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Contabilidade Geral

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CONTABILIDADE GERAL
Prof. José Daniel Tavares

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Versão Agosto/2010

Prof. José Daniel Tavares Contabilidade Geral Página 1 de 34


Contabilidade Geral

ÍNDICE
ÍNDICE .................................................................................................................................................2
CONTABILIDADE..............................................................................................................................4
I - A CONTABILIDADE.....................................................................................................................4
1. Conceito, finalidade e conteúdo .....................................................................................................4
2. Usuários..........................................................................................................................................4
3. Atributos da informação contábil ...................................................................................................4
Confiabilidade ............................................................................................................................5
Tempestividade ..........................................................................................................................5
Compreensibilidade....................................................................................................................5
Comparabilidade ........................................................................................................................6
4. História da Contabilidade...............................................................................................................6
Período Antigo ...............................................................................................................................8
Período Medieval ...........................................................................................................................9
Período Moderno..........................................................................................................................10
Período Científico ........................................................................................................................12
Escola Americana.....................................................................................................................12
No Brasil ..................................................................................................................................13
5. Método das partidas dobradas (DOUBLE-ENTRY SYSTEM)...................................................13
6. Regulamentação ...........................................................................................................................14
A – Princípios Fundamentais de Contabilidade ...........................................................................14
B – Normas Brasileiras de Contabilidade ....................................................................................14
7. Técnicas Contábeis.......................................................................................................................15
8. Terminologia contábil básica .......................................................................................................15
II - PLANO DE CONTAS .................................................................................................................16
1. Conceito .......................................................................................................................................16
2. Conta ............................................................................................................................................17
3. Tipos de Contas............................................................................................................................17
4. Contas Patrimoniais......................................................................................................................18
4.1 Ativo.......................................................................................................................................18
Ativo Circulante .......................................................................................................................18
Ativo Realizável a Longo Prazo...............................................................................................19
Ativo Permanente.....................................................................................................................19
Contas Retificadoras do Ativo .................................................................................................21
4.2 Passivo....................................................................................................................................21
Passivo Circulante ....................................................................................................................21
Passivo Exigível a Longo Prazo...............................................................................................22
Resultado de Exercícios Futuros ..............................................................................................22
Patrimônio Líquido ..................................................................................................................22
Contas Retificadoras do Passivo ..............................................................................................23
5. Contas de Resultado .....................................................................................................................24
Receita Bruta de Vendas ..............................................................................................................24
Deduções da Receita Bruta ..........................................................................................................24
Receita Operacional Líquida........................................................................................................24
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) das Mercadorias Vendidas (CMV) e dos Serviços
Prestados (CSP)............................................................................................................................24
Despesas/Receitas Operacionais ..................................................................................................24
Resultado Não-operacional ..........................................................................................................24
Plano de contas simplificado............................................................................................................25
A – Contas Patrimoniais...............................................................................................................25
B – Contas de Resultado ..............................................................................................................26

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III. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..........................................................................................27
Balanço Patrimonial .........................................................................................................................28
Demonstrativo do Resultado do Exercício.......................................................................................29
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados ..........................................................................30
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) .......................................................31
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.....................................................................32
Análise Vertical................................................................................................................................32
Análise Horizontal............................................................................................................................32
Relação dos Principais Índices e Quocientes ...................................................................................33

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Contabilidade Geral
CONTABILIDADE

I - A CONTABILIDADE
I - NBCT 1-DAS CARACTERÍSTICAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL

1. Conceito, finalidade e conteúdo

A Contabilidade é uma ciência que tem por objetivo o estudo do patrimônio das pessoas jurídicas e
físicas e suas variações.

De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade NBC T 1: “A Contabilidade, na sua condição


de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio, busca, por meio da apreensão, da quantificação, da
classificação, do registro, da eventual sumarização, da demonstração, da análise e relato das
mutações sofridas pelo patrimônio da Entidade particularizada, a geração de informações
quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos, quanto monetários.”

As informações geradas pela Contabilidade devem propiciar aos seus usuários base segura às suas
decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a Entidade, seu desempenho, sua evolução,
riscos e oportunidades que oferece.

A informação contábil se expressa por diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração
ou registros permanentes e sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas,
mapas, pareceres, laudos, diagnósticos, prognósticos, descrições críticas ou quaisquer outros
utilizados no exercício profissional ou previstos em legislação.

2. Usuários
Os usuários são pessoas físicas ou jurídicas com interesse na Entidade, que se utilizam das
informações contábeis desta para seus próprios fins, de forma permanente ou transitória.

Os usuários incluem, entre outros, os integrantes do mercado de capitais, investidores, presentes ou


potenciais, fornecedores e demais credores, clientes, financiadores de qualquer natureza, autoridades
governamentais de diversos níveis, meios de comunicação, Entidades que agem em nome de outros,
como associações e sindicatos, empregados, controladores, acionistas ou sócios, administradores da
própria Entidade, além do público em geral.

3. Atributos da informação contábil


A informação contábil deve ser, em geral e antes de tudo, veraz e eqüitativa, de forma a satisfazer as
necessidades comuns a um grande número de diferentes usuários, não podendo privilegiar
deliberadamente a nenhum deles, considerado o fato de que os interesses destes nem sempre são
coincidentes.

A informação contábil, em especial aquela contida nas demonstrações contábeis, notadamente as


previstas em legislação, deve propiciar revelação suficiente sobre a Entidade, de modo a facilitar a

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concretização dos propósitos do usuário, revestindo-se de atributos entre os quais são indispensáveis
os seguintes:

- Confiabilidade;
- Tempestividade;
- Compreensibilidade; e
- Comparabilidade.

Confiabilidade
A confiabilidade é atributo que faz com que o usuário aceite a informação contábil e a utilize como
base de decisões, configurando, pois, elemento essencial na relação entre aquele e a própria
informação.

A confiabilidade da informação fundamenta-se na veracidade, completeza e pertinência do seu


conteúdo.

§ 1º A veracidade exige que as informações contábeis não contenham erros ou vieses, e sejam
elaboradas em rigorosa consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas
Brasileiras de Contabilidade, e na ausência de norma específica, com as técnicas e procedimentos
respaldados na ciência da Contabilidade, nos limites de certeza e previsão por ela possibilitados.

§ 2º A completeza diz respeito ao fato de a informação compreender todos os elementos relevantes e


significativos sobre o que pretende revelar ou divulgar, como transações, previsões, análises,
demonstrações, juízes ou outros elementos.

§ 3º A pertinência requer que seu conteúdo esteja de acordo com a respectiva denominação ou título.

Tempestividade

A tempestividade refere-se ao fato de a informação contábil dever chegar ao


conhecimento do usuário em tempo hábil, a fim de que este possa utilizá-la para
seus fins.

Nas informações preparadas e divulgadas sistematicamente, como as demonstrações contábeis, a


periodicidade deve ser mantida.

Parágrafo Único – Quando por qualquer motivo, inclusive de natureza legal, a periodicidade for
alterada, o ato e suas razões devem ser divulgados junto com a própria informação.

Compreensibilidade
A informação contábil deve ser exposta na forma mais compreensível ao usuário a que se destine.

§ 1º A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de Contabilidade e dos


negócios e atividades da Entidade, em nível que o habilite ao entendimento das informações

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colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo e com a profundidade
necessários.

§ 2º A eventual dificuldade ou mesmo impossibilidade de entendimento suficiente das informações


contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não-divulgação.

A compreensibilidade concerne à clareza e objetividade com que a informação contábil é divulgada,


abrangendo desde elementos de natureza formal, como a organização espacial e recursos gráficos
empregados, até a redação e técnica de exposição utilizadas.

§ 1º A organização espacial, os recursos gráficos e as técnicas de exposição devem promover o


entendimento integral da informação contábil, sobrepondo-se, pois, a quaisquer outros elementos,
inclusive de natureza estética.

§ 2º As informações contábeis devem ser expressas no idioma nacional, sendo admitido o uso de
palavras em língua estrangeira somente no caso de manifesta inexistência de palavra com significado
idêntico na língua portuguesa.

Comparabilidade
A comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da evolução entre determinada
informação ao longo do tempo, numa mesma Entidade ou em diversas Entidades, ou a situação
destas num momento dado, com vista a possibilitar-se o conhecimento das suas posições relativas.

A concretização da comparabilidade depende da conservação dos aspectos substantivos e formais das


informações.

Parágrafo único – A manutenção da comparabilidade não deverá constituir elemento impeditivo da


evolução qualitativa da informação contábil.

4. História da Contabilidade

A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria História da Civilização. Esta presa às
primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e
interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar
os fins propostos.

Nos primeiros tempos da Humanidade havia apenas o senso do coletivo em tribos primitivas. O
estabelecimento de um habitat permitiu a organização da agricultura e do pastoreio. A organização
econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida
comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza
individual.

Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos
filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo
passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.

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Contabilidade Geral
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que
as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes,
sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade. A atividade de troca e venda dos comerciantes
semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era
efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato.
Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um
escriba egípcio chegou a contabilizar os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000
a.C.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber
quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações
não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse
conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que
não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa
administrada.

É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e
trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de
dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito
antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.

A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As


escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas
em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.No período
medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja.
Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.

Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:

CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com a civilização do homem e


vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.

CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494,
quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei
Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito
corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a
contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o
aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da
autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da
Contabilidade.

CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os


dias de hoje.

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Contabilidade Geral
Período Antigo

A Contabilidade empírica, praticada pelo homem primitivo, já tinha como objeto, o Patrimônio,
representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos.

Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem. Como este é um


ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros,
utilizando gravações e outros métodos alternativos.

O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos
bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra
"Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie.

As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem
conseguiu fazer os seus primeiros desenhos e gravações.

Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.

Os suméricos-babilónios, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila,


retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente
2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.

Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência
se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.

Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O nome da
conta, "Matrizes" , por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto numérico se tornou
mais qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que,
paralelamente à "Aplicação", se pudesse demonstrar, também, a sua "Origem" .

Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico que aparece no livro Gênesis,
encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita cuneiforme, onde
estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto significa
que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus custos.

O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos de Sigilo". Os


registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros ou tábuas, no final de
determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se vários períodos, o que lembra o
diário, o balancete mensal e o balanço anual.

Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se, empiricamente, o


Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era confrontada com a despesa.

Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus registros


remontam a 6.000 anos antes de Cristo.

A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em
sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada
pelos egípcios, marcava o inicio do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se
estabeleciam, de forma primitiva, controles administrativos e financeiros.

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As "Partidas de Diário " assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-se com a data e o
nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se ocorresse, sempre em
ordem cronológica de entradas e saídas.

Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de Vendas Diárias",
"Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.

Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros.
Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "Shat". Era a adoção, de
maneira prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário.

Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já escrituravam Contas de
Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do saldo.
Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades,
como administração pública, privada e bancária.

NA BÍBLIA

Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio Jesus relatou em
Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os registros de
valores a receber dos devedores.

Já no tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha!
(Gênesis 41.49).

Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente descrito no livro de
Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é
apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.

Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-17.

Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o que
dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).

Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23-
27).

Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum.

Período Medieval

Em Itália, em 1202, foi publicado o livro Liber Abaci , de Leonardo Pisano.

Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem
mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.

Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a regaram, foram os


italianos que fizeram o cultivo e a colheita.

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Contabilidade Geral
Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da Contabilidade,
denominado a "Era Técnica" , devido às grandes invenções, como moinho de vento, aperfeiçoamento
da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como Marco Pólo e outros.

A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de mineração e


metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, como
conseqüência das necessidades da época, o livro-caixa, que recebia registros de recebimentos e
pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das
relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas.

O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência natural das necessidades


geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de produção na sociedade
capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de trabalho. O trabalho escravo
cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os registros mais complexos. No século X, apareceram
as primeiras corporações na Itália, transformando e fortalecendo a sociedade burguesa.

No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" , representando o valor dos
recursos injetados nas companhias pela família proprietária.

O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar em que
região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a
Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.

No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos comerciais e industriais,


nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos tributos; juros sobre o capital,
referente ao período transcorrido entre a aquisição, o transporte e o beneficiamento; mão-de-obra
direta agregada; armazenamento; tingimento, etc., o que representava uma apropriação bastante
analítica para época. A escrita já se fazia no moldes de hoje, considerando, em separado, gastos com
matérias-primas, mão-de-obra direta a ser agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram
contabilizados por fases separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial.

Período Moderno

O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos importantes que
ocorreram neste período:

em 1493, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos emigrassem,
principalmente para Itália;

em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de


riquezas para alguns países europeus;

em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as


Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.

A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas que
o Novo Mundo representava.

A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciantes
italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro
determinaram o desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e

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investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os
consumidores e os empregados.

O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na
Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.

FREI LUCA PACIOLI

Escreveu Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em


1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números
positivos e negativos.

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras,
destacando-se a Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá , impressa em
Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O
método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV.

O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário


e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação
deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral:
como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e
"Dano " ; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada:

"Per ", mediante o qual se reconhece o devedor;

"A ", pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje.

A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século
XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli não só sistematizou a
Contabilidade, como também abriu precedente que para novas obras pudessem ser escritas sobre o
assunto. É compreensível que a formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste
período instaurou-se a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos do
comércio mundial.

Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um indivíduo qualquer. O
governo passou a somente reconhecer como contadores pessoas devidamente qualificadas para o
exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio
internacional e com as guerras ocorridas nos sécs. XVIII e XIX, que consagraram numerosas
falências e a conseqüente necessidade de se proceder à determinação das perdas e lucros entre
credores e devedores.

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Período Científico

O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados: Francesco
Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle
administrazioni Private e Plubbliche ", inicia a nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano.

Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento contábil: a


primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola Toscana,
chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta.

Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inventado a
calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da Administração, e o
patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos.

Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A contabilidade começou a ser


lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809.

A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre Contabilidade, promovido
pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra natal do autor. Além do prêmio, Villa
teve o cargo de Professor Universitário.

Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração


e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade
implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria
administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento patrimonialista.

Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.

Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o
elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir patrimônio como objeto da
Contabilidade.

Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu patrimônio
como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da
equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a
Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de gestão.

Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem
pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas,
inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade
Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de
dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.

A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da


Contabilidade.

Escola Americana
Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-americanas com suas teorias e
práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política,

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mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American
Institut of Certield Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da
Contabilidade e dos princípios contábeis; várias associações empreenderam muitos esforços e
grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integração entre acadêmicos e os
já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas européias, onde as universidades
foram decrescendo em nível e em importância.

A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, que


requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das teorias e
práticas contábeis, que permitissem carreta interpretação das informações, por qualquer acionista ou
outro interessado, em qualquer parte do mundo.

No início do século passado, surgiram as gigantescas “corporations”, que aliado ao formidável


desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que os
Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o
avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras
obras contábeis de origem norte-americana que tem reflexos diretos nos demais países.

No Brasil
No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido
ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para
tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do
Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um
contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração
financeira e fiscal públicos.

Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num
mercado de economia complexa, vital para empresas que necessitam de informações mais precisas e
completas para tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem ganhando destaque
no mercado em Auditoria, Controladoria e Atuarial.

São áreas de análise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, há a especialização em


estimativas e análises. O mercado para este profissional cresce em virtude dos planos de previdência
privada e seguros.

5. Método das partidas dobradas (DOUBLE-ENTRY SYSTEM)

A obra do Frei Luca Pacioli, de 1494, intitulada Summa de Arithmetica, Geométrica, Proportioni et
Proportionalitá, foi o marco do surgimento do Método das Partidas Dobradas, o qual consiste na
premissa de que para cada débito corresponde um crédito de igual valor.
“Equivale a dizer: para cada registro ou soma de registros a débito, haverá um registro ou soma de
registros a crédito, de igual valor. A digrafia é princípio básico de escrituração contábil no mundo
todo. Baseando-se nesse princípio, não se pode registrar um valor a débito de uma conta, sem que se
registre o mesmo valor a crédito de outra conta”. (Carvalho, 2003).

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6. Regulamentação

A – Princípios Fundamentais de Contabilidade

Conforme a Resolução CFC nº 750, de 31/12/93, os Princípios Fundamentais de Contabilidade são:


I – da ENTIDADE;
II – da CONTINUIDADE;
III – da OPORTUNIDADE;
IV – do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V – da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
VI – da COMPETÊNCIA; e
VII – da PRUDÊNCIA.

B – Normas Brasileiras de Contabilidade

Com o trabalho do grupo especial, desmembraram-se as normas que estavam inclusas nos princípios.
Entendeu-se que as normas emanavam e podem ser mutáveis o que não ocorre com os princípios.
“Norma é uma indicação de conduta obrigatória” (Camargo, 2004).

PRINCÍPIOS NORMAS PADRÕES

Em 29/12/1993 é editada a Resolução CFC nº 751 que dispõe sobre as Normas Brasileiras de
Contabilidade, a qual estabelece regras de conduta profissional, bem como os procedimentos
técnicos a serem adotados na realização dos trabalhos previstos na Resolução CFC nº 560 de
28/10/83 e em consonância com os Princípios Fndamentais de Contabilidade.

As Normas classificam-se em profissionais e técnicas:

NBCP – Normas Profissionais


NBCT – Normas Técnicas

Normas Profissionais:
NBCP 1 – Normas Profissionais de Auditor Independente
NBCP 2 – Normas Profissionais de Perito Contábil
NBCP 3 – Normas Profissionais de Auditor Interno
NBCP 4 – Normas para a Educação Profissional Continuada
NBCP 5 – Normas para o Exame de Qualificação Técnica

Normas Técnicas:
NBCT 1 – Das Características da Informação Contábil
NBCT 2 – Da Estrutura Contábil
NBCT 3 – Dos conceito, conteúdo, estrutura e nomeclatura das Demonstrações Contábeis
NBCT 4 – Da avaliação patrimonial
NBCT 5 – Da atualização monetária
NBCT 6 – Da divulgação das Demonstrações Contábeis
NBCT 7 – Da conversão da moeda estrangeira nas Demonstrações Contábeis
NBCT 8 – Das Demonstrações Contábeis Consolidadas
NBCT 9 – Da fusão, incorporação, cisão, transformação e liquidação de entidades
NBCT 10 – Dos aspectos contábeis específicos em entidades diversas
NBCT 11 – Das normas de auditoria independente das demonstrações contábeis

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NBCT 12 – Da auditoria interna
NBCT 13 – Da perícia contábil
NBCT 14 – Da revisão externa de qualidade pelos pares
NBCT 15 – Das informações de natureza social e ambiental
NBCT 16 – Dos aspectos contábeis específicos da gestão governamental
NBCT 17 – Das partes relacionadas
NBCT 18 – Da assinatura digital
NBCT 19 – Dos aspectos contábeis específicos
NBCT 20 – Da Contabilidade de custos

7. Técnicas Contábeis

Segundo Carvalho (2003), a Contabilidade se utiliza das seguintes técnicas próprias para atingir seus
objetivos:

• Escrituração;
• Demonstrações Contábeis;
• Análise das Demonstrações Contábeis; e
• Auditoria.

Escrituração – Técnica que consiste no registro de todos os fatos contábeis que influenciam na
composição do patrimônio. A escrituração envolve metodologia apropriada, a planificação dos
elementos patrimoniais, a utilização de livros e registros apropriados e em obediência às legislações
societária, tributária, trabalhista e previdenciária, além do atendimento aos princípios e normas
contábeis.

Demonstrações Contábeis – Para que se tenha uma visão abrangente e consolidada da situação
patrimonial (econômica e financeira) da entidade.

Análise das Demonstrações Contábeis – É a técnica pela qual verifica-se a capacidade de


pagamento da empresa, o grau de solvência, a evolução da empresa, a estrutura patrimonial e de
capitais, além de outras análises econômicas e financeiras. Pela análise de balanços é possível
comparar a situação da empresa com outras atuantes no mesmo segmento. Pesquisa índices úteis para
os usuários da informação contábil, auxiliando na comparação periódica da evolução da entidade no
tempo

Auditoria – Atesta a veracidade e precisão das informações contábeis utilizando-se de técnicas


específicas de análise. Objetiva a confiabilidade das informações analisadas pelos usuários e agentes
do mercado.

8. Terminologia contábil básica

PATRIMÔNIO: É um conjunto de Bens, Direitos e Obrigações pertencentes a uma pessoa física ou


jurídica.

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BENS: É todo e qualquer objeto material ou imaterial de valor econômico (imóveis, terrenos, fundos
de comércio, móveis e utensílios, instalações, automotores, etc.).

DIREITOS: Valores próprios que estão em poder de terceiros (duplicatas a receber, aluguéis a
receber, etc.)

OBRIGAÇÕES: Valores de terceiros em nosso poder transitoriamente, mas que devemos resgatar
(ICM a recolher, FGTS a recolher, salários a pagar, etc.).

CONTAS PATRIMONIAIS: Dividem-se em Ativo e Passivo. São compostas por Bens, Direitos e
Obrigações.

CONTAS DE RESULTADO: São compostas por contas de Receita e Despesa.

ATIVO: Representa os Bens e Direitos (Ativo Circulante, Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo
Permanente)

PASSIVO: Compõe as dívidas e ônus da pessoa jurídica. Representa as obrigações exigíveis


(Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros), ou
inexigíveis (Patrimônio Líquido).

GRÁFICO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

BENS
E OBRIGAÇÕES
DIREITOS

Este gráfico recebe o nome de BALANÇO PATRIMONIAL.

O Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas: a coluna do lado esquerdo é denominada Ativo
e a coluna do lado direito é denominada Passivo e Patrimônio Líquido.

a) o Ativo compreende as aplicações de recursos representados por bens e direitos;

b) o Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações da empresa. O


Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade.

II - PLANO DE CONTAS

1. Conceito

Consiste na peça contábil composta pelo elenco de contas e tem por finalidade servir de modelo e
guia para os registros contábeis (lançamentos), bem como para estruturação das demonstrações
contábeis.

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O plano de contas deve ser elaborado pelo contabilista a partir de um estudo detalhado da estrutura e
fluxo de capitais na organização, considerando os seguintes aspectos:

• Necessidade de informação dos usuários internos ou externos;


• Tipo de negócio;
• Porte da empresa, volume e tipos de transações; e
• Recursos materiais disponíveis na empresa

2. Conta

“É um instrumento de registro que tem por finalidade reunir fatos contábeis de mesma natureza.”
(Santos, 2004).

A conta será denominada de acordo com o nome que melhor caracterizar os elementos que a
representa, por exemplo: O conjunto de bens formado por mesas, cadeiras, armários, entre outros
móveis, deverão ser agrupados na conta denominada “Móveis e Utensílios”.

3. Tipos de Contas

As contas classificam-se em:

• Contas Patrimoniais; e
• Contas de Resultado.

Contas Patrimoniais: São as contas que representam a posição patrimonial da empresa. São contas
que demonstram as movimentações e saldos dos elementos do Ativo (bens e direitos) e do Passivo
(obrigações).

ATIVO – Contas com saldo DEVEDOR


PASSIVO – Contas com saldo CREDOR

Contas de Resultado: São as contas de receitas e despesas, as quais deverão representar o resultado
do exercício.

RECEITAS – Contas com saldo CREDOR


DESPESAS – Contas com saldo DEVEDOR

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4. Contas Patrimoniais

4.1 Ativo

Os elementos do ativo representam os bens e direitos e são classificados em ordem decrescente em


relação ao grau de liquidez.

Disponibilidades
Clientes
Circulante Outros Créditos
Estoques
Despesas Antecipadas
ATIVO
Realizável a Longo Prazo

Investimentos
Permanente Imobilizado
Diferido

Ativo Circulante

Disponibilidades – Segundo o Art. 178 da Lei 6404/76, a intitulação “Disponibilidades” é utilizada


para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, como cheques, que
representam recursos com livre movimentação para aplicação nas operações da empresa e para os
quais não haja restrições para uso imediato.
Exemplos:
Caixa
Depósitos bancários à vista
Aplicações financeiras de liquidez imediata

Clientes – São registrados neste subgrupo os direitos que a empresa tem a receber de seus clientes
em razão de vendas à prazo.
Exemplos:
Duplicatas a receber
Cheques pré-datados

Outros Créditos – São registrados neste subgrupo os direitos que a empresa possui para com
terceiros.
Exemplos:
Contas a receber
Adiantamentos a terceiros

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Estoques – São registrados neste subgrupo os valores correspondentes às mercadorias para revenda,
os produtos acabados, produtos em elaboração, matéria-prima, materiais de consumo, material de
escritório, entre outros estoques.
Exemplos:
Estoques de matérias-primas

Despesas Antecipadas – São registrados neste subgrupo os valores das despesas pagas
antecipadamente, as quais devem ser apropriadas (segundo o regime de competência) no curso do
exercício seguinte.
Exemplos:
Prêmios de seguros

Ativo Realizável a Longo Prazo

São classificados neste grupo os direitos que a entidade tem a receber a longo prazo. Sob o aspecto
contábil, considera-se “longo prazo” os valores realizáveis após o término do exercício seguinte, ou
seja, com prazo superior a um ano contado da data do balanço ou balancete atual.
De acordo com o Art. 243 da Lei 6404/76, deve-se, excepcionalmente, registrar no Ativo Realizável
a Longo Prazo, independentemente do prazo de vencimento, os “créditos de coligadas ou
controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro”, oriundos de negócios não usuais na
exploração do objeto social, por exemplo:
• Venda de bens do ativo imobilizado ou outros bens do ativo permanente;
• Adiantamentos ou empréstimos para suprir necessidades de caixa de empresas coligadas ou
controladas; e
• Empréstimos ou adiantamentos a diretores e acionistas ou outros participantes no lucro, tais
como os detentores de partes beneficiárias ou debêntures, quando isso não for seu objeto
social.
Exemplos:
Clientes;
Títulos a receber;
Créditos de diretores ou empresas ligadas

Ativo Permanente

Neste grupo estão incluídos todos os bens de permanência duradoura e destinados ao funcionamento
da entidade. São os bens e direitos não destinados à transformação direta em meios de pagamento e
cuja perspectiva de permanência na entidade ultrapasse um exercício.
O ativo permanente está subdividido nos seguintes subgrupos:

Investimentos – Conforme o art. 179 da Lei 6404/76, são registradas “as participações permanentes
em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que
não se destinam à manutenção da atividade da companhia ou da empresa.”
Exemplos:
Participação em coligadas
Obras de arte

Imobilizado – São os bens e bens e direitos utilizados na consecução da atividade-fim da empresa.


Exemplos:
Terrenos

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Móveis e utensílios
Máquinas e equipamentos
Importações em andamento

Depreciação, Exaustão e Amortização – Com exceção dos terrenos e alguns outros itens, os bens
que compõe o ativo imobilizado têm um período limitado de vida útil econômica e a depreciação, a
exaustão e a amortização servem para alocar o custo dos itens do imobilizado, bem como registrar a
queda do valor líquido dos bens componentes do ativo permanente imobilizado. Sobre o tema, o art.
183, § 2º, da Lei 6404/76, estabelece:
“A diminuição de valor dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente nas
conta de:
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de
direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou
exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente de sua exploração, de direitos
cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.”
Como o registro da depreciação altera de forma substancial o valor do lucro apurado para fins de
base de cálculo de impostos federais (imposto de renda e contribuição social), o RIR/99
(Regulamento do Imposto de Renda), através dos arts. 305 a 323, impõe as seguintes taxas anuais de
depreciação:
Taxa Anos de
Anual Vida Útil
Edifícios 4% 25
Máquinas e Equipamentos 10% 10
Instalações 10% 10
Móveis e Utensílios 10% 10
Veículos 20% 5
Sistemas de Processamento de dados 20% 5

A Instrução Normativa SRF (Secretaria da Receita Federal) nº 162, de 31/12/98 aprovou uma
extensa relação de bens, bem como os respectivos prazos de vida útil e taxas de depreciação anual
admitidas, que foi ampliada pela Instrução Normativa SRF nº 130, de 10/11/99.
O art. 312 do RIR (Regulamento do Imposto de Renda) apresenta a possibilidade de utilização da
depreciação acelerada dos bens móveis em razão do número de horas diárias de operação dos bens,
conforme segue:

Coeficiente
Um turno de 8 horas 1,0
Dois turno de 8 horas 1,5
Três turno de 8 horas 2,0

Diferido – O item V do art. 179 da Lei das Sociedades por Ações define que no Ativo Diferido serão
classificadas “as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado
de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o
período que anteceder o início das operações sociais”.
A amortização dos valores classificados no ativo diferido deverá ser feita, segundo a lei 6404/76,
“em prazo não superior a dez anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que
passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital

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aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou
comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los”.
Exemplos:
Pesquisas e desenvolvimento de produtos
Gastos pré-operacionais

Contas Retificadoras do Ativo


No balanço patrimonial algumas contas do ativo apresentam saldo credor, uma vez que representam
contas redutoras (retificadoras) dos elementos do ativo.
Exemplos:
Títulos descontados
Provisão para crédito de liquidação duvidosa
Depreciações
Amortizações

4.2 Passivo
Os elementos do passivo representam as obrigações da empresa que compreendem na origem dos
recursos. No passivo as obrigações são classificados em ordem decrescente em relação ao grau de
exigibilidade.

Circulante
Exigível a Longo Prazo
Resultados de Exercícios Futuros

Capital Social
PASSIVO
Reserva Legal (de capital)
Patrimônio Líquido Reservas de Reavaliação
Reservas de Lucros
Lucros e/ou Prejuízos Acumulados

Passivo Circulante

São registradas as obrigações e os encargos estimados cujos prazos de vencimento estabelecidos ou


esperados são vencíveis até o final do próximo exercício.
Exemplos:
Fornecedores
Obrigações trabalhistas a pagar
Obrigações fiscais a pagar (ou a recolher)
Empréstimos e financiamentos
Provisões trabalhistas

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Passivo Exigível a Longo Prazo

São registradas as obrigações e os encargos estimados cujos prazos de vencimento estabelecidos ou


esperados são vencíveis após o final do próximo exercício.
Exemplos:
Obrigações fiscais a pagar (ou a recolher)
Empréstimos e financiamentos
Títulos a pagar

Resultado de Exercícios Futuros

Base: Lei 6404/76 e Decreto 3000/99 (RIR 99).


O artigo 181 da Lei 6404/76 define os resultados de exercícios futuros:
“Art. 181 - Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros,
diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.”
Segundo a Lei das Sociedades por Ações, as receitas de exercícios futuros devem ser deduzidas de
todas as despesas necessárias para sua obtenção, até mesmo aquelas a incorrer, e quando ainda não
pagas, deverá haver a provisão, com a respectiva contrapartida no passivo exigível, de forma a
constar somente o valor líquido.
Se as despesas excederem as receitas, o prejuízo deverá ser imediatamente reconhecido.
No Brasil, o uso deste grupo de contas tem sido motivado por interferência da legislação fiscal,
nomeadamente em relação às atividades relacionadas à compra, venda, loteamento, incorporação e
construção de imóveis.
Exemplos:
Aluguel recebido antecipadamente
Comissões recebidas antecipadamente

Patrimônio Líquido
Compreende os recursos próprios da entidade. Objetivamente aponta a dívida da entidade com os
proprietários e relaciona as seguintes contas:

Capital Social – Corresponde aos valores aportados pelos proprietários (sócios ou acionistas) e os
decorrentes de incorporações.

Reservas – Valores referentes a correção monetária do capital social, de reavaliação de ativos ou


retenções de lucros. São dispostas da seguinte forma no balanço patrimonial:
Reservas de Capital
Reserva de Correção Monetária do Capital
Reserva Legal (art. 193 da Lei 6404/76)
Reserva de Reavaliação (art. 182 da Lei 6404/76)
Reservas Estatutárias (art. 194 da Lei 6404/76)
Reservas de Contigências (art. 195 da Lei 6404/76)

Lucros ou Prejuízos Acumulados – São os lucros obtidos e ainda não destinados e/ou prejuízos
ainda não compensados. Note que os lucros acumulados são representados pelo saldo credor da
conta, enquanto os prejuízos ainda não compensados apresentarão saldo devedor.

Ações em Tesouraria – Conceitualmente trata-se das ações da companhia que forem adquiridas pela
própria sociedade e os casos em que a lei das sociedades por ações autoriza estão previstos no art. 30

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da Lei 6404/76. O § 5º do art. 182 da Lei das Sociedades por Ações (6404/76) assevera que “as ações
em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que
registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição”.
A forma de apresentação no balanço patrimonial poderá ser a seguinte, se for decidido que a
aquisição seja feita à conta de uma Reserva Estatutária:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CAPITAL SOCIAL
500.000 ações de valor nominal de $ 10,00
cada, subscritas e integralizadas 5.000.000,00
RESERVAS DE CAPITAL 600.000,00
RESERVAS DE LUCROS
Reserva Legal 300.000,00
Reserva Estatutária 600.000,00
Menos 10.000 Ações em Tesouraria, ao
custo (150.000,00) 450.000,00
LUCROS ACUMULADOS 30.000,00
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.380.000,00

Contas Retificadoras do Passivo

No balanço patrimonial algumas contas do passivo apresentam saldo devedor, uma vez que
representam contas redutoras (retificadoras) dos elementos do passivo.
Exemplos:
Prejuízos acumulados
Capital social a integralizar
Ações em tesouraria

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5. Contas de Resultado

Receita Bruta de Vendas


A Lei 6404/76, no art. 187, itens I e II, estabelece que as empresas deverão, na Demonstração do
Resultado do Exercício, discriminar “ a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas,
dos abatimentos e dos impostos” e a “receita líquida das vendas e serviços”.

Deduções da Receita Bruta


As deduções das vendas são representadas pelas contas de Vendas Canceladas, Abatimentos
Incondicionais Concedidos e os Impostos Incidentes Sobre as Vendas.

Receita Operacional Líquida


A Receita Líquida ou Receita Operacional Líquida é representada pela seguinte equação:
Receita Líquida = Receita Bruta de Vendas – Deduções da Receita Bruta

Custo dos Produtos Vendidos (CPV) das Mercadorias Vendidas (CMV) e dos
Serviços Prestados (CSP)
Nas empresas comerciais, a apuração do custo das mercadorias vendidas é determinada pela
aplicação da seguinte fórmula:
CMV = EI + Co – EF, onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas;
EI = Estoque Inicial;
Co = Compras; e
EF = Estoque Final

Já nas empresas industriais, a apuração do Custo dos Produtos Vendidos é determinada pelo
cômputo dos meios consumidos na elaboração dos produtos a serem comercializados, tais como as
matérias-primas, a mão de obra e os gastos gerais de fabricação.

Nas empresas prestadoras de serviços, a apuração do Custo dos Serviços Prestados considera os
meios consumidos na prestação dos serviços, tais como materiais aplicados e mão-de-obra.

Despesas/Receitas Operacionais
“As despesas operacionais constituem-se das despesas pagas ou incorridas para vender produtos e
administrar a empresa” (Iudícibus). As despesas operacionais são divididas em:
• Comerciais;
• Administrativas;
• Financeiras;
• Tributárias; e
• Outras Despesas/Receitas Operacionais

Resultado Não-operacional
São as receitas e despesas obtidas, pagas ou incorridas não relacionadas à atividade, à operação da
entidade.

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Plano de contas simplificado

A – Contas Patrimoniais

1. ATIVO 2. PASSIVO

11. ATIVO CIRCULANTE 21. PASSIVO CIRCULANTE


11.1 Caixa 21.1 Fornecedores
11.2 Bancos Conta Movimento 21.2 Duplicatas a Pagar
11.3 Aplicações Financeiras 21.3 Promissórias a Pagar
11.4 Clientes 21.4 COFINS a Recolher
11.5 Duplicatas a Receber 21.5 ICMS a Recolher
11.6 (-) Provisão para Créditos de Liquidação 21.6 PIS s/ Faturamento a Recolher
Duvidosa 21.7 Contribuições Prev. a Recolher
11.7 Promissórias a Receber 21.8 FGTS a Recolher
11.8 ICMS a recuperar 21.9 Salários a Pagar
11.9 Ações de outras empresas 21.10 Dividendos a Pagar
11.10 Estoque de Mercadorias 21.11 Impostos e Taxas a Recolher
11.11 Estoque de Material de Expediente 21.12 Provisão p/ Contribuição Social
11.12 Juros Passivos a Vencer 21.13 Provisão p/ Imposto de Renda
11.13 Prêmios de Seguros a Vencer

12. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO * 22. PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO **
12.1 Duplicatas a Receber 22.1 Duplicatas a Pagar
12.2 Promissórias a Receber 22.2 Promissórias a Pagar

13. ATIVO PERMANENTE 23. RESULTADOS DE EXERCÍCIOS


13.1 Investimentos FUTUROS
13.1.1 Participação em Outras Empresas 23.1 Aluguéis Ativos a Vencer
13.1.2 Imóveis de Renda 23.2 Outras Receitas a Vencer
13.2 Imobilizado 23.3 (-) Custos ou Perdas Correspondentes
13.2.1 Imóveis
13.2.2 Imóveis 24. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
13.2.3 Instalações 24.1 Capital Social
13.2.4 Móveis e Utensílios 24.2 (-) Ações em Tesouraria
13.2.5 Veículos 24.3 (-) Capital Social a Integralizar
13.2.6 (-) Depreciação Acumulada 24.4 Reservas de Capital
13.3 Diferido 24.4.1 Reserva de Correção Monetária do Capital
13.3.1 Despesas de Organização Pré-Operacionais 24.4.2 Reserva Legal
13.3.2 (-) Amortização Acumulada 24.4.3 Reserva de Reavaliação
24.4.4 Reservas Estatutárias
24.4.5 Reservas de Contigências
24.5 (+/-) Lucros ou Prejuízos Acumulados

* Direitos cujos vencimentos ocorram após o término do exercício subseqüente (seguinte).


Os Direitos cujos vencimentos ocorram no curso do exercício subseqüente estão no Ativo Circulante.

** Obrigações cujos vencimentos ocorram após o término do exercício subseqüente. As obrigações cujos
vencimentos ocorram no curso do exercício subseqüente estão no Passivo Circulante.

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B – Contas de Resultado

3 – RECEITAS 4 – DESPESAS

31. RECEITAS OPERACIONAIS 41. DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA


31.1 Receita Bruta Operacional 41.1 Vendas Canceladas
31.1.1 Venda de Produtos 41.2 Devolução de vendas
31.1.2 Venda de Mercadorias 41.3 Abatimentos
31.1.3 Venda de Serviços 41.4 Descontos Concedidos
31.2 Receitas Financeiras 41.5 Impostos Incidentes Sobre as Vendas
31.1.5 Descontos Obtidos 41.5.1 I.P.I.
31.1.6 Juros Ativos 41.5.2 I.C.M.S.
41.5.3 I.S.S.
32. RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS 41.5.4 P.I.S
32.1 Ganhos em Transações do Ativo Permanente 41.5.5 COFINS
32.2 Receitas Eventuais
42. CUSTO DOS PRODUTOS, MERCADORIAS
E SERVIÇOS VENDIDOS
42.1 Custo do Produtos Vendidos (CPV)
42.2 Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
42.3 Custo dos Serviços Prestados (CSP)

43. DESPESAS OPERACIONAIS


43.1 Despesas Comerciais
43.1.1 Desp. com Créditos de Liquidação Duvidosa
43.1.2 Fretes e Carretos
43.1.3 Despesas com Pessoal
43.1.4 Combustíveis
43.1.5 Água e Esgoto
43.1.6 Aluguéis Passivos
43.1.7 Energia Elétrica e Telefone
43.1.8 Material de Escritório
43.1.9 Prêmios de Seguro
43.2 Despesas Administrativas
43.2.1 Despesas com Pessoal
43.2.2 Combustíveis
43.2.3 Água e Esgoto
43.2.4 Aluguéis Passivos
43.2.5 Energia Elétrica e Telefone
43.2.6 Material de Escritório
43.2.7 Prêmios de Seguro
43.3 Despesas Financeiras
43.3.1 Juros Passivos
43.2.2 Despesas Bancárias
43.4 Despesas Tributárias
43.4.1 I.P.T.U.
43.4.2 I.P.V.A.
43.4.3 C.P.M.F.
43.4.4 Outros Impostos e Taxas

44. DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS


44.1 Perdas em Transações do Ativo Permanente

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III. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


A Lei das Sociedades por Ações determina em relação às Demonstrações Contábeis:

“Art. 176: Ao fim de cada exercício social, a Diretoria fará elaborar, com base na escrituração
mercantil de companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício;
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.

§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores


correspondentes das demonstrações do exercício anterior.
(Vide § 1.º, b, do art. 295)

§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão
ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do
respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas
contas" ou "contas-correntes".

§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos
da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou


demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do
exercício.

§ 5º As notas deverão indicar:


a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos
cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisão para encargos
ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único);
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3.º);
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras
responsabilidades eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
f) o número, espécies e classes das ações da capital social;
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1.º);
i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter,
efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.”

As Notas Explicativas ainda são objeto de indicações e análise pela CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) e o IBRACON (Instituto Brasileiro de Contadores), observando-se a tendência de
prestar informações cada vez mais detalhadas aos usuários das demonstrações contábeis.

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Balanço Patrimonial
Companhia Exemplo

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE X2 E X1


(Em milhares de reais)
ATIVO 31/12/X2 31/12/X1 PASSIVO 31/12/X2 31/12/X1

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

Disponível Empréstimos e financiamentos (parcela de curto prazo)


Caixa e bancos Fornecedores
Aplicações de liquidez imediata Obrigações trabalhistas e previdenciárias
Tributos e contribuições a recolher
Clientes Debêntures
Duplicatas a receber Provisão para IR e Contribuição Social
Coligadas e/ou controladas* Adiantamentos de clientes
(-) Duplicatas descontadas
(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Outros Créditos
Títulos e contas a receber diversos Empréstimos e financiamentos*
Tributos a compensar e recuperar Debêntures
Outros créditos (indicar a natureza) Tributos e contribuições a recolher - REFIS
(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

Investimentos temporários - Títulos e valores monetários RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Estoques* Receitas de exercícios futuros


(-) Custos e receitas correspondentes às despesas
Despesas do exercício seguinte pagas antecipadamente

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Capital social
Créditos e Valores Capital subscrito
Títulos e valores mobiliários Capital a realizar
Depósitos judiciais e incentivos fiscais
Participações em fundos de investimentos Reservas de Capital
Participações não permanentes em outras empresas
(-) Provisões para perdas Reservas de reavaliação

ATIVO PERMANENTE Reservas de Lucros


Reserva Legal
Investimentos Reserva para contigências
Participações em outras sociedades Reserva de lucros a realizar
Outros investimentos permanentes - Terrenos e obras de arte
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Imobilizado*
Terrenos
Obras civis
Instalações
Máquinas e equipamentos
Equipamentos de processamento de dados
Sistemas aplicativos (softwares)
Móveis e utensílios
Veículos

Diferido*

Custo
Amortização acumulada

TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

* Contas que devem ter sua composição demonstrada por meio de notas explicativas

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Demonstrativo do Resultado do Exercício

Companhia Exemplo

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE X2 E X1

(Em milhares de reais)


31/12/X2 31/12/X1

RECEITA OPERACIONAL BRUTA


Venda de Produtos
Venda de Mercadorias
Serviços Prestados

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA


Impostos Incidentes Sobre as Vendas
Devoluções e Abatimentos

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

CUSTO DOS PRODUTOS E MERCADORIAS VENDIDOS E SERVIÇOS PRESTADOS


Custo dos Produtos Vendidos
Custos das Mercadorias Vendidas
Custo dos Serviços Prestados

LUCRO BRUTO

DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Comerciais
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras Líquidas
Despesas financeiras
(-) Receitas financeiras

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS


Resultado de Participações Societárias*
Participações nos resultados de coligadas e controladas
Dividendos e rendimentos de outros investimentos
Outras (indicar a natureza)

LUCRO OPERACIONAL

RESULTADOS NÃO-OPERACIONAIS
Ganhos de Capital (indicar a natureza)
(-) Perdas de Capital (indicar a natureza)

RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DOS IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÕES E PARTICIPAÇÕES

PROVISÃO DE IMPOSTOS
Provisão de Imposto de Renda
Provisão de Contribuição Social

PARTICIPAÇÕES
Debêntures
Empregados
Administradores
Partes Beneficiárias
Fundos de Assistência a Empregados

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

LUCRO POR AÇÃO (Em R$)

* Contas que devem ter sua composição demonstrada por meio de notas explicativas

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Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados

Companhia Exemplo
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE
DEZEMBRO DE X2 E X1
(Em milhares de reais)
31/12/X2 31/12/X1

SALDO NO INÍCIO DO EXERCÍCIO

AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES


Efeitos de mudanças em critérios contábeis
Retificação de erros de execícios anteriores

LUCRO OU PREJUÍZO DO EXERCÍCIO

PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO PARA DESTINAÇÃO DO LUCRO


Reserva legal
Reserva estatutária
Reserva para contigência
Reserva de lucros a realizar
Dividendos a distribuir
Aumento de capital

SALDO NO FINAL DO EXERCÍCIO

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Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)

Companhia Exemplo

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE X2 E X1

31/12/X2 31/12/X1

ORIGENS DE RECURSOS

Das Operações
Lucro líquido do execício
Mais: Depreciações e amortizações
Despesas financeiras de empréstimos e financiamentos a longo prazo
Menos: Participação nos resultados de controladas e coligadas deduzidas de dividendos recebidos
Lucro na alienação de bens do imobilizado

Dos Acionistas
Integralização de capital social

De Terceiros
Ingresso de empréstimos a longo prazo
Alienação de itens do ativo imobilizado (valor de venda)
Resgate de investimentos temporários a longo prazo

APLICAÇÃO DE RECURSOS
Aquisições de bens do ativo imobilizado
Adições ao custo do ativo diferido
Aplicações em investimentos permanentes em outras sociedades
Aplicações em investimentos temporários a longo prazo
Transferências para curto prazo de empréstimos, financiamentos e debêntures a longo prazo
Dividendos propostos

ACRÉSCIMO (OU DECRÉSCIMO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

DEMONSTRATIVO DO ACRÉSCIMO (OU DECRÉSCIMO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO


31/12/X2 31/12/X1 Variação
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Capital Circulante Líquido
31/12/X1 31/12/X0 Variação
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Capital Circulante Líquido

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Conceitua-se como o estudo das demonstrações financeiras de uma empresa com o propósito de
avaliar sua situação econômica e financeira. O analista confronta os elementos patrimoniais,
utilizando-se normalmente dos dados dos três últimos balanços da empresa, para avaliação
qualitativa e quantitativa, procedendo-se a uma análise vertical e outra horizontal dos balanços, bem
como ao cálculo de indicadores de desempenho.

Análise Vertical
Os percentuais obtidos na análise vertical medem as participações dos elementos patrimoniais no
ativo e no passivo (ou de cada conta em relação ao total do seu grupo) e no Demonstrativo do
Resultado do Exercício a participação de cada conta do demonstrativo em relação à Receita
Operacional Líquida (ROL).

Análise Horizontal
Os percentuais obtidos na análise horizontal informam o crescimento (ou decréscimo) nominal das
contas em relação ao tempo.

Exemplo:

Ano I Ano II Ano III


Análise   
Vertical
Ativo   
Disponível 20% 25% 30%
Realizável 30% 25% 25%
Permanente 50% 50% 45%
Passivo
Exigível a 10% 15% 20%
curto prazo
Exigível a 40% 30% 40%
longo prazo
Patrimônio 50% 55% 40%
Líquido
Análise   
horizontal
Ativo
Disponível 100 110 125
Realizável 100 90 105
Permanente 100 100 90
Passivo
Exigível a 100 90 80
curto prazo
Exigível a 100 90 70
longo prazo
Patrimônio 100 95 85
Líquido

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Relação dos Principais Índices e Quocientes

ÍNDICE FÓRMULA INDICAÇÃO INTERPRETAÇÃO

Liquidez

Disponibilidades Quanto a empresa possui "disponível" para cada


Liquidez Imediata Quanto maior, melhor
Passivo Circulante $ 1,00 de Passivo Circulante.

Ativo Circulante Quanto a empresa possui de Ativo Circulante


Liquidez Corrente Quanto maior, melhor
Passivo Circulante para cada $ 1,00 de Passivo Circulante.

Quanto a empresa possui de Ativo Circulante,


Ativo Circulante - Estoques
Liquidez Seca descontado dos Estoques para cada $ 1,00 de Quanto maior, melhor
Passivo Circulante
Passivo Circulante.

Quanto a empresa possui de Ativo Circulante +


Ativo Circulante + ARLP
Liquidez Geral Realizável a Longo Prazo para cada $ 1,00 de Quanto maior, melhor
Passivo Circulante + PELP
dívida total.

Estrutura de Capital

Participação do Capital de Terceiros Capitais de Terceiros Quanto a empresa tomou de capitais de terceiros
x 100 Quanto menor, melhor
(Endividamento) Patrimônio Líquido para cada $ 1,00 de capital próprio.

Passivo Circulante Qual o percentual de obrigações a curto prazo


Composição do Endividamento x 100 Quanto menor, melhor
Capitais de Terceiros em relação às obrigações totais (com terceiros).

Ativo Permanente Qual o percentual do Patrimônio Líquido foi


Imobilização do Patrimônio Líquido x 100 Quanto menor, melhor
Patrimônio Líquido destinado ao Ativo Permanente.

Qual o percentual de recursos não correntes


Imobilização dos Recursos Não Ativo Permanente
x 100 (Patrimônio Líquido e Exigível a Longo Prazo) foi Quanto menor, melhor
Correntes P.L. + P.E.L.P.
destinado ao Ativo Permanente.

Rentabilidade

Lucro Líquido Qual o percentual de Lucro Líquido sobre as


Margem Líquida de Lucro x 100 Quanto maior, melhor
Vendas Líquidas (ROL) Vendas.

Vendas Líquidas Quanto empresa vendeu para cada $ 1,00 de


Giro do Ativo x 100 Quanto maior, melhor
Ativo Médio investimento total.

Lucro Líquido Qual o percentual de lucro sobre o total de


Taxa de Retorno dos Investimentos x 100 Quanto maior, melhor
Ativo Médio investimentos.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido


Lucro Líquido Qual o percentual de lucro sobre o capital
ou Taxa de Retorno do Patrimônio x 100 Quanto maior, melhor
Patrimônio Líquido Médio próprio.
Líquido

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Roteiro para Elaboração de um Parecer Técnico

Em primeiro lugar, é necessária uma leitura integral das Demonstrações Contábeis, assim
compreendidos os relatórios contábeis disponíveis e as notas explicativas. Também é importante uma
avaliação do mercado em que a empresa atua. Nesse sentido, algumas empresas já publicam um
resumo do comportamento do cenário, tais como as alterações e implicações verificadas nos
parâmetros macroeconômicos, ou seja, uma análise mercadológica.
O enquadramento da empresa no mercado em que atua, considerando a participação no
mercado, a influência das importações, câmbio, exportações, mercado internacional, entre outros, é
de extrema importância, uma vez que implica diretamente na performance da empresa analisada.
Um segundo passo, é a elaboração das planilhas, contendo as análises vertical e horizontal
dos exercícios analisados, bem como o cálculo dos índices e quocientes que servirão de parâmetro
para comparação entre os exercícios e empresas do mesmo segmento de atividade (e até mesmo de
segmentos diferentes).
Após a conclusão dos cálculos, faz-se uma leitura dos resultados obtidos, comparando a
performance da empresa nos períodos analisados, resultando na verificação da melhora, piora ou
manutenção dos resultados ao longo do tempo. Essa informação cria uma “curva de tendência”,
sempre conjugada com o mercado de atuação, ou seja, compara-se os resultados obtidos ao longo do
tempo com as perspectivas da empresa e o mercado.
Daí podemos começar a escrever o Parecer. Primeiro apresentando a empresa (razão social,
endereço, CNPJ, mercado em que atua, sócios, etc). Segundo, fazendo uma análise do mercado e da
atuação da empresa nesse mercado, não deixando de descrever os principais movimentos ocorridos
no período de atuação.
Apresentada a empresa, o mercado e as alterações relevantes ocorridas, passamos a descrever
a performance da empresa. Escrever-se um texto abordando os seguintes aspectos:
a) A empresa apresentou Lucro?
b) Em relação ao(s) ano(s) anterior(es), foi maior, ou seja vem numa crescente?
c) Houve alguma alteração relevante na formação do resultado? (Análise vertical do DRE);
d) Quais os aspectos relevantes na análise vertical do DRE?
e) E no Balanço?
f) Alguma alteração relevante verificada na Análise Horizontal do DRE?
g) E no Balanço?
h) Qual a leitura dos Índices de Rentabilidade? E na comparação com o (s) ano(s) anterior(es)?
i) Qual a leitura dos índices de liquidez? E na comparação com o (s) ano(s) anterior(es)?
j) Qual a leitura da Estrutura de Capital? E na comparação com o (s) ano(s) anterior(es)?

Por fim, faz-se a conclusão do parecer, respondendo sobre a saúde econômica e financeira da
empresa de forma a convencer o leitor sobre o relatório. Na conclusão, retoma-se os principais
aspectos que levaram o analista (ou responsável pela análise) a emitir o parecer. Se positivo,
descrevemos a lucratividade, liquidez e os pontos mais positivos apurados, se negativo,
transcreve-se os fatores que levaram ao analista a formar a idéia negativa em relação à empresa
ou ao mercado de atuação.

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