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REDES DE COMPUTADORES

NOÇÕES DE REDES DE COMPUTADORES

1 - Introdução e Definição
Podemos dizer que temos uma rede de computadores a partir do momento em que
temos dois ou mais computadores ligados, por qualquer meio.
A palavra-chave para a definição de uma rede de computadores é compartilhamento.
Compartilhar os mais diversos recursos é a principal função de uma rede. Dois
computadores ligados em rede podem, por exemplo, compartilhar uma impressora ou
uma conexão com a internet.
Vamos a algumas definições:
• “Um conjunto de computadores autônomos interconectados por uma única
tecnologia. Dois computadores estão interconectados quando podem trocar
informações.” (TANENBAUM, 2003).
• “Sistema computadorizado que usa equipamentos de comunicação para conectar
dois ou mais computadores e seus recursos.” (CAPRON E JOHNSON, 2004).
• “Uma rede de computadores liga dois ou mais computadores de forma a possibilitar a
troca de dados e o compartilhamento de recursos(...)” (MEYER et. al., 2000).
As redes de computadores podem ser divididas em duas partes principais: parte física
e lógica. A parte física indica a organização e disposição espacial do hardware da rede,
organização essa conhecida como topologia física. A parte lógica abrange as regras
que permitem que os componentes de hardware trabalhem adequadamente quando
interligados; é a topologia lógica. Nesta aula estudaremos tanto a topologia física
quanto a topologia lógica das redes.
2 – Classificação
Não há, de forma rígida, uma única maneira de classificar as redes de computadores.
Entretanto, há duas classificações bem difundidas:
2.1 - Classificação por tecnologia de transmissão
2.1.1 - Links de difusão
Nas redes que utilizam links de difusão, todos os computadores conectados
compartilham o mesmo canal de comunicação.Mensagens enviadas por um
computador são recebidas por todos os outros. Quando uma mensagem chega, o
computador verifica se é o destinatário da mensagem. Ele faz isso lendo o campo de
endereçamento presente nos pacotes de dados que transitam na rede. Se um
computador recebe um pacote que não é destinado a ele, simplesmente o despreza; caso
contrário, o processa. Uma analogia pode ser feita com mensagens faladas em público. Por
exemplo, se alguém grita por nosso nome no meio de uma sala cheia de pessoas, todas
ouvem a mensagem, mas somente nós as processaremos adequadamente. Os sistemas de
difusão também podem endereçar um pacote a todos os destinos conectados. Quando isso
ocorre, temos o chamado broadcasting.
2.1.2 - Links ponto a ponto
As redes que utilizam links ponto a ponto são formadas por conexões entre pares de
máquinas. Para alcançar o seu destino, pode ser que um pacote necessite passar por
diversas máquinas intermediárias até encontrar a correta.
2.2 - Classificação por escala ou abrangência

2.2.1 – Redes pessoais ou PAN (Personal Área Network)


São redes voltadas à ligação de equipamentos para uma única pessoa. Exemplos são
redes sem fio que conectam um computador a um mouse, uma impressora e um PDA.
O termo PAN é um termo novo, que surgiu muito em função das novas tecnologias
sem fio, especialmente o Bluetooth, que permitem a ligação de vários equipamentos
que estejam separados por poucos metros. Por isso, e uma vez que nem todos os
autores consideram essa classificação, não devemos estranhar nem considerar errada
uma classificação que não inclua uma PAN entre outros tipos de rede.
2.2.2 – Redes locais ou LAN (Local Área Network)
São redes privadas restritas a um edifício, uma sala ou campus com até alguns poucos
quilômetros de extensão. Devido ao tamanho reduzido, as LANs possuem baixo tempo
de atraso (retardo). Além disso, o pior tempo de transmissão em uma LAN é
previamente conhecido.LANs tradicionais conectam-se a velocidades de 10 a 1000
Mbps(Megabits por segundo). LANs mais modernas podem alcançar taxas de 10Gbps.
Essas taxas indicam a velocidade máxima teórica com a qual os dados transitam na
rede. As LANs admitem diversas topologias, como veremos mais adiante.
RA DOS DEPUTADOS – INFORMÁTICA: TEORIA E EXERCÍCIOS
2.2.3 – Redes metropolitanas ou MAN (Metropolitan Área Network)
As MANs são redes que abrangem uma cidade. Normalmente são compostas por
agrupamentos de LANs, ou seja, há varias redes menores interligadas, como ilustrado
a seguir:

CONEXÃO ENTRE
LANs

LAN 1 LAN 2

MAN (Metropolitan Área Network)

2.2.4 Redes remotas, extensas, geograficamente distribuídas ou WAN (Wide Área Network)
Esses termos são equivalentes e se referem a redes que abrangem uma grande área
geográfica, como um país ou um continente. Devido à grande extensão, em geral possuem
taxa de transmissão menor, maior retardo e maior índice de erros de transmissão.

DISTÂNCIA LOCALIZAÇÃO EXEMPLO


1m Metro quadrado Pessoal
10 m Sala Lan
100 m Edifício Lan
1 km Campus Lan
10 km Cidade Man
100 km País Wan
1.000 km Continente Wan
10.000 km Planeta Internet

3 - Transmissão de Dados
Quando falamos em transmissão, estamos falando do envio de sinais de um ponto a
outro. Sinais podem ser analógicos, como os sinais de rádio e tv, ou digitais, como os
de computadores. Sinais digitais, que são os que nos interessam, são transmitidos por
sinais elétricos (ou ópticos) que assumem valores de tensão positivos ou negativos,
representando os nossos velhos conhecidos 0 e 1. Vejamos algumas características de
transmissão de dados.
3.1 - Sentidos de transmissão de dados
Existe uma classificação de transmissão de dados que diz respeito ao sentido que o
sinal de transmissão pode ter em um determinadomomento.
3.1.1 - Simplex
Exemplo: do Transmissor para o Receptor
televisão ou rádio.

3.1.2 - Half Duplex


A transmissão ocorre em dois sentidos, mas não simultaneamente.
O melhor exemplo dessa situação são rádios do tipo walk-talkie. Dois rádios desses
podem comunicar-se entre si, enviando e recebendo sinais, mas somente um de cada
vez.
3.1.3 - Full Duplex
A transmissão ocorre em dois sentidos simultaneamente.
Exemplo: redes telefônicas.
3.2 – Modos de transmissão
Existem dois modos de transmissão de dados: síncrono e assíncrono.
• Assíncrono - Nesse modo não há o estabelecimento de sincronia entre o transmissor
e o receptor. Dessa forma, o transmissor deve avisar que vai iniciar uma transmissão
enviando um bit, chamado de Start Bit. Quando termina a transmissão, o transmissor
envia um bit de parada, o Stop Bit.
•Síncrono - Nesse modo, a rede funciona baseada em um sinal de sincronização (sinal
de clock). Como transmissores e receptores estão sincronizados ao clock da rede, a
transmissão pode ser feita sem intervalos, sem que seja preciso indicar quando
começa e quando termina a transmissão.
3.3 – Problemas na transmissão de dados
Podem ocorrer alguns problemas durante um processo de transmissão de dados.
Dentre eles estão:
• Atenuação - À medida que um sinal “caminha” pelo canal de transmissão ele vai
perdendo potência. Chamamos de atenuação essa perda de potência. A atenuação de
um sinal pode ser corrigida utilizando equipamentos repetidores ou amplificadores de
sinal, que cumprem o papel de restabelecer o nível do sinal no caminho entre o
transmissor e o receptor.
•Ruído - Ruído é qualquer interferência sofrida pelo sinal, que possa causar sua distorção
ou perda, implicando em falha na recepção.
• Retardo - Também chamado de atraso, é a diferença entre o momento em que o sinal
foi transmitido e o momento em que foi recebido.

4 - Meios Físicos de Transmissão


Meios físicos de transmissão são os meios responsáveis pelo transporte dos sinais que
representam os dados em uma rede. Eles transportam um fluxo bruto de bits de uma
máquina para outra. Cada meio tem suas características de performance, custo,
retardo e facilidade de instalação e manutenção. Existem meios guiados e meios não-
guiados.
4.1 - Meios de transmissão guiados
Os meios de transmissão guiados abragem os cabos e fios. Para TANENBAUM(2003),
também são meios guiados os dispositivos de armazenamento magnético como fitas e
discos, pois podem ser conduzidos de um computador para outro. Entretanto, essa
classificação de fitas como meios guiados é uma classificação bruta de meios de
transmissão de dados, sem considerar precisamente o contexto de uma rede de
computadores.

4.1.1 – Cabo de par trançado


Consiste em dois fios de cobre envolvidos individualmente em uma camada plástica e
entrelaçados (trançados) entre si. São trançados para diminuir a interferência que
sofreriam se estivessem dispostos paralelamente. Essa interferência é chamada de
crosstalk, algo como o que convencionamos chamar de linha cruzada.
O uso mais comum desse tipo de cabo é o sistema telefônico. Atualmente, é
largamente utilizado nas redes de computadores, principalmente em função de seu
baixo custo.
Podem se estender por vários quilômetros, mas, nesse caso, há a necessidade da
instalação de repetidores, que são equipamentos responsáveis por pegar um sinal
fraco e restabelecê-lo. Um cabo par trançado pode conter um ou vários pares de fios
de cobre:

Cabo de Par Trançado

Existem conectores apropriados para cada tipo de cabo. No caso dos cabos de par
trançado, o conector utilizado é chamado de RJ-45. O RJ-45 é similar ao conector de
linha telefônica, só que maior, com mais contatos. A propósito, o conector de linha
telefônica se chama RJ-11. O RJ-45 é o conector apropriado para conectar um cabo
de par trançado a placas e outros equipamentos de rede.

Cabo de rede com conector RJ-45 e cabo telefônico com conector RJ-11.

Cabo crossover
Um cabo par trançado, com seus devidos conectores acoplados, tem uma forma
correta de disposição dos fios, na qual cada fio em uma extremidade do cabo
corresponde à mesma posição na outra extremidade. Um cabo crossover é um cabo
de par trançado que tem alguns de seus fios trocados em um dos conectores. Isso é
feito para que possamos ligar diretamente dois computadores, já que os cabos
normais são utilizados para ligar o computador a outros equipamentos como
hubs e switches.
Guardem isso: para ligar um computador a um hub ou switch, utilizamos um cabo
normal. Para ligar diretamente dois computadores, temos que utilizar um cabo
crossover.
4.1.2 - Cabo coaxial
Um cabo coaxial é um cabo cilíndrico com dois condutores no mesmo eixo, separados
por uma camada isolante. O condutor central é um fio de cobre pouco flexível. Em
volta dele há uma camada isolante. Em volta dessa camada temos uma malha de
cobre, chamada de blindagem de cobre. Por fim, em volta da blindagem de cobre, há
a camada externa de proteção e isolamento. Devido à essas características estruturais, os
cabos coaxiais possuem excelente imunidade a ruído.
Os cabos coaxiais eram muito utilizados em sistemas de telefonia de longa distância, mas vêm
sendo substituídos por cabos de fibra óptica. Atualmente os cabos coaxiais são muito usados
por companhias de TV a cabo, que costumam utilizar sua estrutura física também para
prover conexão de alta velocidade à internet.

4.1.3 – Fibra óptica


A primeira coisa a notar em um cabo de fibra óptica é que eles não conduzem sinais
elétricos, mas pulsos de luz. Em uma extremidade do cabo, há um transmissor que emite
pulsos de luz. Os pulsos trafegam pelo cabo até chegar ao receptor, onde são convertidos
para sinais elétricos. Essas transmissões são unidirecionais. Na transmissão de pulsos de
luz, um pulso indica um bit 1 e a ausência de pulso indica um bit 0. Uma característica
importante dos cabos de fibra óptica é que os pulsos podem se propagar por muitos
quilômetros sem sofrer praticamente nenhuma perda. Fisicamente os cabos de fibra
óptica são parecidos com os cabos coaxiais. São compostos por um núcleo de vidro
envolvido por um revestimento (cladding) também de vidro. Esse revestimento é
responsável por não deixar a luz sair do núcleo. Externamente a isso,há uma camada
de plástico protetora.

Algumas características da fibra óptica


• Baixa atenuação. Só necessita de repetidores a cada 50Km (O cobre necessita a 5Km).
• Imunidade a interferências eletromagnéticas.
• Dimensões e peso reduzidos. Suas dimensões reduzidas possibilitam expandir a estrutura de
cabeamento sem que seja necessário aumentar os dutos de passagem dos cabos já
existentes. Mil cabos de par trançado com 1Km de comprimento pesam oito
toneladas. Duas fibras ópticas pesam 100Kg e têm a mesma capacidade de
transmissão.
• A transmissão é mais segura por não permitir (ou dificultar muito) a interceptação,
aumentando a segurança contra escutas e grampos.
4.2 – Meios não guiados – Transmissão sem fio
Os meios de transmissão de dados não guiados são os que envolvem o chamado
espectro eletromagnético, permitindo o tráfego de dados sem fios.
As características das transmissões feitas por espectros eletromagnéticos variam em
função da freqüência utilizada. Numa escala crescente de freqüência, temos as ondas
de rádio, as microondas e o infravermelho.
Ondas de rádio são omnidirecionais, ou seja, viajam em todas as direções, o que
significa que não é necessário um alinhamento perfeito entre transmissor e receptor.
De forma distinta, as microondas trafegam praticamente em linha reta. As ondas de
infravermelho por sua vez são muito utilizadas em comunicações de curta distância,
como em controles remotos, celulares e PDAs, por exemplo. Também podem ser
utilizadas em redes locais sem fio. Ondas de infravermelho não atravessam objetos
sólidos. Essa característica é por um lado limitante, entretanto pode ser aproveitada
para aplicações que exijam mais segurança. Uma transmissão de dados por ondas de
rádio pode ser facilmente interceptada em uma sala ao lado, o que não ocorre em
uma transmissão que utilize ondas infravermelhas.

5 - Redes Locais
As tecnologias adotadas pelas redes locais são de fundamental importância, pois nas
extremidades das grandes redes, normalmente encontramos pequenas redes locais.
Começaremos o estudo das redes locais analisando as topologias físicas que elas
podem adotar.

5.1 – Topologias físicas


As topologias de rede dizem respeito à maneira com que os seus componentes ligam-
se entre si, qual o leiaute que utilizam. É importante notar que essas topologias dizem
respeito a redes locais (LANs).
5.1.1 – Topologia Barra ou barramento
Nessa topologia todos os computadores são ligados por um cabo central.

Topologia Barra ou Barramento


Características:
• Utiliza link de difusão transmitindo os dados para todos os computadores conectados.
É proveitoso lembrar que os Barramentos das placas-mãe também possuem essa
característica. A semelhança na nomenclatura não é coincidência.
• Não há interdependência entre os computadores conectados. Se um computador
apresentar problemas, a rede continua operante.
• Está sujeita a erros quando dois computadores querem transmitir dados ao mesmo
tempo, situação na qual ocorre colisão entre os dados.
• É fácil de implementar e de expandir.
• A performance diminui com o acréscimo de computadores à rede (devido ao aumento
de colisões).
5.1.2 – Topologia Estrela
Topologia na qual os computadores estão conectados através de um nó central (hub
ou switch).

Topologia Estrela

Características:
• Todos os dados passam pelo nó central. Se houver falha nesse nó, toda a rede pára
de funcionar.
• A falha de um dos computadores conectados não interfere no funcionamento do
restante da rede.
• É fácil de implementar e de expandir.

5.1.3 - Topologia Anel


É a topologia na qual os computadores ligam-se par a par, utilizando links ponto a
ponto. Nessa topologia, quando um dos nós envia uma mensagem, ela será
processada em cada computador da rede. Se o computador não é o destinatário da
mensagem, ele a repassa ao próximo computador até que ela chegue ao destino final.

Topologia Anel
Características:
• A transmissão de dados se dá de forma unidirecional.
• Se um dos computadores falhar, a rede pára de funcionar (apesar de haver algumas
exceções para isso, que não convém analisarmos).

5.2 - Padrões de LAN – Topologia lógica


Padrões de LAN dizem respeito às regras para transmissão dos dados em uma rede
local, o que chamamos de topologia lógica. Existem vários padrões de LAN
designados pela IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers). Em comum,
eles têm o fato de começarem com o número 802, seguido de outro número. A rede
local mais popular é a Ethernet ou 802.3. Recentemente outro padrão de rede local
está ganhando popularidade, a LAN sem fio, ou 802.11.
Entre esses dois padrões, surgiram outros. Faremos agora um breve estudo sobre
alguns desses padrões.
5.2.1 - Ethernet – 802.3
A Ethernet foi criada por Bob Metcalfe, um estudante americano (bacharel pelo M.I.T e
Ph.D em Harvard) que trabalhava em um centro de pesquisa da Xerox. Metcalfe se
uniu a um colega, David Boggs, e, baseado em um trabalho anterior feito por
pesquisadores havaianos, juntos projetaram e implementaram a primeira rede local em
1976. Batizaram-na de Ethernet. O meio de transmissão utilizado pela rede era um
cabo coaxial de 2,5Km com repetidores a cada 500 metros. Essa primeira Ethernet
funcionava a 2,94Mbps. Com a ajuda de outras empresas, ela evoluiu para uma
versão de 10Mbps. Essa versão então se tornou o padrão IEEE 802.3. Metcalfe, o
estudante que idealizou o padrão, saiu da Xerox e montou sua própria empresa, a
3Com, para fornecer adptadores Ethernet para PCs. Durante esse tempo a Ethernet
não parou de se desenvolver. Há versões de 100Mbps (Fast Ethernet), 1.000Mbps
(Gigabit Ethernet) e velocidades ainda mais altas. Os PCs mais modernos já contam
com adaptadores de rede Ethernet que atendem ao padrão Gigabit. Esses padrões
possuem compatibilidade reversa, ou seja, um adaptador Ethernet Gigabit consegue
se comunicar com os padrões de 100 ou10 Mbps. Atualmente é muito difícil encontrar
uma rede Ethernet que utilize cabos coaxiais. A gigantesca maioria utiliza cabos de
par trançado, com conectores RJ-45, conectados a hubs.
5.2.2 - Topologia lógica X topologia física
É importante notar que a Ethernet é uma tecnologia de rede local (ou topologia lógica)
em barra ou barramento. Como a topologia lógica diz respeito ao modo como os
dados são transmitidos e recebidos e não ao modo como os equipamentos estão
dispostos, podemos verificar redes Ethernet montadas fisicamente com topologia
estrela. Nesse caso, dizemos que a topologia lógica é barramento e a topologia física é
estrela ou que a topologia lógica é Ethernet e a física é estrela. Vamos entender isso
melhor. Uma rede Ethernet utilizando um cabo coaxial central tem topologia lógica e
física em barramento. Quer dizer: internamente ela funciona como um barramento,
disseminando os sinais para todos os computadores da rede e visualmente ela tem a
formação clássica da topologia em barramento:

Ethernet original: topologia lógica e física em barramento

As redes Ethernet atuais praticamente só utilizam cabos de par trançado. Para


conectar todos os computadores entre si, utilizamos hubs. A função do hub é simples: ele
pega o sinal que recebeu de um computador e o reenvia para todas as portas. Quem
estiver
conectado vai receber o sinal, ou seja, comportamento interno (lógico) de
barramento. Contudo, a disposição e a montagem dos computadores obedecem à
topologia de estrela, com o hub fazendo o papel de nó central. Dizemos então, que a
topologia lógica é em barramento (ou Ethernet) e a física em estrela.
Ethernet moderna
Topologia lógica em barramento e física em estrela.

5.2.3 – LAN sem fio – 802.11


Já vimos um pouco sobre o padrão 802.11 na aula de hardware. Esse padrão de rede
local é também conhecido como wi-fi, que, a propósito, não tem nada a ver com
wireless fidelity, como muitos imaginam.
A primeira consideração a fazer é que a 802.11 é um padrão, o que significa que dois
computadores que possuam adaptadores 802.11 podem se comunicar sem o uso de
fios. Situação contrária ocorre com dispositivos sem fio que possuem regras próprias
de comunicação, como mouses e teclados sem fio proprietários, por exemplo.
O padrão 802.11 foi projetado para funcionar de dois modos: com ou sem estação
base.
5.2.3.1 - Com estação base.
O funcionamento com uma estação base, também chamada de ponto de acesso (Access
Point), faz com que toda a comunicação passe obrigatoriamente pelo ponto de acesso.
Normalmente o ponto de acesso conecta-se a uma rede fixa, mas isso não é
necessário para que a rede funcione.

Conexão com
Rede Física

LAN sem fio com estação base

5.2.3.2 - Sem estação base.


Funcionando sem uma estação base, os computadores transmitem dados uns para os
outros diretamente, o que é conhecido como modo ad hoc.

LAN sem fio em modo ad hoc


Na época da padronização do 802.11, decidiu-se que, pelo fato de a Ethernet já estar
muito popular, as LAN sem fio deveriam ser compatíveis com o padrão Ethernet. Isso,
na verdade, significa que a interconexão entre essas redes deve ser possível.
Podemos, por exemplo, ter um ponto de acesso ligado a uma rede Ethernet e todos
os computadores, tanto da Ethernet quanto da rede sem fio poderão se comunicar.
O primeiro padrão 802.11 funcionava a 1 ou 2Mbps, mas rapidamente foi obrigado a
evoluir nesse sentido. Isso resultou em outros padrões (ou subpadrões):
• 802.11a: utiliza uma faixa de freqüência mais larga (5GHz) que o 802.11 e atinge
velocidades de 54Mbps
• 802.11b: utiliza a mesma faixa de freqüência do 802.11 (2,4GHz), mas emprega
técnicas que possibilitam que sua velocidade atinja 11Mbps.
• 802.11g: utiliza a mesma faixa de freqüência do 802.11b e as técnicas do 802.11a, com
velocidade de 54Mbps
Observação: grande parte dos adaptadores de rede sem fio atuais é compatível com qualquer
um desses três padrões, mas a compatibilidade mais comum é entre os padrões 802.11b e
802.11g, por utilizarem a mesma freqüência.

5.2.3.3 - Relação entre computação móvel e comunicação sem fio


É comum as pessoas confundirem computação móvel com comunicação sem fio.
Embora computadores móveis e redes sem fio estejam estreitamente ligados, eles não
se confundem. Computação móvel é aquela que praticamos utilizando notebooks e
PDAs. Umcomputador móvel pode perfeitamente se conectar a uma rede fixa, com fio.
Da mesma forma, computadores de mesa podem se comunicar com outros computadores
utilizando comunicação sem fio. O mais importante aqui é definir o campo de atuação
de cada um. Computadores móveis são úteis quando queremos processar dados com
mobilidade, como, por exemplo, trabalhando com um notebook em um quarto de
hotel, durante uma viagem a negócios. Se conectamos esse notebook à rede fixa do
hotel, teremos computação móvel em uma rede fixa. Por outro lado, a comunicação
sem fio nos dá a possibilidade de compartilhar recursos com outros computadores
sem que para isso tenhamos que necessariamente instalar uma rede fixa de cabos e
equipamentos. Um exemplo de caso em que a comunicação sem fio pode ser útil para
computadores não portáteis é em ambientes onde o cabeamento apresente
dificuldades, como em um prédio antigo. O melhor do mundo portátil é obviamente
obtido ao juntarmos um computador móvel com uma rede sem fio. Exemplos de
aplicações com essas características são: uso de notebooks em hot spots (áreas de
alcance de rede sem fio) em aeroportos, restaurantes e cafés; uso de um PDA para
registrar estoque em uma loja; uso de um PDA para registrar pedidos em um
restaurante etc.

COMPUTAÇÃO REDE APLICAÇÕES


FIXA FIXA Desktops em escritórios
MÓVEL FIXA Notebook em quarto de hotel
FIXA SEM FIO Desktops em edifícios que não dispõem de cabeamento
PDA registrando estoque em uma loja ou pedidos em
MÓVEL SEM FIO
um restaurante
Combinações de rede sem fio e computação móvel. Baseado em TANENBAUM(2003,p.11)

Para encerrar o tópico de redes sem fio, deixo-os com uma frase de um dos principais
autores do tema rede de computadores, Andrew S. Tanenbaum: “É provável que o 802.11
faça pela internet o que os notebooks fizeram pela computação: torná-la móvel”.
6 - Equipamentos de Redes

6.1 - Adaptador de rede


Já estudamos superficialmente os adaptadores de rede (ou placas de rede) na aula de
hardware. Na ocasião, vimos que placas de rede são placas de expansão que se
encaixam em slots nas placas-mãe. Entretanto, atualmente, é cada vez mais comum
que os adaptadores de rede sejam do tipo on-board, ou seja, seus circuitos já vêm
integrados aos circuitos da placa-mãe. As placas de rede são também conhecidas
como Placas de Interface de Rede (NIC – Network Interface Card). Seja em forma de
placa de expansão, seja na modalidade on-board, um adaptador de rede sempre vai
disponibilizar um ou vários conectores para conexão à rede. Na figura seguinte, temos
uma placa de rede padrão Ethernet que dispõe de um conector BNC (para cabos
coaxiais) e um RJ-45(para cabos de par trançado).

Placa de rede Ethernet com conectores RJ-45 e BNC

Placa de rede padrão 802.11

As placas de rede são equipamentos destinados a conectar um computador a uma rede


local. Toda placa é fabricada com um número exclusivo conhecido como endereço MAC
(MAC Address). Esse endereço é representado por 6 números hexadecimais separados
por dois pontos “:”. Um número hexadecimal é um número que sozinho consegue
representar dois bytes. Um exemplo de endereço MAC é: 00:0F:B0:4E:B6:10
Adaptadores Ethernet de 100Mbps são chamados de adaptadores Fast Ethernet. Os de
1Gbps são chamados de Gigabit Ethernet. Adaptadores Ethernet normalmente podem
trabalhar em modo half-duplex ou full-duplex, configuráveis. Além disso, os padrões
diferentes são retroativamente compatíveis, ou seja, um adaptador gigabit consegue
trabalhar em uma rede com adaptadores Fast. Nesse caso, a velocidade é sempre a
mais baixa. Um outro detalhe importante é que em um mesmo micro podemos ter
vários adaptadores de rede. Em alguns notebooks , por exemplo, há dois adaptadores,
um Ethernet e um 802.11.

6.2 - Repetidores
Repetidores (repeaters) são equipamentos utilizados para amplificar um sinal que,
devido à distância da transmissão, esteja atenuado. São utilizados tanto em meios
guiados, como os cabos, como em meios não guiados, como as ondas de rádio. Não
fazem nenhuma alteração nos dados que repetem, tratam-nos apenas como bits
brutos. Não conhecem pacotes, datagramas ou cabeçalhos, somente volts.
6.3 – Hub
Um hub é um concentrador de cabos em uma rede com topologia física em estrela,
fazendo o papel de nó central. Fisicamente é uma caixa com várias pontos de conexão
dos cabos (portas). Um sinal que chega por um cabo é transmitido a todas as outras
portas, comportando-se, na prática, como um barramento. Se chegam dois quadros
num mesmo instante, ocorre uma colisão entre eles, tal qual ocorreria em uma
Ethernet clássica utilizando um cabo central. Todas as linhas do hub devem trabalhar
na mesma velocidade. Existem hubs passivos, ativos e inteligentes.
Hubs passivos simplesmente recebem e enviam dados. Nos hubs ativos há também a
regeneração dos sinais. Hubs inteligentes fazem gerenciamento de conexões,
identificando problemas e isolando as conexões problemáticas. Alguns hubs têm uma
porta chamada Uplink. Ela é utilizada para ligar hubs entre si. Isso é feito para que a
quantidade de portas disponíveis na rede seja aumentada. Mesmo sem essas portas,
hubs podem se conectar entre si utilizando cabos crossover, que são aqueles cabos de
par trançado com a inversão de alguns fios no conector. O funcionamento de uma
rede local com vários hubs é o mesmo de uma rede com um só hub, ou seja, funciona
como um só barramento, transmitindo os dados para todos os hosts conectados.

Uma LAN utilizando dois hubs conectados entre si.


Comportamento de um único barramento.

Hub com 4 portas RJ-45 “normais”, 1 porta RJ-45 Uplink e 1 porta BNC.

6.4 – Switches
Switches (Switch, no singular) são equipamentos que possuem características de hubs
e de pontes. Fisicamente são parecidos com hubs, pois possuem várias portas para
conexão de cabos de rede. Logicamente trabalham como pontes, pois baseiam o
roteamento nos endereços dos quadros de dados. Por suas características, podemos
encontrar switches ligando diversas LAN, separando seus segmentos, bem como
podemos encontrá-los conectando-se diretamente aos computadores de uma só LAN,
situação esta que é mais comum. Uma boa idéia é imaginar o switch como um
equipamento com diversas pontes integradas internamente. Uma vez que podem conectar
diversos computadores diretamente (um em cada porta), podemos dizer que cada
porta de um switch é seu próprio domínio de colisão. Quer dizer, um switch não perde
quadros por conseqüência de uma colisão. Por esse motivo, uma LAN conectada
através de um switch possui desempenho superior à mesma LAN conectada através
de um hub.
Switches

6.6 - Roteadores
Roteadores são equipamentos responsáveis pelo encaminhamento dos pacotes de
dados que transitam na inter-rede. Eles recebem os quadros provenientes da camada
inferior, retiram o pacote que está “dentro” do quadro e, a partir do endereço IP de
destino contido no pacote, decidem qual a melhor linha de saída para o pacote chegar
ao seu destino.
Um pacote pode passar por diversos roteadores até chegar ao seu destino. Cada vez
que isso acontece, dizemos que ocorreu um salto (hopp). Para descobrir o melhor
caminho para os pacotes, os roteadores utilizam protocolos de roteamento. Os
roteadores normalmente estão localizados nas companhias de telecomunicações.

Roteadores

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