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O documento descreve o metabolismo celular, definindo-o como um conjunto altamente coordenado de reações enzimáticas que ocorrem nas células vivas. O metabolismo tem quatro funções principais: obter energia, converter nutrientes em unidades precursoras, reunir estas unidades em macromoléculas e sintetizar biomoléculas especializadas. As vias metabólicas são catalisadas por sistemas enzimáticos sequenciais e consistem em vias catabólicas (degradantes) e anabólicas (biossintéticas).
O documento descreve o metabolismo celular, definindo-o como um conjunto altamente coordenado de reações enzimáticas que ocorrem nas células vivas. O metabolismo tem quatro funções principais: obter energia, converter nutrientes em unidades precursoras, reunir estas unidades em macromoléculas e sintetizar biomoléculas especializadas. As vias metabólicas são catalisadas por sistemas enzimáticos sequenciais e consistem em vias catabólicas (degradantes) e anabólicas (biossintéticas).
O documento descreve o metabolismo celular, definindo-o como um conjunto altamente coordenado de reações enzimáticas que ocorrem nas células vivas. O metabolismo tem quatro funções principais: obter energia, converter nutrientes em unidades precursoras, reunir estas unidades em macromoléculas e sintetizar biomoléculas especializadas. As vias metabólicas são catalisadas por sistemas enzimáticos sequenciais e consistem em vias catabólicas (degradantes) e anabólicas (biossintéticas).
Mirades de reaes enzimaticamente catalisadas ocorrem nas
clulas vivas.
Estas reaes so coletivamente referidas como metabolismo.
O metabolismo uma atividade celular altamente coordenada , com
propsitos determinados, e na qual cooperam muitos sistemas multienzimticos.
O metabolismo tem quatro funes:
Obter energia qumica pela degradao de nutrientes ricos em
energia oriundos do meio ambiente;
Converter as molculas dos nutrientes em unidades fundamentais
precursoras das macromolculas celulares;
Reunir e organizar estas unidades fundamentais em protenas,
cidos nuclicos e outros componentes celulares;
Sintetizar e degradar biomolculas necessrias s funes
especializadas das clulas.
Embora o metabolismo celular envolva centenas de reaes
catalisadas por enzimas, as vias metablicas centrais so em pequeno nmero e so idnticas na maioria das formas de vida.
2. AS VIAS METABLICAS SO CATALIZADAS POR
SISTEMAS ENZIMTICOS SEQUCIAIS
As enzimas so as unidades mais simples da atividade metablica ,
cada uma catalisando uma reao qumica especfica. Entretanto , o metabolismo melhor discutido em termo seqncias multienzimticas.
Cada uma dessas sequncias:
Catalisa os passos sucessivos de uma dada via metablica;
Pode ter de 2 a 20 enzimas atuando de maneira consecutiva e
interligada, de tal forma que o produto da primeira enzima torna-se substrato da segunda, o produto desta o substrato da terceira, e assim por diante.
Os sucessivos produtos destas transformaes (B,C,D etc) so
conhecidos como intermedirios metablicas ou metablitos.
Cada um dos passos consecutivos nas vias metablicas provoca
uma mudana qumica pequena e especfica geralmente a remoo, transferncia ou adio de um tomo, molcula ou grupo funcional.
Atravs dessas mudanas qumicas ordenadamente escalonadas a
biomolcula que penetra em uma dada via transformada em seu produto metablico final.
O termo metabolisno intermedirio freqentemente usado para
designar as sequncias especficas de intermedirios envolvidos nas vias do metabolismo celular.
3. O METABOLISMO CONSISTE DE VIAS CATABLICAS
(DEGRADATIVAS) E DE VIAS ANABLICAS (BIOSSINTETIZANTES)
O metabolismo intermedirio tem duas fases: catabolismo e
anabolismo.
O CATABOLISMO a fase degradativa do metabolismo.
Nesta fase as molculas orgnicas nutrientes, carboidratos, lipdios e protenas provenientes do meio ambiente ou dos reservatrios de nutrientes da prpria clula so degradados por reaes consecutivas em produtos finais menores e mais simples.
Exemplos: cido ltico, CO2 e amnia.
O catabolismo acompanhado pela liberao da energia livre
inerente estrutura complexa das grandes molculas orgnicas.
Em certos passos de uma dada via catablica a maior parte de
energia livre conservada na forma da molcula transportadora de energia adenosina trifosfato (ATP), isto conseguido atravs do acoplamento de reaes enzimticas.
Alguma energia tambm pode ser conservada na forma de tomos
de hidrognio ricos em energia transportados pela coenzima nicotinamida adenina dinucleotdeo fosfato em sua forma reduzida NADPH.
O ANABOLISMO tambm pode ser chamado de:
Biossntese; Fase sintetizante; Fase construtiva do metabolismo.
Nesta fase as pequenas molculas precursoras, ou unidades
fundamentais, so reunidas para formar as grandes macromolculas componentes das clulas.
Exemplos: protenas e cidos nuclicos.
Como a biossntese resulta em tamanho e complexidade de
estrutura aumentados, ela requer fornecimento de energia livre e isto realizado pela quebra de ATP em ADP e fosfato.
A biossntese de alguns componentes celulares tambm requer
tomos de hidrognio ricos em energia, fornecidos pelo NADPH.
O catabolismo e anabolismo ocorrem simultaneamente nas clulas e
a velocidade de cada um regulada independentemente.
4. AS VIAS CATABLICAS CONVERGEM PARA POUCOS
PRODUTOS FINAIS
A degradao enzimtica de cada de cada um dos principais
nutrientes celulares liberadores de energia (carboidratos, lipdios e protenas ) ocorre passo a passo atravs de reaes enzimticas e consecutivas.
Existem trs estgios principais no catabolismo aerbico:l, ll e lll.
Estgio l
As macromolculas celulares so degradadas em suas unidades
fundamentais;
Os polissacardeos so degradados a hexoses e pentoses ;
Os lipdios so degradados em cidos graxos, glicerol e outros
componentes.
As protenas so hidrolisadas em seus 20 aminocidos primrios.
Estgio ll
Os vrios produtos formados no estgio l so reunidos e convertidos
em um nmero menor de molculas ainda mais simples;
As hexoses , pentoses e glicerol so degradados a um intermedirio
nico com 3 tomos de carbono, o piruvato;
O piruvato ento convertido em uma unidade de 2 carbonos, o
grupo da acetil-coenzima A ;
Os cidos graxos o esqueleto carbnico dos aminocidos so
quebrados em grupo acetil para formar o acetil-CoA;
O acetil-CoA o produto final comum do estgio ll do catabolismo.
Estgio lll
O grupo acetil do acetil-CoA introduzido no ciclo do cido ctrico;
Este ciclo a via final comum atravs da qual a maioria dos
nutrientes fornecedores de energia so finalmente oxidados a dixido de carbono;
Outros produtos finais do catabolismo: gua e amnia (ou produtos
nitrogenados).
Importante notar:
As vias catablicas convergem em direo ao ciclo do cido ctrico
localizado no estgio lll;
Durante o estgio l, dzias ou mesmo centenas de protenas
diferentes so degradados a apenas 20 aminocidos;
No estgio l: muitos polissacardeos diferentes so degradados a
alguns acares simples, e estes convertidos em acetil-CoA no estgio ll e, finalmente , em CO2 e H2O no estgio lll;
No estgio ll: estes 20 aminocidos so degradados principalmente
em acetil-CoA e amnia (NH3);
No estgio lll: os grupos do acetil do acetil-CoA so oxidados pelo
ciclo do cido ctrico a apenas dois produtos , CO2 e H2O. 5. AS VIAS BIOSSNTETIZANTES (ANABLICAS) DIVERGEM PARA FORMAR MUITOS PRODUTOS DIFERENTES
O anabolismo, ou biossntese, tambm ocorre em trs estgios e
comea com molculas precursoras pequenas.
Exemplo: a biossntese de protenas.
Esta biossntese inicia-se com a formao de -cetocidos e outros
precursores.
No estgio seguinte os -cetocidos so aminados por substncias
doadoras de grupos amino ocorrendo a formao de -aminocidos.
Assim como o catabolismo um processo convergente, o
anabolismo um processo divergente, principia com poucas molculas precursoras pequenas e a partir delas constri-se uma grande variedade de macromolculas.
As vias anablicas centrais tm muitas ramificaes que levam a
centenas de componentes celulares diferentes.
Cada um dos estgios principais no catabolismo e no anabolismo
em uma dada biomolcula catalisado por um sistema multienzimtico.
As transformaes qumicas consecutivas que ocorrem em cada
uma das rotas metablicas centrais do metabolismo so virtualmente idnticas em todas as formas de vida.
Exemplo: o catabolismo da D-glicose em cido pirvico realizado
atravs dos mesmos intermedirios qumicos e do mesmo nmero de reaes na maioria dos organismos vivos.
6. EXISTEM DIFERENAS IMPORTANTES ENTRE AS VIAS
CATABLICAS E ANABLICAS CORRESPONDENTES As vias catablica e anablica correspondentes e opostamente direcionadas entre uma dado precursor e um dado produto geralmente no so idnticas.
Elas podem usar intermedirios diferentes ou reaes enzimticas
diferentes nos passos intermedirios.
Exemplo: no fgado uma sequncia de 11 enzimas especficas
catalisa os passos sucessivos da degradao da glicose em cido pirvico.
Embora possa parecer lgico e econmico produzir glicose a partir
de cido pirvico por simples reverso de todos os passos enzimticos empregados na quebra da glicose, a sntese da glicose no fgado ocorre de maneira diferente.
Ela emprega apenas 9 dos 11 passos enzimticos usados na
degradao da glicose, os outros 2 passos so substitudos por um conjunto inteiramente diferente de reaes enzimticas e que ocorrem apenas na direo de sntese da glicose.
Pode parecer um desperdcio a existncia de duas vias metablicas
entre apenas dois pontos, uma catablica e outra anablica, mais existem razes importantes que justificam a existncia de ambas.
1 RAZO: A via tomada para a degradao de uma biomolcula
pode ser energicamente proibida para a biossntese da mesma.
A degradao de uma molcula orgnica complexa , usualmente,
um processo morro abaixo, ocorrendo com perca de energia livre, enquanto a sua biossntese um processo morro acima, requerendo o fornecimento de energia.
2 RAZO: As duas vias precisam ser reguladas de forma
independente.
Caso apenas uma via fosse usada reversivelmente em ambos os
sentidos a desacelerao da via catablica pela inibio de uma de suas enzimas desacelera tambm o processo biossinttico correspondente.
A regulao independente somente possvel quando as vias
opostas so completamente diferentes.
Quase toda as reaes metablicas so, em ltima instncia,
interligadas, pois o produto de uma reao enzimtica torna-se substrato da reao seguinte dentro das sequncias consecutivas de reaes.
De fato, podemos falar do metabolismo como sendo uma rede de
reaes catalisadas enzimaticamente, dotada de extrema complexidade.
Cada uma das vias centrais do metabolismo, anablica ou
catablica, pode ajustar sua velocidade de fluxo s necessidades do momento vivido pela economia celular.
Ainda mais, parece que tambm as reaes anablicas e
catablicas esto ajustadas para ocorrerem da forma mais econmica possvel, isto , com desperdcio mnimo de matria e energia.
7. O ATP TRANSPORTA ENERGIA DAS REAES CATABLICAS
AT AS REAES ANABLICAS
Molculas nutrientes complexas como a glicose contm muita
energia potencial devido ao seu alto grau de organizao estrutural.
Quando a molcula de glicose degradada por oxidao a seus
produtos finais simples e pequenos, CO2 e H2O, uma grande quantidade de energia livre torna-se disponvel.
A energia livre a forma de energia capaz de produzir trabalho sob
condies de presso e temperatura constantes.
Entretanto, se no houver alguma forma de capturar ou conservar a
energia livre liberada na ocasio da oxidao da glicose, ela aparecer apenas na forma de calor.
Uma grande parte de energia liberada da glicose e de outros
combustveis celulares durante seu catabolismo conservada pelo acoplamento da sntese de adenosina trifosfato (ATP) a partir de adenosina difosfato (ADP) e fosfato orgnico (Pi).
Essas substncias, ATP, ADP e Pi, esto presentes em todas as
clulas vivas e atuam como sistema transmissor de energia universal.
A energia qumica assim conservada na forma de ATP pode realizar
trabalho de quatro formas diferentes:
Pode prover a energia necessria para o trabalho qumico de
biossntese;
tambm a fonte de energia para a motilidade celular ou para a
contrao.
A energia do ATP tambm usada de forma engenhosa para
assegurar a acurada transferncia da informao gentica durante a biossntese do DNA, do RNA e de protenas.
8. O METABOLISMO CELULAR UM PROCESSO ECONMICO
ESTREITAMENTE REGULADO
O metabolismo celular parece operar de acordo com o princpio de
economia celular.
A velocidade global do catabolismo liberador de energia
controlada pelas necessidades celulares de energia na forma de ATP e de NADPH, e no pela simples disponibilidade ou concentrao de combustveis.
Muitos animais e plantas podem armazenar nutrientes fornecedores
de energia ou de tomos de carbono, tais como gorduras e carboidratos, entretanto, em geral, eles no podem armazenar protenas, cidos nuclicos, ou biomolculas fundamentais simples, que so produzidos quando necessrios e nas quantidades requeridas.
As sementes das plantas e as clulas-ovo so excees.
Freqentemente elas contm grandes quantidades de protenas armazenadas que serviro como fonte dos aminocidos necessrios para o crescimento dos embries.
As vias catablicas so muito sensveis, prontas a reagir s
flutuaes das necessidades energticas.
Os mecanismos reguladores das vias metablicas centrais;
particularmente daquelas que liberam energia na forma de ATP, so capazes de responder s necessidades metablicas de forma rpida e muito sensvel.
9. METABOLISMO SECUNDRIO
Como vimos, as vias metablicas centrais so aquelas nas quais os
grandes nutrientes celulares, carboidratos, gorduras e protenas so transformados.
Nestas vias centrais o fluxo de metablitos relativamente grande.
Existem, entretanto, outras vias metablicas nas quais o fluxo
muito menor, envolvendo a formao ou degradao de substncias em termos de apenas miligramas/dia.
Estas vias constituem o metabolismo secundrio das clulas,
envolvendo produtos especializados e requeridos por elas apenas em pequenas quantidades.
As vias secundrias levam as centenas de biomolculas altamente
especializadas como pigmentos , nucleotdeos, toxinas , antibiticos e alcalides. As vias metablicas secundrias esto envolvidas, por exemplo, na biossntese de coenzimas e hormnios utilizados, apenas, em microquantidades.
Embora tais substncias sejam muito importantes para a vida dos
organismos que as produzem e cada uma delas tem um propsito biolgico especfico, elas so sintetizadas por vias secundrias que nem sempre so conhecidas em detalhes.
10. NAS CLULAS AS VIAS METABLICAS SO
COMPARTIMENTALIZADAS
Sabemos que existem duas grandes classes de clulas: procariotos
eucariotos.
As clulas procariticas no contm compartimentos separados por
membranas internas, embora ocorra algum grau de segregao de certos sistemas enzimticos nas bactrias.
As clulas eucariticas incluem as clulas dos vegetais e animais
superiores, bem como as dos fungos, protozorios e algas superiores, que so muito maiores e mais complexas do que as clulas procariticas.
Nas clulas eucariticas as enzimas que catalisam as vias
metablicas esto frequentemente localizadas em uma organela ou compartimento especfico.
Vias metablicas diferentes ocorrem em diferentes locais das
clulas eucariticas.
Exemplo: toda a sequncia de enzimas responsvel pela converso
de glicose em lactato, em algumas clulas, est localizada no citossol, a poro solvel do citoplasma celular, enquanto que as enzimas do ciclo do cido ctrico esto localizadas nas mitocndrias, organelas onde tambm esto localizadas as enzimas do transporte de eltrons e aquelas responsveis pela conservao da energia de oxidao na forma de ATP.
Nas clulas eucariontes as reaes de oxidao dos intermedirios
carregadores de hidrognio, NADPH e FADH, isto na cadeia transportadora de eltrons, ocorre nas cristas mitocondriais; quando nas clulas procatticas ocorrem nos mesossomos.