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EDSON S. ZAMPRONHA
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HYPNOL
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ETHOS E A TEORiA MusicAl GREGA
L A VISO PITAGRICA
Na viso pitagrica, a organizao das notas com as quais a msica
realizada possui uma harmonia interna resultante da relao matemtica
que as notas estabelecem entre si. Um ouvinte que oua tal msica
sensibilizado acusticamente por essa harmonia interna e passa a reagir a
ela. Assim, atravs dessa harmonia interna, atravs dessas relaes de
proporo entre as notas que a msica imita um determinado Ethos. A
msica , desta maneira, uma imitao direta de um Etbos?
Plato explica a sensibilizao do pblico pela poesia (o que vale
tambm para a msica) atravs de uma cadeia de inspiraes que parte
dos deuses e chega aos ouvintes, tal como um m cuja energia perpassa
e une diferentes metais.' Uma maneira de se conceber esta cadeia na
msica, que concretiza um pouco mais este conceito de inspiraes,
partir-se do conceito acstico de ressonncia. O Ethos existente nas rela-
es matemticas estabeleci das entre as notas sensibiliza aquele que es-
cuta da mesma forma que uma corda ressoa por simpatia quando uma
outra tocada. A condio necessria para que as cordas ressoem por
simpatia que haja uma relao harmnica entre elas. No , porm,
qualquer relao entre notas que sensibiliza aqueles que escutam, mas
somente aquelas que tm uma certa relao harmnica condizente com os
Ethos existentes na natureza humana. O Ethos despertado naquele que
escuta por uma relao de simpatia, de mesmo pathos, entre a harmonia
interna das notas e a harmonia da alma. A alma fundamentalmente
harmonia, e por isso alma e msica podem ressoar.
LI A FILTRAGEM DE ARlSTOXENO
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tetracordes nem Harmonai. Tal modelo por enquanto uma vaga hip-
tese, mas j pode ser vislumbrado em diversos pontos. Pontos que, por se
tratar de uma transformao epistemolgica, surgem em reas aparente-
mente to diversas quanto qumica, msica, cincias da vida e assim por
diante. Basta termos aberta nossa percepo.
NOTAS
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