 12 unid; 0%
tomas. SOLUFEN (MNSRM); Lab. Azevedos
No tratamento da febre e da dor: > 7 kg: 20 a Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
30 mg/Kg/dia, em três a quatro tomas; 1‑2 anos: TRICALMA (MNSRM); Generis
50 mg, 3‑4 vezes/dia; 3‑7 anos: 100 mg, 3‑4 vezes/ Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
dia; 8‑12 anos: 200 mg, 3‑4 vezes/dia. TRIFENE 200 (MNSRM); Lab. Medinfar
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 20 mg/ml ZIP‑A‑DOL (MNSRM); Labialfarma
BRUFEN SUSPENSãO (MSRM); Abbot Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 2,32
(e 0,0116); 69% ‑ PR e 1,51 Orais sólidas ‑ 400 mg
IBUPROFENO GENERIS 20 MG/ML SUSPENSãO BRUFEN (MSRM); Abbot
ORAL (MSRM); Generis Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 1,51 e 3,53 (e 0,1765); 69% ‑ PR e 1,65
(e 0,0076); 69% ‑ PR e 1,51 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid;
NUROFEN (MNSRM); Reckitt e 7,86 (e 0,131); 69% ‑ PR e 4,24
9.1. Anti‑inflamatórios não esteróides 359
NAPROXENO GERMED (MSRM); Germed metacina, mais potente, que determina menor in‑
Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 10 unid; e 2,09 cidência de efeitos indesejáveis.
(e 0,209); 69% ‑ PR e 2,92 Contra‑Ind. e Prec.: Porfiria; doença inflamatória
Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,33 intestinal; úlcera activa. Gravidez e aleitamento.
(e 0,1555); 69% ‑ PR e 13,33 Interac.: Podem aumentar as concentrações plas‑
NAPROXENO GP 500 MG COMPRIMIDOS GASTROR‑ máticas de lítio, da digoxina e do metotrexato.
RESISTENTES (MSRM); gp Podem interferir com o efeito dos diuréticos e de
Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,04 anti‑hipertensores.
(e 0,202); 69% ‑ PR e 5,23
Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,33 n ACEMETACINA
(e 0,1555); 69% ‑ PR e 13,33
REUXEN (MSRM); Tecnifar Ind.: V. Introdução (9.1.5.).
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 7,64 (e 0,382); R. Adv.: V. Introdução (9.1.5.).
69% ‑ PR e 5,73 Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.5.).
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 21,76 Interac.: V. Introdução (9.1.5.).
(e 0,3627); 69% ‑ PR e 14,32 Posol.: Via oral: 60 a 90 mg, 1 a 2 vezes/dia.
Rectais ‑ 250 mg Orais sólidas ‑ 60 mg
NAPROSYN (MSRM); Roche RANTUDIL (MSRM); Bialfar
Supositório ‑ Fita termossoldada ‑ 12 unid; e 4,13 Cáps. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 5,05 (e 0,505); 69%
(e 0,3442); 69% Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 16,3 (e 0,2717); 69%
REUXEN (MSRM); Tecnifar
Supositório ‑ Fita termossoldada ‑ 12 unid; e 4,13 Orais sólidas ‑ 90 mg
(e 0,3442); 69% RANTUDIL 90 RETARD (MSRM); Bialfar
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 24,33
Rectais ‑ 500 mg (e 0,4055); 69%
NAPROSYN (MSRM); Roche
Supositório ‑ Fita termossoldada ‑ 12 unid; e 6,02
(e 0,5017); 69% n ETODOLAC
REUXEN (MSRM); Tecnifar Ind.: V. Introdução (9.1.5.).
Supositório ‑ Fita termossoldada ‑ 12 unid; e 6,02 R. Adv.: V. Introdução (9.1.5.).
(e 0,5017); 69% Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.5.).
Interac.: V. Introdução (9.1.5.).
9.1.4. Derivados pirazolónicos Posol.: Via oral: 400 a 800 mg/dia.
n BENZIDAMINA n CETOPROFENO
Ind.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). Ind.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.).
R. Adv.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). R. Adv.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.).
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.10.); Uso Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.10.); Uso
tópico (9.1.). tópico (9.1.).
Interac.: Não se aplica. Interac.: V. Introdução (9.1.10.).
Posol.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). Posol.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.).
Cutâneas e transdérmicas ‑ 30 mg/g Cutâneas e transdérmicas ‑ 20 mg
OMEN (MNSRM); Angelini
M EPLAT (MNSRM); Hisamitsu (Reino Unido)
K
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0% Emplastro medicamentoso ‑ Saqueta ‑ 7 unid; 0%
TANTUM (MNSRM); Angelini
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0% Cutâneas e transdérmicas ‑ 25 mg/g
TANTUM (MNSRM); Angelini FASTUM (MNSRM); A. Menarini
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0% Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
PROFENID (MNSRM); Lab. Vitória
n BUFEXAMAC Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
Ind.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.).
R. Adv.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). n DICLOFENAC
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.10.); Uso Ind.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.).
tópico (9.1.). R. Adv.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.).
Interac.: Não se aplica. Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.10.); Uso
Posol.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). tópico (9.1.).
Interac.: V. Introdução (9.1.10.).
Cutâneas e transdérmicas ‑ 50 mg/g Posol.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.).
P ARFENAC (MNSRM); Home Products
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; 0% Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g
AGESIL (MNSRM); Lab. Basi
D
n CâNFORA + MENTOL + SALICILATO DE Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
METILO E OUTRAS ASSOCIAçõES
DICLOFENAC BLUEPHARMA (MNSRM); Bluepharma
Ind.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). Genéricos
R. Adv.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
Contra‑Ind. e Prec.: V. Introdução (9.1.10.); Uso DICLOFENAC GENERIS 10 MG/G GEL (MNSRM);
tópico (9.1.). Generis
Interac.: Não se aplica. Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
Posol.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). DICLOFENAC SANDOZ 10 MG/G GEL (MNSRM);
Sandoz
Cutâneas e transdérmicas ‑ Capsicum, extracto flui‑ Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
do 3 mg/g + Cânfora 8 mg/g + Dietilamina, salici‑ FENIL‑V GEL (MNSRM); Lab. Vitória
lato 50 mg/g + Nicotinato de benzilo 2 mg/g Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
MEDALGINAN (MNSRM); Lab. Medinfar FENIL‑V GELCREME (MNSRM); Lab. Vitória
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0% Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
OLFEN (MNSRM); Mepha
n CAPSAíCINA Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
Ind.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). PAINEX (MNSRM); Confar
R. Adv.: Sensação de queimadura e eritema(9.1.10.); Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
Uso tópico (9.1.). VOLTADOL (MNSRM); Novartis C.H. - Nutrição
Contra‑Ind. e Prec.: Não aplicar em pele lesionada. Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 60 g; 0%
Evitar o contacto com os olhos. Lavar as mãos com VOLTAREN EMULGEL (MNSRM); Novartis C.H. - Nutrição
água fria após a aplicação. (9.1.10.); Uso tópico Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0%
(9.1.). Gel ‑ Recipiente pressurizado ‑ 1 unid ‑ 100 ml; 0%
Interac.: V. Introdução (9.1.10.).
Posol.: V. Introdução (9.1.10.); Uso tópico (9.1.). Cutâneas e transdérmicas ‑ 40 mg/g
DICLOSPRAY (MNSRM); Sanofi Aventis
Cutâneas e transdérmicas ‑ 0.25 mg/g Sol. p. pulv. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 25 g; 0%
EODOR (MSRM); Neo‑Farmacêutica
N
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 4,11 (e 0,137); Cutâneas e transdérmicas ‑ 140 mg
37% OLFEN (MNSRM); Mepha
Emplastro medicamentoso ‑ Saqueta ‑ 2 unid; 0%
Cutâneas e transdérmicas ‑ 4.8 mg Emplastro medicamentoso ‑ Saqueta ‑ 10 unid; 0%
ANSAPLAST EMPLASTRO TéRMICO (MNSRM);
H
Beiersdorf (Alemanha) Orais sólidas ‑ 12.5 mg
Emplastro medicamentoso ‑ Saqueta ‑ 1 unid; 0% VOLTAREN 12,5 (MNSRM);
Emplastro medicamentoso ‑ Saqueta ‑ 2 unid; 0% Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
9.1. Anti‑inflamatórios não esteróides 369
Mais recentemente foram introduzidos fár‑ te longamente (até 2 anos) sendo necessário asse‑
macos que interferem com o factor de necrose gurar contracepção eficaz, quer no tratamento de
tumoral (o infliximab e o adalimumab, anticor‑ mulheres, quer no de homens.
pos monoclonais e o etanercet com acção sobre Interac.: V. Introdução (9.2.).
os receptores). Estes medicamentos implicam a Posol.: Via oral: de início 100 mg/dia durante três
adesão a protocolos estritos de avaliação. O infli- dias e depois 10 a 20 mg/dia (variável segundo
ximab determina aumento do risco de infecções orientação especializada).
graves, particularmente de formas de tuberculose
disseminada. Descreveu‑se ainda o aumento da Orais sólidas ‑ 10 mg
morbilidade e mortalidade em doentes com IC. ARAVA (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do
O etanercet pode causar síndromes de desmieli‑ D.L. 176/2006); Sanofi Aventis (Alemanha)
nização. Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 30 unid;
Os sais de ouro podem ser administrados por e 66,94 (e 2,2313); 15%
via IM ou por via oral. A auranofina (sais de ouro
orais) é moderadamente eficaz e determina fre‑ Orais sólidas ‑ 20 mg
quentemente efeitos indesejáveis gastrintestinais. ARAVA (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do
A formulação parentérica é mais eficaz; o seu D.L. 176/2006); Sanofi Aventis (Alemanha)
uso adequado requer a realização de controlo ana‑ Comp. revest. p/ película ‑ Frasco ‑ 30 unid;
lítico periódico (função renal e hepática, vigilância e 75,04 (e 2,5013); 15%
hematológica).
n METOTREXATO
n AURANOFINA V. Subgrupo (16.1.3.)
Ind.: Terapêutica da artrite reumatóide.
R. Adv.: Diarreia é a mais frequente. Aftas, exantemas 9.3. Medicamentos usados para o tratamento
cutâneos, proteinúria, alterações hematológicas, da gota
fibrose pulmonar, hepatotoxicidade, colite, nevri‑
te periférica. As crises agudas de gota tratam‑se eficazmente
Contra‑Ind. e Prec.: IR e hepática, história de alte‑ com anti‑inflamatórios não esteróides em doses
rações hematológicas, lúpus eritematoso sistémi‑ altas. A colquicina é uma alternativa terapêu‑
co, porfiria, dermite esfoliativa, fibrose pulmonar, tica válida mas a sua utilização é limitada pela
gravidez e aleitamento. toxicidade da posologia necessária ao controlo
Interac.: V. Introdução (9.2.). do acesso agudo. É útil em doentes com ICC e
Posol.: Via oral: 6 a 9 mg/dia em 2 a 3 tomas, segun‑ hipocoagulados. A recorrência frequente de crises
do orientação especializada. legitima o uso do alopurinol, inibidor da xantino‑
xidase, ou de uricosúricos. O início do tratamento
Orais sólidas ‑ 3 mg pode precipitar a ocorrência de crises. Estas
RIDAURA (MSRM); Astellas podem ser prevenidas administrando colquicina
Comp. revest. ‑ Frasco ‑ 20 unid; e 12,25 ou anti‑inflamatórios não esteróides.
(e 0,6125); 69%
n ALOPURINOL
n AUROTIOMALATO DE SóDIO Ind.: Profilaxia da gota e da litíase renal.
Ind.: Terapêutica da artrite reumatóide. R. Adv.: Exantemas (incluindo formas graves, sín‑
R. Adv.: Aftas, exantemas cutâneos, proteinúria, alte‑ dromes de Steven Johnson e Lyell), vasculites,
rações hematológicas, fibrose pulmonar, hepato‑ hepatite, nefrite intersticial, alterações da visão
toxicidade, colite, nevrite periférica. e do paladar, parestesias, neuropatia, alterações
Contra‑Ind. e Prec.: IR e hepática, história de alte‑ hematológicas (leucopenia, trombocitopenia,
rações hematológicas, lúpus eritematoso sistémi‑ anemia hemolítica, anemia aplástica).
co, porfiria, dermite esfoliativa, fibrose pulmonar, Contra‑Ind. e Prec.: Recomenda‑se a ingestão ade‑
gravidez e aleitamento. quada de líquidos.
Interac.: V. Introdução (9.2.). Interac.: Anticoagulantes orais; ampicilina; amoxici‑
Posol.: Via IM: De início 10 a 50 mg de 8 em 8 dias lina; 6‑mercaptopurina; azatioprina; ciclofosfami‑
(variável segundo orientação especializada). da. V. Introdução (9.3.).
Posol.: Via oral: 100 a 300 mg/dia em toma única.
Parentéricas ‑ 50 mg/0.5 ml Em formas refractárias ou em associação com tra‑
TAUREDON (MSRM); Nycomed tamento antineoplásico (V. Grupo 16.) podem ser
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 1 unid ‑ 0,5 ml; e 5,66 necessárias posologias superiores. Reduzir poso‑
(e 5,66); 69% logia na IR.
Orais sólidas ‑ 100 mg
n LEFLUNOMIDA URIPRIM (MSRM); Interbial
Ind.: Terapêutica da artrite reumatóide. Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,94 (e 0,097); 69%
R. Adv.: Aftas, exantemas cutâneos, alterações he‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 5,59 (e 0,0932); 69%
matológicas, hipertensão, insuficiência pulmonar, ZURIM (MSRM); Lab. Atral
hepatotoxicidade, alopécia, infecções. Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,32 (e 0,072); 69%
Contra‑Ind. e Prec.: IR, hepática e respiratória, his‑ ZYLORIC (MSRM); Lab. Vitória
tória de alterações hematológicas, infecção grave, Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,64 (e 0,082); 69%
gravidez e aleitamento. O metabolito activo persis‑ Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 4,06 (e 0,0677); 69%
372 Grupo 9 | 9.4. Medicamentos para tratamento da artrose
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 1500 mg Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 200 U.CEIP/ml
GLUCOSAMINA ALTER (MSRM); Alter MAXILASE (MSRM); Sanofi Aventis
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,78 Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 4,54
(e 0,289); 69% ‑ PR e 7,51 (e 0,0227); 0%
GLUCOSAMINA CINFA (MSRM); Cinfa
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,77 Orais sólidas ‑ 3000 U.CEIP
(e 0,2885); 69% ‑ PR e 7,51 MAXILASE (MSRM); Sanofi Aventis
GLUCOSAMINA FARMOZ (MSRM); Farmoz Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,03
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,78 (e 0,2015); 0%
(e 0,289); 69% ‑ PR e 7,51 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 8,66
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 60 unid; e 14,28 (e 0,1443); 0%
(e 0,238); 69% ‑ PR e 19,25
GLUCOSAMINA GENERIS (MSRM); Generis n BROMELAíNA
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,78 Ind.: Não há evidência da eficácia desta enzima em
(e 0,289); 69% ‑ PR e 7,51 situações inflamatórias.
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 60 unid; e 14,28 R. Adv.: Gastrintestinais, raras.
(e 0,238); 69% ‑ PR e 19,25 Contra‑Ind. e Prec.: V. Indicações.
GLUCOSAMINA GLUSINA (MSRM); Baldacci Interac.: V. Indicações
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,78 Posol.: Não aplicável face às indicações.
(e 0,289); 69% ‑ PR e 7,51
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 60 unid; e 14,73 Orais sólidas ‑ 40 mg
(e 0,2455); 69% ‑ PR e 19,25 ANANASE (MNSRM); Lab. Delta
GLUCOSAMINA MYLAN (MSRM); Mylan Comp. revest. ‑ Blister ‑ 40 unid; 0%
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,78
(e 0,289); 69% ‑ PR e 7,51 n QUIMOTRIPSINA + TRIPSINA
GLUCOSAMINA RATIOPHARM (MSRM); Ratiopharm
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,59 Ind.: Não há evidência da eficácia desta enzima em
(e 0,2795); 69% ‑ PR e 7,51 situações inflamatórias.
R. Adv.: Gastrintestinais, raras.
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 60 unid; e 14,28
Contra‑Ind. e Prec.: V. Indicações.
(e 0,238); 69% ‑ PR e 19,25 Interac.: V. Indicações.
VIARTRIL‑S (MSRM); Lab. Delta Posol.: Não aplicável face às indicações.
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 11,55
(e 0,5775); 69% ‑ PR e 7,51 Orais sólidas ‑ 100000 U
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 60 unid; e 27,58 CHIMAR ORAL (MSRM); A. Menarini
(e 0,4597); 69% ‑ PR e 19,25 Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 50 unid; e 6,31
(e 0,1262); 0%
Orais sólidas ‑ 250 mg
VIARTRIL‑S (MSRM); Lab. Delta n SERRAPEPTASE
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 11,15 (e 0,1858); 0%
Ind.: Não há evidência da eficácia desta enzima em
Orais sólidas ‑ 625 mg situações inflamatórias.
GLUCOMED (MSRM); Navamedic R. Adv.: Gastrintestinais, raras.
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,35 (e 0,2175); 69% Contra‑Ind. e Prec.: V. Indicações.
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 12,4 (e 0,2067); 69% Interac.: V. Indicações.
Posol.: Não aplicável face às indicações.
Parentéricas ‑ 400 mg/3 ml
VIARTRIL‑S (MSRM); Lab. Delta Orais sólidas ‑ 10 mg
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 2 ml; e 6,66 (e 1,332); ANIFLAZIME FORTE (MSRM); Lusomedicamenta
0% Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 5,48 (e 0,274); 0%
Cáps. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 13,28 (e 0,2213); 0%
especial com o tecido ósseo. Na homeostase do R. Adv.: Congestão facial, tonturas, vertigens, náuse‑
cálcio intervêm a paratormona e a vitamina D que as, vómitos, diarreia e por vezes reacções locais de
actuam como hipercalcemiantes e a calcitonina ou hipersensibilidade.
hormona hipocalcemiante. Contra‑Ind. e Prec.: Não deve usar‑se em mulheres
A teriparatida é um análogo da hormona para‑ grávidas, potencialmente grávidas ou em fase de
tiroide. O raloxifeno é um fármaco com afinidade aleitamento.
para os receptores de estrogenios das células Interac.: Não se encontram descritas.
ósseas. Posol.: Em hipercalcemia: Via SC ou IM: 5 a 10
Unidades/Kg/dia até um máximo de 400 UI, em
intervalos de 6 a 8 horas, com acerto posológico
9.6.1. Calcitonina de acordo com os dados clínicos e os parâmetros
bioquímicos.
A calcitonina é uma hormona polipeptídica Na doença de Paget: Via SC ou IM: doses de 50
directamente envolvida com a paratiroide na UI, 3 vezes/semana. Em casos excepcionais pode
regulação da absorção óssea, na manutenção do associar‑se a via intranasal com 1 a 2 aplicações/
balanço de cálcio e na homeostase. É usada na dia, até ao máximo de 200 UI.
terapêutica para baixar a concentração plasmática Na osteoporose (V. Acima): 100 a 200 UI/dia.
de cálcio em alguns doentes com hipercalcemia Na doença neoplásica com dores ósseas: 200 UI
vulgarmente associada a doença maligna. É eficaz de 6 em 6 horas ou 400 UI de 12 em 12 horas.
na redução da hipercalcemia e na concentração Na osteoporose pós‑menopausa: Via SC ou IM:
de fosfatos em doentes com hiperparatiroidismo, dose de 100 UI. Via inalatória: dose de 200 UI
hipercalcemia idiopática na criança, intoxicação (uma inalação em cada narina). Situações que se
por vitamina D e em metastases ósseas. completam com dieta rica em cálcio e suplemento
É eficaz ainda nas doenças em que se verifica um de Vitamina D.
aumento da reabsorção e formação óssea, como
na doença de Paget, nas fases evolutivas desta Inalação ‑ 200 U.I./dose
doença, que podem condicionar dores intensas, OSTEODON (MSRM); BioSaúde
não atribuíveis a uma doença osteoarticular, mas Sol. p. inalação p/ nebuliz. ‑ Frasco nebulizador
associadas a valores elevados de fosfatases alcali‑ ‑ 1 unid ‑ 14 dose(s); e 34,27 (e 2,4479); 69%
nas no soro e a complicações neurológicas. Sol. p. inalação p/ nebuliz. ‑ Frasco nebulizador
A calcitonina é sobretudo utilizada no tra‑ ‑ 1 unid ‑ 28 dose(s); e 61,68 (e 2,2029); 69%
tamento da osteoporose; embora exerça efeito
antiálgico e tenha eficácia nas fases de reabsor‑ Nasais ‑ 200 U.I./dose
ção óssea intensa, não existem até agora provas CALCITONINA DE SALMãO ARROWBLUE (MSRM);
convincentes que justifiquem o seu uso a longo Arrowblue
prazo, nas formas correntes de osteoporose. Usa Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco nebulizador ‑ 1 unid ‑
‑se na prevenção e tratamento da osteoporose 14 dose(s); e 23,99 (e 1,7136); 69% ‑ PR e 34,27
pós‑menopausa com suplementos de cálcio e de Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco nebulizador ‑ 1 unid ‑
Vitamina D. 28 dose(s); e 43,18 (e 1,5421); 69% ‑ PR e 61,68
A calcitonina utilizada na terapêutica é de ori‑ CALCITONINA DE SALMãO FARMOZ 200 U.I. SOLU‑
gem sintética; só tem actividade quando adminis‑ çãO PARA PULVERIZAçãO NASAL (MSRM); Farmoz
trada por via parentérica ou nasal; corresponde Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 28 dose(s);
à calcitonina humana ou de salmão, embora e 43,18 (e 43,18); 69% ‑ PR e 61,68
também tenha sido usada a porcina. Verificou‑se CALCITONINA DE SALMãO GENERIS 200 U.I. SOLU‑
contudo que tanto a calcitonina porcina como a çãO PARA PULVERIZAçãO NASAL (MSRM); Generis
de salmão podem produzir resistências, pela pro‑ Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 14 dose(s);
dução de anticorpos; situação mais frequente com e 23,99 (e 23,99); 69% ‑ PR e 34,27
a calcitonina porcina do que com a de salmão e Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 28 dose(s);
pouco frequente com a calcitonina humana. e 43,18 (e 43,18); 69% ‑ PR e 61,68
A capacidade terapêutica das calcitoninas, CALCITONINA DE SALMãO OSTINATE 200 U.I. SO‑
tendo como base um ensaio biológico, é vulgar‑ LUçãO PARA PULVERIZAçãO NASAL (MSRM); Grü‑
mente apresentada em Unidades Internacionais. nenthal
Os pesos aproximados de calcitonina pura equi‑ Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 28 dose(s);
valentes são para 100 UI: 1 mg de calcitonina e 43,18 (e 1,5421); 69% ‑ PR e 61,68
humana, 1 mg de calcitonina porcina e 0,025 mg CALCITONINA DE SALMãO TOLIFE 200 UI SOLU‑
de calcitonina de salmão. A posologia da cal- çãO PARA PULVERIZAçãO NASAL (MSRM); toLife
citonina humana é expressa em mg sendo a de Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 28 dose(s);
salmão expressa em UI. e 43,18 (e 43,18); 69% ‑ PR e 61,68
As perturbações da paratiróide e do metabo‑ CALSYN 200 (MSRM); Sanofi Aventis
lismo do cálcio que causam hipocalcemia são Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 14 dose(s);
tratadas com gluconato de cálcio ou outro sal de e 33,77 (e 2,4121); 69% ‑ PR e 34,27
cálcio por via IV seguido da administração oral de MIACALCIC 200 SPRAY NASAL (MSRM); Novartis
calciferol, por forma a conseguir a normocalcemia. Farma
Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco nebulizador ‑ 1 unid
‑ 14 dose(s); e 41,18 (e 41,18); 69% ‑ PR e 34,27
n CALCITONINA DE SALMãO OSSEOCALCINA 200 (MSRM); Lab. Normal
Ind.: Hipercalcemia, doença de Paget. Em algumas Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco nebulizador ‑ 1 unid
situações de osteoporose pós‑menopausa. ‑ 14 dose(s); e 40,28 (e 40,28); 69% ‑ PR e 34,27
9.6. Medicamentos que actuam no osso e no metabolismo do cálcio 375
SALCAT (MSRM); Lab. Pfizer plasias. O seu uso deve ser restrito a profissionais
Sol. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 14 dose(s); com experiência no seu manuseio. No tratamento
e 36,29 (e 36,29); 69% ‑ PR e 34,27 do Paget, a administração I.V. de cinco mg, deve
ser efectuada durante pelo menos 15 minutos.
n CALCITONINA HUMANA Deve corrigir‑se previamente eventual hipocalce‑
mia e ministrar‑se suplementos de Cálcio e vita‑
Ind.: Hipercalcemia, doença de Paget, dores ósseas mina D nos 10 dias subsequentes.
em neoplasias. Deve considerar‑se a prevenção e o possível
R. Adv.: Naúseas, vómitos, diarreia, dores abdomi‑ tratamento dentário antes, durante e depois do
nais, afrontamentos, inchaço das mãos. O uso da tratamento com qualquer dos bifosfonatos.
via nasal pode causar irritação ou ulceração, rini‑
te, sinusite, epistaxis. n ÁCIDO ALENDRóNICO
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento.
Interac.: Não se encontram descritas. Ind.: Tratamento da osteoporose pós‑menopausa e
Posol.: Na hipercalcemia: Via SC ou IM 5 a 10 doença de Paget. Redução do risco de fracturas
Unidades/Kg/dia até um máximo de 400 UI, em e prevenção da osteoporose em doentes que ne‑
intervalos de 6 a 8 horas, com acerto posológico cessitam de tratamento prolongado com corticos‑
de acordo com os dados clínicos e os parâmetros teróides.
bioquímicos. R. Adv.: Náuseas, diarreia ou obstipação, dores ab‑
Na doença de Paget: 0,5 mg (que correspondem dominais; cefaleias; alterações sanguíneas.
a 50 UI), 3 vezes/semana podendo ir até 1 mg (ou Contra‑Ind. e Prec.: Anormalidades funcionais a
100 UI) de acordo com a resposta do doente. nível esofágico; hipocalcemia; IR; gravidez e alei‑
Vulgarmente a dose de calcitonina humana é ex‑ tamento. Podem surgir perturbações a nível do
pressa em miligramas sendo a de salmão expressa equilíbrio do cálcio e da vitamina D (hipocalcemia
em UI. e deficiência vitamínica).
Nota: Este medicamento não se encontra disponível Interac.: Redução da absorção com antiácidos, sais
em Farmácia Comunitária. de cálcio e ferro. Possível aumento dos efeitos gas‑
trintestinais com os AINEs. Aumento do risco de
hipocalcemia com os aminoglicosídeos.
9.6.2. Bifosfonatos Posol.: Via oral: 10 mg/dia ou 70 mg, 1 vez/semana,
30 minutos antes do pequeno almoço e tendo
Os bifosfonatos são usados principalmente no em atenção as indicações referidas na introdução
tratamento da doença óssea de Paget, nas mesmas (9.6.2.).
situações referidas para a calcitonina e ainda na
osteoporose pós‑menopausa sintomática. Orais sólidas ‑ 10 mg
São compostos obtidos por síntese, depositam ADRONAT (MSRM); Tecnifar
‑se sobre os cristais celulares de hidroxiapatite Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 30,71 (e 1,0968);
sendo inibidores potentes da reabsorção óssea 69%
osteoclástica. FOSAMAX (MSRM); MS&D
Neste grupo de fármacos foram sintetizados Comp. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 17,19 (e 1,2279);
primeiramente o ácido etidrónico (etidronato de 69%
sódio) e o ácido clodrónico (clodronato de sódio) Comp. ‑ Blister ‑ 28 unid; e 30,61 (e 1,0932);
e surgiram depois os aminobifosfonatos como 69%
o ácido pamidrónico (pamidronato), o ácido
alendrónico (alendronato) e mais recentemente Orais sólidas ‑ 70 mg
o ácido ibandrónico. Têm todos uma absorção ÁCIDO ALENDRóNICO ACTAVIS (MSRM); Actavis
oral muito baixa, pelo que o doente deve estar em (Islândia)
jejum nas duas horas anteriores e durante meia Comp. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 14,41 (e 3,6025); 69%
hora após a toma do medicamento. Como efeitos ‑ PR e 20,58
adversos estão descritas perturbações gastrintesti‑ ÁCIDO ALENDRóNICO ALTER (MSRM); Alter
nais (sintomatologia de doença esofágica, duode‑ Comp. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 14,41 (e 3,6025); 69%
nite ou úlceras), diarreia e febre após administra‑ ‑ PR e 20,58
ção IV. ÁCIDO ALENDRóNICO ARROWBLUE 70 MG COM‑
Aconselha‑se a ingestão dos comprimidos, em PRIMIDOS (MSRM); Arrowblue
jejum, sempre com água em abundância, com o Comp. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 14,41 (e 3,6025); 69%
estômago vazio, pelo menos 30 minutos antes ‑ PR e 20,58
do pequeno almoço e sem qualquer medicação ÁCIDO ALENDRóNICO BASI (MSRM); Lab. Basi
concomitante. O doente deve manter‑se de pé Comp. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 13,94 (e 3,485); 69%
(ou se sentado, ter a preocupação de conservar ‑ PR e 20,58
uma postura com o tronco bem na vertical) pelo ÁCIDO ALENDRóNICO BIFOSAL 70 MG COMPRIMI‑
menos 30 minutos e só depois deste intervalo de DOS (MSRM); Alter
tempo ingerir alimentos. Ter em atenção e reco‑ Comp. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 14,41 (e 3,6025); 69%
mendar que a medicação nunca deve ser feita com ‑ PR e 20,58
o doente deitado. ÁCIDO ALENDRóNICO BLUEPHARMA (MSRM);
O ácido zoledrónico é utilizado por via intra‑ Bluepharma
venosa para o tratamento do Paget e da hipercal‑ Comp. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 13,89 (e 3,4725); 69%
cemia e complicações metabólicas ósseas de neo‑ ‑ PR e 20,58
376 Grupo 9 | 9.6. Medicamentos que actuam no osso e no metabolismo do cálcio
Contra‑Ind. e Prec.: Anormalidades funcionais a Não pode ser usado durante a gravidez nem alei‑
nível esofágico (na administração oral); hipocalce‑ tamento.
mia; IR; gravidez e aleitamento. Podem surgir per‑ Interac.: Com cálcio, magnésio, ferro e alumínio há
turbações a nível do equilíbrio do cálcio e da vi‑ redução da absorção.
tamina D (hipocalcemia e deficiência vitamínica). Posol.: Via oral: 5 mg/dia ou 35 mg 1 vez/semana, 30
Interac.: Redução da absorção com antiácidos, sais minutos antes do pequeno almoço. Ter em aten‑
de cálcio, ferro e alumínio. Possível aumento dos ção a toma do medicamento com muita água e as
efeitos gastrintestinais com os AINEs. recomendações apresentadas na introdução sobre
Posol.: Via oral: 2,5 mg/dia ou 150 mg, 1 vez/mês, os bifosfonatos. Reduzir posologia na IR.
60 minutos antes do pequeno‑almoço e tendo em
atenção as indicações referidas na introdução so‑ Orais sólidas ‑ 5 mg
bre os bifosfonatos (9.6.2.). Via intravenosa: 3 mg/ ACTONEL (MSRM); Sanofi Aventis
de 3 em 3 meses. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
e 33,02 (e 1,1793); 69% ‑ PR e 16,69
Orais sólidas ‑ 150 mg RISEDRONATO DE SóDIO GENERIS (MSRM); Ge‑
BONVIVA (MSRM); Roche (Reino Unido) neris
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 1 unid; e 34,78 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 14 unid;
(e 34,78); 69% e 8,92 (e 0,6371); 69% ‑ PR e 8,92
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 28 unid;
n ÁCIDO ZOLEDRóNICO e 16,69 (e 0,5961); 69% ‑ PR e 16,69
Ind.: Tratamento da doença de Paget. Tratamento da Orais sólidas ‑ 35 mg
osteoporose em mulheres pós‑menopausa e em ACTONEL 35 MG (MSRM); Sanofi Aventis
homens com risco fracturário elevado. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 33,71
R. Adv.: Dores ósseas, mialgias, artralgias, febre, (e 8,4275); 69% ‑ PR e 21,91
calafrios; náuseas, diarreia ou obstipação, dores RISEDRONATO DE SóDIO ACTAVIS (MSRM); Actavis
abdominais; cefaleias; alterações sanguíneas; os‑ (Islândia)
teonecrose da mandíbula; reacções de hipersensi‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,35
bilidade (angioedema); insuficiencia renal. (e 4,0875); 69% ‑ PR e 21,91
Contra‑Ind. e Prec.: Hipocalcemia; IR; gravidez e RISEDRONATO DE SóDIO ALTER (MSRM); Alter
aleitamento. Podem surgir perturbações a nível Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,86
do equilíbrio do cálcio e da vitamina D (hipocal‑ (e 4,215); 69% ‑ PR e 21,91
cemia e deficiência vitamínica). RISEDRONATO DE SóDIO CICLUM (MSRM); Ciclum
Interac.: Aumento do risco de hipocalcemia com os Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,35
aminoglicosídeos. (e 4,0875); 69% ‑ PR e 21,91
Posol.: Via intravenosa 5 mg, 1 vez, durante pelo me‑ RISEDRONATO DE SóDIO CINFA (MSRM); Cinfa
nos 15 minutos, tendo em atenção as indicações Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,35
referidas na introdução (9.6.2.). (e 4,0875); 69% ‑ PR e 21,91
RISEDRONATO DE SóDIO FARMOZ (MSRM); Far‑
Parentéricas ‑ 5 mg/100 ml moz
ACLASTA (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,35
D.L. 176/2006); Novartis Europharm (Reino Unido) (e 4,0875); 69% ‑ PR e 21,91
Sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid RISEDRONATO DE SóDIO GENERIS (MSRM); Ge‑
‑ 100 ml; e 452,22 (e 4,5222); 69% neris
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,86
n RISEDRONATO DE SóDIO (e 4,215); 69% ‑ PR e 21,91
RISEDRONATO DE SóDIO GP (MSRM); gp
Ind.: Tratamento da osteoporose em mulheres Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 21,91
pós‑menopausa. Redução do risco de fracturas (e 5,4775); 69% ‑ PR e 21,91
e prevenção da osteoporose em mulheres que RISEDRONATO DE SóDIO MEPHA (MSRM); Mepha
necessitam de tratamento prolongado com corti‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,86
costeróides. (e 4,215); 69% ‑ PR e 21,91
R. Adv.: Perturbações digestivas como dispepsia, RISEDRONATO DE SóDIO MYLAN (MSRM); Mylan
naúseas, obstipação ou diarreia e dores abdomi‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,35
nais. Nalguns casos cefaleias e dores musculos‑ (e 4,0875); 69% ‑ PR e 21,91
queléticas. RISEDRONATO DE SóDIO PHARMAKERN (MSRM);
Contra‑Ind. e Prec.: Os alimentos, bebidas e fár‑ Pharmakern
macos que contenham catiões polivalentes, tais Comp. revest. ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,35
como o cálcio, o magnésio, o ferro e o alumínio, (e 4,0875); 69% ‑ PR e 21,91
não devem ser ingeridos com o medicamento por RISEDRONATO DE SóDIO RATIOPHARM (MSRM);
possível interferência na absorção. Situações de Ratiopharm
hipocalcemia devem ser tratadas antes da terapêu‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,35
tica com o risedronato de sódio. (e 4,0875); 69% ‑ PR e 21,91
Deve recomendar‑se o seguimento correcto RISEDRONATO DE SóDIO TEVA (MSRM); Teva Pharma
das posologias estabelecidas, particularmente em Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 4 unid; e 16,35
doentes com antecedentes de patologia esofágica. (e 4,0875); 69% ‑ PR e 21,91
378 Grupo 9 | 9.6. Medicamentos que actuam no osso e no metabolismo do cálcio
Contra‑Ind. e Prec.: Evitar na IR grave , na gravidez Posol.: Via SC: Injecção na coxa ou abdómen, de
e no aleitamento. Não deve usar‑se ainda em situ‑ 20 mg/dia. Duração máxima de tratamento de 18
ações de hipercalcemia pré‑existente, nas doenças meses.
ósseas metabólicas incluindo o hiperparatiroidis‑
mo e a doença de Paget. Verificam‑se aumentos
inexplicáveis de fosfatase alcalina em situações de Parentéricas ‑ 0.25 mg/ml
prévia radioterapia do esqueleto. FORSTEO (MSRM); Eli Lilly (Holanda)
Interac.: Com os digitálicos deve ser usado com Sol. inj. ‑ Caneta pré‑cheia ‑ 1 unid ‑ 2,4 ml;
precaução. e 485,24 (e 202,1833); 69%
10
10.1. Anti‑ histamínicos
Os anti‑histamínicos (antagonistas H1 da his‑
tamina) opõem‑se a muitas acções da histamina,
Medicação
reduzindo as respostas mediadas pelos receptores
H1. Não são curativos e constituem apenas uma
terapêutica paliativa de efeito predominante‑
mente sistémico. As diferenças na capacidade de
Antialérgica
penetração dos anti‑histamínicos no SNC consti‑
tuem a base da sua classificação em compostos Medicação A
ntialérgica
sedativos (de primeira geração) ou não sedativos
(de segunda geração). 10.1. Anti‑histamínicos
Os anti‑histamínicos diferem entre si na 10.1.1. Anti‑histamínicos sedativos
duração de acção, na incidência de sonolência, 10.1.2. Anti‑histamínicos não sedativos
efeitos sobre o sistema nervoso autónomo e na
resposta, que pode variar de um indivíduo para 10.2. Corticosteróides
outro. Quer os compostos sedativos quer os não 10.3. Simpaticomiméticos
sedativos podem ser usados para tratar uma reac‑
ção alérgica aguda; nas situações com sintomas
mais persistentes devem usar‑se regularmente os
não sedativos. Os anti‑histamínicos por via oral tos sedativos podem ocasionar cefaleias, sedação,
podem ser usados para prevenir urticária, para sonolência, redução da actividade psicomotora e
tratamento das erupções urticariformes agudas, efeitos anti‑muscarínicos (retenção urinária, boca
de picadas de insectos e do prurido; alguns ali‑ seca, visão turva, glaucoma de ângulo fechado e
viam o prurido que acompanha a dermatite ató‑ obstrução piloro‑duodenal). A sedação e a eficá‑
pica e a dermite de contacto, o prurido anal ou
cia terapêutica dos diferentes agentes variam para
vulvar. Também são usados no controlo das náu‑
seas, vómitos, enxaqueca e, em aplicação tópica, cada um dos compostos e com os indivíduos,
para tratar reacções alérgicas oculares (conjun‑ podendo diminuir com o uso continuado; toda‑
tivite alérgica) e nasais, principalmente a rinite via, a mudança para outro grupo pode, por razões
sazonal (febre dos fenos) e perene, e ainda, nas inexplicadas, restituir a sensibilidade perdida.
reacções de hipersensibilidade a medicamentos. Podem ainda ser referidas ocasionalmente
Administram‑se profilacticamente a doentes com palpitações, hipotensão, reacções de hipersen‑
uma história de reacção às transfusões, mas não sibilidade (espasmo brônquico, erupções, fotos‑
devem ser dados de forma rotineira aos doentes sensibilização, anafilaxia e angioedema), efeitos
que vão receber sangue. extrapiramidais, confusão, depressão, tremores e
Não têm qualquer valor na asma alérgica e a disfunção hepática. Os anti‑histamínicos devem
aplicação tópica cutânea não é recomendada pela pois ser usados com cuidado na insuficiência
alergia que podem desencadear. Alguns destes fár‑ hepática (V. Anexo 3), embora a clorfenoxamina
macos podem ser adquiridos sem receita médica, e a cetirizina pareçam seguros na porfiria. Even‑
quer de forma isolada ou em fórmulas combinadas tualmente, a dosagem deve ser reduzida na insufi‑
para tratamento do resfriado banal. ciência renal (V. Anexo 4).
Os anti‑histamínicos sedativos podem ser oca‑ Os possíveis efeitos teratogénicos contra
sionalmente úteis na insónia ocasional ou asso‑ ‑indicam o seu uso nas náuseas e vómitos da gra‑
ciada à urticária e prurido. No resfriado banal não videz (V. Anexo 1). Não devem, de igual modo, ser
encurtam o curso da afecção, apenas proporcio‑ usados no RN e no prematuro e nas crianças com
nam alívio sintomático da rinite vasomotora, redu‑ menos de 2 anos porque a segurança de uso não
zindo a rinorreia e os espirros; são menos eficazes está definida. As crianças e os idosos manifestam,
na congestão nasal e sem benefício no lacrimejo e ocasionalmente, reacções paradoxais com insó‑
no ardor ocular. nia, tremores, euforia, delírio e até convulsões,
A maioria dos representantes deste grupo tem o que não recomenda a sua administração nas
duração de acção relativamente curta mas a pro‑ crianças com epilepsia. Os efeitos adversos mais
metazina pode ser eficaz durante cerca de 12 raros incluem hipotensão, palpitações, zumbidos,
horas e é mais sedativa que a clorfenoxamina, confusão, depressão, alterações do sono, arrit‑
cinarizina e a doxilamina. A prometazina é mias, alterações sanguíneas reversíveis e reacções
usada como adjuvante da adrenalina no trata‑ distónicas agudas com disartria e incoordenação
mento de emergência da anafilaxia e angioedema. motora. As convulsões podem também ser preci‑
Mesmo em doses terapêuticas, os anti pitadas em doentes com lesões focais no córtex
‑histamínicos têm outras acções por efeitos em cerebral. A alergia cutânea é relativamente comum
receptores muscarínicos, adrenérgicos alfa, sero‑ com a aplicação tópica de anti‑histamínicos.
toninérgicos e locais de acção dos anestésicos Reacções distónicas agudas com disartria e inco‑
locais, algumas de interesse terapêutico, mas na ordenação motora, palpitações, hipotensão, reac‑
maioria constituem reacções adversas, pelo que ções de hipersensibilidade com broncospasmos,
alguns destes fármacos são usados apenas por angioedema, fotossensibilização, glaucoma de
uma ou outra das propriedades referidas no trata‑ ângulo fechado e alterações sanguíneas reversí‑
mento de reacções não complicadas. Os compos‑ veis são mais raras. O uso concomitante de anti
382 Grupo 10 | 10.1. Anti‑histamínicos
‑histamínicos que causam sedação com outros outros, apresentando os doentes respostas variá‑
depressores do sistema nervoso central produz veis com os diversos compostos. Eles diferem na
efeitos aditivos e está contra‑indicado durante a duração de acção e na frequência de efeitos adver‑
condução automóvel ou no controlo de máquinas. sos. A maioria dos representantes deste grupo tem
Os compostos sedativos como o dimenidrato, duração de acção relativamente curta, mas alguns,
o dimetindeno e a prometazina, estão indicados como a prometazina, podem ser eficazes durante
na prevenção do enjoo do movimento (cinetose), cerca de 12 horas. Estes compostos continuam a
nos vómitos do pós‑operatório ou da uremia e, ser utilizados porque são eficazes e pouco dispen‑
associados a outros antieméticos, nos vómitos diosos.
por quimioterapia ou radioterapia, pelo efeito Os efeitos adversos que originam, em grau
sedativo que aumenta a eficácia dos outros com‑ variável no SNC, como a sonolência, cefaleias,
postos. A prometazina é mais eficaz do que os tonturas, diminuição da agilidade e da capacidade
outros compostos no alívio das náuseas e vómitos de condução automóvel ou aumento do tempo
não relacionados com a estimulação vestibular. A de controlo de maquinaria e ainda redução da
flunarizina é também usada na profilaxia da enxa‑ função cognitiva, podem afectar o rendimento de
queca na criança. Por via oral tem alguma eficácia tarefas que exigem destreza como o ciclismo ou a
no tratamento das erupções urticariformes, no condução de veículos (V. Introdução). Os doentes
prurido e nas picadas de insectos. deverão ser avisados desta possibilidade e de que
O dimetindeno em aplicação tópica alivia tem‑ não é recomendado o consumo de bebidas alco‑
porariamente, como outros (V. subgrupo 13.8.2.), ólicas enquanto tomam os anti‑histamínicos (V.
o prurido e a dor associados a queimaduras ligei‑ Anexo 6). Além do álcool, também os barbitúricos,
ras, queimaduras solares, golpes pequenos ou os hipnóticos, os ansiolíticos, os analgésicos, os
arranhadelas e picadas de insectos; a fraca activi‑ narcóticos e os miorrelaxantes de acção central
dade anestésica local contribui para o seu efeito. potenciam os efeitos sedativos.
O uso tópico de anti‑histamínicos não deve, Os anti‑histamínicos do tipo da prometazina
porém, ser encorajado pelas reacções de sensibi‑ podem bloquear ou inverter o efeito vasopressor
lização que pode originar, em uso prolongado ou da adrenalina. Se os doentes a tomar fenotiazinas
repetido e, no prurido generalizado, está contra necessitam de um agente vasopressor, usar então
‑indicado, dando‑se preferência à administração a noradrenalina ou a fenilefrina.
sistémica.
As reacções alérgicas graves, como a anafilaxia e n CINARIZINA
o angioedema, requerem o uso de adrenalina para V. Antieméticos e antivertiginosos (2.7.).
reverter a hipotensão, o edema laríngeo e a bron‑
coconstrição, representando o anti‑histamínico n CLEMASTINA
(prometazina injectável), uma terapêutica adju‑
vante, uma vez conseguido o controlo das mani‑ Ind.: Alívio sintomático das reacções de hipersensi‑
festações; os corticosteróides previnem a recaída bilidade: urticária, angioedema, prurido, rinite e
destas situações. conjuntivite.
Os anti‑histamínicos não sedativos, tais como a R. Adv.: Sedação e efeitos antimuscarínicos.
azelastina, cetirizina, desloratadina (metabolito Contra‑Ind. e Prec.: Não usar na gravidez (V. Anexo
activo da loratadina), levocetirizina (isómero da 1), no RN, e antes de 1 ano de idade. Não se reco‑
cetirizina), loratadina, mizolastina, terfenadina menda nos doentes com porfiria.
e rupatadina, são praticamente usados no trata‑ Interac.: Potencia os efeitos dos depressores do
mento da rinite alérgica e da urticária crónica, por SNC.
originar menos sedação e depressão psicomotora Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Urticária e angioedema:
que os anti‑histamínicos mais antigos, e não têm 1 mg, 2 vezes/dia; até 6 mg/dia.
acções estimulantes. Alguns destes agentes são Reacções de hipersensibilidade aguda: IM ou
metabolizados pelo sistema CYP 3A4 e sujeitos a IV ‑ 2 a 4 mg.
interacções importantes quando outros fármacos [Crianças] ‑ Via oral: 1 a 3 anos: 0,25‑0,5 mg, 2
associados inibem este subtipo de enzimas. De um vezes/dia; 3 a 6 anos: 0,5 mg, 2 vezes/dia; 4 a 12
modo geral têm duração de acção longa (12‑24 anos: 0,5‑1 mg, 2 vezes/dia.
horas). Há pouca evidência que a desloratadina
ou a levocetirizina possuam qualquer vanta‑ Orais sólidas ‑ 1 mg
TAVéGYL (MNSRM); Novartis C.H. - Nutrição
gem adicional, pelo que devem ser reservadas a Comp. ‑ Blister ‑ 10 unid; 0%
crianças que não tolerem outros medicamentos.
Alguns, como a cetirizina, inibem a libertação de
histamina e outros mediadores pelos mastócitos, n CLOROFENOXAMINA
com efeitos benéficos nas rinites alérgicas. Embora se possa usar por via oral, só está dis‑
As biguanidas e o cetotifeno, em uso conco‑ ponível para aplicação tópica (queimaduras sola‑
mitante com anti‑histamínicos, podem originar res, picadas de insectos, lesões pruriginosas loca‑
trombopenia. lizadas). V. Antipruriginosos e anestésicos locais
‑ anti‑histamínicos (13.8.2.).
10.1.1. Anti‑histamínicos sedativos n DEXBROMOFENIRAMINA
Dos diversos fármacos que integram este grupo, Ind.: Alívio sintomático das reacções de hipersensi‑
não existem provas de que um seja superior aos bilidade, incluindo urticária, angioedema, conjun‑
10.1. Anti‑histamínicos 383
tivite, rinite e lesões cutâneas pruriginosas. É um rinite, controlo das náuseas, vómitos e vertigens
dos ingredientes das preparações usadas como de causas diversas; como hipnótico; usa‑se em
descongestionantes nasais. preparados para a tosse e constipação banal.
R. Adv.: Sedação e acções antimuscarínicas; possíveis R. Adv.: Sedação e efeitos antimuscarínicos. Risco de
alterações extrapiramidais. sensibilização em uso tópico.
Contra‑Ind. e Prec.: Não usar na grávida (Anexo 1) Contra‑Ind. e Prec.: Não administrar durante a gra‑
e na lactante (Anexo 2). videz (Anexo 1) e o aleitamento (Anexo 2); não
Interac.: Potencia o efeito sedativo dos depressores usar nos doentes com porfíria.
do SNC e os efeitos adversos antimuscarínicos dos Interac.: A difenidramina reduz o metabolismo do
neurolépticos e dos antidepressores. temazepam; interfere com os testes de alergia
Posol.: [Adultos] ‑ 4 a 8 mg, 3 a 4 vezes/dia. cutânea e com o teste da debrisoquina para o po‑
Formas de libertação gradual: 8 a 24 mg cada limorfismo genético.
12 horas. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 28 a 56 mg, 3 a 4 vezes/
Como descongestionante em preparações com dia.
pseudoefedrina: 2 a 4 mg, 3 a 4 vezes/dia. Como hipnótico: 10 a 50 mg. Dose máxima:
[Crianças] ‑ < 3 anos: 0,4 a 1 mg/Kg/dia em 4 400 mg/dia.
fracções; dos 3 a 6 anos: 1 a 2 mg 3 a 4 vezes/dia; [Crianças] ‑ Via oral: 6,25 a 25 mg, 3 a 4 vezes/dia
6 a 12 anos: 2 a 4 mg, 3 a 4 vezes/dia. ou 5 mg/Kg/dia até máximo de 300 mg/dia, em 3
Formas de libertação gradual: 6 a 12 anos: a 4 fracções.
12 mg cada 12 horas. Uso tópico: V. Anestésicos locais e antiprurigi‑
Como descongestionante em preparação com nosos (13.8.2.).
pseudoefedrina: > 6 anos: 1 a 2 mg, 3 a 4 vezes/ Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ Difenidramina, clo‑
dia. ridrato 2.8 mg/ml
Nota: Este medicamento apenas está disponível DRENOFLUX (MNSRM); Zeler
para prescrição, em associação. Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
n DEXBROMOFENIRAMINA + n DIMETINDENO
PSEUDOEFEDRINA
Ind.: Alívio sintomático das reacções de urticária e
Ind.: V. Dexbromofeniramina. angioedema, rinite e afecções cutâneas prurigino‑
R. Adv.: V. Dexbromofeniramina. sas; usa‑se ainda para alívio da tosse e dos resfria‑
Contra‑Ind. e Prec.: V. Dexbromofeniramina. dos comuns.
Interac.: V. Dexbromofeniramina. R. Adv.: Sonolência, sedação, boca seca, retenção
Posol.: [Adultos] e [Crianças] ‑ Via oral: > 12 anos: urinária. Risco de sensibilização em aplicação tó‑
6 mg + 120 mg, 2 vezes/dia. pica, como com qualquer outro anti‑histamínico.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1‑2 mg, 3 vezes/dia ou
Orais sólidas ‑ 6 mg + 120 mg 2‑6 mg 2 vezes/dia para preparados de libertação
CONSTIPAL (MNSRM); Plough Farma gradual.
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 12 unid; 0% [Crianças] ‑ Via oral: 0,1 mg/Kg/dia, ou solução a
1 mg/ml (1 ml = 20 gotas): 1 mês a 1 ano: 3 a 10
n DI‑HEXAZINA gotas 3 vezes/dia; 1 a 3 anos: 10 a 15 gotas 3 vezes/
Anti‑histamínico H1 com efeito atropínico e dia; 3 a 12 anos 15 a 20 gotas, 3 vezes/dia; > 12
estimulante do apetite. anos: 1‑2 mg, 3 vezes/dia ou 2‑6 mg 2 vezes/dia
para preparados de libertação gradual
Ind.: É sobretudo usado como estimulante do ape‑ Uso tópico: V. Anestésicos locais e antiprurigino‑
tite. sos (13.8.2.).
R. Adv.: Como para os anti‑histamínicos, em geral.
Contra‑Ind. e Prec.: Como para os anti Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 1 mg/ml
‑histamínicos, em geral. Não usar em crianças com FENISTIL (MNSRM);
menos de 2 anos. Gotas orais, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 12 a 18 mg/dia, em 2 a 20 ml; 0%
3 administrações.
[Crianças] ‑ Via oral: 3 a 6 mg, 2 a 3 vezes/dia. Orais sólidas ‑ 1 mg
FENISTIL (MNSRM);
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 0.6 mg/ml Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
VITERNUM (MSRM); OM Pharma
Pó e solv. p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 1 unid ‑ 200 ml; Orais sólidas ‑ 4 mg
e 5,08 (e 0,0254); 0% FENISTIL (MNSRM);
Cáps. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
Orais sólidas ‑ 6 mg
VITERNUM (MSRM); OM Pharma n DOXILAMINA
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,1 (e 0,205); 0%
Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 9,78 (e 0,163); 0% Ind.: No prurido das alergias cutâneas, nas dificul‑
dades em adormecer e como ansiolítico, sedativo,
n DIFENIDRAMINA anti‑nauseoso e anti‑emético.
R. Adv.: Como para os anti‑histamínicos em geral.
Ind.: Alívio sintomático das reacções de hipersensibi‑ Nas crianças e idosos podem surgir reacções para‑
lidade, incluindo urticária e angioedema, prurido, doxais com excitação e não é recomendada.
384 Grupo 10 | 10.1. Anti‑histamínicos
Contra‑Ind. e Prec.: Como para os anti‑histamínicos [Crianças] ‑ Via oral: > 12 anos: 5 mg, 2 vezes/
em geral. Como ansiolítico usar apenas em adul‑ dia.
tos. Reduzir posologia na IR. Não usar na gravidez.
Não usar em caso de glaucoma, hipertrofia prostá‑ Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 0.5 mg/ml
tica, enfisema, asma ou bronquite crónica. PRIMALAN (MSRM); Pierre Fabre Médicament
Posol.: [Adultos] – Via oral: Prurido ou dificuldade Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,75
de adormecer: 25 mg, 30 minutos antes de deitar. (e 0,0275); 37%
Orais sólidas ‑ 25 mg Orais sólidas ‑ 5 mg
DORMIDINA (MNSRM); Esteve Farma PRIMALAN (MSRM); Pierre Fabre Médicament
Pó efervescente ‑ Saqueta ‑ 10 unid; 0% Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,3 (e 0,215); 37%
n HIDROXIZINA
n OXATOMIDA
Ind.: No prurido das alergias cutâneas e como ansio‑
lítico, sedativo, hipnótico, antiemético. Ind.: Alívio sintomático da rinite e conjuntivite alér‑
R. Adv.: Como para os anti‑histamínicos em geral. A gica, alergia alimentar e urticária.
injecção IM provoca dor no local de injecção. Nas R. Adv.: Letargia e sonolência; possíveis reacções dis‑
crianças e idosos podem surgir reacções parado‑ tónicas agudas com doses elevadas em crianças.
xais com excitação. Contra‑Ind. e Prec.: Deve ser administrada com
Contra‑Ind. e Prec.: Como para os anti‑histamínicos prudência nos doentes com IH, situação em que
em geral. Não se deve usar por via venosa pela se recomenda utilizar metade da dose. Pode ocor‑
possibilidade de hemólise. Como ansiolítico usar rer aumento do apetite e do peso com mais de
apenas em adultos. Reduzir posologia na IR. 120 mg/dia.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral ‑ Prurido: 25 mg à noite; Interac.: A oxatomida pode potenciar todos os fár‑
aumentar, se necessário, para 25 mg, 2‑4 vezes/ macos com a actividade depressora sobre o SNC.
dia. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 30 a 60 mg, 2 vezes/dia
Ansiolítico: 25‑50 mg, 4 vezes/dia por períodos após as refeições.
curtos. [Idosos] ‑ Via oral: 30 mg, 2 vezes/dia.
Via IM: Ansiolítico: 50‑100 mg, a repetir, se neces‑ [Crianças] ‑ Via oral: 6 a 14 anos: 15 a 30 mg, 2 ve‑
sário 4 ou 6 horas depois. Máximo: 600 mg/dia. zes/dia ou 0,2 ml/Kg de peso corporal, 2 vezes/dia.
Outras indicações: 25‑100 mg.
[Crianças] ‑ Prurido: 6 meses a 6 anos: 5‑15 mg,
à noite; se necessário, aumentar até 50 mg/dia, Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 2.5 mg/ml
em 3‑4 fracções; > 6 anos: 15‑25 mg à noite; se TINSET (MSRM); Janssen‑Cilag
necessário, aumentar até 50‑100 mg/dia, em 3‑4 Susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 3 (e 0,015);
fracções. 37%
Via IM: Ansiolítico: Pré ou pós‑operatório: 0,6 mg/
Kg de peso. Orais sólidas ‑ 30 mg
Outras indicações: 1 mg/Kg de peso/dia. TINSET (MSRM); Janssen‑Cilag
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,81 (e 0,2405); 37%
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 2 mg/ml
ATARAX (MSRM); n PROMETAZINA
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 2,72
(e 0,0136); 37% Ind.: Alívio sintomático da urticária e angioedema;
controlo das náuseas, vómitos e vertigens; como
Orais sólidas ‑ 25 mg sedativo e hipnótico. Em aplicação local utiliza
A TARAX (MSRM); ‑se ainda nas picadas de insectos e queimaduras
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; do primeiro grau. Tratamento de emergência das
e 2,32 (e 0,116); 37% reacções anafilácticas. É um componente comum
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 60 unid; de preparações para alívio sintomático da tosse e
e 4,85 (e 0,0808); 37% constipação banal.
R. Adv.: V. Anti‑histamínicos (10.1.). Após injecção
Parentéricas ‑ 100 mg/2 ml podem surgir efeitos cardiovasculares com taqui‑
ATARAX (MSRM); cardia, hipotensão ocasional, icterícia e efeitos
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 6 unid ‑ 2 ml; e 2,74 extrapiramidais; a injecção IV pode causar trom‑
(e 0,4567); 37% bose. Em dose elevada tem sido responsabilizada
pela síndrome de morte súbita nas crianças. Pode
n MEQUITAZINA produzir sensibilização cutânea em aplicação tó‑
Ind.: Alívio sintomático da rinite e conjuntivite alér‑ pica.
gicas, urticária e prurido. Contra‑Ind. e Prec.: Não usar em crianças com me‑
R. Adv.: Como para os anti‑histamínicos H1 com ac‑ nos de 1 ano. A injecção IV deve ser lenta, evitan‑
ção sedativa. Ocorre sedação com doses de 10 mg, do a extravasação e inadvertida injecção arterial.
2 vezes/dia. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: Reacções de hipersensi‑
Contra‑Ind. e Prec.: Como para os anti‑histamínicos bilidade: 10 a 25 mg/dia. Como sedativo, à noite:
H1 com acção sedativa. Não recomendado antes 25 a 75 mg/dia em 2‑3 fracções.
dos 12 anos. Enjoo das viagens: 25 mg à noite, antes da via‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 5 mg, 2 vezes/dia. gem.
10.1. Anti‑histamínicos 385
Via IM: Todas as indicações, excepto náuseas e vó‑ 10.1.2. Anti‑histamínicos não sedativos
mitos: 25 a 50 mg; não exceder 100 mg/24 horas.
[Crianças] ‑ Via oral e rectal: Reacções de hiper‑ Os anti‑histamínicos não sedativos possuem, de
sensibilidade: 1 a 2 anos: 2,5‑5 mg/dia; 2 a 5 anos: um modo geral, menor actividade sedativa, dano
5 a 15 mg/dia; 5 a 10 anos: 10 a 25 mg/dia. psicomotor e efeitos não específicos, por penetra‑
Emergência: 5‑10 anos: 6,25‑12,5 mg IM profun‑ rem mal na barreira hematoencefálica. Todavia,
da. em doses superiores às recomendadas, as funções
Enjoo das viagens: 2 a 5 anos: 5 mg; 5 a 10 anos: do SNC são alteradas, ocasionando insónias e
10 mg, à noite, antes da viagem. outros sintomas de estimulação; a maior parte dos
Náuseas e vómitos: 5 a 10 anos: 6,25 a 12,5 mg. compostos mais recentes não potenciam os efeitos
Tópico: V. Anestésicos locais e antipruriginosos do álcool e das benzodiazepinas, mas a ingestão
(13.8.2.). ou prescrição concomitante deve, de um modo
geral, ser evitada.
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 1 mg/ml Em alguns doentes pode observar‑se redução
FENERGAN (MSRM); Lab. Vitória da vigília, que afecta a qualidade da condução e/
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 125 ml; e 1,67 ou o controlo de máquinas enquanto tomam os
(e 0,0134); 37% fármacos. Neste sentido, admite‑se que a lorata‑
dina e a desloratadina (um metabolito activo da
Parentéricas ‑ 50 mg/2 ml loratadina) teriam menor incidência de sedação
FENERGAN (MSRM); Lab. Vitória que a cetirizina e a levocetirizina (um isómero
Sol. inj. ‑ Ampola ‑ 5 unid ‑ 2 ml; e 1,4 (e 0,28); da cetirizina).
37% A azelastina intranasal pode causar irritação
da mucosa (mas não induz sensibilização em tra‑
n PSEUDOEFEDRINA + TRIPROLIDINA tamentos de curta duração) e um sabor amargo ou
metálico transitório.
Ind.: V. Triprolidina. Em situações de hiperdosagem, deve induzir
R. Adv.: V. Triprolidina. ‑se o vómito e administrar‑se carvão activado para
Contra‑Ind. e Prec.: V. Triprolidina. se reduzir a absorção do fármaco. A maior parte
Interac.: V. Triprolidina. dos antagonistas da segunda geração não são
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 60 mg + 2,5 mg 3‑4 dializáveis. O doente deve ser monitorizado com
vezes/dia. ECG contínuo ou até normalização do intervalo
[Crianças] ‑ Via oral: 6 meses a 2 anos: 1,25 ml, QT, recorrendo‑se eventualmente à cardioversão
3‑4 vezes/dia; 2 a 5 anos: 2,5 ml, 3‑4 vezes/dia; 6 a ou implantação de um pacemaker, uma vez que
12 anos: 5 ml, 3‑4 vezes/dia. a maior parte dos antiarrítmicos estão contra
‑indicados.
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 6 mg/ml + 0.25 mg ml A desloratadina, além de anti‑histamínico, é
ACTIFED (MSRM); Johnson & Johnson um inibidor da libertação da interleucina e outras
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 1,65 citocinas; tem um perfil de segurança sobreponí‑
(e 0,0165); 0% vel ao da loratadina, com a vantagem de reduzir
DINAXIL (MSRM); Tecnifar a congestão nasal na rinite alérgica sazonal, sobre
Xarope ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,85 a qual os outros anti‑histamínicos têm pouca acti‑
(e 0,0285); 0% vidade, podendo ser utilizada nos doentes com
asma ou com febre dos fenos.
Orais sólidas ‑ 60 mg + 2.5 mg Mais dispendiosos que os compostos da 1ª
A CTIFED (MSRM); Johnson & Johnson geração são usados, na prática, para o tratamento
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 1,43 (e 0,0715); 0% da rinite (14.1.3.) e conjuntivite alérgicas (15.2.3.)
DINAXIL (MSRM); Tecnifar e da urticária crónica (13.8.2.).
Comp. ‑ Frasco ‑ 20 unid; e 2,22 (e 0,111); 0%
n AZELASTINA
n TRIPROLIDINA
Ind.: Rinite alérgica sazonal e perene.
Ind.: Alívio sintomático da rinite e conjuntivite alér‑ R. Adv.: Irritação ocasional da mucosa nasal, altera‑
gicas, urticária e prurido. Usa‑se, em combinação ção do gosto (sabor amargo), sonolência e fadiga;
com a pseudoefedrina para tratamento das rinites menos frequentemente, secura da boca e narinas,
e em preparados compostos para alívio da tosse aumento do apetite e do peso, náuseas, vómitos,
e constipação. dor epigástrica, epistaxis e erupção.
Contra‑Ind. e Prec.: Não recomendado a crianças Contra‑Ind. e Prec.: Não foram referidas até ao
com menos de 12 anos. presente em administração tópica. Contudo,
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 2,5 a 5 mg, 3 vezes/dia recomenda‑se que não seja utilizada durante a
ou 10 mg à noite, 5‑6 horas antes de dormir; au‑ gravidez (Anexo 1) e o aleitamento (Anexo 2).
mentar até 20 mg/dia se os sintomas são acentu‑ Posol.: [Adultos] ‑ Profilaxia e terapêutica de ma‑
ados. nutenção: 2‑4 mg, 2 vezes/dia.
Preparados de libertação gradual: 10‑20 mg, 1 vez/ Doentes com sintomas nocturnos e ao levantar:
dia. 8 mg em dose única ao deitar.
Nota: Este medicamento apenas está disponível Intranasal: 140 mg (2 pulverizações) em cada na‑
para prescrição em associação. rina, 2 vezes/dia.
386 Grupo 10 | 10.1. Anti‑histamínicos
Colírio: solução 0,5 mg/ml ‑ 1 gota em cada olho, Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
2‑4 vezes/dia. e 4,78 (e 0,239); 37% ‑ PR e 4,86
[Crianças] ‑ > 6 anos, com asma brônquica: CETIRIZINA BALDACCI 10 MG COMPRIMIDOS RE‑
1‑2 mg, 2 vezes/dia. VESTIDOS (MSRM); Baldacci
Intranasal: > 6 anos: 140 mg (2 pulverizações) Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
em cada narina, 2 vezes/dia. e 4,78 (e 0,239); 37% ‑ PR e 4,86
> 4 anos: Colírio: solução 0,5 mg/ml ‑ 1 gota em CETIRIZINA BLUEPHARMA INDúSTRIA FARMA‑
cada olho, 2 vezes/dia. CêUTICA S.A. 10 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS
Nota: As preparações nasais encontram‑se no sub‑ (MSRM); Bluepharma Genéricos
grupo 14.1.3.. As preparações oftálmicas são des‑ Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8
critas em 15.2.3.. (e 0,19); 37% ‑ PR e 4,86
CETIRIZINA CICLUM (MSRM); Ciclum
n CETIRIZINA Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Ind.: Rinite alérgica, sintomas e sinais de polipose e 4,57 (e 0,2285); 37% ‑ PR e 4,86
nasal, tosse nas crianças com alergia a pólens, CETIRIZINA FARMOZ 10 MG COMPRIMIDOS REVES‑
dermatite atópica, urticária aguda/angioedema e TIDOS POR PELíCULA (MSRM); Farmoz
outras reacções de hipersensibilidade e urticária Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
crónica. e 4,81 (e 0,2405); 37% ‑ PR e 4,86
R. Adv.: Produz pouca sedação e não tem actividade CETIRIZINA GENERIS 10 MG COMPRIMIDOS RE‑
antimuscarínica. Cefaleias, palpitações, arritmias e VESTIDOS (MSRM); Generis
hipotensão. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
Contra‑Ind. e Prec.: Como os anti‑histamínicos, e 4,81 (e 0,2405); 37% ‑ PR e 4,86
em geral. Reduzir a dose a metade na IR; avisar de CETIRIZINA GERMED 10 MG COMPRIMIDOS RE‑
que pode ocorrer sonolência e a condução de ve‑ VESTIDOS (MSRM); Germed
ículos pode ser afectada. Não recomendado antes Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
dos 2 anos, na gravidez (Anexo 1) e aleitamento e 4,81 (e 0,2405); 37% ‑ PR e 4,86
(Anexo 2). CETIRIZINA GP 10 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 5‑10 mg, 1 vez/dia ou (MSRM); gp
5 mg, 2 vezes/dia. Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
[Idosos] ‑ Via oral: 5‑10 mg, 1 vez/dia; IR: 5 mg, 1 e 4,81 (e 0,2405); 37% ‑ PR e 4,86
vez/dia; IH: 5 mg, 1 vez/dia. CETIRIZINA HISTACET 10 MG COMPRIMIDOS RE‑
[Crianças] ‑ Via oral: 2 a 6 anos: 5 mg, 1 vez/dia VESTIDOS (MSRM); Vida
ou 2,5 mg, 2 vezes/dia; 6 a 18 anos: 5‑10 mg/dia, Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 4,86 (e 0,243);
em 1 ou 2 fracções. 37% ‑ PR e 4,86
CETIRIZINA JABA 10 MG COMPRIMIDOS REVESTI‑
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 1 mg/ml DOS (MSRM); Jaba Recordati
CETIRIZINA BALDACCI 1 MG/ML SOLUçãO ORAL Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
(MSRM); Baldacci e 4,72 (e 0,236); 37% ‑ PR e 4,86
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 150 ml; e 3,96 CETIRIZINA LABESFAL 10 MG COMPRIMIDOS RE‑
(e 0,0264); 37% ‑ PR e 3,96 VESTIDOS (MSRM); Labesfal
CETIRIZINA JABA 1 MG/ML SOLUçãO ORAL Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
(MSRM); Jaba Recordati e 4,72 (e 0,236); 37% ‑ PR e 4,86
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 150 ml; e 3,96 CETIRIZINA MYLAN (MSRM); Mylan
(e 0,0264); 37% ‑ PR e 3,96 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
CETIRIZINA LABESFAL 1 MG/ML SOLUçãO ORAL e 4,81 (e 0,2405); 37% ‑ PR e 4,86
(MSRM); Labesfal CETIRIZINA RATIOPHARM 10 MG COMPRIMIDOS
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 150 ml; e 3,94 (MSRM); Ratiopharm
(e 0,0263); 37% ‑ PR e 3,96 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
CETIRIZINA TEVA 1 MG/ML SOLUçãO ORAL e 4,75 (e 0,2375); 37% ‑ PR e 4,86
(MSRM); Teva Pharma CETIRIZINA SANDOZ 10 MG COMPRIMIDOS
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 150 ml; e 3,82 (MSRM); Sandoz (Alemanha)
(e 0,0255); 37% ‑ PR e 3,96 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
ZYRTEC (MSRM); e 4,86 (e 0,243); 37% ‑ PR e 4,86
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 150 ml; e 6,09 CETIRIZINA STADA (MSRM); Stada
(e 0,0406); 37% ‑ PR e 3,96 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; e 3,8
(e 0,19); 37% ‑ PR e 4,86
Orais sólidas ‑ 10 mg CETIRIZINA TOLIFE 10 MG COMPRIMIDOS REVES‑
CETIRIZINA ACTAVIS (MSRM); Actavis TIDOS POR PELíCULA (MSRM); toLife
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 4,86 (e 0,243); 37% ‑ PR e 4,86 e 4,81 (e 0,2405); 37% ‑ PR e 4,86
CETIRIZINA ALTER 10 MG COMPRIMIDOS REVESTI‑ CETIRIZINA WINTHROP 10 MG COMPRIMIDOS
DOS (MSRM); Alter (MSRM); Winthrop
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid; Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 20 unid;
e 4,81 (e 0,2405); 37% ‑ PR e 4,86 e 4,81 (e 0,2405); 37% ‑ PR e 4,86
CETIRIZINA ARROWBLUE (MSRM); Arrowblue ZYRTEC (MSRM);
10.1. Anti‑histamínicos 387
liemia. Não usar durante a gravidez (Anexo 1) e o lidade sob forma inalatória, representando uma
aleitamento (Anexo 2). Recomenda‑se verificar a alternativa eficaz à via oral, por reduzirem os efei‑
resposta individual antes de conduzir veículos ou tos sistémicos consecutivos a esta via, em especial
desempenhar tarefas complicadas. Não associar a nos tratamentos prolongados. Não se destinam ao
outros anti‑histamínicos. controlo agudo das crises mas a um controlo pro‑
Interac.: Em administração concomitante com anti‑ longado, mesmo em fases assintomáticas.
bióticos macrólidos (eritromicina) e antifúngicos Os corticosteróides tópicos têm elevada selec‑
imidazólicos (cetoconazol) sistémicos, podem tividade e baixa actividade sistémica, sendo efi‑
surgir arritmias com prolongamento do interva‑ cientes e seguros no tratamento da rinite e da
lo QT por aumento da concentração plasmática conjuntivite alérgica. Previnem ou suprimem o
da mizolastina. Os antiarrítmicos das classes I e desenvolvimento da fase precoce da resposta
III, por prolongarem o intervalo QT, aumentam inflamatória na conjuntivite alérgica traduzida
a possibilidade de arritmias se associados à mizo‑ por edema, deposição de fibrina, dilatação capi‑
lastina. O uso concomitante de outros inibidores lar, migração dos leucócitos e fagocitose e inibem
ainda os fenómenos mais tardios (a proliferação
potentes da oxidação hepática do fármaco pelo ci‑ capilar e a deposição do colagéneo). Suprimem
tocromo CYP3A4, tais como a ciclosporina, cime‑ ainda a resposta imunológica, inibindo o recru‑
tidina e nifedipina, deve fazer‑se com precaução. tamento dos leucócitos, a sua proliferação e dife‑
Não se verificou potenciação do efeito sedativo e renciação, a libertação de citocinas e a actividade
da inibição motora causada pelo álcool. Não tem fagocitária.
qualquer efeito sobre a farmacocinética da teofili‑ O uso de corticosteróides na alergia ocular
na, digoxina, varfarina ou diltiazem. deve restringir‑se ao uso tópico, aos casos gra‑
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 10 mg, 1 vez/dia. ves e durante um período de tratamento que não
[Crianças] ‑ Via oral: 2 a 6 anos: 5 mg, 1 vez/dia; 6 ultrapasse os 5 dias; devem consumir‑se na menor
a 18 anos: 10 mg, 1 vez/dia. dose útil devido aos efeitos locais bem conhecidos
(cataratas, glaucoma e facilitação de infecção da
Orais sólidas ‑ 10 mg córnea) (V. Subgrupo 15.2.1. ‑ Corticosteróides).
MIZOLLEN (MSRM); Sanofi Aventis É prudente limitar o uso de corticosteróides a
Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 7,13 um período curto e aceitar um grau ligeiro de
(e 0,3565); 37% inflamação ou de sintomatologia, em vez de ten‑
tar suprimir todos os sinais da doença com o uso
n RUPATADINA prolongado de esteróides (V. Subgrupo 8.2. ‑ Cor‑
ticosteróides).
Ind.: Rinite alérgica sazonal e perene. Os corticosteróides de uso intranasal demons‑
R. Adv.: Sonolência, astenia, fadiga; mais raros são tram uma actividade anti‑inflamatória potente e
a xerostomia, faringite, dispesia e aumento do reduzida actividade sistémica. O alívio dos sin‑
apetite e rinite. tomas nasais é superior ao dos anti‑histamínicos
Contra‑Ind. e Prec.: Usar com precaução em ado‑ incluindo o ácido cromoglícico (cromoglicato
lescentes e nos idosos porque há pouca experiên‑ de sódio). São úteis na rinite alérgica sazonal e
cia nestes grupos etários. Não se recomenda o seu perene, mas a eficácia é superior quando se ini‑
uso nos doentes com IH ou IR. Não há experiên‑ ciam antes do começo da febre dos fenos e são
cia com o uso do fármaco para além de 4 semanas. continuados até ao fim da época. São ainda úteis
Evitar o uso em doentes com intervalo QT prolon‑ em rinites causadas por infecções virais ou bacte‑
gado, doentes com hipercaliemia, com patologia rianas, medicamentos, hormonas e factores físi‑
pró‑arrítmica em curso, bradicardia significativa cos. Administrados em dose diária única são bem
ou isquémia miocárdica aguda. tolerados pela maioria dos doentes e com uma
Interac.: Não usar em associação com o cetoconazol reduzida incidência de reacções adversas locais
ou outro inibidor da isoenzima do CYP 3A4 do e sistémicas. Os corticosteróides sistémicos têm
citocromo P450, que aumentam a concentração uma utilidade terapêutica suplementar na rinite
plasmática da rupatadina. Possível potenciação de alérgica e não substituem a terapêutica tópica.
efeitos depressores sobre o SNC quando em asso‑ Por via oral estão indicados na rinite sazonal em
ciação com outros depressores centrais (incluindo ajuste com a contagem polínica, reservando‑se as
o álcool) ou com outros anti‑histamínicos. formas de acção retardada para algumas situações
Posol.: [Adultos e adolescentes > 12 anos] ‑ Via de rinite perene e polipose nasal.
oral: 10 mg, 1 vez/dia, com ou sem alimentos.
n BECLOMETASONA
Orais sólidas ‑ 10 mg Nota: As preparações para inalação encontram‑se
RINIALER (MSRM); Bialfar no subgrupo 5.1.3.1.. As preparações nasais são
Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 7,16 (e 0,358); 37% descritas em 14.1.2.. As formas cutâneas são
abordadas em 13.5..
10.2. Corticosteróides
O uso de anti‑inflamatórios na rinite e conjun‑ n BUDESONIDA
tivite alérgicas baseia‑se na sua poderosa acção Nota: As preparações para inalação encontram‑se
sobre as respostas inflamatória e imunológica no subgrupo 5.1.3.1.. As formas orais e rectais
locais que sempre acompanham a reacção alér‑ são abordadas em 6.7.. As preparações nasais
gica. Os corticosteróides utilizam‑se com esta fina‑ são descritas em 14.1.2..
390 Grupo 10 | 10.3. Simpaticomiméticos
Nutrição
não são referidos neste Prontuário, ou por se tratar
de produtos usados exclusiva ou maioritariamente
em ambiente hospitalar ou por assumirem o estatuto
de produtos dietéticos. É o que acontece com os sub‑
grupos 11.1. e 11.2., destinados à nutrição entérica e
parentérica.
11.2.1.2. Glúcidos
11.2. Nutrição parentérica
n GLUCOSE
11.2.1. Macronutrientes A glucose é utilizada em caso de necessidade
de carbohidratos, hipoglicemia. Usa‑se igualmente
11.2.1.1. Aminoácidos em baixa concentração para reposição de fluidos.
É a primeira escolha como fonte de carbohidra‑
Este subgrupo não possui medicamentos no tos em nutrição parentérica. Existem formulações
âmbito do Prontuário. de 5 a 50%. As soluções de concentração de 5%
392 Grupo 11 | 11.3. Vitaminas e sais minerais
são iso‑osmóticas com o sangue sendo muito uti‑ ou de uma deficiência patológica ou induzida por
lizadas em reposição de fluidos. Concentrações fármacos.
superiores a 5% são hiperosmóticas e geralmente Regra geral, pessoas saudáveis, com uma dieta
usadas como fonte de carbohidratos. equilibrada, não necessitam de suplementos vita‑
mínicos e, na ausência de qualquer deficiência
Ind.: Reposição de fluidos, reposição de glucose, vitamínica diagnosticada, a ingestão suplemen‑
hipoglicemia. tar de vitaminas é inútil. Apesar disso, o uso de
R. Adv.: Possivel irritação venosa e tromblofebite, suplementos vitamínicos está profundamente
mais significativa em soluções com maior concen‑ implantado na opinião pública que vê à sua dis‑
tração e baixo pH. posição uma variedade imensa de associações de
Contra‑Ind. e Prec.: As soluções hiperosmóticas vitaminas e sais minerais, em medicamentos não
não podem ser utilizadas em anuria, hemorragia sujeitos a receita médica e, como tal, passíveis de
intracranial e intraespinhal. Soluções hiperosmó‑ publicidade.
ticas devem ser administradas numa via central. A toma de doses excessivas de vitaminas do
Em caso de perfusão não pode ser administrada grupo hidrossolúvel (complexo B e vitamina C)
no mesmo canal que o sangue. tem poucos riscos mas é desprovida de efeito tera‑
Posol.: A dose é variável e depende das necessidades pêutico devido à rápida excreção, através da urina;
do doente, devendo ser monitorizada a concen‑ a toma de doses excessivas de vitaminas do grupo
tração sanguínea de glucose. lipossolúvel (vitaminas A, D, E e K) é potencial‑
mente perigosa, por acumulação no organismo.
Parentéricas ‑ 100 mg/ml Neste grupo faremos referência às vitaminas
GLUCOSTERIL 10% (MSRM); Fresenius Kabi que são usadas clínicamente na prevenção ou
Sol. p. perfusão ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 1000 ml; e 4,55 tratamento de estados de deficiência vitamínica
(e 0,0046); 0% específica. Porém, a abundância de formulações, e
em associações tão diversas, torna impossível um
Parentéricas ‑ 300 mg/ml agrupamento destes medicamentos com base ape‑
LUCOSTERIL 30% (MSRM); Fresenius Kabi
G nas na terapêutica específica de uma avitaminose.
Sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid
‑ 500 ml; e 3,81 (e 0,0076); 0%
11.3.1.1. Vitaminas lipossolúveis
11.2.1.3. Lípidos Vitamina A
Este subgrupo não possui medicamentos no A vitamina A (retinol) é uma vitamina liposso‑
âmbito do Prontuário. lúvel essencial ao crescimento, desenvolvimento e
manutenção do tecido epitelial e à visão.
11.2.1.4. Misturas de macronutrientes A deficiência em vitamina A surge por dieta ina‑
dequada. Está associada a defeitos oculares (xerof‑
Este subgrupo não possui medicamentos no talmia e cegueira), ao aumento da susceptibilidade
âmbito do Prontuário. às infecções e à alteração da pele e membranas
mucosas.
11.2.2. Micronutrientes As deficiências em vitamina A são mais frequen‑
tes em crianças do que nos adultos, mas são raras
Este subgrupo não possui medicamentos no nos países desenvolvidos.
âmbito do Prontuário. Além das formulações a seguir indicadas exis‑
tem especialidades farmacêuticas contendo vita‑
mina A associada a outras vitaminas ou sais mine‑
1 1.2.3. Misturas de macronutrientes e rais. A referência a tais especialidades será feita
micronutrientes após a apresentação de todos os constituintes ou
nos subgrupos 11.3.1.3. (Associações de vitami‑
Este subgrupo não possui medicamentos no nas) e 11.3.3. (Associações de vitaminas com sais
âmbito do Prontuário. minerais).
n RETINOL
11.3. Vitaminas e sais minerais Ind.: Tratamento e prevenção das deficiências em vi‑
tamina A, na xeroftalmia, nas perturbações da pele
11.3.1. Vitaminas como a acne e a psoríase e na retinite pigmentosa,
e em doentes com cirrose biliar primária ou doen‑
As vitaminas são substâncias orgânicas de ori‑ ça colestática crónica.
gem natural que intervêm em importantes pro‑ R. Adv.: A hipervitaminose A pode conduzir a fadiga,
cessos metabólicos; não são sintetizadas no orga‑ irritabilidade, anorexia e perda de peso, vómitos e
nismo ou são‑no em quantidade insuficiente. outras perturbações gastrintestinais; temperatura
As deficiências em vitaminas resultam de uma corporal baixa, hepatosplenomegalia, alterações
dieta inadequada, de uma situação física que da pele e dos tecidos subcutâneos, alopécia, cabe‑
requer um aporte suplementar (gravidez e alei‑ lo seco, lábios secos e gretados, anemia, cefaleias,
tamento, esforço físico excessivo, RNs e idosos) hipercalcemia, dores ósseas e articulares, aumen‑
11.3. Vitaminas e sais minerais 393
Vitamina B6 Vitamina PP
Piridoxina, piridoxal e piridoxamina são com‑ A nicotinamida ou vitamina PP intervém, sob
postos naturais, designados por vitamina B6, que a forma de dinucleotídeos (NAD e NADP), como
se encontram presentes na dieta normal, pelo que co‑enzima em reacções de oxidação e redução, na
são raras as deficiências nesta vitamina. cadeia respiratória, na glicólise e na síntese lipí‑
A piridoxina é uma vitamina hidrossolúvel dica.
interveniente no metabolismo dos aminoácidos, A deficiência em vitamina PP desenvolve‑se
quando a dieta é hipoproteica, pobre em tripto‑
dos hidratos de carbono e dos lípidos. A sua pre‑ fano, à base de cereais (sobretudo milho) e con‑
sença é também necessária à formação da hemo‑ duz a um quadro clássico de carência designado
globina. por pelagra. Este quadro manifesta‑se por lesões
No adulto os requisitos diários de piridoxina na pele (hiperpigmentação e hiperqueratiniza‑
situam‑se entre 1,5 e 2 mg e tendem a aumentar ção), especialmente nas áreas expostas, por diar‑
quando a ingestão proteica aumenta. reia e estado demencial.
A deficiência em piridoxina afecta o SNC na Situações clínicas semelhantes à pelagra podem
criança e, no adulto, conduz ao desenvolvimento desencadear‑se, por deficiência secundária de vita‑
de nevrites periféricas. As situações de hipovitami‑ mina PP, nos alcoólicos crónicos ou na síndrome
nose podem ser de causa iatrogénica como, por de malabsorção.
exemplo, durante a terapêutica com isoniazida. Ácido pangâmico
A utilização inadequada de piridoxina observa‑se
em certos erros genéticos do metabolismo. A designação de ácido pangâmico tem sido apli‑
O uso da piridoxina no tratamento da depres‑ cada a um conjunto diverso de substâncias, deriva‑
são e de outros sintomas associados com a sín‑ das do ácido glucónico. Alguns autores também o
drome pré‑menstrual e o uso de contraceptivos designam por vitamina B15, mas não é conhecida
orais tem sido, em termos de eficácia, questio‑ qualquer justificação para a atribuição da desig‑
nado. nação de vitamina a estes compostos. Compostos
O pirrolidinocarboxilato de piridoxina (meta‑ contendo sais do ácido pangâmico têm sido pro‑
doxina) tem sido proposto para o tratamento das postos para o tratamento de dislipidemias e para
a promoção da oxigenação tecidual. No entanto,
hepatopatias, nomeadamente da alcoólica, sem não são conhecidos estudos que fundamentem
provas irrefutáveis da sua valia terapêutica. adequadamente tais indicações.
Os suplementos de vitamina B6 estão indi‑
cados no tratamento e prevenção das deficiên‑ n PANGAMATO DE CáLCIO
cias em vitamina B6, nas síndromas piridoxino
‑dependentes, na anemia sideroblástica e como Orais sólidas ‑ 200 mg
suplemento durante a gravidez e aleitamento. PULSOR (MNSRM); Tecnimede
A sua administração prolongada e em grandes Comp. revest. ‑ Blister ‑ 40 unid; 0%
doses (2 g/dia) está associada ao desenvolvimento
de neuropatias periféricas graves. Podem ocorrer Vitamina C
interacções com a levodopa se administrada sem A vitamina C (ácido ascórbico) é uma vitamina
um inibidor da dopa descarboxilase. hidrossolúvel essencial à síntese do colagénio e de
Nas situações de deficiência geral os suplemen‑ material intercelular.
tos de vitamina B6 são administrados em dosagens No Homem a dieta alimentar é a fonte de ácido
até 150 mg/dia, em doses repartidas; na anemia ascórbico dada a nossa incapacidade de o sinte‑
sideroblástica idiopática até 400 mg/dia, em doses tizar.
repartidas. As deficiências em vitamina C são raras no
adulto, mas podem surgir em crianças, alcoólicos,
V itamina B12 (cianocobalamina) e ácido fumadores e idosos. Traduzem‑se em fragilidade
fólico capilar, hemorragias dos pequenos vasos, peté‑
quias, gengivites, fracturas espontâneas e perda
A cianocobalamina e o ácido fólico são vita‑ de dentes. O único quadro clínico bem definido
de carência de vitamina C é o escorbuto.
minas do grupo B fundamentais para a síntese de Não está demonstrado que a ingestão de doses
ácidos nucleicos e para vários outros processos diárias de ácido ascórbico previna os resfriados
metabólicos. ou reduza a sua duração.
A deficiência nestas vitaminas conduz a situa‑
ções de anemia megaloblástica. A deficiência de n ÁCIDO ASCóRBICO
vitamina B12 causa degenerescência combinada Ind.: Na deficiências em vitamina C e como acidifi‑
subaguda da medula e neuropatias. cante urinário.
O importante papel que desempenham na R. Adv.: Em doses elevadas pode surgir diarreia,
terapêutica, como antianémicos, remete as suas obstrução gastrintestinal, esofagite, hemólise, hi‑
monografias para o subgrupo 4.1.2.. peroxalúria e IR.
396 Grupo 11 | 11.3. Vitaminas e sais minerais
A toma de sais de potássio em excesso pode causar do que o hidrogenocarbonato, sendo preferível nas
hipercaliemia, que se manifesta por parestesias das soluções usadas em climas quentes e húmidos. As
extremidades, fraqueza ou paralisia muscular, arrit‑ formulações que utilizam hidratos de carbono mais
mias e risco de paragem cardíaca, e alterações neuroló‑ complexos (como soluções à base de cereais) têm
gicas centrais. O risco de surgir hipercaliemia é maior sido propostas, alegadamente por apresentarem uma
nos insuficientes renais ou quando se associam os sais eficácia superior às das formulações que contêm ape‑
de potássio a fármacos poupadores de potássio ou a nas glucose. A existirem estas diferenças elas não têm
inibidores da enzima de conversão da angiotensina. relevância clínica e o sucesso da hidratação será mais
Os sais de potássio por via oral podem causar diver‑ ditado pela disponibilidade destes medicamentos e
sas reacções gastrintestinais (náuseas, vómitos, cólicas não por estas pequenas alterações na formulação ou
intestinais e ulceração gástrica). A incidência destas na composição.
reacções pode ser diminuída com o uso de formas
efervescentes, de formas de cedência prolongada e se Ind.: Profilaxia da desidratação.
as tomas se fizerem durante ou após as refeições. R. Adv.: Se rapidamente administradas podem pro‑
vocar vómito.
Ind.: Prevenção e tratamento da carência de potássio Contra‑Ind. e Prec.: Em casos de oclusão intestinal,
e/ou hipocaliemia (causada ou não por diuréticos insuficientes renais graves, vómitos intensos não
espoliadores de potássio). controlados. Nestes casos é obrigatório o recurso
R. Adv.: A toma em excesso pode provocar hipercali‑ à hidratação por via parentérica.
émia (V. acima), reacções gastrintestinais. Posol.: A posologia das soluções de hidratação oral
Contra‑Ind. e Prec.: Hipercaliemia, IR grave. varia de acordo com o peso do doente e da gravi‑
Interac.: Diuréticos poupadores de potássio, ciclos‑ dade da diarreia.
porina. [Adultos] ‑ Dissolver o conteúodo da carteira em
Posol.: Prevenção da hipocaliemia: 1.200 mg de clo‑ 200 a 400 ml e tomar após cada dejecção.
reto de potássio. [Crianças] ‑ Dissolver o conteúodo da carteira em
Tratamento da hipocaliemia deve ser propor‑ 200 ml e tomar após cada dejecção.
cional, com monitorização da concentração [Lactentes] ‑ até 1,5 vezes o volume de cada re‑
plasmática. feição.
Nota: V. Subgrupo (12.1.).
n CLORETO DE POTáSSIO
n BICARBONATO DE SóDIO + CLORETO
Orais sólidas ‑ 600 mg DE POTáSSIO + CLORETO DE SóDIO +
CLORETO DE POTáSSIO RETARD ZYMA (MSRM); GLUCOSE
Comp. libert. prolong. ‑ Blister ‑ 40 unid; e 1,83
(e 0,0458); 37% Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ Bicarbonato de sódio
500 mg + Cloreto de potássio 300 mg + Cloreto de
11.3.2.4. Associação de sais para re sódio 700 mg + Glucose 4000 mg
‑hidratação oral REDRATE (MNSRM); Sanofi Aventis
Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; 0%
Os sais de hidratação oral são uma ferramenta
terapêutica importantíssima na profilaxia da desi‑ n ELECTRóLITOS + GLUCOSE
dratação causada por diarreias agudas, sendo con‑
siderados como dos medicamentos que mais vidas Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ Cloreto de potás‑
têm salvo. Possuem na sua composição três compo‑ sio 300 mg + Cloreto de sódio 470 mg + Glucose
nentes fundamentais: electrólitos (cloreto de sódio 3560 mg + Hidrogenocitrato dissódico hidratado
e cloreto de potássio), glucose e hidrogenocarbo‑ 530 mg
nato. A função da glucose é a de favorecer a absorção DIORALYTE (SABOR GROSELHA) (MNSRM); Korangi
dos electrólitos a nível intestinal; a do hidrogeno‑ Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; 0%
carbonato é a de prevenir a acidose metabólica. DIORALYTE (SABOR LIMãO) (MNSRM); Korangi
São preparações extemporâneas que devem Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,27
ser preparadas em água potável e à temperatura (e 0,2635); 37%
ambiente. Uma vez preparadas, as soluções devem
ser mantidas num local fresco e rejeitadas 24 horas 1 1.3.3. Associações de vitaminas com sais
após a sua preparação. Quando for necessário usar minerais
água fervida (quando destinadas a crianças ou na
falta de água potável), esta deve ser fervida e arrefe‑ Além dos sais minerais referidos nos pontos
cida antes da preparação. anteriores, existe um conjunto de outras substân‑
A composição das soluções de hidratação oral cias inorgânicas, presentes em pequenas quantida‑
pode variar consideravelmente. As diferenças maio‑ des nos tecidos e que são necessárias em diversos
res são a nível do teor em cloreto de sódio, na processos metabólicos. Estas substâncias são por
presença de hidratos de carbono mais complexos ou vezes designadas por micronutrientes. Incluem,
na presença de citrato em substituição do hidroge‑ entre outros, o cobalto, o cobre, o ferro, o iodo,
nocarbonato. Os teores em cloreto de sódio podem o manganésio e o selénio. O ferro participa no
variar entre os 50 e os 90 mmol/litro, havendo a transporte e acumulação muscular de oxigénio; o
convicção de que as de teor mais elevado devem iodo é necessário para a síntese das hormonas da
ser usadas nas diarreias mais intensas. A opção pelo tiróide; os outros micronutrientes participam como
citrato é justificada por ter uma estabilidade melhor co‑factores enzimáticos.
402 Grupo 11 | 11.3. Vitaminas e sais minerais
Embora estejam descritos síndromas resultantes + Hidrogenofosfato de cálcio anidro 100 mg + Ni‑
da carência de alguns desses micronutrientes, só em cotinamida 100 mg + Pantotenato cálcico 20 mg +
casos de carências dietéticas graves ou de solicitações Piridoxina, cloridrato 5 mg + Riboflavina 15 mg +
metabólicas muito aumentadas (como por exemplo Tiamina, cloridrato 15 mg + Zinco, sulfato 100 mg
na gravidez) é que se justifica o recurso a suplemen‑ + Ácido ascórbico 600 mg + Ácido fólico 0.4 mg
tos desses micronutrientes. VARIMINE STRESS (TUTTI‑FRUTTI) (MSRM); Lab.
As formulações contendo ferro são apresentadas Atral
dentro do âmbito dos antianémicos (V. Subgrupo Pó p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 5,87
4.1.1.). Os outros micronutrientes encontram‑se (e 0,2935); 0%
geralmente em associações contendo, também,
outros sais minerais e vitaminas. Orais sólidas ‑ Carbonato de cálcio 346.875 mg +
Estas associações, por vezes muito complexas, Cianocobalamina 0.006 mg + Colecalciferol 400
escapam à sua descrição sistemática. Como suple‑ U.I. + DL‑ Alfa‑tocoferol, acetato 60 mg + Fumara‑
mentos, poderá justificar‑se o seu emprego profi‑ to ferroso 54.761 mg + Magnésio, óxido 165.782 mg
láctico de carências, em situações de aumento das + Nicotinamida 20 mg + Piridoxina, cloridrato
necessidades vitamínicas e minerais (gravidez, aleita‑ 2.43 mg + Potássio, iodeto 0.588 mg + Retinol
mento, prática desportiva intensa) ou de deficiente 5000 U.I. + Riboflavina 1.7 mg + Tiamina, nitrato
aporte ou absorção (idosos, dietas desequilibrado‑ 1.456 mg + Ácido ascórbico 60 mg + Ácido fólico
ras, alcoolismo, má absorção, diarreia crónica, etc.). 0.4 mg
As associações de sais de cálcio com vitamina D PRENATAL (MNSRM); Teofarma (Itália)
são sobretudo usadas como parte da terapêutica da Comp. revest. ‑ Frasco ‑ 60 unid; 0%
osteoporose (V. Subgrupo 11.3.2.1.1.) dado que a
vitamina D favorece a absorção do cálcio. Orais sólidas ‑ Cianocobalamina 0.002 mg + Co‑
bre, sulfato 1 mg + Ergocalciferol 60 U.I. + Fosfato
n MULTIVITAMINAS + SAIS MINERAIS dicálcico di‑hidratado 100 mg + Magnésio, sulfato
hepta‑hidratado 1.5 mg + Manganésio, sulfato tetra
‑hidratado 1 mg + Nicotinamida 20 mg + Pantote‑
Mistas ‑ Frasco: Cobre, sulfato 0.1 mg/ml + DL‑ Alfa nato cálcico 2.5 mg + Piridoxina, cloridrato 0.5 mg
‑tocoferol, acetato 0.4 mg/ml + Ergocalciferol 150 + Retinol, acetato 1.6 mg + Riboflavina 2.5 mg +
U.I./ml + Glicerofosfato de cálcio 4 mg/ml + Glice‑ Sódio, molibdato 0.2 mg + Tiamina, nitrato 2.5 mg
rofosfato de manganésio 0.35 mg/ml + Glicerofos‑ + Zinco, sulfato hepta‑hidratado 0.2 mg + Ácido as‑
fato de potássio 1 mg/ml + Glicerofosfato de sódio córbico 50 mg + Ácido fólico 1 mg
4 mg/ml + Retinol, palmitato 750 U.I./ml + Sulfato VARIMINE (MNSRM); Lab. Atral
ferroso 2 mg/ml + Sódio, molibdato 0.04 mg/ml; Sa‑ Comp. revest. ‑ Blister ‑ 100 unid; 0%
queta: Cianocobalamina 0.0005 mg/ml + Fosfato
de riboflavina e sódio 0.2 mg/ml + Nicotinamida Orais sólidas ‑ Alfa‑tocoferol, acetato 30 U.I. + Bio‑
1 mg/ml + Pantotenato cálcico 0.3 mg/ml + Pirido‑ tina 0.045 mg + Cianocobalamina 0.012 mg + Fos‑
xina, cloridrato 0.16 mg/ml + Tiamina, cloridrato fato dicálcico di‑hidratado 100 mg + Nicotinamida
0.5 mg/ml + Ácido ascórbico 10 mg/ml 100 mg + Pantotenato cálcico 20 mg + Piridoxina,
VARIMINE (MNSRM); Lab. Atral cloridrato 5 mg + Riboflavina 15 mg + Tiamina,
Sol. oral + Pó p. sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml nitrato 15 mg + Zinco, sulfato 100 mg + Ácido as‑
(+ Saqueta ‑ 1 unidade(s)); 0% córbico 600 mg + Ácido fólico 0.4 mg
VARIMINE STRESS (MNSRM); Lab. Atral
Orais sólidas ‑ Alfa‑tocoferol, acetato 3.03 mg + Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; 0%
Amónio, molibdato tetra‑hidratado 0.094 mg +
Biotina 0.0125 mg + Cianocobalamina 0.0005 mg n PIRIDOXINA + SAIS MINERAIS E OUTRAS
+ Cloreto de potássio 9.58 mg + Cobre, sulfato ASSOCIAçõES
1.25 mg + Colecalciferol 100 U.I. + Hidrogeno‑
fosfato de cálcio anidro 250 mg + Magnésio, óxi‑ Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ Citrato de potássio
do pesado 8.33 mg + Manganésio (II), pirofosfato 0.46 mg/ml + Citrato de sódio 9.7 mg/ml + Cálcio,
penta‑hidratado 1.546 mg + Nicotinamida 10 mg citrato 0.28 mg/ml + Magnésio, citrato 0.085 mg/
+ Níquel 0.05 mg + Pantotenato cálcico 1.5 mg + ml + Pirglutargina 200 mg/ml + Piridoxina, clori‑
Piridoxina, cloridrato 0.5 mg + Retinol, acetato drato 5 mg/ml + Taurina 10 mg/ml + Ácido cítrico
1500 U.I. + Riboflavina 1.5 mg + Sulfato ferroso mono‑hidratado 40 mg/ml
17 mg + Sódio, fluoreto 0.111 mg + Tiamina, ni‑ DETOXERGON (MNSRM); Baldacci
trato 4.545 mg + Zinco, óxido 0.625 mg + Ácido Sol. oral ‑ Ampola ‑ 20 unid ‑ 10 ml; 0%
aminobenzóico 2 mg + Ácido ascórbico 0.18 mg +
Ácido ascórbico 20 mg n VITAMINAS DO COMPLEXO B + CáLCIO
DAGRAVIT TOTAL 30 (MNSRM); Meda Pharma
Comp. revest. ‑ Blister ‑ 30 unid; 0% Orais sólidas ‑ Biotina 0.025 mg + Cianocobalami‑
na 0.001 mg + Nicotinamida 25 mg + Pantotenato
n MULTIVITAMINAS + SAIS MINERAIS + cálcico 25 mg + Piridoxina, cloridrato 5 mg + Ri‑
ÁCIDO FóLICO boflavina 15 mg + Tiamina, cloridrato 15 mg
DAGRAVIT B COMPLEX FORTE (MNSRM); Meda
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ Alfatocoferol 30 U.I. Pharma
+ Biotina 0.045 mg + Cianocobalamina 0.012 mg Comp. revest. ‑ Blister ‑ 30 unid; 0%
Correctivos
12
A maioria dos fármacos incluídos neste grupo
apresenta‑se sob a forma de soluções estéreis,
tendo por objectivo a correcção do equilibrio
hidro‑electrolítico ao fornecer água para hidrata‑ da Volémia e
ção e electrólitos, de modo a corrigir as alterações
da volémia e restabelecer o equilíbrio osmótico ou das Alterações
o equilíbrio ácido‑base. Os principais iões envolvi‑
dos no equilíbrio hidroelectrolítico e no equilíbrio
Electrolíticas
ácido‑base são o sódio, o cloro, o bicarbonato e o
potássio. O cálcio, o fosfato e o magnésio desem‑
penham um papel central na formação do tecido Correctivos da Volémia
e das Alterações Electrolíticas
ósseo para além de participarem em numerosos
processos metabólicos e fisiológicos. Algumas 12.1. Correctivos do equilíbrio ácido‑base
soluções electrolíticas contêm um hidrato de car‑ 12.1.1. Acidificantes
bono como fonte de calorias, sendo a glucose o 12.1.2. Alcalinizantes
monossacarido mais utilizado. Algumas soluções
electrolíticas contêm também precursores do 12.2. Correctivos das alterações
bicarbonato (acetato, citrato ou lactato), actuando hidroelectrolíticas
como agentes alcalinizantes. 12.2.1. Cálcio
As soluções parentéricas são frequentemente 12.2.2. Fósforo
usadas como veículo ao qual se adicionam medi‑ 12.2.3. Magnésio
camentos injectáveis (por ex: citostáticos), para 12.2.4. Potássio
perfusão IV lenta. É indispensável conhecer as 12.2.5. Sódio
incompatibilidades físicas e químicas eventual‑ 12.2.6. Zinco
mente existentes, antes de se proceder a este tipo 12.2.7. Glucose
de administração. Para todas as soluções, é indis‑ 12.2.8. Outros
pensável observar cuidados de assépsia e antissép‑
sia, aquando da sua administração. 12.3. Soluções para diálise peritoneal
O sódio é o principal catião do compartimento 12.3.1. Soluções isotónicas
12.3.2. Soluções hipertónicas
extracelular e o cloro o principal anião. O teor
em sódio determina, normalmente, o volume do 12.4. Soluções para hemodiálise
fluido extracelular. O cloreto de sódio desempe‑
nha um papel importantíssimo na regulação da 12.5. Soluções para hemofiltração
osmolalidade plasmática, equilíbrio ácido‑base e
potencial das membranas celulares. As soluções 12.6. Substitutos do plasma e das
de cloreto de sódio ou soluções salinas cuja con‑ fracções proteicas do plasma
centração é de 0,9% são isotónicas e vulgarmente 12.7. Medicamentos captadores de iões
designadas por soro fisiológico; por via IV podem 12.7.1. Fixadores de Fósforo
ser administradas em veia periférica. A sua utili‑ 12.7.2. Resinas permutadoras de catiões
dade terapêutica é, aliás, bem reconhecida quando
administradas por quaisquer vias ‑ as feridas
expostas como as queimaduras ou as úlceras res‑
pondem bem à irrigação com soro fisiológico; as IV. Os sais de potássio devem ser administrados
soluções oftálmicas de soro fisiológico permitem com precaução a doentes com doença cardíaca,
o alívio temporário do edema da córnea e as gotas doentes com patologias associadas a hipercaliemia
nasais de soro fisiológico fluidificam as secreções ‑ IR, insuficiência suprarrenal, desidratação aguda,
e aliviam os sintomas da congestão nasal. O clo‑ queimaduras graves e/ou doentes medicados com
reto de sódio é o principal sal de sódio usado
como fonte de iões sódio. Os principais efeitos fármacos susceptíveis de induzir hipercaliemia,
adversos devido ao sódio serão, logicamente, como os diuréticos poupadores do potássio, ini‑
alterações hidroelectolíticas por excesso de sódio; bidores da enzima de conversão da angiotensina
a elevação da osmolalidade plasmática (hiperna‑ ou antagonistas da angiotensia II e ciclosporina.
tremia) raramente ocorre com a administração de A monitorização frequente do ionograma e ECG é
doses terapêuticas de cloreto de sódio. O cloreto recomendada.
de sódio deverá ser administrado com precaução A glucose é um substrato metabólico e fonte
a doentes com patologias associadas à retenção de preferencial de hidratos de carbono sendo utili‑
sódio, incluindo HTA, IC, edemas ou IR. zada na prática clínica como fonte de calorias e
O potássio é o principal catião intracelular de água para re‑hidratação. A administração de
sendo essencial em variadíssimos processos glucose pode reduzir as perdas de proteínas e de
metabólicos e fisiológicos, nomeadamente na azoto, promove a síntese do glicogénio e permite
condução do influxo nervoso, contracção muscu‑ prevenir a cetose, se administrada em quantida‑
lar e equilíbrio ácido‑base. Os principais efeitos des suficientes. Quando administrada por via IV
adversos associados à administração excessiva pode induzir diurese, dependendo do volume
de potássio são: hipercaliemia, especialmente administrado e da situação clínica do doente. As
em doentes com IR, sendo particularmente rele‑ soluções de glucose de concentração igual a 5%
vante a toxicidade cardíaca após administração são isotónicas e podem ser administradas em veia
404 Grupo 12 | 12.1. Correctivos do equilíbrio ácido‑base
Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 100 ml; Parentéricas ‑ 100 mg/ml
e 1,96 (e 0,0196); 0% SORO GLUCOSADO A 10% B.BRAUN (MSRM); B.
Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 250 ml; Braun Medical
e 2,23 (e 0,0089); 0% Sol. p. perfusão ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 1000 ml; e 4,46
Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 500 ml; (e 0,0045); 0%
e 1,69 (e 0,0034); 0%
Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 1000 ml; Parentéricas ‑ 300 mg/ml
e 2,82 (e 0,0028); 37% LUCOSE 30% BRAUN (MSRM); B. Braun Medical
G
Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 10 unid ‑ 500 ml;
12.2.6. Zinco e 4,82 (e 0,001); 0%
Este subgrupo não possui medicamentos no
âmbito do Prontuário. 12.2.8. Outros
n CLORETO DE CáLCIO + CLORETO DE
12.2.7. Glucose POTáSSIO + CLORETO DE SóDIO +
LACTATO DE SóDIO
n GLUCOSE
Solução para perfusão: Cada 1000 ml contêm:
Ind.: Tratamento da hipoglicemia de qualquer etio‑ Cloreto de sódio ‑ 6,0 g; cloreto de potássio – 0,3
logia incluindo hiperinsulinemia, alcoolismo ou g; cloreto de cálcio – 0,2 g; lactato de sódio – 3,1
choque. Prevenção e tratamento da desidratação g, pelo que cada 1000 ml fornecerão: sódio – 130
devida a diarreia aguda. Tratamento da deplecção
em hidratos de carbono e fluidos (nutrição enté‑ mEq, potássio – 4 mEq, cálcio – 2,7 mEq, cloro –
rica e parentérica). 110 mEq e lactato – 27 mEq. A solução de Ringer
R. Adv.: Hiperglicemia. Glicosúria. Retenção hídrica. com Lactato é uma solução isotónica cujo pH é
Alterações electrolíticas incluindo hipocalemia, 6,6.
hipomagnesiemia e hipofosfatemia. Agravamento
do estado neurológico após lesão isquémica cere‑ Ind.: Correcção da volemia e de alterações electrolí‑
bral. Hipoglicemia de “rebound” após interrupção ticas. Tratamento da acidose metabólica.
abrupta de perfusões de soluções de elevada con‑ R. Adv.: As reacções adversas susceptíveis de serem
centração. Irritação venosa local e tromboflebites observadas com a solução de Ringer com Lacta‑
(soluções hipertónicas). to estão associadas à administração excessiva
Contra‑Ind. e Prec.: Coma diabético e hiperglice‑ de um ou alguns dos iões presentes na solução.
mia. Doentes em anúria. Hemorragia intracra‑ Os efeitos mais graves que se poderão observar
niana. Delírio tremens em doentes desidratados. resultam de um excesso de sódio e sobrecarga
Isquemia cerebral. Síndrome da má absorção hídrica podendo conduzir a edema pulmonar e/
glucose‑galactose. ou edema periférico. Poder‑se‑á também observar
Posol.: [Adultos] ‑ Via IV: 500 mg/kg/hora; dose má‑ alcalose metabólica (excesso de bicarbonato ‑ o
xima ‑ 800 mg/kg/hora. As soluções de glucose a
5% podem ser administradas em veia periférica. lactato é metabolizado no anião bicarbonato) par‑
No tratamento da hipoglicemia resultante de um ticularmente em doentes com IR; hipernatremia,
excesso de insulina, ou de qualquer outra etio‑ hiperosmolalidade, hipertensão, edema e efeitos
logia, a dose recomendada é de 30 a 80 ml da gastrintestinais (excesso de sódio); hipercaliemia
solução de glucose a 30%, administrada em veia (excesso de potássio) e hipercalcemia (excesso de
central, a 5 ml/min. Monitorizar glicemia e ajustar cálcio). Dor e flebite no local da injecção.
dose. Contra‑Ind. e Prec.: Doentes com acidose láctica.
[Crianças] ‑ Via IV: RNs e crianças < 1 ano de Doentes com alcalose metabólica ou respiratória,
idade: 2 ml/kg de uma solução de glucose a 10% hipocalcemia ou hipocloridria (a administração
ou 25% administrada lentamente no tratamento de soluções contendo o anião bicarbonato ou
da hipoglicemia aguda e sintomática. Monitorizar seus precursores está contra‑indicada). Adminis‑
glicemia e ajustar dose. trar com grande precaução a doentes com ICC,
HTA, IR, IH, doentes com edema e doentes medi‑
Parentéricas ‑ 50 mg/ml cados com corticosteróides.
GLUCOSTERIL 5% (MSRM); Fresenius Kabi Interac.: Não conhecidas. A alcalinização da urina
Sol. p. perfusão ‑ Frasco ‑ 10 unid ‑ 1000 ml; aumenta a depuração renal dos fármacos acídicos
e 3,81 (e 0,0004); 0% como os salicilatos e barbituratos.
Sol. p. perfusão ‑ Frasco ‑ 20 unid ‑ 500 ml; e 2,22 Posol.: Via IV: A dose deve ser individualizada e
(e 0,0002); 37%
dependente do estado electrolítico e equilíbrio
Parentéricas ‑ 55 mg/ml ácido‑base do doente. Usualmente 20‑30 ml/Kg/
S ORO GLUCOSADO ISOTóNICO (MSRM); B. Braun hora na correcção de perdas agudas de fluidos e
Medical electrólitos.
Sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid
‑ 250 ml; e 2,12 (e 0,0085); 0% Parentéricas ‑ Associação
Sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid RINGER COM LACTATO ‑ LABESFAL (MSRM); Labes‑
‑ 500 ml; e 2,9 (e 0,0058); 0% fal
Sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid Sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 500 ml;
‑ 1000 ml; e 2,96 (e 0,003); 37% e 2,54 (e 0,0051); 0%
406 Grupo 12 | 12.3. Soluções para diálise peritoneal
suindo pouca ou nenhuma actividade sobre a pele: nas injecções e punções, esfregar a pele, pre‑
flora “residente”. A sua utilização deve por isso viamente seca, durante pelo menos 15 segundos;
ser restringida à profilaxia da infecção cutânea, nas artrocenteceses, punções em cavidades corpo‑
sendo preferidos aos antibióticos de aplicação rais, órgãos ocos e intervenções cirúrgicas, manter
tópica devido à indução potencial de resistências a pele molhada durante pelo menos um minuto.
e às reacções alérgicas que do uso destes últimos Na presença de pele rica em glândulas sebáceas,
podem resultar. mantê‑la molhada durante dez minutos.
Os principais efeitos indesejáveis dos anti
‑sépticos são a sua acção irritativa sobre a pele e Cutâneas e transdérmicas ‑ 450 mg/g + 300 mg/g
mucosas e o risco de reacções de hipersensibili‑ + 2 mg/g
dade. STERILLIUM (MNSRM); Bode Chemie (Alemanha)
Deve evitar‑se o contacto com os olhos e a Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 500 ml; 0%
ingestão ou inalação acidental de certos anti
‑sépticos e desinfectantes, uma vez que podem n CETRIMIDA
induzir problemas graves, por vezes mesmo com Ind.: Anti‑séptico para aplicação tópica, com acção
desfecho fatal. detergente associada.
A eleição do anti‑séptico a utilizar depende do R. Adv.: Em aplicação repetida pode provocar sensi‑
tipo de situação a tratar: bilização; irritante da pele e da mucosa nasal.
‑ Nas feridas e cortes, e nas infecções super‑ Contra‑Ind. e Prec.: Evitar o contacto com os olhos
ficiais ténues e localizadas, pode proceder‑se à e a sua aplicação na cavidade oral.
aplicação tópica de uma solução anti‑séptica, tal Interac.: Incompatível com sabões e iodetos.
como o violeta de genciana ou a cloro‑hexidina. Posol.: Aplicar o creme em camada fina sobre a zona
Quando se pretenda uma acção detergente asso‑ afectada, 2 a 3 vezes/dia.
ciada pode optar‑se pelo uso da cetrimida.
‑ Na presença de crostas superficiais estas Cutâneas e transdérmicas ‑ 5 mg/g
devem ser lavadas delicadamente com água e CETAVLEX (MNSRM); CS Portugal
sabão ou com uma solução adstringente, nomea‑ Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; 0%
damente de permanganato de potássio a 1:10.000,
que se revela igualmente útil nas reacções com n CLORO‑HEXIDINA
eczema exsudativo.
‑ Nas lesões descamativas prefere‑se a utiliza‑ Ind.: Anti‑séptico para aplicação tópica, activo con‑
ção de um unguento emulsificante ou outro anti tra grande número de bactérias gram + e gram ‑,
‑séptico que não irrite a pele. com actividade detergente.
Hoje, devido à actividade marcadamente irri‑ R. Adv.: Hipersensibilidade; irritante para os olhos,
tativa das soluções cloradas, de que é exemplo o ouvido médio e mucosas.
soluto de Dakin (solução de hipoclorito de sódio), Contra‑Ind. e Prec.: Não utilizar nas cavidades cor‑
porais.
estas vêem‑se claramente preteridas em favor da Interac.: Incompatível com os sabões.
utilização da iodopovidona. Posol.: Aplicar em camada fina na pele afectada ou
Também a loção de nitrato de prata é já hoje nas feridas.
raramente utilizada pois, para além de tingir a
pele, pode induzir toxicidade quando utilizada Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/ml
por períodos longos. ALOSPRAY (MNSRM); Paracélsia
A fim de se evitarem queimaduras químicas Sol. p. pulv. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; 0%
e uma vez que algumas preparações obrigam a
diluição prévia convém que se proceda sistemati‑ Cutâneas e transdérmicas ‑ 54.84 mg/g
camente a consulta que confirme qual o nível de HIBITANE (MNSRM); CS Portugal
diluição adequado. Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; 0%
n ÁLCOOL ISOPROPíLICO + ÁLCOOL n IODOPOVIDONA
PROPíLICO + ETILSULFATO DE
MECETRóNIO Ind.: Anti‑séptico para aplicação tópica.
R. Adv.: Hipersensibilidade rara.
Ind.: Desinfecção higiénica ou cirúrgica das mãos. Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento, pois
Desinfecção da pele antes de injecções, ou pun‑ pode ser absorvido em quantidade suficiente para
ções. afectar a tiróide fetal; evitar a utilização em feridas
R. Adv.: Raramente, irritação da pele. extensas dado o risco de absorção sistémica, em
Contra‑Ind. e Prec.: Contra‑indica‑se a sua aplica‑ doentes com perturbações tiroideias e em IR.
ção em mucosas e na proximidade dos olhos, ou Interac.: Pode interferir no resultado dos testes de
de feridas abertas. Não utilizar em prematuros e função tiroideia.
recém‑nascidos. Inflamável.
Interac.: Desconhecidas. Cutâneas e transdérmicas ‑ 40 mg/ml
Posol.: Desinfecção higiénica das mãos: esfregar BETADINE (MNSRM); Meda Pharma
3 ml, pelo menos durante 30 segundos. Desinfec‑ Espuma cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 125 ml; 0%
ção cirúrgica das mãos: esfregar nas mãos e an‑ Espuma cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 500 ml; 0%
tebraços, previamente secos, tantas quantidades ECTODINE ESPUMA CUTâNEA (MNSRM); Paracélsia
quantas as necessárias para os manter molhados Espuma cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 125 ml; 0%
durante, pelo menos, 3 minutos. Desinfecção da Espuma cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 500 ml; 0%
13.1. Anti‑infecciosos de aplicação na pele 411
Cutâneas e transdérmicas ‑ 44 mg/g Quando vastas áreas da pele estejam a ser tra‑
SEPTIL, Pó (MNSRM); Lab. Azevedos tadas, a ototoxicidade é outro risco associado ao
Pó cutâneo ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 10 g; 0% uso dos aminoglicosídeos (e também da polimi‑
xina B), particularmente nas crianças, nos idosos e
Cutâneas e transdérmicas ‑ 100 mg/g nos insuficientes renais.
BETADINE (MNSRM); Meda Pharma Carece actualmente de fundamento a utiliza‑
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; 0% ção de sulfonamidas tópicas, com excepção para
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 100 g; 0% a sulfadiazina‑prata, que possui acção bactericida
tanto para as bactérias gram + como para as gram
Cutâneas e transdérmicas ‑ 100 mg/ml ‑, e que constitui o antibacteriano de eleição no
BETADINE (MNSRM); Meda Pharma tratamento das queimaduras infectadas.
Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 125 ml; 0% A mupirocina tópica (infelizmente só dispo‑
Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 500 ml; 0% nível de momento em Portugal sob a forma de
Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 10 unid ‑ 5 ml; 0% pomada de aplicação nasal) é um fármaco com
ECTODINE SOLUçãO CUTâNEA (MNSRM); Paracélsia interesse bem documentado por não estar relacio‑
Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 10 ml; 0% nada com qualquer outro antibiótico e por se reve‑
Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 125 ml; 0% lar particularmente efectiva nas infecções provoca‑
Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 500 ml; 0% das por agentes gram +. Não é contudo eficaz nas
infecções por Pseudomonas. Mas, apesar de algu‑
n PERóXIDO DE HIDROGéNIO mas estirpes de Staphylococcus aureus já terem
Ind.: Anti‑séptico e desodorizante para limpeza de revelado um baixo nível de resistência, continua a
feridas e úlceras. mostrar‑se particularmente efectiva no combate a
R. Adv.: A aplicação repetida na boca pode provocar situações de resistência a outros antibióticos. Daí
irritação da mucosa. que a fim de se prevenir o aparecimento de novas
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade; em con‑ resistências o seu uso não deva exceder os 10 dias
centrações elevadas revela‑se altamente irritativo e que deva evitar‑se a sua utilização em ambiente
para a pele e mucosas; evitar o contacto com os hospitalar.
olhos. Como é sabido, os organismos resistentes são
Interac.: Incompatível com o iodo, permanganatos mais frequentes em ambiente hospitalar, devendo
e outros agentes oxidantes fortes. por isso, sempre que possível, colher‑se esfrega‑
Posol.: Aplicar em camada fina 2 a 3 vezes/dia na área ços para exame bacteriológico previamente ao
de pele infectada, até ao limite de três semanas. início de qualquer terapêutica.
Os antibióticos tópicos não devem ser utiliza‑
Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g dos nas úlceras de perna, a não ser quando o clí‑
RYSTACIDE (MSRM); CS Portugal
C nico se veja confrontado com infecções bem defi‑
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 25 g; e 9,11 (e 0,3644); nidas e a sua utilização seja limitada a um tempo
0% escasso. Não sendo esse o caso, o tratamento da
colonização bacteriana revela‑se geralmente ina‑
propriado.
13.1.2. Antibacterianos O impetigo pode ser tratado com aplicações
locais de ácido fusídico, ainda que na realidade
Ainda que esteja disponível no mercado uma da prática clínica portuguesa esteja generali‑
grande variedade de antibacterianos sob a forma zado o tratamento sistémico, habitualmente com
de preparação tópica, a verdade é que os resul‑ dicloxacilina (ou flucloxacilina), cefalospori‑
tados da sua utilização são frequentemente ale‑ nas de 2a geração ou eritromicina por via oral
atórios, tornando‑se mesmo geralmente desne‑ (V. Grupo 1.).
cessários se, como já se disse, forem tomadas as Em infecções cutâneas profundas como a erisi‑
medidas higiénicas adequadas, e nomeadamente pela e as celulites o tratamento antibiótico sisté‑
se se fizer recurso aos anti‑sépticos (V. Subgrupo mico (V. Grupo 1.) é o tratamento de eleição por‑
13.1.1.). Acresce que nem todas as situações der‑ que com as preparações tópicas não se alcançam
matológicas que se apresentam húmidas, encrosta‑ níveis de penetração adequados e porque existe
das ou pustulosas estão efectivamente infectadas. o risco de disseminação sistémica do processo
Ainda assim, nos raros casos em que a sua uti‑ infeccioso.
lização possa ser justificada, e a fim de se minorar Relativamente aos antibióticos utilizados no tra‑
o risco do desenvolvimento de germes resistentes, tamento da acne, nomeadamente a clindamicina,
deve optar‑se pela prescrição dos antibióticos que serão objecto de abordagem em secção própria (V.
não tenham indicação de utilização por via sisté‑ Subgrupo 13.4.2.).
mica. Este é o motivo pelo qual, sempre que possí‑ Não é recomendada a utilização de associa‑
vel, se deve evitar a utilização tópica, por exemplo ções terapêuticas fixas contendo antibióticos, em
da gentamicina. monoformulação.
A neomicina tópica, ainda que frequentemente
prescrita, apresenta riscos elevados de sensibi‑
lização, particularmente se usada continuada ou n ÁCIDO FUSíDICO
repetidamente. Ind.: Infecções cutâneas por estafilococos.
Outros antibacterianos, como é o caso da baci‑ R. Adv.: Hipersensibilidade local rara.
tracina, apresentam também esse risco, ainda que Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade; evitar o
atenuado. contacto com os olhos.
412 Grupo 13 | 13.1. Anti‑infecciosos de aplicação na pele
Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica. Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade; evitar esta
Posol.: Aplicar 2 vezes/dia, no mínimo durante 8 via de aplicação devido aos riscos de indução de
dias. resistências à sua utilização sistémica; usar com
precaução nos doentes insuficientes renais e na
Cutâneas e transdérmicas ‑ 20 mg/g grávida.
FUCIDINE (MSRM); Leo Pharmaceutical (Dinamarca) Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica.
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 15 g; e 3,07 (e 0,2047); Posol.: Aplicar 3 a 4 vezes/dia.
37%
FUCIDINE (MSRM); Leo Pharmaceutical (Dinamarca) Cutâneas e transdérmicas ‑ 1 mg/g
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 15 g; e 3,3 (e 0,22); GARALONE (MSRM); Schering‑Plough
37% Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 1,74 (e 0,058);
FUSEXTRINE (MSRM); Sofex 37%
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 15 g; e 1,96
(e 0,1307); 37% n NITROFURAL
FUSEXTRINE (MSRM); Sofex Ind.: Penso impregnado útil para profilaxia ou tera‑
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 15 g; e 2,54 (e 0,1693); pêutica da infecção em feridas supeficiais, e para
37% penso imediato em queimaduras extensas; utiliza‑
INFLOC 2 % CREME (MSRM); S.F.D. do também no tratamento de úlceras varicosas ou
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 15 g; e 2,41 (e 0,1607); de decúbto, furúnculos, antrazes, abcessos e flei‑
37% mões em drenagem. Preparação pré‑operatória de
INFLOC 2 % POMADA (MSRM); S.F.D. áreas cutâneas para enxerto, e seu pós‑operatório.
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 15 g; e 2,91 (e 0,194); R. Adv.: Muito baixa incidência de reacções cutâneas.
37% Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade a qualquer
dos seus componentes. Não se recomenda o seu
n BACITRACINA + NEOMICINA uso durante a gravidez e o aleitamento e, na in‑
suficiência renal, pode usar‑se mas com precau‑
Não é recomendada a utilização de associa‑ ção. Se ocorrer irritação, sensibilização ou sobre
ções terapêuticas fixas, contendo antibióticos, em ‑infecção, deve interromper‑se o tratamento.
monoformulação. Interac.: Desconhecidas.
Posol.: Uma a duas aplicações/dia.
Cutâneas e transdérmicas ‑ 250 U.I./g + 3500 U.I./g
BACIDERMA (MNSRM); Confar Cutâneas e transdérmicas ‑ 2 mg/g
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 10 g; 0% RAYONFUR (MNSRM); Materfarma
Penso impregnado ‑ Saqueta ‑ 10 unid; 0%
n BACITRACINA + POLIMIXINA B
Não é recomendada a utilização de associa‑
n RETAPAMULINA
ções terapêuticas fixas contendo antibióticos, em Ind.: Tratamento de curta duração de infecções su‑
monoformulação. perficiais da pele: impetigo e pequenas lacerações
infectadas, abrasões ou feridas suturadas.
Cutâneas e transdérmicas ‑ 500 U.I./g + 10000 U.I./g R. Adv.: Irritação no local de aplicação.
POLISULFADE (MNSRM); Sanóbia Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade a qualquer
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 20 g; 0% dos componentes. Só deve ser usada na gravidez
quando a terapêutica antibacteriana tópica está
n BACITRACINA + RETINOL claramente indicada e quando é preferível a admi‑
nistração de um agente antibacteriano sistémico.
Não é recomendada esta associação, como de Desconhece‑se se é excretada no leite materno.
resto acontece com as restantes. Não deve ser usada nas infecções devidas a Sta‑
phylococus aureus, resistentes à meticilina.
Cutâneas e transdérmicas ‑ 500 U.I./g + 2000 U.I./g Interac.: A administração concomitante de cetoco‑
ACITRACINA ZIMAIA (MNSRM); Generis
B nazol oral pode aumentar a biodisponibilidade da
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 10 g; 0% retapamulina.
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; 0% Posol.: Aplicar 2 vezes/dia.
ros dias, e só nos primeiros dias do tratamento CETOCONAZOL GENERIS (MNSRM); Generis
de uma lesão fúngica severamente inflamada. Champô ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; 0%
Esta mesma associação, ou a de nistatina, uma NIZORAL (MSRM); Johnson & Johnson
vez mais com um corticosteróide suave, revelam Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 4,73 (e 0,1577);
‑se úteis no tratamento do intertrigo associado a 37%
infecção por candida. NIZORAL (MNSRM); Johnson & Johnson
Champô ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; 0%
n AMOROLFINA TEDOL (MNSRM); Lab. Edol
Ind.: Micoses cutâneas e onicomicoses distais super‑ Champô ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; 0%
ficiais. Champô ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
R. Adv.: Sensação transitória de queimadura, eritema TEDOL (MSRM); Lab. Edol
e prurido. Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 4,2 (e 0,14);
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento; evitar 37%
o contacto com os olhos, ouvidos e mucosas. TEDOL (MSRM); Lab. Edol
Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica. Liq. cutâneo ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 9,37
Posol.: Aplicar 1 vez/dia por pelo menos 2 a 3 sema‑ (e 0,0937); 37%
nas (mais de 6 semanas para a micose dos pés),
continuando‑se mais 3 a 5 dias após a remissão n CICLOPIROX
das lesões; nas infecções ungueais, aplicar nas Ind.: Micoses superficiais (solução cutânea e creme),
unhas infectadas 1 a 2 vezes/semana; deixar secar onicomicoses (verniz) e dermatite seborreica da
aproximadamente durante 3 minutos. Nas unhas cabeça (champô).
da mão aplicar durante 6 meses e nas dos pés, 6 R. Adv.: Desconhecidas.
a 9 meses. Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade e gravidez;
evitar o contacto directo com os olhos, nariz e
Cutâneas e transdérmicas ‑ 2.5 mg/g boca; o verniz é inflamável.
LOCETAR (MSRM); Galderma International Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica.
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 20 g; e 6,36 (e 0,318); Posol.: Na pele, aplicar creme a 1%, 2 vezes/dia. Nas
37% unhas, aplicar diariamente, durante 6 a 9 meses.
No couro cabeludo, com o cabelo previamente
Cutâneas e transdérmicas ‑ 50 mg/ml molhado, ensaboar com aproximadamente 5 ml
L OCETAR (MSRM); Galderma International de champô (até 10 ml em cabelos compridos)
Verniz p. unhas medicamentoso ‑ Frasco ‑ 1 unid e deixar passar três minutos antes de enxaguar.
‑ 5 ml; e 45,9 (e 9,18); 37% Repetir o tratamento duas vezes por semana, du‑
rante quatro semanas, com um intervalo mínimo
n BIFONAZOL de três dias entre cada aplicação.
Ind.: Dermatomicoses e onicomicoses.
R. Adv.: Rubor local passageiro e irritação no rebor‑ Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g
do ou leito ungueal. MYCOSTER (MSRM); Pierre Fabre Dermo
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade. Não apli‑ ‑Cosmétique
car nos olhos. Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 4,38 (e 0,146);
Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica. 0%
Posol.: Aplicar 1 vez/dia, ao deitar.
Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/ml
Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g MYCOSTER (MSRM); Pierre Fabre Dermo
MYCOSPOR (MSRM); Bayer ‑Cosmétique
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 15 g; e 4,87 (e 0,3247); Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 4,03
37% (e 0,1343); 0%
hidrocortisona a 1% para controlo do prurido, Posol.: Após banho com água e sabão e secagem,
devendo no caso do crotamiton evitar‑se o con‑ aplicar em camada fina, uniforme e com massa‑
tacto com zonas de pele escoriada. gem ligeira em toda a pele abaixo do queixo e,
Também a utilização nocturna de um anti em particular, nas pregas; deixar secar e aplicar
‑histamínico sedante, por via oral, pode revelar‑se segunda camada. Aplicar novamente nos dois dias
benéfica no combate ao prurido, que pode persis‑ consecutivos e, se necessário, repetir passados 7
tir para além do tratamento da infestação. a 10 dias. Todas as roupas, incluindo as da cama,
No tratamento da sarna hiperqueratósica resis‑ devem ser lavadas com água bem quente para im‑
tente ao tratamento tópico e nos doentes imu‑ pedir a reinfestação.
nodeprimidos tem sido utilizada em associação
à terapêutica tópica uma dose única de 200 mg Cutâneas e transdérmicas ‑ 277 mg/ml
de ivermectin, por via oral (medicamento para uso A CARILBIAL (MNSRM); Bial
exclusivo hospitalar). Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; e 5,75
(e 0,0288); 37%
Pediculose
n CROTAMITON
‑ Piolhos (Pediculus capitis) Ind.: Medicamento utilizado no tratamento da sarna,
Nas crianças, recomenda‑se a permetrina. O que associa actividade antripruriginosa (efeito en‑
lindano, sob a forma de loção, revela‑se também tre 6 e 10 horas). V. Introdução (13.1.5.).
eficaz, mas recorda‑se o risco de neurotoxicidade, R. Adv.: V. Introdução (13.1.5.).
especialmente nas crianças. Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Evitar
Os champôs são muito menos eficazes devido utilização perto dos olhos, boca, outras mucosas,
ao seu elevado grau de diluição. As formulações se houver pele escoriada e em presença de derma‑
aquosas são preferíveis nos asmáticos e nas crian‑ tite exsudativa.
ças pequenas para evitar a inalação de vapores de Interac.: V. Introdução (13.1.5.).
álcool. No adulto é recomendada uma aplicação Posol.: Após banho com água e sabão e secagem,
durante 1 noite ou durante 12 horas, caso se uti‑ aplicar em camada fina, uniforme e com massa‑
lizem loções. Nas crianças o tempo de aplicação gem ligeira em toda a pele abaixo do queixo e, em
deve restringir‑se a não mais que quatro horas. particular, nas pregas; fazer uma segunda aplica‑
O tratamento deve geralmente consistir em 2 ção 24 horas mais tarde; nalguns casos pode ser
aplicações com um intervalo de 7 dias a fim de necessária uma aplicação diária até 5 dias ou re‑
se prevenir a sobrevivência de alguns ovos após a petir após uma semana. Todas as roupas, incluin‑
primeira aplicação. do as da cama, devem ser lavadas com água bem
quente para impedir a reinfestação.
‑ Púbica (Pthirius pubis)
Também aqui o lindano, com as reservas já apon‑ Cutâneas e transdérmicas ‑ 100 mg/g
tadas, se revela eficaz. A solução aquosa deve ser E URAX (MNSRM);
aplicada em todas as partes do corpo (não exclu‑ Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 20 g; 0%
sivamente na virilha e na axila) durante 12 horas
ou durante 1 noite. Deve ser feito um segundo Cutâneas e transdérmicas ‑ 100 mg/ml
tratamento com o intervalo de 1 semana para se EURAX (MNSRM);
prevenir recidiva decorrente de ovos que entre‑ Liq. cutâneo ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; 0%
tanto tenham sobrevivido. As soluções alcoólicas,
porque se revelam irritativas, não são recomenda‑ n PERMETRINA
das, principalmente se aplicadas sobre pele esco‑
riada ou nos órgãos genitais. Ind.: Medicamento utilizado no tratamento da pe‑
Quantidades de antiparasitário a prescrever por diculose e da sarcoptose. V. Introdução (13.1.5.).
cada aplicação, no adulto: R. Adv.: V. Introdução (13.1.5.).
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento. Evitar
Cremes Loções o contacto com os olhos.
Loções
dérmicos cremosas Interac.: V. Introdução (13.1.5.).
Couro cabeludo Posol.: 1 aplicação é curativa. Aplicar o creme com
‑ 50 ml 50 ‑ 100 ml massagem suave na pele afectada e remover por
‑ piolho
lavagem 8‑14 horas depois. Todas as roupas, in‑
Corpo ‑ sarna 30 ‑ 60 g 100 ml ‑ cluindo as da cama, devem ser lavadas com água
bem quente para impedir a reinfestação.
Corpo ‑ pediculose 30 ‑ 60 g 100 ml ‑
Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g
n BENZOATO DE BENZILO NIX (MNSRM); Chefaro
Creme ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; 0%
Ind.: Medicamento utilizado no tratamento da sarna
ainda que com utilização cada vez menos frequen‑
te. V. Introdução (13.1.5.).
R. Adv.: Irritação cutânea ligeira e sensibilidade. 13.2. Emolientes e protectores
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento.
Contra‑indicado nas crianças até aos 30 meses; 13.2.1. Emolientes
não aplicar na face, olhos e meato uretral, ou
quando exista inflamação da pele. Os emolientes acalmam, alisam e hidratam a
Interac.: V. Introdução (13.1.5.). pele, sendo por isso utilizados no tratamento das
13.2. Emolientes e protectores 419
Mãos (as duas) Creme ou Pomada 25 a 50 g Ind.: Tratamento sintomático das lesões secas e des‑
Loção 200 ml
camativas, particularmente, da ictiose, do eczema
e da psoríase.
Couro cabeludo Creme ou Pomada 50 a 100 g R. Adv.: V. Introdução (13.2.1.).
Loção 200 ml Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade a algum
dos constituintes.
Membros (os dois, Creme ou Pomada 50 a 100 g Interac.: V. Introdução (13.2.1.).
superiores ou inferiores) Loção 200 ml Posol.: V. Introdução (13.2.1.).
Tronco Creme ou Pomada 400 g Cutâneas e transdérmicas ‑ 2.8 mg/ml + 5 mg/ml
Loção 500 ml + 15 mg/ml
Testículos e genitalia Creme ou Pomada 15 a 25 g PANSEBASE COMPOSTO (MNSRM); Sofex
Champô ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
Loção 100 ml
Não existe evidência produzida em termos de n ÁCIDO LáCTICO + LECITINA
eficácia comparativa entre os diversos emolientes Ind.: Tratamento sintomático das lesões secas e des‑
disponíveis. Deverá assim aconselhar‑se a utilização camativas, particularmente, da ictiose, do eczema
do emoliente que, tendo o melhor preço, se revele e da psoríase.
simultaneamente mais eficaz e cosmeticamente acei‑ R. Adv.: V. Introdução (13.2.1.).
tável. Alguns de entre os mais caros não devem ser Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade a algum
aconselhados, uma vez que associam na sua compo‑ dos constituintes.
sição aditivos desnecessários e susceptíveis mesmo Interac.: V. Introdução (13.2.1.).
de induzir sensibilização, não evidenciando maior Posol.: V. Introdução (13.2.1.).
eficácia que os produtos com melhor preço.
Sempre que ocorra reacção eczematosa após a Cutâneas e transdérmicas ‑ 3 mg/ml + 20 mg/ml
aplicação dum emoliente deve suspeitar‑se de sensi‑ SECPEL (MNSRM); Lab. Medinfar
bilização induzida pelo medicamento, aconselhando Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
‑se a sua suspensão e substituição por outro com
diferente composição. n ÁCIDO LáCTICO + LECITINA DE SOJA
A severidade das situações, a preferência do
paciente e o local de aplicação devem, como ficou já Ind.: Tratamento sintomático das lesões secas e des‑
implícito, presidir à escolha do emoliente, devendo camativas, particularmente, da ictiose, do eczema
a sua aplicação ser feita na direcção do crescimento e da psoríase.
piloso. R. Adv.: V. Introdução (13.2.1.).
A ureia utiliza‑se como agente hidratante e quera‑ Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade a algum
tolítico, aconselhando‑se precaução quando se esteja dos constituintes.
em presença de áreas fissuradas ou feridas, devido Interac.: V. Introdução (13.2.1.).
ao prurido intenso decorrente da sua aplicação nas Posol.: V. Introdução (13.2.1.).
referidas situações. É efectiva no tratamento de situa‑
ções escamosas, podendo revelar‑se particularmente Cutâneas e transdérmicas ‑ 2.8 mg/g + 15 mg/g
útil no idoso. Usa‑se também com frequência em PANSEBASE (MNSRM); Sofex
associação com outros tópicos, nomeadamente os Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
corticosteróides, para lhes aumentar a capacidade de
penetração. n ÁCIDO SALICíLICO + SALICILATO DE
Alguns doentes beneficiam da adição de emolien‑ METILO
tes no banho. Aqui, e uma vez mais, deverá presidir à Ind.: Tratamento sintomático das lesões secas e des‑
escolha o factor preço e ser valorizada a preferência camativas, particularmente, da ictiose, do eczema
do doente. e da psoríase.
R. Adv.: V. Introdução (13.2.1.).
n ÁCIDO LáCTICO + ICTIOL + LECITINA Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade a algum
Ind.: Tratamento sintomático das lesões secas e des‑ dos constituintes.
camativas, particularmente, da ictiose, do eczema Interac.: V. Introdução (13.2.1.).
e da psoríase. Posol.: V. Introdução (13.2.1.).
420 Grupo 13 | 13.2. Emolientes e protectores
mentos pustulares que se distribuem sobretudo tamento depende do tipo predominante da acne
na área malar, frontal e perioral, não associando o (inflamatória ou comedónica) e da sua severidade.
aparecimento de comedões. As pústulas e pápulas As formas ligeiras a moderadas são geralmente
da rosácea respondem bem ao tratamento prolon‑ tratadas com preparações tópicas. A terapêutica
gado com a aplicação tópica de metronidazol na sistémica com antibióticos orais reserva‑se para as
forma de creme ou gel nas concentrações de 0,7% formas moderadas a severas, para quando a res‑
a 1%. É contra‑indicada a aplicação de corticoste‑ posta seja refractária à terapêutica tópica ou esta
róides. Em função da gravidade, pode recorrer‑se não seja tolerada. Exclusivamente na mulher pode
ao tratamento sistémico com tetraciclina ou com recorrer‑se à terapêutica hormonal por via oral
oxitetraciclina (500 mg de 12 em 12 horas), cons‑ com uma associação de ciproterona + etiniles‑
tituindo a doxiciclina (100 mg, 1 vez/dia) uma tradiol (V. Subgrupo 8.5.1.2.).
alternativa quando as outras tetraciclinas se reve‑ Nas situações de acne severa, na acne que não
lem desadequadas. Constitui também uma boa responde à terapêutica prolongada e repetida com
alternativa o recurso à eritromicina (500 mg de antibióticos, quando ocorra formação de cicatrizes
12 em 12 horas). A antibioterapia oral recomenda ou impacto psicológico marcado, deve optar‑se
ciclos intermitentes com duração entre as 6 e as pelo apoio de um dermatologista experimentado
12 semanas. que poderá recorrer ao uso de isotretinoína oral.
Nas situações refractárias pode tornar‑se neces‑
sário o recurso à isotretinoína, observando‑se as 13.4.2.1. De aplicação tópica
devidas precauções e sob controlo especializado.
A acne marcadamente comedónica responde
n METRONIDAZOL bem à terapêutica com retinóides tópicos ‑ tre‑
tinoína, isotretinoína ou adapaleno (o menos
Ind.: Rosácea e dermite perioral. irritante) ‑ dada a sua actividade anticomedogé‑
R. Adv.: Irritação local. nica. Por seu turno, quer os comedões, quer as
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade. Evitar a lesões inflamadas respondem bem ao peróxido
exposição à luz solar ou a raios ultravioletas (UV); de benzoílo ou ao ácido azelaico. O efeito irri‑
evitar contacto com os olhos. tativo destes fármacos sobre a pele é comum,
Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica. pensando‑se estar associado ao seu efeito terapêu‑
Posol.: Aplicar 2 vezes/dia durante 9 semanas. tico, mas tende a atenuar‑se com a continuação
do tratamento. Nas formas predominantemente
Cutâneas e transdérmicas ‑ 7.5 mg/g inflamatórias pode recorrer‑se à aplicação tópica
METRODERME (MSRM); Galderma International de antibióticos, como a eritromicina e a clinda‑
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 6,68 (e 0,2227); micina, que se revelam igualmente eficazes como
37% alternativa nas predominantemente comedónicas.
METRODERME (MSRM); Galderma International Quando as formulações tópicas se revelarem insu‑
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 6,68 (e 0,2227); ficientes, a terapêutica sistémica deve colocar‑se
37% como a opção a seguir.
METRODERME (MSRM); Galderma International Em muitos doentes, com forma ligeira a mode‑
Emul. cutânea ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; e 10,66 rada de acne, os antibacterianos tópicos podem
(e 0,2132); 37% não ser mais eficazes que o peróxido de benzoílo
ROSICED (MSRM); Pierre Fabre Dermo‑Cosmétique ou a tretinoína tópicos. Os antibacterianos tópi‑
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 4,75 (e 0,1583); cos possuem como campo de eleição os doentes
37% que queiram evitar os antibacterianos por via oral
ou os que não os tolerem. As preparações tópicas
Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g com eritromicina e clindamicina são efectivas na
UMOZOL CREME (MSRM); Actavis
D acne inflamatória.
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 25 g; e 7,84 (e 0,3136); A resistência aos antibióticos do Propionibacte‑
0% rium acnes está em crescimento, nomeadamente
RODERMIL (MSRM); Lab. Edol as resistências cruzadas entre a eritromicina e a
Emul. cutânea ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 7,3 clindamicina. Por isso, e a fim de contrariá‑las,
(e 0,2433); 37% devem observar‑se alguns princípios na decisão
terapêutica:
‑ sempre que possível usar antimicrobianos não
13.4.2. Acne antibióticos (tais como o peróxido de benzo‑
ílo ou o ácido azelaico);
No tratamento da acne importa considerar‑se a ‑ evitar o tratamento simultâneo com diferentes
severidade, o tipo de lesões (inflamatória, come‑ antibióticos (orais ou tópicos);
dónica, nódulos, quistos) e os efeitos psicológicos ‑ se determinado antibiótico é eficaz, usá‑lo nas
da doença. repetições terapêuticas quando necessárias;
A fim de se evitar o aparecimento de cicatrizes o ‑ não prolongar o tratamento por mais tempo
tratamento deve ser iniciado precocemente e, logo que o estritamente necessário (ainda que cada
no início da terapêutica o paciente deve ser sem‑ ciclo não deva ser inferior a seis meses);
pre informado de que a resposta terapêutica será ‑ os corticosteróides não devem ser utilizados
lenta, não sendo por isso de esperar benefícios no tratamento da acne e o ácido salicílico é
nos primeiros dois a três meses. A selecção do tra‑ de validade duvidosa. As preparações contendo
13.4. Medicamentos para tratamento da acne e da rosácea 425
enxofre e os abrasivos não são actualmente que usaram o fármaco, recomendando‑se por
consideradas como recursos terapêuticos isso contracepção eficaz durante o tratamento).
(Enxofre + Resorcinol + Óxido de zinco). Desaconselhado no aleitamento, deve sobretudo
contra‑indicar‑se a sua aplicação no tórax. Não
n ÁCIDO AZELAICO aplicar em pele fissurada ou eczematosa e na acne
Ind.: Acne. severa e extensa; evitar o contacto com os olhos,
R. Adv.: Irritação local e fotossensibilização. narinas, boca e mucosas, e evitar a exposição so‑
Contra‑Ind. e Prec.: Não parecem existir riscos lar.
particulares resultantes da utilização na gravi‑ Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica.
dez e aleitamento; evitar contacto com os olhos Posol.: Aplicar 1 a 2 vezes/dia.
e, caso ocorra, lavar imediatamente com grande
quantidade de água; evitar o uso concomitante de Cutâneas e transdérmicas ‑ 1 mg/g + 25 mg/g
qualquer cosmético ou terapêutica susceptível de EPIDUO (MSRM); Galderma International
ser irritante. Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 22,44 (e 0,748);
Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica. 0%
Posol.: Aplicar com massagem, 2 vezes/dia, pelo
menos durante 4 semanas, não excedendo os 6 n CLINDAMICINA
meses. Ind.: Acne.
R. Adv.: Dermatite de contacto alérgica ou irritativa
Cutâneas e transdérmicas ‑ 150 mg/g e secura cutânea; pode provocar colite membra‑
FINACEA 15% GELE (MSRM); Bayer nosa, ainda que raramente; desencadeamento de
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 11,3 (e 0,3767); resistências.
0% Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e hipersensibilidade.
Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica.
Cutâneas e transdérmicas ‑ 200 mg/g Posol.: Aplicar 1 a 2 vezes/dia durante 4 a 6 semanas.
S KINOREN (MSRM);
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 11,48 Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g
(e 0,3827); 0% ZINDACLIN 1 % (MSRM); Crawford
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 16,2 (e 0,54); 0%
n ADAPALENO
Ind.: Acne ligeira a moderada. Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/ml
R. Adv.: Irritação, eritema, mudanças na pigmenta‑ DALACIN T (MSRM); Lab. Pfizer
ção e fotossensibilidade. Sol. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 30 ml; e 4,94
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez (efeitos teratogénicos (e 0,1647); 37%
demonstrados em estudos animais e referências
isoladas de malformações em filhas de mulheres n CLINDAMICINA + PERóXIDO DE
que usaram o fármaco, recomendando‑se por BENZOíLO
isso contracepção eficaz durante o tratamento).
Desaconselhado no aleitamento, deve sobretudo Ind.: Acne vulgar, ligeira a moderada, especialmente
contra‑indicar‑se a sua aplicação no tórax. Não lesões inflamadas.
aplicar em pele fissurada ou eczematosa e na acne R. Adv.: Dermatite de contacto alérgica ou irritativa
severa e extensa; evitar o contacto com os olhos, e secura cutânea; pode provocar colite membra‑
narinas, boca e mucosas, e evitar a exposição so‑ nosa, ainda que raramente; desencadeamento de
lar. resistências.
Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica. Contra‑Ind. e Prec.: Crianças e pré‑adolescentes,
Posol.: Aplicar 1 a 2 vezes/dia. gravidez e hipersensibilidade a qualquer dos
seus componentes. Evitar o contacto com a boca,
Cutâneas e transdérmicas ‑ 1 mg/g olhos, mucosas e pele ferida ou eczematosa.
IFFERIN (MSRM); Galderma International
D Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica.
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 60 g; e 12,08 (e 0,2013); Posol.: Aplicar 1 vez/dia, após lavagem da pele, du‑
0% rante 4 a 6 semanas.
DIFFERIN (MSRM); Galderma International
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 60 g; e 11,41 Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g + 50 mg/g
(e 0,1902); 0% DUAC (MSRM); Lab. Stiefel
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 25 g; e 17,16 (e 0,6864);
n ADAPALENO + PERóXIDO DE BENZOíLO 0%
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 50 g; e 32,51 (e 0,6502);
Ind.: Acne ligeira a moderada, ainda que não se 0%
aconselhe a sua utilização por não ser conhecida
evidência que suporte a utilização desta associa‑ n ENXOFRE + RESORCINOL
ção fixa.
R. Adv.: Irritação, eritema, mudanças na pigmenta‑ V. Introdução (13.4.2.1.).
ção e fotossensibilidade.
Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez (efeitos teratogénicos Cutâneas e transdérmicas ‑ 75 mg/g + 10 mg/g
demonstrados em estudos animais e referências RESODERMIL (MNSRM); Lab. Edol
isoladas de malformações em filhas de mulheres Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 25 g; 0%
426 Grupo 13 | 13.4. Medicamentos para tratamento da acne e da rosácea
‑ extensão e agravamento de uma infecção não de dermatite de contacto deve ser sujeito a testes
tratada (por ex. tinea cutis e impetigo); epicutâneos, para confirmação diagnóstica. Os seus
‑ adelgaçamento da pele, que pode regredir, ape‑ resultados, porém, nem sempre são conclusivos.
sar de a estrutura original poder não ser restau‑ O eczema atópico, a forma mais frequente de
rada; eczema, requer habitualmente a utilização regular
‑ estrias atróficas irreversíveis; de um emoliente (V. Subgrupo 13.2.1.) complemen‑
‑ aumento do crescimento piloso; tada pela aplicação por curtos períodos de tempo
‑ rosácea e dermatite perioral; dum corticosteróide tópico de potência baixa a
‑ granuloma gluteal infantil após uso de corticos‑ moderada. O corticosteróide escolhido deve ser
teróides e oclusão por fraldas; sempre o menos potente que se revele efectivo e a
‑ acne no local de aplicação, em alguns doentes; sua utilização deve sempre ser restringida a perío‑
‑ despigmentação ligeira e cabelo fraco;
‑ possibilidade de absorção sistémica. dos não superiores a uma, duas semanas.
As lesões secas, fissuradas e escamosas tratam‑se
Escolha da formulação: Os cremes hidrosso‑ com emolientes suaves que, na maioria das vezes,
lúveis são úteis para aplicação em lesões húmidas são suficientes para debelar a irritação e conduzir
ou exsudativas. As pomadas são reservadas para à regressão das lesões. Aconselha‑se a restrição do
as lesões secas, liquenificadas ou escamosas, ou uso de sabonetes, substituindo‑os por uma pomada
quando se pretenda um efeito mais oclusivo. As emulsificante. A adição de um óleo de banho pode
loções podem revelar‑se úteis quando se pretenda a também revelar‑se vantajosa.
aplicação duma dose mínima numa área mais vasta. Formas mais severas de eczema atópico requerem
Um corticosteróide suave, a hidrocortisona a utilização de um corticosteróide tópico moderado
a 1%, por exemplo, pode revelar‑se útil no trata‑ a potente, nas primeiras uma a duas semanas do
mento do eritema nadegueiro (se outros tratamen‑ início da crise, seguida da aplicação tópica de uma
tos menos agressivos se revelaram ineficazes) e do preparação menos potente, à medida que a situação
eczema atópico da infância. No caso do eritema vai melhorando. Também aqui deve associar‑se a
nadegueiro há que ter‑se sempre em conta que as aplicação de um emoliente e, quando o problema
fraldas e as cuecas de plástico agem como pensos maior for o prurido, pode prescrever‑se um anti
oclusivos, aumentando a absorção do fármaco. ‑histamínico por via oral.
Os corticosteróides mais potentes devem evitar Também os eczemas exsudativos se tratam com
‑se nos cuidados pediátricos, especialmente nos lac‑ cremes de corticosteróides. Atenção porém porque,
tentes, devido à sensibilidade acrescida das crianças com frequência, as lesões estão secundariamente
para a ocorrência de efeitos secundários; porém, infectadas, devendo neste caso colher‑se amostras
quando imprescindíveis, devem empregar‑se com o para cultura e realização de testes de sensibilidade
maior cuidado e pelo menor período de tempo pos‑ aos antibióticos. Pode ter que recorrer‑se à antibio‑
sível. terapia tópica ou oral, ou à aplicação por não mais
O uso dos corticosteróides deve igualmente ser de 48 horas de pensos húmidos de permanganato
acautelado durante a gravidez, devido uma vez mais à de potássio diluído a 1:10.000.
absorção sistémica que, se elevada, pode influenciar a A ciclosporina oral está agora disponível para as
síntese do colesterol e das lipoproteínas no feto. formas mais resistentes e severas de dermatite ató‑
A associação da ureia ou do ácido salicílico aos cor‑ pica, devendo porém o seu uso ser restringido ao
ticosteróides aumenta a sua capacidade de penetração. ambiente hospitalar.
A utilização de formulações compostas por corti‑ Também nas formas severas e refractárias há
costeróides e antibacterianos ou antifúngicos, nas situ‑ evidência de bons resultados clínicos com o
ações a que se associe infecção bacteriana ou fúngica, recurso aos inibidores da calcineurina, uma nova
permanece controversa. classe de imunomoduladores, em que se incluem
Quantidades máximas preconizadas para um adulto o tacrolímus e o pimecrolímus (V. subgrupo
em regime de 2 aplicações diárias durante 1 semana: 13.8.5.). Reforça‑se porém que a sua utilização
REGIÃO CORPORAL CREMES E POMADAS
deve restringir‑se exclusivamente às formas mais
severas e refractárias e que deve ser monitorizada
Face e pescoço 15 a 30 g por dermatologistas com experiência na sua utili‑
Duas mãos 15 a 30 g zação, quer por motivos de adequação farmacoló‑
gica, quer pelo seu elevado custo.
Couro cabeludo 15 a 30 g
2 Membros superiores 30 a 60 g Dermatite seborreica
A dermatite seborreica (eczema seborreico)
2 Membros inferiores 100 g está frequentemente associada à infecção por
Tronco 100 g Malassezia (Pytosporum). A dermatite seborreica
pode responder bem quer à aplicação tópica de
Região genital 15 a 30 g
um corticosteróide suave, quer à aplicação tópica
de um antifúngico (creme de cetoconazol, por
Eczema exemplo), ou à combinação de ambos.
Na presença de um eczema impõe‑se que se Nas situações com lesões extensas recomendou
proceda à tentativa sistemática de identificação do ‑se tradicionalmente a adição no banho de prepa‑
agente etiológico, pelo que o paciente com suspeita rados de alcatrão (coal tar), ainda que esta prática
430 Grupo 13 | 13.5. Corticosteróides de aplicação tópica
Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica. Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/g + 80 mg/g +
Posol.: Aplicar 2 a 3 vezes/dia. 1 mg/g
CALADRYL (MNSRM); Chefaro
Cutâneas e transdérmicas ‑ 15 mg/g Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; 0%
SYSTRAL (MNSRM); Sidefarma
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 20 g; 0% Cutâneas e transdérmicas ‑ 10 mg/ml + 80 mg/ml
+ 1 mg/ml
n DIMETINDENO CALADRYL (MNSRM); Chefaro
Susp. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 ml; 0%
V. Introdução (13.8.2.).
Cutâneas e transdérmicas ‑ 80 mg/g + 10 mg/g +
Cutâneas e transdérmicas ‑ 1 mg/g 1 mg/g
FENISTIL EMULSãO (MNSRM); BENADERMA COM CALAMINA (MNSRM); Confar
Emul. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 8 ml; 0% Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; 0%
FENISTIL GEL (MNSRM);
Gel ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; 0%
1 3.8.3. Preparações para verrugas, calos e
n PROMETAZINA
condilomas
V. Introdução (13.8.2.). Para o tratamento destas lesões deve escolher
‑se o método menos destrutivo possível, já que são
Cutâneas e transdérmicas ‑ 20 mg/g autolimitadas (em doentes não imunodeprimidos)
F ENERGAN (MNSRM); Lab. Vitória e todas as verrugas virais, incluída a plantar, even‑
Creme ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 60 g; 0% tualmente regridem espontaneamente.
As preparações de ácido salicílico actuam
Anestésicos locais como queratolíticos e são úteis, ainda que possam
provocar irritação na área tratada.
n LIDOCAíNA O ácido láctico possui também efeito queratolí‑
tico, tendo ainda efeitos de manutenção da assép‑
V. Subgrupo 2.2.. sia do local a tratar.
O ácido fénico é um anti‑séptico e desinfec‑
Cutâneas e transdérmicas ‑ 20 mg/g tante activo contra um vasto leque de microorga‑
YLOCAíNA GEL 2% (MSRM); AstraZeneca
X nismos, incluindo fungos e vírus. Possui também
Gel ‑ Bisnaga ‑ 10 unid ‑ 30 g; e 13,27 (e 0,0442); poder corrosivo importante sobre as calosidades.
0% Nos calos e calosidades é adequada a prescri‑
ção de uma pomada com ureia ou ácido salicílico
Cutâneas e transdérmicas ‑ 50 mg/g com concentrações superiores a 6%.
L IDONOSTRUM (MNSRM); Soc. Nostrum Na verruga vulgar a aplicação de ácido salicí‑
Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 35 g; 0% lico associado a 5‑fluorouracilo denota eficácia.
Nos condilomas é adequado o tratamento com
Cutâneas e transdérmicas ‑ 100 mg/ml podofilino ou, por ser muito menos tóxico, com
LIDONOSTRUM BOMBA‑SPRAY 10% (MSRM); Soc. podofilotoxina, durante 3 dias consecutivos por
Nostrum semana. Nas lesões mais extensas ou que contra
Sol. p. pulv. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 80 g; ‑indiquem a terapêutica farmacológica (gravidez
e 14,87 (e 0,1859); 0% a termo), deve recorrer‑se à electrocirurgia ou à
XYLOCAíNA BOMBA SPRAY (MSRM); AstraZeneca laserterapia.
Sol. p. pulv. cutânea ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml;
e 6,55 (e 0,131); 0% Ind.: Verrugas, calosidades e situações marcadas por
hiperqueratose e descamação.
n LIDOCAíNA + PRILOCAíNA R. Adv.: Sensibilização. Irritação, se não for aplicado
exclusivamente sobre a lesão.
V. Subgrupo 2.2.. Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento; não
deve usar‑se na face, na região anogenital ou em
Cutâneas e transdérmicas ‑ 25 mg/g + 25 mg/g áreas extensas. Proteger a pele envolvente às áreas
E MLA (MSRM); AstraZeneca lesadas e evitar as feridas.
Creme ‑ Bisnaga ‑ 5 unid ‑ 5 g; e 24,5 (e 0,98); 0% Interac.: Não estão descritas, em aplicação tópica.
EMLA PENSO (MSRM); AstraZeneca Posol.: Aplicar 2 vezes/dia exclusivamente na zona
Penso impregnado ‑ Saqueta ‑ 20 unid; e 44,07 lesionada.
(e 2,2035); 0%
n ÁCIDO SALICíLICO
Outras associações
Ind.: V. Introdução (13.8.3.).
n DIFENIDRAMINA + CALAMINA + Cutâneas e transdérmicas ‑ 15 g
CâNFORA
TRANSVERCID (MNSRM); Pierre Fabre Dermo
Não se recomenda a utilização desta associação. ‑Cosmétique
V. Introdução (13.8.2.). Penso impregnado ‑ Saqueta ‑ 10 unid; 0%
436 Grupo 13 | 13.8. Outros medicamentos usados em Dermatologia
em que se incluem o tacrolímus e o pimecrolí‑ R. Adv.: Irritação local transitória na primeira sema‑
mus. Reforça‑se porém que a sua utilização deve na; raramente, acne e hiperestesia. Nefrotoxicidade.
restringir‑se exclusivamente às formas mais severas Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade; imunode‑
e refractárias de dermatite atópica e que deve ser pressão; evitar na gravidez e no aleitamento; pro‑
efectuada por clínico experiente e sob supervisão teger as áreas tratadas da exposição solar; redução
de dermatologista com experiência comprovada posológica na IH.
na sua utilização, quer por motivos de adequação Interac.: Álcool.
Posol.: [Adultos] ‑ Aplicar pomada a 0,1%, 2 vezes/
farmacológica, quer pelo seu elevado custo. dia até às 3 semanas; depois, passar para a de
0,03%, até ao desaparecimento da lesão.
n PIMECROLíMUS [Crianças] ‑ Aplicar pomada a 0,03%, 2 vezes/dia,
Ind.: Tratamento tópico de segunda linha no eczema até 3 semanas; depois, 1 vez/dia até ao desapare‑
atópico moderado a grave e refractário à terapêu‑ cimento da lesão.
tica com corticosteróides tópicos, localizado na
Cutâneas e transdérmicas ‑ 0.3 mg/g
face e pescoço, em crianças dos dois aos dezasseis PROTOPIC (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o
anos, quando exista risco da manutenção da cor‑ do D.L. 176/2006); Astellas (Europa)
ticoterapia, nomeadamente de atrofia irreversível Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 34,78
da pele. (e 1,1593); 0%
R. Adv.: Sensação transitória de calor ou queimadu‑
ra, prurido ou rubor no local de aplicação; folicu‑ Cutâneas e transdérmicas ‑ 1 mg/g
lite; cefaleia. P ROTOPIC (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade; imunode‑ do D.L. 176/2006); Astellas (Europa)
pressão; evitar na gravidez e no aleitamento; pro‑ Pomada ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 30 g; e 39,1
teger as áreas tratadas da exposição solar. (e 1,3033); 0%
Interac.: Não se encontrou avaliação suficientemen‑
te documentada de estudo de interacções com 13.8.6. Produtos para as unhas
este fárrmaco.
Posol.: [Adultos] ‑ Aplicar pomada a 1%, 2 vezes/dia Desconhece‑se evidência que suporte a eficácia
[Crianças] ‑ Aplicar pomada a 1%, 2 vezes/dia destes produtos.
Posol.: [Adultos] ‑ Gotas nasais a 0,1% e nebuliza‑ Susp. p. pulv. nasal ‑ Frasco nebulizador ‑ 1 unid
dor: 2 a 3 gotas ou 1 a 2 nebulizações em cada ‑ 200 dose(s); 0%
narina 3 a 4 vezes/dia.
[Crianças] ‑ > 6 anos: Gotas nasais a 0,1% e ne‑ n BUDESONIDA
bulizador: 2 a 3 gotas ou 1 a 2 nebulizações em Ind.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
cada narina 3 a 4 vezes/dia; < 6 anos: Gotas na‑ R. Adv.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
sais a 0,05%: 1 a 2 gotas em cada narina, 1 ou 2 Contra‑Ind. e Prec.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
vezes/dia. Interac.: Cimetidina (de discreto significado clíni‑
co).
Inalação ‑ 1 mg/ml Posol.: [Adultos] e [Crianças > 6 anos] ‑ Via intra‑
OTRIVINA (MNSRM); nasal: até 0,4 mg/dia em fracções (ex: 2 aplicações
Sol. p. inalação p/ nebuliz. ‑ Frasco nebulizador em cada narina, de manhã e à noite).
‑ 1 unid ‑ 10 ml; 0%
Nasais ‑ 32 µg/dose
Nasais ‑ 0.5 mg/ml PULMICORT NASAL AQUA (MSRM); AstraZeneca
OTRIVINA (MNSRM); Susp. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 dose(s);
Gotas nasais, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 10 ml; 0% e 7,11 (e 7,11); 37%
Nasais ‑ 1 mg/ml Nasais ‑ 64 µg/dose
OTRIVINA (MNSRM); PULMICORT NASAL AQUA (MSRM); AstraZeneca
Gotas nasais, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 10 ml; 0% Susp. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 dose(s);
e 7,91 (e 7,91); 37%
14.1.2. Corticosteróides Nasais ‑ 100 µg/dose
Revelam‑se de grande importância no trata‑ AEROMAX NASAL (MSRM); Lab. Medinfar
mento da rinite alérgica. Uma das principais van‑ Susp. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 200 dose(s);
tagens da aplicação tópica dos corticosteróides e 13,31 (e 13,31); 37%
PULMICORT NASAL TURBOHALER (MSRM); Astra‑
relativamente a outras formas de administração é Zeneca
a menor ocorrência de reacções adversas. Pó nasal ‑ Dispositivo doseador ‑ 1 unid ‑ 200
São exemplos de corticosteróides usados em dose(s); e 21,49 (e 21,49); 37%
aplicação tópica nasal a beclometasona, a bude-
sonida, a fluticasona, a mometasona e a triam- n FLUTICASONA
cinolona.
Ind.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
Ind.: Estão indicados na rinite alérgica e na recorrên‑ R. Adv.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
cia da polipose nasal. Contra‑Ind. e Prec.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
R. Adv.: Secura das mucosas, a sensação de picada e Interac.: Possível interferência com os inibidores do
a irritação local, bem como a facilitação de proces‑ citocromo P450.
sos infecciosos locais. Posol.: [Adultos] ‑ Dose média: 2 aplicações, em
O seu uso exagerado pode condicionar a ocor‑ cada narina, 1 ou 2 vezes/dia.
rência de efeitos sistémicos. [Crianças] ‑ Dose média: 1 aplicação, em cada
A utilização intranasal prolongada de corticos‑ narina, 1 ou 2 vezes/dia.
teróides pode provocar perfuração do septo.
Com o seu uso prolongado e especialmente em Nasais ‑ 50 µg/dose
EUSTIDIL (MSRM); Lab. Vitória
altas doses pode haver absorção sistémica e os
Susp. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 dose(s);
efeitos daí decorrentes. e 9,6 (e 9,6); 37% ‑ PR e 6,25
Contra‑Ind. e Prec.: O seu uso deverá ser evitado se FLUTAIDE (MSRM); AlenFarma
existirem feridas operatórias não cicatrizadas ou Susp. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 dose(s);
infecções locais não tratadas. A hipersensibilidade e 9,61 (e 9,61); 37% ‑ PR e 6,25
aos constituintes representa também uma contra FLUTICASONA NASOFAN (MSRM); Teva Pharma
‑indicação. Susp. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 dose(s);
e 4,81 (e 0,0401); 37% ‑ PR e 6,25
n BECLOMETASONA RONTILONA (MSRM); Alter
Ind.: V. Corticosteróides (14.1.2.). Susp. p. pulv. nasal ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 dose(s);
R. Adv.: V. Corticosteróides (14.1.2.). e 9,61 (e 9,61); 37% ‑ PR e 6,25
Contra‑Ind. e Prec.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
Interac.: Desconhecidas. n FUROATO DE FLUTICASONA
Posol.: [Adultos] e [Crianças > 6 anos] ‑ Via in‑ Ind.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
tranasal: 0,4 mg/dia (2 aplicações em cada narina, R. Adv.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
2 vezes/dia). Contra‑Ind. e Prec.: V. Corticosteróides (14.1.2.).
Interac.: Hipersensibilidade.
Nasais ‑ 50 µg/dose Posol.: [Adultos] ‑ Dose média: 2 pulverizações/dia
BECONASE INALADOR NASAL (MNSRM); GSK Cons. em cada narina e [Crianças > 6 anos] ‑ Dose mé‑
Healthcare dia: 1 pulverização/dia em cada narina.
442 Grupo 14 | 14.1. Produtos para aplicação nasal
e as endoftalmites exigem que o tratamento seja clínicos que sustentem as vantagens terapêuticas
acompanhado por um especialista. Geralmente, de tais associações.
obrigam à administração de antibacterianos por
via subconjuntival ou por via sistémica. n ÁCIDO FUSíDICO
Ind.: Infecções superficiais causadas por Staphylo‑
15.1.1. Antibacterianos coccus.
R. Adv.: Reacções de hipersensibilidade.
As infecções bacterianas superficiais são geral‑ Contra‑Ind. e Prec.: Não se conhecem para esta
mente causadas por cocos gram + e Haemophi‑ forma de administração.
lus, o que, associado à benignidade da infecção Interac.: Não se conhecem para esta forma de ad‑
e às elevadas concentrações que se podem atingir ministração.
com o tratamento tópico, explicam algum empi‑ Posol.: Usado na concentração de 1%. Instilar uma
rismo na selecção do antibacteriano. gota em intervalos de 1 ou 2 horas. No caso do
De modo geral utilizam‑se antibacterianos de gel, a aplicação deve ser feita 3 a 4 vezes/dia
largo espectro de acção, aplicados sob a forma de (quando usado isoladamente) ou apenas à noite
colírios, geles ou pomadas. Em situações particu‑ (quando associado a colírio). O tratamento deve
lares deve recorrer‑se a vias de administração não ser mantido por 48 horas após o desaparecimento
tópicas. da sintomatologia.
Salvo indicação em contrário, os colírios com
antibacterianos devem ser instilados uma gota de Oftálmicas ‑ 2 mg/0.2 g
1 em 1 hora ou 2 em 2 horas, reduzindo‑se a fre‑ FUCITHALMIC (MSRM); Leo Pharmaceutical (Dina‑
quência conforme a evolução da resposta à infec‑ marca)
ção. O tratamento deve ser prolongado 48 horas Colírio, susp. ‑ Recipiente unidose ‑ 12 unid ‑ 0,2
após desaparecimento da sintomatologia. O gel ou g; e 7,15 (e 0,5958); 0%
a pomada oftálmica devem ser aplicados à noite
(quando associados a colírios instilados durante Oftálmicas ‑ 10 mg/g
o dia) ou 3 a 4 vezes/dia (quando usados isola‑ FUCITHALMIC (MSRM); Leo Pharmaceutical (Dina‑
damente). É importante lembrar a necessidade de marca)
se cumprirem esquemas posológicos que evitem Gel oftálmico ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 5 g; e 4,2
o aparecimento de resistências ao antibacteriano. (e 0,84); 37%
No tratamento de infecções superficiais (blefa‑
rites e conjuntivites) recorre‑se ao cloranfenicol n AZITROMICINA
com alguma frequência. Porém, a possibilidade
de, mesmo por via tópica, poder causar anemia Ind.: Tratamento das conjuntivites causadas por es‑
aplástica grave leva alguns autores a desaconselhar tirpes susceptíveis: conjuntivites bacterianas pu‑
o seu uso como fármaco de primeira escolha. As rulentas; conjuntivites tracomatosas provocadas
tetraciclinas, sulfonamidas e aminoglicosídeos são pela Chlamydia trachomatis.
também usados no tratamento de infecções super‑ R. Adv.: Possibilidade de desconforto ocular (pruri‑
ficiais. A ausência de eficácia clínica ou o resultado do, sensação de queimadura, ardor), visão turva,
do antibiograma podem levar à utilização de asso‑ sensação de olho colado, sensação de corpo estra‑
ciações com outros antibacterianos. nho após a instilação.
No tratamento das úlceras da córnea de ori‑ Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade à azitromi‑
gem bacteriana, pelo maior espectro de bactérias cina, a qualquer outro macrólido ou ao excipien‑
envolvidas e pela gravidade da situação, justifica te.
‑se uma análise laboratorial para a selecção do Interac.: Não se conhecem para esta forma de ad‑
antibacteriano mais indicado. O cloranfenicol ministração.
apresenta uma penetração melhor do que as tetra‑ Posol.: Instilar uma gota no fórnix conjuntival duas
ciclinas. Porém, pela maior segurança, é preferí‑ vezes/dia, de manhã e à noite, durante três dias.
vel o recurso a aminoglicosídeos (isoladamente
ou associados a outros antibacterianos) e a qui‑ Oftálmicas ‑ 3.75 mg/0.25 g
nolonas (ciprofloxacina, lomefloxacina, nor- AZYTER (MSRM); Lab. Théa (França)
floxacina e ofloxacina). O recurso simultâneo Colírio, sol. ‑ Recipiente unidose ‑ 6 unid ‑ 0,25 g;
à terapêutica sistémica é frequente neste tipo de e 7,88 (e 5,2533); 0%
afecções.
O recurso a anti‑sépticos em patologia ocular n CIPROFLOXACINA
está hoje em desuso. Ind.: Infecções superficiais, na ausência de resposta
Em algumas formulações, os antibacteria‑ a outros antibacterianos ou perante indicações do
nos encontram‑se associados a corticosteróides. antibiograma.
Porém, o uso destas associações raramente se R. Adv.: Hipersensibilidade, ardor, picadas. Com
justifica. Quando haja fortes razões para a sua uti‑ menor frequência, precipitados e crostas, irrita‑
lização, o seu uso deve feito sob a vigilância de ção local, fotofobia, queratite, edema palpebral,
um oftalmologista. Existem também disponíveis lacrimejo, quemose, sabor amargo.
associações de antibacterianos e anti‑inflamatórios Contra‑Ind. e Prec.: Não se conhecem para esta
não esteróides (gentamicina com indometa- forma de administração.
cina) indicadas para profilaxia de afecções pós Interac.: Não se conhecem para esta forma de ad‑
‑operatórias. Porém, não são conhecidos estudos ministração.
15.1. Anti‑infecciosos tópicos 447
Interac.: Com fármacos usados no tratamento do ‑operatórias (ver 15.1.1.). Porém, não são conhe‑
glaucoma (redução da eficácia destes), com an‑ cidos estudos que demonstrem as vantagens tera‑
ticolinérgicos (aumento do risco de hipertensão pêuticas de tais associações.
ocular).
Posol.: Instilar 1 a 2 gotas (0,12 a 1%) 2 a 4 vezes/dia; Tem sido sugerido que os AINEs podem ser efi‑
em situações mais graves instilar de hora a hora cazes na prevenção da formação e da evolução de
até controlo da inflamação, reduzindo depois a cataratas. Porém, os estudos clínicos que susten‑
frequência; 1 a 2 aplicações da pomada, 3 a 4 ve‑ tam tal pretensão são limitados ou insatisfatórios.
zes/dia, de acordo com a gravidade da inflamação.
n BENDAZAC
Oftálmicas ‑ 5 mg/g Ind.: Profilaxia da miose e da inflamação causada por
PREDNIOCIL (MSRM); Lab. Edol cirurgia ocular. Como anti‑inflamatório, isolada‑
Pomada oftálmica ‑ Bisnaga ‑ 1 unid ‑ 3,5 g; e 3,5 mente ou combinado com costicosteróides.
(e 1); 37% R. Adv.: Não se conhecem para esta forma de admi‑
nistração.
Oftálmicas ‑ 10 mg/ml Contra‑Ind. e Prec.: Não se conhecem para esta
F RISOLONA FORTE (MSRM); Allergan (Espanha) forma de administração.
Colírio, susp. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml; Interac.: Não se conhecem para esta forma de ad‑
e 3,42 (e 0,684); 37% ministração.
Posol.: Instilar 2 gotas (0,5%) 3 vezes/dia.
n RIMEXOLONA
Ind.: Como anti‑inflamatório em caso de uveíte, es‑ Oftálmicas ‑ 1.5 mg/0.3 ml
clerite e na redução da inflamação após cirurgias BENDALINA (MSRM); Angelini
oculares. Colírio, sol. ‑ Recipiente unidose ‑ 30 unid ‑
R. Adv.: As típicas dos corticosteróides (glaucoma 0,3 ml; e 4,55 (e 0,1517); 37%
cortisónico, inibição da regeneração tecidual e
aumento da probabilidade de infecções). Oftálmicas ‑ 5 mg/ml
Contra‑Ind. e Prec.: Infecções da córnea ou da BENDALINA (MSRM); Angelini
conjuntiva (agravamento ou aparecimento de in‑ Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 7 ml;
fecções secundárias), doentes com cataratas, em e 3,67 (e 0,5243); 37%
diabéticos (aumento da predisposição para o apa‑
recimento de hipertensão ocular e de cataratas). n CETOROLAC
Interac.: Com fármacos usados no tratamento do Ind.: Profilaxia da miose e da inflamação causada por
glaucoma (redução da eficácia destes), com an‑ cirurgia ocular. Como anti‑inflamatório, isolada‑
ticolinérgicos (aumento do risco de hipertensão mente ou combinado com corticosteróides. Alívio
ocular). de conjuntivites alérgicas sazonais e de edema
Posol.: Inflamação pós‑operatória: instilar 1 ou 2 macular cistóide.
gotas até 4 vezes/dia, iniciando 24 horas após a R. Adv.: Não se conhecem para esta forma de admi‑
cirurgia e manter durante 2 semanas. nistração.
Uveíte: instilar 1 ou 2 gotas durante o dia, Contra‑Ind. e Prec.: Não se conhecem para esta
em intervalos de 1 hora, durante a primeira forma de administração.
semana, de 2 horas na segunda semana, de 4 Interac.: Não se conhecem para esta forma de ad‑
horas na terceira semana. Na quarta semana de ministração.
tratamento, instilar em intervalos de 12 horas Posol.: Instilar 1 gota (a 0,5%) 4 vezes/dia.
nos 4 dias e uma vez por dia nos últimos 3 dias.
Outras inflamações: Instilar 1 ou 2 gotas pelo Oftálmicas ‑ 5 mg/ml
menos 4 vezes/dia durante 4 semanas. ACULAR (MSRM); Allergan (Espanha)
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml;
Oftálmicas ‑ 10 mg/ml e 5,06 (e 1,012); 37%
VEXOL (MSRM); Alcon ELIPA (MSRM); Lab. Edol
Colírio, susp. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 5,43 Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 10 ml;
(e 1,086); 37% e 5,2 (e 0,52); 37%
Dentro dos anticolinérgicos incluem‑se a atro- à possível associação entre a cicloplegia e o desen‑
pina, o ciclopentolato, a homatropina e a tropi- volvimento de ambliopia.
camida. São fármacos midriáticos e cicloplégicos, Interac.: Não se conhecem para esta forma de ad‑
cuja acção resulta da inibição da contracção do ministração mas podem surgir com fármacos que
esfíncter da pupila. Os seus efeitos diferem na causem efeitos oculares opostos.
potência e na duração da acção. A tropicamida Posol.: [Adultos] ‑ Instilar 1 gota de colírio a 1%,
é relativamente pouco potente e de curta duração 2 vezes/dia durante 1 ou 2 dias, ou a quantidade
(até 6 horas) sendo usada para visualização do equivalente nas 2 horas que precedem o exame.
fundo ocular. Pela sua maior duração de acção o [Crianças] > 5 anos: 1 a 2 gotas de colírio a 0,5%
ciclopentolato (24 horas) e a atropina (7 a 12 (ou 1 gota a 1%), 2 vezes/dia, durante os 1 a 3 dias
dias) são usados quando se pretende uma ciclo‑ que precedem o exame.
plegia estável e duradoura. A homatropina causa,
em geral, uma cicloplegia incompleta. Oftálmicas ‑ 10 mg/ml
Os midriáticos e cicloplégicos causam irrita‑ ATROPOCIL (MSRM); Lab. Edol
ção local e aumentam a pressão intra‑ocular. A Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 10 ml;
administração prolongada pode causar hiperemia, e 4,6 (e 0,46); 37%
edema e conjuntivite. Podem ainda surgir efeitos
sistémicos que são mais prováveis nas crianças e n CICLOPENTOLATO
nos idosos. Ind.: Midríase e cicloplegia; uveítes.
É necessário ter em consideração que a sensi‑ R. Adv.: Aumento da pressão intra‑ocular (mais pro‑
bilidade aos midriáticos varia com a cor dos olhos vável em doentes com glaucoma), visão turva, irri‑
(maior em olhos claros do que em olhos escuros) tação local e blefaroconjuntivite.
e que podem precipitar o aparecimento de glau‑ Contra‑Ind. e Prec.: Há recomendações para não
coma de ângulo fechado em indivíduos predispos‑ ser instilado ciclopentolato nos olhos de crianças
tos. Recomenda‑se ainda que a condução de auto‑ com menos de 3 meses de idade, devido à possível
móveis seja evitada 1 a 2 horas após a aplicação associação entre a cicloplegia e o desenvolvimen‑
de midriáticos. to de ambliopia.
Interac.: Não se conhecem para esta forma de ad‑
15.3.1. Simpaticomiméticos ministração mas podem surgir com fármacos que
causem efeitos oculares opostos.
n FENILEFRINA Posol.: Instilar 1 gota (0,5 a 1%) repetida 5 a 15
minutos (para exame ocular); 1 ou 2 gotas (0,5
Ind.: Midríase. a 1%) até 4 vezes/dia (uveítes). Os olhos muito
R. Adv.: Irritação ocular e dor (pode ser necessária pigmentados são mais resistentes à dilatação da
a aplicação prévia de um anestésico local), visão pupila, podendo exigir o uso das soluções mais
turva, fotofobia. concentradas.
Contra‑Ind. e Prec.: Glaucoma de ângulo fechado;
podem ocorrer efeitos sistémicos significativos Oftálmicas ‑ 10 mg/ml
(precauções especiais com o seu uso em crianças, CICLOPLEGICEDOL (MSRM); Lab. Edol
idosos, hipertensos, doentes com arritmias). A Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml;
utilização repetida e em doses altas pode levar a e 6 (e 1,2); 0%
uma redução do efeito midriático e mesmo a uma MIDRIODAVI (MSRM); DAVI II
miose rebound. Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 10 ml;
Interac.: Com simpaticomiméticos pela possibilida‑ e 3,36 (e 0,336); 37%
de destes poderem potenciar os efeitos sistémicos
da fenilefrina.
Posol.: Usada em concentrações entre 2,5 e 10%, 1 n TROPICAMIDA
ou 2 gotas, 2 a 4 vezes/dia. Ind.: Midríase e cicloplegia.
R. Adv.: Aumento da pressão intra‑ocular (mais pro‑
Oftálmicas ‑ 100 mg/ml vável em doentes com glaucoma), visão turva, irri‑
DAVINEFRINA (MSRM); DAVI II tação local e blefaroconjuntivite.
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 10 ml; Contra‑Ind. e Prec.: A tropicamida parece ser me‑
e 5,26 (e 0,526); 37% nos adequada para induzir cicloplegia em crian‑
ças.
15.3.2. Anticolinérgicos Interac.: Não se conhecem para esta forma de ad‑
ministração mas podem surgir com fármacos que
causem efeitos oculares opostos.
n ATROPINA Posol.: Instilar 1 ou 2 gotas (0,5%) 15 a 20 minutos
Ind.: Midríase e cicloplegia prolongada; uveítes e antes do exame ocular (para causar midríase); 1
irites. ou 2 gotas (1%) repetindo 5 minutos após (para
R. Adv.: Irritação local, hiperemia, edema e conjunti‑ causar cicloplegia).
vites, aumento da pressão intra‑ocular (principal‑
mente em doentes com glaucoma). Oftálmicas ‑ 10 mg/ml
Contra‑Ind. e Prec.: Há recomendações para não TROPICIL TOP (MSRM); Lab. Edol
ser instilado sulfato de atropina nos olhos de Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 10 ml;
crianças com menos de 3 meses de idade, devido e 5,49 (e 0,549); 0%
15.4. Medicamentos usados no tratamento do glaucoma 457
Interac.: Evitar a associação com fármacos simpati‑ sejam usados em doentes com asma ou com
comiméticos, pelo receio que possa favorecer a doença respiratória obstrutiva, a menos que não
ocorrência das crises hipertensivas. haja alternativa mais adequada. Nestes casos a
Posol.: Instilar 1 gota de colírio (0,2 a 0,5%) no olho possibilidade de surgir broncospasmo deve ser
afectado 2 a 3 vezes/dia. considerada e tomadas as medidas preventivas
adequadas.
Oftálmicas ‑ 2 mg/ml As associações contendo bloqueadores beta e
ALPHAGAN (MSRM); Allergan (Espanha) outros fármacos com eficácia no glaucoma estão
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml; descritas em 15.4.5..
e 10,14 (e 2,028); 95% ‑ PR e 10,14
BGLAU (MSRM); Lab. Edol n BETAXOLOL
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml;
e 10,14 (e 2,028); 95% ‑ PR e 10,14 Ind.: Tratamento crónico do glaucoma simples.
BRIMONIDINA GENERIS (MSRM); Generis R. Adv.: Irritação local e fotofobia; pode ainda causar
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml; secura ocular e blefaroconjuntivite. Pela probabi‑
e 7,1 (e 1,42); 95% ‑ PR e 10,14 lidade de absorção, pode ainda surgir bradicardia,
BRIMONIDINA MYLAN (MSRM); Mylan depressão cardíaca e precipitar ataques de asma
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml; em indivíduos predispostos.
e 6,88 (e 1,376); 95% ‑ PR e 10,14 Contra‑Ind. e Prec.: Doentes com bradicardia, IC
BRIMONIDINA TEVA (MSRM); Teva Pharma ou asma.
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml; Interac.: Com outros depressores cardíacos (nome‑
e 6,88 (e 1,376); 95% ‑ PR e 10,14 adamente bloqueadores da entrada de cálcio ‑ V.
Subgrupo 3.4.3.).
n CLONIDINA Posol.: Instilar 1 gota de colírio (0,5%), 2 vezes/dia.
Ind.: Prevenção da hipertensão ocular no pós Oftálmicas ‑ 5 mg/ml
‑operatório e redução da pressão ocular em situa‑ BERTOCIL (MSRM); Lab. Edol
ções refractárias a outros tratamentos. Colírio, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 5,2 (e 1,04);
R. Adv.: Hiperemia, desconforto e prurido ocular, 95%
retracção palpebral e midríase; hipotensão mode‑ BETOPTIC (MSRM); Alcon
rada, astenia, sonolência, alterações do paladar, Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml;
secura da boca e da mucosa nasal. e 4,25 (e 0,85); 95%
Contra‑Ind. e Prec.: Usar com precaução em doen‑
tes com angina, IC, enfarte do miocárdio recente, n CARTEOLOL
doença cerebrovascular, IR crónica e depressão.
Contra‑indicado em caso de doenças cardiovascu‑ Ind.: Tratamento crónico do glaucoma simples.
lares graves ou mal controladas. R. Adv.: Irritação local, alterações da visão e foto‑
Interac.: Evitar a associação com fármacos simpati‑ fobia; pode ainda causar secura ocular e blefa‑
comiméticos, pelo receio que possa favorecer a roconjuntivite. Pela probabilidade de absorção,
ocorrência das crises hipertensivas. pode ainda surgir bradicardia, depressão cardíaca
Posol.: Instilar 1 gota de colírio (0,125 a 0,25%) no e precipitar ataques de asma em indivíduos pre‑
olho afectado 4 vezes/dia. dispostos.
Contra‑Ind. e Prec.: Doentes com bradicardia, IC
Oftálmicas ‑ 2.5 mg/ml ou asma.
EDOLGLAU (MSRM); Lab. Edol Interac.: Com outros depressores cardíacos (nome‑
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 10 ml; adamente bloqueadores da entrada de cálcio ‑ V.
e 5,07 (e 0,507); 95% Subgrupo 3.4.3.).
Posol.: Instilar 1 gota de colírio (1 a 2%), 2 vezes/dia.
15.4.3. Bloqueadores beta
Oftálmicas ‑ 10 mg/ml
A aplicação tópica de bloqueadores beta reduz ARTEOPTIC (MSRM); OM Pharma
a pressão intra‑ocular, provavelmente por redução Colírio, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 5,83
da produção de humor aquoso. Incluem‑se neste (e 1,166); 95%
grupo o betaxolol, o carteolol, o levobunolol, o PHYSIOGLAU 1% (MSRM); Bausch & Lomb
metipranolol e o timolol. Colírio libert. prolong. ‑ Frasco conta‑gotas ‑
A administração tópica destes fármacos pode 1 unid ‑ 3 ml; e 6,94 (e 2,3133); 95%
causar secura ocular e blefaroconjuntivite. Existe
uma forte possibilidade de ocorrer alguma absor‑ Oftálmicas ‑ 20 mg/ml
ção e, consequentemente, efeitos sistémicos. ARTEOPTIC (MSRM); OM Pharma
Assim, a utilização de colírios contendo bloque‑ Colírio, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 6,22
adores beta está contra‑indicada em doentes com (e 1,244); 95%
bradicardia, bloqueio ou formas avançadas de IC CARTEABAK 2% (MSRM); Lab. Théa (França)
(outras precauções e interacções são referidas no Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml;
subgrupo 3.4.4.2., a propósito da utilização sisté‑ e 7,27 (e 1,454); 95%
mica de bloqueadores beta). PHYSIOGLAU 2% (MSRM); Bausch & Lomb
Recomenda‑se que os bloqueadores beta, Colírio libert. prolong. ‑ Frasco conta‑gotas ‑
mesmo os considerados cardioselectivos, não 1 unid ‑ 3 ml; e 6,94 (e 2,3133); 95%
15.4. Medicamentos usados no tratamento do glaucoma 459
Interac.: Pelos riscos de absorção, pode causar alca‑ Subgrupo 3.4.3.), com midriáticos (antagonismo
linização da urina, reduzindo a eliminação uriná‑ do efeito), com dipivefrina (causar ou agravar ca‑
ria de bases fracas. sos de miopia), com sulfacetamida (precipitação
Posol.: Instilar 1 ou 2 gotas 3 vezes/dia. da pilocarpina) e com o latanoprost (redução do
efeito deste).
Oftálmicas ‑ 4 mg/0.2 ml Posol.: Instilar 1 ou 2 gotas, 1 ou 2 vezes/dia.
TRUSOPT (MSRM); Lab. Chibret
Colírio, sol. ‑ Recipiente unidose ‑ 60 unid ‑ Oftálmicas ‑ 20 mg/ml + 5 mg/ml
0,2 ml; e 26,39 (e 0,4398); 95% TIMOGLAU PLUS 2 (MSRM); Lab. Edol
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 10 ml;
Oftálmicas ‑ 20 mg/ml e 8,5 (e 0,85); 95%
DORZOLAMIDA GENERIS (MSRM); Generis
Colírio, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 6,97 n TIMOLOL + DORZOLAMIDA
(e 1,394); 95% ‑ PR e 9,96
PROGLAU (MSRM); Lab. Edol Ind.: Tratamento do glaucoma de ângulo aberto em
Colírio, sol. ‑ Frasco conta‑gotas ‑ 1 unid ‑ 5 ml; situações não controladas eficazmente com um
e 6,97 (e 1,394); 95% ‑ PR e 9,96 bloqueador beta.
TRUSOPT (MSRM); Lab. Chibret R. Adv.: Hiperemia, queratite, dor e irritação ocular,
Colírio, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 12,45 alterações do paladar.
(e 2,49); 95% ‑ PR e 9,96 Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com bradicardia,
IC, asma, IR grave, acidose hiperclorémica e du‑
n LATANOPROST + TIMOLOL rante a gravidez e aleitamento.
Interac.: Com outros depressores cardíacos (nome‑
Ind.: Glaucoma de ângulo aberto, hipertensão ocu‑ adamente bloqueadores da entrada de cálcio ‑ V.
lar, em doentes em que o controlo apenas com Subgrupo 3.4.3.). Pelos riscos de absorção, pode
timolol não foi conseguido. causar alcalinização da urina, reduzindo a elimina‑
R. Adv.: Irritação ocular, hiperemia conjuntival, alte‑ ção urinária de bases fracas.
rações da pigmentação da íris, edema periorbital Posol.: Instilar 1 ou 2 gotas, 2 vezes/dia.
ou macular; pode surgir ainda dispneia e exacer‑
bações de quadros de asma. Oftálmicas ‑ 1 mg/0.2 ml + 4 mg/0.2 ml
Contra‑Ind. e Prec.: Evitar durante a gravidez e COSOPT (MSRM); Lab. Chibret
aleitamento, em doentes com bradicardia, IC ou Colírio, sol. ‑ Recipiente unidose ‑ 60 unid ‑
asma; não associar a preparações contendo time‑ 0,2 ml; e 32,75 (e 2,7292); 95%
rosal; vigiar eventuais alterações de coloração da
íris. Oftálmicas ‑ 5 mg/ml + 20 mg/ml
Interac.: Com pilocarpina (redução do efeito); com COSOPT (MSRM); Lab. Chibret
outros depressores cardíacos (nomeadamente Colírio, sol. ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 16,86
bloqueadores da entrada de cálcio). (e 3,372); 95%
Posol.: Instilar 1 ou 2 gotas, 1 vez/dia.
não devem ser manuseados por grávidas. O mate‑ geralmente, eficaz. Para doentes com um risco de
rial contaminado com estas substâncias (seringas, emése mais elevado pode recorrer‑se ao uso de
embalagens, etc.) deve ser inutilizado de forma um dos fármacos anteriormente referidos junta‑
adequada. mente com dexametasona e lorazepam.
Embora os fármacos citotóxicos apresentem Em doentes com alto risco de emése ou quando
mecanismos de acção antitumoral diversos (e, as outras abordagens terapêuticas se mostraram
em consequência, efeitos adversos diferentes), ineficazes, pode recorrer‑se a um antagonista
existem muitos efeitos adversos que são comuns específico dos receptores 5HT3 da serotonina
à maioria dos fármacos citotóxicos. Alguns dos (ex: ondansetrom), por vezes juntamente com
efeitos mais comuns serão referidos de seguida: a dexametasona. Os antagonistas dos recepto‑
res 5HT3 são altamente eficazes no tratamento da
‑ Extravasamento de medicamentos IV: alguns emése precoce e têm vindo a substituir a utiliza‑
destes fármacos podem causar acentuada necrose ção IV de altas doses de metoclopramida.
local quando extravasam para o espaço extravas‑ Sintomas retardados: a dexametasona, apenas
cular. Sempre que o extravasamento ocorre, a admi‑ ou em combinação com a metoclopramida ou a
nistração do fármaco deve ser interrompida e deve metopimazina, é o fármaco de escolha neste tipo
ser dada adequada atenção ao tratamento da lesão. A de sintomas.
administração deve ser continuada noutra veia.
‑ Hiperuricémia, que pode resultar em compro‑ Sintomas antecipatórios: a melhor forma de os
metimento da função renal devido à deposição de prevenir é efectuar um bom controlo dos sinto‑
cristais de ácido úrico; é uma complicação comum mas. A adição de lorazepam à terapêutica antie‑
durante o tratamento do linfoma não‑Hodgkin e mética parece ser útil. Também tem sido utilizado
da leucemia. Para prevenir a hiperuricemia, deve o ondansetrom.
ser iniciado tratamento concomitante com alopu-
rinol, começando 24 horas antes do início do tra‑ ‑ Depressão da medula óssea: com excepção da
tamento citotóxico. O doente deve ser adequada‑ vincristina e da bleomicina, todos os fármacos citotó‑
mente hidratado. A dose de mercaptopurina ou de xicos causam depressão da medula óssea. Este efeito
azatioprina devem ser reduzidas se algum daque‑ aparece, normalmente, 7 a 10 dias após a administra‑
les fármacos for administrado concomitantemente ção do fármaco, embora para determinados fármacos
com o alopurinol. este aparecimento possa ser retardado. É o caso de
‑ Náuseas e vómitos são efeitos adversos fármacos como a carmustina, a lomustina e o mel-
comuns durante o tratamento com fármacos cito‑ falano. Antes de cada tratamento deve proceder‑se
tóxicos e causam significativo desconforto aos à contagem celular no sangue periférico e as doses
doentes. Estes efeitos podem ser agudos (ocor‑ devem ser reduzidas ou o tratamento adiado, se não
rem nas 24 horas após o tratamento), retardados tiver ocorrido recuperação da função medular. O
(ocorrem para além das 24 horas após o início do aparecimento de febre em doentes neutropénicos
tratamento) ou antecipatórios (ocorrem antes de (contagem de neutrófilos inferior a 0,8 x 109/l) pode
doses subsequentes). Os sintomas retardados e os ser indicação para administração parentérica de um
antecipatórios são mais difíceis de controlar do antibiótico de largo espectro.
que os sintomas agudos. Os doentes apresentam ‑ Comprometimento da resposta imunitária: as
graus de susceptibilidade diferentes a um deter‑ alterações na resposta imunitária induzidas pelos
minado fármaco indutor de náuseas e vómitos. Os corticosteróides e por outros fármacos imunos‑
mais afectados são as mulheres, os doentes com supressores podem resultar no rápido desenvol‑
mais de 50 anos, os doentes ansiosos e os que vimento de uma infecção. A supressão dos sinais
já estiveram previamente expostos ao fármaco. clínicos típicos de uma infecção pode levar a que
Embora os sintomas variem de acordo com a dose, situações como septicemia ou tuberculose atinjam
os outros fármacos administrados e a susceptibili‑ estados avançados antes de serem identificadas. Os
dade individual, os fármacos podem ser agrupa‑ fármacos citostáticos que actuam por interacção
dos de acordo com o potencial emetogénio, sendo com o ADN, como são exemplos a ciclofosfamida,
apresentados alguns exemplos. a mitomicina C ou a cisplatina, estão associados ao
Ligeiramente emetogénios: fluorouracilo, aparecimento de infecções relacionadas com a neu‑
etoposido, metotrexato (menos de 0,1 g/m2), tropenia resultante da mielossupressão. Nestas situ‑
alcalóides da vinca. ações é, por vezes, utilizada a amifostina no sentido
Moderadamente emetogénios: doxorrubicina, de reduzir o risco de infecção. A amifostina é ainda
doses baixas e intermédias de ciclofosfamida, utilizada na protecção contra a nefrotoxicidade da
mitoxantrona, doses altas de metotrexato cisplatina e a xerostomia associada à radioterapia dos
(superiores a 0,1 g/m2). tumores da cabeça e pescoço.
Altamente emetogénios: cisplatina, dacarbazina ‑ Alopécia é uma complicação comum do trata‑
e doses altas de ciclofosfamida. mento com fármacos citotóxicos e causa de signifi‑
A estratégia para prevenção da emése é dife‑ cativo desconforto psicológico nos doentes. Nor‑
rente consoante os sintomas são agudos, retar‑ malmente é reversível e o grau de perda de cabelo
dados ou antecipatórios. depende do fármaco e da susceptibilidade individual.
Sintomas agudos: para os doentes com baixo ‑ Função reprodutora: muitos dos fármacos
risco de emése, o pré‑tratamento com feno‑ citotóxicos são teratogénicos e não devem ser
tiazinas por via oral (ex: metopimazina) ou administrados durante a gravidez, especialmente
com domperidona ou metoclopramida, durante o primeiro trimestre. A mulheres que
continuado até 24 horas após a quimioterapia é, possam engravidar, deve ser efectuado aconse‑
16.1. Citotóxicos 467
diarreia severa e sintomas sugestivos de estimula‑ A doxorrubicina é dos fármacos mais utilizados
ção colinérgica. O topotecano pode dar origem a e com maior espectro de acção antitumoral, sendo
depressão da medula, principalmente trombocito‑ usado para tratamento de leucemias agudas, lin‑
penia, que é normalmente o efeito adverso limi‑ fomas e diversos tumores sólidos. Geralmente, é
tante da dose. administrada por infusão IV rápida com intervalo
de 21 dias entre os ciclos terapêuticos. O extrava‑
16.1.5. Inibidores da topoisomerase II samento para o espaço extravascular pode provo‑
car necrose tecidular grave. Os efeitos tóxicos mais
O etoposido e o teniposido são glicosídeos comuns incluem náuseas e vómitos, depressão
semisintéticos derivados do princípio activo do medular, alopécia e mucosite. O recurso a doses
podófilo (podofilotoxina), úteis na leucemia lin‑ elevadas, que podem provocar acumulação do
foblástica aguda da criança (teniposido) e em fármaco no organismo, está associada ao desen‑
alguns carcinomas sólidos como os tumores tes‑ volvimento de cardiomiopatia que pode ser fatal.
ticulares e das células pequenas do pulmão (eto- Doentes com patologia cardíaca pré‑existente, ido‑
posido). Podem ser administrados por via oral ou sos ou sujeitos a irradiação cardíaca devem ser tra‑
por infusão IV lenta. Geralmente, são administra‑ tados com especial cuidado. A doxorrubicina pode
dos diariamente durante 3 a 5 dias e um novo ciclo ainda ser utilizada para instilação vesical. Recente‑
só deve ser repetido após um intervalo de pelo mente começou a ser disponibilizada uma formu‑
menos 21 dias. Os efeitos tóxicos incluem alopé‑ lação lipossomal para ser utilizada no tratamento
cia, mielossupressão, náuseas e vómitos. do sarcoma de Kaposi em doentes com SIDA.
A epirrubicina está estruturalmente relacio‑
n ETOPOSIDO nada com a doxorrubicina e parece apresentar
Ind.: Tumores testiculares e carcinoma de pequenas resultados positivos no tratamento do cancro da
células do pulmão. mama. Deve ser dada atenção à possibilidade de
R. Adv.: Mais frequentes: alopécia, rash cutâneo, acumulação do fármaco no organismo, de forma
náuseas e vómitos. Podem ainda ocorrer reacções a evitar a cardiotoxicidade. Tal como a doxorru‑
do tipo anafiláctico, hipotensão e mielossupres‑ bicina, pode ser administrada por via IV ou por
são. instilação vesical.
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade ao etopo‑ A aclarrubicina e a idarrubicina são fármacos de
sido. utilização recente, com propriedades semelhantes
Interac.: Doses elevadas de ciclosporina aumentam às da doxorrubicina. Ambas podem ser adminis‑
a toxicidade do etoposido. tradas por via IV. A idarrubicina pode ser também
Posol.: Variável. A avaliar pelo médico especialista. usada por via oral.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível A daunorrubicina é utilizada no tratamento de
em Farmácia Comunitária. leucemias agudas e é administrada por infusão IV.
Apresenta propriedades semelhantes às da doxor‑
n TENIPOSIDO rubicina.
Ind.: Leucemia linfoblástica aguda da criança. A dactinomicina (actinomicina D) é utilizada
R. Adv.: Mais frequentes: mucosite, diarreia, náuseas principalmente no tratamento de neoplasias pedi‑
e vómitos. Podem ainda ocorrer reacções do tipo átricas. Apresenta efeitos adversos semelhantes
anafiláctico, hipotensão, alopécia ou mielossu‑ aos da doxorrubicina, excepto a cardiotoxicidade
pressão. que no caso da dactinomicina não é um problema.
Contra‑Ind. e Prec.: Em doentes com síndrome de A mitoxantrona está também estruturalmente
Down, as doses iniciais devem ser reduzidas. relacionada com a doxorrubicina. É utilizada no
Interac.: Antieméticos (depressão aguda do SNC tratamento do cancro da mama e do ovário. Nor‑
e hipotensão); tolbutamida, salicilato de sódio, malmente é bem tolerada podendo, no entanto,
sulfametiazol (aumento da toxicidade do tenipo‑ dar origem a depressão da medula óssea e cardio‑
sido). toxicidade dependente da dose, pelo que deve ser
Posol.: Variável. A avaliar pelo médico especialista. efectuada monitorização da função cardíaca.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível A bleomicina é utilizada no tratamento de linfo‑
em Farmácia Comunitária. mas e de determinados tipos de tumores. Pode ser
administrada por via IV ou por via IM. Em casos
1 6.1.6. Citotóxicos que se intercalam no particulares pode ainda ser administrada por via
ADN intracavitária. O principal efeito adverso da bleo‑
micina é o desenvolvimento de fibrose pulmonar
A maioria das substâncias pertencentes a este progressiva, que é um efeito relacionado com a
grupo são antibióticos antracíclicos. É o caso da dose e apresenta maior probabilidade de apare‑
aclarrubicina, daunorrubicina, doxorrubicina, cimento quando se utilizam doses superiores a
epirrubicina e idarrubicina. A mitoxantrona é um 300 unidades ou no doente idoso. Doentes que
derivado da antraciclina. foram tratados com doses elevadas de bleomicina
Muitas das substâncias pertencentes a este apresentam o risco de poderem desenvolver insu‑
grupo apresentam efeitos semelhantes aos provo‑ ficiência respiratória durante anestesia geral se
cados pela radioterapia, pelo que o uso concomi‑ forem administradas concentrações elevadas de
tante de antibióticos citotóxicos e de radioterapia oxigénio, pelo que o anestesista deve estar avi‑
deve ser evitado, uma vez que pode resultar num sado. Causa ligeira depressão da medula óssea.
aumento da toxicidade. Mais comum é o aparecimento de hiperpigmenta‑
16.1. Citotóxicos 471
ção. A mucosite é também relativamente comum. ainda sido utilizado no tratamento de tumores do
Podem aparecer reacções de hipersensibilidade ao estroma gastrintestinal metastáticos e/ou irresse‑
fármaco, que normalmente se manifestam através cáveis que expressem a tirosinacinase c‑kit, em
de arrepios e febre, geralmente algumas horas doentes adultos com dermatofibrossarcoma pro‑
após a administração. As reacções de hipersensi‑ tuberans não resseccionáveis (DFSP) e ainda em
bilidade podem ser prevenidas através da admi‑ doentes adultos com DFSP recorrente e/ou metas‑
nistração simultânea de um corticosteróide (por táticos que não são elegíveis para cirurgia.
exemplo, hidrocortisona por via IV). Assim, dentro deste grupo de fármacos, o
A mitomicina é utilizada no tratamento do lapatinib, em associação com a capecitabina, é
cancro da mama e do tracto gastrintestinal supe‑ indicado no tratamento de doentes com cancro
rior. Pode causar toxicidade da medula óssea da mama avançado ou metastizado cujos tumo‑
com aparecimento retardado. É normalmente res sobre‑expressem o ErbB2 (HER2). Os doen‑
administrada com intervalos de 6 semanas. O uso tes devem apresentar doença progressiva após
prolongado pode resultar em lesão permanente terapêutica prévia que deve incluir antraciclinas
da medula óssea. Pode ainda dar origem a fibrose e taxanos e terapêutica com trastuzumab na pre‑
pulmonar e a IR. É geralmente administrada por sença de metástases.
via IV, embora possa ser também usada por ins‑
tilação vesical. n IMATINIB
Ind.: Doentes adultos e pediátricos com leucemia
1 6.1.7. Citotóxicos que interferem com a mielóide crónica.
tubulina R. Adv.: Mais frequentes: edema, mucosite, diarreia,
náuseas e vómitos. Podem surgir dor abdominal,
Os alcalóides da vinca (vinblastina, vincristina mialgias, cefaleias. Foi descrita a ocorrência de
e vindesina) são utilizados no tratamento de leu‑ ginecomastia por diminuição da produção de
cemias agudas, linfomas e alguns tumores sólidos testosterona.
(ex: cancros da mama e do pulmão). Mais recente‑ Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento.
mente foi introduzido um alcalóide da vinca semi‑ Interac.: Rifampicina (reduz a concentração plasmá‑
sintético, a vinorrelbina, utilizado no tratamento tica de imatinib), varfarina, fenitoína, cetoconazol
do cancro da mama em estado avançado (quando (aumento da concentração plasmática de imati‑
as combinações contendo antraciclina não se mos‑ nib), clozapina (risco aumentado de agranulocito‑
traram eficazes) e no tratamento do cancro do pul‑ se) e sinvastatina (imatinib aumenta a concentra‑
mão em estado avançado. Os alcalóides da vinca ção plasmática da estatina).
devem ser administrados por via IV. Não podem Posol.: Variável, a administrar por via oral. A avaliar
ser administrados por via intratecal devido à sua pelo médico especialista.
grave neurotoxicidade, que pode ser fatal. A neu‑ Nota: Este medicamento não se encontra disponível
rotoxicidade, que normalmente se manifesta como em Farmácia Comunitária.
neuropatia periférica ou autonómica, é uma carac‑
terística do tratamento com os alcalóides da vinca n LAPATINIB
sendo mais acentuada para a vincristina (efeito Ind.: Em associação com a capecitabina é indicado
limitante da dose). Se os sintomas de neuroto‑ no tratamento de doentes com cancro avançado
xicidade forem graves, a dose deve ser reduzida. ou metastizado cujos tumores sobre‑expressem o
Geralmente, a recuperação do sistema nervoso é ErbB2 (HER2).
lenta mas completa. A depressão da medula óssea R. Adv.: Anorexia, diarreia (a exigir tratamento ime‑
é o efeito limitante da dose para a vinblastina, a diato), diminuição do volume de ejecção ventri‑
vindesina e a vinorrelbina. A vincristina causa cular esquerdo, fadiga, erupção cutânea, hiperbi‑
apenas ligeira depressão medular. Os alcalóides lirrubinemia, hepatoxicidade e, mais raramente,
da vinca podem causar alopécia reversível e irri‑ doença pulmonar intersticial.
tação local grave, se houver extravasamento para Contra‑Ind. e Prec.: Gravidez e aleitamento;
o espaço extravascular. Reservam‑se para uso hos‑ recomenda‑se especial atenção nos doentes com
pitalar. pH gástrico baixo (absorção reduzida), e dever‑se
O paclitaxel é utilizado no tratamento do can‑ ‑ão monitorizar a função ventricular esquerda, a
cro do ovário e do cancro da mama avançado. Os possibilidade de lesão pulmonar, hepática e renal.
principais efeitos adversos do paclitaxel incluem A função hepática deverá ser monitorizada antes
neutropenia, trombocitopenia, elevada incidência do tratamento e seguidamente em intervalos
de neuropatias periféricas e reacções de hipersen‑ mensais.
sibilidade durante a infusão. O docetaxel é utili‑ Interac.: Antibacterianos (rifampicina, telitromici‑
zado no cancro da mama avançado e os principais na), hipericão, carbamazepina (reduz a concentra‑
efeitos adversos consistem em neurotoxicidade e ção plasmática de lapatinib), fenitoína (redução
depressão da medula óssea. da absorção da fenitoína), antifúngicos (cetaco‑
nazol, itraconazol), sumo de toranja, antipsicó‑
16.1.8. Inibidores das tirosinacinases ticos (clozapina, primozida), digoxina, antivirais
(ritonavir, saquinavir), antagonistas do recepto‑
O imatinib é um inibidor da tirosinacinase res H2 da histamina e inibidores da bomba de
da oncoproteína BCR‑Abl e está indicado para o protões (estes fármacos podem reduzir a absor‑
tratamento da leucemia mielóide crónica. Tem ção do lapatinib.
472 Grupo 16 | 16.2. Hormonas e anti‑hormonas
Posol.: Variável. A avaliar pelo médico especialista. significativo do volume de fluido extracelular em
doentes com a função cardíaca comprometida.
Orais sólidas ‑ 250 mg São ainda causa de significativa mortalidade por
TYVERB (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o do complicações cardíacas e cerebrovasculares. No
D.L. 176/2006); Glaxo (Reino Unido) homem dão origem a impotência e a ginecomastia
Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 70 unid; e na mulher podem originar perda significativa de
e 1693,9 (e 24,1986); 0% sangue devido a hemorragias vaginais.
O dietilestilbestrol (ou estilbestrol) e o fosfes‑
trol são utilizados no tratamento do cancro da
16.1.9. Outros citotóxicos próstata e do cancro da mama, embora raramente,
devido aos efeitos secundários graves.
Neste grupo estão incluídos todos os fármacos O etinilestradiol, o mais potente estrogénio
utilizados como citotóxicos e que não possuem disponível, é utilizado no tratamento do cancro
características químicas que permitam a sua inclu‑ da mama e apresenta a vantagem de sofrer apenas
são nos grupos anteriores. ligeira metabolização hepática. O poliestradiol é
A amsacrina apresenta espectro de acção e efei‑ um estrogénio de acção prolongada (V. Subgrupo
tos adversos semelhantes aos da doxorrubicina. É 8.5.1.).
administrada por via IV.
A asparaginase (ou crisantaspase) é uma enzima
produzida pela Erwinia chrysanthemi e é admi‑
16.2.1.2. Androgénios
nistrada por via IM ou SC. Utiliza‑se quase exclu‑ Os androgénios são utilizados apenas ocasio‑
sivamente no tratamento da leucemia linfoblástica nalmente como terapêutica de segunda ou ter‑
aguda. Pode originar o aparecimento de reacções ceira linha do cancro da mama metastático. Podem
anafilácticas. Os efeitos adversos incluem náuseas e dar origem a complicações cardíacas, renais ou
vómitos, alterações na função hepática e nos lípidos hepáticas.
sanguíneos e depressão do SNC. O aparecimento Normalmente recorre‑se à utilização de ésteres
de hiperglicemia é comum pelo que deve ser feita de testosterona como o enantato ou o propio‑
cuidada monitorização deste parâmetro. nato em preparação “depot”. Pode também usar
A hidroxiureia (hidroxicarbamida) é adminis‑ ‑se o undecanoato de testosterona ou a mestero-
trada por via oral e é utilizada principalmente no lona por via oral (V. Subgrupo 8.5.2.).
tratamento da leucemia mielóide crónica. Os efei‑
tos adversos mais comuns são depressão da medula 16.2.1.3. Progestagénios
óssea, náuseas e reacções dermatológicas.
A pentostatina é activa no tratamento da trico‑ Os progestagénios são utilizados como fárma‑
leucemia. É administrada por via IV em semanas cos de segunda linha na terapêutica hormonal do
alternadas e consegue, num número significativo de cancro da mama hormono‑dependente e metastá‑
casos, induzir uma prolongada e completa remissão tico e do carcinoma do endométrio previamente
da doença. Apresenta toxicidade bastante acentu‑ tratado por cirurgia ou radioterapia.
ada, podendo dar origem a depressão da medula Normalmente são utilizados análogos sintéticos
óssea, imunossupressão e outros efeitos adversos da progesterona como a medroxiprogesterona
que podem ser graves. O seu uso deve ser confi‑ ou o megestrol. Ambos podem ser administrados
nado a centros altamente especializados. por via oral. Apresentam efeitos adversos mode‑
rados que podem incluir náuseas, retenção de fluí‑
dos e aumento de peso (V. Subgrupo 8.5.1.).
16.2. Hormonas e anti‑ hormonas
n MEDROXIPROGESTERONA
As hormonas e anti‑hormonas são utilizadas Ind.: Cancro da mama hormono‑dependente e me‑
no tratamento de determinados tipos de doenças tastático e carcinoma do endométrio.
neoplásicas em que o ambiente hormonal é impor‑ R. Adv.: Hemorragias vaginais. Alterações respirató‑
tante para o seu desenvolvimento. São particular‑ rias. Cefaleias, alterações na fala, na marcha ou na
mente importantes no tratamento do cancro da visão.
mama, do endométrio ou da próstata. Embora não Contra‑Ind. e Prec.: Suspeita de gravidez.
sejam tratamentos curativos podem ser eficazes Interac.: Típicas dos progestagénios (V. Subgrupo
paliativos dos sintomas. O Grupo 8. contém infor‑ 8.5.1.). Rifampicina: redução do efeito. Aumenta a
mação adicional acerca destes fármacos. concentração plasmática da ciclosporina. Amino‑
glutetimida: reduz concentração plasmática.
Posol.: A posologia pode variar significativamente de
16.2.1. Hormonas acordo com o tipo de neoplasia, pelo que estará
sempre dependente da opinião do médico espe‑
16.2.1.1. Estrogénios cialista.
Os estrogénios devem ser evitados sempre que Orais sólidas ‑ 250 mg
se possa utilizar outras classes de fármacos no PROVERA (MSRM); Lab. Pfizer
tratamento do cancro da mama ou do cancro da Comp. ‑ Blister ‑ 50 unid; e 68,06 (e 1,3612);
próstata. Os estrogénios podem causar aumento 37%
16.2. Hormonas e anti‑hormonas 473
(peginterferão alfa‑2a e peginterferão alfa‑2b). A das células na etapa G1 do ciclo celular. O efeito
conjugação com polietilenoglicol resulta num pro‑ do everolímus não se restringe às células T, já que
longamento do tempo de permanência do interfe‑ também inibe em geral a proliferação de células
rão alfa‑2a ou do interferão alfa‑2b em circulação. hematopoiéticas estimulada pelos factores de cres‑
O interferão beta (interferão beta‑1a ou inter‑ cimento, como, por ex., as das células vasculares
ferão beta‑1b) tem indicação em doentes com do músculo liso.
esclerose múltipla na forma recidivante‑remitente
(caracterizada pela existência de pelo menos 2 n ACETATO DE GLATIRâMERO
episódios de disfunção neurológica num período
de 2 a 3 anos seguidos de recuperação total ou Ind.: Redução da frequência das recaídas em doen‑
incompleta). Está indicado para reduzir a fre‑ tes em ambulatório, com esclerose múltipla, que
quência e gravidade dos surtos. Este produto está apresentam pelo menos uma recaída com signifi‑
ainda indicado no tratamento da esclerose múl‑ cado clínico nos dois anos precedentes. Não está
tipla secundariamente progressiva. O tratamento indicado na esclerose múltipla progressiva primá‑
deve ser iniciado e vigiado por um especialista ria ou secundária.
em doenças desmielinizantes. Os efeitos adversos R. Adv.: Reacção no local de injecção. Imediatamen‑
incluem irritação no local da injecção e sintomas te após a injecção pode surgir vasodilatação, dor
do tipo gripal, mas pode também originar, embora no peito, dispneia ou taquicardia. Menos frequen‑
mais raramente, alterações menstruais, depressão, temente pode ocorrer artralgia, rash, edema ou
ansiedade, instabilidade emocional, convulsões, tremor.
alterações da personalidade e do humor, tenta‑
tivas de suicídio, aumento das enzimas hepáticas Contra‑Ind. e Prec.: O doente deverá ser vigiado
e alterações hematológicas. É administrado por durante a primeira auto‑injecção e nos 30 minutos
via SC. Não deve ser utilizado em doentes com seguintes.
doença depressiva grave (ou comportamento sui‑ Interac.: Os corticosteróides aumentam a reacção
cida), com epilepsia não controlada ou com dis‑ no local da injecção.
função hepática não compensada. O seu uso está Posol.: Via SC: 20 mg/dia.
ainda contra‑indicado na gravidez a aleitamento. Nota: Este medicamento não se encontra disponível
O interferão gama‑1b está indicado como tera‑ em Farmácia Comunitária.
pia adjuvante na redução da frequência de infec‑
ções graves em doentes com doença granuloma‑
tosa crónica. Deve ser utilizado com precaução n ÁCIDO MICOFENóLICO
em doentes com compromisso da função do SNC,
com doença hepática grave ou com IR grave. Os Ind.: Terapêutica combinada com ciclosporina e
efeitos adversos mais frequentes traduzem‑se por corticosteróides na profilaxia da rejeição aguda
sintomas do tipo gripal. É administrado por via SC. do transplante cardíaco, renal ou hepático.
O acetato de glatirâmero é um polipéptido R. Adv.: As mais importantes são a diarreia, vómitos,
utilizado no tratamento dos relapsos da esclerose leucopenia, sépsis.
múltipla em doentes em ambulatório. O seu meca‑ Interac.: Apresenta um espectro de interacções re‑
nismo de acção não está completamente esclare‑ lativamente alargado, pelo que se aconselha um
cido, parecendo, no entanto, actuar por modifica‑ estudo prévio destas antes da prescrição. Este
ção dos processos imunológicos que intervêm na fármaco está contra‑indicado na gravidez (excluir
fisiopatologia da esclerose múltipla. antes de começar o tratamento e aguardar 6 me‑
O sirolímus inibe a activação das células T ses após descontinuação do fármaco para iniciar a
induzida pela maioria dos estímulos. Estudos gravidez) e aleitamento.
demonstraram que os seus efeitos são mediados Posol.: A posologia é diferente consoante a situação
por um mecanismo diferente do da ciclosporina, e o tipo de transplante, devendo ser iniciada e
do tacrolimus e de outros imunosupressores. Não acompanhada por especialista em transplantes.
bloqueia a produção de interleucinas a partir de 720 mg de ácido micofenólico correspondem
células T activadas, bloqueando em contrapartida aproximadamente a 1 g de micofenolato de mo‑
a resposta das células T às citocinas. É ainda um fetil mas as diferenças farmacocinéticas não re‑
potente inibidor da proliferação das células B e da
produção de imunoglobulinas. O resultado final é comendam que seja feita a troca entre ambos os
a inibição da activação dos linfócitos, que provoca fármacos uma vez iniciada a terapêutica.
imunosupressão. É administrado por via oral.
O everolímus exerce o seu efeito imunossu‑ Orais sólidas ‑ 180 mg
pressor através da inibição da proliferação, e MYFORTIC (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o
assim da expansão clonal das células T activadas do D.L. 176/2006); Novartis Farma
pelo antigénio que é accionada pelas interleucinas Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 120 unid;
específicas das células T, por ex.: interleucina‑2 e 178,77 (e 1,4898); 0%
e interleucina‑15. O everolímus inibe uma via de
sinalização intracelular que é desencadeada pela Orais sólidas ‑ 360 mg
ligação destes factores de crescimento das células MYFORTIC (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Artigo 118o
T aos seus respectivos receptores e que, normal‑ do D.L. 176/2006); Novartis Farma
mente, leva à proliferação celular. O bloqueio Comp. gastrorresistente ‑ Blister ‑ 120 unid;
deste sinal pelo everolímus leva a uma paragem e 348,31 (e 2,9026); 0%
16.3. Imunomoduladores 479
rante 2‑6 horas no dia que antecede o transplante Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; e 75,09 (e 1,5018);
até 2 semanas após a cirurgia (ou 12,5‑15 mg/Kg/ 100% ‑ PR e 107,27
dia p.o.) ; a dose de manutenção é 12,5‑15 mg/Kg/ CICLOSPORINA GERMED 100 MG CáPSULAS MOLES
dia p.o. durante 3‑6 meses sendo depois gradual‑ (MSRM); Germed
mente retirada; Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; e 75,09 (e 1,5018);
Síndrome nefrótico: 3,5 a 5 mg/kg/dia em duas ad‑ 100% ‑ PR e 107,27
ministrações; a terapêutica de manutenção deverá
ter a conta a menor dose eficaz de acordo com SANDIMMUN NEORAL (MSRM); Novartis Farma
as determinações de creatinina sérica e proteinú‑ Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; e 124,5 (e 2,49);
ria; a toma é descontinuada se após 3 meses não 100% ‑ PR e 107,27
existirem melhoras significativas (após 6 meses no
caso da glomerulonefrite membranosa). n EVEROLíMUS
O concentrado para infusão endovenosa deverá
ser diluído antes da sua utilização. O excipiente Ind.: Profilaxia da rejeição de orgãos em doentes
inclui óleo de castor que é susceptível de causar adultos com risco imunológico baixo a moderado
anafilaxia. Sugere‑se a observação atenta do doen‑ que receberam um transplante alogénico renal ou
te nos primeiros 30 minutos após início da infu‑ cardíaco, em associação com ciclosporina para mi‑
são e posteriormente em intervalos frequentes. croemulsão e corticoesteróides.
R. Adv.: As mais frequentes incluem infecções e
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ 100 mg/ml sépsis, alterações hematológicas (e.g. leucopenia,
CICLOSPORINA GENERIS 100 MG/ML SOLUçãO trombocitopenia, anemia), derrame pericárdico
ORAL (MSRM); Generis e derrame pleural, hipercolesterolemia, hiper‑
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; e 75,09 lipidemia, dores abdominais, diarreia, náuseas,
(e 1,5018); 100% ‑ PR e 107,27
CICLOSPORINA GERMED (MSRM); Germed pancreatite e vómitos. Estão também descritas
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; e 72,83 infecções urinárias e dor e edema no local de ad‑
(e 1,4566); 100% ‑ PR e 107,27 ministração.
SANDIMMUN NEORAL (MSRM); Novartis Farma Contra‑Ind. e Prec.: Contra‑indicado na gravidez
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; e 124,5 e no aleitamento. As precauções são várias mas
(e 2,49); 100% ‑ PR e 107,27 destacam‑se: os doentes aos quais são administra‑
dos inibidores da HMG‑CoA redutase e/ou fibratos
Orais sólidas ‑ 25 mg devem ser monitorizados, assim como dever‑se‑á
CICLOSPORINA GENERIS 25 MG CáPSULAS MOLES monitorizar a função renal em especial se ocorrer
(MSRM); Generis a administração concomitante de fármacos com
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 20 unid; e 8,23 (e 0,4115); efeitos nocivos sobre esta função. A utilização de
100% ‑ PR e 11,76
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; e 20,34 (e 0,4068); vacinas vivas deve ser evitada.
100% ‑ PR e 29,06 Interac.: O everolímus é metabolizado principal‑
CICLOSPORINA GERMED 25 MG CáPSULAS MOLES mente pelo CYP3A4 no fígado e, em alguma ex‑
(MSRM); Germed tensão, na parede intestinal e é um substrato para
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 20 unid; e 8,23 (e 0,4115); a glicoproteína‑P. Deverá ser dada especial impor‑
100% ‑ PR e 11,76 tância à interacção com a ciclosporina, a rifampi‑
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; e 20,34 (e 0,4068); cina, a atorvastatina, a pravastatina, fluconazol,
100% ‑ PR e 29,06 eritromicina, verapamilo, nicardipina, diltiazem,
SANDIMMUN NEORAL (MSRM); Novartis Farma nelfinavir, indinavir, amprenavir. Os indutores
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 20 unid; e 13,5 (e 0,675); do CYP3A4 podem aumentar o metabolismo do
100% ‑ PR e 11,76
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; e 33,77 (e 0,6754); everolímus e diminuir os seus níveis sanguíneos
100% ‑ PR e 29,06 (por ex.: hipericão, carbamazepina, fenobarbital,
fenitoína, efavirenz e nevirapina).
Orais sólidas ‑ 50 mg Posol.: Variável, a avaliar pelo médico especialista.
CICLOSPORINA GENERIS 50 MG CáPSULAS MOLES
(MSRM); Generis Orais sólidas ‑ 0.25 mg
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 30 unid; e 22,49 (e 0,7497); CERTICAN 0,25 MG (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Ar‑
100% ‑ PR e 32,13 tigo 118o do D.L. 176/2006); Novartis Farma
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; e 34,97 (e 0,6994); Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 152,22 (e 2,537); 0%
100% ‑ PR e 49,96
CICLOSPORINA GERMED 50 MG CáPSULAS MOLES Orais sólidas ‑ 0.75 mg
(MSRM); Germed
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 50 unid; e 34,97 (e 0,6994); CERTICAN 0,75 MG (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Ar‑
100% ‑ PR e 49,96 tigo 118o do D.L. 176/2006); Novartis Farma
SANDIMMUN NEORAL (MSRM); Novartis Farma Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 453,96 (e 7,566); 0%
Cáps. mole ‑ Blister ‑ 30 unid; e 39,48 (e 1,316);
100% ‑ PR e 32,13 Orais sólidas ‑ 1.0 mg
CERTICAN 1,0 MG (MSRM restrita ‑ Alínea c) do Arti‑
Orais sólidas ‑ 100 mg go 118o do D.L. 176/2006); Novartis Farma
CICLOSPORINA GENERIS 100 MG CáPSULAS MOLES Comp. ‑ Blister ‑ 60 unid; e 602,22 (e 10,037);
(MSRM); Generis 0%
16.3. Imunomoduladores 481
nevrite óptica, cataratas, escotomas. Sensação de Interac.: Pode reduzir a actividade terapêutica da
queimadura, dor e prurido no local da injecção. fenitoína e do fenobarbital.
Contra‑Ind. e Prec.: IR. Nos doentes em que as Posol.: Via IV ou IM ‑ 30 mg de 6 em 6 horas no 1o
concentrações plasmáticas de ferritina sejam re‑ dia; nos 2 dias subsequentes a dose poderá ser re‑
duzidas há um maior risco de toxicidade induzida duzida para 15 mg de 6 em 6 horas. Pode também
pela desferroxamina. A injecção IV rápida deve ser ser administrado por via oral ou em infusão IV.
evitada pelo risco de colapso cardiovascular.
Interac.: Com a procloroperazina, pode afectar a Orais sólidas ‑ 15 mg
vigília. Favorece uma mais rápida excreção do LEDERFOLINE (MSRM); Teofarma (Itália)
gálio‑67, facto que pode perturbar resultados cin‑ Comp. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 17,32 (e 0,866); 37%
tigráficos. MEDIFOLIN (MSRM); Lab. Medinfar
Posol.: Na intoxicação aguda pelo ferro ‑ Via IM: Cáps. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 13,02 (e 0,651); 37%
2 g no adulto; aproximadamente metade desta
dose na criança. Infusão IV (preferível, especial‑ n LEVOFOLINATO DE CáLCIO
mente no caso do doente estar hipotenso ou em V. Folinato de cálcio.
choque): inicialmente, 15 mg/kg no máximo, com
redução de dose ao fim de 4 horas. A dose total ao n MESNA
fim das 24 horas não deve ser superior a 80 mg/kg.
Na intoxicação crónica pelo ferro ‑ Nos doentes Ind.: Toxicidade dirigida ao urotélio (cistite hemor‑
com concentração de ferritina entre 1.000 ng/ml rágica) resultante da terapêutica com oxazafosfo‑
e 2.000 ng/ml, a infusão de desferroxamina de‑ rinas (ciclofosfamida e ifosfamida).
verá ser feita na dose de 25 mg/kg/dia. Nos que R. Adv.: Náuseas, vómitos, cólicas, diarreia, fadiga,
têm concentrações de ferritina entre 2.000 ng/ml cefaleias, dores articulares, depressão, irritabilida‑
e 3.000 ng/ml, a dose de desferroxamina deverá de, rash cutâneo, hipotensão e taquicardia.
subir para 35 mg/kg/dia. Se a concentração de fer‑ Contra‑Ind. e Prec.: Raramente podem surgir
ritina for superior a 3.000 ng/ml a dose de desfer‑ reacções de hipersensibilidade (mais comuns
roxamina pode subir até 55 mg/kg/dia. em doentes com doenças auto‑imunes). Contra
Na intoxicação crónica pelo alumínio ‑ A dose a ‑indicado em situações de hipersensibilidade a
administrar é de 5 mg/kg/semana, em infusão IV compostos contendo grupos tiol. A sua utilização
lenta, nos últimos 60 minutos de uma sessão de durante a gravidez está sujeita aos mesmo crité‑
hemodiálise, se os níveis DFO forem inferiores a rios que regem a terapêutica com citostáticos. A
300 ng/ml. Para níveis DFO superiores a 300 ng/ml lactação deverá ser descontinuada.
a perfusão deve ser feita lentamente nas 5 horas Interac.: Desconhecidas.
que precedem a hemodiálise. Posol.: Calculada de acordo com as doses de ciclo‑
fosfamida ou ifosfamida utilizadas no tratamento,
Parentéricas ‑ 500 mg sendo variável e à consideração do médico espe‑
DESFERAL (MSRM); Novartis Farma cialista após consulta do RCM. Quando o fármaco
Pó p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 5 unid; é administrado por via IV, a dose de mesna deve
e 20,99 (e 4,198); 95% ser administrada em conjunto com a dose de
ciclofosfamida ou ifosfamida, e a administração
n FLUMAZENILO deve ser repetida 4 a 6 h após o tratamento.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível
Ind.: Intoxicação por benzodiazepinas. em Farmácia Comunitária.
R. Adv.: Náuseas, vómitos, rubor. Ansiedade, agita‑
ção, convulsões (por vezes refractárias). n NALOXONA
Contra‑Ind. e Prec.: Não deve ser administrado em
doentes epilépticos tratados com benzodiazepi‑ Ind.: Reversão da depressão opiácea, diagnóstico
nas. de suspeita de intolerância aos opiáceos, sobre‑
Interac.: Benzodiazepinas. dosagem aguda aos opiáceos. Na concentração de
Posol.: Via IV ‑ 0,2 mg administrados durante 30 se‑ 0,02 mg/ml pode ser usada no recém‑nascido para
gundos. As administrações subsequentes deverão contrariar a depressão respiratória ou do SNC re‑
ser de 0,3 mg de cada vez, também com duração sultantes da administração de analgésicos à mãe
de 30 segundos cada, intervaladas de 1 minuto, durante o nascimento.
até um total, se necessário, de 3 mg. R. Adv.: Náuseas, vómitos, transpiração, taquicardia,
Nota: Este medicamento não se encontra disponível hipertensão, edema pulmonar, paragem cardíaca.
em Farmácia Comunitária. Contra‑Ind. e Prec.: Está contra‑indicado em do‑
entes que apresentem hipersensibilidade a este
fármaco. Deve ser cautelosamente administrado
n FOLINATO DE CáLCIO em doentes que foram sujeitos a doses elevadas
Ind.: Tratamento e prevenção de manifestações tóxi‑ de opiáceos, em doentes fisicamente dependentes
cas induzidas pelos antagonistas do ácido fólico. dos opiáceos ou em RNs de mulheres com aquele
R. Adv.: Manifestações alérgicas. tipo de problemas, uma vez que a reversão rápida
Contra‑Ind. e Prec.: Não deve ser administrado em dos efeitos opiáceos pela naloxona poderá preci‑
situações de carência de vitamina B12, a não ser pitar uma síndrome de abstinência aguda.
que esta vitamina seja administrada simultanea‑ Posol.: A naloxona pode ser administrada por via
mente. IV, IM, SC ou por infusão IV. A posologia varia
17. Medicamentos Usados no Tratamento de Intoxicações 487
Vacinas e
bate à doença infecciosa. Directamente, porque
previne a infecção na pessoa vacinada; indirecta‑
mente, porque reduz a disseminação do agente
infeccioso.
Existem duas formas de imunização: activa e Imunoglobulinas
passiva. A imunização activa processa‑se através da
resposta específica do sistema imunitário contra
um determinado agente infectante e com memo‑
rização por longos períodos. A imunização passiva Vacinas e Imunoglobulinas
implica a administração de anticorpos numa ten‑
tativa de prevenir ou atenuar uma determinada 18.1. Vacinas (simples e conjugadas)
infecção. Embora esta segunda forma de imuniza‑
ção tenha a vantagem de ser de efeito mais rápido, 18.2. Lisados bacterianos
é porém menos eficaz e a protecção mais curta. 18.3. Imunoglobulinas
A prática de vacinação em crianças está perfei‑
tamente estabelecida, havendo em Portugal um
adequado programa de vacinação levado a cabo
pelas respectivas instituições de saúde, pelo que < 6 meses 3 doses de 0,5 ml. A 1ª adminis‑
neste texto vamos referir preferencialmente algu‑ tração é feita aos 2 meses, cada dose intervalo
mas vacinas prescritas em ambulatório e também minimo 1 mês, recomenda‑se 4ª dose no 2º ano
destinadas a adultos. de vida.
As imunoglobulinas humanas podem ser espe‑ 7 a 11 meses, 2 doses de 0,5 ml. Cada dose
cíficas ou polivalentes, de acordo com a sua pre‑ deverá ser administrada com intervalo de 1
paração. As específicas são preparadas a partir de mês. Recomenda‑se uma 3ª dose no 2º ano de
plasma de dadores com concentrações elevadas de vida.
anticorpos específicos. As polivalentes são obtidas Crianças: IM musculo deltóide, 12 a 23 meses,
de plasma de dadores com anticorpos para diver‑ 2 doses de 0,5 ml, cada dose deve ser adminis‑
sos vírus prevalentes na população. Estas dife‑ trada com intervalo mínimo de 2 meses.
renças fundamentam as suas indicações. De uma
maneira geral, as reacções adversas associadas às Parentéricas ‑ 20 µg/0.5 ml
imunoglobulinas são febre, arrepios, mal estar PREVENAR (MSRM); Wyeth Lederle Vaccines (Bélgica)
geral, menos frequentemente sintomas digestivos Susp. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 1 unid ‑ 0,5 ml;
e raramente choque anafiláctico. A hipersensibi‑ e 70,48 (e 70,48); 0%
lidade às imunoglobulinas, particularmente em
doentes com deficiência em IgA e com presença Parentéricas ‑ Associação
de anticorpos anti IgA, contra‑indica o seu uso. SYNFLORIX (MSRM); GSK Biologicals (Bélgica)
O tratamento com imunoglobulinas pode dimi‑ Susp. inj. ‑ Seringa pré‑cheia ‑ 1 unid ‑ 0,5 ml;
nuir a eficácia de vacinas de vírus vivos atenuados e 57,48 (e 57,48); 0%
tais como antiparotidite, febre amarela, rubéola
e sarampo. Pode haver também, por um período n VACINA CONTRA A DIFTERIA E O
variável, falsos positivos de testes serológicos, MENINGOCOCO
devido a aumento transitório de anticorpos. Ind.: Imunização activa contra a difteria e meningo‑
cocos depois dos 2 meses de idade, inclusive para
adultos.
18.1. Vacinas (simples e conjugadas) R. Adv.: Eritema no local de injecção, febre.
Contra‑Ind. e Prec.: Situações febris.
Interac.: Desconhecidas.
n VACINA ADSORVIDA PNEUMOCóCICA Posol.: [Crianças] Via IM ‑ Idade inferior a 1 ano:
POLIOSíDICA CONJUGADA
1 injecção de 0,5 ml de mês a mês num total de 3
Ind.: Imunização activa de lactentes e crianças com doses. Idade superior a 1 ano: 1 injecção de 0,5 ml.
idade inferior a 2 anos contra infecção causada
por Streptococcus pneumoniae (incluindo menin‑ Parentéricas ‑ Associação
gite e septicemia). MENJUGATE KIT (MSRM); Novartis Vac. & Diagn.
R. Adv.: Febre, irritação no local de injecção, ano‑ (Itália)
rexia, diarreia, vómitos e reacções cutâneas. Rara‑ Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑
mente pode dar convulsões e hipotonia. 1 unid ‑ 0,5 ml; e 33,13 (e 33,13); 0%
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos consti‑
tuintes. Não deve ser administrada a doentes com n VACINA CONTRA A DIFTERIA, O TéTANO
febre. E A TOSSE CONVULSA
Interac.: Diminuição inconstante (e de significado Ind.: Imunização activa contra o tétano, a difteria e
não esclarecido) na resposta aos antigénios da va‑ a coqueluche.
cina antipolomielite e da tosse convulsa. R. Adv.: Eritema no local de injecção.
Posol.: Lactentes : IM na coxa. Contra‑Ind. e Prec.: Situações febris.
490 Grupo 18 | 18.1. Vacinas (simples e conjugadas)
Orais sólidas ‑ Diplococcus pneumoniae + Haemo‑ Orais sólidas ‑ Diplococcus pneumoniae 6000 MU +
philus influenzae + Klebsiella ozaenae + Klebsiella Haemophilus influenzae 6000 MU + Klebsiella oza‑
pneumoniae + Neisseria catarrhalis + Staphylo‑ enae 6000 MU + Klebsiella pneumoniae 6000 MU
+ Neisseria catarrhalis 6000 MU + Staphylococcus
coccus aureus + Streptococcus pyogenes + Strepto‑ aureus 6000 MU + Streptococcus pyogenes 6000 MU
coccus viridans + Streptococcus viridans 6000 MU
BRONCHO‑VAXOM (MSRM); OM Pharma PROVAX (MSRM); Almirall
Granulado ‑ Saqueta ‑ 30 unid; e 15,35 Comp. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 14,42 (e 0,4807); 0%
(e 0,5117); 0%
n LISADOS POLIBACTERIANOS
Orais sólidas ‑ 3.5 mg
RONCHO‑VAXOM INFANTIL (MSRM); OM Pharma
B Ind.: V. Introdução (18.2.).
Cáps. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 13,13 (e 0,4377); 0% R. Adv.: Desconhecidas.
Contra‑Ind. e Prec.: Desconhecidas.
Orais sólidas ‑ 7 mg Interac.: Desconhecidas.
BRONCHO‑VAXOM ADULTO (MSRM); OM Pharma Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1 frasco, 2 vezes/dia, 10
Cáps. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 19,32 (e 0,644); 0% dias por mês, 2 ou 3 meses.
[Crianças] ‑ Via oral: < 7 anos ‑ 1 frasco, 1 vez/
n LISADOS POLIBACTERIANOS dia, 10 dias por mês, 2 ou 3 meses.
Ind.: V. Introdução (18.2.). Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ Diplococcus pneumo‑
R. Adv.: Secura da faringolaringe. niae 200 MU/ml + Haemophilus influenzae 200 MU/
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos cons‑ ml + Klebsiella pneumoniae, antigénio 200 MU/ml
tituintes. + Neisseria catarrhalis 200 MU/ml + Staphylococ‑
Interac.: Desconhecidas. cus aureus 200 MU/ml + Streptococcus pyogenes,
Posol.: [Adultos] ‑ 15 gotas, 2 vezes/dia. antigénio 200 MU/ml
[Crianças] ‑ 7 ou 8 gotas, 2 vezes/dia. PULMONAR OM (MSRM); OM Pharma
Sol. oral ‑ Frasco ‑ 20 unid ‑ 3 ml; e 13,66
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ Branhamella catar‑ (e 0,683); 0%
rhalis 39.9 U + Haemophilus influenzae b 50.2 U
+ Klebsiella pneumoniae, antigénio 39.8 U + Sta‑ n LISADOS POLIBACTERIANOS
phylococcus aureus 79.6 U + Streptococcus pneu‑ Ind.: V. Introdução (18.2.).
moniae, antigénio 63.2 U + Streptococcus pyogenes, R. Adv.: Desconhecidas.
antigénio 126.2 U Contra‑Ind. e Prec.: Doença autoimune e crianças
LANTIGEN B (MSRM); Lusomedicamenta com menos de 1 ano.
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 2 unid ‑ 18 ml; e 9,04 Interac.: Desconhecidas.
(e 4,52); 37% Posol.: Comprimidos e saquetas: 3 comprimidos ou
Susp. oral ‑ Frasco ‑ 3 unid ‑ 18 ml; e 12,68 1 saqueta/dia, 4 dias por semana durante 3 sema‑
(e 4,2267); 37% nas. Depois, 4 dias por mês durante 3 a 5 meses.
494 Grupo 18 | 18.3. Imunoglobulinas
Orais líquidas e semi‑sólidas ‑ Haemophilus influen‑ R. Adv.: Febre, arrepios, mal estar geral, sintomas
zae + Klebsiella pneumoniae, antigénio + Strep‑ digestivos e choque anafiláctico (raro).
tococcus pneumoniae, antigénio + Streptococcus Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade às imuno‑
pyogenes, antigénio globulinas.
RIBOMUNYL (MSRM); Pierre Fabre Médicament Interac.: Pode diminuir a eficácia de vacinas de vírus
Granulado p. sol. oral ‑ Saqueta ‑ 24 unid; e 22,31 vivos atenuados e originar resultados falsos positi‑
(e 0,9296); 0% vos em testes serológicos.
Posol.: Profilaxia da varicela: 1 mg/kg de peso, por
Orais sólidas ‑ Haemophilus influenzae 37.5 µg + via IV, em perfusão em soro fisiológico (1 ml/min).
Klebsiella pneumoniae, antigénio 1.125 mg + Kle‑ Tratamento de infecções provocadas pelo vírus
bsiella pneumoniae, antigénio 262.5 µg + Strepto‑ zoster: 2 mg/kg de peso, por via IV, em perfusão
coccus pneumoniae, antigénio 225.0 µg + Strepto‑ em soro fisiológico (1 ml/min).
coccus pyogenes, antigénio 225.0 µg Nota: Este medicamento não se encontra disponível
RIBOMUNYL (MSRM); Pierre Fabre Médicament em Farmácia Comunitária.
Comp. ‑ Blister ‑ 24 unid; e 21,7 (e 0,9042); 0%
n IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA O
CITOMEGALOVíRUS
18.3. Imunoglobulinas Ind.: Imunização passiva profiláctica contra o vírus
citomegálico, em doentes imunodeficientes, par‑
n IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A ticularmente nos transplantados.
HEPATITE B R. Adv.: Febre, arrepios, mal estar geral, sintomas
Ind.: Profilaxia após exposição a material contami‑ digestivos e choque anafiláctico (raro).
nado com vírus de hepatite B. Profilaxia de rein‑ Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade às imuno‑
fecção em doentes Ag HBs positivo, submetidos a globulinas.
transplante hepático. Interac.: Pode diminuir a eficácia de vacinas de vírus
R. Adv.: Febre, arrepios, mal estar geral, sintomas vivos atenuados e originar resultados falsos positi‑
digestivos e choque anafiláctico (raro). vos em testes serológicos.
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade às imuno‑ Posol.: 50 unidades/kg de peso. A administração
globulinas. deve começar no dia de transplantação ou na
Interac.: Pode diminuir a eficácia de vacinas de vírus véspera (transplante de medula óssea). Nos doen‑
vivos atenuados e originar resultados falsos positi‑ tes seropositivos para o vírus citomegálico deve
vos em testes serológicos. considerar‑se um início de profilaxia até 10 dias
Posol.: Via IV: 6 a 10 UI (0,12 a 0,2 ml)/kg de peso. antes da transplantação. Deve administrar‑se um
Profilaxia da reinfecção de doentes Ag HBs mínimo de 6 doses com intervalos de 2 a 3 sema‑
positivo, submetidos a transplante hepático: nas. A solução deve ser administrada por infusão
Infusão peri‑operatória de 10.000 UI, seguida IV à velocidade máxima de 1 ml/min.
de infusões diárias de 2.000 UI nos primeiros 7 Nota: Este medicamento não se encontra disponível
dias após operação. em Farmácia Comunitária.
Profilaxia em pessoas com risco elevado de
contrair hepatite B: 7 UI/kg de peso. A adminis‑ n IMUNOGLOBULINA HUMANA NORMAL
tração deverá repetir‑se a intervalos de 2 meses. Ind.: Atenuação da gravidade de diversas situações
Profilaxia nos RNs: Após o nascimento deve infecciosas, tais como sarampo, varicela, hepatite
administrar‑se 20 UI/Kg de peso. e septicemia bacteriana.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível R. Adv.: Febre, arrepios, mal estar geral, sintomas
em Farmácia Comunitária. digestivos e choque anafiláctico (raro).
Contra‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade às imuno‑
n IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A globulinas.
VARICELA
Interac.: Pode diminuir a eficácia de vacinas de vírus
Ind.: Imunização passiva contra o vírus de Varicela vivos atenuados e originar resultados falsos positi‑
‑zoster, especialmente indicada em RNs cujas vos em testes serológicos.
mães contraíram varicela imediatamente após o Posol.: Via IM: Em média 0,05 a 0,2 ml/kg. Em infec‑
parto ou nos 5 dias que o precederam; grávidas ções bacterianas graves pode haver necessidade
que possam estar infectadas pelo vírus de Varicela de doses mais elevadas (0,5 ml/kg). Nestes casos é
‑zoster; crianças com linfoma, leucemia, ou imu‑ preferível o recurso à via SC.
nodeficiências diversas, incluindo as decorrentes Nota: Este medicamento não se encontra disponível
de tratamentos imunodepressores. em Farmácia Comunitária.
Meios de
diagnóstico 19
Meios de d
iagnóstico
19.1. Meios de contraste radiológico
19.1.1. Produtos iodados
19.1.2. Produtos baritados
19.1.3. Outros produtos usados em
radiologia
19.2. Meios de contraste para imagem por
ressonância magnética
19.3. Meios de contraste para ultra-
sonografia
19.4. Meios de contraste não radiológico
19.5. Preparações radiofarmacêuticas
(radiofármacos)
Fármacos e Gravidez
Anexo 2
Fármacos e Aleitamento
Anexo 3
Anexo 4
Anexo 5
Fármacos em Pediatria
Anexo 6
Fármacos e Condução
Anexo 7
Interacções Importantes
Fármacos e Gravidez
Os fármacos tomados pela mãe podem atravessar
a placenta e expor o embrião e o feto aos seus efei-
tos farmacológicos e adversos. Se é importante tratar
a mãe sempre que necessário, protegendo o mais
possível o seu filho, a prescrição de qualquer medi-
Anexo 1
ferir os já largamente utilizados, em vez dos novos,
camento durante a gravidez só deverá, porém, ocor- menos conhecidos, na menor dose eficaz, optando
rer quando se admite que os benefícios para a mãe por formulações com um só fármaco, em vez de
sejam superiores aos riscos para o feto. Os médicos, outras com dois ou mais componentes. Durante o
ao esclarecerem as grávidas, devem assegurar-se de segundo e terceiro trimestres podem afectar o cresci-
que a sua informação está actualizada e baseada na mento e o desenvolvimento funcional ou ter efeitos
evidência. tóxicos sobre os tecidos fetais. Se dados à mãe mui-
Os efeitos prejudiciais dos fármacos no feto po- to próximo do fim da gravidez, ou durante o parto,
dem ocorrer em qualquer momento da gravidez e podem ter efeitos adversos não só na evolução do
este conceito deverá estar presente sempre que se trabalho de parto como no recém-nascido, após o
prescreva a uma mulher em idade fértil ou a um nascimento.
homem que pretende ser pai. Pode, no entanto, ser As listas que se seguem incluem fármacos que
também prejudicial o receio excessivo do uso de fár- podem ter efeitos nocivos na gravidez e indicam o
macos durante este período, o que pode conduzir trimestre e o factor de risco, de acordo com os cri-
à situação de doença não tratada, à falta de cumpri- térios definidos pela Food and Drug Administration.
mento da terapêutica pela grávida, ao uso de doses São baseados em dados humanos, mas a informação
sub-óptimas e/ou falências de tratamento, situações recolhida em animais é, por vezes, utilizada quando
que podem ser fonte de risco para o bem-estar ma- não existe outra mais pertinente.
terno e afectar, de igual modo, o feto. É, por isso, As definições usadas para os factores de risco são
importante conhecer o risco basal no contexto da as seguintes:
prevalência de malformações induzidas por fárma- - Categoria A - sem risco fetal; seguro para utilizar
cos. A maioria das malformações congénitas ocorre na grávida;
em 2-4% de todos os nascimentos; mas de todas as - Categoria B - ausência de risco fetal, demons-
gravidezes diagnosticadas, cerca de 15% resultam em trada em experimentação animal ou em estudos
perda fetal. Deve acentuar-se que a razão destas con- humanos;
sequências adversas para a gravidez só é conhecida - Categoria C - risco fetal desconhecido, por falta
para uma minoria de incidentes. Poucos fármacos de estudos alargados;
mostraram ser teratogénicos de forma conclusiva no - Categoria D - evidência fetal em animais, mas a
Homem, mas sem qualquer dúvida, nenhum fármaco necessidade pode justificar o risco;
é seguro no início da gravidez. - Categoria X - nocivo para o feto; o risco ultra-
Durante o primeiro trimestre, os fármacos podem passa o benefício e, portanto, está contra-indica-
produzir malformações congénitas (teratogéne- do na gravidez.
se), situando-se o risco maior entre a 3a e 11a semana - Índice M - classificação com base em informação
de gravidez (fase de organogénese) devendo, sempre do fabricante / titular da Autorização de Introdu-
que possível, ser evitados. A serem necessários, pre- ção no Mercado.
Antidepressores
inibidores Não há evidência de agressão, mas os produtores
irreversíveis da recomendam evitar, a menos que existam razões muito 1o, 2o e 3o D
monoaminoxidase fortes.
(IMAOs)
Carboximaltose D
férrica
Ciamemazina V. Antipsicóticos. C
Ciprofibrato V. Fibratos. C
Durante a gestação não parece estar associada a
malformações congénitas graves; os dados disponíveis
CM (D para alguns
Ciprofloxacina em animais levam a contra-indicá-la durante a gravidez, 1o
autores)
em especial no 1o trimestre, até porque existem
alternativas mais seguras.
Não é um fármaco usado na mulher; risco de
Ciproterona D
feminização de um feto do sexo masculino.
Cisaprida Não se recomenda o seu uso durante a gravidez. CM
V. Antidepressores inibidores selectivos da recaptação
Citalopram 1o e 2o BM
da serotonina.
Evitar; várias malformações congénitas em estudos
Citarabina 1o e 2 o DM
animais.
Citicolina Contra-indicada na gravidez. D
Podem produzir aborto espontâneo, perda fetal e
Citotóxicos 1o, 2o e 3o X
malformações.
Não foram efectuados estudos em grávidas, pelo que
Citrato de potássio o seu uso só deverá ocorrer quando estritamente A
necessário e sob vigilância médica.
Interferência com o crescimento ósseo; usar com
Citrulina 1o, 2o e 3o D
cuidado.
Não é recomendada durante a gravidez; evitar a menos
que o potencial benefício seja superior aos riscos; não
Claritromicina pode ser excluída a possibilidade de efeitos adversos 1o DM
no desenvolvimento embriofetal com base em estudos
animais.
Cleboprida Não usar. 1o, 2o e 3o C
Clemastina V. Anti-histamínicos H1. 1o e 3 o BM
Evitar durante o 1o trimestre; o uso por inalação tem a
Clenbuterol vantagem de as concentrações plasmáticas não serem 1o B
provavelmente tão elevadas que afectem o feto.
Clindamicina Desconhece-se se é perigosa. B
Clobazam V. Benzodiazepinas. 1o, 2o e 3o D
V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e
Clobetasol C
Corticosteróides (sistémicos).
V. Corticosteróides (intranasais e inalados) e
Clobetasona C
Corticosteróides (sistémicos).
Efeitos teratogénicos: mola hidatiforme, aplasia da
Clomifeno retina, sindactilia, pé boto, defeitos de pigmentação, XM
microcefalia; contra-indicado.
Letargia neonatal, hipotonia, cianose, hipotermia; V.
Clomipramina 3o CM
Antidepressores tricíclicos.
Clonazepam V. Antiepilépticos e Benzodiazepinas; íleo paralítico. D
Tem sido usada em todos os trimestres, com
experiência limitada relativamente ao 1o. Pode baixar a
Clonidina frequência cardíaca fetal mas o risco deve ser avaliado C
contra o risco de hipertensão materna não controlada;
evitar o uso intravenoso.
Clonixina Contra-indicada na gravidez. D
Clopidogrel Evitar; não existem dados disponíveis. C
512 Anexo 1 – Fármacos e Gravidez
Metamizol
A segurança de utilização não está definida. 1o e 3o D
magnésico
Contra-indicada; a insulina é normalmente o
antidiabético de escolha durante a gravidez se a
Metformina dieta isolada não for suficiente, para obter níveis de 1o, 2o e 3o BM
glicemia o mais próximo possível do normal para evitar
malformações fetais.
Metildigoxina V. Digoxina. C
Morte perinatal, baixo peso ao nascimento, perda fetal
Metildopa 1o, 2o e 3o C
aumentada.
Contra-indicada para a indução do parto, no 2o e 3o
Metilergometrina 3o C
estádios do parto e na eclâmpsia.
Evitar, a menos que o potencial benefício ultrapasse os
Metilfenidato C
riscos; experiência limitada. Toxicidade em animais.
Metilprednisolona V. Corticosteróides (sistémicos). 1 o
CeD
Metipranolol V. Bloqueadores adrenérgicos beta
Não parece aumentar o risco de teratogenicidade.
Desconhece-se se é perigosa, mas o produtor
Metoclopramida C
recomenda que se use só se existirem razões
compelativas.
V. Diuréticos tiazídicos. Não é usada para tratar
Metolazona hipertensão na gravidez; pode causar trombocitopenia D
neonatal.
Metopina V. Anti-histamínicos H1 ; não se recomenda. 1 o e 3o C
Pode causar atraso do crescimento intrauterino
CM (D se usado no 2o
Metoprolol e redução do peso placentar; V. Bloqueadores 1o, 2o e 3o
e 3o trimestres)
adrenérgicos beta.
Evitar; é teratogénico (anomalias craniofaciais e
digitais); a fertilidade pode ser reduzida durante a
terapêutica, mas este efeito pode ser reversível; o
Metotrexato 1o, 2o e 3o D
produtor recomenda contracepção eficaz durante, e
pelo menos, até 3 meses após o tratamento no homem
e na mulher.
Contra-indicado durante o 1o trimestre nas doentes
com tricomoníase, mas pode ser aceitável durante o 2o
Metronidazol e 3o trimestres se as terapêuticas alternativas falharam; 1o BM
evitar regimes de alta dosagem. Não há referências a
malformações.
Mexazolam V. Benzodiazepinas. 1o, 2o e 3o D
Mianserina V. Antidepressores tricíclicos. C
Evitar por toxicidade em estudos animais; deve fazer-se
Micofenolato de
contracepção eficaz durante o tratamento e durante 6 1o D
mofetil
semanas após interrupção da terapêutica.
Miconazol Evitar, a menos que seja essencial. CM
O uso antes da cesariana tem um efeito depressor no
Midazolam DM
RN; V. Benzodiazepinas.
Midodrina V. Simpaticomiméticos. 3 o
C
Só deve ser usada durante a gravidez se o benefício
Milnaciprano for claramente superior ao potencial risco (não C
demonstrado) de teratogenicidade. V. Antidepressores.
Minociclina Contra-indicado. V. Tetraciclinas. 1o, 2o e 3o D
Minoxidil Hirsutismo neonatal. 3 o
CM
528 Anexo 1 – Fármacos e Gravidez
COBRE 64 ( Cu)
64
Radioactividade presente no leite até às 50 horas.
GÁLIO 67 (67Ga) Radioactividade presente no leite até 2 semanas.
INDIO 111 (111In) Quantidade muito pequena até às 20 horas.
IODO 123 ( I)
123
Radioactividade presente no leite até às 36 horas.
IODO 125 (125I) Radioactividade presente no leite durante 12 horas.
IODO 131 ( I)
131
Radioactividade presente no leite durante 2-14 dias, dependendo do estudo.
SÓDIO RADIOACTIVO Radioactividade presente no leite até às 16 horas.
TECNÉCIO 99 m (99mTc), Radioactividade presente no leite de 15 h a 3 dias.
macroagregados (99MTC=4)
Recomenda-se consultar o especialista em Medicina do estudo, a mãe deve continuar a colher o seu leite
Nuclear antes de realizar o estudo diagnóstico, de com bomba para manter a produção, mas desprezá-lo
modo a usar-se o radionuclídeo com tempo de excre- durante o tempo em que a radioactividade está presen-
ção mais curto. Antes do estudo, a mãe deve colher o te. As amostras de leite podem ser controladas quanto
seu leite com bomba e armazenar uma quantidade su- à presença de radioactividade, no Serviço de Medicina
ficiente no frigorífico para alimentar a criança; depois Nuclear, antes de retomar o aleitamento.
3
Fármacos e Insuficiência
Hepática Anexo
Fármaco Observações
Ao contrário do que acontece na insuficiência
renal (Anexo 4), em que a clearance da creatinina
constitui um índice fiável da insuficiência do órgão proteínas plasmáticas, de importante ou reduzida
excretor, não dispomos, para a insuficiência hepá- excreção biliar).
tica de uma prova funcional que permita ajustar a Dada esta complexidade, as indicações constan-
posologia dos medicamentos que são largamente tes da tabela que se segue são baseadas em obser-
excretados e/ou metabolizados pelo fígado. Acresce vações empíricas e na casuística clínica e assumem
que as modificações da farmacocinética dos medica- carácter prudencial, devendo ser interpretadas
mentos pelas lesões hepáticas é bastante complexa, como orientação geral, a confrontar com cada caso
variando consoante a natureza da patologia existen- individual. A tabela não pretende ser exaustiva e
te (cirrose, esteatose, tumores, colestases) e as ca- foi elaborada com recurso a várias fontes interna-
racterísticas do medicamento (de elevada ou baixa cionais, podendo as suas indicações não coincidir
fracção de extracção, de forte ou fraca adsorção às totalmente com as de outros textos.
Tolterrodina Usar com precaução. Dose inicial - 0,5 mg, 1 vez por
dia, durante os 3 primeiros dias,
Reduzir dose em 50% na IR para Cl cr < 30 ml/min; aumentar
Topiramato Vareniclina posteriormente para 1 mg, 1 vez
moderada a grave.
por dia. Não recomendado na IR
Reduzir dose na IR moderada; terminal.
Topotecano evitar na IR grave.
Varfarina V. Anticoagulantes orais .
Podem ser necessárias doses mais
Torasemida altas na IR moderada a grave. Reduzir dose em 50% na IR
Venlafaxina moderada; evitar na IR grave.
Tramadol V. Analgésicos opiáceos . Pode ser necessária redução da
Vigabatrina dose; excretado por via renal.
Trandolapril V. IECAs .
Vildagliptina + V. Metformina. Contra-indicado
Reduzir dose (administração por Metformina para Cl cr < 60 ml/min.
Tretinoína via oral).
Xipamida V. Tiazidas e análogos .
Reduzir dose na IR moderada;
Trimetoprim evitar na IR grave. Usar com precaução na IR
Zafirlucaste moderada a grave.
Pode ser necessária redução da
Tulobuterol dose; evitar na IR moderada a 750 mg de 12 em 12 horas na IR
grave. Zalcitabina ligeira a moderada e de 24 em 24
horas na IR grave.
Valaciclovir V. Aciclovir .
Reduzir dose na IR grave - 300 a
Iniciar terapêutica com 40 mg, 1 Zidovudina 400 mg/dia, per os ou 1 mg/Kg, IV,
Valsartan vez/dia na IR moderada a grave. 3 a 4 vezes/dia.
Não recomendado na IR grave. Usar com precaução na forma
injectável (o excipiente -
Associação não indicada para Ziprasidona ciclodextrina - é eliminado por
Valsartan + o tratamento de doentes com filtração renal).
Hidroclorotiazida IR moderada a grave (tiazidas
ineficazes para Cl cr < 30 ml/min). Zofenopril V. IECAs .
Vancomicina Monitorizar concentrações séricas. Zuclopentixol V. Antipsicóticos .
Fármacos em Pediatria
A existência de patologias especificamente infantis,
as diferenças de comportamento farmacodinâmico en-
tre a criança e o adulto, que provocam grandes varia-
ções na quantidade de fármaco disponível, aliadas ao
crescimento contínuo que origina que, em tratamen-
Anexo 5
4. As associações de anti-histamínicos com sim-
paticomiméticos poderiam ter como alternati-
tos prolongados, resulte difícil ajustar a dose ao longo va a prescrição isolada de um anti-histamínico
do tempo, são algumas das razões a ponderar aquando de 2a geração, por não interferir com a apren-
da utilização de fármacos na criança. Acrescentam-se dizagem e proporcionar um melhor cumpri-
ainda as dificuldades específicas de administração de mento da tabela terapêutica;
fármacos segundo a idade, a eventual presença nos 5. O uso de espasmolíticos e anticolinérgicos as-
medicamentos de alguns coadjuvantes especialmente sociados, cuja alternativa terapêutica poderia
tóxicos para as crianças (álcool benzílico, etanol, ácido ser o diclofenac;
bórico e outros), a maior incidência de reacções ad- 6. Os corticóides tópicos associados com anti-
versas e a possibilidade de toxicidades específicas da bióticos teriam vantagem em ser substituídos
idade infantil. por um corticóide de baixa potência sem asso-
A escassez dos estudos sobre segurança, eficácia e ciação de que é exemplo a hidrocortisona de
tolerabilidade e as limitações impostas pelas dificul- 0,1 a 1%;
dades de natureza ética e metodológica, bem como 7. Dos antitússicos recorrer-se-ia apenas ao
a definição de uma verdadeira necessidade na tera- dextrometrofano, pela menor capacidade de
pêutica da população infantil, associada à dificuldade depressão do centro respiratório;
de extrapolar para a criança os dados que sobre a 8. Aos broncodilatadores por via oral, usar como
investigação de um fármaco se obtiveram em adul- alternativa, sempre que possível, os fármacos
tos, devem constituir motivo suficiente para procurar por via inalatória;
possíveis alternativas terapêuticas para fármacos de 9. Antes da prescrição de antimicóticos tópicos,
menor valor intrínseco. avaliar, em geral, o risco/benefício.
Na utilização dos fármacos disponíveis em pedia-
tria, poderemos considerar duas categorias: Um problema relevante em pediatria é o das for-
mas de dosagem e a adesão à terapêutica. As mais
1. Os que têm uma eficácia e segurança sufi- usadas são preparadas nas formas de elixires ou de
cientemente documentadas, cuja formulação suspensões. Os elixires são soluções hidro-alcoólicas
farmacêutica, dosagem e via de administração nas quais as moléculas de substância activa se en-
contram dissolvidas, dispensando a agitação antes
são adequadas, que são monofármacos ou
de cada administração. As suspensões contêm partí-
correspondem a associações de princípios ac- culas não dissolvidas que devem ser distribuídas no
tivos com justificação terapêutica, galénica ou veículo por agitação antes de cada dose. Se o frasco
de melhoria de cumprimento do tratamento não sofrer agitação as primeiras doses contêm me-
prescrito; nos fármaco, retardando o início de efeito terapêu-
2. As especialidades que não cumprem os crité- tico, enquanto que as últimas podem ser causa de
rios definidos para serem incluídos no grupo toxicidade. É importante para o prescritor conhecer
anterior. Na verdade, parece desnecessário a forma farmacêutica dispensada de modo a redigir
submeter as crianças à acção de uma série de adequadamente as instruções para os pais ou pessoa
medicamentos cuja relação risco/benefício é encarregada das administrações e obter deles a me-
desfavorável por carecerem de eficácia e/ou lhor colaboração. A medida do volume é um aspecto
segurança confirmadas. prático relevante: o volume de uma colher de chá
pode variar desde 2,3 a 5,5 ml e não é a forma mais
A redução de uso deste segundo grupo pressupõe adequada a usar, devendo recomendar-se a utilização
uma melhoria na qualidade de prescrição dirigida de uma colher calibrada, das que acompanham hoje
aos mais pequenos e levaria directamente a uma di- a maioria das suspensões ou uma seringa, de modo
minuição acentuada da iatrogenia, tão frequente nas a conseguir a precisão nas medidas. Tendo presente
crianças. a dificuldade de colaboração das crianças na terapêu-
Alguns exemplos de medicamentos de valor in- tica oral, recomenda-se perguntar se foi feita alguma
trínseco não elevado em pediatria: tentativa de repor a dose quando a criança derramou
metade ou mais do que lhe foi oferecido ou se são ca-
1. Os expectorantes, apresentando-se como al- pazes de avaliar a dose que a criança tomou de facto.
ternativa terapêutica uma boa hidratação; Também é necessário dizer se a criança deve ou
2. A associação de um expectorante com antibió- não ser acordada quando o medicamento é admi-
tico, a substituir com vantagem pela utilização nistrado cada 6 horas e não admitir à partida que
de um antibiótico específico em monoterapia; os pais vão fazê-lo; a ausência de cumprimento da
3. Os diversos anti-inflamatórios não esteroides tabela terapêutica ocorre com frequência quando é
que poderiam ser substituídos apenas pelo necessário tratar uma otite ou uma infecção urinária
ibuprofeno, por representar um dos compos- e a criança melhora ao fim de 4 a 5 dias; então, os
tos deste grupo com melhor tolerabilidade na pais, não encontrarão justificação para continuar o
criança; em alternativa, depois dos 12 anos, o tratamento durante 10 ou 14 dias. A situação deve
ácido acetilsalicílico e, na ausência de quadro ser antecipada explicando porque é importante con-
inflamatório, o paracetamol; tinuar, não obstante a criança parecer estar curada.
576 Anexo 5 – Fármacos em Pediatria
Os esquemas e as formas de dosagem devem ser a embalagem de venda. Na ausência de uma dose es-
escolhidas da forma mais conveniente; quanto mais pecífica poder-se-á fazer uma aproximação com base
fácil for o esquema terapêutico escolhido, mais pro- na idade, peso ou superfície corporal. Qualquer que
vável será conseguir adesão à terapêutica. Na medida seja a fórmula usada, a dose pediátrica nunca deverá
do possível, e de acordo com a sua capacidade para exceder a do adulto. O cálculo das doses com base na
compreender e cooperar, deve solicitar-se à criança a idade recorre à fórmula de Young:
sua quota parte na responsabilidade da sua própria idade (anos)
saúde e de tomar a medicação. Dose = dose de adulto x
idade + 12
As possíveis reacções adversas e interacções com
medicamentos de venda livre ou alimentos, devem A fórmula de Clark, mais precisa, calcula a dose em
ser de igual modo consideradas, da mesma forma função do peso:
que é necessário assegurarmo-nos da possibilidade
peso (em Kg)
de cumprimento da medicação, sempre que um me- Dose = dose de adulto x
dicamento não consegue o seu efeito terapêutico. 70
No que refere à dosagem, a informação mais segu- Estas fórmulas tendem a subestimar a dose necessá-
ra é a fornecida pelo produtor e que está contida no ria, pelo que o cálculo baseado na superfície corporal
folheto informativo do medicamento que acompanha parece ser o mais adequado:
Fármaco Observações
Fármaco Observações
Fármaco Observações
Fármaco Observações
Fármaco Observações
Fármaco Observações
Fármaco Observações
Fármaco Observações
Na formulação de uma prescrição que envolva racções podem reforçar ou reduzir a actividade dos
mais do que um fármaco ou para um doente já me- fármacos, enquanto aumentam os efeitos adversos.
dicado, é muito importante compreender o efeito Outro factor importante para o risco de interacções
de cada agente no sistema CYP450, porque as inte- é a possibilidade de polimorfismos que dão origem
586 Anexo 7 – Interacções importantes
a uma característica farmacogenética para os utiliza- que envolve a glicoproteína-P. Porém, as interacções
dores da medicação, traduzida na variabilidade inter- mais comuns ocorrem ao nível do metabolismo, sen-
individual na resposta. do o álcool o agente mais vezes responsabilizado.
Os mecanismos farmacodinâmicos ocorrem quan- A possibilidade de interferência dos medicamen-
do há modificações nos receptores ou nos processos tos com os resultados dos exames bioanalíticos tem
celulares ou tecidulares da resposta, combinação de sido de igual modo considerada, dependendo as
efeitos, alterações no equilíbrio hidro-electrolítico, no eventuais alterações da dosagem e do tempo de ad-
pH dos fluidos orgânicos ou na intensidade da síntese ministração do fármaco. Cabe ao médico assistente
proteica. São facilmente identificados quando se ad- diferenciar, em cada caso, se a eventual alteração
ministram de forma concorrente fármacos com efeitos analítica se deve ao fármaco ou a patologia associada.
semelhantes, que podem ou não actuar nos mesmos re- Tendo presente a possibilidade incontável de interac-
ceptores, observando-se então uma resposta aditiva ou ções farmacológicas recomenda-se, no sentido de re-
sinérgica. Inversamente, fármacos com efeitos opostos duzir as situações adversas, que antes de prescrever
podem reduzir a resposta de um ou de ambos. As in- um novo fármaco:
teracções farmacodinâmicas são relativamente comuns 1. se identifique a medicação em curso, incluin-
na prática clínica, mas as suas consequências podem do a automedicação;
ser controladas se forem conhecidos os mecanismos de 2. se reduza ao mínimo o número de medica-
acção dos fármacos envolvidos e o perfil das moléculas mentos a usar em conjunto, em especial nos
que interagem; em geral as interacções demonstradas grupos de maior risco (crianças, idosos, insu-
com uma molécula ocorrem normalmente com molé- ficientes hepáticos ou renais), tendo ainda em
culas relacionadas. O uso combinado de dois ou mais conta o sexo e a origem étnica;
fármacos, cada um dos quais com efeitos tóxicos sobre 3. se informe o doente sobre a influência do
o mesmo órgão aumenta a probabilidade de agressão consumo de álcool;
por mecanismo combinado. Acontece, por exemplo, 4. se informe sobre a eventualidade de surgirem
com o uso concorrente de agentes que produzem ne- alguns efeitos adversos graves;
frotoxicidade: embora a dose de um isoladamente pos- 5. se informe sobre a eventual necessidade de
sa ser insuficiente para produzir esse efeito, potencia a interromper o medicamento origem da inte-
toxicidade de outro e os mecanismos intervenientes são racção e
muitas vezes desconhecidos. 6. em caso de dúvida, se consulte o resumo das
A interacção entre alimentos e medicamentos, características do medicamento antes da sua
referida com frequência, não está ainda estruturada, adição à terapêutica instituída.
embora se conheçam alguns exemplos que nos levam A tabela seguinte apresenta, para alguns dos fár-
a aceitá-la. Na maioria das vezes esta interacção é de macos ou grupos de fármacos com monografia neste
natureza cinética. A ingestão simultânea de alimentos prontuário, os mecanismos prováveis das interacções
pode afectar a absorção, a biodisponibilidade, o me- clinicamente significativas que estão indicadas na res-
tabolismo e a eliminação de um medicamento ou não pectiva monografia. Espera-se que o conhecimento
interferir de todo com o efeito deste. É conhecido, desses mecanismos auxilie a antecipar qual a pro-
por exemplo, o aumento da biodisponibilidade da babilidade de interacções quando há associações de
sinvastatina pelo sumo de toranja, uma interacção vários fármacos.
Ácidos biliares As resinas podem ligar-se, no Fármacos cuja absorção pode ser reduzida:
- enzimas tubo digestivo, a fármacos Diuréticos tiazídicos
sequestradoras administrados por via oral. Furosemida
Podem também ligar-se no Glicósidos digitálicos: Digitoxina e possivelmente digoxina.
intestino a fármacos que Metotrexato
sofrem circulação entero- Micofenolato
-hepática, mesmo se estes Paracetamol
fármacos forem administrados Tiroxina
por via parentérica.
V. também: Anticoagulantes orais
Ansiolíticos Aumento do efeito sedativo Antifúngicos: inibição do metabolismo com maior toxicidade.
por inibição do CYPA4. Efeito Anti-histamínicos: aumento do efeito depressor do SNC.
aditivo com depressores do Antipsicóticos: adição de efeitos depressores no SNC.
SNC. Inibição enzimática. Antivíricos inibidores da protease: inibição do metabolismo
com maior toxicidade.
Buprenorfina: adição de efeitos depressores no SNC.
Buspirona: hipertensão com selegilina por inibição da MAO.
Carbamazepina: a inibição do metabolismo com aumento do
efeito/toxicidade.
Cimetidina: inibição do metabolismo.
Dextropropoxifeno: adição de efeitos depressores no SNC.
Diltiazem: inibe o metabolismo das benzodiazepinas.
Fenitoína: inibição do metabolismo dos ansiolíticos.
Imipramina: inibição do metabolismo.
Opiáceos: adição de efeitos depressores no SNC.
Primidona: inibição do metabolismo com aumento do efeito
depressor.
Valproato de sódio: aumento do efeito depressor no SNC.
Antifúngicos (Azol) Inibição do CYP3A4 Antagonistas dos receptores H2: reduzem a absoração do
(itraconazol = cetaconazol > cetoconazol e itraconazol.
fluconazol, voriconazol). Carbamazepina: redução do metabolismo da carbamazepina.
Inibição do CYP269 Ciclosporina: redução do metabolismo.
(fluconazol, voriconazol). Cisaprida: redução do metabolismo; possibilidade de arritmias
Susceptibilidade a indutores ventriculares.
enzimáticos (itraconazol, Digoxina: aumento das concentrações plasmáticas de digoxina
cetoconazol, voriconazol). com cetoconazol e itraconazol.
Absorção gastrintestinal Fenitoína: redução do metabolismo com o fluconazol.
dependente do pH Fenobarbital: aumento do metabolismo do cetoconazol,
(itraconazol, cetoconazol). itraconazol, voriconazol.
Inibição da glicoproteína-P Inibidores da bomba de protões: reduzem a absorção de
itra-conazol e cetoconazol). cetoconazol e itraconazol.
Inibidores da HMGCoA redutase: redução do metabolismo da
lovastatina, sinvastatina e menos da atorvastatina.
Inibidores dos canais de cálcio: redução do metabolismo dos
inibidores.
Pimozida: metabolismo reduzido.
Rifampicina: aumenta o metabolismo do cetoconazol e
itraconzazol.
V. também: Antiácidos e Anticoagulantes orais.
Bloqueadores Os bloqueadores adrenérgicos Fármacos que podem aumentar o efeito de bloqueio beta:
adrenérgicos beta beta (em especial os não Cimetidina: reduz o metabolismo dos bloqueadores β que são
selectivos como o propanolol) metabolizados principalmente pelo fígado, como o propanolol.
alteram a resposta aos Tem menor efeito sobre os que são depurados pelo rim, como o
simpaticomiméticos com atenolol, nadolol.
actividade agonista-β (ex.: Inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS):
adrenalina). a fluoxetina e a paroxetina inibem o CYP2D6 e aumentam as
Os bloqueadores β que sofrem concentrações de timolol, propanolol, metoprolol e carvedilol.
um metabolismo de primeira
passagem extenso, podem ser Fármacos que podem diminuir o efeito de bloqueio beta:
afectados por fármacos capazes Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs): a indometacina
de alterar este processo. reduz a resposta anti-hipertensora; outros inibidores das
Os bloqueadores β podem prostaglandinas provavelmente também têm o mesmo efeito.
reduzir o fluxo sanguíneo Indutores enzimáticos: barbitúricos, fenitoína e rifampicina
hepático. podem aumentar o metabolismo dos bloqueadoresβ; outros
indutores enzimáticos podem produzir efeitos semelhantes.
Efeitos dos bloqueadores noutros fármacos:
Clonidina: reacção hipertensiva se a clonidina é retirada quando
o doente está a tomar propanolol.
Insulina: há inibição da recuperação da glucose da hipoglicemia;
inibição dos sintomas de hipoglicemia (excepto suores); pressão
sanguínea aumentada durante a hipoglicemia.
Simpaticomiméticos: aumento da resposta pressora à
adrenalina (e possivelmente a outros simpaticomiméticos); este
efeito é mais provável ocorrer com bloqueadores β não selectivos.
V. também: Teofilina.
Ferro Liga-se com fármacos no tubo Fármacos cuja absorção é reduzida com o ferro:
gastrintestinal, reduzindo a Metildopa
absorção. Micofenolato
Quinolonas
Tetraciclinas
Tiroxina
V. também: Antiácidos.
V. também: Anti-muscarínicos.
Lítio A excreção renal do lítio Antagonistas dos receptores da angiotensina II (ARA II):
é sensível a alterações reduzem a excreção renal do lítio e aumentam o efeito do lítio.
no equilíbrio do sódio (a Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs): reduzem a excreção
deplecção de sódio tende a renal do lítio com excreção dos salicilatos e do sulindac.
causar retenção de lítio). Diuréticos (em especial tiazidas): reduzem a excreção do lítio;
Susceptível a fármacos que o furosemida é menos provável produzir este efeito dos diuréticos
aumentam a toxicidade do lítio tiazídicos.
no SNC. Haloperidol: casos ocasionais de neurotoxicidade em doentes
maníacos, em especial com doses elevadas de um ou de ambos
os fármacos.
Inibidores da enzima de conversão (IECAs): provavelmente
reduzem a excreção renal do lítio e aumentam o efeito do lítio.
Metildopa: possibilidade aumentada de toxicidade do lítio no
SNS.
Neurolépticos diversos: aumento do risco de toxicidade.
Sulpirida e outras benzamidas: Não recomendada a associação
pelo risco de sugirem “torsades de points”.
Teofilina: aumento da excreção renal de lítio com redução do
efeito do lítio.
Verapamilo: por diversos mecanismos: aumento da toxicidade do
lítio; diminuição do nível sérico do lítio; casos de bradicardia.