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comumente utilizados. Para tanto, é preciso que este profissional esteja capacitado
e consciente de sua importância no processo decisivo, participando e conhecendo
todas as atividades realizadas na organização e buscando se especializar cada vez
mais, com o intuito de contribuir positivamente para o crescimento da organização.
Diante deste cenário, a contabilidade passou a explorar campos de estudo,
anteriormente próprios da Economia e Administração, abrindo um universo de
possibilidades de atuação aos seus profissionais, transformando-os em peças-chave
nas organizações em que prestam os seus serviços.
Um dos conhecimentos abarcados pela contabilidade atual é o Orçamento.
Instrumento fundamental para a sobrevivência das organizações, o Orçamento tem
o papel de fornecer aos gestores uma “radiografia” que indica os pontos críticos e os
passos a serem seguidos para que a organização alcance as metas e objetivos
propostos para o seu desenvolvimento e perpetuação no mercado. O estudo do
orçamento habilita o Contador a monitorar a saúde da organização e, ao mesmo
tempo, avaliar o desempenho dos colaboradores, através dos demonstrativos
orçamentários, nas diversas atividades desenvolvidas para que as metas e objetivos
traçados sejam cumpridos. Por conta disso, estudar o Orçamento tornou-se
obrigatório para os profissionais Contadores que almejem um papel de destaque na
Organização em que atua.
Este projeto de pesquisa surge a partir da necessidade de se conhecer
todos os aspectos que envolvem a aplicação do Orçamento Base Zero nas
organizações brasileiras, sejam elas dos setores público ou privado, bem como,
verificar as implicações, vantagens e desvantagens desta aplicação em detrimento
de outras ferramentas orçamentárias.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Raza (2006) aduz que, pelas características apresentadas pelo OBZ, fazer
um Orçamento Base Histórica (OBH) é muito mais rápido e cômodo, mas serve de
pouca coisa; pois você estará repetindo uma previsão sem levar em conta um
Planejamento Estratégico para o exercício em questão ou sem analisar a
concorrência, os novos produtos a serem lançados e demais aspectos que
influenciam o seu negócio. Já para Lunkes e Vertuoso (2003), o OBZ é a resposta
para esta deficiência – utilização de informações desatualizadas - porque não utiliza
o ano anterior como ponto de partida para a elaboração do atual. O OBZ rejeita a
visão tradicional do orçamento requerendo que todas as atividades estejam
justificadas e priorizadas como se estivessem sendo compiladas pela primeira vez.
Por outro lado, alguns autores, dentre os quais Lunkes e Vertuoso (2003),
consideram o OBZ muito complexo e burocrático, motivo pelo qual, dificilmente
apresenta resultados satisfatórios nos primeiros anos de sua implantação.
Analisando esse aspecto, Gomes (2000) diz que este é um dos fatores que
impedem a implantação do OBZ. Ela aduz que qualquer processo que obrigue à
tomada de decisão e que exija exame detalhado de suas funções/atividades, exame
este que pode ser visto por todos, deixam os administradores apreensivos. Isso se
justifica pela deficiência de comunicação por parte da Direção encontrada na maioria
das organizações. Pyhrr (1981) considera que o sucesso da implantação do OBZ
decorre do entendimento por parte dos envolvidos de que a proposta real da
ferramenta não é comprometer as pessoas e seus cargos mas, tão somente,
disseminar na organização uma cultura que consiste em reexame de todas as
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atividades realizadas pela organização, de modo que sejam priorizadas aquelas que
apresentem maior relevância em relação aos objetivos requeridos pela Direção.
Tendo em vista o posicionamento dos autores sobre o orçamento e a sua
importância estratégica para as organizações, fica evidente que este processo deve
estar alinhado à política e visão estratégicas das organizações, visando o ambiente
em que atua, a demanda de seus clientes e fornecedores e as exigências do
mercado, de maneira que qualquer mudança no cenário mercadológico seja
identificada e tratada sem que haja comprometimento das metas e objetivos
requeridos. Assim, Gomes (2000) afirma que nenhum sistema de orçamento ou de
planejamento pode resolver todos os problemas das organizações, mas o OBZ
pode, de fato, fornecer todas as informações necessárias para a análise desses
problemas e a tomada de decisão no curtíssimo prazo, preservando assim o
planejamento como um todo e monitorando o desempenho da organização e de
seus colaboradores, principais responsáveis pelo êxito do processo.
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3 METODOLOGIA
REFERÊNCIAS
CARVALHO, José R.S. Orçamento Base Zero na Eletrolux. São Paulo: IBC-
Internacional Business Communications, 2002.