Vous êtes sur la page 1sur 2

Somos Santos?

- por René Burkhardt | 15 de Agosto de 2010

“Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.16)

Quanta coisa se tem feito por causa dessa ordem. A religião arrancou essa passagem do
contexto bíblico e a aplica das piores formas possíveis, sempre impingindo ao homem o fardo
de obedecê-la integralmente, a despeito de sua [do homem] incapacidade para tanto.
Verdade é, que essa ordem foi dada ao homem e deve ser cumprida, mas, como em todas
as coisas ligadas ao nosso relacionamento com Deus, é o próprio Senhor que nos aponta o
caminho a ser trilhado e nos capacita, no Espírito Santo, a alcançar a meta, se quisermos.

Jesus se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si
mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras. E boas obras, para
que assim sejam consideradas, são o resultado do amor que enche a pessoa, a ponto de não
poder mais ser contido e explodir em atitudes santas e santificadas, para com Deus e para
com as outras pessoas. Elas nunca podem ser fruto da intenção racionalizada de se cumprir
uma ordem. Quando dizemos: “Faço o bem e elimino meus pecados, porque a Palavra de
Deus determina isto!”, na verdade, agimos como os fariseus, que pensam garantir sua
salvação através do cumprimento da lei. Transformamos a Graça em Lei!

O que fazemos, nesse caso, é cuidar da aparência! Dizemos: “Não fumo, não bebo, não me
drogo, não adultero, não sou assassino, não sou pedófilo, não sou homossexual, falo baixo,
me domino em tudo, não vou a festas, não assisto nem vou ao futebol, não assisto televisão,
vou sempre à igreja e faço tudo o que a Palavra de Deus manda!”. Sobrou alguma coisa para
o Senhor operar em nós, a fim de Ele nos purificar para Si mesmo? Com esse discurso, o que
realmente estaríamos dizendo é: “Não tenho pecado. Graças Te dou, meu Deus, porque eu
não sou como esses outros, que fazem essas coisas!”. Mas, se afirmarmos que não temos
cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

E o Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração. É


possível que alguém não faça nenhuma dessas coisas, na sua própria força. Por fora, esse
alguém aparenta uma vida piedosa. No entanto, o seu interior está cheio de ódio pelas
pessoas que tais coisas fazem. A todo momento, essa pessoa condenará às outras, porque
elas não se esforçam para atingir esse padrão de “santidade” que ela atingiu, com o seu
esforço. Ela sempre olha as outras pessoas de cima para baixo, como se ela fosse um ser
humano melhor, perfeito, ainda que diga, da boca para fora, “Não sou perfeito! Também
tenho meus pecados!”. Ela só diz isto, para não transgredir a “lei” de que não podemos
afirmar que não temos pecado. Vemos uma pessoa dessas e a consideramos “santa”, porém,
o Senhor sabe que o seu coração é enganoso, mais do que todas as coisas, e
desesperadamente corrupto. Não tem amor!

O nosso Deus Pai e Criador nos indicou a forma para chegarmos à santidade que Ele requer
de nós: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos
pecados e nos purificar de toda injustiça”. Não sou pedófilo, mas devo confessar:
“Senhor, sou homem e, enquanto estiver neste corpo carnal, estarei suscetível a cometer
esse erro pavoroso. Não sou melhor do que as pessoas que caíram nesse erro, Senhor, por
isto, não me deixe cair em tentação e livra-me do mal”. Não sou assassino, mas devo
confessar a mesma coisa! E assim devemos fazer com todas as maldades que brotam em
nosso coração, porque do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios,
as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. E são essas coisas
que tornam o homem impuro, não-santo!

Assim também é, quando nos aproximamos do Senhor, ainda cansados e sobrecarregados


de erros, atendendo ao Seu chamado. Devemos ter a confiança de estarmos assentados nos
lugares celestiais, em Cristo Jesus, santificados por Ele, através do Espírito Santo, que milita
contra nossa carne, para que não façamos o que, porventura, for de nossa vontade. E isto
não acontece em um passe de mágica! É gradual! Todos os dias somos ensinados pelo
Senhor! Todos os dias somos santificados por Ele, para que sejamos apresentados perante
ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permanecemos nessa fé, alicerçados e
firmes. Com essa fé, de que é Ele quem nos purifica, e com a confissão sincera da nossa
fraqueza e da nossa impossibilidade de nos aperfeiçoarmos, o Espírito de Cristo nos mostra o
caminho a seguir, luta contra nossa carne, age nas circunstâncias, para que não sejamos
tentados além de nossas forças, e coloca o Seu amor em nosso coração, a fim de que ele
seja capacitado a ver às outras pessoas, como o Senhor as vê, em amor, além de não
pensarmos mais do que convém, a nosso próprio respeito.

Mas a Palavra de Deus não está cheia de recomendações para que abandonemos o pecado?
Sim, está! Mas, se isto fosse possível, na nossa própria força, Jesus não precisaria ter-Se
dado em sacrifício por nós. Ele veio, como Cordeiro de Deus, exatamente por não nos ser
possível a auto-santificação! E essa é a mensagem central do Evangelho: arrependimento de
obras mortas! Isto significa nos conscientizarmos da nossa incapacidade de alcançar, pelo
nosso esforço, a santidade, sem a qual ninguém verá a Deus. Essa consciência nos leva a
confessarmos a nossa fraqueza a Deus e a entregarmos nossa vida em Suas mãos,
confiando que Jesus é, realmente, o único Caminho para nos chegarmos a Deus. E esse
Caminho, somente Ele, é a nossa sabedoria, nossa justificação, nossa santificação e nossa
redenção! Aplicar isto à nossa vida é obedecer aos mandamentos para deixar o pecado.

"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem
amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se
amarem uns aos outros" (Jo 13.35). É expressando amor, que nos tornamos discípulos de
Jesus. “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês
venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus
e bons e derrama chuva sobre justos e injustos (Mt 5.44.45). É expressando amor, que nos
tornamos filhos de Deus. Como ter esse amor, se do nosso coração só saem coisas ruins?
Simples: reconhecendo que somos maus, a despeito de nosso esforço em parecermos ser
santos! É diminuirmos, para que Cristo cresça em nós. E diminuir, aqui, significa pararmos
de achar que somos capazes de fazer alguma coisa boa em nós mesmos.

É termos esta consciência: “O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a
força do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73:26). É para o Senhor, que
estamos de pé, ou caímos. Mas estaremos de pé, pois o Senhor é poderoso para nos
sustentar. Isto é a Graça de Deus, que, através do amor, encravou a Lei na Cruz. Isto é
andar no Espírito. Nós, que amamos a Jesus Cristo, devemos romper definitivamente com os
mandamentos e ensinos humanos, do tipo: "Não manuseie!", "Não prove!", "Não toque!".
Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa
humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da
carne. Só Jesus é a nossa santificação!

Extraído de http://kasteloforte.blogspot.com/2010/08/somos-santos.html

Vous aimerez peut-être aussi