Vous êtes sur la page 1sur 16
Gre 8 a St cee awe fir eT ie de Did mem Co nn) titan Ey “Todos os dios doa eigo eeridas a orrona Coxrinro (Eaton Pinsky Lida). itor ei ime Pinky Ru Acopam, 19 Alo dt Lapa (S082-10~ So Paulo aehax: UD) 892 58 onlerio@edioncontexo.co.br ‘witkedoracoateta.com be “Sem er, sem ouvir ro ane sem assstr aos tlejorais, 08 Jjovens do Brasil, de 12 a 20 anos, continuam sua queda rumo & desinformasio total, segundo dados exclusivos obtidos com o Grupo Tver” Lilio Gama jovem de 12 a 20 anos est cada vez mais desinformado porque, progressivamente, 1@ menos, escuta menos rio e assiste mis a televisio, porém, dt preferéncia, nessa ordem, a filmes, programas de esporte, novelas e, 6 entlo, a telejomais. Esse é 0 principal resultado da pesquisa inédita “O jovem e a midia", em ‘goe foram ouvidos 2,098 jovens das clases A, B, Ce D de sete apitas: Sao Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizon- te, Salvador, Recife e Brasilia G) Sobre o hbito de leitura, 36% disseram que nunca Iéem li ‘ros; 12% gue quase nunca; 36% que Bs vezes; © apenas 16% 0 fazem com freqléncia, Sobre a leitura de jomais, 25% disseram ranea ler; 15% quase nunca; 45% as vezes e 15% sempre (.” 0 Estado de S. Paulo, 23 de outubro de 1999. Caderno 2 | t APRESENTAGKO. ‘A auséncia de trabalhos, em sala de aula, com textos que circulam socialmente, como jomal, letras ce misia, anncios ou ‘outdoors, surge como sintoma de recusar a experiencia do aluno ‘camo cidadio fora do espago académico. Constata-se que cada ‘yea mais os jovens tém grandes dificuldades com a leitura, no tnlanto, isso € medido apenas por seu contato com os textos que circulam na escola, Nossa proposta étrazer para 0 espago escolar ‘um pouco da vivéneia cotidiana desse estudante com sua cidade, sua casa, a banca de jomal etc, fazendo-o refletir sobre essa vyivéneia, a fim de diminui a distincia entre que se faz no espa- go escolar e 0 que se exige socialmeate. Dante desse quadro, um nfo se interessa pelo que o outro le, pelo que 0 outro escreve. Alunos no querem saber dos textos Iiterros trabalhados nos livros disticos, as escolas no se vol- tam para os textos que estio nas ruas. Dessa maneira, cada vez mais a escola se distancia dos alunos e no usa a leitura que eles azem ou a necessidade socal que eles tém de producto de textos para se aproximar dees, © que se propde nfo 6 0 abandono da Literatura ou do estudo dos textos céssicos, mas apenas a cons- ‘uglo de uma ponte entre aluno e professor, dando ao estudante ‘nsirumentos para a realizagio da leitura como necessidade © pra er da vida. Este estudo caractriza-se, portanto, como um traba- tho paralelo a Lingua Portuguesa e Literatura, que nio pretende ‘competi ou igualarse a eles, mas complementé-los. Ler € uma atividede que exige bascamente as habildades de 9 fhe pergnia a untetod buscar spose aber onde ton las Assim, daogarcom ox, Senn mas ap pe Vel € também laorar quests cede ob nr gos $ recche,Fnendemcs gui qu ale ext tem infant, Io necesito ict ira, como om. Uin poo tm informs em o pont devi do pon Deal mda ven oso ee pn ula tnbe tm aoanae sh i dees mos pegs xs dem ser ldo dua mesma mei. Clo fer una epetagen sop !uento do nme deca para cr da opto Bre? ‘A nfomagies ont nt reportagem de al bite de vem er questionada: por que res tanto ndmero dete ‘eis no Brasil? Ese eresimentoaonecc om otros pass? O trasieizo € um povo mals miope? Se for mas miop gual sein raz diss? Poeventaextaramossrvnds de Cop de sais dos efeitos «Yong paz dessa cui? Faer ers Derg p parecer exces de senso eric menace mesmo roto de guna, com rag ances pa re ela que o Brasil decom forma, eve de campo de feo ar lgons medicaments, sobeto porno te snd lel $e consiaconrolar a ena emo a testa oy Brande popula de pacientes Ler ear piogicamente dsposto a faze pergunas,bus- car epost, preference, serene cnet Mak ta eres ah spot so expla Ou, sin, ns poder ser encntaas na sea do coniecmento de que tr putea oe aunts Masa propria exstncia da via eela nove pss dade de interpreta o, prt, descontanea Jo exe ile 6 ae savvel pr ave posbldades deer Alem dacs, ta prgunta do eo fart pare de un ncn! Butea ple repos: Mesmo qu io se chee aela deed, soars ee ‘rue esas sues sua inutniIpnen en 20 i] Em casa, a ‘ealidade € bem diferente, Além de no termos a eecrenca net scout usa para areflexio sobre o que vimos, pis nfo 6 tare que © aparelho de v8 sen desigado note, antes de dorm fon ainda, quando odesligamos é para assumirmos umn outa a ida ue no pode eet concomiantementecom x6) éstumos por mules horas comicutvas sujetn progam, 640, a anicis, bam como as infunla som due one ‘os encontar um momento para ert ‘Assim tee ela for como és pla forma como & |] Sia, com programagio que dur até 24 horas por cia, no |] Sse cimoss pa inesio.Acaames, setana« faramentefazemos perguntas sobre algum verdadei sgn, Sead do ue ns te sido pasa, : ‘Outro aspecto importante & a relagHo de confianga que se ‘estabelece com o suporte empregado na comunicago, Acredita- fos no que ouvimos e vemos porque acteditamos no suporte, [No passado, essa relagdo de erenga podia ser observada ape- as com ordio, Confianga era a palavra de ondem. Tudo o que se fuvia era a mais pura verdade, Bastava, portanto, que 0 texto oss lido com cuidado na entonago para que todos os ouvinles sacreditassem no que ouviam. Se fosse mentira,risos ao fundo info podiam ocorrr. Hoje, além do ridio e do jomal, a tlevisio também mantém essa relago de confianca, Tudo o que ela noti- cia ¢ lido como verdade, O peso de erenga na tev & enriquecido pelo fato de ela também trabalhar com a imagem, ‘Veja como a mente esté disponivel para acreditar no que os A fragmentagio e a redundincia na tevé ‘A televisto tem efeito hipndtico. Entende-se por esse eft ‘um torpor, uma indiferenca, uma inércia, que toma conta do {elespectador, A razo desse efeito se deve & forma como 0 homem pereebe 0 mundo pela visio. FE por meio da visio que pereebemos o mundo que nos cerca fe aeredtamos em tudo o que vemos. E reagimos em fungo disso. Mas nem sempre vemos arealidade. Vemos o que que- emus ver, o que desejamos que sea visto por nés. Os olhos, ‘nese sentido, trem a informagio, Tal fendmeno se deve a0 {ato dea visio ndo estabelecercontato direto com toda a ci pacidade cerebral de elaborar critica, Em outras palavras, podemos dizer que percebemos 0 mundo pelo sentido, nfo pelo intelecto, nfo pela criaio, pelo imaginsri. FE fato que, quando lemos um livo, uma noticia no jornal, estamos também vendo, mas eslamos em contato com um ‘mundo apeseatado pela linguagem eserita, de forma linear. | Nio é un mundo tridimensional, no € um mundo real, nem a Ou catertsca important gentgto na imag da tev. A xo € snples no € woniee agree esto propane crane mas has concertos Sere a {es weap de tempo pu ns wo bn ee os mio te ene, Lenten cana cm nossa ease: «pata et wo fog c icine Wann ein mia, eds poses eames © aE Mas, aan peu deo é “i 0 ineompio, sein love ena rend aeptn coma fale oes 220 tlespecador Una mole sotina he a ‘uinon ofl o nale9dasogune roar ee nal do capt ner Seno Mace na tae nas {ar pela memcia pas embrarmos 0 que tnha mene eos ee Os anincos tam epee, So pasades nme 2s em um mes di mn un prods ig ea qiiéncia que precisa ser memorizada, oe 2 representagio dele. Mas a representacio dele por meio desig- || ‘nos lingisticos, Na letura de um texto escrito, a compreen- So passa por um processo crativo, imaginévo, crtico © ne- cessariamente claborado. Dessa forma, a linguagem escrita ‘io causa 0 torpor que a tevé causa, pois a leitura passa por lum erivo entico, mesmo que de forma atenuads, Por outro lado, atelevisdo ¢ absorvida por wma parte do eére- ‘bro que nfo tem elo direto com o imaginéro, Para que esse lo ocorta, € preciso ativé-lo. Se 0 deseuido toma conta do tclespectador ~ isso acontecefacilmente~, ele deixa de ser imaginativo submete-se a0 efeito do que vé. Por exemplo, nfo € raro que, mesmo tendo lido sobre a produgdo de um filme de terror, de suspense, mesmo tendo conhecido as téc- nicas empregadas na sua produgdo, ao assstrmos a esse fil- Ime, estaremos mais suscetveis aos efeitos especiais, ¢ nos 808 olhos nos fardo acreditar no que vemos. Assim, diante as cenas mais emocionantes,teremos medo,apreensio,e is veres até evitaremos olhar para elas como se fossem reais. De fato, a visio enxerga aquilo que a realidade sugere ser verdade, Por causa disso, jé houve jurstas que tentaram con: ‘estar a existéncia de testemunhas de um fato, alegando que vYemos 0 que acreditamos ver, nio necessariamente 0 que @ realidade apresenta, Em sintese, aeditamos facilmente, em tudo 0 que vemos. Cerca de dois tergos das informagies que | | femos retdas no cérebro vem pela visto, Por iss0, negligen-

Vous aimerez peut-être aussi