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O JOGO DA LOGÍSTICA
Resumo
Este artigo apresenta uma tecnologia para o ensino da Logística. Trata-se de um jogo de tabuleiro, com cartas,
dados e peças. Seu objetivo é simular o planejamento e a operação da distribuição, conciliando aspectos lúdicos
de um jogo com grande detalhamento e complexidade para a aplicação de conceitos e ferramentas da logística.
Os elementos do jogo são apresentados em detalhes, bem como sua dinâmica, desde a etapa inicial até a etapa
final, de modo a detalhar um grande repertório de problemas de natureza logística aos quais os jogadores são
submetidos e devem resolver. Comentários das situações vivenciadas em aula são feitos e sugestões para
aperfeiçoamento desta tecnologia encerram o trabalho.
Palavras chave: Logística Empresarial, Gestão de Operações, Estratégia, Ensino e Pesquisa em Administração,
Jogos de Empresas.
1. INTRODUÇÃO
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ANAIS
2. METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO E JOGOS DE EMPRESA
Gomes (2006) afirma que os métodos de ensino podem ser conceituados como
métodos ativos e passivos. O termo metodologia ativa de ensino se opõe às metodologias
passivas de ensino, que têm como símbolo máximo a aula expositiva. No caso da aula
expositiva e nas demais metodologias passivas, o aluno tem um papel secundário no processo
de ensino-aprendizagem, pois toda a atenção é dada ao professor que assume o papel
principal, ao passo que as metodologias ativas o aluno assume posição central, sendo o
principal agente no seu processo de aprendizagem.
São exemplos de metodologias ativas de ensino: o método do caso, simulações, ensino
baseado em problemas, jogos e role playing; são exemplos de metodologias passivas de
ensino: aulas expositivas, palestras, conferências, leituras e vídeos.
Segundo Sauaia (2006) os jogos de empresa representam um método educacional cuja
principal característica é prover uma dinâmica vivencial que guarda grande semelhança com o
ambiente empresarial. Propicia grande interação entre os colegas de grupo, que assumem
papeis gerenciais complementares, discutindo idéias e tomando decisões.
Tanabe (apud SANTOS, 2003) define jogo de empresa como o exercício seqüencial de
tomada de decisões, estruturado em torno de um modelo de uma situação empresarial, na qual
os participantes se encarregam da tarefa de administrar a empresa simulada.
Segundo Santos (2003) os jogos de empresas são abstrações matemáticas
simplificadas de uma situação relacionada com o mundo dos negócios. Os participantes do
jogo, individualmente ou em equipes, administram a empresa como um todo ou parte dela,
através de decisões seqüenciais. Os jogos de empresas também podem ser definidos como um
exercício de tomada de decisões em torno de um modelo de operação de negócios, no qual os
participantes assumem o papel de administradores de uma empresa simulada.
É nesta perspectiva que o presente trabalho se insere, apresentando o Jogo da
Logística, uma tecnologia desenvolvida para o ensino da Logística Empresarial que assume
todos os elementos reconhecidos num jogo de empresas e que confere uma dinâmica ativa em
sala de aula, bem diferente das aulas expositivas, possibilitando o máximo envolvimento e
participação dos alunos além de desenvolver habilidades e atitudes que dificilmente são
desenvolvidas em aulas expositivas.
3.1. O TABULEIRO
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Y
55
50
Jales Fernandópolis
Eventos
aleatórios
São Joaquim
Votuporanga
Barretos da Barra
SP 320
Franca
SP 345
SP 463 São José SP 425
45
do Rio Preto
SP 461 SP 330
Andradina SP 334
SP 326
SP 310
Araçatuba Catanduva
40 BR 153
SP 563
SP 300
Ribeirão Preto
SP 541 SP 333
Dracena SP 333
Adamantina SP 425
SP 065
Lins BR 381
35 SP 294
SP 321
Araraquara
Tupã São João da
SP 255 SP 215
Boa Vista
Presidente
SP 330
Prudente São Carlos
SP 294 SP 225
30
Marília Jaú SP 310
3/16
SP 270 Rio Claro
SP 333
SP 340
Bauru
SP 300
SP 225 SP 191
Limeira Cruzeiro
ANAIS
SP 127
Assis
BR 116
SP 327
SP 280 SP 304 Bragança
25 Ourinhos SP 255 Guaratinguetá
Piracicaba SP 330 Paulista
SP 327
SP 147
Botucatu Campinas
São José
SP 075
1. INÍCIO SP 065
dos Campos
Avaré BR 381
Taubaté
SP 280
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75
X
padrão de demanda diferente. Não há uma regra rígida que definiu quais cidades pertencem a
indicando a categoria desta cidade, que pode ser A, B ou C. Cada categoria de cidade terá um
Observe que as cidades têm o contorno do município preenchido de três tonalidades
ANAIS
cada categoria, houve apenas uma classificação segundo o PIB per capta da cidade e sua
importância regional. Cidades com PIB per capta inferior a 10.000 reais ao ano foram
incluídas na categoria C. Cidades com PIB per capta superior a 10.000 reais ao ano foram
incluídas nas categorias A ou B.
Também há no tabuleiro algumas figuras adicionais que detalham a seqüência das
etapas e espaços para colocar as cartas de eventos aleatórios, veículos e produto.
A seqüência do Jogo da Logística é apresentada no canto superior direito do tabuleiro,
na forma de um fluxograma que apresenta as principais fases do jogo. Mais detalhadamente,
no canto inferior esquerdo do tabuleiro, há um quadro que detalha cada uma das fases nas
suas principais atividades constituintes.
3.2. AS CARTAS
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ANAIS
semanal deste cliente, tal como mostra a figura 2, onde há o número 3 acima da figura dos
dados.
Clientes da categoria A jogam três dados para determinar sua demanda semanal em
unidades de produto paletizado. Clientes da categoria B jogam dois dados e clientes da
categoria C jogam apenas um dado para determinar sua demanda semanal em unidades de
produto paletizado.
Assim como a base de clientes é sorteada por meio de cartas, o produto a ser
distribuído também é definido por meio de sorteio de uma carta do baralho de produtos,
porém, o número de produtos que compõe o baralho de produtos é de apenas seis. A figura 3 a
seguir ilustra uma carta de um produto.
As informações contidas nas cartas dos produtos dizem respeito as suas características
físicas, características de mercado, características do fornecedor e algumas informações
adicionais sobre condições de empilhamento, armazenagem e nível de segurança exigido.
As características físicas compreendem as informações da dimensão e do peso do
produto, além do número de unidades contidas no produto unitizado (que no caso do produto
exibido na figura 3 é um pallet).
As informações das características físicas são fundamentais para se determinar o
número máximo de produtos transportados num veículo.
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ANAIS
As características de mercado compreendem informações sobre o preço de cada item,
sobre o custo do estoque e da falta de cada item. As características do fornecedor
compreendem informações sobre o custo fixo de um pedido de reposição, sobre o pedido
mínimo e sobre o padrão de entrega do fornecedor.
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ANAIS
3.2.3. CARTAS DOS VEÍCULOS
O produto sorteado deverá ser entregue aos clientes na quantidade determinada pelo
sorteio dos dados. Esta operação de entrega é feita utilizando um veículo. O veículo não é
sorteado, mas sim escolhido pela equipe.
São cinco opções de veículos: furgão, toco, truck, semi-reboque e duplo semi-reboque,
cada qual com características técnicas/desempenho e características de mercado diferentes,
que exigirá das equipes participantes grande poder de análise para selecionar a melhor opção
e o número de veículos adequado. A figura 5 a seguir apresenta em detalhe a carta do veículo
‘tipo semi-reboque’, e a figura 6 apresenta, em menor detalhe, as demais cartas dos veículos.
As características técnicas/desempenho agrupam informações como: capacidade útil
(peso e cubagem), capacidade no tanque de combustível e rendimento, quantidade de óleo
necessária e intervalo de troca de óleo, número e tipo de pneus e intervalo de troca de pneu,
velocidade média, intervalo para revisão mecânica, lubrificação, recapagens e tempo de
depreciação.
As características de mercado informam: preço do veículo novo e usado, valor do
seguro, dos impostos, do salário do motorista, do preço do pneu e da recapagem, do litro de
óleo lubrificante e do óleo combustível, da jornada de trabalho do motorista, o percentual de
encargos trabalhistas e taxa de juro praticado no mercado. Estas informações fornecidas pela
carta do veículo são fundamentais para se calcular quanto custa usar este veículo a cada
quilômetro rodado e a cada hora de uso.
Outra informação relevante que as cartas dos veículos fornecem é o tempo total de
parada, representado pelo tempo circunscrito no círculo ao lado da figura da empilhadeira.
Este tempo inclui as operações de carregamento, descarregamento, manobra do veículo no
pátio do cliente, verificação e acerto de documentação.
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1 2 3 5
Ficha do Veículo Ficha do Veículo Ficha do Veículo Ficha do Veículo
Veículo tipo: FURGÃO Veículo tipo: TOCO Veículo tipo: TRUCK Veículo tipo: DUPLO SEMI REBOQUE
Características Técnicas / Desempenho Características Técnicas / Desempenho Características Técnicas / Desempenho Características Técnicas / Desempenho
Capacidade útil: 3 ton/13 m3 Velocidade Média: 120 Km/h Capacidade útil: 8 ton/22 m3 Velocidade Média: 110 Km/h Capacidade útil: 12 ton/40 m3 Velocidade Média: 100 Km/h Capacidade útil: 45 ton/100 m 3 Velocidade Média: 80 Km/h
Tanque Combustível: 80 l Rendimento: 5 Km/l Tanque Combustível: 150 l Rendimento: 4 Km/l Tanque Combustível: 210 l Rendimento: 3,5 Km/l Tanque Combustível: 500 l Rendimento: 2,3 Km/l
Óleo (motor e carter): 10 l Vida útil Pneu: 80.000 Km Óleo (motor e carter): 18 l Vida útil Pneu: 80.000 Km Óleo (motor e carter): 25 l Vida útil Pneu: 80.000 Km Óleo (motor e carter): 45 l Vida útil Pneu: 80.000 Km
Máximo Recapagens: 2 Vida útil Recapagem: 60.000 Km Máximo Recapagens: 2 Vida útil Recapagem: 60.000 Km Máximo Recapagens: 2 Vida útil Recapagem: 60.000 Km Máximo Recapagens: 2 Vida útil Recapagem: 60.000 Km
Tempo de Depreciação: 10 anos Intervalo troca óleo: 10.000 Km Tempo de Depreciação: 10 anos Intervalo troca óleo: 10.000 Km Tempo de Depreciação: 10 anos Intervalo troca óleo: 10.000 Km Tempo de Depreciação: 10 anos Intervalo troca óleo: 10.000 Km
2 eixos, 4 pneus 195/70 R 15 Intervalo Lubrificação: 2.000 km 2 eixos, 6 pneus 205/75 R 17,5 Intervalo Lubrificação: 2.000 km 3 eixos, 10 pneus 275/80 R 22,5 Intervalo Lubrificação: 2.000 km 7 eixos, 26 pneus 295/80 R 22,5 Intervalo Lubrificação: 2.000 km
Revisão Mecânica: 15.000 Km Revisão Mecânica: 15.000 Km Revisão Mecânica: 15.000 Km Revisão Mecânica: 15.000 Km
A carta da condição de entrega fornecerá os dias e horários exigidos pelo cliente para
receber a entrega. A figura 7 a seguir apresenta uma carta de condição de entrega, onde é
possível se fazer entrega somente na segunda e na sexta-feira, e no horários das 08:00h às
16:00h para clientes tipo C, das 08:00h às 14:00h para clientes tipo B e das 09:00h às 12:00h
para clientes tipo A.
A condição de entrega é uma variável que, paulatinamente, as equipes deixa de ter
domínio. No início, as equipes têm a liberdade de escolher o dia e horário que farão a entrega
para todos os clientes, segundo a conveniência de cada equipe.
Mas, à medida que o jogo se desenvolve e as semanas vão passando, a condição de
entrega passa a ser uma variável externa e, neste caso, os dias e os horários para efetuar a
entrega para um determinado cliente numa dada semana é feito pelo sorteio das cartas de
condição de entrega.
Na primeira semana do jogo, todos os clientes aceitam receber sua entrega em dia e
horário definido pelo entregador. A cada semana, um cliente da base de clientes passa a ter
sua condição de entrega definida pelo sorteio, até que todos os clientes tenham seus dias e
horários definidos segundo estas cartas e não mais segundo a conveniência do entregador.
Variando-se os dias de semana e os horários de entrega foram elaboradas 16 cartas de
condições de entrega, algumas mais flexíveis, permitindo até três dias na semana e outras
mais rígidas com somente dois dias possíveis.
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ANAIS
A condição de entrega deve ser entendida como uma condição de contorno fornecido
ao sistema e que deve ser respeitada sob a penalidade de não atender o prazo solicitado.
9 11 14
Evento Evento Evento
Aleatório Aleatório Aleatório
Chuvas de verão castigam as rodovias da Uma das empilhadeiras do Centro de Dis- Retorno do feriado prolongado tornam
região do Centro de Distribuição. tribuição apresentou problemas as rodovias bem mais movimentadas, pro-
vocando lentidão e exigindo mais atenção
Na próxima semana, acrescente 1 hora a Na próxima semana, os carregamentos do motorista.
mais em todas as rotas de entrega devido no Centro de Distribuição demorarão o do-
aas irregularidades na pavimentação. bro do tempo padrão. Na próxima semana, acrescente 2 horas
a mais em as viagens ocorridas na segun-
da-feira devido a lentidão.
Uma vez apresentado os elementos que compõe o Jogo da Logística, faz-se agora a
apresentação da dinâmica do Jogo da Logística.
O Jogo da Logística é divido em duas fases distintas: Planejamento e Operação. O
planejamento contém as etapas de inicio, localização, estoques/armazenagem e transportes, e
a fase da operação contém a etapa das entregas semanais, tal como ilustra a figura 9 a seguir,
onde há um fluxograma das etapas constituintes do Jogo da Logística. Note que, uma vez
concluída a fase de planejamento (destacada na cor azul) inicia-se a fase de operação (cor
vermelha) e a fase de operação se repete indefinidamente até encerrar o jogo.
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Esta etapa da fase do planejamento destina-se a formação das equipes e aos sorteios da
base de clientes e do produto a ser distribuído.
Na aplicação do Jogo da Logística feito em sala de aula pelo presente autor foram
formadas equipes de quatro integrantes e também foram sorteados 20 clientes e um produto
para cada equipe. Porém, nada impede que as equipes tenham diferentes tamanhos, bem como
a base de clientes e o número de produtos a serem distribuídos seja diferente.
A justificativa para um número elevado de clientes é formar uma base de clientes que
fosse bem espalhada pelo estado de São Paulo, justificando a existência de, ao menos, dois
CD´s, o que exigirá nas etapas seguintes o uso de ferramentas mais sofisticadas para se fazer o
planejamento da localização e da distribuição, em especial o uso da programação linear.
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Figura 10 - Resultado gráfico para a solução do método do múltiplo centro de gravidade usando o
software Logware e a região vizinha das coordenadas da solução inicial para o CD 2.
Esta etapa de planejamento dos estoques e armazenagem tem por objetivo definir os
parâmetros da sistemática de controle e reposição dos estoques e também dimensionar o
tamanho da área destinada à armazenagem.
A sistemática de controle e reposição dos estoques pode ser feita com base na
quantidade (sistema de revisão contínua) ou com base no período (sistema de revisão
periódica). Para ambas as sistemáticas são necessárias calcular o tamanho do pedido de
acordo com o modelo de lote econômico e, a partir deste ponto, calcular o intervalo entre
pedidos, o ponto de pedido, a quantidade máxima de referencia e outros parâmetros que
definem a dinâmica dos estoques para cada sistemática adotada.
Na aplicação do jogo realizada em sala foi definido que o CD 1 funcionará de acordo
com a sistemática de revisão continua e o CD 2 funcionará de acordo com a sistemática de
revisão periódica. Também deve ser calculado o tamanho do estoque de segurança a ser
mantido em cada CD.
Sorteado o produto número 1, e com base em suas características físicas, de mercado e
do fornecedor deste produto, se chegou aos seguintes resultados: o CD 1 obteve-se um lote
econômico (Q) de 213 pallets, o ponto de pedido (ROP) de 76 pallets e um estoque de
segurança (ES) de 28 pallets. O CD 2 obteve-se um lote econômico (Q) de 207 pallets, um
período entre pedidos (T) de 3,5 semanas, 279 pallets para a quantidade de referência de
pedido (QM) e um estoque de segurança (ES) de 30 pallets.
É interessante notar que, para se calcular o estoque de segurança é necessário recorrer
a conceitos primordiais da estatística, em especial o teorema central do limite, pois é
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necessário saber qual a distribuição de probabilidade da demanda durante o lead time para um
CD, e esta distribuição é dada pela soma das distribuições de probabilidade de cada cliente
atendido pelo CD durante o tempo médio do lead time do fornecedor.
Após determinado os parâmetros que definem a sistemática de reposição dos estoques
é feito um esboço do layout do armazém em função das características de empilhamento
fornecido pela carta do produto. A figura 11 a seguir apresenta os resultados da
parametrização do sistema de reposição dos estoques e um esboço do layout para o CD 2 com
os espaços reservados para os pallets.
CD 1 CD 2
2 ⋅ 3.213 ⋅ 500
2 ⋅ 3.402 ⋅ 500 Q= ≅ 207
Q= ≅ 213 300 ⋅ 0,25
300 ⋅ 0,25
T = 207 ≅ 3,5
ROP = 63 ⋅ 1,2 ≅ 76 59,5
QM = 59,5 ⋅ (3,5 + 1,2) ≅ 279
ES = 1,03 ⋅ 26,42 ≅ 28 ES = 1,03 ⋅ 28,26 ≅ 30
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truck’ para cada CD. Para maiores detalhamentos de como proceder à análise da seleção do
tipo de veículo e o dimensionamento do tamanho da frota recomenda-se a leitura da obra de
Valente et. AL (2008).
De posse do custo do veículo é feito o custo das rotas de entrega, que é custo da
viagem de um veículo de um CD até um cliente. Para tal, basta multiplicar a distancia total
percorrida pelo custo por quilometro, multiplicar o tempo total de viagem pelo custo por hora
e somar tais quantidades.
Com o fim da etapa de planejamento de transportes as equipes têm todo um cenário
detalhado para iniciar a operação de entrega semanal. Este cenário significa: uma base de
clientes ativos espalhadas pelo estado de São Paulo, dois CD´s devidamente localizados e
com toda uma sistemática de estoques definidas e uma frota escolhida e dimensionada. Resta
agora aguardar os pedidos, planejar e efetuar as entregas, o que ocorre na segunda fase do
Jogo da Logística.
A etapa das entregas semanais inicia com o sorteio das demandas semanais para cada
cliente, feito por meio dos dados nas quantidades indicadas pelas cartas dos clientes.
De posse do resultado do sorteio dos dados, da posição atual dos níveis de estoque dos
CD´s e dos custos das rotas de entrega, as equipes utilizam o problema clássico de transportes
da programação linear e determina, para a semana corrente, qual CD irá atender quais clientes
e em que quantidades. A figura 12 a seguir ilustra a resolução do problema clássico de
transportes usando o solver do Microsoft Excel para uma dada semana em específico.
ribeirão preto
araraquara
piracicaba
araçatuba
sorocaba
ourinhos
botucatu
barretos
dracena
registro
taubaté
limeira
santos
franca
assis
jales
3 4 5 7 9 12 15 17 21 24 27 28 29 30 31 33 35 38 40 41 EST
CD 1 13 37,64 27,68 47,49 27,00 46,52 87,81 57,48 45,76 38,81 45,09 51,87 47,60 57,47 92,74 31,14 80,06 51,49 20,63 68,26 81,62 100
CD2 40 78,25 50,98 63,74 74,18 38,59 50,01 97,49 69,93 95,74 32,11 52,33 32,51 81,05 51,18 58,42 38,38 42,57 77,73 13,44 43,82 80
d 5 11 1 6 4 5 6 2 4 8 6 6 1 4 10 11 5 9 13 10
3 4 5 7 9 12 15 17 21 24 27 28 29 30 31 33 35 38 40 41 soma
CD 1 13 5,00 11,00 1,00 6,00 0,00 0,00 6,00 2,00 4,00 0,00 6,00 0,00 1,00 0,00 10,00 0,00 0,00 9,00 0,00 0,00 61,00
CD 2 40 0,00 0,00 0,00 0,00 4,00 5,00 0,00 0,00 0,00 8,00 0,00 6,00 0,00 4,00 0,00 11,00 5,00 0,00 13,00 10,00 66,00
soma 5 11 1 6 4 5 6 2 4 8 6 6 1 4 10 11 5 9 13 10
CT 4.468,67
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ANAIS
A figura 14 a seguir ilustra o cálculo do tempo total para a rota #1, onde se soma 0:30h
a cada parada de carregamento e descarregamento (informação da carta do veículo), soma-se
o tempo urbano em cada cidade (informação da carta da cidade) e soma-se o tempo de
viagem, que é calculado pela distancia percorrida dividida pela velocidade média do veículo.
carregamento e tempo distância
ROTA #1
descarregamento urbano (km)
Catanduva 00:30 01:20 109
Barretos 00:30 01:20 136
Franca 00:30 01:10 90
Ribeirao Preto 00:30 01:30 132
Catanduva 00:30 467
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entregador). Veja também que o veículo 1 também ficará o dia de quarta-feira sem entrega, de
modo a atender a exigência da carta do evento aleatório.
Veículo 2 ROTA #2
5. CONCLUSÕES
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É gratificante para o docente ver, ao final do semestre, sinais claros do avanço dos
seus alunos, tanto no conhecimento como em outras virtudes requeridas pelo mercado de
trabalho e pela sociedade. O Jogo da Logística permitiu isso!
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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