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Franois Furet (Paris, 1927 Toulouse, 1997)

Furet considerado um dos maiores historiadores da Revoluo Francesa e, ao


mesmo tempo, um de seus crticos mais ferozes. Suas interpretaes revitalizam os
estudos revolucionrios, exatamente por seu cunho revisionista, afirmando que a
Revoluo Francesa no passou de um mito. Ope-se de forma contundente em relao
historiografia clssica. Nos anos 1980, chegou a ser chamado de o Rei do
bicentenrio da Revoluo. Dois livros o deram relevncia e reconhecimento: A
revoluo Francesa, parceria com Denis Richet; e Pensando a Revoluo Francesa.

CRTICAS

Suas principais teses revisionistas: 1 Teoria da elite: no fim do antigo regime francs,
mais do que luta de classes entre burguesia e nobreza, o que havia, ou predominava, era
uma integrao crescente entre ambas, a ponto de constiturem uma nica elite (de
notveis). Elite informada pelo mesmo iluminismo (por ela e para ela produzido) e
compartilhando os mesmos gostos, os mesmos valores e, sobretudo, as mesmas ideias
de reformas polticas. 2 A derrapagem da revoluo: dada a crescente
disfuncionalidade do Estado e sua incapacidade em se reformar, a elite recorre
Revoluo (poltica), mas com a entrada em cena das massas, a revoluo vai sofrer
uma derrapagem, um acidente de percurso, isto 6, vai escapar ao controle dos notveis.
3 - O arcasmo e o inconsciente sexual dos sans-culottes: as massas populares
urbanas trouxeram cena poltica sentimentos e comportamentos arcaicos, passadistas e
violentos, alguns "incontestavelmente de origem sexual". 4 - (corolrio das trs
primeiras teses) No h unidade do processo revolucionrio mas tlescopage de
trs revolues: "no h uma revoluo do vero de 1789 nem revolues que se
seguem umas s outras. H trs revolues autnomas e simultneas que se introduzem
umas dentro das outras (tlescopage) e que ultrapassam o calendrio do reformismo
ilustrado". Das trs somente a primeira uma revoluo com clara conscincia poltica
e que anuncia a sociedade do amanh.

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